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CEOMT - Centro de Estudo da Obra do Mestre Tibetano


Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudos 076 a 100


Estudo 076

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - VI - O que é o aspecto Mente? Porque o princípio Manásico é tão importante? Quem são os Manasaputras? (Páginas231, 232, 233 e 234)

Entraremos agora no mistério mais profundo de todo o Sistema Solar manifestado, o mistério da Eletricidade, ao qual refere-se H. P. Blavatsky. Ele está intimamente vinculado com a vida de Deus, tal como se manifesta por meio de seus sete Centros, os sete Homens Celestiais, os divinos Manasaputras. É impossível explicar este mistério exotericamente e muito pouca coisa pode ser revelada ao público, devido a três razões:

Primeiro - o grau de evolução alcançado pelo homem comum não permite entender corretamente essas abstrações.

Segundo - grande parte do que pode ser revelado só é possível aos Iniciados que passaram pela terceira Iniciação e, mesmo assim, de forma muito reservada.

Terceiro - a revelação do estreito vínculo existente entre a mente e fohat ou energia, ou entre o poder do pensamento e o fenômeno elétrico - efeito do impulso fohático sobre a matéria - encerra muitos perigos. O elo que falta (se é possível assim chamar) na cadeia de raciocínio, partindo dos fenômenos ao impulso que os gera, só se pode informar sem risco, quando já foi construída devidamente a ponte entre a mente superior e a inferior, ou seja, o Antakarana. Quando o inferior está sendo construído pelo superior, ou quando o quaternário está sendo fundido com a Tríade Superior, só então pode-se confiar ao homem os quatro fundamentos restantes. Três fundamentos fá foram descritos no início da Doutrina Secreta e, conjuntamente com o conceito evolutivo da psicologia, formam os três conceitos revelados e o quarto que está aparecendo. Os outros três são esotéricos e assim ficarão, até que cada homem tenha realizado por si mesmo seu desenvolvimento espiritual, construído o Antakarana, preparado o santuário para a Luz de Deus no Templo de Salomão (seu corpo causal) e dedicado suas atividades a colaborar sem interesse pessoal para os planos do Logos.

Quando essas qualidades tenham alcançado um bom nível de proeminência e o homem tenha dedicado toda a sua vontade ao serviço, então será posta em suas mãos a chave que lhe permitirá encontrar o método, mediante o qual o impulso elétrico, manifestando-se como calor, luz e movimento, poderá ser dominado e utilizado; descobrirá a fonte do impulso inicial, que provém de fontes de fora do Sistema e o ritmo básico. Só então poderá ser um verdadeiro colaborador inteligente e (escapando do controle da Lei que rege os três mundos inferiores) manejará ele mesmo essa lei.

Analisemos um pouco essas palavras do Mestre Tibetano, no que for possível revelar ao público, considerando os perigos oriundos, em particular no uso da energia nuclear, a qual, com o pouco conhecimento obtido pelos cientistas, foi utilizada para destruir vidas. De uma certa forma há bastante clareza nas palavras do Mestre, caso se consiga enxergar em profundidade. Sabemos que a eletricidade no nível mais elevado do homem é a qualidade essencial da Mônada. Eletricidade ou fohat são sinônimos. Mesmo sendo o aspecto Amor-Sabedoria-Razão Pura, o segundo Raio, o objetivo do nosso Logos nesse atual Sistema, a Mônada é em essência Vontade ou Eletricidade, manifestando Amor agora. Seria como um choque elétrico amoroso, usando uma linguagem simbólica com termos conhecidos e comuns. A vontade da Mônada sempre se manifesta no plano mais elevado relativamente. No homem já liberado e com a sétima Iniciação, ela atua com máxima capacidade diretamente no plano adi. Nos Iniciados com a sexta Iniciação, o homem está batalhando para dominar completamente o plano monádico e só recebe a sétima quando completar esse trabalho. Cabe aqui lembrar que, embora a Mônada humana se relacione com a matéria monádica desde o início do atual Sistema, essa relação é muito superficial, sendo necessário e imprescindível que Ela experimente e domine as matérias de todos os planos inferiores ao monádico, para, só após isso,com seus poderes (Vontade e Conhecimento) possa iniciar a conquista plena da matéria do plano monádico. É necessário que Ela vença todas as tentações dos mundos inferiores.

Em relação aos planos inferiores, a Vontade da Mônada se manifesta na matéria do plano mental superior (causal) através do Ego, para o homem ainda em evolução nesses mundos. O segundo aspecto tem preferência pela matéria astral e o terceiro atua melhor no físico. Por dedução lógica conclui-se que é na matéria mental inferior que a Vontade da Mônada via Ego irá se manifestar. Como Vontade é Eletricidade, pela natureza essencial elétrica da Mônada, a matéria mental inferior é eletricidade, quando devidamente energizada pela Vontade da Mônada. Temos um vislumbre disso, quando vemos que toda a atividade cerebral do homem é elétrica, uma vez que ocorrem nos neurônios troca de íons com carga elétrica, até as vesículas sinápticas, onde são liberados os neuro transmissores, moléculas que levam a informação de forma elétrica para o outro neurônio. Há mais coisas sobre esse assunto, com referência à atuação dos fogos, em particular o elétrico, no processo iniciático, cujos detalhes técnicos não podem ser revelados. Apenas podemos resumir que o autocontrole total e completo irá dinamizar a matéria mental, elevando a voltagem dela e, pela atuação dela nos átomos inferiores, produzir fenômenos físicos e no mundo astral. Todavia lembramos que faz parte desse autocontrole total e completo ter desenvolvido em alto grau a capacidade de amar e servir com desinteresse. Portanto, através do serviço, da dedicação ao estudo, para entender todo o mundo fenomênico e da disciplina, a Vontade irá crescendo, até o ponto de atuar diretamente no fogo elétrico do átomo. Os fenômenos elétricos da natureza ocorrem pela atuação do fogo elétrico da Mônada Solar, atravessando todas as matérias dos planos cósmicos superiores, a partir do monádico cósmico, sede da Mônada Solar. A chave está em entender com clareza esse processo de transferência do fogo elétrico da Mônada Solar átomo a átomo, até chegar ao nosso átomo físico. Quando o Mestre diz que a fonte está fora do Sistema Solar, Ele quis dizer fora do Sistema visível, pois na realidade a Mônada Solar está muito além do Sistema visível. Existem as influências elétricas que vêm de outros Sistemas, mas fundamentalmente é a Mônada Solar a principal origem, assim como no homem é sua Mônada a fonte de sua energia de vida, embora precisemos dos fogos do sistema, como os pranas solar e planetário, para mantermos nossos corpos vivos e atuantes. Essas influências de outros Sistemas são devidas aos inter-relacionamentos existentes e necessários nos níveis cósmicos, assim como o homem se relaciona com outros homens, num processo contínuo de troca de energias e influências.

1. Há três perguntas importantes, que podem ser consideradas como uma, uma vez elas se referem ao mesmo tema e referem-se à objetividade inteligente. Talvez se modificássemos essa tríplice pergunta e a reduzíssemos à objetividade microcósmica, o problema não pareça tão complexo. Assim diríamos:

O que é o aspecto pensante do ser humano? Porque sua mente e seus processos mentais são tão importantes? Quem é o Pensador?

O homem, em sua essência fundamental, é a Tríade Superior (através da qual a Mônada se manifesta para se relacionar com as matérias inferiores à monádica) expressando-se por meio de uma forma que evolui gradualmente, o corpo causal ou egoico e usa a tríplice personalidade como instrumento de contacto com os três mundos inferiores. Tudo isso tem por finalidade o desenvolvimento da autoconsciência perfeita. Acima da Tríade Superior está a Mônada ou o Pai no Céu - um ponto de abstração quando o homem o contempla desde o plano físico, para quem a Mônada ocupa a posição do Absoluto, no mesmo sentido em que o Logos indiferenciado se encontra com respeito à Trindade, as três Pessoas da manifestação logoica. Esta analogia é exata. É óbvio que quando o homem vai evoluindo e adquirindo mais conhecimentos e entendendo cada vez com mais clareza todo esse processo e técnica do contacto da Mônada com os mundos inferiores, ele se identifica cada vez mais com sua Mônada, até atingir um tal grau de certeza, convicção e compreensão, que se torna uma expressão quase exata dela, quase exata porque as matérias inferiores sempre impõem limitações, devido à sua limitação de capacidade de oscilar. Temos então:

1. A Mônada.

2. A Tríade Superior (átomos átmico, búdico e mental ligados entre si), vontade espiritual, intuição e mente superior.

3. O corpo causal ou egoico (na realidade o Loto Egoico, como veremos mais tarde), santuário do princípio búdico, uma vez que ele representa por excelência o segundo aspecto, o relacionador entre a Mônada e a matéria inferior. Este corpo se constrói com o poder da mente, sendo a manifestação dos três aspectos acima citados.

4. A tríplice natureza inferior, os pontos de objetividade mais densa.

5. A tríplice natureza inferior é, em essência, um quaternário: corpo etérico, vida animante ou prana, kama-manas (o corpo astral) e o corpo mental inferior. Manas, o quinto princípio, constitui o elo entre o superior e o inferior.

Temos, consequentemente, quatro inferiores e três superiores e a relação existente entre eles, o princípio mente. Eis aqui os sete, formados pela união dos três e dos quatro e outro fator (a relação, o princípio mente) totalizando oito. Os sete finais serão percebidos quando budi e manas se fundam, ou seja, quando o aspecto búdico (Amor-Sabedoria-Razão Pura) aperfeiçoado consiga se expressar sem distorções e cristalinamente pelo aspecto manas. Em alguns livros ocultistas são feitas muitas insinuações com respeito à oitava esfera. O Mestre sugere que nesse fator vinculador, mente inteligente, temos a chave do mistério. Quando a mente obtém um desenvolvimento indevido, cessa de unir o superior com o inferior e cria uma esfera própria. Este é o maior desastre que pode ocorrer ao homem. É literalmente o caso do homem sem Alma, que tem duas formas de apresentação.

Temos portanto:

A Mônada, o Absoluto microcósmico
Espírito Puro
O uno e único
A Trindade Monádica
Primeiro aspecto - Atma ou vontade espiritual Segundo aspecto - Budi ou princípio crístico Terceiro aspecto - Manas ou mente superior
O aspecto Filho na objetividade
O corpo egoico ou causal (o Loto Egoico)
O quaternário inferior
1- Corpo mental
2- Corpo astral ou emocional
3- Prana ou energia vital (na realidade os três fogos).
4- Corpo etérico.

O homem, o microcosmos, é a reprodução do Sistema Solar em miniatura. Isso refere-se às formas objetivas, que correspondem ao Sol e aos sete planetas sagrados. Porém, paralelamente à forma exotérica ou objetiva do Sistema Solar, é levado a cabo um desenvolvimento psíquico (que ocorre na Alma ou Ego Logoico), denominado os sete princípios. O homem também desenvolve sete princípios, que concernem ao seu Ego (na realidade aplicam-se à Mônada, quem de fato evolui em última instância).

Aqui encerramos nosso estudo. Voltaremos quando explanaremos os princípios microcósmicos, os do homem.

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Estudo 077

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - VI - O que é o Aspecto Mente? Porque o Princípio Manásico é tão importante? Quem são os Manasaputras?1. Natureza da Manifestação - Princípios Microcósmicos (Páginas 234,235, 236 e 237)

Iremos estudar hoje os princípios microcósmicos, do homem. Inicialmente é importante fixar de forma clara o que se entende por princípio. Analisando em profundidade o que o Mestre Tibetano diz, princípio pode ser uma qualidade, um modo de ser ou uma energia, que pode ser isolada ou inerente a um veículo. O modo de ser também pode estar ligado a um veículo. Sempre o objetivo do princípio é desenvolver as qualidades e os poderes da Mônada, que, em última instância, é quem evolui. Princípio, como a palavra diz, é aquilo que dá origem a algo.

Dentro dessa linha de raciocínio, vejamos a inteligência ativa, classificada pelo Mestre como um princípio. É um estado de ser da Mônada, utilizando-se da matéria para se realizar. Ao mesmo tempo pode ser vista como uma qualidade.

Passemos para o prana, também classificado pelo Mestre como um princípio. O que é o prana? Conforme Ele próprio afirma no início de seu livro (assunto que já foi explicado em estudos anteriores), o prana serve para energizar o corpo etérico e por ele o corpo denso. Mas os corpos etérico e denso necessitam de três energias diferenciadas, que são: fogo por fricção/elétrico (chamado fohat), fogo por fricção/solar (prana) e fogo por fricção/por fricção (kundalini). Os corpos etérico e denso do homem precisam dessas três energias para sobreviverem, provenientes de duas fontes: do Sol e da Terra. Do Sol temos: eletricidade solar (de um só pólo), raios de luz de aspecto prânico (prana solar) e akasha (kundalini solar). Da Terra temos: fluido elétrico, prana planetário e substância produtiva (kundalini da Terra), sendo essas três energias resultantes da absorção, assimilação e qualificação pela Terra das três energias oriundas do Sol.

O corpo etérico do homem absorve, assimila e qualifica essas seis energias e as transforma em: reação nervosa (a componente elétrica), emanação prânica e calor corpóreo (kundalini do corpo). Sem essas energias o homem não sobrevive fisicamente. Por isso essas três energias, que podemos chamar fogo por fricção conjuntamente e o corpo etérico são princípios, pois realmente constituem origem para a vida física do homem. O homem tem de sintonizar e dominar essas energias.

No decorrer da descrição dos princípios iremos dando mais detalhes.

Inicialmente o Mestre apresenta dois princípios superiores: Inteligência Ativa e Amor-Sabedoria-Razão Pura, latentes e acrescenta que a natureza psíquica da Mônada é dual. Mas como entender essa dualidade da Mônada, se Ela é tríplice? Simplesmente porque o Mestre se refere à natureza psíquica da Mônada, o que significa a natureza da Mônada que atua na geração da Alma, pois o adjetivo psíquico vem de psique (palavra de origem grega), que quer dizer Alma.

Conforme veremos futuramente no decorrer dos nossos estudos, Mestre Tibetano descreve a construção da Alma pela Mônada como a manifestação de budi no plano causal ou mental superior, utilizando três átomos mentais. Portanto, para o homem, os princípios superiores são realmente dois: Inteligência Ativa (os três átomos mentais) e Amor-Sabedoria-Razão Pura (budi), de fato os mais elevados para o homem, olhando de baixo para cima.

Em seguida temos a Tríade Superior, composta de um átomo átmico (o princípio atma, a natureza espiritual, a Vontade), um átomo búdico (o princípio budi, a natureza Amor-Sabedoria-Razão Pura) e um átomo mental (o princípio manas, a natureza Inteligência, atividade).

Esses três princípios, expressos pela Tríade Superior, com os dois superiores sintetizadores da Mônada somam cinco e são a chave da enumeração empregada por H. P. Blavatsky em algumas partes.

Podemos fazer uma comparação analógica, sob o ponto de vista da realidade antes da manifestação. No princípio só existia Aquele (o ABSOLUTO), que não é nem Espírito nem matéria. Então ELE decidiu se manifestar como Espírito e matéria, conservando-se ELE mesmo.

Temos pois analogicamente:

O ABSOLUTO a Mônada
Espírito Amor-Sabedoria-Razão Pura, Purusha, Vishnu
Matéria Inteligência Ativa, Prakriti, o Divino Manasaputra
Na objetividade espiritual temos a Tríade Superior

Portanto uma dualidade dentro da unidade.

Na manifestação do homem temos:

Primeiro Princípio: o ovo monádico, esfera de manifestação da Mônada
Segundo Princípio: Atma, Vontade
Terceiro Princípio: Budi, Razão Pura, Sabedoria
Quarto Princípio: Manas Superior
Quinto Princípio: Manas inferior
Sexto Princípio: Kama-manas, a mente inferior mesclada com emoção
Sétimo Princípio: emoção pura, kama separa de manas

Esta classificação acima refere-se à vida subjetiva ou da Alma, esquecendo o conjunto prana e corpo etérico.

Quando consideramos a vida puramente espiritual, definimos apenas cinco princípios, faltando dois, os quais são: a Vida do Logos Planetário, em cujo corpo o homem se encontra e a Vida do Logos Solar, em cujo corpo o Logos Planetário também tem o seu lugar.

A medida que o homem vai evoluindo, os princípios espirituais vão se ativando. No homem pouco evoluído na atualidade, os princípios são:

• corpo etérico,
• fogo por fricção tríplice,
• kama-manas, emoção mesclada com manas inferior,
• manas inferior,
• manas superior,
• budi,
• atma.

O Ego ou Alma se vê como o Absoluto em relação aos veículos inferiores e como absoluta vontade de ser e para baixo vê os seguintes princípios:

• budi e manas - o binário (seus modos de ser)
• corpo causal ou mental superior (seu principal veículo de expressão)
• corpo mental inferior
• corpo astral
• fogo por fricção tríplice
• corpo etérico.

A classificação para o Ego é a mesma que para o homem inferior, variando apenas a ordem, sendo isso devido ao fato de que no homem primitivo os princípios superiores estão semiadormecidos. O homem, com a evolução, também vive o corpo causal.

Concluindo, os princípios dependem do nível de evolução, sendo essa a explicação para as diversas classificações. A medida que as qualidades previstas no Grande Plano Divino para o homem se desenvolvem, os princípios superiores passam a se impor, enquanto os inferiores ficam subordinados.

Os três níveis de evolução, do homem comum (a puramente objetiva), do homem voltado para a Alma (a subjetiva) e do Iniciado (a espiritual), caracterizam a definição dos princípios em atividade.

Assim como um atleta utiliza aparelhos e pesos, que impõem resistência, obrigando-o a fazer força, para desenvolver os músculos, igualmente os princípios são os "aparelhos" para a Mônada desenvolver suas qualidades e poderes ("seus músculos"). Uma vez desenvolvidas as qualidades e os poderes no nível desejado, os princípios são abandonados, pois já serviram à sua finalidade. Mas a evolução prossegue, na direção de novas conquistas, quando novos princípios são ativados.

Por hoje encerramos nosso estudo. Voltaremos a seguir quando estudaremos o item 2. Desenvolvimento objetivo, tanto das Entidades Cósmicas (Macrocosmos), como do homem (microcosmos). É um assunto muito interessante, pois aumenta nossa compreensão do belíssimo processo evolutivo reinante no Universo. Na realidade, toda a segunda parte do Tratado sobre Fogo Cósmico do Mestre Tibetano é de um interesse e deslumbramento crescentes, porque nos fornece muitas informações a respeito não só do mundo fenomênico, como das vidas subjetivas.

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Estudo 078

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - VI - O que é o Aspecto Mente ? Porque o Princípio Manásico é tão importante? Quem são os Manasaputras?2. Desenvolvimento Objetivo (Páginas237 e 238)

Iremos estudar agora resumidamente o desenvolvimento objetivo, ou seja, o processo seguido na utilização das formas, para que a Mônada desperte e amplie seus poderes e qualidades, em espiral mais elevada (não esquecer nunca que estamos num novo Sistema Solar, uma nova encarnação do Logos Solar). Por formas, enfatizamos e deixamos bem claro que um Sistema Solar é uma forma gigantesca para o Logos Solar, assim como um esquema planetário é uma forma para o Logos Planetário e o corpo físico (como os demais) o é para o homem. Todos Eles utilizam-nas para expandir cada vez mais suas Mônadas, melhor dizendo, as Mônadas servem-se das formas para conseguirem seus objetivos, abandonando-as quando eles são alcançados.

Esse processo é sétuplo (ocorre em sete etapas) durante o período maior, tornando-se nônuplo (mais duas etapas) na fase de abstração ou obscurecimento, quando inicia-se o afastamento das formas e décuplo (mais uma e última etapa) na destruição das formas, por não serem mais necessárias e úteis.

Serão delineados os aspectos principais, sem descer a detalhes, que serão considerados ao longo dos estudos, dentro da programação do Mestre Tibetano.

Vejamos inicialmente o Macrocosmo, o Logos Solar, o Grande Homem Celestial.

• Seu corpo físico de expressão é constituído principalmente de:
• os sete planetas sagrados(os sete esquemas sagrados),
• entre esses sete dois sintetizadores, o que perfaz o total de nove, em termos de funções (a função de sintetizar),
• o sintetizador final, o Sol, totalizando dez em termos de funções.

O Logos Solar tem portanto dez centros.

Não consideramos aqui os planetas não sagrados, que exercem suas funções, não só quanto à própria evolução, mas também quanto à do Logos Solar.

Enfoquemos o Logos Planetário. Ele se expressa por meio de:

• as sete cadeias de um esquema,
• entre essas sete duas são sintetizadoras, totalizando nove, também em termos de funções,
• a sétima e última cadeia é a sintetizadora final, totalizando dez.

Portanto um Logos Planetário também possui dez centros.

Vejamos o homem, o microcosmo. Na fase humana evolui através de sete corpos:

• átmico,
• búdico,
• causal ou egoico,
• mental inferior,
• astral ou emocional,
• etérico e
• físico denso.

Dois corpos são sintetizadores: o causal e o físico, fazendo nove.

O homem possui o sintetizador final: o envoltório monádico, também chamado ovo monádico, o instrumento com que a Mônada se relaciona com a matéria monádica. Assim o homem perfaz também o dez. Embora o homem utilize sete corpos para evoluir na fase humana propriamente dita, todavia a Mônada, quem realmente evolui, abstrai e sintetiza tudo o que for conquistado nos mundo abaixo do monádico, em seu corpo monádico. Esse corpo só será plenamente ativado na sétima Iniciação planetária, que é a quinta solar e a primeira cósmica.

No corpo físico há sete centros, que correspondem aos sete corpos. Entre eles, dois são sintetizadores: o cardíaco e o laríngeo. O grande e final sintetizador é o coronário. Os centros estão situados no corpo etérico e daí influenciam o denso, que não é um princípio. O corpo físico é sintetizador, porque as qualidades da Mônada, via Ego e os corpos causal, mental e astral, devem se expressar por ele (em particular o cérebro físico).

O corpo causal, na realidade o Loto Egoico, é o depositário da essência de todas as experiências vividas nas encarnações físicas, como nas passagens pelos planos astral e mental, no intervalo entre encarnações.

O centro coronário corresponde ao corpo átmico e faz par com o básico, que é a expressão mais forte do corpo físico, sendo responsável pelo instinto de sobrevivência, ao mesmo tempo o corpo átmico reflete-se no físico. O centro cardíaco corresponde ao corpo búdico e faz par com o umbilical, que corresponde ao corpo astral, ao mesmo tempo o corpo búdico reflete-se no astral. O centro laríngeo corresponde ao corpo mental e faz par com o sacro, responsável pela capacidade procriadora física.

Demonstramos que assim como é cima, é em baixo, no que toca às formas ou ao processo de evoluir, ocorrendo a mais exata analogia de funções, todavia com profundas diferenças na amplitude,intensidade, quantidade e complexidade de ações. Obviamente o espaço e o tempo, que surgem na manifestação, são sentidos de modos diferentes. Para o Logos Solar, como já vimos, uma vida física tem uma duração equivalente a trezentos e onze trilhões e quarenta bilhões de anos terrestres (311.040.000.000.000).

A sensação de espaço também é diferente. Ela existe para o homem e para o Logos Solar, mas o que para o homem é uma imensidão, para o Logos é apenas seu corpo e sua sensação de imensidão (o espaço onde o Logos atua e trabalha) soa ao homem como o infinito, uma vez que ele não é capaz de medi-lo, embora possa calculá-lo matematicamente.

Tudo isso refere-se apenas ao lado objetivo da manifestação, exteriorização e mecanismos de exercitar e experimentar, para a aquisição de poderes e qualidades.

