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O TRABALHO DO CRISTO E SEUS ENSINAMENTOS


O Trabalho do Cristo hoje e no Futuro

Cristo Como Unificador do Oriente e Ocidente

Resultará difícil para o eclesiástico ortodoxo cristão e de critério estreito aceitar estas palavras, pois significam, em primeiro lugar que o Cristo trabalhará em íntima colaboração com o Buda, até que tenham ocorrido a fusão e a reconstrução. Buda está intimamente vinculado ao Cristo, no processo do reaparecimento dEste, ainda que não estará envolvido nele nem estará ativo durante todo o período que abarque o futuro trabalho de Cristo na Terra. Como bem se sabe, tampouco Ele deixou de manter contato e relação com a humanidade, posto que haja abandonado Seu corpo físico há séculos. Fez isto a fim de cumprir certa tarefa que se Lhe havia determinado e que incluía (além de outras coisas desconhecidas para a humanidade) algumas atividades relacionadas com a tarefa do Cristo, com a iminência de Sua vinda e certos planos para a futura civilização da era de Aquário. Como milhões de pessoas sabem, cada ano (no momento do Festival de Wesak, durante a Lua cheia de maio), Buda se comunica com a humanidade por intermédio do Cristo e da Hierarquia. Atua, desta maneira, como agente que estabelece uma relação entre o “centro onde a Vontade de Deus é conhecida” e o “centro a que chamamos raça dos homens”. Empregam-se, premeditadamente, estas duas frases, porque todo o trabalho que estão fazendo estes dois Grandes Filhos de Deus se relaciona com a distribuição de energias – as energias da luz e do amor. Por intermédio do Triângulo mencionado anteriormente, a energia da vontade será distribuída, sendo o Buda um dos Distribuidores divinos.

Atualmente, o trabalho do Buda para a humanidade está quase terminado, e Sua larga associação com a espécie humana está chegando prestes a seu fim. No momento que o reaparecimento do Cristo for um fato consumado e a prática das corretas relações humanas começar a condicionar, definitivamente, o viver humano, o Buda passará a ocupar-se da tarefa que O espera. Um dos discípulos mais avançados do Cristo, que se Lhe aproxima em hierarquia, ocupará Seu lugar e continuará o trabalho relacionado com a humanidade.

Quando este Mestre assumir Sua tarefa, o princípio inteligente ou conhecimento, característica sobressalente da humanidade, haverá sido, em grande parte, transmutado em sabedoria pelos intelectuais do mundo, e não pelas multidões. Sabedoria é a característica predominante do Buda, e o impulso desta energia, engendrada pela sabedoria, será, oportunamente, tão poderosa, que não necessitará de ser distribuída ou controlada pelo Buda. Então, Ele poderá reorientar-se para esferas mais elevadas de atividade, onde se situa Seu verdadeiro trabalho, e começar a trabalhar com um aspecto da sabedoria do qual nada sabemos, embora o conhecimento e a sabedoria têm sido expressados por intermédio do Buda e do Cristo; mais tarde, mediante a colaboração do Avatar de Síntese, Cristo estará apto a fundir em Si Mesmo estas duas grandes energias divinas, e assim ser a expressão pura do amor e da sabedoria, das corretas relações e da compreensão intuitiva.

A fim de que isto seja possível, e para poder aliviar Seu Irmão espiritual da árdua tarefa de relacionar a humanidade com Shamballa, o “centro onde a Vontade de Deus é conhecida”, o Cristo se está submetendo, agora, a um processo excepcional de preparação. Os trinta anos que trabalhou na oficina de carpintaria, na Palestina, constituem, agora, o símbolo ainda não reconhecido, de tal preparação. A palavra “carpinteiro” significa edificação, construção e, por derivação, aquele que é um artífice da madeira ou um construtor de casa de madeira. Este é o verdadeiro significado do relato bíblico acerca da crucificação do Cristo sobre a cruz de madeira ou sobre a árvore. Na realidade, está relacionado com a Sua decisão, adotada no Horto de Getsêmani, de encarregar-se do trabalho de construção ou reconstrução em Aquário, completando, assim, a tarefa que havia intentado levar a efeito na era de Piscis. Cristo, Seus discípulos e o Novo Grupo de Servidores do Mundo são os construtores responsáveis da nova civilização, a “nova casa da humanidade”. O trabalho preparatório que Ele está fazendo agora O capacita para demonstrar pela sabedoria (não só pelo amor) a natureza dos planos hierárquicos, as sábias medidas construtivas, a sábia eleição de construtores e os métodos corretos de construir.

Portanto, é evidente que o mais grandioso dos Filhos de Deus, o Cristo, Representante da humanidade e do segundo aspecto divino, demonstrará dentro de Si mesmo, durante a era de Aquário e depois de Seu reaparecimento, certas grandes dualidades fundidas e unificadas. Será útil estudá-las e conhecê-las também:

1 – A fusão do segundo aspecto divino de amor e o primeiro aspecto divino da Vontade – a Vontade para o bem.

2 – A fusão do amor e da sabedoria, capacitando-O para ser o construtor da nova era e da nova civilização.

