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CEOMT - Centro de Estudo da Obra do Mestre Tibetano


Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudos 101 a 125


Estudo 101

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é Eletricidade (Continuação) (Páginas 273,274 e 275)

Prossigamos nosso estudo servindo-nos da Lei de Analogia, essa lei que, além de expressar uma grande realidade imperante em toda a manifestação, facilita-nos muito o entendimento de toda a fenomenologia existente em nós e fora de nós. Façamos isso, seguindo os três aspectos do Logos Solar.

Primeiro temos a VITALIDADE reinante em todos os seres em manifestação, responsável pela coerência de tudo e que mantém todos os átomos formadores de um corpo, qualquer que seja seu tamanho e complexidade, girando em torno de uma Unidade de Força, origem dessa VITALIDADE. É isso que faz com que os milhões de átomos se comportem como uma UNIDADE. Devemos ter em mente que um Sistema Solar é o corpo etérico e denso de um Logos. Essa VITALIDADE é o aspecto VONTADE. Isso é Fogo elétrico/elétrico.

Em segundo lugar temos o MAGNETISMO irradiante, que caracteriza o homem e o faz duplamente ativo em relação com:

• a matéria que compõe seus corpos;
• as unidades que compõem seus corpos, em outras palavras, a capacidade atrativa. Isso é o resultado do segundo aspecto AMOR-SABEDORIA-RAZÃO PURA. Isso é Fogo elétrico/solar.

Em terceiro lugar temos a ATIVIDADE, no plano físico, que traz como consequência a devida atuação da VONTADE e do desejo da entidade imanente, que no homem é a analogia do aspecto BRAHMA (INTELIGÊNCIA ATIVA). É a concretização no plano físico do propósito da Mônada via Alma. Isso é Fogo elétrico/por fricção.

Analisemos detidamente as palavras seguintes do Mestre Tibetano, no início do último parágrafo da página 273 do Tratado sobre Fogo Cósmico: "Pode-se observar a atuação dessas três manifestações elétricas - vitalidade, magnetismo e impulso fohático -". Com essas palavras o Mestre deixa bem claro que se trata dos três modos de atuar do Fogo Elétrico, que é Vontade, o Pai, ao mesmo tempo o Criador, o Destruidor, o Conservador, o Filho e a Mãe. Qualquer que seja o tipo de matéria em que o Fogo esteja atuando e qualquer que seja o nome que a Ele se dê, sempre será Fogo Elétrico tríplice. Quando atuando na matéria mais densa, a física, esse Fogo Elétrico recebe o nome de Fogo por Fricção ou Fogo da Matéria, com os três modos de ser ou atuar: Fogo por Fricção/elétrico (fohat ou vitalidade), Fogo por Fricção/solar (prana ou magnetismo) e Fogo por Fricção/por fricção (impulso fohático, a atividade de movimento da matéria, portanto impulso derivado de fohat). É por isso que o Mestre usa a palavra ELETRICIDADE, para se referir ao Fogo atuando em qualquer tipo de matéria, aparentemente confundindo o leitor estudante, o que o Mestre faz de propósito, para estimular o raciocínio do leitor. Os nomes dados aos Fogos, quando atuam nos diversos tipos de matéria (divina ou adi, monádica, átmica, búdica, mental, astral e física) variam em função da qualidade (Raio), à qual a matéria responde com maior intensidade, porém sempre será Fogo Elétrico tríplice, ou seja, Vontade manifestando-se de três maneiras. É muito importante que isso fique bem claro nas mentes de todos, para evitar confusões no futuro. Assim fica bem comprovado e nítido que sempre será VONTADE ou FOGO ELÉTRICO. Mesmo no homem astralino, ou seja, dominado pelos seus desejos, quando ele cede a eles, é a sua vontade, dominada por agentes externos, que atua, também de forma tríplice. A meta é a vontade passar a ser VONTADE, o que significa livrar-se do domínio dos agentes externos e tornar-se ELA PURA E INDEPENDENTE.

Essas três manifestações elétricas ocorrem com o homem, com um Logos Planetário e com um Logos Solar. São exteriorizações objetivas oriundas da Alma ou natureza psíquica. Exemplificando essas palavras, podemos chamá-las, quando se trata do Logos Solar, de qualidades: Vontade, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa. Com base no que acaba de ser dito, podemos concluir que os três planos superiores (os três primeiros éteres cósmicos): adi ou divino ou logoico, monádico e átmico ou espiritual, são de grande importância, porque deles derivam os quatro secundários, o que, em outras palavras, significa que os três primeiros planos personificam literalmente as três Entidades conhecidas como: Mahadeva (VONTADE), Vishnu (AMOR-SABEDORIA-RAZÃO PURA) e Brahma (INTELIGÊNCIA ATIVA). Semelhantemente os três encontram sua expressão mais densa nos três primeiros éteres físicos. Os quatro inferiores (búdico, mental, astral e físico) manifestam-se no curso da evolução, porém oportunamente sintetizam-se nos três superiores (como ocorre com o homem no processo iniciático). Devemos ter sempre em mente que nos sete subplanos de um plano solar, por exemplo o plano astral, ocorrem fenômenos e processos análogos aos ocorridos nos planos superiores, em decorrência da ação do FOGO ELÉTRICO, ou seja, desenvolvem-se fenômenos elétricos sob três modalidades, variando, é claro, segundo a natureza da matéria do plano.

Pode-se perceber isso mais facilmente no plano mental, ao se analisar o processo do homem no plano causal, melhor dizendo, do homem como Alma, vivendo em relação com a matéria do plano mental superior ou causal, que é constituído pelos três subplanos superiores do plano mental. É aceito teoricamente que o corpo causal (o Loto Egoico) absorve todas as faculdades e nele é interrompida toda a objetividade obrigatória nos três mundos ou planos inferiores (mental, astral e física), quando se encerra o período sintetizador. Nos outros planos isso não é tão evidente. No plano búdico, os Construtores no arco evolutivo ou grande parte da Evolução Dévica estão submetidos a uma síntese paralela. No plano físico ocorre uma misteriosa síntese com o "Espírito da Terra" e os três éteres físicos superiores relacionam-se com ele de uma forma ainda muito pouco compreendida.

Tudo o que acima foi dito pode ser resumido da seguinte maneira:

Primeiro - o equilíbrio dos fenômenos elétricos ou a consecução da síntese, quanto ao homem, efetua-se no três subplanos superiores do plano mental, ou seja, o causal.

Segundo - algo similar, quanto ao Homem Celestial, desenvolve-se nos três subplanos superiores do plano monádico. Num sentido mais amplo, podemos dizer que essa síntese é do que foi conquistado nos planos mental, búdico e átmico, que são os três éteres inferiores do corpo físico cósmico do Logos Planetário, da mesma forma que o homem sintetiza no Loto Egoico (no plano causal) o que conquistou nos planos físico, astral e mental. Atentem para uma diferença muito importante: o homem sintetiza como Alma, portanto sua parte mais espiritual, enquanto o Logos sintetiza como corpo físico, cósmico, mas corpo físico. Essa diferença mostra o desnível de amplitude entre o homem e o Logos Planetário e também contribui para indicar a nossa posição em seu Corpo físico.

Terceiro - para um Logos Solar (dentro do Sistema Solar e não considerando sua síntese cósmica), a absorção ou síntese ou abstração (sinônimos) tem lugar nos três subplanos superiores do plano logoico. O mesmo se dá com os três Logoi, aquelas Entidades Cósmicas que personificam os três aspectos do Logos Solar nos planos logoico, monádico e átmico. Também para Eles, essa abstração é com referência a seus corpos físicos cósmicos.

Deve estar sempre presente em nossas mentes que estamos tratando com matéria elétrica, consequentemente com matéria etérica cósmica. A expressão matéria elétrica quer dizer a matéria que é portadora dos fogos, pois, como sabemos, os fogos são transportados por átomos (portanto matéria etérica), que associados formam as moléculas mais densas, sendo por isso que o Mestre diz que toda a matéria no sistema é necessariamente etérica. Consequentemente, como os sete planos do Sistema Solar, esses nos quais evoluímos, estando no momento no físico do sistema, constituem em conjunto o plano físico cósmico, podemos afirmar que todos os fenômenos neles ocorridos são físicos. Isto é mais uma prova de que aquilo que muitos pensam ser subjetivo, na realidade sob o ponto de vista da Mônada é objetivo, material e físico, quando encaramos as diversas matérias dos planos.

No tempo e no espaço lidamos com unidades de polaridade diferente, as quais, durante o processo evolutivo, buscam a união, a igualdade, o equilíbrio ou síntese, até que finalmente o conseguem. Um exemplo dessa polaridade é a existência do elétron e do positron, de mesma massa e polaridade oposta, sendo essa polaridade aceita pela Física moderna, no conceito de matéria e antimatéria. Na chamada tomografia por emissão de positron (PET), utilizada nas clínicas de imagem, temos a utilização prática de conceitos da Física, que corroboram os ensinamentos da Ciência Sagrada. Esta interação elétrica entre duas unidades portadoras de energia gera o que chamamos luz (em seu sentido muito mais amplo) e como consequência a objetividade, manifestação ou exteriorização. No decorrer da evolução isto se manifesta como calor e interação magnética e é a fonte de todo crescimento vital. Quando a meta objetivada é alcançada, a união ou unificação, duas coisas ocorrem:

• Primeiro, a aproximação ou fusão dos dois polos ou um resplendor ou luz radiante.
• Segundo, o obscurecimento ou a desintegração final da matéria, devido ao intenso calor.

Temos um exemplo disso no fenômeno físico do relâmpago ou raio. A forte luz emitida ocorre quando a carga elétrica transportada pelas partículas que descem da nuvem encontram-se com as partículas que sobem do solo. Sob o ponto de vista da Ciência Sagrada, os átomos físicos positivos (ou masculinos) portadores de eletricidade solar (de uma só polaridade) unem-se aos átomos físicos negativos (ou femininos, os elétrons, também de uma só polaridade). Observa-se isso quanto ao homem, a um Logos Planetário, a um Logos Solar e aos seus corpos de manifestação. Quando o homem alcança esta união ocorrem os três tipos diferentes de fenômenos elétricos, quando então a luz resplandece, irradiando sobre o corpo causal (Loto Egoico) e iluminando o sutratma ou cordão (textualmente o Caminho), que conecta o corpo causal com o cérebro físico. Em seguida produz-se a desintegração ou destruição, o corpo causal se desvanece como uma labareda de fogo elétrico e o homem verdadeiro ou eu é abstraído dos três corpos do mundo. O mesmo ocorre com o corpo de um Homem Celestial, um esquema planetário, como também com o corpo do Logos Solar, um sistema solar. Essa desintegração do Loto Egoico ocorre na quarta Iniciação Planetária, a segunda solar, a da Renúncia, que implica no domínio do corpo búdico e da matéria búdica.