No próximo estudo analisaremos o desenvolvimento subjetivo, a relação entre os corpos e as qualidades, em suas diversas etapas e fases. Trataremos da vida que se expressa pelas formas, de suma importância para todos, pois irá clarear a visão dos mundos chamados subjetivos e incrementar em muito a convicção e a certeza, pela lógica bem explícita.

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Estudo 079

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - VI - O que é o Aspecto Mente? Porque o Princípio Manásico é tão importante? Quem são os Manasaputras? 3. Desenvolvimento Subjetivo (Páginas 238 e 239)

Estudemos agora a programação do desenvolvimento subjetivo ou do lado psíquico, de forma comparativa, através da utilização dos diversos tipos de matéria (os chamados planos), pelos quais dá-se a manifestação, com o objetivo de ativação de poderes e qualidades.

Como era de se esperar, esse desenvolvimento também é sétuplo. Assim temos as seguintes etapas:

1. astral ou emocional: desejo, emoção, sentimento puro,

2. kama-manásica: desejo mesclado com a mente, na maioria dos casos o desejo dominando a mente,

3. manásico: mente inferior,

4. manásico superior: mente abstrata ou pura,

5. búdico: razão pura,

6. átmico: vontade pura (e não desejo), realização,

7. monádico: o conjunto, a síntese de: vontade, amor-sabedoria-razão pura e inteligência.

As qualidades inerentes a cada etapa são desenvolvidas com a ajuda da mente, mesmo quando ela é dominada pelo desejo, para a conquista do amor-sabedoria-razão pura o mais perfeito possível, que é a meta do atual Sistema Solar.

Isso é realizado pelo Logos Solar, o Macrocosmo, utilizando-se em particular dos sete Homens Celestiais, os Logoi (o plural da palavra Logos em grego é Logoi) Planetários sagrados, mas também dos Logoi não sagrados como o nosso e outras Entidades cósmicas que labutam e evoluem dentro dos esquemas e do Sistema. Assim como o homem vive principalmente através de seus sete chacras ou centros principais e secundários, mas também possui órgãos físicos de suprema importância, que exercem funções muito bem definidas dentro da economia do corpo físico, da mesma forma os Logoi têm em seus corpos cósmicos físicos outros órgãos importantíssimos, com suas funções também muito bem definidas. Analisemos melhor isso. No nosso estômago há enzimas que decompõem as moléculas dos alimentos, para que os nutrientes sejam absorvidos, sem o que o homem não sobreviveria. No corpo de um Logos há órgãos com funções de suma importância para a sua sobrevivência, sendo essas funções muitíssimo complexas, totalmente diferentes das funções das enzimas do corpo físico do homem. Quando olhamos para o céu, vemos de dia o Sol e possivelmente a Lua e de noite as estrelas, os planetas e também a Lua. Mas só vemos isso, devido à limitação de nossa visão física. Contudo se tivéssemos visão mais acurada, essa seria muitíssimo diferente, pois veríamos esses órgãos ocultos e seus modos de operação. Os Iniciados que já passaram pela quarta Iniciação adquirem os conhecimentos sobre esses assuntos, como também são treinados (aulas práticas) para ajudar nessas atividades, porque elas ocorrem na matéria búdica para cima. Mas em nível mais baixo, como na matéria etérica, veríamos também o desenrolar de funções do corpo do Logos. Não é sem razão que o Mestre Tibetano diz que o espaço é vivo.

No caso do Logos Planetário, Ele se desenvolve psiquicamente utilizando-se dos sete grupos de entes humanos, que formam seus centros psíquicos. Esses grupos, em seu próprio plano, desenvolvem a inteligência (manas), são essencialmente amor e podem estabelecer contacto objetivamente com as sete cadeias do esquema. Tais grupos são constituídos de Egos, no plano causal, onde cada grupo se encarrega de atividades em seu respectivo centro. Trabalham com matéria mental superior, dentro das limitações impostas pelo nível de evolução do Ego. É lógico que os Egos Iniciados (os que ainda não receberam a quarta Iniciação) já operam na matéria búdica e acima, conforme seu grau de evolução. O contacto objetivo com as sete cadeias requer uma explicação mais detalhada. As cadeias existem no espaço e no tempo, ou seja, elas existem no espaço através dos sete globos que as constituem e existem no tempo através das energias que geraram, mesmo após a desintegração dos sete globos (as energias da extinta cadeia lunar, anterior à atual, ainda persistem e influenciam a humanidade). O citado contacto objetivo é com essas energias. É contacto objetivo porque o Ego utiliza-se de seu corpo causal (o Loto Egoico), portanto objetivo e exterior a Ele, para estabelecer o contacto. Cabe ressaltar aqui que os Iniciados a partir da quarta Iniciação, a segunda solar, não possuem mais Ego, atuando objetivamente através da Tríade Superior e dos veículos do búdico para cima, sendo seu nível de trabalho nessas matérias.

No caso do homem vivendo unicamente em seus veículos inferiores, o desenvolvimento ocorre através de seus sete centros principais, o que constitui a chave da sua evolução psíquica. Também está desenvolvendo a inteligência, é essencialmente amor, mesmo com as distorções e é visto objetivamente por meio de qualquer de seus corpos inferiores.

Devemos enfatizar que o desenvolvimento psíquico, da Alma ou Ego, como também a evolução subjetiva, é o principal empreendimento do Logos Solar, dos Logoi Planetários e do homem. O amor inteligente ativo, a ser despertado e desenvolvido pela aplicação inteligente da mente, que trará á atividade o amor latente, será o fruto do processo evolutivo no atual Sistema Solar. Como veem, a mente é importantíssima nesse processo e sem ela jamais o objetivo será alcançado. É por isso que aqueles que desdenham o uso da mente analítica e da busca do conhecimento, estão completamente equivocados e poderão cair na lista dos que serão expurgados no grande dia do juízo da quinta ronda, caso persistam nessa inércia mental, contentando-se em permanecer no sexto raio, da devoção sem mente. Serão expurgados porque não terão atingido a meta. Sabemos que o trabalho é lento para alguns, mas se não houver um início, jamais sairão desse estado de inércia. Ficar só na linha devocional é muitíssimo fácil, porque esse tipo de devoção está fortemente ligado à emoção e ao corpo astral, que é a linha de menor resistência da grande maioria da humanidade.

É por isso que o desenvolvimento psíquico ou subjetivo é dual, porque é mente-amor, como o é o desenvolvimento objetivo. A fusão mente-amor produz a consciência. Somente o Espírito ou a Mônada é uma unidade indivisível. O desenvolvimento da Mônada ou a obtenção dos frutos da evolução, somente será alcançado, quando a dupla evolução da forma e da psique se tenha consumado. Então os resultados da evolução serão colhidos pela Mônada, que reunirá em si as qualidades cultivadas durante o processo de manifestação. Esses resultados serão: perfeito amor e perfeita inteligência, expressando-se como amor-sabedoria-razão pura inteligente e ativo, ou seja, produzindo efeitos.

Podemos agora dar a resposta às perguntas: o que é o aspecto mente e porque é tão importante? A habilidade mental é na realidade a capacidade que o Logos tem de pensar, agir, construir e evoluir, para desenvolver a faculdade de amor ativo e atuante. Quando o Logos, que é inteligência ativa, tiver percorrido seu ciclo de vida (o Sistema Solar), será também amor-sabedoria-razão pura em plena manifestação e atuante em toda a natureza. Ele manifestará as duas qualidades, amor e inteligência, simultaneamente e em perfeita harmonia, em todos os recônditos do Sistema Solar, mesmo estando esse nessa época em obscurecimento material.

O mesmo pode ser afirmado com referência aos Logoi Planetários em suas esferas e ao homem em seu pequeno ciclo.

Aí está o motivo da suprema importância da mente ou manas. É o instrumento pelo qual a evolução é possível, a compreensão pode ser alcançada e é possível ser ativo, porque atividade sem inteligência somente destrói.

Vejamos essa pergunta sob o enfoque do Fogo:

OBJETIVAMENTE SUBJETIVAMENTE
1- o mar de fogo, o fogo do plano adi nosso Deus é um fogo consumidor Vontade energizante
2- akasha, o fogo do plano monádico a Luz de Deus aspecto forma
3- éter, o fogo do plano átmico o calor da matéria aspecto atividade
4- ar, o fogo do plano búdico a iluminação pela intuição
5- fogo, o fogo do plano mental o fogo da mente, a atividade mental
6- luz astral, o fogo do plano astral o calor das emoções
7- o mundo fenomênico físico o tríplice fogo por fricção, por trás do mundo fenomênico.

ESPIRITUALMENTE

1. O mistério da eletricidade ou as leis que regulam a ação e o uso do fogo elétrico nos diversos planos

2. O mistério das sete constelações que formam o corpo de expressão do nosso Logos Cósmico

3. O mistério do UNO, o nosso Logos Cósmico, do qual nosso Logos Solar é o chacra cardíaco.

Aqui encerramos nosso estudo de hoje. Voltaremos a seguir quando trataremos dos Homens Celestiais, os Logoi Planetários e do homem, dentro da mesma ótica comparativa ou analógica, para mais clara compreensão do processo evolutivo. Mais uma vez enfatizamos a importância, que o Mestre Tibetano não se cansa de dar, do desenvolvimento e da aplicação da mente, em particular da sua capacidade analítica, para o florescimento da qualidade amor-sabedoria-razão pura. Para tal, é condição sem a qual não,adquirir conhecimento em diversas áreas, para através da conjugação desses conhecimentos perceberem-se os pontos em comum e assim ser despertada e desenvolvida a mente abstrata e, através dessa, a intuição. Com esse exercício contínuo, os sentidos dos corpos superiores serão estimulados, ocorrendo um belíssimo processo de realimentação (feedback) positiva: o exercício estimula os sentidos superiores, esses permitem que novas informações cheguem ao cérebro físico, clareando o entendimento, o que por sua vez realimenta o estímulo dos sentidos superiores, os quais novamente respondem para o cérebro físico. Assim o processo segue num ritmo crescente, acelerando em muito a evolução.

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Estudo 080

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - VI - O que é o aspecto Mente? Porque o princípio manásico é tão importante? Quem são os Manasaputras? 4 - Os Homens Celestiais e o Homem (Páginas 239,240, 241 e 242)

Iremos agora responder à pergunta "Quem são os Manasaputras?" Com referência ao nosso Logos Planetário, serão dadas informações mais detalhadas, quando for tratado o assunto da chegada na Terra dos Senhores da Chama, provenientes do esquema de Vênus, em meados da terceira sub-raça da raça lemuriana, há 18 milhões de anos. Inicialmente assentaremos as bases para qualquer pensamento sobre o tema.

Os Divinos Manasaputras, com diversas denominações na Doutrina Secreta, podem ser definidos como os Filhos nascidos da mente de Brahma, o terceiro Aspecto, Inteligência Ativa, pois Eles vêm à atividade neste Sistema Solar sob a influência desse Aspecto, que é executado no plano Adi (a parte atômica do corpo físico cósmico do Logos Solar) por uma Entidade denominada terceiro Logos e que está numa posição acima dos Logoi Planetários.

Esses Divinos Manasuputras são os sete Logoi Planetários, os Senhores dos Raios, os sete Homens Celestiais. Eles desenvolveram o aspecto mente no Sistema Solar anterior, quando a meta para aperfeiçoamento foi a Inteligência Ativa, a mente (Brahma na linguagem oriental). A ênfase foi dada à existência objetiva, material. Esse aperfeiçoamento foi conseguido. Atualmente o objetivo é desenvolver o segundo aspecto, Amor-Sabedoria-Razão Pura (Vishnu), sendo a soma total da existência atual. Os Logoi Planetários não sagrados, como o nosso, também são Divinos Manasaputras e exercem funções altamente relevantes no Sistema Solar. Brevemente, em sentido cósmico, Ele tornar-se-á sagrado.

As evoluções humana e dévica, em seus respectivos esquemas, constituem as células de seus corpos, assim como entes menores são as células dos corpos dos seres humanos, obviamente numa espiral bem inferior. Estudando-se profundamente as relações entre o homem e suas células, poderemos, utilizando os conceitos existentes nessas relações, captar muitas ideias sobre as relações entre os homens como células e os Logoi Planetários, nas funções de seus corpos físicos cósmicos. Muitos esclarecimentos e entendimentos advirão com esse estudo. É lógico que requer esforço e a busca de conhecimentos em várias áreas científicas, para o cruzamento de informações e a consecução de ideias novas.

Há um fato importantíssimo, que nunca deve ser esquecido. Assim como o homem é a Mônada fundamentalmente, a qual se expressa por meio de um corpo semipermanente, o Loto Egoico e o corpo causal (semipermanente, porque é desintegrado na quarta Iniciação) e de três outros corpos inferiores, o mental inferior e o astral (que são princípios) e o físico, do qual apenas o corpo etérico é princípio, não o sendo a parte densa, da mesma forma o Homem Celestial é fundamentalmente a Mônada, que se expressa por meio de um corpo semipermanente, o Loto Egoico e o corpo causal, no plano mental superior cósmico e de três corpos inferiores (cosmicamente falando), mental inferior (de matéria mental inferior cósmica), astral (de matéria astral cósmica), os quais constituem princípios. Ele possui também um corpo físico cósmico, o qual é formado de matéria etérica cósmica (os nossos planos monádico, átmico e búdico), de matéria mental superior, constituindo essas matérias princípios e de matéria mental inferior, astral e física, as quais não são princípios.

O homem energiza seu corpo denso com os três fogos (reação nervosa, emanação prânica e calor corpóreo), que permitem a utilização dos nutrientes da alimentação para a manutenção da vida física. Assim o homem utiliza esse instrumento, seu corpo denso, para suas atividades físicas, apenas isso, não o vendo como um princípio. De forma semelhante, o Homem Celestial energiza com seus fogos as matérias mental inferior, astral e física de seu corpo denso, mas também não as vê como princípios.

Somente quando o homem desenvolve a consciência egoica no plano causal é que ele toma conhecimento claro da sua relação com seu Logos Planetário, como célula de seu corpo. Isso é óbvio, porque o Logos é alheio aos planos inferiores ao causal.

Podemos explicar isso de outra forma. O corpo causal do homem, como célula do corpo físico do Homem Celestial, em sua totalidade, é a área mais densa pela qual o Homem Celestial se manifesta. Igualmente o corpo etérico do homem é o ponto mais denso no qual sua consciência se expressa. Esclareçamos um pouco essa atuação do corpo etérico do homem. A consciência do homem encarnado manifesta-se no cérebro físico, que é constituído de matéria densa. Mas atentemos para a atividade dos neurônios. Essa é elétrica, pela troca de íons para dentro e fora da membrana do axônio, sendo o íon o portador de carga elétrica, havendo uma modulação que porta a informação. No final do axônio está a vesícula sináptica, que libera os neurotransmissores, moléculas portadoras da informação para o outro neurônio. Essas moléculas transportam carga elétrica. Ora essa atividade elétrica se dá no corpo etérico, pois é o fogo chamado reação nervosa o responsável. Portanto a consciência está no corpo etérico, utilizando-se da parte densa do cérebro apenas como suporte. No futuro o homem dispensará o corpo denso, quando poderá viver fisicamente apenas utilizando o corpo etérico.

Convém deixar bem claro que todas as Entidades em evolução têm seus planos e projetos para essa evolução e, conforme o ciclo, necessitam se expressar em determinadas matérias mais densas, com variação de níveis.

O homem, como já dissemos, é fundamentalmente Mônada, atuando no plano monádico. Seu principal ponto de enfoque atualmente é o mental, o quinto plano. Todavia procura obter pleno desenvolvimento consciente nos três planos inferiores: mental, astral e físico.

O Homem Celestial é fundamentalmente Mônada, atuando no plano monádico cósmico, portanto fora do Sistema Solar, como o homem como Mônada está fora dos três mundos de seu esforço. Seu principal ponto de enfoque físico em termos cósmicos está no segundo plano do sistema, o monádico (o mesmo do homem como Mônada), porém se esforça para desenvolver plenamente sua consciência física cósmica por meio das matérias dos planos das Tríades Superiores humanas, suas células, os planos átmico, búdico e causal. Sua consciência física cósmica nos planos mental, astral e físico, utilizando-se das Tríades Inferiores humanas, Ele a desenvolveu no Sistema Solar anterior.

O homem repete até a quinta Iniciação o esforço do Homem Celestial no Sistema anterior e assim conquistará o nível de consciência alcançado pelo Ele naquele Sistema. Esse processo de conquista está sempre ligado às Iniciações.

O Logos Solar, o Grande Homem Celestial, é fundamentalmente Mônada atuando no plano monádico cósmico, porém num subplano monádico mais elevado que o dos Logoi Planetários. Seu principal ponto de enfoque está no plano causal cósmico, mas procura se exercitar e evoluir por meio dos três planos cósmicos inferiores: mental inferior, astral e físico, à semelhança do homem. Para Ele os sete planos, desde o adi até o físico, constituem seu corpo físico-etérico, sendo os planos adi, monádico, átmico e búdico os quatro éteres e o causal, a parte mais refinada do denso. A relação é a mesma existente para o homem, quanto a seu corpo físico-etérico.

Portanto, com referência ao Grande Homem Celestial, podemos dizer que:

• Ele vitaliza seu corpo físico com os três fogos da matéria: elétrico, solar e por fricção, em nível cósmico.
• Anima-os.
• É plenamente consciente através dele.
• O etérico (adi, monádico, átmico e búdico) é seu princípio mais denso, atualmente.
• A parte densa de seu corpo não é um princípio, logo não é levada em conta. Essa parte densa é constituída pelas matérias mental inferior, astral e física. Donde se conclui que o plano búdico é o quarto éter cósmico.

Embora repetindo, vamos consolidar:

Sete Homens Celestiais, os Sagrados, formam os sete centros principais do corpo físico cósmico do Logos Solar. São esferas das quais saem os fogos que vitalizam e animam esse corpo, expressando cada Um a força que o caracteriza, segundo sua posição dentro do corpo.

Os seres humanos, como Egos, formam grupos no plano causal se estão conscientes nesse plano, sendo que conjuntos desses grupos constituem centros no corpo do Homem Celestial.

O Logos Solar, também repetindo para consolidar o conhecimento, forma um centro no corpo de uma Entidade Cósmico ainda maior, o Logos Cósmico, AQUELE DE QUEM NADA SE SABE.

Consequentemente os seres humanos, de qualquer esquema planetário, ocupam lugar em um dos quarenta e nove centros (observar que um centro pode ser formado de vários grupos egoicos, que atuam em diferentes partes ou pétalas do centro) dos sete Homens Celestiais.

Existe um relacionamento muito íntimo entre os sete Homens Celestiais sagrados e os sete Rishis da constelação de Ursa Maior, relacionamento esse que passa pelas sete Plêiades, o aglomerado estelar que se encontra no pescoço da constelação de Touro. Essa relação entre os sete Homens Celestiais sagrados e os sete Rishis da Ursa Maior tem a mesma distância energética que a existente entre a Mônada e o homem encarnado. Isso não quer dizer que os sete Rishis sejam as Mônadas dos Homens Celestiais, mas apenas dá uma ideia da distância energética.

Por meio dessas comparações, podemos vislumbrar como são esses grandes Seres Cósmicos e seu dia a dia cósmico. Como um dia seremos também Seres Cósmicos, não interessa de quantos eons necessitemos, esses conhecimentos que o Mestre Tibetano nos propicia incrementam em nós a vontade para acelerarmos a nossa evolução.

No próximo estudo entraremos na VII pergunta: Porque a evolução se desenvolve ciclicamente?

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Estudo 081

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente? (Páginas 242,243 e 244)

Mestre Tibetano diz que esta pergunta é desconcertante (difícil de explicar) e nos obriga a pensar. Assim Ele fixa determinados conceitos, para que possa haver um claro entendimento. Esses conceitos são explanados a seguir.

Repetição

No tempo: a atividade cíclica ou periódica compreende períodos de tempo de diferente duração, havendo ciclos maiores e menores, ambos uniformes quanto à duração. Assim como os dias humanos têm a mesma duração, vinte e quatro horas, variando apenas quanto ao ciclo do Sol, ou seja, no solstício de inverno, o percurso do Sol ao longo da eclíptica durante o dia é o menor do ano para a região onde está iniciando o inverno, sendo o período diurno de menor duração, enquanto no solstício de verão é o maior do ano, para a região onde está começando o verão, da mesma forma um Dia de Brahma ou um Dia do Logos Solar sempre tem igual duração. O mesmo ocorre com um mahamanvantara, uma encarnação do Logos Solar. O período de giro de um átomo em torno do próprio eixo é constante, para todos os átomos em seus respectivos planos. Obviamente há pequenas variações em torno de uma média. Portanto estamos tratando de valores médios.

De fatos: Cada grupo de átomos que constitui uma forma possui uma particular frequência, ou seja, um número fixo de oscilações por segundo. Este conjunto de átomos atuará no meio ambiente, gerando determinadas circunstâncias e procurará manter a sua frequência (frequência natural ou de ressonância) e, quando um agente externo atuar sobre ele nessa frequência, ele responderá com ênfase a ela, sendo sua linha de menor resistência. Se esse agente externo repetir a sua atuação dentro de um cronograma, sempre o conjunto de átomos constituintes da forma responderá a essa frequência, atuando por sua vez no meio ambiente. Isso nada mais é que a interação entre o Eu e o não-eu. É lógico que, pela constante influência do agente externo, a reação do Eu sobre sua forma vai lentamente (rapidamente quando o Ego está mais desenvolvido) modificando-a, alterando assim sua frequência de ressonância ou natural, o que significa evolução. Isso é análogo às oitavas de uma frequência fundamental, pois podemos excitar um cristal em várias oitavas da mesma nota.

No espaço: esse conceito está profundamente ligado ao carma, essa grande Lei que rege realmente a matéria do Sistema Solar e iniciou sua ação em sistemas anteriores. Assim temos repetições ordenadas e ascendentes, formando simbolicamente uma espiral ascendente, sob a regência de uma lei precisa.

Como fatos observados resultantes da aplicação desses conceitos, temos:

O Sistema Solar repete sua atividade- Repetição no Espaço

Uma cadeia planetária repete sua atividade - Repetição no Tempo, porque o sistema, o espaço e o local são os mesmos.

A repetição consecutiva e constante da frequência de ressonância, também chamada nota, de um plano, um subplano e de tudo que tal nota traz à objetividade - Planos de Repetição

A tendência dos átomos constituintes de formas para manter sua frequência e gerar circunstâncias ambientais e corpos semelhantes - Repetição da Forma.

Vemos claramente essa lei funcionar no ser humano: o ciclo da gravidez, o ciclo da infância, o ciclo da adolescência, o ciclo da maturidade e o ciclo final da senilidade. Esses ciclos repetem-se para todos, exceto, é óbvio, para os que morrem cedo. O comportamento nos diversos ciclos varia, conforme o grau de evolução da Alma encarnada. Também aqui estamos falando de valores médios, havendo flutuações em torno dessas médias.

Se raciocinarmos em profundidade, concluiremos que esse processo de repetição cíclica é o mais eficiente para o aprendizado, o que é a evolução, um contínuo aprendizado. Nas escolas e faculdades, temos esse método. O ciclo letivo de um ano, no ano seguinte outro ciclo em que as matérias estudadas são aprofundadas e assim prossegue até o término do primeiro grau. Depois vem o segundo grau, com repetição dos ciclos anuais com novas matérias e mais aprofundamento das estudadas. Em seguida, para alguns felizardos (o que deveria ser para todos, sem exceção), vem o terceiro grau, atualmente com ciclos semestrais, com mais aprofundamento. Consequentemente o homem segue fielmente a lei dos ciclos.

