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O TRABALHO DO CRISTO E SEUS ENSINAMENTOS


O Trabalho do Cristo Hoje e no Futuro

Cristo Como O Liberador de Energia

Nos primeiros três meses do período de crise por que passou o Cristo e também a Hierarquia, e que terminou com Sua anunciada decisão, grandes energias ou correntes fundamentais de força foram postas à disposição do Cristo e Seus discípulos. Hoje, o fato de que a energia constitua a substância básica do universo, que todas as formas de vida sejam formas de energia, e que todas elas, grandes ou pequenas, utilizem energia e atuem como distribuidoras desta mesma energia, é algo muito conhecido e geralmente aceito pelas pessoas inteligentes e eruditas. Toda palavra falada ou escrita e toda atividade justificada são expressões de energia que conduzem à sua distribuição e ao desempenho de atividades. Os governos, as igrejas, as organizações e os grupos, são distribuidores e depósitos de energia. A própria humanidade é um grande centro de energia que afeta a todos os reinos subumanos e forma, analogamente, dentro de si mesma, um grande sistema de energias inter-relacionadas. O mesmo ocorre com o indivíduo que, por meio de seus atos e palavras, emprega energia, produz resultados que são efeitos desta energia e atua como seu distribuidor. O indivíduo subdesenvolvido não compreende nada disto e a energia que manipula é de ínfima importância. À medida que a evolução prossegue, e as pessoas adquirem poder e expressão, o uso que fazem da energia é, com frequência, de grande importância; convertem-se em centros dinâmicos de distribuição de energia, e suas palavras (orais ou escritas) mais suas atividades, produzem grandes efeitos e importantes resultados. A Hierarquia é um grande centro de energia que chega à humanidade através do Cristo; este é o significado de Suas palavras: “Eu vim para que tenham vida”. Vida e energia são sinônimos.

Durante a guerra (1914-1945) Cristo e a Hierarquia observaram um mundo agonizante; homens e formas morriam em toda parte; velhos ideais, organizações e grupos desapareciam; o espectro da morte rondava por toda parte. A destruição não só caracterizava o mundo fenomênico, como também os mundos mais sutis do sentimento e do pensamento; a vida foi fechada em si mesma e terminada em morte. O problema do Cristo e Seus discípulos era preocupar-Se que o velho e indesejável não fosse revivido. Sua tarefa não foi a ressurreição do morto ou inútil; o direcionamento do fluxo de vida, trazendo a capacidade de construir de novo e de forma nova e trazendo também a energia que podia produzir um novo mundo e uma nova civilização, era onde se situava Sua oportunidade e Sua responsabilidade.

As forças reacionárias do mundo, políticas e religiosas, desejavam a ressurreição das formas velhas e caducas, puseram seu peso e influência (que só é outro nome dado à energia) em contrário a tudo o que era novo. Isto ainda seguem fazendo. As forças progressistas lutam, unicamente, pelo novo e não tratam de conservar nenhuma das velhas formas, ainda que possam servir a algum propósito útil. Sua enérgica rejeição a tudo que é do passado, e a energia destruidora que eles dirigem contra qualquer coisa que é do velho regime são igualmente obstáculos aos esforços da Hierarquia. Nessas forças progressistas está verdadeiramente a esperança, mas falta-lhes a habilidade na ação e possuem também grande amor pela destruição. O Novo Grupo de Servidores do Mundo mantém-se firme no “Nobre Caminho do Meio” (como Buda o denominou) e busca o enterro decente das antigas formas, a implementação daquilo que é novo e a restauração daquilo que, no passado, provou ser útil e bom e que poderia formar o germe da nova criação.