Temos muito material para refletir, conjugar com outras informações e tirar conclusões, para aplicação no dia a dia. Só assim conseguiremos evoluir e sair da escravidão da matéria, conseguindo a vida mais plena, anunciada pelo Sr. CRISTO.

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Estudo 102

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é Eletricidade (Continuação) (Páginas 275, 276 e 277)

Anteriormente explicamos superficialmente a atuação da eletricidade (fogo elétrico) na matéria, provocando sua atividade. Agora, nessa segunda parte, estamos tratando da atuação da eletricidade nas formas, como magnetismo, não exatamente o magnetismo estudado na Física, o qual é um caso particular (fogo elétrico/por fricção/solar), mas aquilo que mantém a coesão das partes componentes da forma, físicas, astrais, mentais etc. Esses conceitos são difíceis de expor, pela falta de palavras apropriadas. Por isso no momento trataremos apenas das ideias principais que envolvem o assunto.

Assim, temos:

1. Eletricidade na matéria: manifesta-se como atividade tríplice da matéria: fogo elétrico/por fricção tríplice.
2. Eletricidade na forma: manifesta-se como magnetismo, que produz coesão: fogo elétrico/solar tríplice.
3. Eletricidade na existência: manifesta-se como vitalidade: fogo elétrico/elétrico tríplice.

Isso é literalmente, como diz Helena Petrovna Blavatsky, o fogo elétrico tríplice:

Fogo elétrico/por fricção: eletricidade animando os átomos da matéria ou a substância do Sistema Solar e produz:

• A forma esférica de toda manifestação.
• O calor inato de todas as esferas.
• A diferenciação dos átomos entre si.

Fogo elétrico/solar: eletricidade animando as formas ou aglomerados de átomos, resultando em:

• Os grupos coerentes.
• A irradiação de todos os grupos ou a interação magnética de tais grupos.
• A síntese da forma, ou seja, ser um organismo.

Fogo elétrico/elétrico: eletricidade manifestando-se como vitalidade ou vontade de ser de alguma Entidade e se expressa como:

• Ser abstrato.
• Obscuridade, no sentido de desintegração, após ser cumprida a missão da forma.
• Unidade.

Vimos anteriormente que a manifestação elétrica no primeiro plano, adi ou divino ou logoico, provocou a vibração inicial e, no segundo, o monádico, sua atividade produziu a forma arquetípica de toda manifestação, desde um Deus até o homem e o átomo.

No terceiro plano, átmico ou espiritual, primordialmente o plano de Brahma (Atividade Inteligente), esta força elétrica manifestou-se como propósito inteligente. A vontade de ser e a forma desejada estão correlacionadas com o propósito inteligente que subjaz em tudo. Esse propósito inteligente ou vontade ativa, servindo-se de um instrumento, leva-nos ao mais difícil dos problemas metafísicos, a diferença entre vontade e desejo. É impossível esclarecer esse tema tão delicado, exceto dizer que tanto na vontade como no desejo, o fator fundamental é a inteligência ou manas e isso deve ser reconhecido. O princípio compenetrante de manas - que colore os aspectos vontade e desejo - gera grande confusão entre os estudantes. Obter-se-á um pensamento claro somente quando se compreender que:

Primeiro, toda manifestação emana ou é eletrificada desde o plano mental cósmico, o que é óbvio, uma vez que o Logo Solar planeja seu Sistema Solar utilizando-se de seu corpo Mental Cósmico, que é feito de matéria mental cósmica, assim como nós, seres humanos, temos o modelo do nosso corpo físico em matéria mental do sistema.

Segundo, a Mente Universal ou o Pensador Divino é o Princípio Inteligente que se dá a conhecer como "Vontade de Ser", Desejo ou "Amor de Ser" e esse propósito inteligente ativo que anima o Sistema Solar.

Terceiro, Mahadeva ou Vontade Divina, Vishnu, o aspecto Sabedoria ou o manifestado "Filho da necessidade" e Brahma ou propósito ativo, são a soma total da consciência inteligente e (para a Entidade cósmica em manifestação) o que os corpos mental, astral e físico são para o homem - o pensador nos três mundos - que atua no corpo causal. Isso significa que existe um Ego ou Alma Solar, que expressa os três aspectos divinos nos corpos cósmicos abaixo do causal cósmico, incluindo o físico cósmico, nossos sete planos, do adi até o físico. São essas diferenças de manifestação devidas aos três aspectos que devem ser consideradas, quando analisamos a fenomenologia existente no universo ao nosso alcance. Não devemos esquecer que o corpo causal encerra a Tríade inferior, composta da unidade mental permanente, do átomo astral permanente e do átomo físico permanente, que personificam o princípio inteligência (o aspecto vontade para os planos inferiores), o desejo (o aspecto amor inferior) e a objetividade física, respectivamente. Nunca é demais realçar a analogia existente entre o tríplice Logos e o tríplice homem e, quando se medita sobre a semelhança existente entre ambos, adquire-se nitidez de pensamento e de conceito. O homem é uma unidade que funciona como tal no corpo causal e uma triplicidade que atua regida pelo aspecto vontade, o corpo mental, onde a vontade se expressa para os corpos inferiores, governada pelo aspecto desejo ou amor, o corpo astral, controlada pelo aspecto atividade, o corpo físico. O Ego, no corpo causal, eletrifica ou vitaliza os três corpos ou aspectos, unificando-os em um e produzindo - por meio da inteligência que Ele é em essência - coerência na ação, simultaneidade de propósito e esforço sintético.

Finalmente, é evidente que, estudado desde qualquer ponto de vista, o tríplice Logos ou seu reflexo, o homem, usando o princípio manásico, converte inteligentemente a matéria em forma, quando reúne os átomos e moléculas para construir seus corpos e utiliza-os para cumprir a vontade, o desejo e o propósito da existência imanente. Poderemos observar que este princípio subjaz nos três aspectos.

É desnecessário citar aqui as distintas triplicidades que se podem formar sobre a ideia básica de Espírito e matéria, ligados pela Inteligência. Já fizemos isso inúmeras vezes. Estamos interessados agora em enfatizar que a INTELIGÊNCIA é a qualidade principal do Logos. Manifesta-se como vontade, desejo sabedoria e atividade e a razão disso está no trabalho realizado anteriormente pela Entidade Cósmica, abrangendo os ciclos de um passado remoto, incluindo do ângulo do nosso Logos Solar (o Sistema Solar anterior ao atual, quando Ele desenvolveu o aspecto INTELIGÊNCIA).

Manas (ou mente) desenvolvido constitui o propósito inteligente que está efetuando a unificação em cada plano do Sistema Solar, juntamente com os subplanos. Oportunamente conseguirá a síntese de todos os planos, colocando o plano físico cósmico, melhor dizendo, o corpo físico cósmico do Logos Solar, como um todo unificado, sob o controle total dessa Entidade cósmica (o Logos Solar), que cuida de expressar-se por meio dessa tríplice manifestação chamada Sistema Solar ou corpo físico logoico. Enfatizamos a diferença entre o plano físico cósmico e o corpo físico cósmico do Logos Solar, porque existe realmente um plano físico cósmico fora do corpo físico cósmico do Logos Solar, no qual Ele vive fisicamente. Da mesma forma com que o homem tem seu corpo físico e vive num meio físico, o mesmo ocorre com o Logos Solar. Para o homem, que vive dentro do corpo físico do Logos, esse corpo é efetivamente seu plano físico cósmico, todavia os Iniciados de graus elevados conseguem evadir-se desse corpo físico cósmico e movimentam-se livremente no verdadeiro plano físico cósmico. É muito importante que essa diferença fique bem nítida e clara nas mentes de todos. Reflitam profundamente sobre isso, pois os resultados serão muito benéficos, no sentido de clarear bastante a visão do que temos pela frente, em termos de conquistas, responsabilidades, atividades, plenitude de vida e penetração na Consciência do Logos Solar.

No próximo estudo continuaremos com a exposição do que ocorre no terceiro plano do sistema, o átmico ou espiritual, o plano de Brahma, Inteligência Ativa, o terceiro Logos, em termos de atividade elétrica.

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Estudo 103

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. - Manas é eletricidade (Continuação) (Páginas 277, 278 e 279)

Continuemos nosso estudo sobre a atuação do terceiro aspecto do Logos Solar em seu sistema, em seu plano específico, o terceiro, o átmico ou espiritual. Sua ação resulta em atividade coerente. Essa atividade coerente está presente não só no sistema, mas também no planeta e no campo de atuação da Mônada. Em outras palavras, o que o Logos Solar faz, suas células (os Logoi Planetários em nível mais elevado e as Mônadas em nível mais baixo) repetem. Como tudo é tríplice, temos em tudo isso a tríplice vibração de espírito-matéria-inteligência, soando como a tríplice Palavra Sagrada, que é eletricidade gerando som.

Em consequência temos uma interessante sequência ou inversão, segundo o ponto de vista, envolvendo os planos como os conhecemos:

Eletricidade provocando impulso vibratório ou oscilatório. É a segregação ou acumulação de matéria em um espaço definido e limitado (os limites do corpo físico cósmico do Logos Solar ou seu Sistema Físico Cósmico completo), para que ela entre em atividade de forma planejada dentro desse "círculo não se passa" solar. Isso ocorre no plano adi. É a primeira letra da Palavra Sagrada.

Eletricidade gerando luz. É a objetividade das esferas, os átomos, inicialmente. Dá-se no plano monádico, na primeira manifestação das formas, pois o monádico é o plano da Lei de Coesão, sendo o nascimento do Filho. É a segunda letra da Palavra Sagrada.

Eletricidade como som. Ocorre no terceiro plano, o átmico. Sabemos que o som é uma sucessão de concentrações ou condensações e dilatações ou rarefações. Nas fases de concentrações ou condensações ocorre o aglutinamento de átomos e partículas, formando aglomerados mais densos de moléculas. Existe atualmente uma teoria física sobre a formação do universo, baseada nesse conceito. É a terceira letra da Palavra Sagrada. Todavia essa terceira letra também é tríplice.

Parece que há uma contradição no que acabamos de expor, embora seja apenas aparente. Na realidade, no plano adi é iniciada a Palavra Criadora. No monádico vem a segunda letra ou fase, quando é estabelecido o processo de relacionamento entre as formas, pela luz. De fato a luz relaciona.