Temos, em nível mais elevado e coletivo, o nascimento, ascensão, auge e queda das civilizações. Temos também em nível planetário as grandes eras, a de Áries, já passada, a de Peixes, que está no final e a de Aquário, que entrará em seguida. No fato de a era de Peixes estar terminando e estar começando a de Aquário, temos a explicação para o recrudescimento das religiões. Como a maioria da humanidade é fortemente pisciana, ela resiste tenazmente às energias de Aquário, que são de índole mental e de liberdade. Mas essa resistência é inútil, pois quem não se sintonizar com Aquário, será expurgado. Essa sintonia com Aquário nada tem a ver com o signo do Sol ou do Ascendente, sendo uma questão de nível evolutivo e de mentalidade. Uma informação que cabe ser lembrada aqui, é que o nosso Logos Planetário vai receber uma Iniciação Cósmica menor na atual ronda, Iniciação essa que antecede a quarta Cósmica que Ele irá receber na próxima ronda. Ora, como a quarta Iniciação é a da renúncia, o que requer desapego e liberdade, nada mais lógico que a humanidade, células em seu corpo, esteja passando por provas de renúncia e desapego. Portanto está tudo dentro de uma lógica e planejamento perfeitos. Cabe a nós entender isso e nos adequar a essa situação consciente e inteligentemente. O que vamos dizer a seguir é uma conjugação lógica de fatos e informações, que nos leva a uma conclusão e que se encaixa no assunto atual, os ciclos.

O calendário maia só vai até o ano 2.012. Sabemos que o Senhor Maitreya, o Cristo, em uma encarnação na Atlântida, esteve entre os Maias, onde ficou conhecido como Quetzal-Coatl,a Serpente Emplumada, tendo sido um Rei muito sábio, que ensinou muitas coisas àquele povo. Por outro lado, o eixo norte-sul da Terra está se alinhando com a estrela Poláris, a alfa de Ursa Menor. Essa estrela é um filtro para duas estrelas da Ursa Maior, Dhube e Merak, respectivamente a alfa e a beta, transmitindo Dhube energias do primeiro raio e Merak do segundo. Portanto, via Poláris, a Terra está recebendo energias dos primeiro e segundo raios. Portanto juntando esses fatos com a Iniciação Cósmica menor que o nosso Logos vai receber na atual ronda, com o fato de o nosso globo, a Terra, ser o único denso do esquema e o último da ronda e ainda com a necessidade de a quarta Iniciação ter de ser recebida em encarnação física e o nosso Logos estar encarnado fisicamente através de SANAT KUMARA, podemos deduzir que essa Iniciação Cósmica menor do nosso Logos será recebida no ano 2.012. Logicamente a Terra e a humanidade sentirão os efeitos dessa Iniciação.

Estendendo essas ideias para planos além do Sistema Solar, por exemplo o astral cósmico, estaremos caminhando rumo ao infinito. Esclareçamos melhor o que acabamos de dizer.

Sabemos que sete Sistemas Solares formam o corpo de expressão de um Logos Cósmico. Para esse Logos, muito superior ao nosso, a Lei dos Ciclos também funciona e ELE não pode dela escapar. A área de atuação dessa lei é muito mais complexa e elevada que a do Logos Solar. Indo mais alto, encontramos o Logos Hipercósmico, o Parabrahma cósmico, cujo corpo de expressão é formado por sete Logoi Cósmicos. Também ELE obedece à Lei dos Ciclos. Podemos ter uma ideia aproximada, se considerarmos os ciclos de nascimento, existência, ápice e extinção de uma galáxia, de um aglomerado de galáxias e de um aglomerado de aglomerados de galáxias, já detectados pelos modernos telescópios. Com base nessas diferenças de grandezas, podemos inferi-las entre Logoi, ou seja, Logoi Solares, Cósmicos, Hipercósmicos e acima. As matérias de atuação e vivência, nas quais esses Seres Cósmicos evoluem e adquirem experiência, são de tal frequência e energia, que é muito difícil conceber sua ordem de grandeza. Sabemos que existem e devemos nos dar por muito felizes em saber isso e nos contentar em entender que a grande Lei dos Ciclos a ELES se aplica.

Sabemos que esse assunto é muito complexo, por isso vamos parar por hoje, para que todos reflitam e tirem suas próprias conclusões, pois só assim poderão expandir suas mentes. No próximo estudo trataremos das leis que regem a repetição da atividade cíclica.

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Estudo 082

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente? 2 - A repetição da Atividade Cíclica está regida por duas Leis (Páginas 244 e 245)

Estudemos agora as leis que regem a atividade cíclica. Na realidade há apenas uma lei maior, sendo a outra sua subsidiária. Com isso temos dois tipos de ciclos envolvidos na natureza do Eu e do não-eu.A ação recíproca entre os dois, pelo uso da mente, produz o meio ambiente ou o conjunto de circunstâncias, que leva o homem a evoluir.

A Lei maior é a de Atração e Repulsão, causa dos ciclos pelo seu modo de agir. Sua subsidiária é a Lei de Periodicidade e Renascimento. A Vontade do Espírito ou da Mônada juntamente com a atividade da matéria leva à evolução em ciclos. A Mônada cria modelos (as formas) com a matéria ativa, sendo esses modelos necessários para as experiências e aprendizado, ou seja, para evoluir. Por isso toda forma tem Vida. Há uma tendência para toda vida se unir com a vida semelhante latente nas outras formas. Quando a Mônada conseguir que a forma se sintonize perfeitamente com Ela, o que significa que a frequência ou nota emitida pela forma seja um submúltiplo exato, o mais próximo possível, da nota da Mônada, cessará a evolução para aquela meta, iniciando-se imediatamente um novo ciclo de evolução, em espiral mais elevada.

Quando a frequência ou a nota da forma é mais forte que a da Mônada, há atração exercida pelas formas, que dominam. Quando a frequência emitida pela Mônada é mais potente que a da matéria e forma, então a Mônada rechaça a forma. Esse é o campo de luta da vida (a Mônada) e as suas incontáveis etapas intermediárias, o que pode ser dito da seguinte maneira:

• O período em que prevalece a nota da forma (matéria), é o ciclo da involução.
• O período em que a Mônada rechaça a forma, é o ciclo da batalha nos três mundos inferiores.
• O período em que uma Mônada atrai Outra, é o ciclo de abandono da forma e da entrada no Caminho.
• O período em que se impõe a frequência ou nota da Mônada, é o ciclo da evolução nos planos superiores ao mental.

O que ocorre nos ciclos mundiais (por exemplo na última guerra mundial) é consequência da falta de sintonia entre as frequências emitidas. É assim que a harmonia é alcançada: primeiro a matéria impõe sua frequência, que passa a ser a fundamental; gradualmente a Mônada vai aumentando a potência da sua frequência em cima da nota da forma e monopoliza a atenção, até que aos poucos a frequência da Mônada é a dominante sobre as outras da matéria.

Todavia cabe lembrar que é a nota da Mônada que mantém unidas e coesas as partículas constituintes da forma. A nota do Sol atrai os planetas do Sistema e os mantém em órbitas ordenadas, através da força gravitacional. Essa sintonia das frequências prossegue num crescendo até ser obtida a sintonia exata ou harmonia, entre os planetas, os esquemas, as humanidades evoluindo nos esquemas e os Logoi responsáveis pelos esquemas, ao conseguirem expressar com perfeição o modelo cósmico que o Logos Solar estabeleceu para esse Sistema Solar. Então advirá o ciclo de abstração, o desinteresse pela forma e a consequente desintegração do Sistema.

O mesmo ocorre com o ser humano. Por meio da nota da Mônada ele mantém seus corpos coesos e unidos (seu Fogo Solar). Para as pequenas vidas que se expressam pelas partículas (átomos, moléculas, células etc) de seus corpos a Mônada faz o mesmo papel do Sol em relação aos planetas.

Analisando em maior profundidade, concluímos que a Lei de Atração expressa os poderes da Mônada e que a Lei de Repulsão, mesmo oriunda da Mônada, rege as formas, melhor dizendo, a Mônada exerce a atração que mantém os elementos constituintes da forma, que se repelem entre si, coesos para existir a forma, ao mesmo tempo as formas repelem-se entre si. Expliquemos a ação dessa Lei maior de outro modo.

A Mônada atrai a Mônada durante todo o ciclo maior. Nos ciclos menores, a Mônada atrai temporariamente a matéria constituinte das formas. Prevalece sempre a tendência de as Mônadas se unirem e se fundirem, o que é coerente com a natureza essencial delas, uma vez que Elas são estados de ser da Grande Mônada Solar. Com a repulsa das formas entre si, dá-se a separação. Essa separação é a causa da luta travada pela Mônada para desenvolver seus poderes e qualidades, pelo domínio pleno das formas. Quando a mente, o terceiro fator,começa efetivamente a atuar, a Mônada passa a buscar o ponto de equilíbrio, quando inicia-se o estabelecimento da harmonia entre as formas e entre ela e a Mônada. Mas para isso, as experiências em diversas condições são imprescindíveis, o que implica em repetição ou ciclos ordenados e bem planejados. Isto é válido para Sistemas Solares, esquemas planetários, o homem e o átomo, como também para Sistemas maiores que os solares. Dessa forma, pela repetição constante, a consciência é aperfeiçoada e é estimulada a capacidade de resposta. Com o aumento dessa capacidade de resposta, ela se torna patrimônio muito valioso da equipagem da Entidade (Logos e homem). Inicialmente isso ocorre na equipagem física, ou seja, o corpo físico. Mas essa capacidade de resposta tem de ocorrer também nos corpos astral e mental. Daí a necessidade imperiosa dos renascimentos, para todos sem exceção.

Quando essa faculdade autoconsciente, na captação de informações (jnanaindriyas) e na resposta (carmaindriyas), estiver no nível ideal de aperfeiçoamento, tal que haja uma coordenação perfeita (dentro da meta estabelecida pelo Logos Solar) e, em consequência, todos os Entes dentro do Sistema Solar, em todos os planos desde o físico até o adi (o físico cósmico no todo), exerçam suas funções em perfeita harmonia e na mais perfeita sintonia e coordenação, tornando-se parte integrante da equipagem do Logos, só então cessará a evolução cíclica para o físico cósmico. O movimento oscilatório em todos os subplanos (nossos planos sistêmicos) do plano físico cósmico será tão afinado e sincronizado, que provocará o início de idêntica ação no plano astral cósmico, o imediato ao físico. É óbvio que nessa ocasião ocorrerá a desintegração do físico cósmico.

Novamente vemos a grande importância da capacidade analítica da mente. É somente por meio dela que é possível entender todo esse magno processo evolutivo e apreciar sua imensa beleza.

Aqueles do reino humano que receberem a sexta Iniciação Planetária e obtiverem êxito no caminho escolhido nessa Iniciação, saberão o que é trabalhar no plano astral cósmico e até em planos cósmicos superiores. Na oitava Iniciação, a segunda Cósmica, o felizardo Iniciado já começa a trabalhar com a matéria astral cósmica.

Concluindo, há uma lógica exata no processo pelo qual a evolução prossegue aos ciclos. Ao mesmo tempo, mais uma vez percebemos a glória que aguarda o homem que, usando sua Vontade e sua Inteligência Ativa, faz o esforço necessário para desenvolver o Amor-Sabedoria-Razão Pura e adquirir conhecimentos (não esquecer que o conhecimento liberta). A Sabedoria só é possível após a conquista do conhecimento. Essa glória suprema (até um certo nível) consiste em poder viver e atuar em matéria cósmica de altíssima energia, como é a matéria astral cósmica, sede das emoções cósmicas do nosso Logos Solar. Dissemos suprema até um certo nível, porque há níveis mais elevados de vivência para o homem, como a matéria mental cósmica, a búdica cósmica e outras mais refinadas e de maior energia.

Encerramos aqui nosso estudo de hoje. Voltaremos com o item 3 - A Terceira Ideia Implicada no Conceito dos Dois Tipos de Ciclos, quando, partindo dos movimentos, chegaremos aos resultados desses movimentos, abrangendo desde o átomo até o Logos Solar.

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Estudo 083

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente? 3 - A Terceira Ideia Implicada no Conceito dos Dois Tipos de Ciclos (Páginas 245e 246)

Iremos estudar a seguir o significado dos movimentos, não apenas no sentido físico, mas no de processo de evolução, ou seja, o significado simbólico, suas consequências, implicações e resultados.

Rotação em torno do eixo

Este movimento ocorre fisicamente no átomo, nos planetas e no Sol. No caso dos planetas, correlacionando esse movimento com os conhecimentos esotéricos relativos aos Logoi que por eles se expressam, tiramos conclusões muito interessantes. Vejamos Vênus. Ele gira em torno de seu eixo, formando um ângulo de 177,3 graus em relação à eclíptica, apontando seu polo norte para um determinado ponto no espaço, que não é difícil de descobrir, assim como o polo norte da Terra aponta para Poláris. O sentido de rotação de Vênus é oposto ao da Terra e da maioria dos planetas, girando Vênus de este para oeste e não de oeste para este. Esses dados astronômicos fornecem muitas informações a respeito do nível evolutivo dos Logoi, para aqueles que têm olhos de ver.

Mestre Tibetano cita um movimento de rotação do Sol com todos os corpos celestes que estão dentro do seu "círculo não se passa". Sabemos que o Sol gira em torno do próprio eixo, mas para entendermos o que o Mestre quis dizer, temos de considerar a ligação do Sol que nos aquece com uma estrela binária, em torno da qual o Sol gira com seus planetas. H. P. Blavatsky conta a verdadeira história do nosso Sistema Solar, que não é essa que a maioria pensa. Embora esse movimento possa parecer uma órbita, não o é, se atentarmos para o Sistema Maior, que é o constituído pelo nosso Sol e seus planetas, a estrela binária, onde está o Sol Central e verdadeiro e uma quarta estrela também pertencente ao Sistema Maior. Essa estrela binária igualmente gira em torno de um eixo, em um processo mais complexo que o do nosso Sol.

Em significado simbólico temos o seguinte:

• Quanto ao homem, temos o envio para a consciência central da Alma das informações dos três corpos inferiores, físico, astral e mental inferior, durante uma encarnação. Podemos considerar a consciência central como o eixo de rotação e as diversas fases de desenvolvimento das capacidades de captação dos corpos como a rotação.
• Quanto ao Homem Celestial, temos o sucessivo enfoque da consciência do Logos Planetário em cada globo da sua cadeia, que é uma encarnação, sendo essa sucessão a rotação e a consciência do Logos o eixo. A título de exemplo, no período atual, nosso Logos Planetário tem sua consciência enfocada na Terra.
• Com referência ao Grande Homem Celestial, o Logos Solar, considerando o Sol Central (a estrela binária), o giro dele produz diversos estados de consciência para o Logos.

Movimento de órbita em torno de um centro

Devemos ter em mente que as órbitas dos planetas são elípticas, estando o Sol num dos focos da elipse, causa do periélio (aproximação máxima do Sol) e afélio (afastamento máximo), não sendo isso a razão das estações do ano. Essas são provocadas pela inclinação do eixo norte-sul da Terra em relação à eclíptica.

Considerando o significado simbólico, temos:

No homem é o ciclo completo de uma encarnação, desde a saída do plano causal, a ativação da unidade mental, do átomo astral permanente e do átomo físico permanente, a construção do corpo físico, em suas etapas etérica e densa, o desenvolvimento dos corpos astral e mental inferior, a morte física, a passagem pelo plano astral, a morte astral, a passagem pelo plano mental inferior, a morte mental e o ingresso no plano mental superior ou causal, retornando. Todas essas etapas podem ser consideradas como sendo uma órbita em torno da consciência central da Alma.

No Homem Celestial é o período de uma ronda, quando a consciência do Logos Planetário passa pelos sete globos de uma cadeia, sendo essa passagem uma órbita em torno da consciência central.

No Grande Homem Celestial, temos de considerar o Sol Central (a estrela binária), em sua órbita em torno de seu Centro Cósmico (lembremo-nos de que o nosso Logos Solar faz parte do corpo de um Logos Cósmico), levando consigo o nosso Sol e seus planetas e a outra estrela pertencente ao Grande Sistema estelar. É óbvio que essa grande órbita leva muitas informações cósmicas à consciência do Logos Solar, da mesma forma que a órbita da Terra em torno do Sol, percorrendo os doze signos do Zodíaco, afeta o comportamento humano, pelas influências emanadas deles.

No que acima foi dito ficou bem explícito que sempre o polo central é a consciência. Não se pode conceber tempo, espaço e atividade sem o Pensador, o ser consciente, que se nutre, enriquece, expande-se e evolui com o que consegue colher nas diversas etapas.

Dessa conexão muito íntima do tempo e do espaço com a consciência e o Pensador, podemos fazer muitas ilações de grande interesse e de suma importância para o nosso entendimento de como esses dois conceitos são fortemente relativos e ilusórios, uma vez que, usando uma linguagem matemática, podemos afirmar que tempo e espaço são funções da consciência. Quanto mais ampla e veloz a consciência, mais tempo e espaço tendem a zero. Por isso, o que para o homem gera a sensação de um milênio, para um Ser Cósmico gera a sensação de um minuto, pelo fato de a consciência do Ser Cósmico ser muito mais abarcante e rápida, com grande capacidade de viver eventos simultâneos. Essa mudança de sensação já é percebida quando se trabalha com plena consciência com a matéria dos planos sutis, ainda dentro da esfera humana, ou seja, os planos astral e mental inferior. O mesmo acontece com a sensação de espaço. Para um vírus o espaço dentro de uma célula do corpo humano é enorme. Para o homem o espaço da Terra é muito grande, mas para o Logos Planetário é apenas uma parte de seu corpo de expressão. Temos hoje um exemplo marcante dessa diferença em termos de espaço. Como todos já devem saber, a nave Cassini-Huygens chegou em Saturno ( o Senhor dos Anéis) no dia primeiro de julho corrente, tendo sido lançada da Terra há sete anos. Essa distância, enorme para o homem, é uma proximidade para os Logoi Planetários, pois suas consciências são muitíssimo mais abrangentes e velozes.

É um fato científico comprovado que, quanto maior a frequência de um oscilador, maior a capacidade de conter e processar informações, como sua velocidade. Vemos isso nos modernos computadores. Como seus processadores operam em frequências da ordem de grandeza do Giga Hertz (um gigahertz significa um bilhão de ciclos por segundo), sua velocidade e capacidade são bem maiores que as dos computadores de menor frequência.

Como nos planos astral e mental inferior os átomos oscilam em frequências mais elevadas que as do plano físico, a sensação de tempo já é diferente. O ocultismo chama essa faixa de frequências, dentro da qual os átomos podem oscilar, de tanmatra do plano, sendo seus efeitos os tattwas. Com referência aos tattwas, cabe aqui uma pequena observação, embora saindo um pouco do tema em pauta. Os ocultistas falam muito em tattwas como energias, considerando apenas o desenho do movimento da partícula, segundo esse ou aquele tattwa. Mas se considerarmos que para cada plano existe uma faixa de frequências, também para cada subplano de um plano existe uma faixa menor de frequências, sendo cada subplano regido por um tattwa secundário, dentro do tattwa principal regente do plano. O plano físico é regido pelo tattwa Pritivi. Os subplanos físicos têm as seguintes sub-regências:

• subplano superetérico (o terceiro): tattwa akasha ou éter (som)
• subplano etérico (o quarto): tattwa vaiu (ar)
• subplano gasoso (o quinto): tattwa tejas ou agni (fogo, luz)
• subplano líquido (o sexto): tattwa apas (água)
• subplano sólido (o sétimo): tattwa pritivi (terra)

Não falamos propositadamente dos subplanos atômico (o primeiro) e subatômico (o segundo), pois não constituem assunto para o momento.

O estudo das formas de onda (o desenho do movimento das partículas) e das frequências de cada subplano físico, segundo os tattwas, será muito útil, em particular, para a saúde humana, pois o corpo humano, em suas diversas partes, é regido por tattwas diferentes, sob a regência maior do tattwa pritivi.

A inserção aqui desses comentários sobre os tattwas é justificada, porque tattwa é movimento e o assunto em pauta é movimento.

No próximo estudo teceremos considerações a respeito da interação entre a consciência e as diversas etapas do tempo, dentro do movimento, seguindo a programação do Mestre Tibetano.

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Estudo 084

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente? - A Terceira Ideia Implicada no Conceito dos Dois Tipos de Ciclos - Continuação (Páginas 246, 247, 248 e 249)

Estudemos agora a interação entre a consciência e o tempo, dentro da ideia de movimento. Relembremos que o tempo é a sucessão de estados de consciência, sendo sentido portanto de forma diferente, não só quanto à expansão da consciência como à matéria, em relação à qual a consciência atua, age e capta informações. Einstein já afirmou que o deslocamento do tempo está intimamente ligado à velocidade. Ante isso podemos admitir que, quanto mais ampla e dinâmica ou veloz a consciência, mais rapidamente passa o tempo, até chegar à velocidade infinita para o ABSOLUTO INFINITO, o que significa o eterno agora. Todos nós, com a evolução, viveremos essas experiências de aproximação contínua do ABSOLUTO INFINITO, sem nunca chegar a ELE, muito embora cada vez mais perto.

Comecemos pela consciência do átomo. Ele gira em torno de seu eixo, valendo isso para todos os planos. Nesses giros penetra no campo de atividade de outros átomos, atraindo-os para seu campo de atividade (formação de moléculas, visando suprir uma necessidade, como a valência) ou repelindo-os, dando origem à separação. Na união cada átomo conserva sua identidade (na água, H2O, os átomos de hidrogênio e oxigênio mantêm suas identidades). Nessas combinações os átomos adquirem experiências e expandem suas consciências. Os Químicos, quando atualmente constroem gigantescas moléculas como os polímeros ou manipulam o silício com a dopagem (inserção de impurezas), para transformá-lo em semicondutor e transistor (de imensa utilidade hoje em dia, sem o qual não teríamos o estupendo avanço da tecnologia em diversas áreas), estão decididamente contribuindo para a evolução do reino mineral. Esse atrair e repelir é a chave dos outros estados de consciência.

As consciências mineral, vegetal e animal diferem da consciência humana em muitos detalhes, em particular no fato de não saberem coordenar, deduzir nem reconhecer uma outra entidade separada. É semelhante à consciência humana na capacidade de responder aos múltiplos contactos, mesmo não possuindo autoconsciência.

O homem, durante seu ciclo de manifestação, em qualquer plano, gira em torno de seu ponto central, sua Alma, manifestação da Mônada (o homem verdadeiro), fonte de sua vida. Nesse movimento entra em contacto com outros homens (podemos considerá-los como átomos humanos), o que o leva à cooperação e interação, podendo atrair, formando grupos ou repelir. Também conserva sua identidade nos grupos, pois sabe que é uma célula no grupo.

O Homem Celestial, quando se expressa por meio de uma cadeia planetária, gira também em torno de seu eixo, ocorrendo com Ele a mesma interação com outros esquemas planetários. Em suas órbitas em torno do Sol, os planetas interagem e se influenciam mutuamente. A Astrologia está aí para confirmar isso, muito embora a visão da grande maioria dos astrólogos ainda é muito parca. Um planeta afasta outro similar, em virtude da lei muito conhecida de que os semelhantes se repelem, embora com o tempo as vibrações de ambos se intensificam e se harmonizam, ocorrendo então a atração. Um planeta positivo atrairá outro negativo (positivo e negativo no sentido de polaridade). Esta é a manifestação do sexo, desde o átomo até as imensas cadeias planetárias, alcançando também Sistemas Solares, sendo a base da atividade. Essa interação entre sexos opostos é a atividade irradiante, que se observa entre os átomos, entre homem e mulher, entre esquemas planetários e entre Sistemas Solares, quando vibram entre si, buscando a complementação.