No momento da Lua Cheia de abril de 1945, durante a Páscoa desse ano e por um período aproximado de cinco semanas, as Forças de Restauração começaram seu trabalho, surgindo, primeiro, nos planos sutis da experiência humana. Este tipo de energia é peculiarmente criador e leva consigo a “vida que produz o nascimento das formas”. Afluiu à Hierarquia por intermédio de determinados Mestres e Seus discípulos, sendo imediatamente transmitida por Eles à humanidade. Esta é uma energia de massa e está, assim, relacionada com o estímulo da inteligência da massa; não é a energia que estivemos considerando anteriormente, quando tratamos da consciência crística no homem, senão a que faz que o homem pense, planeje e atue; não produz resultados maus nem bons, mas que simplesmente desperta as mentes dos homens para que atuem inteligentemente. Esta atuação depende, por coerência, do homem, cujo tipo de mente responde às forças de restauração e está condicionada por seu grau de evolução, raça, nação, tradição e de acordo com as reações de sua civilização e religião. Estas forças se acham ativas, atualmente, em todos os países e com frequência produzem, de início, grandes dificuldades, conduzindo, finalmente, a uma reorganização da vida nacional ou planetária. Os efeitos serão principalmente físicos; trarão um novo mundo do qual haverá desaparecido todo indício de guerra; melhorarão a saúde física dos homens e dos animais, e serão reconstruídas as cidades o os povos. Seu objetivo é produzir uma nova Terra e tudo aquilo que evidencie a afluência de uma nova vida.

Depois disto, durante a Lua Cheia do Buda, em maio de 1945, as energias de iluminação entraram em atividade e a luz começou a afluir às mentes dos homens. Estas energias, na realidade, iniciam a nova educação mundial. Os primeiros a serem afetados serão os grandes movimentos educativos, os foros do povo em todos os países e os valores que se estão desenvolvendo agora, por meio do rádio e da indústria cinematográfica; também o serão a imprensa, os editores, escritores, comentaristas radiofônicos, periodistas e os trabalhadores no campo social. Estes efeitos talvez não se evidenciem ainda, devido ao breve tempo transcorrido, porém esses movimentos e essas pessoas são os receptores das energias de iluminação, se estiverem preparados para reconhecerem as novas ideias que emergem, e também os custódios e agentes distribuidores que as canalizarão e dirigirão para que influam nas massas de toda parte. Eclesiásticos, progressistas e liberais de todas as religiões também respondem a elas, porém sua utilidade se acha grandemente obstruída pela natureza reacionária do ambiente ou campo de atividade em que devem trabalhar, pois têm diante de si uma tarefa quase impossível de realizar. Além do mais, chagam à humanidade por meio do Novo Grupo de Servidores do Mundo, que é muito susceptível ao seu impacto, estando em condições de distribuí-las, porque trabalha em todos os campos de atividade mencionados anteriormente.

As forças restauradoras emanam da mente de Deus e estão relacionadas e vinculadas com o princípio inteligente da natureza divina, sendo o intelecto o aspecto da divindade que distingue o homem de todas as outras formas da natureza. As forças de iluminação provêm do coração de Deus, e estão relacionadas com a compreensão divina e podem, portanto, chegar a fortalecer a todos aqueles que amam e servem a seus semelhantes, estando, ademais, vinculadas com o segundo aspecto ou princípio da divindade, amor-sabedoria, do qual o Buda e o Cristo constituem as expressões divinas mais proeminentes. Principalmente através dEles e de Seus discípulos, os Mestres expressam a mesma linha de divindade, pela qual chegam as energias à humanidade, canalizadas pelo Novo Grupo de Servidores do Mundo.

Cristo e Buda, na Sua perfeição conjunta, constituem o campo da Mente e do Coração e se destacaram de Seus semelhantes devido a Suas realizações. Influenciaram hemisférios e séculos, enquanto que outros Filhos de Deus tiveram influência sobre os países, em períodos de tempo mais breves. Ainda Lhes falta realizar a consumação do trabalho, ainda que este não tenha muito que ver com as formas que personificaram Seus divinos princípios enunciados, Luz e Amor, senão com as Almas que tenham evolucionado aplicando ditos princípios.