No terceiro plano temos a terceira letra ou fase, que marca o início da concreção ou densificação, sendo o som propriamente dito, que para o físico é uma onda mecânica.

No quarto plano, o búdico, a ação elétrica, que provocou o som no átmico, pelo impulso que obrigou os átomos a oscilarem segundo ondas análogas às mecânicas da física, provoca o aparecimento de um atributo chamado cor.

Nesses quatro enunciados temos os quatro conceitos fundamentais de toda a manifestação, ou seja, o quaternário logoico. Todos os quatro têm uma origem elétrica (vontade). São na realidade uma diferenciação, provocada pela força que vem do plano mental cósmico, onde está sediado o Ego Logoico, força essa que assume forma, com um propósito inteligente, no plano físico cósmico.

O Ego humano (manifestação no plano mental do sistema do homem verdadeiro, a Mônada) repete esse mesmo processo em uma escala muito minúscula, limitando-se aos três planos (mental, astral e físico) e chegando à objetividade no físico do sistema ou solar.

Isso será comprovado futuramente, quando a ciência compreender a verdade de que:

1. Todos os fenômenos físicos, conforme entendemos a expressão, têm uma origem elétrica e uma vibração inicial no primeiro subplano físico do sistema, o atômico.
2. A luz, no plano físico, está intimamente ligada ao segundo subplano, o segundo éter (o subatômico) e utiliza-o como meio de propagação.
3. O som atua através do terceiro éter.
4. A cor (diferenciação da luz chamada branca), em um sentido peculiar, está ligada ao quarto éter.

É oportuno aqui lembrar que o sentido da audição precedeu ao da visão, pois a primeira raça-raiz (a Adâmica) só possuía a audição, tendo a visão surgido na terceira raça-raiz (a Lemuriana), da mesma forma que o som antecedeu à cor.

Observamos aqui uma interessante analogia entre o quarto éter cósmico (o plano búdico) e o quarto éter do físico solar. Ambos estão em via de se tornarem exotéricos, um desde o ponto de vista do homem nos três mundos e o outro desde o ponto de vista do Homem Celestial. Os cientistas já estão investigando o quarto éter e grande parte do que postulam sobre o éter, o átomo, o rádio e as partículas subatômicas, tem a ver com o quarto éter. Com o tempo encontrarão a sua fórmula científica ou a equação que descreverá matematicamente o quarto éter. Algumas de suas propriedades, o conhecimento referente a seu campo de influência e sua utilização prática serão do conhecimento do homem. Paralelamente a isso, o plano búdico, o plano do princípio crístico, está sendo conhecido gradualmente por esses seres avançados, que individualmente são capazes de reconhecer o lugar que lhes corresponde no corpo de um Logos de um esquema planetário. Esses seres são os Iniciados Planetários.

A influência do plano búdico e a característica peculiar da força elétrica começam a se fazerem sentir e sua energia começa também a produzir um efeito definido no corpo egoico do homem. O quarto éter do plano físico do sistema está assumindo analogamente o lugar que lhe corresponde na mente dos homens e a força elétrica desse subplano está sendo adaptada e utilizada pelo homem nas artes mecânicas, nos meios de transporte, na iluminação e na cura.

Quando o livro Tratado sobre Fogo Cósmico foi escrito (1925), a ciência não estava tão avançada como hoje. Atualmente estamos vendo como eram verdadeiras as palavras do Mestre Tibetano. Ficaria muito extenso descrever todos os avanços científicos, bastando citar um, a PET (tomografia por emissão de pósitron), de largo uso nas clínicas de imagem, que se serve do pósitron, a partícula subatômica, par elétrico positivo do elétron, para visualizar o interior do corpo humano. Esse é um exemplo claro da penetração do homem no campo etérico.

É muito oportuno lembrar nesse estudo da eletricidade como manas, que o fogo elétrico é efeito da Vontade, melhor dizendo, é Vontade agindo sobre a matéria, qualquer que seja. Como é no plano mental que a Vontade do Ego ou Alma se manifesta, devemos ter a Vontade sempre atenta e pronta para agir e não permitir que os corpos astral (emoções) e físico (sensações) assumam o comando.

Continuaremos no próximo estudo.

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Estudo 104

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é Eletricidade (Continuação) (Páginas 279 e 280)

As quatro aplicações da eletricidade para uso mecânico, transporte, iluminação e cura na matéria física são semelhantes à sua aplicação na matéria búdica.

Uma pergunta aqui é bem oportuna: porquê se diz que a cor é a manifestação búdica da eletricidade? A palavra cor é aqui empregada em seu sentido básico e original, como "aquilo que oculta". A cor oculta (é consequência) a sétupla diferenciação da manifestação logoica e, desde o ponto de vista do homem nos três mundos inferiores, pode ser entendida em seu pleno significado unicamente no plano búdico. É óbvio que toda manifestação elétrica e ígnea contém as sete cores (sete frequências diferentes). Há outra analogia entre o quarto éter cósmico (a matéria búdica) e o quarto éter físico, no fato de que é em ambos que é realizado o trabalho principal dos Grandes Construtores. Tenhamos em conta que Eles constroem em matéria etérica cósmica (búdica) o corpo verdadeiro do Logos. O corpo denso (as matérias mental, astral e física) não constitui o resultado do seu trabalho, sendo apenas a união das sete correntes de força ou eletricidade, a qual produz a aparente congestão de matéria denominada planos físicos densos (mental, astral e físico, os três planos inferiores). Além de tudo isso, essa aparente congestão somente constitui a excessiva atividade eletrônica ou a energia do conjunto de átomos negativos, que esperam o estímulo cujo resultado será a aparição de certo número de átomos positivos. Isso deve ser levado em conta.

O processo de evolução tem duas fases:

INVOLUÇÃO, na qual preponderam os elétrons (negativos) da matéria. O percentual desses elétrons (femininos) é um dos segredos da Iniciação, sendo tão grande nessa fase de involução que é perfeitamente observável a escassez de átomos positivos, tanto que esses apenas mantêm a coerência do conjunto.

EVOLUÇÃO, quando os átomos femininos (os elétrons), devido à ação de MANAS, são estimulados e, ou desaparecem no depósito elétrico central, ou fundem-se com seu polo oposto (os átomos positivos) e, consequentemente, desaparecem novamente.

Analisemos essas palavras do Mestre Tibetano à luz da Física moderna. Ele fala de elétrons femininos e átomos positivos, com os quais os elétrons se fundem. Diz ainda que na fase de involução os elétrons femininos são muito mais abundantes que os átomos positivos, apenas mantendo a coerência do conjunto. Por outro lado a Física diz que o elétron, de carga negativa, tem um companheiro chamado pósitron, de carga positiva e mesma massa. Nos aceleradores lineares, já foi demonstrado nas câmaras de bolhas o nascimento do par elétron/pósitron, com rotações inversas, partindo de uma partícula única, como também seu desaparecimento. Temos atualmente, conforme já falamos, a utilização do pósitron nas clínicas de imagem, na chamada PET (tomografia por emissão de pósitron). Sabemos ainda pela Física que os elétrons são abundantes na natureza terrestre, sendo a Terra considerada um grande depósito de elétrons. Pelo comportamento elétrico peculiar dos raios atmosféricos, podemos deduzir que a eletricidade deles é transportada por pósitrons, sendo ainda eletricidade de origem solar (de uma só polaridade, positiva, conforme diz o Mestre). Conjugando as informações do Mestre com as da Física, podemos concluir que os pósitrons são os átomos físicos masculinos ou positivos e os elétrons são os átomos femininos ou negativos.

Observamos ainda, pelas palavras do Mestre, que existe um depósito universal, no qual ficam os elétrons, após a devida estimulação por MANAS e os pares elétron/pósitron. Podemos também deduzir que nesse depósito universal ficam os pósitrons (átomos físicos masculinos ou positivos). Uma outra conclusão que podemos tirar das informações do Mestre é que o depósito universal é o Sol. Como conclusão final dessa linha de raciocínio, podemos afirmar que o Mestre é perfeita e logicamente coerente com a Física, tendo o mérito de se ter antecipado em muitos anos às descobertas dos Físicos, uma vez que o Tratado sobre Fogo Cósmico foi trazido ao público em 1925.

Após essas importantes deduções, continuemos com o estudo. A fase de evolução resulta em:

Síntese e Homogeneidade

Sutileza, ao invés da densidade da matéria. O quarto éter cósmico, o búdico, é o plano do ar e também o plano de absorção dos três mundos inferiores. Essa utilização da matéria densa (tal como é atualmente conhecida por nós) quer dizer simplesmente que, no término do processo evolutivo, ela terá sido transmutada e, desde nosso ponto de vista, praticamente não existirá. Tudo o que sobrará serão os átomos positivos (os pósitrons) ou certos vórtices de força que - tendo absorvido os átomos negativos (os elétrons, formando os pares elétron/pósitron) - manifestar-se-ão como fenômenos elétricos, de uma forma inconcebível para o homem, na sua atual etapa de conhecimento. Esses vórtices caracterizam-se por:

Intensa atividade vibratória.
Predominância de certa cor ou frequência, segundo a qualidade da manifestação etérica e sua origem.
Rechaço de todos os corpos que possuem um grau semelhante de vibração e polaridade. Sua qualidade atrativa cessará ao finalizar-se a evolução, porquê nada restará para ser atraído.

Vejamos a seguir as palavras textuais do Mestre e procuremos em seguida esclarecê-las.

Os vórtices de cada esquema planetário durante a evolução serão sete. Mais tarde, durante o período de obscurecimento, três dos vórtices aproximar-se-ão de seu pólo masculino e com o tempo somente ficará um. Um processo semelhante pode-se observar no homem, em relação a seus sete centros, no processo de Iniciação. Primeiro são sete centros, logo três absorvem os quatro inferiores por meio da interação elétrica. Consideramos aqui o tema de acordo com o ponto de vista deste estudo. Finalmente fica unicamente o centro coronário, por ser o polo positivo dos outros.