Podemos concluir consequentemente que essa passagem do tempo é o desenvolver da consciência, em que ela procura seu polo oposto e segue regida pela Lei de Atração. o que a leva ao matrimônio atômico, humano, planetário, solar e cósmico. Esse processo é facilmente inteligível no que concerne ao ser humano, o qual é conduzido pelas simpatias e antipatias. Esses dois estados de ser são resultantes da percepção pela consciência de que uma outra forma entrou em seu "círculo não se passa" ou seu campo magnético, podendo ser atraída ou repelida, segundo a lei regente de seu ser.

Unicamente quando a Mônada dominou e transcendeu a forma, cessa a repulsão, porque a Mônada passa a enxergar outra Mônada, de sua mesma essência divina, servindo-se de outra forma para evoluir. Para o Logos Solar, quando for alcançada essa etapa, será o início do pralaia solar ou a desintegração do Sistema Solar, o que é o mesmo que dizer que cessa o tempo físico. Isso vale para o homem e para os Logoi Planetários.

A consciência também está ligada ao espaço, ao utilizar a matéria, o que já foi comprovado pelos Físicos, quando uniram o espaço e o tempo através da consciência do observador. Para o Logos Solar espaço é a área onde se desenvolvem seus propósitos, objetivos e atividades conscientes, seu "círculo não se passa" (o que sua consciência alcança). Para um Logos Planetário espaço é a parte do Sistema Solar que Ele pode utilizar, para cumprir seu propósito de vida, dentro das limitações de sua consciência. O homem repete o mesmo processo, dentro de seu nível evolutivo, o qual pode ser muito restrito, no caso de um homem pouco evoluído, ou bem mais amplo e extenso, para um homem muito evoluído (um Iniciado), podendo até estabelecer contacto conscientemente com a periferia do campo de ação de seu Logos Planetário, do qual é uma célula consciente. Essa é a meta atual e todos devem se esforçar conscientemente para alcançá-la e ir mais além, muito mais além.

Para o átomo fazendo parte do corpo de um homem, o espaço é o corpo desse homem, no qual está a consciência maior, podendo ser atraído ou rechaçado: se atraído, incorpora-se à atividade rotineira do corpo do homem, se rechaçado, fica impedido de se locomover em algum ponto. Isso também ocorre com o homem, se muito evoluído (um Iniciado), trabalha rotineiramente dentro do corpo de seu Logos Planetário, se não, fica restrito a uma pequena área.

Concluímos, através dessa linha de raciocínio, que espaço e tempo são apenas ideias ou conceitos que traduzem a atividade cíclica de uma entidade, em relação com a sua consciência. O assunto é bastante complexo para a maioria da humanidade, em virtude de seu pequeno desenvolvimento intelectual, uma vez que ela está mais preocupada com a manifestação material do que com a atração entre as Mônadas, sendo essa nada mais que um mero conceito. Se mais seres humanos obtivessem contacto mais íntimo com suas Almas ou Egos e assim procurassem se desapegar da matéria e da forma, seria facilmente entendido o processo transmutador. Só então o tempo poderá ser transcendido, conforme ele é sentido e medido nos três mundos inferiores, como também descobrir-se-á que o espaço (os três planos inferiores ou os dezoito subplanos) constitui uma barreira, que pode ser ultrapassada. Esses dezoito subplanos são: os sete físicos, os sete astrais e os quatro mentais inferiores.

O mesmo ocorre com os Logoi Planetários, sagrados e não sagrados, os Logoi Solares e Cósmicos, indo mais além. Para os reinos inferiores ao humano também dá-se o mesmo, em sentido inverso, pois, quanto mais tende para o denso, maiores são a inércia, a falta de resposta aos estímulos exteriores e a limitação da irradiação.

No próximo estudo faremos uma análise do quinto diagrama, que está na página 296 do Tratado, com vistas ao problema do Logos Solar, dentro do que é possível passar e à exata analogia entre Ele e seu reflexo, o homem.

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Estudo 085

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente? 3 - A Terceira Ideia implicada no conceito dos dois tipos de Ciclos - Continuação (Páginas 249,250 e 251)

Vejamos rapidamente o V diagrama, na página 296 do Tratado sobre Fuego Cosmico, citado pelo Mestre Tibetano. Neste diagrama observamos claramente que a Mônada Solar se encontra, como um centro (o cardíaco), no corpo do quarto Logos Cósmico, que por sua vez é um centro no corpo do PARABRAHMA CÓSMICO, AQUELE QUE ESTÁ ACIMA DOS LOGOI CÓSMICOS. O plano de residência é o Monádico cósmico, ou seja, todo relacionamento da Mônada Solar é com a matéria monádica cósmica. Por aí temos uma ideia do que está muito acima de nós e de como é a nossa maior aproximação de DEUS.

No diagrama vemos no plano búdico cósmico sete triângulos, que simbolizam os sete Rishis da Ursa Maior, como centros no corpo búdico cósmico do nosso Logos Solar. São Eles os portadores das energias de Raios, cuja origem está numa constelação além da Ursa Maior. Obviamente as energias de Raios chegam à Mônada Solar, provenientes dessa misteriosa constelação, que é o centro coronário do Logos Cósmico. Os sete Rishis da Ursa Maior trabalham essas energias dentro do corpo búdico cósmico do Logos Solar. Daí elas prosseguem passando pelos corpos causal, mental inferior e astral cósmicos do Logos, chegando aos sete Logoi Planetários do nosso Sistema. Há muito mais coisa a ser dita sobre esse diagrama, mas o momento não é agora.

Busquemos as analogias entre o Logos Solar e o homem, seu reflexo, em termos de processo evolutivo e identifiquemos onde se localiza o problema do Logos.

Primeiro - Ambos estão em encarnação física. O Logos Solar no plano físico cósmico, através de seu Sistema Solar, o que nos mostra que esse Sistema vai muito mais além dessa ínfima parte visível e que pode ser detectada e estudada pela Ciência humana. O que está mais além só pode ser estudado e compreendido no decorrer das Iniciações, quando o Iniciado conquista a capacidade e o direito de atuar conscientemente nessas matérias de altíssima energia.

Segundo - Ambos estão na situação de maior densidade ou involução, pois o físico é o mais denso. Isso não significa que o Logos esteja num baixo nível evolutivo, uma vez que Ele é um Logos Solar sagrado, mas apenas que está encarnado fisicamente.

Terceiro - Os dois estão limitados pela matéria física e estão desenvolvendo a consciência egoica no plano físico, o homem no físico sistêmico e o Logos no cósmico.

Quarto - O homem deve se esforçar para que seu Deus interno (sua Mônada) adquira total controle dos corpos inferiores e por eles possa expressar suas qualidades, com plenitude de consciência, conseguindo assim manipular as diversas matérias e usá-las como instrumentos. O Logos Solar desempenha o mesmo papel nos níveis cósmicos. Ainda falta muito para os dois conseguirem realizar seus objetivos.

Quinto - A energia básica de trabalho para os dois é a eletricidade (que advém da Vontade atuando na matéria). Por isso podemos dizer que eles estão nela e com ela trabalham.

Sexto - Os dois estão subordinados às leis que regem a forma, ou seja, o carma, que atua no tempo e no espaço. Portanto o carma é a Lei da forma. Essa lei faz com que a qualidade se desenvolva, da mesma forma que a energia gera a vibração ou oscilação.

Sétimo - Ambos executam seus projetos por meio de formas compostas de:

a. Três tipos principais de formas: uma forma mental (o corpo mental inferior), expressão da Vontade, primeiro aspecto, nos mundos inferiores, uma astral, expressão do Amor-Sabedoria-Razão Pura, segundo aspecto e uma forma física, manifestação da Inteligência Ativa, terceiro aspecto. A capacidade oscilatória do corpo mental fixa a chave do ritmo e permite utilizar e coordenar adequadamente o corpo físico, de acordo com a Vontade. Cuida da consciência e a conecta às três formas inferiores, mantendo uma só direção. Pode também rechaçar e provocar separação. A capacidade oscilatória do corpo astral é responsável pela qualidade e o ritmo de atração. É o componente psíquico. O corpo físico é o mecanismo de contacto da consciência com matéria densa. A forma material é o resultado da sintonia das oscilações do corpo mental com as oscilações do corpo astral, ou seja, da chave (frequência fundamental) com o tom (os harmônicos).

b. Sete centros de força, responsáveis pela manutenção dos três corpos inferiores em um conjunto coerente, pela sua vitalização e coordenação. Relacionam também os três corpos inferiores com o centro principal de consciência nos planos superiores, a Alma no corpo causal, melhor dizendo, no Loto Egoico, seja do homem, seja do Logos Planetário, seja do Logos Solar.

c. Milhões de células infinitesimais, personificando cada uma uma vida menor, encontram-se em constante atividade e rechaçam outras células, para manter sua individualidade ou identidade. Todavia estão coesas entre si pela força central atrativa, a Alma. Todas as formas em manifestação são assim constituídas, um mineral, um cristal, um vegetal, um animal, um homem, um planeta, um sistema solar, uma constelação, uma galáxia, um aglomerado de galáxias, um aglomerado de aglomerados de galáxias, uma parede de galáxias etc.

Concluindo, os dois agem dentro de uma dualidade: atraem e repelem.

A atração exercida pela Mônada ou Espírito sobre a matéria, para construir seu corpo de expressão, é consequência da eletricidade existente em todo o Universo (o fogo elétrico), a qual, para cada caso, coloca as vidas ou esferas menores dentro do campo de influência da Mônada. Resulta na força magnética (fogo elétrico/solar) na fase de atrair e manter coesão. O Logos Solar, como Mônada Solar, usa seu próprio fogo elétrico/solar, juntamente com o fogo elétrico/solar que extrai do "círculo não se passa" cósmico em que se encontra, para manter unido seu Sistema Solar. Um Logos Planetário, igualmente como Mônada, usa seu fogo elétrico/solar, juntamente com o fogo elétrico/solar que extrai do "círculo não se passa" solar, para manter coeso seu esquema de globos. O homem, como Mônada, usa seu fogo elétrico/solar através do Ego ou Alma, juntamente com o fogo por fricção/solar (prana) do esquema ou planeta no qual vai encarnar, para manter unidos seus corpos inferiores. É óbvio que na construção de corpos os três fogos são necessários, qualquer que seja a entidade encarnante. O que é enfatizado aqui é que na atração de matéria para os corpos prevalece o fogo solar. A principal observação a ser feita através dessas informações é que, qualquer que seja o nível de evolução da entidade em manifestação, sempre vidas menores circularão dentro de vidas maiores.

Na realidade, tempo e espaço só surgem dentro da consciência, quando a Mônada, qualquer que seja seu nível evolutivo, está se relacionando com algum tipo de matéria, para adquirir experiência. Nessa relação ocorrem ciclos de atração e repulsão, em sucessão e simultaneamente. Quando a Mônada abandona a relação com um tipo de matéria e a dirige para outro tipo, por exemplo, deixa a matéria física (a morte comumente conhecida) e a enfoca na matéria astral, cessaram o tempo e o espaço físicos, o que é óbvio, mas eles continuam, de outra forma, dentro da consciência astral. Conclui-se então, de modo lógico e racional, que tempo e espaço são grandezas, cujos valores dependem do grau de evolução da entidade geradora da consciência, consciência essa que é resultante da interação Mônada/matéria, bem como da natureza dessa matéria.

Podemos fazer uma comparação entre os dois movimentos básicos e os ciclos de consciência. Para o movimento de rotação em torno do próprio eixo, pensemos, no caso do homem, no ciclo de consciência de uma encarnação, durante o qual ele, através das experiências e vivências, avança e expande um pouco sua consciência. Esse seria um ciclo menor, no qual o homem efetuou um giro em torno de sua própria consciência. Para um Logos Planetário, podemos interpretar esse movimento de várias maneiras, dependendo do ponto de vista. Sob o ponto de vista de uma ronda, os períodos globais seriam os giros em torno do próprio eixo. Já sob o ponto de vista de uma cadeia, os giros seriam as rondas.

Para o movimento de translação ou órbita em torno de um centro, pensemos na sucessão de ciclos menores de encarnação até a primeira Iniciação Planetária, quando o homem se torna um Discípulo atuante. Esse período entre a individualização e a primeira Iniciação pode ser interpretado como uma órbita completa em torno da consciência central da Alma ou Ego, que se expandiu e cresceu enormemente. Esse seria um ciclo maior, composto de vários ciclos menores, ou seja, em termos de movimentos, uma órbita completa em torno do centro de consciência egoica, com muitos giros em torno das consciências para cada encarnação. O mesmo raciocínio pode ser aplicado para o período mais curto entre as primeira e quarta Iniciações.

Há um terceiro tipo de ciclo, para o qual fica difícil estabelecer uma analogia com algum tipo de movimento, segundo o Mestre Tibetano. O nosso Logos Solar possui seu Oposto Cósmico, com o qual procura se relacionar. Nessa relação ocorrem influências mútuas, como as que ocorrem num casal. Quando isso atinge um certo nível de intensidade, o Logos Cósmico, dentro de cuja consciência o nosso Logos Solar e seu Oposto Cósmico se encontram, toma conhecimento, ou seja, é estabelecido um contacto. A resposta do Logos Cósmico a esse contacto marca o início de um ciclo para Ele e abarca os outros dois ciclos. É dificílimo ter uma ideia do que consiste essa resposta, pois faltam palavras que expressem os conceitos envolvidos. É óbvio que, quando o Logos Cósmico responde a esse contacto, os dois Logoi implicados recebem um fluxo tremendo de energia, que acelera em uma quantidade inconcebível a evolução dos Dois. Podemos ter uma ideia infinitesimal, se pensarmos no que ocorre na consciência cerebral do homem, quando ele, pela primeira vez, fica face a face, como Ego, com o Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, na terceira Iniciação, a primeira Solar e estabelece o primeiro forte contacto com sua Mônada, melhor dizendo, o canal de comunicação Mônada/cérebro é enormemente alargado. A inclusão dessa última informação é muito útil e estimulante, porque esclarece nitidamente e com grande lógica como o processo evolutivo avança, penetrando nos níveis cósmicos.

Voltaremos entrando na VIII Pergunta: Porque o conhecimento é a um tempo exotérico e esotérico?

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Estudo 086

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - VIII - Porque o Conhecimento é a uma vez exotérico e esotérico? (Páginas 251, 252, 253 e 254)

Analisemos agora a VIII pergunta, porque o conhecimento é ao mesmo tempo exotérico e esotérico? Sabemos, por um raciocínio lógico, que o conhecimento esotérico refere-se ao aspecto subjetivo, à vida, que é subjacente a toda a matéria e a todas as formas por ela constituídas, o que é o mesmo que a energia ou força que anima a matéria e as formas. O conhecimento exotérico abrange o aspecto objetivo, ou seja, a matéria e as formas, em seu funcionamento e organização. Daí o grande perigo do conhecimento esotérico, pois, em mãos indevidas e não preparadas, resulta em destruição e não em construção e evolução. Fica evidente que, enquanto a maioria da humanidade, em particular a Ciência, não tiver desenvolvido mecanismos ou processos para comprovar os conhecimentos subjetivos, uma grande parte deles ficará fora de seu alcance. Somente alguns poucos entenderão esses conhecimentos.

Como já foi dito várias vezes, a meta da evolução para o homem é ele ser consciente em relação a todos os tipos de matéria, desde a física até a átmica (quinto plano e quinta Iniciação Planetária), sendo esta a meta da atual cadeia planetária, podendo, quem quiser e fizer o esforço necessário, prosseguir para Iniciações maiores e ser consciente em planos superiores ao átmico e dominá-los. Esse é o verdadeiro livre arbítrio: saber fazer uso da vontade e não ser escravo dos desejos.

Devido ao pouco desenvolvimento da maioria da humanidade, no momento somente o plano físico está sendo conscientemente controlado. A Ciência atual já possui muitos conhecimentos a respeito dos cinco subplanos inferiores do plano físico. As leis que regem os três estados mais densos, sólido, líquido e gasoso (os subplanos sétimo, sexto e quinto), já são conhecidas, o que é demonstrado pela abundância de livros de Física e Química e pelas habilidades dos Físicos e dos Químicos, bem como pela sofisticação de seus aparelhos e laboratórios. No campo da medicina, todos estão vendo seus avanços. Quanto aos subplanos quarto e terceiro (respectivamente os subplanos etérico e superetérico), a Ciência já penetrou neles, pois já se fala em outros estados da matéria. Nos aceleradores de partículas já foram descobertas muitas partículas subatômicas, demonstrando o conhecimento desses subplanos. Portanto podemos afirmar que esses conhecimentos são exotéricos. A humanidade já viveu os terrores do mau uso desses conhecimentos, com as bombas atômicas que arrasaram Hiroxima e Nagasaki. Vivemos ainda sob ameaça, com o aperfeiçoamento delas e a produção de bombas de hidrogênio, muito mais poderosas e letais que a atômica. Acresce que o homem ainda não detém todos os conhecimentos a respeito da energia nuclear, ou seja, da vida que anima os átomos. Se com os poucos conhecimentos, o homem foi capaz de tanta destruição, o que não faria, caso fosse detentor de mais conhecimentos.

Nas próximas duas raças-raiz, sexta e sétima, o homem adquirirá conhecimentos sobre os outros dois subplanos físicos, o subatômico (segundo) e o atômico (primeiro e mais energético) e pelo conhecimento dominá-los-á. Então todo o conhecimento referente aos sete subplanos físicos será exotérico e estará ao alcance de toda a humanidade, a qual poderá fazer uso à vontade das energias animadoras da matéria e das formas. Os cinco sentidos físicos de percepção (jnanaindryias) estarão plenamente desenvolvidos e o homem viverá uma era dourada e de vida física abundante. Temos uma pequena ideia desse futuro, quando analisamos o imenso progresso da Ciência e da Tecnologia hoje em dia.

Todavia os conhecimentos a respeito da vida que se manifesta através das formas continuarão sendo, por longo tempo ainda, esotéricos. Igualmente as informações sobre a matéria astral e mental, bem comoas leis regentes da vida nelas em manifestação, continuarão esotéricas. Contudo, isso ocorrerá para o homem médio e para as massas.

Todo o conhecimento exotérico e objetivo foi adquirido pelo homem, em grande parte, na Aula do Aprendizado, por meio dos cinco sentidos e da experimentação (reprodução do fenômeno). No decorrer do tempo e após muitas encarnações, a repetição e a vivência das experimentações produzem o que é chamado experiência de vida, o que leva ao instinto ou à reação natural, aliado a algum tipo particular de estado de consciência, reação essa a certas circunstâncias ou conjunto de condições ambientais. Também é chamado reflexo ou condicionamento.

Isso pode ser observado nos reinos animal e humano. No reino animal, por não estar ainda plenamente ativa a mente no cérebro e sendo sua memória instintiva, pois ele emprega o plexo solar como mente instintiva, falta a capacidade de analisar e discriminar, não podendo portanto fazer ilações e se beneficiar conscientemente com informações de fatos passados, isso de forma genérica, pois, hoje em dia, já se notam animais com grande capacidade de avaliar situações, embora limitada. Já no homem, é bem desenvolvida a habilidade de usar a mente concreta e racional. Por isso ele pode fazer previsões com base em fatos passados e antecipar.

Tudo o que pode ser adquirido por meio da mente concreta atuando no cérebro físico é denominado conhecimento exotérico. Mas as velocidades (taxas) e os níveis de evolução dos homens diferem muito e, por isso, podemos definir os seguintes parâmetros regentes da capacidade de adquirir conhecimentos:

• A idade da Alma.
• A experiência e os conhecimentos adquiridos e aplicados.
• As condições do cérebro e do corpo físico.
• As circunstâncias e o meio ambiente.

Quando o homem atinge uma certa etapa em sua evolução, que podemos avaliar pelo triângulo de centros que está ativo, a mente passa a se desenvolver com maior velocidade, quando o homem inicia uma fase de captar relações entre diversos aspectos e fatores a respeito do que experimenta e vive. Nessa fase ele se preocupa com os conceitos e ideias que estão por baixo dos fatos observados e com as inter-relações. É quando sua mente abstrata passa a atuar. Com o uso e avanço da mente abstrata, a intuição, um sentido do corpo búdico análogo ao paladar do corpo físico, começa a atuar através do cérebro físico, empregando-o como placa receptora. Isso faz com que a atividade cerebral seja transferida dos neurônios para os centros da cabeça existentes em matéria etérica, embora os neurônios continuem sendo utilizados, mas não mais como os principais atuantes. Atualmente isso só ocorre com poucos. A massa humana só chegará a essa condição nas próximas raças-raiz, mesmo assim não todos, pois muitos serão expurgados, por não apresentarem qualificações para prosseguirem.

Situação idêntica ocorre com o reino animal, quando a atividade do plexo solar é progressivamente transferida para o cérebro rudimentar, sob a influência de manas incipiente.

Vemos pois claramente que esses conhecimentos sobre os estados de consciência ainda não são de domínio da massa da humanidade, embora alguns setores científicos já principiaram a desconfiar e pesquisar. Portanto são conhecimentos esotéricos.

Enfatizamos que, quando esses fatos forem plenamente compreendidos, ficará evidente o verdadeiro significado do exotérico e do oculto ou esotérico. Então, aqueles detentores do conhecimento real esforçar-se-ão em passar esse conhecimento para aqueles que já estão preparados para semelhante expansão de consciência, pois terão a devida capacidade de avaliar e selecionar, para não divulgar conhecimentos ocultos para os não aptos, ou seja, para não atirar pérolas aos porcos, como ensinou o Mestre Jesus.

A Hierarquia trabalha dessa forma. Ela atrai os homens em condições e lhes ensina essas verdades sagradas. Aí está o processo iniciático, que não é apenas um ritual, mas um curso intensivo para os que conseguem acompanhá-lo. Sempre haverá oportunidade para os que decidem ir com maior rapidez e servir à humanidade, à Hierarquia e ao Logos Planetário. Esses que estão aptos irão trabalhar em um determinado centro do Homem Celestial, sob as instruções da Hierarquia.

Assim como os Mestres, nossos Irmãos Maiores,ajudam e estimulam os homens, da mesma forma o homem ajuda seus irmãos do reino animal, estimulando neles a mente, para que a vida que neles evolui seja transferida para o reino humano, em época futura.

É assim que o entrelaçamento (a fraternidade) e a responsabilidade se desenvolvem e são distribuídas, dentro do Grande Plano Divino.

No próximo estudo começaremos a estudar a IX e última pergunta de introdução, que trata de relações bastante complexas.

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Estudo 087

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - IX - 1. Partes Inter-relacionadas (Páginas 254 e 255)

Esta última pergunta é muito abrangente, envolvendo diversas áreas de conceitos cósmicos e referentes ao homem, em seu processo evolutivo. Como são muito subjetivos, pois tratam das vidas expressando-se pelas formas, de diversos tamanhos, necessário se faz limitar o campo de análise em conceitos amplos e gerais, ficando os aspectos secundários e detalhes para a continuidade dos estudos.

Tratemos inicialmente das partes que se relacionam. Para facilitar o estudo, enfoquemo-nos unicamente no que se refere ao Homem Celestial e ao Grande Homem Celestial, respectivamente o Logos Planetário e o Logos Solar. Assim, deixaremos de lado a estrutura celular de seu Corpo, ou seja, as unidades separadas de consciência, denominadas Devas e seres humanos. Será pois uma visão de grupo, não individual.

A parte do meio do Tratado sobre Fogo Cósmico explica o desenvolvimento da consciência dos Homens Celestiais e do processo que Eles usam para, servindo-se da mente ou manas, transformarem o conhecimento adquirido no Sistema Solar anterior em sabedoria, através das ferramentas da objetividade e das formas, como também consolidarem as faculdades adquiridas e as expandirem, para que se tornem Amor aplicado e atuante.

