O Desafio da Unidade Internacional
Boa Vontade Mundial - com colaboração de PSB

“A unidade e as corretas relações humanas, individuais e comunitárias, podem ser estabelecidas mediante a ação comum dos homens e mulheres de boa vontade, em cada país.”

Nós, a humanidade como um todo, estamos tratando de aprender que nos elevaremos todos juntos. A unidade internacional se converte rapidamente em uma necessidade, inclusive para as grandes potências.

As grandes potências não devem, e nem podem, controlar por mais tempo o destino do mundo. Elas têm, e podem continuar a ter, uma grande influência se esta for utilizada para o bem de todos e em todas as partes do mundo.

Nós podemos alcançar a unidade internacional e como conseqüência a paz mundial, se reconhecermos :

Que todos os homens e mulheres são uma grande família, na divindade;
Nossa interdependência num mundo moderno;
A necessidade de substituir a competição pela cooperação;
A necessidade de compartilhar os recursos para responder às necessidades atuais.

A boa vontade praticada pelos grupos do mundo inteiro, nos partidos políticos e nos grupos religiosos de todas as nações do mundo, pode revolucionar o mundo e conduzi-lo para a condição em que as relações humanas sejam justas e pacíficas.

LIMITAR O PROBLEMA MUNDIAL

A chave das dificuldades da humanidade está em tomar, em lugar de dar; receber em vez de compartilhar; acumular em lugar de distribuir. Essas atitudes são contrárias a todas as normas de conduta admissíveis num mundo cada vez mais interdependente.

É evidente que a paz, a segurança e a estabilidade do mundo estão essencialmente associadas aos fatores econômicos mundiais. Onde a distribuição de riqueza é desigual, ou onde certas nações possuem tudo e outras nações carecem de tudo, inclusive do estritamente necessário para a vida, é evidente que haja um fator de conflito que requeira atenção. Por outro lado, onde existe uma liberação da indigência, desaparece uma das principais causas da guerra.

O egoísmo nacional e a vontade determinada de preservar o status nacional, interpretado muitas vezes em termos de fronteiras, de primazia do poder militar e de expansão comercial, devem desaparecer progressivamente. As nações podem e devem demonstrar as possibilidades de existência de um mundo uno e de uma humanidade una e chegar a considerar a sua cultura nacional, seus recursos nacionais e sua capacidade de servir ao povo, como contribuições ao bem comum. A humanidade é capaz de expressar um sentido mundial de suas responsabilidades e de uma atitude para tratar seus problemas, no plano de uma assembléia mais vasta.

A história relata a firme determinação de cada nação na defesa de suas fronteiras, custe o que custar, para conservar intacta a sua cultura e sua civilização, enriquecendo-a quando isto é possível e nada compartilhando com nenhuma outra nação, exceto quando visa o seu interesse e aproveitamento comercial, segundo os termos de alguma legislação internacional.

Recentemente a ajuda internacional tem estado disponível sob diversas formas, porém, de novo, está marcada pelo interesse do doador, exceto quando se trata de uma organização neutra, tal como as Nações Unidas.

Os homens e mulheres de hoje pensam em termos planetários. Estão na corrente dos acontecimentos, ainda que estes ocorram nos lugares mais distantes. Não são mais escravos de um instinto cego e não são mais impulsionados à ação, pelas reações passageiras do corpo físico. São capazes de prover e planificar, atenta e inteligentemente, uma cooperação organizada. Possuem a necessária intuição psicológica que beneficia seus planos e desígnios e que implica em relações mais extensas com os demais, tanto no seio dos grupos sociais e econômicos mais próximos, quanto com aqueles que se encontram em outro extremo do globo.

Para o bem-estar do progresso futuro da humanidade é essencial que encontremos novas formas de tratar os assuntos políticos, religiosos e econômicos. A manutenção das condições intoleráveis tem levado a humanidade a sua condição atual de desastre, no limite de um cataclismo.

A LIBERDADE: UM BEM ESPIRITUAL

O termo “espiritual” não pertence unicamente às igrejas, nem tampouco às religiões do mundo. Algumas igrejas podem ser amplos sistemas capitalistas e nem sempre, por isso, fazem prova do “espírito que se encontra em Cristo”.