Esclareçamos essas palavras, de acordo com a nossa interpretação. Inicialmente temos átomos, que são vórtices, masculinos ou positivos e femininos ou negativos, dos sete raios, totalizando quatorze tipos de átomos. Com a evolução, ocorre a fusão dos átomos masculinos e femininos, para cada raio, ficando sete tipos de vórtices neutros, um para cada raio. Com a continuação do processo evolutivo, os vórtices do sétimo raio são absorvidos (temos de mais tarde entender na prática como se dá essa absorção) pelos vórtices do sexto raio, os quais serão absorvidos pelos vórtices do quinto, que por sua vez serão absorvidos pelos vórtices do quarto raio, para em seguida realizar-se a absorção deles pelos vórtices do terceiro raio, em seguida pelos do segundo raio e finalmente, no período de obscurecimento, encerrar-se o processo pela absorção pelos vórtices do primeiro raio, ficando apenas um tipo, sintetizador das qualidades de todos os outros. Aplicamos aqui a lei de Analogia.

Por ser um assunto bastante complexo e abstrato, encerramos aqui nosso estudo de hoje, para que todos possam refletir profundamente, esforçando-se para visualizar o que ocorre, pois só assim chegaremos ao claro entendimento.

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Estudo 105

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é Eletricidade (Comentários sobre alguns tópicos do estudo anterior)

Antes de prosseguirmos com o estudo do Tratado, vamos fazer algumas considerações sobre o que Mestre diz sobre a utilização da força elétrica do quarto sub-plano físico, o etérico, na mecânica, no transporte, na iluminação e na cura. Primeiramente, esse avanço atual na tecnologia, em conseqüência das descobertas da Física e suas ciências correlatas, resultou da intensificação das atividades dos Iniciados que labutam na matéria búdica, a matéria na qual a consciência vive a razão pura, percebendo diretamente a verdade dos fenômenos que ocorrem na matéria física, como na astral e mental. Além disso, conforme o Mestre relata no Tratado sobre Fogo Cósmico, ficou decidido pelos Altos Dirigentes dos destinos da humanidade numa reunião ocorrida no passado, que dar-se-ia uma aproximação mais íntima entre os Devas ligados ao quinto raio e os cientistas. Estamos vivendo os efeitos dessas duas atividades, tudo dentro do Planejamento Divino.

Vejamos inicialmente a parte mecânica. Enfoquemos nossa atenção, para não nos alongarmos demais, na robótica e na nanotecnologia. Estamos presenciando a construção de robôs cada vez mais sofisticados, efetuando tarefas impossíveis para o homem, mas de grande benefício para ele. É só olhar para as sondas espaciais, como a Cassini-Huygens, que está explorando o planeta Saturno. No campo da nanotecnologia, estão sendo projetados nanorobôs, que irão poder trabalhar dentro do corpo humano.

Na área do transporte, os estudos para a utilização de fontes de combustível, que não o petróleo, como o hidrogênio e o plasma, estão bem avançados. O plasma é considerado pelos Físicos o quarto estado da matéria. Temos ainda as pesquisas sobre um equipamento chamado tether, para fins espaciais, utilizando eletricidade gerada pelo campo magnético não só da Terra, como de outros planetas.

Na iluminação, temos as lâmpadas eletrônicas, de uso corriqueiro. O laser está sendo altamente empregado não só nas pesquisas, na medição, nos sistemas de controle e segurança, mas também na cirurgia. Podemos ainda enquadrar nesse campo da iluminação a televisão e os aparelhos a ela ligados, como os VCR e DVD.

Na cura, as modernas técnicas de diagnóstico por aparelhos, como tomografia computadorizada, PET, ressonância magnética e ultrassonografia, estão sendo intensamente utilizadas, em benefício da saúde humana.

Há muito o que falar a respeito das aplicações da ciência em prol da humanidade, mas podemos citar uma que está sendo largamente empregada por muitos e que contribui para uma maior aproximação entre todos, vencendo as distâncias: a internet. É um excelente dispositivo para incrementar a fraternidade planetária, além de ser utilíssimo para e educação.

Por todas essas aplicações da ciência na tecnologia e as que estão por vir, pelo emprego do fogo elétrico atuando na matéria etérica, o quarto éter, como efeitos da dinamização da matéria búdica, podemos ter um vago vislumbre de como é a vida no quarto éter cósmico. Felizes aqueles que já conquistaram o direito de viver seu dia a dia nesse mundo sutil e de intensa vida, conhecendo realmente as causas dos fenômenos dos mundos inferiores e como eles verdadeiramente ocorrem. O que acabamos de afirmar é dedução lógica das palavras do Mestre, quando diz que a matéria búdica é o plano de absorção nos três mundos inferiores.

A descoberta e a utilização do pósitron (o átomo físico masculino ou positivo) significa que já estamos na fase de evolução. De fato estamos na quinta raça-raiz, já surgindo pessoas não só da sexta sub-raça da quinta, mas também da sexta raça, em termos de mentalidade. Por isso estamos nos aproximando do final do período global da Terra. É oportuno alertar para não se deixarem levar pela atitude protelatória, deixando para o futuro ou a próxima encarnação a decisão de fazer o esforço necessário para o processo iniciático. Lembramos que as quatro primeiras Iniciações só podem ser recebidas, estando a pessoa encarnada fisicamente e quando terminar o atual período global, a humanidade será transferida para um globo de matéria sutil, o que significa que somente na próxima ronda, a quinta, terão nova oportunidade e mesmo assim, quando a onda de vida chegar na Terra novamente.

Analisemos a seguir as características dos vórtices (os átomos positivos e as fusões deles com os átomos negativos, os elétrons) no término do processo evolutivo, conforme descritas pelo Mestre na página 280 do Tratado:

1. Intensa atividade vibratória - significa que a frequência será de um valor tão alto, que a maior freqüência do conhecimento do homem atual será insignificante, o que implicará numa intensidade de vida que o homem nunca imaginou.

2. Predomínio de certa cor, de acordo com a qualidade da manifestação etérica e sua origem - como irá ocorrer a síntese na matéria búdica, surgirá uma cor que conterá todas as cores desenvolvidas nas etapas anteriores e foram aperfeiçoadas para poderem expressar as qualidades das Mônadas. Como estamos vivendo num Sistema Solar de segundo raio, é lógico deduzir que a tonalidade principal será na faixa do índigo, não o índigo identificado pelos olhos físicos, mas uma harmônica muitíssimo superior. Considerando que as Mônadas em evolução são de três raios, existirão vários matizes. Lembramos que essa fusão na matéria búdica não é a etapa final, porque faltam ainda outras fusões nas matérias átmica, monádica e adi.

3. Rechaço de todos os corpos que possuem um grau semelhante de vibração e polaridade. Sua qualidade atrativa cessará ao finalizar a evolução, devido a que nada restará por ser atraído - Se raciocinarmos que, com a estimulação dos átomos femininos (os elétrons) pela ação de Manas, conforme o Mestre diz, esses elétrons estimulados procurarão os átomos masculinos (os pósitrons), com os quais fundir-se-ão, tornando-se por assim dizer hermafroditas. Assim, de fato, nada restará por ser atraído, porque todos os átomos terão conseguido sua complementação, realizando o matrimônio. Mais uma vez lembramos que há etapas superiores a serem conquistadas.

O que podemos concluir de tudo isso com referência ao homem com a consciência atuando na matéria búdica nessa fase de síntese? Seus corpos búdicos serão constituídos por esses vórtices, o que significa que a quantidade de informações captadas pelos sentidos do corpo búdico será astronômica, como também os fenômenos ocorrendo na matéria búdica serão de natureza e grandeza inimagináveis para a atual mente humana.

Os Iniciados que receberam a quarta Iniciação Planetária, a segunda Solar, vivem nesse mundo búdico. Todavia como a matéria búdica ainda não conseguiu a fusão, embora Eles tenham conseguido fundir os átomos constituintes de seus corpos búdicos, sua experiência ainda não é completa. Algum dia Eles terão de completar essa experiência. Existem meios para contornar isso, mas poucos o conseguiram. Do nosso conhecimento, somente dois conseguiram isso: os Senhores BUDA e MAITREYA (O CRISTO).

O assunto é muito empolgante e, usando a reflexão, a meditação, a lógica, a conjugação dos conhecimentos científicos, a visualização e a imaginação sob controle racional, em cima desses ensinamentos do Mestre Tibetano, poderemos captar um mundo de novos conhecimentos, que irão aumentar a nossa convicção e nos dar mais força e ânimo para prosseguir no caminho iniciático e assim melhor ajudar a humanidade.

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Estudo 106

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é Eletricidade (Continuação) (Páginas 280, 281 e 282)

A questão da polarização elétrica e de como ela se manifesta não só com referência aos centros, mas também no tocante a outras áreas, é bastante complexa, requerendo muita reflexão e pesquisa, pouco podendo ser dito. Mesmo assim, podemos afirmar, sem risco algum, que o centro sacro e sua expressão, os órgãos genitais, são o polo negativo do centro laríngeo, assim como o centro umbilical ou plexo solar é o polo negativo do centro cardíaco. Esse assunto é muito amplo e complicado, por causa da ordem de desenvolvimento dos centros, ao raio e à cor (frequência) juntamente pelo fato de em certas etapas do processo evolutivo alguns centros, como por exemplo o básico, são positivos, sendo um outro exemplo o umbilical, que inicialmente é positivo para os centros inferiores abaixo dele, tornando-se um sintetizador para eles, quando então passa a ser negativo para o cardíaco.

Semelhantemente alguns esquemas planetários são positivos e outros negativos. Três esquemas são duais, positivos e negativos. O mesmo acontece com um sistema solar e curiosamente com os planos.

O nosso esquema tem uma polaridade positiva temporária, ou seja, na atual encarnação do nosso Logos Planetário na Terra; por isso é possível que no próximo período global Ele mude de polaridade. Tanto os homens, como os Homens Celestiais, encarnam em corpos masculinos e femininos, olhando-se o aspecto polaridade elétrica e não o sexual sob o ângulo do corpo físico.

Vênus é de polaridade negativa e está intimamente relacionado com a Terra, que dele recebe uma força. Aqui a questão do sexo poderá ajudar a entender o assunto. O vínculo cósmico existente entre um Logos Planetário em encarnação positiva e outro em encarnação negativa permitiu o resgate de uma dívida antiga e o estabelecimento de uma aliança planetária, o que ocorreu na época lemuriana. Nessa raça a Luz brilhou em vários dos grandes grupos humanos, porque o contacto elétrico entre os dois polos foi estabelecido. Essa Luz significou o despertar de Manas (Mente) no homem lemuriano ou a individualização, com a chegada de SANAT KUMARA e seus 107 Kumaras, provenientes do esquema de Vênus e dos Anjos Solares, que abandonaram o plano mental cósmico para esse sacrifício. Era necessário o trabalho conjunto dos dois Homens Celestiais no quarto subplano físico cósmico (o quarto éter cósmico, o búdico) para que a Luz de Manas fosse acessa e brilhasse nesses grupos humanos, no quinto subplano físico cósmico, o gasoso cósmico, o nosso plano mental. Lembramos que anteriormente dissemos que a maioria da humanidade atua conscientemente no quinto subplano dos três planos inferiores (mental, astral e físico). O quinto princípio, Manas, começa a ficar ativo nela, mas apenas tem força suficiente para mantê-la em linha com a força que provém do quarto subplano físico cósmico, o búdico, o quarto éter cósmico, para o subplano físico cósmico imediato inferior, o nosso mental.