É um trabalho semelhante ao dos seres humanos, suas células, que é desenvolver o princípio mente. Quando os homens conseguirem realizar isso, através da vivência de experiências nos três mundos inferiores (físico, astral e mental), poderão então entender um pouco do conceito de grupo, após terem recebido as Iniciações finais, ou seja, terão plena consciência de seu lugar, suas funções e responsabilidades dentro do "círculo não se passa" de seu particular Logos Planetário, o que é o mesmo que dizer: saberão trabalhar eficientemente como células no corpo de seu Logos Planetário.

Dentro dessa postura conceitual, iniciemos com as responsabilidades do homem para com o Homem Celestial. Elas são tríplices e consistem em adquirir:

• Consciência do controle conseguido sobre seus próprios corpos. É o período compreendido entre a individualização e a primeira Iniciação, que significa a entrada no reino espiritual. É o despertar da consciência nos três mundos inferiores.
• Consciência do centro particular do Logos Planetário, no qual os seres humanos devem trabalhar. Essa fase leva à quinta Iniciação e é o despertar da consciência nos cinco planos de evolução, ou seja, o homem consegue ser plenamente ativo nos planos físico, astral, mental, búdico e átmico. Para a atual cadeia da Terra, é a conquista da meta.
• Consciência do centro no corpo do Logos Solar, do qual todo Logos Planetário é a soma total, melhor dizendo, a contribuição de cada Logos Planetário para que o Logos Solar exerça com eficiência sua função de centro cardíaco no corpo do Logos Cósmico. Uma coisa é saber isso teoricamente, outra coisa bem diferente é ter expandido a consciência a um nível tal, que possa trabalhar em uma pequena parte, dentro desse centro maior. Esse estado supõe a sétima Iniciação, a primeira Cósmica, com a consciência plenamente desperta nos sete planos do nosso Sistema Solar, desde o físico até o adi, ou seja, no plano físico cósmico, uma vez que esse centro cardíaco do corpo do Logos Cósmico é etérico cósmico.

Essas expansões de consciência são alcançadas com a ajuda da mente transmutada em Amor-Sabedoria-Razão Pura, implicando, é lógico, conforme já foi dito, no domínio plenamente consciente dos sete planos do Sistema Solar, o físico cósmico.

Reflitamos profundamente sobre essas informações do Mestre Tibetano. Ele diz claramente, sem margem de dúvida, que o processo consiste em fazer a metamorfose da mente em Amor-Sabedoria-Razão Pura. Ora, isso implica em buscar o máximo de conhecimentos, trabalhar esses conhecimentos, aplicá-los, vivenciá-los no serviço, fazer ilações e conclusões, sempre procurando ir mais alto. Só assim a mente crescerá na direção do Amor verdadeiro, que é o Amor Inteligente e eficiente, eficiente não só no sentido humano, como também no ponto de vista do Logos Planetário e do Logos Solar. Ficar somente no aspecto devocional, esperando que Deus faça tudo por nós, é grande ignorância e egoísmo. Infelizmente a grande maioria da humanidade só sabe pedir, eximindo-se do esforço para evoluir e ser útil a Deus, que é o verdadeiro servir a Deus, uma vez que o nosso Logos Planetário e o nosso Logos Solar são manifestações do ABSOLUTO INFINITO, DEUS, ao nosso alcance imediato e inteligível, conforme já foi demonstrado no início de nossos estudos, que tudo é o INFINITO ABSOLUTO, DEUS, em infinitos estados de ser, numa hierarquia infinita, cada conjunto contendo muitos conjuntos menores.

O grande Senhor Buda já havia dito que a falta de conhecimento é a causa dos sofrimentos do homem. A busca de conhecimentos nunca vai cessar. Quando o homem recebe a quinta Iniciação, da Revelação, imediatamente recebe novas instruções para receber a sexta, da Decisão, quando tem de escolher um dentre sete caminhos, que na realidade são cursos, nos quais receberá instruções e conhecimentos muito mais grandiosos do que tudo o que recebeu antes. Mas o saber não termina aí. Quando retornar dos cursos, ao aplicar os conhecimentos adquiridos, irá aprender mais coisas, em nível cósmico. Não existe a chamada iluminação total definitiva. Novas iluminações sempre ocorrerão, em níveis cada vez mais altos. Sempre o empenho e a vontade de aprender estarão presentes, seja um Adepto, o Bodisattwa, o Buda, o Senhor do Mundo, um Logos Planetário, um Logos Solar, um Logos Cósmico, um Parabrahma Cósmico.

É justamente nesse processo contínuo de expansão, no rumo do INFINITO, que está a Glória da Vida mais Plena, de que o sr. CRISTO falou.

Portanto façamos a nossa parte, estudando, pesquisando, passando para os outros o que for conquistado, servindo à humanidade no que estiver ao alcance, pois assim receberemos cada vez mais através do esforço.

No próximo estudo entraremos na análise do trabalho dos Homens Celestiais, dentro do mesmo ponto de vista.

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Estudo 088

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - IX - 1. Partes Inter-relacionadas - O Trabalho dos Homens Celestiais (Páginas 255 e 256)

Vamos estudar a atividade dos Homens Celestiais, os quais, como grupo, efetuam um trabalho, cujo resultado dentro do corpo do Logos Solar, é equivalente ao dos sete centros no corpo do homem. Se tivermos uma noção bem nítida e real das funções dos nossos sete centros principais na fisiologia dos nossos corpos etérico e denso, como receptores e distribuidores de energias especializadas, poderemos vislumbrar como o Sistema Solar funciona, desde que saibamos fazer as devidas adequações.

Recordemos que os centros não têm apenas as funções físicas, mas também as transcendentais, ao trazerem para o corpo energias do nível do Ego, que chegam à consciência cerebral, produzindo também efeitos no corpo denso. Todavia não podemos no momento nos aprofundar no assunto, por ser muito vasto e exigir muito detalhamento.

Assim como o homem, ao fazer seu trabalho para evoluir, também trabalha para um centro de seu Logos Planetário, mesmo de forma imperfeita, igualmente os Logoi Planetários trabalham para os centros do seu Logos Solar, ao seguirem suas vidas evolutivas.

Essa atividade dos Logoi Planetários também é tríplice e resulta em conquistar:

• Completa autoconsciência nos cinco planos cósmicos: físico, astral, mental, búdico e átmico, tal qual o homem com referência aos planos de mesmos nomes dentro do físico cósmico, do qual são subplanos. De início essa autoconsciência deve ser reforçada nos subplanos mais densos do físico cósmico, como sejam búdico e átmico, uma vez que os subplanos físico, astral e mental não constituem princípios, sendo a parte densa do corpo físico cósmico do Logos Planetário. Isso é conseguido nas três primeiras cadeias e rondas, no chamado ciclo involutivo, quando ocorre uma recapitulação. Como estamos na quarta cadeia e quarta ronda, essa etapa já foi superada e o nosso Logos Planetário está agora na fase de novas conquistas. Dentro do seu "círculo não se passa", ou seja, o espaço de sua consciência e atuação, Ele está se esforçando agora para adquirir a plena autoconsciência física nos subplanos búdico, átmico, monádico e adi. Sabemos que numa ronda, a consciência do Logos passa sucessivamente com enfoque maior pelos sete globos da sua cadeia, levando toda a humanidade com ela. A nossa atual cadeia é constituída de dois globos de matéria mental inferior e acima, dois de astral e acima, dois de etérica e acima e um, a Terra, de matéria densa e acima. Em cada um, tanto Ele como sua humanidade vivem novas experiências, cada um no seu próprio nível, desenvolvendo e aprimorando diversas qualidades. Não devemos esquecer que simultaneamente o Logos vive seus relacionamentos, que podemos chamar sociais (comparando com o nosso modo de vida), com seus pares, os demais Logoi Planetários, como também com seus Instrutores, porque Eles, como nós, aprendem. Da mesma forma nós cuidamos de nossos corpos e mantemos nossas relações.

• Consciência do Logos Solar, dentro de cujo corpo exercem funções e evoluem, na atividade de seus centros. Como os centros estão conectados entre si, os Logoi Planetários desenvolvem uma consciência grupal sétupla, o que significa que Cada um identifica e assimila a natureza da consciência dos outros seis Logoi. Em linguagem científica, dizemos que Cada um capta as frequências vibratórias ou oscilatórias dos outros seis. Podemos ainda nos expressar assim: Cada um vê as cores e ouve as notas fundamentais dos outros seis, numa linguagem mais simples, longe do rigor científico. Isso é muito importante e necessário, porque todos os centros devem operar na mais perfeita harmonia, conservando sua própria frequência. Com esse treinamento os Logoi adquirem a capacidade e habilidade de controlar conscientemente os sete planos do Sistema Solar. Isso é conseguido, no período de uma cadeia, nas quarta, quinta e sexta rondas. Devemos observar que o Logos Solar faz a mesma coisa, num nível muito mais elevado, no corpo do Logos Cósmico do qual Ele é um dos centros sagrados. Deduzimos que um Sistema Solar para um Logos Solar deve ser o correspondente a uma cadeia para um Logos Planetário, dedução essa que nos leva a uma outra dedução: sete Sistemas Solares devem constituir um grande ciclo na vida de um Logos Solar. Muitas outras conclusões podemos fazer nessa linha de raciocínio e usando a Lei de Analogia, com referência ao nosso atual Sistema Solar. Todavia não é momento para expormos essas ideias.

• Consciência mais plena e nítida do centro que o nosso Logos Solar expressa, dentro do corpo do Logos Cósmico. Uma coisa é saber que o nosso Logos Solar é o centro cardíaco do Logos Cósmico, o que todo mundo sabe, outra coisa é saber o que é isso em termos de natureza, de Almas, de Reino Dévico, de Sistemas Solares, de elementos químicos dentro desses sistemas, de constelações, de galáxias, de relações entre elas e outros aspectos,não só considerando a matéria física, mas levando em conta as demais do físico cósmico e as dos outros planos cósmicos. Muito mais acima de tudo isso está ter consciência e identificar a frequência oscilatória fundamental desse centro cósmico e responder a ela. Mais acima ainda está identificar os harmônicos da fundamental e a eles responder. A consecução dessa consciência dá-se no período da sétima ronda de uma cadeia adiantada, geralmente a sétima, considerando que as rondas bem como as cadeias são conectadas entre si, ante o que podemos falar no Eterno Agora, saindo da esfera limitadora do espaço e do tempo. O que queremos dizer com isso é que os resultados das rondas e das cadeias são sempre presentes. Com o início dessa consciência o Logos Planetário começa a desenvolver o controle de suas emoções cósmicas, ou seja, de seu corpo astral cósmico. Os problemas da nossa humanidade, consequências dessa deficiência de controle emocional do nosso Logos Planetário, estão começando a ser solucionados agora. A sua experiência das situações cósmicas é ainda imperfeita. É lógico que essa imperfeição afeta o comportamento da humanidade, suas células, assim como o descontrole emocional do homem afeta seu corpo físico. A evolução dos Homens Celestiais não se processa de forma igual para todos, à semelhança com os homens, que evoluem em velocidades ou taxas diferentes, alguns velozmente, outros lentamente. O nosso Logos Planetário não atingiu o mesmo grau de evolução do Logos do esquema de Vênus. Em cada ronda o Logos conquista o controle de um subplano astral cósmico e, ao expandir sua consciência, penetra no subplano mais elevado e sutil e inicia seu domínio. O Senhor de Vênus já domina os cinco subplanos inferiores astrais cósmicos e já está trabalhando no subatômico. Nosso Logos Planetário ainda está se esforçando para concluir a sujeição plena do quarto subplano astral cósmico e começando a atuar conscientemente no terceiro (estamos contando do mais sutil e energético, o atômico para o mais denso, o sétimo). Como já dissemos, os resultados dos ciclos se ligam e sobrepõem, por isso nosso Logos já esta quase completando seu domínio sobre o quarto subplano astral cósmico, tendo iniciado a luta para o controle do terceiro subplano, o que será efetivado plenamente na quinta ronda, a próxima. Já pressente e responde à ração do segundo subplano (o subatômico), porém não é claramente consciente dela.

Temos um reflexo disso no homem. Na quarta raça-raiz, a atlanteana, o homem desenvolveu a consciência astral, agora na quinta, a ariana, ele está aperfeiçoando o controle dela e desenvolvendo o quinto princípio, a mente e presente o sexto, o búdico, que deverá desenvolver na sexta raça-raiz. Reflitamos sobre isso.

O sexto princípio é a intuição, que, embora seja um sentido do corpo búdico, análogo ao paladar do corpo físico, conforme o Mestre Tibetano diz, podemos considerar aqui em seu sentido mais abrangente, a consciência crística. Ora, para que ela possa se expressar, é necessário um instrumento, sendo esse a mente abstrata. Mas para desenvolver a mente abstrata, é preciso desenvolver ao máximo a mente concreta, através do conhecimento e da análise. Em cima da estrutura de conhecimentos e pela análise, serão percebidas as relações entre os diversos conhecimentos e extraídas as essências e conceitos existentes, o que é trabalho da mente abstrata. Será sobre essa mente abstrata que a intuição poderá ser desenvolvida, o que permitirá captar e entender a verdade que rege os fenômenos dos três mundos inferiores, físico, astral e mental. Não será a verdade absoluta, no sentido de explicar todo o Sistema Solar, pois logo em seguida vem a conquista do sétimo princípio, atma, que deverá ocorrer na sétima raça-raiz, numa dose coerente com a quarta ronda. Quem quiser ir mais depressa, poderá fazer o esforço necessário e adquirir o conhecimento imprescindível, para caminhar pela trilha das Iniciações, que é o caminho em linha reta.

No próximo estudo estudaremos o trabalho de um Logos Solar.

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Estudo 089

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - IX - 1. Partes Inter-relacionadas - O Trabalho de um Logos Solar (Páginas 256, 257, 259 e 260)

Estudemos o trabalho de um Logos Solar. O seu trabalho é análogo ao do Logos Planetário e consiste nas tarefas e responsabilidades a seguir explanadas.

Ele deve expandir ao máximo sua consciência em todos os sete planos do Sistema Solar, melhor dizendo, desenvolver ao máximo todos os seus sentidos físicos cósmicos (jnanaindryias cósmicos) em relação a todas as matérias existentes no Sistema Solar, desde a do físico nosso até a do adi, em seus mínimos detalhes e dominá-las completamente, a ponto de conseguir expressar com a máxima perfeição o seu Propósito, devendo também aperfeiçoar seus mecanismos de ação (carmaindryias cósmicos). Isso significa simbolicamente ter consciência de todo o seu "círculo não se passa". Esta etapa abrange o período em que cinco dos Homens Celestiais, ou cinco de seus centros sagrados, em outras palavras, cinco dos esquemas dentro de sua esfera de ação, tenham alcançado a sensibilidade suficiente para responder com exatidão ao contacto e ao estímulo emanados DELE.

Deve também adquirir consciência do Logos Cósmico, do qual é um centro sagrado. Tem de descobrir, por experiência própria, seu devido lugar no grupo cósmico do qual faz parte, assim como um Logos Planetário em relação ao seu grupo dentro do Sistema Solar. Esse estado é alcançado quando todos os Homens Celestiais estejam completamente despertos e ativos, plenamente cônscios de suas tarefas e responsabilidades, vejam com clareza suas metas e propósitos, ajam livremente e se relacionem harmoniosamente, segundo a Lei de Ação e Reação. Nesse nível de evolução Ele conquista o controle não só do plano físico cósmico, mas também do plano astral cósmico, o que significa que Ele aprendeu a dominar suas emoções cósmicas.

Sua principal tarefa e função dentro do corpo do Logos Cósmico (AQUELE DE QUEM NADA SE PODE DIZER) tem de ficar bem clara e nítida em sua mente, ou seja, o que Ele tem de fazer para que o centro cardíaco do Logos Cósmico funcione adequadamente e esse Ser Maior consiga realizar seu Propósito Cósmico. Esse centro cardíaco, que é a principal tarefa do nosso Logos Solar, é muito importante para o Logos Cósmico. O nosso Logos Solar, ao mesmo tempo em que executa essas funções, avança velozmente em sua escalada evolutiva cósmica, inclusive no Processo Iniciático Cósmico, para futuramente ocupar funções mais grandiosas, sobre as quais não temos agora a menor ideia, mas um dia teremos. Deixamos bem claro que essa discriminação é feita com base no presente e sob o ponto de vista do nosso Logos Planetário, que ainda se encontra sob uma certa limitação, em virtude de seu nível evolutivo e suas condições peculiares no momento. Essa limitação afeta a inteligência e a capacidade de entendimento de suas células, nós do reino humano. Consequentemente o que acima foi dito é resultado da mente discriminadora e não da sintética. Quando chegar o momento, dar-se-á uma absorção sintética com todos os Logos Planetários, à semelhança do que ocorre com o homem. No caso DELES, o corpo causal ou do Ego, melhor dizendo, o Loto Egoico Planetário, será o sintetizador das energias, informações e qualidades do quaternário ou eu inferior (a personalidade planetária) e a envoltura Monádica Planetária sintetizará em si os sete princípios, ocorrendo portanto a sequência: três, sete e dez. Expliquemos melhor essa sequência. Inicialmente os três raios maiores, em seguida a diferenciação do terceiro raio maior nos quatro de atributo, gerando os sete raios e no final a síntese, culminando no dez.

Urge que evitemos o perigo da mente analítica incipiente humana de cair numa concepção excessivamente materialista. Quando a mente analítica está sob o domínio da mente abstrata, não ocorre esse perigo, porque ela trabalhará então vendo os conceitos da vida interna e não das formas, ou seja, tratará das energias e qualidades, os princípios, buscando sua síntese.

O homem encarnado tem como meta esforçar-se para desenvolver ou fazer vibrar ao máximo um determinado princípio, através de um centro etérico, manifestando assim uma qualidade de sua Alma. Um Logos Planetário, por meio de uma cadeia de seu esquema, busca o mesmo. O Logos Solar faz o mesmo, servindo-se de um esquema planetário, dentro de seu Sistema Solar. Sua meta é a síntese da qualidade em diversas experiências e situações, em sua vibração e amplitude máximas, não lhe sendo de muita importância a perfeição da forma. A resposta da forma dinamizada pelo Ego (manifestação da Mônada) dependerá, é lógico, de acordo com a Lei, do vigor do Ego, que é o demandante. Essa resposta é de importância secundária e não o objetivo principal a alcançar. Isso deve ser considerado em termos de perfeição da forma. Em resumo, deve ficar bem claro que o mais importante é a qualidade que a Mônada quer desenvolver ao máximo, utilizando-se da forma, não se preocupando com a perfeição absoluta dessa forma, tanto que, ao conseguir a vibração qualitativa máxima, a Mônada se desliga da forma.

Sintetizando as explicações acima feitas, concluímos que o trabalho a ser feito é tríplice, tanto no nível macrocósmico, como no microcósmico.

Temos inicialmente o desenvolvimento da consciência individual. A seguir vem a consciência grupal. Por último segue a consciência divina. Por consciência divina queremos significar a fonte espiritual mais elevada, sendo da mesma essência do Deus residente em cada um, seja um homem, um Homem Celestial (Logos Planetário), um Grande Homem Celestial (Logos Solar), um Grande Homem Celestial Cósmico (Logos Cósmico).

Mestre Tibetano afirma que todos os pensadores deveriam meditar sobre esse conceito e ressaltar a síntese que lhe é inerente. A célula relaciona-se com o grupo e isso é de suma importância. O grupo relaciona-se com o conjunto de grupos, o que também é importante. Finalmente, todos se relacionam com a Entidade residente, que os mantém coesos e coerentes, em uma relação conjunta e sintética, por meio da Lei de Atração e Repulsão.

As palavras célula e grupo e a expressão conjunto de grupos referem-se exclusivamente à forma ou ao veículo e portanto à matéria.

O vocábulo Entidade, que conceitua aquilo que sintetiza os grupos e é a vida animadora das células e ao mesmo tempo a vida coerente e una do conjunto de grupos, refere-se à Mônada ou Espírito.

Ambos os conceitos conduzem a um terceiro, a consciência, que forçosamente deve ser desenvolvida e expandida. O que é essa consciência? É o resultado do contacto entre a Mônada e a matéria, que se organiza numa forma, para maior eficiência como instrumento da Mônada, o morador da forma. Ser consciente é reconhecer essa relação, é saber detalhes e minúcias dessa relação, que se diferencia infinitamente, saber esse que cresce a partir da célula, passando a incluir o grupo e conjunto de grupos, donde a suprema importância do uso da mente na busca do conhecimento, em diversas áreas, juntamente com a intensa atividade analítica e correlacionadora, simultaneamente com a extração de conclusões e ilações. Isso se aplica a todos os níveis: homem, Logos Planetário, Logos Solar e Logos Cósmico. Na realidade aplica-se ao infinito.

Um homem, que tem a consciência coerente (coerente porque é integrada e unificada) inferior, sendo consciência no seu verdadeiro sentido: "aquele que sabe", é somente uma célula, um átomo dentro do grupo, um componente.

Um Logos Planetário, como um todo, é um grupo coerente consciente. É a soma de todos os homens, Devas e reinos em evolução dentro de seu esquema planetário.

Um Logos Solar, também como um todo, é um grupo coerente consciente, sendo a soma de todos os Logoi Planetários (com tudo o que está dentro de seus esquemas), mais as outras Entidades que não são Logoi Planetários, mas executam funções e trabalham dentro de seu "círculo não se passa". A consciência de um Logos Solar é a totalidade simultânea das consciências evoluindo dentro do seu grande corpo cósmico. Para um Logos muito mais elevado (acima do Logos Cósmico), um Logos Solar está na posição de um homem em relação ao Sistema Solar, sendo portanto uma célula. Quando ficar bem clara e nítida na mente a posição que o Sistema Solar ocupa dentro do esquema maior cósmico, juntamente com suas relações com outros sistemas solares, só então poderá ser entendido que um Logos Solar é uma Inteligência, dentro da Consciência Cósmica, tão relativamente inferior, como a do homem em relação à consciência de um Logos Solar, ou seja, um Logos Solar é uma célula dentro do corpo de AQUELE SOBRE QUEM NADA SE PODE DIZER. Um Logos Solar executa em relação a esse GRANDE SER um trabalho análogo ao do homem dentro do Sistema Solar.

Assim como o homem tem de experimentar e dominar as matérias dos três planos inferiores do sistema (físico, astral e mental), da mesma forma um Logos Solar tem de experimentar e dominar as matérias dos três planos inferiores cósmicos (físico, astral e mental cósmicos), para poder entender todo o seu meio ambiente.

A reflexão profunda e a lúcida compreensão desses conceitos analógicos são de muita importância e condição fundamental, para o entendimento do que será ensinado nessa segunda parte do Tratado sobre Fogo Cósmico. Deve ficar bem claro que só será adquirida uma visão realista do mundo fenomênico em que vivemos e da meta que todos temos diante de nós, se for seguido esse processo de comportamento, pela assimilação desses ensinamentos de supremo valor, ensinamentos esses que o Mestre Tibetano se empenhou e se empenha até hoje,em passar para a humanidade, tão necessitada de Luz. Não devemos esquecer que Luz significa adquirir conhecimento. Não podemos ficar sentados esperando que a Luz nos seja dada de mão beijada, é necessário que busquemos o conhecimento pelo esforço individual.