3 – A fusão da energia de Piscis, gerada durante os últimos dois mil anos de atividade espiritual do Cristo, com as energias de Aquário que têm de ser geradas e estarão ativas na Terra, durante os próximos dois mil e quinhentos anos.

É para este processo de fusão, como tudo o que isso implica, que o Cristo se está submetendo a um processo de preparação que, uma vez completado, chegará a ser, num sentido até agora desconhecido para Ele, o ponto focal e o Agente transmissor das seguintes cinco energias divinas:

1 – A energia do Amor.
2 – A energia da Vontade.
3 – A energia da Sabedoria.
4 – A energia de Piscis, gerada durante a era cristã.
5 – A energia de Aquário, que já se está gerando nas esferas internas do pensamento e do sentimento, e a que será gerada nos séculos futuros.

Os métodos empregados na Sua preparação só são conhecidos pelo Cristo, pelo Buda e pelo Avatar de Síntese. Todo treinamento esotérico ou espiritual deve ser autoaplicado, e isto é tão certo para Ele, como para o mais humilde aspirante. Não nos é possível conhecer os processos do pensamento, das reações e dos planos do Cristo.

Na Palestina, Sua aparição foi profética e Sua tarefa consistiu, principalmente, em colocar os alicerces para as atividades que seguirão ao Seu reaparecimento, ademais de espalhar as sementes cujos frutos serão recolhidos na nova era. A tragédia da Sua aparição, há dois mil anos, coloriu a apresentação da verdade feita pelos teólogos e os fizeram elaborar uma história funesta, produzindo um mundo miserável e infeliz. Esta tragédia se deveu:

1 – Ao descobrimento de que a humanidade não estava preparada e que, durante séculos, necessitar-se-ia de muita experiência, ensinamentos, provas e ensaios, antes que Seu verdadeiro trabalho pudesse começar.

2 – Ao reconhecimento de que era necessária uma mais estreita relação entre Ele e esse centro ao qual se referia como “Casa do Pai”; foi esta compreensão que O fez dizer que Seus discípulos poderiam e fariam “coisas mais grandiosas” que as que Ele havia feito, e que deveria voltar a Seu Pai.

3 – A que havia chegado à conclusão que devia ter mais trabalhadores e agentes preparados e dedicados do que fora possível obter, desde então. Daí, a formação e a preparação do Novo Grupo de Servidores do Mundo. Quando houver suficiente número destes servidores e trabalhadores iluminados, Ele virá, e nada pode deter Sua aproximação.

4 – À constatação de que os homens não estavam tão desesperados em “tomar o Reino dos Céus pela violência”. Só no desespero e quando chega ao limite das forças, o discípulo encontra seu caminho para esse Reino e está disposto a abandonar suas velhas modalidades. O que é verdade para o indivíduo também deve sê-lo para a humanidade, em escala mais ampla.

Cristo vem para todo o mundo, não unicamente para o mundo cristão. Vem para o Oriente e para o Ocidente, e previu o “momento do fim” com sua catástrofe planetária, desastres fenomênicos, desespero e invocação – tendo lugar tanto no Oriente como no Ocidente. Sabia que em momentos de crises e tensões culminantes a própria humanidade provocaria Seu reaparecimento. O Novo Testamento é verídico e exato; apenas as interpretações feitas pelos homens têm desviado a humanidade.

No Oriente existe uma velha lenda que pode ser aplicada hoje, e contém a chave da relação que existe entre o Cristo e o Buda. Refere-se a um serviço que, segundo diz a lenda, o Buda prestará ao Cristo. De forma simbólica, a lenda conta que quando Buda alcançou a iluminação e já nada mais podia aprender de Sua experiência na Terra, visualizou o futuro até o momento em que Seu irmão, o Cristo, estivesse ativo prestando um grande Serviço – como se diz comumente. Portanto, a fim de ajudar o Cristo deixou (para que as usasse) o que misteriosamente são denominadas “Suas vestiduras”. Logo, deixou num lugar seguro a essência de Sua natureza emocional-intuitiva, denominada por alguns como corpo astral, e todo Seu conhecimento e pensamento, Sua mente ou corpo mental. Segundo diz a lenda, estas vestiduras serão usadas por Aquele que vem, que Lhe serão de utilidade para complementar as próprias faculdades emocionais e mentais do Cristo e proporcionar-Lhe o de que necessita como Instrutor do Oriente e do Ocidente. Então poderá contemplar triunfalmente Seu futuro trabalho e eleger Seus colaboradores. O mandato dado nO Novo Testamento contém uma ideia algo similar: “Há, pois, em vós este sentir que houve, também, em Cristo” (Fil. 2,5).

Desta maneira, Cristo, com as energias do amor e sabedoria fundidas; com a ajuda do Avatar de Síntese e do Buda; e influenciado pelo Espírito de Paz e Equilíbrio, poderá complementar e dirigir as energias que produzirão a nova civilização futura. Aparecerá ante Seus olhos a verdadeira ressurreição e a emancipação da humanidade da pressão do materialismo. Assim Ele “verá o trabalho de Sua alma e será saciado” (Isaías 53,11). (O Reaparecimento do Cristo)

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