O Intervalo Superior e a Grande Invocação

Estimado condiscípulo.

Mais uma vez nos encontramos no intervalo superior do ano espiritual, um período em que a capacidade do grupo para entrar em contato com a Hierarquia e evocar a energia do Plano divino atinge o seu pleno potencial; portanto, este período fornece uma oportunidade para analisar a nossa compreensão e uso da Grande Invocação. Um estudo periódico da importância deste grande mantra é muito benéfico porque contraria a tendência da mente para descansar passivamente nas formas verbais que se tornaram muito familiar devido ao uso frequente. As frases da Grande Invocação podem servir como "degraus que levam a determinados níveis de pensamento abstrato, até agora não alcançados", carregando assim o mantra com o aumento de poder.

A Grande Invocação, como a utilizamos agora, é a última das três estrofes, publicadas nos escritos de Alice Bailey. No entanto, neste momento, apenas a última estrofe é utilizada porque nos antigos Arquivos, que os Mestres têm acesso, "há um símbolo que indica a época ou período da história humana, durante o qual pode e deve ser utilizada." Mais adiante, o Tibetano disse: "É interessante notar que a evolução da humanidade está de acordo com o tempo indicado" (1).

Este comentário é fonte de grande esperança que pode aguçar a percepção da luz e do amor que "estão na base de tudo o que acontece em nosso tempo." O ponto de crise que agora experimenta a consciência coletiva da humanidade constitui uma situação extraordinária. Por um lado, uma parte da energia que acumula durante este ciclo particular está sendo desperdiçada e também utilizada de maneira obscura e violenta; mas, por outro, também está ajudando a intensificar a ponte de luz planetária entre a Hierarquia espiritual e a humanidade; esta ligação tem crescido regularmente com o trabalho do novo grupo de servidores do mundo que segue à frente com empenho e manifestações da energia da boa vontade e que são cada vez mais numerosos.

À luz do exposto, acreditamos que este é um momento oportuno para chamar a atenção para o mais difícil dos conceitos contidos na Grande Invocação, ou seja: vedar a porta onde mora o mal. Em uma era da ciência e da razão, alguns podem se esforçar para entender esta afirmação, argumentando que o único mal que existe é de origem humana e diz respeito às linhas degenerativas do pensamento e do comportamento que levam os seres humanos a cometer crimes indizíveis. Portanto, essas forças não deveriam estar bloqueadas atrás de alguma porta imaginária, mas sim devem ser impregnadas com as propriedades transmutadoras da luz e do amor, de conformidade com o Plano divino e o trabalho de redenção.

No entanto, o esoterista é desafiado a ir além disto a fim de melhor compreender o mal, frente aos desajustes que existem entre essas vidas planetárias perseguindo a sua própria evolução: "O mal cíclico, ou mal terciário, encontra-se oculto na relação entre os globos de qualquer esquema, estando dois deles sempre em oposição, até que sejam equilibrados pela força que emana de um terceiro ... Quando se equilibrar a oposição polar, estará terminado o mal planetário. Os estudantes entenderão a significância deste ensinamento somente quando forem estudados os pares de opostos em seus próprios ciclos e o trabalho equilibrador do Ego” (2)

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(1) Discipulado na Nova Era II
(2) Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

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