Podemos adaptar esses ensinamentos do Mestre Tibetano aos conhecimentos da moderna Astronomia. Pelas descobertas feitas por meio dos atuais telescópios de altíssima sensibilidade e vastíssimo alcance, sabemos que existem galáxias com bilhões de estrelas, aglomerados de galáxias e aglomerados de aglomerados de galáxias. Usando a analogia ensinada pelo Mestre, podemos comparar a ENTIDADE que se expressa por um aglomerado de aglomerados de galáxias como sendo um Logos Solar, a ENTIDADE menor que se expressa por um aglomerado de galáxias como um Logos Planetário e a ENTIDADE menor ainda que se expressa por uma galáxia como um homem. Assim, o que o homem é para o Logos Planetário, a ENTIDADE de uma galáxia é para a ENTIDADE de um aglomerado de galáxias. Por outro lado, o que um Logos Planetário é para o Logos Solar, a ENTIDADE de um aglomerado de galáxias é para a ENTIDADE de um aglomerado de aglomerados de galáxias. Percebemos nitidamente a distância entre um Logos Solar, que se expressa por meio de uma estrela com seu sistema, e a ENTIDADE que se expressa através de uma galáxia com bilhões de estrelas. Podemos ir mais além na analogia, aplicando esse conceito de conjuntos dentro de conjuntos maiores à ENTIDADE de um aglomerado de aglomerados de galáxias e à ENTIDADE de uma parede de aglomerados de aglomerados de galáxias, que já foram detectadas pela Astronomia. Esse é o raciocínio abstrato que o Mestre Tibetano tanto nos recomenda, para entendermos o que realmente somos e o que é o mundo que nos cerca.

Na analogia entre o plano físico do sistema (esse em que estamos encarnados) e o físico cósmico (que devemos experimentar e dominar, o que conseguiremos conquistando as condições iniciáticas), está o segredo do quádruplo mistério, conforme descreve o Mestre Tibetano:

1. O mistério do Akasha.
2. O segredo da quinta ronda (a nosso próxima).
3. O significado esotérico de Saturno (em foco atualmente, pela sonda Cassini-Huygens, que já está nele), o terceiro planeta.
4. A natureza oculta do kundalini cósmico ou a força elétrica do Sistema Solar.

Sobre o quarto ponto, o Mestre diz que, quando for melhor entendida a interação elétrica no sentido de polaridade (positivo e negativo) entre os planetas, então saberemos quais estão conectados e quais estão se aproximando do ponto de equilíbrio. Ele fornecerá brevemente algumas informações, sem se estender e sem ser muito claro, competindo ao homem buscar mais conhecimento por si mesmo, quando então essas informações irão se encaixar exatamente no esquema correto. As conclusões oriundas serão muito iluminadoras e demonstrarão a lógica perfeita do Plano Divino, permitindo prever o que irá acontecer, dentro de um procedimento científico.

Com referência à quinta ronda, sabemos que nela ocorrerá o chamado Dia do Juízo, o período em que haverá a grande seleção, quando só permanecerão no esquema da Terra aqueles que tiverem condições de receber a quinta Iniciação Planetária, a terceira solar, sendo expurgados os demais. Ocorrerá também a derrota final do mal, através da grande batalha entre o plano causal e o mental inferior.

No próximo estudo faremos uma análise detalhada do diagrama da página 258 do Tratado, titulado CLASSIFICACIÓN II - LA EVOLUCIÓN EN EL UNIVERSO, em português: CLASSIFICAÇÃO II - A EVOLUÇÃO NO UNIVERSO.

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Estudo 090

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - IX - 1. Partes Inter-relacionadas - A Evolução no Universo (Página 258)

Analisemos o diagrama Classificação II - A Evolução no Universo, na página 258 do Tratado sobre Fogo Cósmico. É apenas uma página, mas contém informações que, se bem aprofundadas, poderão conduzir a muitas conclusões esclarecedoras e muito úteis, com referência ao universo manifestado.

Nesse diagrama temos dados sobre a Entidade em manifestação, seu corpo ou veículo pelo qual manifesta e desenvolve a consciência, que Entidade utiliza para ser seu centro de força a ser distribuída, porção do espaço em termos de planos cósmicos que deve vivenciar e dominar, para expansão e enriquecimento de sua consciência e consequente evolução da Mônada, que é a Entidade, bem como a conquista de poderes por Ela, tudo isso no eterno caminho em direção ao ABSOLUTO INFINITO. São apresentados também os ciclos principais para as Entidades.

Inicialmente vejamos a Entidade. São cinco níveis de entidade, o mais baixo, o homem e o mais elevado (não no sentido absoluto), o Desconhecido (o Parabrahma).

Pelo veículo temos uma ideia da grandeza da Entidade. Comecemos pelo homem. Ele tem sete centros ou chacras como mecanismos de expressão. Todavia sabemos perfeitamente que o corpo de um homem é constituído de mais partes, que dependem das energias emanadas pelos sete centros principais. De igual forma um Homem Celestial ou Logos Planetário se serve de sete cadeias planetárias (que são na realidade sete encarnações). Assim, o corpo de um Logos Planetário é composto de todo o conjunto de globos (sete), que se renovam sete vezes (as cadeias), durante um Sistema Solar, uma encarnação do Logos Solar. Essas cadeias podem ser vistas como centros no tempo, como diz o Mestre Tibetano, embora para cada cadeia o Logos Planetário disponha de centros específicos, como atualmente Shamballa é o centro coronário, a Hierarquia o cardíaco e a humanidade o laríngeo, utilizando-se portanto o Logos de grupos para seus centros ou chacras.

Um Logos Solar se serve de sete esquemas planetários para se expressar, tendo como centro um Homem Celestial, com toda a sua equipagem.

Um Logos Cósmico utiliza sete sistemas solares para a sua manifestação e evolução, tendo como centro um Logos Solar, também com toda a sua equipagem.

O Desconhecido (o Parabrahma) se expressa através de sete constelações, tendo como centro um Logos Cósmico, da mesma forma com todos os seus sistemas solares. Percebemos claramente que são conjuntos cada vez maiores, contendo vários conjuntos.

Seguindo essa linha de raciocínio, perfeitamente lógica, concluímos que o processo continua, existindo uma Entidade maior que o Parabrahma, cujo corpo é formado de sete conjuntos, cada conjunto com sete constelações, totalizando quarenta e nove constelações e trezentos e quarenta e três sistemas solares. Se considerarmos que esses números referem-se apenas aos centros principais, os chamados sagrados e que existem muitos outros órgãos dentro de um corpo, então deduzimos que a quantidade de estrelas no corpo dessa Entidade maior que o Parabrahma é muito maior que trezentas e quarenta e três. Daí podermos pensar na Entidade que se expressa através de uma galáxia e até de aglomerado de galáxias, como já fizemos.

Estudemos agora os planos de vivência e domínio. Para o homem é o plano físico cósmico, que vai desde o nosso físico até o adi ou divino, embora aqueles que estão em evolução acelerada possam conquistar planos mais elevados. Para um Logos Planetário são dois planos cósmicos: físico e astral. Para um Logos Solar são três planos cósmicos: físico, astral e mental. Para um Logos Cósmico são quatro planos cósmicos: físico, astral, mental e búdico. Para um Parabrahma (o Desconhecido) são cinco planos cósmicos: físico, astral, mental, búdico e átmico. Isso é válido para o atual grande Ciclo. Em grandes Ciclos futuros (esse futuro significando para a nossa limitação mental uma "eternidade") os planos serão outros mais elevados. Também para Entidades mais elevadas, como uma se expressando por meio de uma galáxia, os planos serão outros mais elevados. Essa dedução é óbvia e lógica, com base nessa lei de formação ou processo evolutivo.

Chegamos agora ao tempo ou duração dos ciclos. Para o homem, é o período de um esquema planetário. Como um esquema se renova sete vezes (em sete cadeias), concluímos que o homem pode conseguir sua conquista numa única cadeia (os mais velozes) ou em até sete cadeias. Quem não obtiver êxito, será um fracasso.

Para um Logos Planetário, é o período de um sistema solar, cuja duração média é de trezentos e onze trilhões e quarenta bilhões de anos terrestres, segundo consta na página 59 do Tratado sobre Fogo Cósmico.

Para um Logos Solar, é o período de três sistemas solares, o que é igual a novecentos e trinta e três trilhões e cento e vinte bilhões de anos terrestres. Isso significa que um Logos Solar faz a sua conquista em três encarnações. Para um Logos Cósmico e um Parabrahma (o Desconhecido), o Mestre Tibetano não fornece indicações.

Dessas informações podemos fazer deduções interessantes. O homem leva de uma até sete cadeias para conquistar um plano cósmico. Um Logos Planetário faz a conquista de dois planos cósmicos em um sistema solar, o que significa um plano cósmico por meio sistema solar em média. Um Logos Solar domina três planos cósmicos em três sistemas solares, o significa um plano cósmico por sistema solar. Tabulando esses resultados para melhor visualização, temos:

Entidade Plano Cósmico Média de Tempo
Homem 1 plano cósmico de uma a sete cadeias
Logos Planetário 1 plano cósmico 1/2 sistema solar
Logos Solar 1 plano cósmico 1 sistema solar

Vemos claramente que a medida que a Entidade se eleva, seu esforço para dominar 1 plano cósmico torna-se maior, porque demanda mais tempo, considerando nosso ponto de vista de tempo. Isso é perfeitamente lógico, pois quanto mais elevada a Entidade, maiores são suas funções, suas responsabilidades, sua área de abrangência, a quantidade e o nível das entidades dentro de seu corpo e a energia da matéria a ser dominada. Por isso quanto mais elevada a Entidade, maior seu Poder, que é conquistado. Com base nessa tendência, podemos fazer inferências com referência ao Logos Cósmico e ao Parabrahma, todavia isso não seria de grande utilidade para nós, uma vez que mais nos importa a nossa conquista de 1 plano cósmico. Essas conjecturas apenas seriam úteis para admirarmos essas Excelsas Entidades, que são fontes de nossa Vidas e nos estimular no esforço para a vitória.

No próximo estudo analisaremos o trabalho dos Entes Atômicos.

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Estudo 091

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - IX - 2. O Trabalho dos Entes Atômicos (Páginas 260 e 261)

Estudaremos agora em maior profundidade e com mais detalhamento o trabalho e as funções dos Logoi Planetários, os Homens Celestiais, dentro do corpo de expressão do Logos Solar, o Sistema Solar, sendo considerados por isso análogos aos centros do corpo físico do homem, com a diferença de que são pontos focais, através dos quais fluem as energias da Mônada do Logos Solar, via sua Alma ou Ego, atuando no plano causal cósmico. O claro entendimento da correspondência entre o plano físico cósmico e o físico do sistema ajudará em muito a compreensão dessa analogia. Mestre Tibetano chama os Logoi Planetários de Entes Atômicos, no sentido de que são elementos constituintes dos centros do Logos Solar. Sabemos que os centros físicos do homem são vórtices gerados por diversos movimentos de átomos físicos e moléculas formadas por átomos físicos, o que esclarece perfeitamente a denominação utilizada pelo Mestre, Entes Atômicos, considerando as funções dos Logoi Planetários como centros. Não podemos esquecer que estamos tratando do corpo físico cósmico do Logos Solar, portanto, quando falamos que os Logoi Planetários são centros solares, estamos nos referindo aos corpos físicos cósmicos dos Logoi Planetários. Deve ficar bem claro que os Homens Celestiais exercem outras atividades e vivem outras modalidades de vida, além das funções de centros solares. A analogia com os centros do homem não pode ser levada ao pé da letra. O trabalho dos Homens Celestiais é muito mais consciente do que o do homem.

Dentro da analogia com os centros do homem, vemos que três centros solares são inferiores: básico, sacro e umbilical. Sob o ponto de vista do plano físico cósmico, é a seguinte a correspondência desses centros inferiores:

básico plano físico do sistema subplano denso do físico cósmico
sacro plano astral do sistema subplano líquido do físico cósmico
umbilical planos mental e búdico do sistema subplanos gasoso e etérico (quarto éter) do físico cósmico

No momento esses centros estão sendo enfocados pelo fogo por fricção (kundalini) logoico.

Como sabemos, o centro umbilical é o sintetizador dos outros dois inferiores e assim é constituído o quaternário solar, pois temos: básico, sacro, umbilical ou plexo solar e esse último na função de sintetizador, além da sua própria, o que totaliza quatro funções. O centro umbilical ou plexo solar do Logos Solar ocupa dois planos do sistema (mental e búdico) por causa de sua função sintetizadora.

O básico solar, correspondente ao centro humano situado na base da coluna vertebral, sob o qual está a chamada bolsa de kundalini, é mais durável que os outros dois inferiores.O Logos Planetário que é responsável por essa função e é fonte geradora de calor para seus Irmãos pode perfeitamente ser descoberto pela Intuição, não bastando a mente concreta isolada. Nessa pesquisa há que diferenciar entre o centro básico e a bolsa de kundalini solares. Posteriormente voltaremos a esse assunto.

Pela tendência já observada, vemos que os centros superiores solares têm as seguintes correspondências:

cardíaco plano átmico subplano superetérico (terceiro éter) do físico cósmico
laríngeo plano monádico subplano subatômico (segundo éter) do físico cósmico
coronário plano adi ou divino subplano atômico (primeiro éter) do físico cósmico

Fica faltando um centro, o frontal. Todavia esse centro faz parte do coronário, estando portanto no plano adi.

Como o centro umbilical solar está muito atuante na atual quarta ronda da quarta cadeia do esquema da Terra, o Logos Planetário responsável por ele (do esquema de Netuno) trabalha intensamente nesse período, sendo de grande importância vital para a evolução planetária.

Quanto ao nosso Logos Planetário, quando Ele conseguir vitalizar seu centro umbilical, transferindo para ele o fogo por fricção dos centros inferiores, iniciando a síntese necessária, começará um novo ciclo de sua vida cósmica e chegará ao fim uma grande parte do atual sofrimento da humanidade. Contudo, Ele apenas está começando seu trabalho nesse sentido. Serão necessários ainda dois ciclos e meio para a conclusão. Quando tal acontecer, o efeito na humanidade será tríplice:

• O estímulo sexual atual será transformado em criação, nos planos físico, astral e mental, manifestando-se em obras de arte e beleza e grande avanço na área científica.
• Os crimes, originados em grande parte pela paixão sexual, chegarão a seu fim.
• Haverá uma redução de pelo menos setenta e cinco por cento na libertinagem, nas orgias e nos horrores consequentes.

Pelas informações já passadas pelo Mestre Tibetano (que o nosso Logos Planetário irá receber uma Iniciação maior relacionada com a renúncia na próxima ronda e uma menor na atual), podemos deduzir que Ele já avançou um pouco na transferência do fogo para o umbilical, uma vez que o Tratado sobre Fogo Cósmico foi escrito em 1925, portanto há 79 anos. Como já dissemos anteriormente, talvez essa menor ocorra no alinhamento do eixo norte-sul da Terra com a estrela Poláris, a alfa de Ursa Menor, que está alinhada com Dubhe e Merak, respectivamente a alfa e a beta de Ursa Maior e transmissoras das energias dos primeiro e segundo raios. Esse alinhamento está previsto por alguns para 2.012. É razoável pois que tenhamos esperanças para a melhoria das condições da humanidade, apesar do sofrimento inerente a essa Iniciação menor, relacionada com a renúncia. Só nos resta estarmos preparados e atentos continuamente, sem nenhum momento de vacilação.

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Estudo 092

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - IX - 2. O Trabalho dos Entes Atômicos - Continuação (Páginas 261 e 262)

Continuemos o estudo do trabalho dos entes atômicos. Vimos duas consequências para a humanidade, resultantes da vivificação do plexo solar planetário e a síntese nele dos dois centros inferiores, por parte do nosso Logos Planetário. A terceira será o aperfeiçoamento da interação entre os três planetas físicos densos e o homem poderá passar de um a outro à vontade. Quais são esses três planetas físicos densos? A Terra está na quarta cadeia e é o quarto globo, conforme consta no VI diagrama da página 317 do Tratado, existindo portanto dois globos etéricos na atual cadeia do esquema da Terra. Pelo mesmo diagrama o nosso esquema tem conexões com os esquemas de Marte e Mercúrio. Pela proximidade de Marte e Mercúrio, que são físicos densos e considerando as conexões, podemos deduzir que o Mestre está se referindo a esses dois planetas, quando menciona a passagem pelo homem de um a outro. As sondas enviadas pela NASA a esses planetas e as informações sobre eles já obtidas reforçam nossa dedução. Aproveitamos a oportunidade para dizer que Mercúrio é o centro básico do Sistema Solar. A sonda Messenger já está a caminho de Mercúrio, devendo lá chegar em 2011.

O Mestre diz ser inadequada a denominação para os globos de uma cadeia, como também os nomes dados a uma cadeia com base no nome do planeta, por provocar confusões.

Na afirmação de que Vênus é o primário da Terra, existe uma pista para um entendimento correto. Não é possível falar muito sobre o mistério de que Vênus é o alter ego da Terra, nem é aconselhável, porém algumas ideias podem ser sugeridas, de tal forma que a reflexão sobre elas dará uma visão maior da beleza existente na síntese da natureza e na maravilhosa correlação de tudo quanto evolui.

Talvez tenhamos uma noção mais clara sobre isso, se lembrarmos que, em sentido oculto, Vênus é para a Terra o que o Eu superior é para o homem. Não devemos pensar com isso que Vênusé literalmente o Eu superior do Logos Planetário da Terra, mas sim que a distância evolutiva entre os dois Logoi é comparável à entre a Alma do homem e sua personalidade.

A chegada à Terra dos Senhores da Chama (Sanat Kumara e os 107 Kumaras) há 18 milhões de anos não foi ao acaso, mas aconteceu em obediência à Lei, como uma questão planetária, que tem uma analogia com o vínculo existente entre a unidade mental e o átomo mental permanente do homem. É um fato semelhante à construção pelo homem do Antakarana, a conexão entre a unidade mental e o átomo mental permanente. Igualmente a humanidade da Terra construirá um canal até Vênus, o primário da Terra. A questão de ser Vênus o primário da Terra remonta a um relacionamento muito antigo, de cadeias anteriores, entre os dois Logoi.

Vênus é um planeta sagrado, mas a Terra não o é. Os planetas representam princípios para os Logoi Planetários, assim como os átomos permanentes para o homem. A diferença entre essas representações para os Logoi é que para os sagrados a representação persiste durante todo o Sistema Solar, mas para os não sagrados, ela é temporária. Essas representações são com referência ao Logos Solar.

Três planetas sagrados são moradias dos três Raios maiores, as formas físicas pelas quais se manifestam os três aspectos ou princípios maiores do Logos Solar. Os outros quatro planetas sagrados expressam os quatro Raios menores ou de atributo.

O Mestre diz que, desde o ponto de vista atual (grifando essa expressão), podemos considerar Vênus, Júpiter e Saturno, nesta época, como veículos dos três superprincípios. Ora, por superprincípios, queremos entender os Raios maiores: Vontade, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa. Mas sabemos que Vulcano expressa o primeiro Raio, Júpiter o segundo e Saturno o terceiro, sendo Vênus o quinto Raio. Como então explicar Vênus como um superprincípio, no caso o primeiro Raio? A única explicação que achamos lógica e racional é que, no atual período do Sistema Solar, por ser Vênus o esquema mais adiantado e ser o centro frontal, portanto da cabeça e ligado ao coronário (expressão do primeiro Raio), é por Vênus que o Logos Solar está expressando no momento seu aspecto Vontade.

Mercúrio, Terra e Marte estão estreitamente ligados a esses três. Mercúrio, por ser o básico, tem conexão natural com o coronário, sendo as ligações da Terra e de Marte por outros motivos, embora a vinculação de Mercúrio também possa ser com outro objetivo, pois o Mestre afirma que essas conexões ocultam um mistério, sendo que a evolução da ronda interna tem relação com esse mistério. Ronda interna é um processo de evolução mais rápida para aqueles que possuem condições e disposição para essa aceleração evolutiva. Um exemplo típico é o Senhor Maitreya. Pelas palavras que o Mestre acrescenta a seguir, podemos deduzir que esse mistério está relacionado com os reinos humano e Dévico, em evolução nesses três esquemas, Terra, Marte e Mercúrio. Examinemos, pois, as palavras do Mestre. Assim como o Logos Solar tem (nos planetas não sagrados) sua analogia com os átomos permanentes do homem, assim também a evolução que está entre os dois (Deus como o Logos Solar e o Homem) é constituída pelos Homens Celestiais, cujo corpo está formado por Mônadas humanas e Dévicas, que igualmente possuem seus átomos permanentes. Assim temos uma linha de dependência: O Logos Solar depende dos Homens Celestiais, os quais dependem de nós, Mônadas humanas e dos Devas, Mônadas Dévicas. Mais uma vez fica bem caracterizada a nossa responsabilidade em todo o processo evolutivo do Sistema Solar. É relativamente fácil perceber-se a importância dos três princípios superiores (os três Raios maiores), em relação aos quatro inferiores.

O assunto exposto nesse estudo requer muita meditação e reflexão, não só quanto ao nosso esforço para acelerar a evolução, mas em relação ao trabalho dos cientistas em pesquisar os nossos vizinhos Marte e Mercúrio (no momento a atenção está voltada para Saturno, pela sonda Cassini-Huygens).

No próximo estudo continuaremos com esse assunto, em particular em relação a Vênus e sua ligação numérica com a Terra, em termos de cadeia, ronda e raça-raiz.

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Estudo 093

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - IX - O Trabalho dos Entes Atômicos - Continuação (Páginas 262 e 263)

Continuemos nosso estudo do trabalho dos Entes atômicos. A chave para entendimento das ligações entre esquemas, cadeias e rondas está oculta no fato de que entre o número que corresponde a um globo de uma cadeia e sua cadeia correspondente existe um canal de comunicação e relacionamento, através do qual influências são trocadas. O mesmo acontece entre uma cadeia de globos e um esquema que tenha o mesmo número da cadeia. Exemplifiquemos. Dentro de uma cadeia de globos (sabemos que um esquema se renova sete vezes durante um Sistema Solar, sendo cada renovação uma cadeia, ou melhor dizendo, uma encarnação do Logos Planetário), existem sete globos de matérias diferentes, conforme a cadeia. Esses globos são denominados numericamente ou através de letras. C. W. Leadbeater usa letras e o Mestre Tibetano utiliza números. Uma ronda é a passagem da atenção do Logos Planetário do esquema por todos os sete globos da cadeia, sucessivamente. A distribuição das matérias constituintes dos sete globos varia em função do número da cadeia. Sabemos que no atual Sistema Solar a meta de conquista para as humanidades é a matéria do plano átmico ou espiritual. Logo os globos são constituídos de matérias variando da física até a átmica.

Apresentamos a seguir uma tabulação dessas matérias em função das cadeias:

Número da cadeia Distribuição das matérias mais densas dos globos
1ª e 7ª cadeias
(n°. 1 e 7)
globos 1 ou A e 7 ou G de matéria átmica, globos 2 ou B e 6 ou F de matéria búdica, globos 3 ou C e 5 ou E de matéria mental superior e globo 4 ou D de matéria mental inferior
2ª e 6ª cadeias
(n° 2 e 6)
globos 1 ou A e 7 ou G de matéria búdica, globos 2 ou B e 6 ou F de matéria mental superior, globos 3 ou C e 5 ou E de matéria mental inferior e globo 4 ou D de matéria astral
3ª e 5ª cadeias
(n°. 3 e 5)
globos 1 ou A e 7 ou G de matéria mental superior, globos 2 ou B e 6 ou F de matéria mental inferior, globos 3 ou C e 5 ou E de matéria astral e globo 4 ou D de matéria física, podendo ser puramente etérica ou densa
4ª cadeia
(n°. 4)
globos 1 ou A e 7 ou G de matéria mental inferior, globos 2 ou B e 6 ou F de matéria astral e globos 3 ou C, 4 ou D e 5 ou E de matéria física, podendo ser apenas etérica ou densa.