Lembramos que os subplanos de mesmo número possuem o mesmo tipo de força e, portanto, a mesma polaridade. Atentemos para a expressão "o mesmo tipo de força" nesse contexto. Como cada plano expressa uma determinada força, então a força expressa pelo subplano será uma subforça da força do plano. Por exemplo, o terceiro plano expressa a força da Inteligência Ativa e o quarto a força da Harmonia pelo Conflito (que produz a razão pura em nível mais baixo), então a força do terceiro subplano do quarto plano é a Harmonia pelo Conflito expressando-se pela Inteligência Ativa.

Os planos búdico e astral estão também relacionados, como já é sabido, sendo o astral negativo para com o búdico. Quando for claramente conhecida e entendida a polaridade entre os planos e subplanos, a interação entre eles e os planos sistêmicos e os planos cósmicos correspondentes (exemplo: entre o astral sistêmico e o astral cósmico), então o homem libertar-se-á. Quando for conhecida a polaridade dos éteres entre si e sua relação com o todo, estará concluída a evolução humana. Quando um Mestre consegue resolver o problema dos fenômenos elétricos nos três mundos (físico, astral e mental), então obtém sua liberação. Aqui a palavra liberação deve ser explicada. Um Mestre é aquele que recebeu a quinta Iniciação Planetária, a terceira Solar e, portanto, também a quarta Planetária, na qual se libertou da roda de Sanshara, a roda de encarnações. Logo, a palavra liberação nesse contexto significa que após a quarta Iniciação o Iniciado tem de resolver esse problema, o que fará sem precisar do corpo físico. Daí podermos concluir, com uma base lógica, que o entendimento de todos os enigmas da Ciência humana, em particular os referentes à Física, será conseguido, quando a consciência puder atuar plenamente no plano búdico e acima.

Além disso, quando for captada a relação entre a forma negativa e o Espírito (a Mônada) positivo e, em certa medida, a sua conexão conjunta com as Entidades Cósmicas que habitam o inteiro Sistema Solar, aí será obtida a liberação grupal.

Talvez ajude a esclarecer o ponto de vista, ao analisar este tema tão complexo e transcendental, se lembrarmos que o homem é essencialmente positivo em sua própria natureza, porém seus veículos são negativos. Por isso ele é a unidade central da eletricidade positiva, que atrai e mantém aferrados a si os átomos de polaridade oposta. Quando conseguir unir e fundir os dois polos e produzir luz de certa magnitude (fixada pelo Ego antes de encarnar) durante uma encarnação particular, ocorrerá o obscurecimento. A manifestação elétrica queima e destrói o meio utilizado, então a luz desaparece, sobrevém o que chamamos morte física, porque a corrente elétrica queima aquilo que provoca a objetividade e o que resplandece.

Usemos a lei de Analogia e façamos uma comparação com a lâmpada elétrica. Usando um dispositivo elétrico chamado reostato ou, modernamente, um dispositivo de estado sólido, para controlar a corrente elétrica, vamos gradualmente aumentar essa corrente passando pelo filamento (de tungstênio) da lâmpada. Escolhamos uma lâmpada para 110 volts e uma fonte de 220 volts. Inicialmente façamos passar uma corrente fraca, tal que a luz emitida pela lâmpada seja bem tênue. De vagar aumentemos a corrente e a luz irá ficando mais forte. Quando a corrente for exatamente aquela ideal para a lâmpada (por exemplo: uma lâmpada de 60 watts), então ela atingirá o brilho máximo previsto pelo fabricante, sem se queimar. Se continuarmos a aumentar a corrente bem de vagar, o brilho irá aumentar cada vez mais, até alcançar um fulgor máximo, muito acima do previsto pelo fabricante e queimar-se-á, pela fusão e derretimento do filamento, interrompendo o circuito da corrente elétrica.

Analogamente, a corrente elétrica é a energia da Mônada via Ego, o filamento é o corpo físico etérico, a luz é a manifestação pelo corpo físico das qualidades que o Ego planejou desenvolver e expandir a um certo limite, naquela encarnação. Ao longo da encarnação as energias do Ego (a corrente elétrica) vão sendo liberadas e aumentadas (o que depende da habilidade do Ego nesse controle) e paulatinamente as qualidades planejadas vão se intensificando, o que mexe com o corpo físico, pois não devemos esquecer que a energia do Ego é fogo elétrico. Todavia o corpo físico foi estruturado para suportar um determinado valor de fogo elétrico para aquela encarnação.

Quando for atingido o potencial de fogo elétrico previsto para o limite de resistência normal do corpo físico, as qualidades expressar-se-ão com a magnitude prevista (brilho ideal previsto pelo fabricante). Mas sempre há uma resistência de reserva para o corpo físico, como há para a lâmpada. Então, o Ego, por querer avançar mais, aumenta o fogo elétrico, que literalmente circula pelos filamentos do corpo etérico, aumentando o brilho da luz (suas qualidades). Quando a resistência do corpo chega ao limite e o fogo elétrico atinge o valor máximo, o filamento se queima e é interrompido, cessando a circulação de fogo elétrico, ocorrendo então o fulgor intenso, significando que houve um grande avanço. Na próxima encarnação o Ego iniciará a partir do ponto de intenso fulgor da encarnação anterior.

Ampliemos esse conceito de polaridade e procuremos compreender que essas unidades chamadas homens (positivos em relação a seus próprios corpos) são apenas células negativas no corpo de um Homem Celestial e mantidas em sua esfera de influência pela força de Sua vida elétrica. Os Homens Celestiais, positivos em relação às suas vidas menores, por sua vez são negativos para a Vida maior que os contém, o Logos Solar.

Assim fica demonstrada a veracidade do que H. P. Blavatzky ensina:

Fogo Elétrico Positivo Espírito ou Mônada.
Fogo por Fricção Negativo Matéria
Fogo Solar Luz Mônada e matéria fundem-se e produzem a chama objetiva

Assim consideramos a origem elétrica de toda a manifestação nos quatro subplanos superiores do plano físico cósmico, melhor dizendo, do corpo físico cósmico do nosso Logos Solar, os quais são de matéria etérica cósmica: adi - primeiro éter ou subplano atômico, monádico - segundo éter ou subplano subatômico, átmico - terceiro éter ou subplano superetérico e búdico - quarto éter ou subplano etérico. Semelhantemente, os quatro éteres do nosso plano físico formam o corpo etérico do homem (muito embora eles não estejam plenamente ativos na maioria da humanidade). Essas palavras encerram uma verdade, cuja importância ainda não foi plenamente entendida e assimilada pelo estudante comum de Ocultismo. Quando ela for devidamente aceita, irá clarear maravilhosamente todo o tema da evolução planetária.

Chegamos agora aos três planos em que o homem (o homem comum) atua: mental - subplano cósmico gasoso, astral - subplano cósmico líquido e físico - subplano cósmico denso, os quais iremos considerar no próximo estudo.

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Estudo 107

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é Eletricidade (Continuação) (Páginas 282 e 283)

Os mistérios que velam os fenômenos que ocorrem na matéria dos subplanos etéricos, os quatro éteres, só serão desvelados e compreendidos, conforme a Ciência adquirir mais conhecimentos sobre os demais estados da matéria, além dos já de seu conhecimento. Quando conhecerem sua frequência, seu modo de oscilar, suas estruturas moleculares (como conhecem as da Química), suas leis de reação e propriedades, sua condutibilidade para a luz e outras energias e suas aplicações, tudo isso em relação aos quatro éteres físicos, então, paralelamente, irão fazendo descobertas sobre os correspondentes éteres cósmicos, ou seja, as matérias búdica, átmica, monádica e adi.

Muita coisa sobre os éteres cósmicos já pode ser deduzida a partir dos conhecimentos já existentes sobre os quatro éteres físicos. Exemplifiquemos. O quarto éter (sobre o qual podemos afirmar que está sendo descoberto) tem na atual etapa certas características. Enumeremos muito brevemente algumas delas:

a. O raio violeta utiliza o éter como meio de propagação.

b. A maioria dos corpos etéricos humanos estão construídos com matéria do quarto éter.

c. O quarto éter é, em grande parte, a principal esfera de influência dos "Devas das sombras" ou esses Devas violeta que estão internamente interessados na evolução física do homem.

d. Dentro da esfera etérica as evoluções humana e dévica estabelecerão contacto mais adiante.

e. Os corpos físicos densos são construídos na quarta esfera etérica.

f. É a esfera da individualização física. Somente quando o animal, ao individualizar-se, era plenamente consciente nesse subplano físico, foi possível coordenar as esferas correspondentes dos planos astral e mental e, mediante esta tríplice coordenação, dar os passos necessários que permitirão ao quaternário inferior aproximar-se da Tríade.

g. Este quarto éter, nesta quarta ronda e nesta quarta cadeia, tem de ser totalmente dominado pela Hierarquia humana, a quarta Hierarquia criadora. Cada ente da família humana deve conseguir este domínio antes de terminar esta ronda.

h. É a esfera onde ocorrem as iniciações do umbral e são empreendidas as cinco iniciações no plano físico.

Analisemos detalhadamente essas oito afirmações do Mestre Tibetano.

a. O raio violeta é o sétimo raio, que é o regente do plano físico, o plano onde o Espírito (a Mônada) e a matéria se enfrentam face a face, em outras palavras, é o plano de maior concreção. É no quarto éter que se desenvolvem e atuam as energias do sétimo raio, que tão fortemente agem sobre a matéria densa. No atual período, em que o sétimo raio está entrando em plena atividade, no lugar do sexto raio, os estudos e as pesquisas voltadas para este éter serão de imensa utilidade para o homem, em diversas áreas.

b. Talvez por estarmos no quarto globo da quarta ronda da quarta cadeia, a maioria dos corpos etéricos dos seres humanos seja de matéria do quarto éter, o mais denso dos éteres. Isso propicia grandes possibilidades na área da cura.

c. A afirmação desse item talvez seja consequência do anterior, pois, se os Devas violeta estão interessados internamente na evolução humana e eles vivem na matéria etérica, será nessa matéria mais abundante nos corpos humanos que eles descobrirão coisas sobre os homens.

d. Também é consequência do item b, por ser a matéria comum às duas evoluções, sendo a mais usada pelo reino humano.

e. Significa que os átomos e moléculas que irão constituir o corpo denso são agrupados por energias emanadas pelo quarto éter, o que implica em duas coisas:

• o modelo cármico gravado no átomo físico permanente para a encarnação comunica-se e atua através do quarto éter;
• em consequência, o quarto éter comanda o código genético.