Em junho de 1945, Cristo pôs em movimento as forças de reconstrução vinculadas ao aspecto Vontade da divindade, sendo as menos poderosas das três correntes de energia liberadas, durante os três Festivais da Lua Cheia de 1945. Estas forças de reconstrução são eficazes, principalmente em relação com essas entidades a que chamamos nações. A Hierarquia está tratando nestes momentos de canalizá-las para a Assembleia das Nações Unidas; o emprego que se faça destas energias impessoais, depende da qualidade e natureza da nação receptora, de sua verdadeira iluminação e do seu grau de evolução. As nações expressam, na atualidade, a autocentralização em massa de um povo e seu instinto de autoconservação. Portanto, estas energias podem acrescentar esse aspecto de sua vida e também a potência do objetivo que as Nações Unidas expõem, teoricamente, ante os povos. O objetivo principal da Hierarquia é distribuir ditas energias construtivas e sintetizadoras, de forma tal que a teoria da unidade se converta, lentamente, em realidade, e a palavra “Unidade” possa adquirir seu verdadeiro significado e sentido. O Avatar de Síntese está particularmente vinculado a este tipo de energia, o qual transmitirá à humanidade, com a ajuda do Cristo, algo que ainda é inominado. Não é nem amor, nem vontade, como geralmente se entende. Só uma frase composta de várias palavras pode revelar-nos algo de seu sentido. Tal frase é: “o princípio do Propósito dirigido”, o qual envolve três coisas:

1 – Compreensão do Plano – intuitiva e espiritualmente instintiva, porém inteligentemente interpretada – tal como pode ser realizado num futuro imediato por Cristo e Seus discípulos.

2 – Intenção enfocada, baseada no dito acima e acentuando um aspecto da vontade, ainda não desenvolvido no homem.

3 – Capacidade para direcionar a energia (por meio da compreensão e intenção) para um fim conhecido e desejado, superando todos os obstáculos e destruindo tudo que se encontrar no seu caminho. Isto não é a destruição de formas pela violência, tal como se tem presenciado no mundo, mas a destruição produzida pela vida grandemente fortalecida dentro da forma.

O significado desses princípios divinos tem pouco sentido na atualidade; estamos lidando com grandes mistérios. Um mistério continua um mistério somente quando existe a ignorância ou a incredulidade. Não existe mistério onde existe conhecimento e fé. Tudo que sabemos agora é que o Cristo reunirá e fundirá em Si mesmo três princípios da divindade; quando Ele aparecer “a luz que sempre existiu será vista; o amor que nunca cessa se concretizará, e o esplendor profundamente oculto irromperá no Ser”. Então teremos um novo mundo – mundo que expressará a luz, o amor e o conhecimento de Deus numa crescente revelação.

Certamente, deve ser evidente para todos nós a beleza desta síntese que o Cristo manifestará, e a maravilha da oportunidade apresentada. Grandes Forças, sob poderosa Liderança espiritual, mantêm-se prontas para se precipitarem neste mundo de caos, confusão, aspiração, esperança e sobressalto. Esses grupos de energias estão prontos para se concentrarem e serem distribuídos pela Hierarquia, e esta Hierarquia, sob seu Grande Líder, o Cristo, está mais perto da humanidade do que nunca na história humana. O Novo Grupo de Servidores do Mundo também está atento nessa direção em cada país no mundo, unido no seu idealismo, nos seus objetivos humanitários, na sua sensibilidade à impressão espiritual, na sua unidade de propósito subjetivo, no seu amor a seus semelhantes e na sua dedicação ao serviço altruísta. Os homens e mulheres de boa vontade também são encontrados em toda parte, prontos para serem guiados para atividade construtiva e serem agentes, gradualmente treinados e educados, para o estabelecimento daquilo que realmente nunca existiu antes – corretas relações humanas.

Assim, desde o Ser espiritual mais elevado no nosso planeta, passando por graduados grupos espirituais de homens iluminados e perfeitos que trabalham no lado interno da vida, até o mundo externo do viver diário, onde servem homens e mulheres que pensam e amam, flui a onda da nova vida. O Plano está preparado para sua imediata aplicação e desenvolvimento inteligente; os trabalhadores já existem e a capacidade de trabalho é adequada à necessidade. Sobre todas as coisas, a Hierarquia permanece e o Cristo está preparado para reaparecer e demonstrar a realidade. (O Reaparecimento do Cristo)

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