Percebemos que as cadeias vão se adensando até o máximo, na 4a. cadeia, para em seguida perderem densidade. Embora se emparelhem duas a duas, exceto na quarta, quanto às matérias, contudo a vivência das unidades de vida e a qualidade das matérias diferem entre a descida para o mais denso e a subida, ou seja, entre a primeira e a sétima cadeias, entre a segunda e a sexta e entre a terceira e a quinta. Embora exista a matéria mais densa para cada globo, todavia eles são revestidos de matéria mais elevada, até a adi ou divina. Exemplificando: a Terra está na quarta cadeia e é o quarto globo ou o D, então estamos imersos em matéria física (etérica e densa), astral, mental inferior, mental superior, búdica, átmica, monádica e adi; os globos 1 ou A e 7 ou G da cadeia terrestre (a nossa) são formados de matérias mental inferior, mental superior, búdica, átmica, monádica e adi.

Assim percebemos claramente as imensas possibilidades para aqueles que decidem e se esforçam para mais rápida evolução, pois podem viver experiências nas matérias mais sutis e devidamente preparadas para tal, uma vez que já tenham conquistado o controle pleno das matérias mais densas. Mestre Tibetano faz alusões a esse tipo de experiência por parte de Egos avançados, com permanência em globos sutis, no intervalo entre encarnações na Terra. Incluem-se nessas experiências as influências por energias de raios, quando o Iniciado as necessita. Esses globos atualmente existem e estão localizados próximos da Terra, sendo os dois físicos puramente etéricos, formando os três físicos juntamente com a Terra. É óbvio que é impossível aos telescópios (e aos radiotelescópios) detectarem esses globos de matéria sutil.

A vinculação existente entre os esquemas da Terra e de Vênus está oculta nessa relação numérica. O Mestre afirma que o magno acontecimento conhecido como a chegada dos Senhores da Chama, provenientes do esquema de Vênus, ocorreu em um momento de misterioso alinhamento entre um globo, sua cadeia correspondente e o esquema de número similar. Esse importantíssimo evento foi realizado durante a terceira raça-raiz da quarta ronda. Analisemos essas relações numéricas. A Terra é o quarto globo da quarta cadeia terrestre e está dentro do quarto esquema do Sistema Solar, sendo a ronda atual a quarta, donde o alinhamento numérico com base no número quatro três vezes: globo-ronda, globo/ronda-cadeia e globo/ronda/cadeia-esquema. Vemos no VII diagrama na página 327 do Tratado sobre Fogo Cósmico que a Terra, o quarto globo, recebe influência do segundo globo, que está regido por Vênus. Como as energias geradas pelas cadeias e seus globos perduram no tempo e no espaço, as energias geradas pelo quarto globo da quarta cadeia do esquema de Vênus alinharam-se agora com o quarto globo (a Terra) da quarta ronda da quarta cadeia do quarto esquema. Explicamos isso, porque atualmente o esquema de Vênus está na quinta cadeia e o planeta Vênus é o quinto globo. Então, quando chegou esse momento de altíssima importância para o nosso Logos Planetário, o momento de sua "encarnação física", necessária para acelerar sua evolução cósmica, o que implicava na implantação da autoconsciência na raça realmente terrestre, a raça primogênita (devemos lembrar que a raça lemuriana, embora a terceira, foi a primeira densa e realmente humana da cadeia terrestre e a atlante foi constituída em sua grande maioria de Egos oriundos da cadeia lunar), chegaram os Senhores da Chama liderados por SANAT KUMARA, juntamente com os ANJOS SOLARES no plano causal, para a INDIVIDUALIZAÇÃO do homem lemuriano. O trabalho do ANJO SOLAR ao construir o LOTO EGOICO no plano causal tinha de ser acompanhado pelo trabalho estimulador dos Senhores da Chama (os KUMARAS) no plano físico, os quais implantaram a chispa da mente naqueles cérebros rudimentares. Assim, com a chegada dos ANJOS SOLARES, de SANAT KUMARA e seus KUMARAS e a individualização da terceira raça-raiz, o nosso LOGOS PLANETÁRIO conseguiu "encarnar fisicamente". Lembramos que os KUMARAS são citados no Antigo Testamento (Gênesis) sob o nome de Filhos de Deus.

Dentro do que foi explanado hoje há muito assunto para reflexão e conclusões muito úteis e com potencial acelerador da evolução. No próximo estudo passaremos mais informações sobre o SENHOR DE VÊNUS, o Logos de Vênus, tão ligado ao nosso Logos Planetário e consequentemente a todos nós, que constituímos a humanidade e ao reino Dévico.

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Estudo 094

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - IX - O trabalho dos Entes Atômicos - Continuação (Páginas 263 e 264)

Continuemos nosso estudo dos Homens Celestiais e seu trabalho. A evolução desses grandes Seres não se processa de forma igual nem com a mesma velocidade. Assim como os homens, suas células, evoluem com taxas de evolução bem diferentes, Eles igualmente diferem. Embora repetindo, temos no Senhor Maitreya um exemplo clássico e inigualável de evolução ultrarápida, pois, tendo se individualizado na terceira sub-raça lemuriana, alcançou em três raças-raiz a posição que atualmente ocupa, de Bodisattwa, Instrutor de homens e Anjos (Devas) e de Iniciador nas primeira e segunda Iniciações Planetárias, sem falar nas outras funções que exerce dentro do Sistema Solar, como a de Portador das energias do Cavaleiro da Paz, um Ser Cósmico, com o qual teve contacto direto.

Importante se faz enfatizar que Esses Homens Celestiais do nosso Sistema Solar enfrentam problemas diferentes, o que nos impede de avaliar corretamente o trabalho já realizado por Eles e sua posição na escalada evolutiva cósmica. É dito que o Logos do esquema de Vênus é o que está mais adiantado, por estar na quinta cadeia e quinta ronda. Todavia as coisas não são bem assim. Assim como na evolução humana podemos observar três linhas maiores de evolução e quatro menores em processo de fusão em uma das maiores, ou seja, as linhas dos raios de aspecto: Vontade, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa e as dos raios de atributo: harmonia pelo conflito, conhecimento/ciência, idealismo/devoção e organização/magia cerimonial, o mesmo acontece com os Logoi Planetários. O Senhor de Vênus não está na linha dos raios maiores, estando ainda num dos raios de atributo, onde também se encontra o nosso Logos Planetário. Realmente sabemos que o Logos de Vênus exerce a função de centro do quinto raio (centro frontal), estando pois no quaternário logoico.

A pergunta que está sob análise e estudo no momento refere-se a esquemas, cadeias, rondas e raças-raiz. Cadeias, rondas e raças-raiz são para os Logoi o que as encarnações são para o homem. Essa comparação facilita um pouco o entendimento dos ciclos evolutivos dessas excelsas Entidades, sejam um Logos Cósmico, um Logos Solar ou um Planetário. Helena P. Blavatsky já disse que na evolução de um Sistema Solar há ciclos maiores e menores, podendo-se dizer o mesmo de um Logos Planetário, um homem e um átomo. Com isso temos de fazer uma outra observação, de natureza numérica:

Os ciclos evolutivos dos grandes Seres podem ser classificados em três grupos principais, cada grupo dividindo-se sete vezes, um sem número de vezes.

Para um Logos Solar temos:

• Cem anos de Brahma (311 trilhões e quarenta bilhões de anos terrestres)
• Um ano de Brahma (3 trilhões cento e dez bilhões e quatrocentos milhões de anos terrestres)
• Um dia de Brahma (8 bilhões e seiscentos e quarenta milhões de anos terrestre)

Esses períodos já foram calculados pelos pesquisadores indus, sendo a duração de um Sistema Solar e se encontram na página 59 do Tratado sobre Fuego Cósmico.

Em relação aos Logoi Planetários, temos os seguintes ciclos análogos:

• Um esquema planetário (dura um Sistema Solar)
• Uma cadeia planetária (uma encarnação), num total de sete
• Uma ronda planetária (uma mudança de enfoque do Logos numa encarnação, também num total de sete para cada cadeia

Dentro de uma ronda temos ainda ciclos menores, que podemos ver como encarnações do Logos, porém de uma forma totalmente diferente de uma encarnação do homem. São os seguintes:

• Período em que um globo está plenamente ativo, quando o Logos enfoca sua atenção nesse globo, como agora o nosso está enfocado na Terra
• Período de uma raça-raiz, ou seja, dentro de um globo, o Logos se preocupa com uma especial qualidade da humanidade sob sua responsabilidade
• Período de uma sub-raça, quando, numa raça-raiz, o Logos cuida de desenvolver um aspecto da qualidade da raça-raiz
•Período de uma ramificação de uma sub-raça, em que o Logos quer aperfeiçoar sob um determinado ângulo um aspecto da qualidade da raça-raiz.

Percebemos nitidamente e sem margem de dúvida o aprofundamento e a atitude discriminadora (no sentido de dividir para melhor entender e aperfeiçoar) do Logos, sendo óbvio que posteriormente Ele terá de sintetizar tudo o que conquistar. Temos um exemplo claro e facílimo de entender nas nossas faculdades. Um curso superior compõe-se de vários períodos de seis meses, sendo que em um o estudante se dedica a determinados assuntos de uma matéria, para dominá-los e no seguinte utilizá-los em uma etapa mais profunda da matéria e assim ele prossegue, até se tornar um profissional no ramo que escolheu, quando terá de fazer uso de todos os conhecimentos conquistados, na sua vida prática. De forma análoga, o Logos Planetário efetua seu aprendizado cósmico, etapa por etapa, ou período por período, até concluir seu curso e se diplomar no final do Sistema Solar. É lógico que devemos fazer as devidas diferenças de amplitude e de natureza, nessa analogia com o processo de um Logos.

Esse assunto é muito valioso para reflexão e meditação, pois é muito útil para a extração de conceitos abstratos, que, se devidamente trabalhados e inter-relacionados, poderão conduzir a conclusões muito importantes na escalada evolutiva, uma vez que, com a intensa utilização da mente abstrata (onde está localizado o Ego ou a Alma), a intuição (sentido do corpo búdico) poderá ser ativada e informações de alto interesse serão passadas para o cérebro físico.

No próximo estudo continuaremos nosso estudo, com informações mais ligadas ao homem, dentro desse mesmo enfoque.

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Estudo 095

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - IX - O Trabalho dos Entes Atômicos - Continuação (Páginas 264, 265 e 266)

Procuraremos hoje explicar com fatos objetivos e de maior facilidade de entendimento como é a manifestação de um Logos Planetário em suas diversas áreas de atuação, através das quais Ele adquire experiência, exercita-se e evolui. Ao analisarmos o comportamento do Logos por meio de uma raça-raiz, devemos lembrar que o conjunto de seres humanos e Dévicos em um planeta constitui o corpo vital de um Logos Planetário, enquanto o conjunto de vidas menores de um planeta (que inclui os corpos físicos dos homens e dos Devas e os outros reinos da Natureza) forma Seu corpo físico denso, podendo ser dividido em dois grupos:

• as vidas que estão no arco evolutivo (de ascensão), como as do reino animal

• as vidas que estão no arco involutivo (de descida para o mais denso), como as formas de matéria elemental, dentro da esfera de influência do Logos, as quais, no todo, conformam, como já foi dito, o corpo de expressão do espírito do planeta, também chamado a entidade planetária. Sua posição evolutiva em relação ao Logos Planetário é análoga à dos diversos seres elementais que constituem os corpos físico, astral e mental do homem, sendo também, como todos os seres manifestados em constante evolução, de natureza tríplice, embora em descida para o mais denso (denominado ciclo involutivo). Em consequência, os homens e os Devas (não considerando entre estes últimos os Construtores menores) constituem a ALMA do Homem Celestial. Outras vidas tomam parte em seu CORPO, porém, levando em conta a divisão do Tratado sobre Fogo Cósmico em duas partes, estamos interessados no corpo e na Alma. O corpo expressa o fogo da matéria e a Alma o fogo da mente. Os Devas são operadores dentro da ativa mente universal, em troca os homens são considerados manásicos ou mentais num sentido diferente. Os homens constituem a ponte ou ligação ou meio de comunicação com a essência e os Devas fazem o mesmo com a matéria. Obviamente o Mestre Tibetano, quando usou a palavra ALMA no atual contexto, foi nesse sentido de ligação, pois sabemos perfeitamente que a ALMA ou EGO do Logos Planetário encontra-se no plano causal cósmico, portanto muito distante em termos de matéria sutil da área de atuação do homem, que ainda se encontra atuando no plano físico cósmico e em subplano bem baixo. O homem atua no corpo físico etérico ou vital do Logos, sendo daí que as experiências vividas são levadas, via corpos astral e mental cósmicos, à ALMA do Logos Planetário, assim como as experiências vividas pelo homem em corpo físico são levadas, via corpos etérico ou vital, astral e mental, à Alma humana. Concluindo, podemos dizer que os homens e os Devas, como seres pensantes, são o corpo etérico ou vital do Logos e a ponte para a ALMA Logoica, sendo os Devas a ponte para matéria e os homens a ponte em sentido inverso. Os reinos elementais formam a parte densa do corpo logoico, a qual não é um princípio. Não podemos esquecer que a parte densa do corpo físico logoico é constituída pelas matérias dos planos físico, astral e mental do nosso esquema. Portanto os homens são a ponte pela atuação nas matérias acima da búdica, sendo isso uma razão para acelerarmos a nossa evolução no sentido de aprendermos a atuar com bastante desembaraço e domínio nessas matérias sutis. Só assim seremos de mais utilidade para o Logos.

Se associarmos os ciclos dos Logoi Solar e Planetários com a Mônada humana, teremos as seguintes correspondências:

• O Grande Ciclo da Mônada humana, correspondendo aos cem anos de Brahma (uma encarnação do Logos Solar e sete encarnações dos Logoi Planetários)
• O ciclo do Ego ou Alma (subciclos da Mônada)
• ciclo da Personalidade (subciclos do ciclo do Ego).

Esses conceitos abrem um vastíssimo campo para pesquisa, reflexão, estudo e comparações, quando encaixamos esses ciclos do Ego e da Personalidade dentro dos ciclos mais amplos do Logos Planetário, procurando descobrir o grau de evolução do homem nas diversas raças-raiz, rondas e cadeias. Muitas conclusões valiosíssimas poderão ser extraídas desses estudos, que em muito irão clarear a nossa visão do universo em seu aspecto espiritual. Todo esforço nesse sentido será compensador. Há conceitos fundamentais regendo o assunto, os quais devem ser considerados detidamente.

Os ciclos da manifestação da personalidade humana se sucedem em grupos de quatro e sete, obedecendo a sequência comum evolutiva:

• Diferenciação - o processo de descida ao mais denso ou involutivo, o Uno convertendo-se nos muitos, o homogêneo transformando-se no heterogêneo.
• Equilíbrio - o processo de reajuste cármico.
• Síntese ou espiritualização - os muitos voltando a ser o Uno.
• Obscurecimento ou libertação - o fim do processo evolutivo ou a libertação do Espírito ou Mônada dos grilhões da matéria.

Pelo acima dito percebe-se que nem todas as encarnações físicas têm a mesma importância. Algumas, sob o ponto de vista do Ego, são insignificantes e outras de grande valor. Algumas encarnações físicas possuem, para a Mônada humana em evolução, a mesma importância que uma encarnação em um globo ou raça-raiz tem para um Logos Planetário. Para outras encarnações a importância é relativa e bem menor, assim como o é para um Logos a encarnação em uma ramificação de raça-raiz.

Por causa do pequeno e insuficiente grau de evolução do homem médio, mui pouco são consideradas as encarnações ou ciclos astrais (os períodos passados no plano astral, não só entre mortes físicas, como também aqueles passados em globos astrais da cadeia, quando o Logos neles enfoca sua atenção ou, em outras palavras, quando neles encarna). Contudo não se pode abrir mão delas, pois, frequentemente, são mais importantes que as físicas. Em seu devido tempo compreender-se-á melhor o significado dos ciclos astrais e sua relação com os ciclos físicos. Quando for compreendido com clareza e sem margem de dúvidas, que o corpo físico não é um princípio, porém que o princípio kama-manásico (desejo-mente, que domina a grande maioria da humanidade atualmente) é o mais vital para o homem atual, então o período ou ciclo em que o homem atua no quinto subplano astral (fundamentalmente o subplano kama-manásico), ou seja, quando prevalecerem seu corpo astral matéria do quinto subplano, terá sua devida importância. Isso é óbvio, porque o quinto subplano astral é onde manas começa a se separar de kama ou desejo, iniciando o homem a transferência de polarização do plano astral para o mental, transferência essa que será mais forte, quando prevalecer a matéria do quarto subplano astral, bastando para se entender isso lembrar que o quarto subplano mental é o ponto de transferência da polarização do mental inferior para o causal, onde reside o Ego. As ações nos planos se interferem.

Como sempre irá ocorrer, devido ao aprofundamento do nosso estudo, os conceitos acima expostos devem ser refletidos e meditados o máximo possível, uma vez que constituem base para o que vem em seguida. No próximo estudo prosseguiremos com os ciclos do Ego e da Mônada.

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Estudo 096

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - IX - O Trabalho dos Entes Atômicos- Continuação (Páginas 266 e 267)

Continuemos o estudo dos Entes Atômicos. A questão dos ciclos e das transferências de polarização também ocorre nos planos mental inferior e causal. Os ciclos do Ego abrangem todos os ciclos nos três mundos inferiores ou da personalidade e correspondem a uma ronda completa nos ciclos de um Logos Planetário. São sete tais ciclos, todavia o número de ciclos menores, incluindo os sete, é segredo de Iniciação.

A evolução do Ego, quando se torna mais explícita, sucede-se em grupos de sete e de três e não de quatro e de sete, como os ciclos da personalidade. A mesma proporção existe nos ciclos centrais dos Logoi Solar e Planetários.

Os ciclos da Mônada ocorrem em ciclos de um e de três, como os ciclos básicos das grandes Entidades, das quais o homem é o reflexo microcósmico. Se aplicarmos esses conceitos gerais aos esquemas e a outras formas de manifestação e se analisarmos o microcosmo como se fosse a chave de tudo, surgirão ideias na mente referentes ao propósito que jaz velado em todas essas manifestações. Convém recordar que o homem médio, em cada encarnação, alcança os três objetivos:

• desenvolver a consciência ou despertar e expandir a faculdade perceptiva,

• conquistar em certa medida a faculdade de permanecer ou o acréscimo definido do conteúdo do corpo causal, melhor dizendo, do Loto Egoico,

• gerar carma ou iniciar pela atividade causas, que produzirão efeitos inevitáveis.

Assim também um Logos Planetário faz o mesmo em uma etapa de Sua evolução. A medida que o homem progride e entra no Caminho de Provação e no imediato Caminho de Iniciação, consegue outros desenvolvimentos notáveis:

• Como aconteceu antes, a sua consciência se expande mais ainda, porém começa a trabalhar e atuar inteligentemente desde cima e numa posição superior e não às cegas nos planos inferiores.

• Conclui a construção do seu Loto Egoico e começa a destruir o que fez antes, a derrubar o Templo que construiu tão cuidadosamente, pois descobre que ele limita e obstaculiza sua ação.

• Deixa de gerar carma nos três mundos inferiores e inicia o esgotamento do já criado, literalmente " inicia a ordenação de seus assuntos. "

Os Logoi Planetários fazem o mesmo em nível muito mais elevado, porque também têm um Caminho Cósmico a percorrer, análogo ao dos homens ao aproximarem-se da meta de seu esforço.

Esse conceito pode ser ampliado muito mais ainda, ao analisarmos que o Logos Solar realiza um trabalho semelhante.

Vemos claramente, sem a menor margem de dúvidas, que essas comparações podem ser esmiuçadas em grande profundidade e detalhes, auferindo nossas consciências grandes lucros, ou seja, iremos ter uma percepção muito mais inteligente e rica não só do comportamento das grandes Entidades, como de seus problemas psicológicos. Teremos ainda ideia de seu nível evolutivo e muito mais. O esforço intelectual será altamente compensador, pois de posse dessas conclusões e informações, nossa compreensão do Universo manifestado será muito mais clara, com excelentes efeitos na aceleração de nossa evolução, agilizando assim o retorno do Sr. CRISTO.

Como estamos no final deste assunto, consideramos sumamente útil, antes de prosseguirmos, refletir intensamente sobre essas comparações, homem, Logos Planetário e Logos Solar, dentro dos conceitos de ciclos, ou seja, das sub-raças-raiz, raças-raiz, períodos globais, rondas, cadeias e Sistemas Solares.

No próximo estudo exporemos nossas ideias sobre o assunto, solicitando que todos meditem sobre o que foi dito.

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Estudo 097

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - IX - O Trabalho dos Entes Atômicos - Continuação (Página 267)

Faremos neste estudo uma análise correlativa entre alguns ciclos da humanidade terrestre no atual período global, com o objetivo de inferir o que ocorre com o nosso Logos Planetário, no seu campo psíquico, ou seja, como qualidades.

Comecemos pelo ciclo da raça lemuriana, a terceira raça-raiz. Na terceira sub-raça dessa raça ocorreu um grande evento para a humanidade: a individualização, que foi um processo pelo qual o homem obteve a autoconsciência. Anteriormente ele tinha consciência, mas não autoconsciência, a noção de individualidade. Vieram do esquema de Vênus os Kumaras, liderados por SANAT KUMARA. A história de SANAT KUMARA remonta a cadeias anteriores e é consequência de relacionamentos antigos entre os dois Logoi Planetários. Por outro lado vieram ao plano causal da Terra os Anjos Solares, com a missão de construir o Loto Egoico (que será detalhadamente estudado mais tarde), o verdadeiro corpo causal e chacra cardíaco da Mônada. O que chamam de Alma ou Ego também foi definitivamente estruturado pelo Anjo Solar. Esses excelsos Devas, de elevadíssima categoria, saíram do plano búdico cósmico para esse trabalho no plano causal, um subplano do físico cósmico. Daí fica bem visível o gigantesco sacrifício desses Divinos Seres. O sacrifício torna-se maior ainda, ao considerarmos que Eles ficam retidos, velando pelo Loto Egoico, até que o homem receba a quarta Iniciação Planetária, a segunda Solar, a da renúncia, quando são liberados. Portanto, sua libertação só depende de nós e do nosso esforço e empenho, para conquistarmos as condições para essa Iniciação.

Para o Logos Planetário da Terra, esse evento significou sua encarnação física. Ele necessitava de um contacto mais intenso não só com os subplanos físicos cósmicos superiores, como sejam, os nossos planos adi, monádico, átmico e búdico, os etéricos cósmicos, como também com os subplanos densos, mental, astral e físico, que não constituem princípio para Ele. SANAT KUMARA então foi a encarnação física do Logos, sendo por isso que muitas vezes o Mestre Tibetano chama SANAT KUMARA de Logos Planetário. Esse grande Ser é aquele do qual é dito na Bíblia: "Não cai uma folha de uma árvore, sem que meu Pai saiba". A sua consciência abrange todo o planeta, incluindo todos os reinos, estando tudo sob seu controle. Seu poder é inimaginável. É o grande Iniciador nas Iniciações a partir da terceira. Sabemos que o nosso Logos irá receber uma Iniciação menor na atual ronda e isso ocorrerá no atual período global. Essa Iniciação menor antecede a quarta Iniciação cósmica, que Ele receberá na próxima ronda. Como é a Iniciação da renúncia, a que Ele receberá agora está ligada também à renúncia. Podemos concluir portanto que o nosso Logos está se desvencilhando do apego às coisas materiais, no sentido cósmico. É lógico que isso nos afeta e nos dá oportunidade para ingressarmos no Portal Iniciático, desde que saibamos aproveitar essa oportunidade.