Tudo isso nos leva a concluir que, quando a Ciência desvendar os mistérios do quarto éter, decifrará realmente o genoma humano.

f. Para haver a aproximação entre as Tríades Inferior e Superior, com o objetivo de individualização, ou seja, ser estabelecido um contacto mais direto entre a Mônada e os corpos inferiores, sem passar pela Tríade Superior, pouco afeita às vibrações (informações) inferiores, era necessário que três pontes (a tríplice coordenação) estivessem prontas para transferir informações ou energias, as quais eram: a matéria do quarto subplano mental (ponte entre o mental concreto e o superior, onde ficaria o Ego ou Alma), a matéria do quarto subplano astral (ponte entre o mental e o astral, em concordância com a lei de correspondência numérica entre os planos, sendo o quarto o intermediário) e o quarto subplano físico, o quarto éter, totalizando as três pontes. Assim foi possível o homem adquirir autoconsciência em cérebro físico, em resposta à autoconsciência implantada no Loto Egoico pelo Anjo Solar.

g. Essa afirmação é bastante óbvia e lógica, pelo forte alinhamento do número quatro em quatro áreas e também pelo fato já explicado acima, do contacto entre as evoluções humana e Dévica no futuro.

h. Essa última característica é a mais complexa. Quanto às duas iniciações do umbral, que antecedem a primeira Planetária, ela é evidente, porque elas agem sobre o cérebro físico. Para as cinco Iniciações Planetárias, que constituem a meta da atual quarta cadeia planetária, sabemos que até a quarta Iniciação, o Iniciando tem de estar encarnado fisicamente, o que justifica a afirmação do Mestre. Resta a quinta, a que torna o homem um Mestre. Nela ocorre a fusão ou sintonia exata entre as Tríades Inferior e Superior, o que implica numa atuação no átomo físico permanente, que se torna intensamente ativo e assim repercute no quarto éter. Por essa linha de raciocínio, o Mestre Tibetano está completamente certo e correto.

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Estudo 108

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é Eletricidade (Páginas 283,284 e 285)

Muito mais pode ser acrescido à listagem anterior de características do quarto éter, explanadas anteriormente. pois só o fizemos com referência àquilo que pode ser entendido facilmente e comparado com o que acontece na matéria do plano búdico, o quarto éter físico cósmico. É bom recordar que a matéria do nosso plano físico tem em seus subplanos a analogia com todo plano físico cósmico, conforme vemos a seguir:

PLANO FÍSICO CÓSMICO
1. Adi Primeiro éter cósmico 1. Subplano atômico Primeiro éter
2. Monádico Segundo éter cósmico 2. Subatômico Segundo éter
3. Átmico Terceiro éter cósmico 3. Superetérico Terceiro éter
4. Búdico Quarto éter cósmico 4. Etérico Quarto éter
5. Mental Gasoso cósmico 5. Gasoso
6. Astral Líquido cósmico 6. Líquido
7. Físico Denso Cósmico 7. Denso Físico

Se aplicarmos a analogia em relação aos planos superiores, podemos olhar o plano físico da seguinte maneira:

PLANO FÍSICO SOLAR
Primeiro subplano atômico primeiro éter adi físico
Segundo subplano subatômico segundo éter anupadaka ou monádico físico
Terceiro subplano superetérico terceiro éter átmico fisico
Quarto subplano etérico quarto éter búdico físico
Quinto subplano gasoso mental físico
Sexto subplano líquido astral físico
Sétimo subplano denso denso físico

Nos dois planos, físico cósmico e físico solar, o quarto, o búdico, sempre é o local de unificação ou onde a diversidade se encontra e ocorre sua fusão, não como unidade fundamental, mas como grupo. Esse fato é devido a que o plano búdico é o que com mais proeminência está relacionado com a evolução dos Homens Celestiais. Portanto, tudo o que foi dito com referência ao quarto éter físico, pode ser afirmado para o quarto éter cósmico e perceber-se a analogia no plano búdico, ou seja, as características descritas para o quarto éter físico aplicam-se à matéria búdica, com as devidas adequações, é óbvio. Por exemplo, o lugar ocupado pela cor violeta no espectro é de primordial importância em relação com os ciclos maiores e marca o fim de um ciclo e o princípio de um novo. O plano búdico é, de uma forma peculiar, o plano da cor violeta, embora nele existam todas as cores. O Senhor do Raio de Magia Cerimonial, o sétimo raio, da cor violeta, que trata de expressar as qualidades desse raio para o Sistema Solar, relaciona-se especialmente com o plano búdico. Devemos saber que cada Logos Planetário trabalha principalmente em um dos sete planos, donde concluirmos que exerce sua influência no plano onde encontra sua linha de menor resistência, embora a exerça em todos.

Analisemos essas palavras do Mestre. Três informações importantes Ele nos dá:

1. O lugar ocupado pela cor violeta no espectro indica o término de um ciclo e o início de um outro.

2. O plano búdico é o plano da cor violeta, num sentido especial.

3. O Senhor do Raio da Magia Cerimonial, o sétimo raio, da cor violeta, tem especial atividade na matéria do plano búdico.

Conjuguemos essas três informações e façamos nossa conclusão. Estamos no fim do ciclo de Peixes, do sexto raio, do Idealismo Devocional e entrando no ciclo de Aquário, do sétimo raio, da Magia Cerimonial. Podemos então deduzir, com uma boa base lógica, que a matéria búdica será muito importante e utilizada, nesse novo período que se inicia. O mesmo podemos dizer das matérias do quarto éter físico, como também dos quartos subplanos astral, mental, búdico (nesse subplano, em particular, a ênfase será muito maior, uma vez que é o quarto subplano do quarto plano) e dos demais planos. Estamos, portanto, no limiar de uma era de ouro, no sentido de modalidades de vida nunca sonhadas, em muitas áreas, como: nas relações humanas, na ciência, na saúde pelo avanço da medicina, que será mais preventiva do que corretora, na tecnologia, nos transportes, no lazer, na educação e na política. Tudo em consequência da dinamização da matéria do plano búdico e sua repercussão. Cabe lembrar que não faremos considerações sobre os efeitos nos quartos subplanos astral, mental, átmico, monádico e adi, muito embora elas ocorrerão e exercerão suas ações influentes nos planos que lhes estão abaixo. Os Iniciados que já vivem nesses planos é que sentirão as benéficas consequências.

Aplicando a segunda característica do quarto éter, da sua composição nos corpos humanos, aos Homens Celestiais, observamos que quatro dos Homens Celestiais possuem seus corpos físicos cósmicos constituídos de matéria búdica. A identificação desses quatro Logoi Planetários trar-nos-á muitas informações com referência à atuação das energias dos raios que Eles controlam, pois, sendo a matéria búdica a que vai entrar em intensa atividade e sendo seus corpos físicos cósmicos formados de matéria búdica, é evidente que sua ação será mais preponderante. Essas informações serão muito úteis na previsão do futuro da humanidade como um todo, como também em nível individual.

Além disso, é no plano búdico que as duas grandes evoluções, a humana e a Dévica, encontram sua unidade grupal e partes de ambas hierarquias misturam-se e fundem-se, com o objetivo de formar o corpo do Divino Hermafrodita, esse Ser Cósmico que expressa em si os dois pares de opostos, pois a evolução humana segue a linha positiva e a Dévica a negativa, o que leva a sua fusão a expressar os dois polos, o masculino ou positivo e o feminino ou negativo. Antes disso, em certos pontos já fixados, elas poderão se aproximar entre si momentaneamente.

No plano búdico pode-se observar uma aliança definida e permanente. Nesse plano os Devas das "sombras", dedicados a construir o esquema planetário, desenvolvem seu trabalho paralelamente aos construtores menores, que realizam seu trabalho nos três mundos inferiores e trabalham com o corpo etérico humano. Assim pode-se estabelecer a analogia, pois em tudo rege a Lei de Semelhança ou Analogia, porém não devemos nunca esquecer que a analogia é de caráter psíquico e se manifesta no trabalho, na atividade e qualidade, mas não é uma cópia exata da forma. É muito importante ter sempre isso em mente, quando a analogia for usada.

Pelo acima explanado, temos muito material para meditar e concluir, com grandes benefícios, pela aplicação, para a nossa evolução e a concretização do Plano Divino, no que a nós cabe realizar.

Continuaremos no próximo estudo.

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Estudo 109

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é Eletricidade (Continuação) (Páginas 285 e 286)

Conforme o tempo vai passando e a evolução prossegue, dentro do grande Plano Divino, as tarefas dos Homens Celestiais em seus corpos etéricos cósmicos (constituídos por matéria dos subplanos superiores do físico cósmico (búdico, átmico, monádico e adi) serão paulatinamente conhecidas, entendidas e ajudadas pelas inteligências menores, os homens, conforme forem adquiridas pela ciência mais informações sobre os éteres físicos, uma vez que neles está a chave para a compreensão dos éteres cósmicos. Já estamos iniciando esse período, pois com a entrada do sétimo raio e pelo fato de o Senhor desse Raio ter bastante ativada em seu corpo físico cósmico a matéria búdica, as descobertas científicas na área do quarto éter físico intensificar-se-ão, em consequência da correspondência numérica quarto éter cósmico - quarto éter físico. Os Iniciados planetários do esquema da Terra, a partir da quarta Iniciação, já colaboram ativamente com o nosso Logos Planetário, sendo por isso que o processo iniciático é tão importante para a humanidade. A Ciência é serva da Sabedoria e abre a porta que conduz aos infinitos horizontes e às regiões cósmicas, onde se encontram essas grandiosas Inteligências que manipulam a matéria dos planos superiores e moldam-na na forma desejada, fazendo com que as vibrações iniciadas sejam percebidas nos mais distantes confins do "círculo não se passa" solar. Assim, todas as vidas menores e a matéria mais densa são impulsionadas e levadas até as formas e canais necessários. O trabalho divino é assim realizado: vibração ou atividade inicial - luz ou atividade que adquire forma e anima a forma - som, base da diferenciação e origem do processo evolutivo - cor, a sétupla diferenciação. Temos tratado esses quatro fatores em relação a um Logos Solar e também ao Homem Celestial, ao homem e à Mônada humana.