As razões que explicam a política corrupta e os planos egoístas e ambiciosos de tantas pessoas que ocupam as posições de responsabilidade e que sustentam o poder, se encontram no fato de que os homens de tendência espiritual não têm assumido o seu dever e responsabilidade espirituais para com o governo do povo, deixando o poder nas mãos de quem não deveria estar, permitindo assim a ascensão dos egoístas e indesejáveis.

Em todas as partes, os homens e mulheres começam a se dar conta de sua inércia e de que são em grande parte responsáveis pelo que está mal. Sua ausência de ação apropriada tem conduzido ao triste estado atual das coisas.
O verdadeiramente espiritual é o que une corretamente o homem ao homem e o homem a Deus, o que se manifesta por um mundo melhor e pela expressão das “quatro liberdades” em todo o planeta:

A liberdade de palavra e de expressão em todo o mundo.

A liberdade para cada um poder venerar a Deus, à sua maneira, em todo o mundo.

A liberdade das necessidades, isto é, acordos econômicos em escala planetária que assegurem a cada nação uma vida saudável e aprazível para todos os seus habitantes, em todo o mundo.

A liberação do temor, o que significa uma redução de armamentos em escala planetária tão completa, que nenhuma nação possa vir a cometer um ato de agressão física contra qualquer de seus vizinhos, e isto no mundo inteiro.

Já não podemos separar os assuntos humanos da realidade espiritual e de uma vida desinteressada. As mudanças da antiga ordem para o novo despertar da humanidade trazem novas possibilidades, como aquelas que permitem reconhecer, por exemplo, que hoje os fatores de mais alto valor espiritual são os relacionados a purificação do campos de atuação políticos e econômicos.

O PRINCÍPIO DA UNIDADE

Os homens e mulheres de boa vontade formam um grupo mundial que sustém a causa das justas relações humanas, criando assim uma opinião pública mundial. De maneira constante e regular, o público deve ser e permanecer informado sobre o processo de internacionalização e da consecução da unidade mundial, baseadas na boa vontade e na interdependência cooperativa.

Isto dará o tom às novas idéias políticas baseadas no princípio do estabelecimento das corretas relações humanas: homens e mulheres de boa vontade formando um grupo positivo, interpretam o significado das corretas relações humanas e representam a unidade da humanidade e a fraternidade em termos práticos. A unidade é uma situação de fato, resultado da ação e do esforço.

CONSELHOS PARA AÇÃO

Não existe um conselho que se possa dar para aperfeiçoar o mundo, nenhuma solução que tenha a resposta imediata. Não obstante, podemos dizer que para os chefes espirituais da raça, certas linhas de ação parecem justas e constituem atitudes construtivas.

As Nações Unidas por meio de sua Assembléia Geral, as suas Agências Especializadas, os seus diferentes Conselhos, Comitês e Comissões devem ser apoiadas, já que não existe ainda, outra organização que possa nos mostrar a esperança em direção ao futuro.

O grande público em todos os países, as relações humanas e sobretudo as crianças e a juventude do mundo devem ser educados na prática da boa vontade para todos e em todos os lugares, sem distinção de raça ou de credo.

Convém desenvolver uma Opinião Pública inteligente e cooperativa em cada país, o que constitui um dever espiritual essencial. Caso os homens e mulheres de boa vontade e as pessoas de inclinação espiritual tornem-se autenticamente ativas, essa ação poderá ser realizada facilmente e num intervalo de tempo relativamente curto.

Os conselhos econômicos mundiais devem liberar os recursos da Terra para a utilização de toda a humanidade, ação possível tão logo se avalie corretamente a necessidade mundial. O compartilhamento e a cooperação devem ser ensinados em lugar da competição e do interesse pessoal.

MANTRA DA UNIFICAÇÃO

Os filhos dos homens são um e eu sou uno com eles.
Procuro amar e não odiar.
Procuro servir e não exigir serviço.
Procuro curar e não ferir.

Que a dor traga a devida recompensa de luz e de amor.
Que a alma controle a forma externa, a vida e tudo o que ocorre,
E traga à luz o amor que subjaz em tudo que ocorre nesta época.

Que venham a visão e a percepção interna.
Que o porvir seja revelado.

Que a união interna seja demonstrada.
Que cessem as divisões externas.
Que prevaleça o amor.
Que todos homens amem.

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