Vejamos agora a meta da raça lemuriana. Foi desenvolver e consolidar o corpo físico. As duas raças anteriores, a adâmica, astral e a hiperbórea, etérica, não eram definidamente humanas, sendo a lemuriana realmente a primeira humana no sentido exato da palavra, pois era densa. Através dela o nosso Logos adquiriu experiências via SANAT KUMARA das vivências dos homens lemurianos, o que foi muito útil para Ele. A Entidade denominada Espírito Planetário da Terra também se aproveitou das experiências dessa raça. O nosso Logos evolui também através dessa Entidade, que está no ciclo de descida para o mais denso, num sentido cósmico.

Na quarta raça-raiz, a atlante, a meta foi desenvolver o corpo astral. O homem dessa raça tinha de viver intensamente as emoções, não havendo muita preocupação em desenvolver a mente. O objetivo foi consolidar o corpo astral. Com essa raça, o nosso Logos, também via SANAT KUMARA, adquiriu mais experiência nessa área, a área emocional humana, o que Lhe foi muito útil em termos de sensação física cósmica, pois não devemos esquecer que as emoções astrais significam para Ele sensações físicas, no sentido cósmico.

Na atual raça-raiz, a quinta, a meta é desenvolver a mente e consolidar o corpo mental, usando os corpos físico e astral. O que significam para o nosso Logos as experiências oriundas da atividade mental da humanidade? Não estamos nos referindo aos Iniciados que já trabalham nos planos búdico e superiores, uma vez que esses já estão acima da humanidade comum. As experiências mentais da humanidade via SANAT KUMARA representam para o nosso Logos sensações físicas cósmicas mais refinadas e superiores, o que analogicamente equivale à fase em que o homem começa a purificar seu corpo físico denso, uma vez que o plano mental do sistema é o subplano gasoso no corpo físico cósmico do nosso Logos. Assim, seguindo um raciocínio baseado na equivalência entre os planos físicos do sistema e os subplanos do físico cósmico, fizemos deduções com referência ao que ocorre no psiquismo do nosso Logos.

Na sexta raça-raiz, por vir, a meta será a mente abstrata. Através das experiências dessa raça o Logos começará a vivenciar experiências físicas na matéria etérica de seu corpo cósmico. Sabemos que o corpo mental abstrato ou causal é o suporte para o desenvolvimento das propriedades do corpo búdico. Com referência ao corpo búdico cabe aqui fazer uma rápida observação. Os que seguem exclusivamente a linha do misticismo e da devoção, desdenhando a importância da mente, conseguem, desde que consigam despertar a matéria atômica de seus corpos astrais, contacto direto com os subplanos inferiores do búdico, no que chamam de êxtase ou samadi (na linguagem oriental), sem passar pelo plano mental. Esse contacto lhes dá uma sensação superior de imensa felicidade, que interpretam erroneamente como uma imersão no Infinito. Todavia esquecem que o plano búdico é o plano do Amor-Sabedoria-Razão Pura. Nesse contacto direto eles ativam apenas a componente Amor, que lhes confere a sensação de imensa felicidade e gozo, mas esquecem as componentes Sabedoria-Razão Pura, que só podem ser atingidas e ativadas, quando o contacto com o plano búdico é estabelecido pelo caminho natural e correto, que é via corpos mental inferior e causal. Lembremos que a Natureza não dá saltos. Assim, fica demonstrado por lógica qual é o caminho certo e rápido, que o Senhor BUDA tanto recomendou e recomenda para a humanidade, o caminho do verdadeiro conhecimento. Todos os místicos e devotos, que só cuidaram desse lado, terão de voltar a encarnar para desenvolver a mente através do cérebro físico.

Na sétima raça-raiz, a última do nosso período global, a humanidade irá desenvolver a intuição e outros atributos do corpo búdico, através do cérebro físico. O nosso Logos irá então vivenciar experiências por meio da humanidade através da matéria etérica do seu corpo físico cósmico, as quais significarão para Ele sensações físicas superiores e o rompimento da separação entre seus corpos astral e físico cósmicos, à semelhança do que ocorre com o homem, quando ele ativa a matéria etérica (quarto éter) de seu corpo etérico.

Percebemos assim, com clareza e com lógica, através das equivalências, o quanto podemos fazer pelo nosso Logos Planetário. É óbvio que, devido à realimentação positiva existente nesse processo, a nossa evolução será enormemente acelerada. Expliquemos melhor essa realimentação positiva. Pelo nosso esforço em evoluir, seremos melhores e mais eficientes células no corpo do Logos, advindo então "melhor saúde física" e disposição para Ele. Consequentemente Ele irá progredir mais depressa, despertando mais energia e qualidades. Essa maior energia e esse acréscimo de qualidades irão atuar em nós, dando-nos mais disposição para evoluir e assim esse ciclo de realimentação prossegue, com benefícios para os dois, nós e o Logos.

Através dessa reflexões, concluímos que os ciclos se interferem, tendo significados diferentes para o microcosmo e o Macrocosmo, porém análogos. Assim, com mais reflexões, poderemos conseguir muito mais informações, profundas e importantíssimas, para o nosso progresso

Iremos finalizar esse assunto (o Trabalho dos Entes Atômicos) no próximo estudo.

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Estudo 098

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - IX - O Trabalho dos Entes Atômicos - Final (Páginas 267 e 268)

Encerraremos nossas considerações sobre o trabalho dos Entes Atômicos, vistos como componentes ou células de Entidades Maiores. Tudo o que acabamos de estudar e analisar refere-se à área psíquica ou à Alma, no sentido de consciência e da paulatina expansão do conhecimento dessa Alma, que constitui célula de um Homem Celestial. É importante lembrar que a semelhança entre a atividade e a evolução do homem e dos Logoi Planetários não pode ser interpretada ao pé da letra nem ser levada aos extremos, muito embora todos esses Seres Cósmicos se reflitam no homem. Temos de considerar não só a diferença de amplitude, como também os processos empregados. Um Logos Planetário utiliza os homens como células em seu organismo físico cósmico, mas Ele tem a sua atividade emocional em nível cósmico, como a mental cósmica, as quais não são alcançadas pela humanidade comum. Essas grandes diferenças devem ser levadas em conta com muita atenção, sob o perigo de serem feitas conclusões grosseiras e até ridículas. Nunca é demais enfatizar que a analogia existe entre funções e não entre processos detalhados. Os problemas enfrentados pelos Homens Celestiais não são os mesmos dos homens.

O homem luta para ser um perfeito filho da Mente ou Manasaputra perfeito, com todos os poderes da Mente plenamente ativos e assim chegar a se parecer com Aquele que é responsável pela sua evolução manásica. Não podemos esquecer que os homens são Mônadas centelhas da Mônada Solar, entregues à guarda de um Logos Planetário. Um Homem Celestial já desenvolveu Manas e cuida do problema de ser um Filho de Sabedoria, não apenas em potencial, mas em total atividade, cosmicamente falando. Um Logos Solar é à sua vez um Manasaputra divino e um Dragão de Sabedoria, sendo seu problema desenvolver o princípio da Vontade Cósmica, que o converterá em um "Leão de Vontade Cósmica".

Em todos esses diversos graus de manifestação divina a lei é aplicada, sempre o menor incluído no maior. Por isso é muito importante que mantenhamos o sentido de proporção, a relatividade do tempo na evolução e o posicionamento exato de cada unidade dentro de sua esfera maior, na qual está contida. Essas considerações são muito importantes e devem estar sempre presentes em nossas mentes.

Foi dito que as 777 encarnações encerram um mistério, o que provoca muitas conjecturas. Esse número é a chave dos três ciclos maiores já mencionados, não sendo um número exato de encarnações do homem. Em primeiro esse número se aplica ao nosso Logos Planetário e seu esquema e não aos demais. Cada Logos Planetário tem o seu número e o do Nosso está oculto nesses três dígitos, 777, da mesma forma que nos números 666 e 888 acham-se ocultos os enigmas de outros dois Logoi Planetários.

O número 777 é também o número de transmutações para o nosso Logos, sendo transmutar o trabalho fundamental de todos os Homens Celestiais, ou seja, Todos têm de transmutar um determinado número de vezes, o que varia. O trabalho básico do homem é adquirir e acumular, ou, em outras palavras, adquirir aquilo que deverá transmutar mais tarde. A tarefa de transmutar ou o verdadeiro ciclo de 777 começa no caminho de provação e é exatamente a atividade do nosso Homem Celestial, que está sendo conhecida e obedecida pelas células do Seu corpo, nós. Somente quando Seu corpo alcançar certo movimento vibratório, é que Ele poderá realmente influir sobre suas células individuais. A tarefa de transmutar a atividade celular começou neste planeta na última raça-raiz, a atlante, continuando todavia a divina alquimia. Ainda é pouco o progresso obtido, contudo cada célula consciente transmutada aumenta a velocidade e a exatidão do trabalho. Apenas é necessário tempo para chegar ao fim. A respeito dessa questão nasceu a lenda da Pedra Filosofal, que significa literalmente a aplicação do Cetro da Iniciação.

De fato a aplicação do Cetro da Iniciação implica na confirmação de uma transmutação feita pelo Iniciado, transmutação essa de suma importância. São sete os planos de matéria do nosso Sistema Solar e sete as Iniciações Planetárias para a conquista de todos eles, sendo a sétima a primeira solar, uma vez que com a Sétima planetária todo o plano físico cósmico fica dominado.

Mais uma vez fica bem evidente e clara a tarefa que todos temos ante nós, a qual, muito mais que tarefa, é a Glória e o verdadeiro Paraíso, de Vida mais plena, não aquele tão ridiculamente distorcido pelos religiosos que não sabem usar a mente.

No próximo estudo entraremos em explanações mais profundas sobre Manas ou Mente, de crucial relevância para a nossa evolução.

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Estudo 099

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - A Natureza de Manas ou Mente (Páginas 269, 270 e 271)

Entraremos agora numa área de suma importância para o entendimento do nosso processo evolutivo, uma vez que iremos estudar o Fogo da Mente ou Solar, sob os pontos de vista cósmico, sistêmico e humano. Até agora temos nos dedicado mais aos fogos da matéria ou por fricção na sua esfera mais densa, explicando seu propósito, origem e modo de ação. Embora de forma limitada, tratamos da consciência, quando esclarecemos o trabalho de um Logos Solar, incluindo todas as vidas manifestadas em seu corpo de expressão e chegamos à conclusão que o Seu grande trabalho é o desenvolvimento de um controle consciente e a percepção psíquica, dentro de limites definidos estabelecidos. Tendo fixadas as ideias básicas iniciais, temos agora de agrupar, para maior claridade, todo o material disponível sobre o fogo de manas, este princípio animador da própria consciência. Primeiramente faremos uma ampla exposição geral, para em seguida completar os detalhes.

As Três Manifestações de Manas

O fogo da mente analisado cosmicamente.
O fogo da mente analisado sistemicamente.
O fogo da mente analisado dentro do microcosmo ou o homem.

Com outras palavras, nosso objetivo é estudar a Mente de um Logos Solar, de um Logos Planetário e do homem. O método de estudo dessas três partes de Manas consistirá de quatro subdivisões menores, as quais podem ser expressas da seguinte maneira:

A origem da mente do cosmo, do sistema e do homem.
O lugar que corresponde à mente, no processo evolutivo, nos três casos.
O atual grau de desenvolvimento da mente em cada caso.
O futuro da mente ou do desenvolvimento de manas.

Quando tivermos entendido com clareza esses três pontos, teremos uma idéia mais nítida do propósito e lugar que cabe ao fogo da inteligência ou manas e poderemos compreender com exatidão sua função sintética correlacionadora.

Todavia, antes de desenvolver essas ideias, é necessário que definamos o que é o princípio Manas e ver o que já entendemos por tal termo.

Algumas Definições de Manas

MANAS, COMO SABEMOS, É O QUINTO PRINCÍPIO.

Vamos agora estudar certos fatores e analogias, o que será de grande valor para as nossas análises atuais.

Este quinto princípio contém a vibração básica do quinto plano, seja do ponto de vista cósmico, seja do sistema. Um determinado som da Palavra Logoica, ao chegar ao plano mental, melhor dizendo, ao atingir a matéria mental do Sistema faz essa matéria (os átomos mentais) vibrar ou oscilar de tal forma que impede sua tendência à dissipação, fazendo com que tome uma forma esférica e se transforme, literalmente, em um corpo cuja forma é mantida coerentemente por uma poderosa Entidade Dévica conhecida pelo nome de Senhor Rajas do plano mental. Um procedimento exatamente igual ocorreu na esfera cósmica, quando foi pronunciado um som ainda mais poderoso por AQUELE SOBRE QUEM NADA SE PODE DIZER, cuja enunciação gerou uma vibração no quinto plano cósmico. Então certas grandes Entidades entraram em atividade, incluindo Seres relativamente pouco importantes como nosso Logos Solar e seu grupo.

Este quinto princípio constitui a cor característica de um grupo particular de Logoi Solares no plano causal cósmico, que é formado pelos três subplanos mais sutis do mental cósmico. Além disso, é o fator animador de suas existências, a razão para que se manifestem por meio de vários sistemas solares e a grande Vontade de ser que os leva à objetividade ou manifestação.

Manas tem sido definido como mente ou a faculdade de deduzir e raciocinar de forma lógica e a atividade racional que distingue o homem do animal. Contudo, Manas é muito mais do que isso, porque subjaz em toda a manifestação. Até a forma de uma ameba ou a faculdade discriminadora de um átomo ou de uma célula no nível mais baixo de evolução, é feita por um determinado tipo de mente. Somente quando se compreender e reconhecer, dentro da sua esfera maior, o lugar que corresponde a esse átomo ou a essa célula que discriminam, obter-se-á um conceito claro do que poderá ser essa abarcadora, racional e coerente mente.

Temos que entender que daqui em diante estaremos tratando de fogo atuando na matéria mental, quer seja cósmica, quer seja sistêmica. Vimos até agora, com mais ênfase, a atuação dos fogos na matéria física, sendo menor a ênfase aplicada na sua atuação nas matérias astral e mental do sistema. Sabemos perfeitamente que quando pensamos, estando encarnados, servimo-nos do cérebro físico e seus neurônios, em toda a sua atividade elétrica e bioquímica. Para tal atividade trabalhamos mais intensamente com o fogo por fricção/elétrico (chamado reação nervosa), embora também trabalhemos com fogo por fricção/solar (prana) e fogo por fricção/por fricção (calor corpóreo). Quando desencarnados e no período de permanência na matéria astral, servimo-nos também desse mesmo fogo tríplice, havendo, é claro, ênfase do fogo por fricção/elétrico astral, na atividade de pensar. Quando chega o período de permanência na matéria mental, após o término do período astral, trabalhamos com o fogo por fricção/elétrico mental, mais intensamente que os demais fogos da matéria mental. No caso da atividade mental estando a consciência centrada no plano mental (após a morte física), há que diferenciar entre o fogo solar da Alma, gerado pela sua atividade intrínseca de pensar (o aspecto Manas da Alma) e o fogo por fricção que anima os átomos mentais e as moléculas por eles formadas. O que ocorre na realidade é que o fogo solar da Alma age no fogo da matéria mental, passando a comandá-lo. Mesmo quando encarnados fisicamente, essa ação do fogo solar da Alma continua existindo e, pelo processo de penetração de átomos energizados dentro de átomos mais densos, ocorre a transferência de energia plano a plano. É óbvio que essa atuação do fogo solar da Alma sobre os fogos mais densos depende do nível de evolução da Alma. Exemplificando, a Alma de um Iniciado com a terceira Iniciação tem muito mais poder de atuação através de seu fogo solar, que a de um homem comum. A mesma coisa ocorre quando o fogo elétrico tríplice da Mônada inicia sua atuação mais efetiva sobre o fogo solar da Alma e daí sobre os fogos inferiores. Nesse caso o efeito é muito maior e visível.

É muito importante que esses conceitos fiquem bem claros na mente, para o entendimento do que será explanado a seguir, em termos de eletricidade. No próximo estudo será veremos que Manas é eletricidade.

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Estudo 100

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é Eletricidade (Páginas 271, 272 e 273)

Entraremos num assunto muitíssimo importante, que o Mestre Tibetano não se cansa de enfatizar. Pelo simples raciocínio de que um grande Mestre como Ele, um Cientista real e efetivamente Sábio, Cientista atuando na área extrassistêmica, ter dedicado seu precioso tempo a nos dar esses conhecimentos valiosíssimos, podemos deduzir com plena certeza de que são de fato conhecimentos de suma importância, não só para o nosso entendimento dos processos envolvidos em nossa evolução e ascensão, como, pela aplicação deles, para acelerarmos essa evolução e, assim, podermos o mais rápido possível (dependendo é claro de cada um) nos tornar trabalhadores realmente eficientes no corpo do nosso amado Logos Planetário, contribuindo para a Sua Evolução.

Antes de prosseguirmos, faremos uma breve exposição sobre um fato relacionado com a polarização do UNO ABSOLUTO INFINITO. Como já foi dito no início de nossos estudos, só existe realmente ELE, sendo tudo mais estados de ser ou ideias DELE. Espírito e matéria são portanto ideias dentro DELE. Para efeito didático, conceituemos a primeira diferenciação DELE em Mônada ou Espírito e Matéria. Pelos conhecimentos que temos do processo de construção dos átomos de um plano pela associação de átomos do plano imediatamente menos denso, por exemplo, os átomos físicos são formados de átomos astrais, os astrais de átomos mentais e assim sucessivamente, podemos deduzir que a primeira divisão do UNO ABSOLUTO INFINITO (sem perder Sua unidade) constituiu-se de uma Mônada imensamente grande e de átomos de uma pequenez inimaginável. A medida que essa Mônada inicial ia se fragmentando em Mônadas menores dentro de si, os átomos por Elas construídos eram formados pela associação de átomos iniciais, ficando portanto com tamanho maior. Seguindo esse raciocínio, concluímos que para as Mônadas mais elevadas e maiores, a matéria por Ela utilizada é de tamanho cada vez menor e por isso menos densa e mais dinâmica. Com isso vemos de forma bem clara o conceito do infinitamente pequeno em termos de matéria ligado ao conceito do infinitamente grande em termos de Mônada ou Espírito. Vemos também o conceito do infinitamente pequeno ligado ao conceito do infinitamente dinâmico, o que é coerente e lógico com a conexão entre o infinitamente dinâmico e a Mônada infinitamente grande. Na ciência humana lidamos com valores muito pequenos, como, por exemplo, a constante de Planck (a energia mínima de um fóton), cujo valor é: 6,63 x 10 elevado a -34 J.s, que é igual ao número: 0,000.....(trinta zeros)663. Um outro exemplo: o número 3,34 x 10 elevado a -1000 seria igual a:

0,(999 zeros)334

Pelo conceito matemático do conjunto dos números reais, sabemos que ele vai de - infinito a +infinito, existindo portanto comprimentos infinitamente pequenos e infinitamente grandes. Esses conceitos abstratos são muito úteis para a compreensão dos conceitos esotéricos expostos no livro do Mestre.

Após essa pequena digressão, passemos ao tema em pauta. O fogo da mente é fundamentalmente eletricidade, manifestando-se em suas atividades superiores e não uma força da matéria densa. Com essas palavras o Mestre deixa bem claro que a principal força motriz do plano mental é a componente elétrica do fogo tríplice, embora as outras duas componentes também atuem (fogo solar e fogo por fricção).

Em se tratando dos 7 planos do nosso Sistema Solar (em conjunto o corpo físico cósmico do nosso Logos Solar), temos a seguinte manifestação da componente elétrica:

No plano adi, logoico ou divino, a atuação é como Vontade de Ser, a principal característica dessa força, a qual, no devido momento, gera a objetividade. Sob o ponto de vista cósmico, é o resultado do fogo elétrico do corpo causal cósmico do Logos Solar, pela atuação do fogo do Ego Solar (fogo solar tríplice em nível cósmico). Pelo processo de penetração de átomo portando o fogo dentro de átomo imediatamente mais denso, temos a seguinte trajetória: átomos mentais cósmicos penetram em átomos astrais cósmicos, que por sua vez penetram em átomos físicos cósmicos, que são os átomos adi. Assim é estabelecido o primeiro contacto do fogo mental cósmico com o subplano atômico do físico cósmico, o adi.

Quando esses átomos adi, portando fogo mental cósmico, penetram em átomos monádicos, o efeito no meio monádico é a tendência à construção de formas. Os átomos monádicos já estavam animados pelo fogo por fricção e ao serem penetrados pelo fogo mental do Ego Solar, dá-se o contacto dos dois fogos: o mental, caracteristicamente elétrico e o por fricção, isso ocorrendo na intimidade das espiras do átomo monádico. Surge a tendência para a organização de formas, o que é lógico, uma vez que o Ego Solar (o Ego da Mônada Solar) necessita de formas para viver experiências na matéria física cósmica, ou seja, Ele tem o desejo de existir nesse mundo. Por isso a Vontade ou determinação de existir do plano adi transforma-se em Desejo de existir no plano monádico. Podemos dizer o mesmo com outras palavras: a manifestação ou atuação dinâmica da vontade, que anima o fogo elétrico no plano adi, transmuta-se de manifestação dinâmica elétrica em manifestação ardente elétrica no plano monádico.

O mar de fogo elétrico (Vontade imperando) do plano adi passa a ser matéria etérica ardente (o plano monádico é o segundo éter cósmico) ou Akasha. É o plano do Sol flamejante, assim como o adi é plano das névoas de fogo ou das nebulosas (não são nebulosas no sentido da Astronomia).

No plano monádico ocorrem certos fatos, que devem ser compreendidos, embora só teoricamente, porque não há comprovação material, no sentido da Ciência humana.

São os seguintes os fatos:

Pela primeira vez vê- se e sente-se o calor ou a irradiação flamejante. Não esquecer que existe um corpo de matéria monádica, como mecanismo de relacionamento entre a unidade de consciência e o ambiente monádico.

Toma-se posse de uma forma e é iniciada a forma esférica de tudo o que existe. O corpo monádico é esférico.

Ocorre pela primeira vez a interação entre polos opostos.

É percebida a primeira diferenciação, não só na já conhecida dualidade de todas as coisas, como também no movimento e são reconhecidas duas vibrações.

Os movimentos vibratórios duais provocam nas partículas os seguintes efeitos: atração (polos opostos), repulsão (polos iguais), repulsa discriminada, assimilação coerente, manifestação de formas giratórias e caminhos em órbitas, começando a curiosa atração para o mais denso, descendente por isso para a matéria, o que resulta na própria evolução.

Adquirem expressão as 7 manifestações primárias da existência Logoica e os três inicialmente e os quatro em seguida começam o seu trabalho. Esses são os três raios de aspecto e os quatro de atributo, derivados do terceiro.

Inicia-se a atividade dos 7 chacras principais do corpo físico etérico cósmico do Logos Solar, a parte mais densa da Sombra ou Reflexo do Logos Solar, sendo essa Sombra ou Reflexo a Personalidade Logoica, que é o resultado da atuação conjunta dos seus corpos cósmicos inferiores: mental inferior, astral e físico. É percebida então a vitalidade desses chacras, o que fornece indícios a respeito do nível de evolução do Logos Solar.

O Mestre diz que tudo o que está em manifestação no plano físico cósmico é fundamentalmente eletricidade física, embora os fogos solar e por fricção também atuem, pois é pela atividade dos três que se dá a manifestação Logoica, ocorrendo algo análogo ao calor, à atividade e à irradiação vitais de um ser humano, que se desenvolvem no plano físico solar, esse em que vivemos encarnados. Sabemos que certos fenômenos elétricos caracterizam o homem, como a sua atividade cerebral e nêurica, que é animada pelo fogo reação nervosa, que é a componente elétrica do fogo por fricção da matéria.

No próximo estudo continuaremos esse assunto tão relevante.


Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos. Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.

GN

Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.

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