Os estudantes devem também atentar para outro ponto que comumente é esquecido, que cada plano pode ser estudado e dividido de duas maneiras:

Os sete subplanos podem dividir-se em três superiores ou abstratos e quatro inferiores ou concretos. Esta divisão é a melhor e mais estritamente metafísica, porque encerra todo o conceito do Eu, do não-eu e da Inteligência, com sua síntese, que produz o universo objetivo, seja um sistema solar, um esquema planetário ou uma encarnação humana. Em relação ao Logos, Helena Petrovna Blavatsky, na Doutrina Secreta, Tomo I, elucida magistralmente e considera de forma iluminadora o trabalho do Pai e da Mãe ao produzirem o Filho, mediante uma consciente e inteligente colaboração.

Com referência ao homem, é possível compreender o assunto mais facilmente, se ele for considerado o corpo causal, nos níveis abstratos do plano mental, em relação com os quatro níveis inferiores ou concretos, donde emana a manifestação.

Os sete subplanos também podem ser divididos igualmente em três superiores, porém considerando o quarto subplano como o de reunião ou unificação e os três inferiores como regiões de esforço. Está divisão aplica-se particularmente ao homem. Apliquemos esses conceitos ao homem nos três planos inferiores. No plano físico, atualmente o homem está centrado no subplano gasoso, o quinto, uma vez que sua consciência está no cérebro físico, que para todos os efeitos é considerado gasoso, embora saibamos que é de matéria dos três estados. No plano astral, a imensa maioria da humanidade está fortemente centrada no quinto subplano. No mental, também há uma forte concentração no quinto subplano. O passo a ser dado é então dominar o quarto subplano dos três planos e o período que se inicia é altamente propício para tal. Isso sendo feito, os resultados serão altamente compensadores, uma vez que os quartos subplanos são de síntese.

Ambas divisões, como será visto mais adiante, existem em cada plano do sistema e tem origem na força elétrica, que se manifesta diversamente em cada plano, porém em todos atua sob três leis: Atração e Repulsão, Economia e Síntese. Os três planos e subplanos inferiores atuam principalmente sob a Lei de Economia, os quartos plano e o subplano, da união, atuam sob um dos aspectos da Lei de Atração. Logicamente, durante a evolução, paralelamente, essa lei tem seus opostos: Dispersão, Repulsão e Diferenciação.

O que está relacionado com a manifestação elétrica do akasha deverá ser estudado em suas três divisões principais. Por akasha entendemos o fogo por fricção na manifestação por fricção, ou seja, manifestação pura, o chamado kundalini. Na página 75 do Tratado sobre Fogo Cósmico o Mestre define akasha. As três divisões principais são as ações das três leis, Economia, Atração e Repulsão e Síntese. Embora akasha refira-se ao terceiro aspecto, regido pela Lei de Economia, todavia, considerando a triplicidade de tudo, temos de levar em conta as outras duas leis, como secundárias nesse caso. Temos também de olhar as divisões dos planos em: os três maiores ou abstratos, os quatro menores ou concretos, não esquecendo a função do quarto como intermediário, transferidor e sintetizador. Em seguida, olhamos os sete planos individualmente com suas sete subdivisões, totalizando 49 fogos, no sentido dos efeitos dos fogos nos diversos subplanos. Akasha também pode ser considerado como os quatro éteres, mas o raciocínio é o mesmo, uma vez que akasha aqui é a matéria etérica vivificada pela eletricidade na forma de fogo por fricção.

Vemos que o assunto torna-se complexo e mais complexo ainda, pelo fator tempo, que coloca esses quarenta e nove fogos, que estão em diferentes etapas, sob diversas esferas de influência e as três leis do cosmo. Em consequência, o mesmo fogo manifestar-se-á como luz construtora, em alguns períodos e em outros produzirá a combustão e obscurecimento eventual, como resultado da combustão.

Quanto à manifestação da eletricidade nos planos mental, astral e físico, iremos elucidar o assunto no decorrer, o mais plenamente possível. Basta saber que a Lei rege sempre e que tudo o que foi dito com referência aos Homens Celestiais em seus próprios planos, aplica-se também ao homem nos quatro planos inferiores. Assim temos:

UM LOGOS SOLAR
1 - Vibração elétrica o plano logoico ou adi
2 - Luz elétrica o plano monádico ou anupadaka
3 - Som elétrico o plano atmico
4 - Cor elétrica o plano búdico
UM HOMEM CELESTIAL
1 - Vibração elétrica o plano monádico
2 - Luz elétrica o plano átmico
3 - Som elétrico o plano búdico
4 - Cor elétrica o plano mental
UM HOMEM
1 - Vibração elétrica o plano búdico
2 - Luz elétrica o plano mental
3 - Som elétrico o plano astral
4 - Cor elétrica o plano físico

No próximo estudo faremos algumas considerações sobre o que acima foi dito, com o objetivo de se enxergar como coisa prática, tal que possa ser utilizada no dia a dia e assim ser possível uma melhor compreensão e aceleração da metodologia evolutiva. Reflitam sobre isso.

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Estudo 110

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é Eletricidade (Comentários sobre o conteúdo da página 286)

Iremos esclarecer alguns aspectos do estudo anterior, em particular as manifestações da eletricidade (fogo elétrico) nas quatro matérias dos quatro planos sistêmicos, com referência ao Logos Solar, ao Logos Planetário e ao homem.

Inicialmente, a palavra akasha no atual contexto significa o fogo por fricção, que é realmente eletricidade, atuando nos diversos tipos de matéria, conforme o plano.

Vejamos a atuação de um Logos Solar. O fogo elétrico surge da ação da Mônada Solar, o verdadeiro Logos Solar, na matéria monádica cósmica, onde Ela reside. Os átomos monádicos cósmicos, excitados pela ação monádica (quando a Mônada altera seu estado de ser, Ela age) e contendo as informações da Mônada Solar, penetram em átomos átmicos cósmicos, que ficam também excitados e retêm a informação ou a ideia da Mônada Solar. A frequência de oscilação ou vibração desses átomos átmicos é mais baixa que a dos átomos monádicos, como é evidente, mas a modulação, ou seja, a forma de oscilar, continua expressando a ideia ou informação da Mônada Solar. Os átomos átmicos cósmicos, contendo dentro de si os átomos monádicos cósmicos, penetram em átomos búdicos cósmicos, prosseguindo assim o processo de penetração de átomos dentro de átomos, até chegar aos átomos adi ou logoicos do sistema solar, que reproduzem a informação original da Mônada Solar. Ocorre então a vibração elétrica na matéria adi. Não consideramos em detalhes o que ocorre na matéria do corpo causal cósmico do Logos Solar, onde reside a Alma Logoica.

Antes de prosseguirmos, urge clarear muito bem que estamos considerando a consciência física cósmica do Logos Solar, análoga à nossa consciência cerebral física.

Quando os átomos logoicos ou adi do sistema solar, com as informações da Mônada Solar, penetram nos átomos monádicos do sistema, esses ficam também excitados e pela alteração de frequência (menor) e pela natureza da matéria monádica sistêmica, as oscilações ou vibrações produzem a consciência física cósmica do Logos Solar, ou seja, o "cérebro físico cósmico" do Logos Solar está no plano monádico do sistema. O efeito fenomênico é a luz.

Ao penetrarem os átomos monádicos do sistema nos átomos átmicos do sistema, a oscilação com a mesma modulação (que encerra a informação original) transforma-se numa onda análoga à nossa onda sonora, que é mecânica, ou seja, uma sucessão de compressões e rarefações, sendo então som elétrico, fenomenicamente.

Quando os átomos átmicos sistêmicos penetram nos átomos búdicos sistêmicos, ainda com a mesma modulação, esses passam a oscilar de uma forma análoga às nossas ondas eletromagnéticas, com a modulação original e produzem as sete diferenciações primárias, que se diferenciam um número astronômico de vezes, gerando sub-harmônicas, sendo oscilações tais que constituem os modelos das formas que serão construídas nos mundos abaixo do búdico, os chamados mundos "rupa" ou das formas. Essas sete oscilações primárias manifestam-se fenomenicamente como cores elétricas.

Isto nos leva a concluir que na matéria búdica do nosso sistema solar estão os modelos de todas as formas existentes e a existir nas matérias dos mundos mental, astral e físico.

Um Homem Celestial segue o mesmo procedimento, só que a vibração elétrica ocorre na matéria monádica do sistema e se manifesta como cor elétrica na matéria mental, contendo os modelos que o Logos Planetário quer desenvolver e utilizar em seu esquema planetário. O "cérebro físico cósmico" do Logos Planetário está na matéria átmica, gerando a luz elétrica para Ele, sendo também sua consciência física cósmica, ficando seu som elétrico na matéria búdica. Essa queda de plano nas manifestações é óbvia, uma vez que um Logos Planetário tem menos poder que o Logos Solar e está subordinado a Ele.

Analisemos agora o que ocorre com a Mônada humana nesse processo.

A Mônada humana é residente inicialmente na matéria monádica do sistema. Ao atuar nessa matéria, os átomos monádicos ficam excitados e passam a oscilar ou vibrar, de acordo com a informação ou ideia da Mônada.

Esses átomos monádicos excitados penetram em átomos átmicos, que passam a oscilar em frequência sub-harmônica com a mesma modulação original (a informação ou ideia da Mônada). Os átomos átmicos excitados penetram em atomos búdicos, que também passam a oscilar com a mesma modulação original, tendo essa oscilação um modo especial, chamado vibração elétrica.

Quando esses átomos búdicos penetram em átomos mentais, esses ficam excitados, reproduzindo a mesma modulação ou ideia da Mônada, todavia num outro modo de oscilar, que leva a que a Alma ou Ego tenha consciência, o que fenomenicamente é luz elétrica. De fato a consciência da Alma está no plano mental superior ou causal. Existe uma estreita associação entre esse fato e o Loto Egoico. A pesquisa dessa associação trará muito esclarecimento sobre o funcionamento do Loto Egoico, o que é dever nosso, pois, da mesma forma que sabemos como funciona, por exemplo, uma televisão, assim também devemos procurar saber como funciona esse instrumento da Mônada chamado Loto Egoico. Cabe aqui lembrar que para a Mônada tudo o que Ela usa para evoluir é objetivo e nós devemos nos ver como Mônadas, no momento em peregrinação por esse mundo físico denso.

O detalhamento de como a ideia original da Mônada é transformada em oscilações de átomos dos diversos planos, até chegar ao mundo físico, à semelhança de como uma imagem captada pela câmera de televisão e o respectivo som captado pelo microfone são transformados em oscilações (o chamado sinal na eletrônica) não cabe neste estudo, mas a realidade é que as coisas são assim. Futuramente poderemos mostrar isso. Apenas podemos sucintamente citar o funcionamento do pensamento por meio da atividade dos neurônios. O cérebro físico está situado no quinto subplano físico o gasoso; embora ele contenha matéria de diversos graus, todavia para efeito de classificação para fins de estudo esotérico, ele está no quinto subplano físico. Essa ótica da manifestação dos fogos plano a plano pode ser aplicada aos quatro subplanos físicos. Assim temos:

1. subplano atômico - primeiro éter: vibração elétrica
2. subplano subatômico - segundo éter: luz elétrica
3. subplano superetérico - terceiro éter: som elétrico
4. subplano etérico - quarto éter: cor elétrica.

Então, em termos de atividade mental do homem em cérebro físico, temos:

1. a primeira atividade: a vibração elétrica, que é a oscilação dos átomos físicos no núcleo do neurônio, ocorrendo no primeiro éter;

2. a segunda atividade: a luz elétrica, que é a troca de íons ao longo do axônio até chegar às vesículas sinápticas, ocorrendo no segundo éter;

3. a terceira atividade: o som elétrico, que é a liberação dos neurotransmissores, levando a informação para o outro neurônio, ocorrendo no terceiro éter, embora as moléculas sejam densas, todavia no interior delas é o terceiro éter que atua. Como são moléculas, fica fácil ver essas oscilações como ondas mecânicas, ou seja, som, elétrico porque é resultado do fogo elétrico.

4. a quarta atividade: a cor elétrica, que é o processamento das cores, que ocorre inicialmente nos cones da retina através do quarto éter. Um estudo mais profundo do funcionamento dos cones trará mais clareza ao nosso assunto.

Assim vimos uma das aplicações desses conceitos ensinados pelo Mestre Tibetano a uma faceta da consciência do homem encarnado, em seu cérebro físico. É lógico que a conjugação de tudo isso com o que ocorre no corpo astral e no corpo mental, até chegar à consciência da Alma e a interação com as pétalas do Loto Egoico trarão muito mais esclarecimentos sobre o processo total, mas isso fica para outra oportunidade. O que o Mestre Tibetano quer tanto de nós é que façamos essas aplicações de seus ensinamentos, conjugando-os com os da Ciência, para as devidas conclusões práticas, sua utilização e a consequente aceleração do processo evolutivo e do domínio dos corpos e da matéria.

Esses são os comentários e conclusões possíveis no momento. No decorrer dos nossos estudos faremos outras ilações de caráter prático e útil ao processo evolutivo.

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Estudo 111

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção A - 2. Manas é Eletricidade (Final) (Página 287)

Ao finalizar nosso estudo sobre o assunto em pauta, necessário se faz recordar que anteriormente tratamos do Logos Solar e dos Logoi Planetários como partes componentes do seu corpo de manifestação. Na classificação anterior tratamos cada um separadamente, ou seja, em suas manifestações individuais, como também fizemos para o homem. Devemos chamar a atenção para o fato de que os grupos de corpos causais no plano mental superior expressam a cor de um Homem Celestial e Seu ponto mais baixo ou denso de objetividade, ou seja, é nesse plano que a cor primária do Logos Planetário, seu raio, divide-se em sete, depois em sete e assim vai, até totalizar os modelos para as formas em manifestação nos planos astral e físico. Percebemos ainda aí que os Egos humanos realizam um trabalho de consciência (física no sentido cósmico) no corpo do Logos Planetário, embora nem sempre isso chegue à consciência cerebral física do homem. Podemos ainda dizer que no plano mental do sistema encontra-se a parte mais densa da consciência do Logos Planetário. No homem o ponto mais denso de objetividade é o quinto subplano do plano físico, uma vez que os subplanos sólido ou denso e líquido não são considerados como princípios, como também os subplanos denso e líquido cósmicos (os planos astral e físico do sistema) não constituem um princípio para o Homem Celestial. Igualmente podemos dizer do homem que no estado gasoso, o quinto subplano físico do sistema encontra-se a parte mais densa da consciência do homem, pois é dessa matéria que é formado o cérebro físico do homem.

Temos visto que Manas ou Mente, o quinto princípio, constitui a vibração básica do plano mental cósmico, o quinto plano. Consequentemente o que levou o nosso Logos Solar à manifestação foi um impulso originado nos níveis causais do plano mental cósmico, onde está sediado o Ego Solar, da mesma maneira que a força que leva o homem a encarnar emana de seu corpo causal no plano mental superior do sistema solar, onde está o Ego humano. Além disso, temos visto que Manas é a faculdade discriminadora que anima toda substância e constitui o fogo elétrico do sistema, expressando-se como atração e repulsão e tudo o que implicam estas palavras. É essa capacidade discriminadora que permite as sucessivas diferenciações das sete cores no plano físico do sistema, dando origem às muitas formas de expressão, incluindo as do homem.

As Leis de Economia e Síntese, em um sentido mais amplo da ideia, apenas são divisões da mesma lei cósmica, da qual são também manifestações as Leis de Atração e Repulsão. Esta lei cósmica, que se manifesta de tríplice maneira, poderia denominar-se, na falta de melhor termo, a Lei do Ser e é tão incompreensível para a mente finita do homem, que somente poderá percebê-la parcialmente mediante as três manifestações mencionadas. Temos então três leis derivadas de uma única: a Lei do Ser, da qual surgem as Leis de Síntese, de Atração e Repulsão e de Economia. Podemos raciocinar de uma forma lógica. Na manifestação ou exteriorização, as três leis estão em atividade: de Síntese, de Atração e Repulsão e de Economia, preponderando ora uma, ora outra das três. Quando a manifestação aproxima-se do fim, pela consecução do propósito, prepondera a Lei de Síntese, que é Vontade ou Sacrifício (Sacrifício no sentido de tornar sagrado). Ora existir ou ser é vontade. Portanto, podemos deduzir que a Lei do Ser ou Existir é a Vontade Pura, que na manifestação age conjuntamente com suas derivadas, as Leis de Síntese (que na realidade é a própria Vontade), de Atração e Repulsão e de Economia. Logo há um outro modo de ser, fora da manifestação, chamado Vontade Pura. De forma semelhante o Logos Solar manifesta-se de três formas: Vontade (o Pai), Amor-Sabedoria-Razão Pura (o Filho, a consciência) e Inteligência Ativa (a Mãe, a matéria), com as suas três leis, de Síntese, de Atração e Repulsão e de Economia, mas como Unidade Ele é o Pai, a Vontade, contendo em si as três qualidades. A Mônada humana igualmente é una e tríplice.

A reflexão e meditação sobre esse modo de ser ou existir, fora da manifestação, como Vontade Pura, trará muitas conclusões de grande utilidade prática, além de incrementar em muito a mente abstrata, uma vez que teremos de procurar entender um modo de vida com total ausência dos dois polos, Espírito e matéria e do relacionador, a consciência. Com isso poderemos ter um vislumbre, mesmo fugaz, DAQUELE QUE NÃO É NEM ESPÍRITO NEM MATÉRIA.

No próximo estudo entraremos no ítem 3, página 287 do Tratado sobre Fogo Cósmico, Manas é Aquilo que Produz Coesão.

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Estudo 112

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - 3. Manas é Aquilo que Produz Coesão (Páginas 287 e 288)

Iremos estudar agora a atuação de Manas ou Mente como gerador de coesão. Utilizando a Mente, a Mônada, seja um Logos Solar, Planetário ou homem, consegue realizar a sua vontade:

por meio de uma forma e assim existir, ou seja, exteriorizar-se ou manifestar-se, expressando o que Ela é, embora Ela possa simplesmente SER, sem exteriorização, o que acontece quando Ela sai da manifestação, em qualquer nível, ou seja, como homem, Logos Planetário ou Solar. A própria etimologia do verbo existir deixa bem clara a diferença entre existir e ser; a preposição latina "ex" do verbo existir dá a ideia de "fora", ou seja, estar fora, no sentido de ser exteriormente durante algum tempo, o que está de acordo com o que o Mestre Tibetano afirmou no final do estudo anterior sobre a "Lei do Ser", a lei da não manifestação;

por meio do desenvolvimento progressivo ou evolução cíclica, o que prevê um plano;

em determinados planos, melhor dizendo, determinados tipos de matéria, como a física, astral e mental para o homem, os quais são o campo de luta da vida e de experiência, para a Mônada implicada;

seguindo o processo de manifestação, que consiste num crescimento gradual, desde a alvorada, quando a luz começa a surgir, até que ela alcance paulatinamente o esplendor e máxima luminosidade, transformando-se em uma labareda de deslumbrante glória, para logo, em um gradual crepúsculo, chegar à obscuridade final. O amanhecer, o meio dia, o entardecer, o crepúsculo e o anoitecer são a mesma ordem para os Logoi Solar e Planetário e para o homem. Em outras palavras, o nascimento, a infância, a adolescência, a idade adulta, a maturidade, a senilidade e a morte, são comuns aos Logoi e aos homens. Todavia o SER está livre dessas limitações e conquistar esse estado de SER, mesmo estando em manifestação ou encarnado, é o objetivo principal dos ensinamentos do Mestre Tibetano. O Senhor BUDA, na encarnação no Egito como Hermes Trimegisto, em seu livro Tábua das Esmeraldas, já havia ensinado que não podemos parar as oscilações do pêndulo, mas podemos ficar por cima dele.

Se esses quatro pontos expostos forem estudados profunda e detidamente, concluir-se-á que são muito amplos e que encerram os únicos quatro pontos à disposição do homem nesta quarta ronda.

Analisemos estas últimas palavras do Mestre. Elas dão a entender que na próxima ronda, a quinta, teremos mais pontos de que dispor. Em resumo, os quatro pontos à nossa disposição são: a forma, o progresso cíclico, as matérias e os ciclos do nascimento à morte. Para a próxima ronda, há que considerarmos os seguintes aspectos: a humanidade que não tiver atingido a meta da cadeia, a quinta Iniciação Planetária, a terceira Solar, aqueles que o tiverem conseguido e o fato de que as condições reinantes no esquema terrestre estarão num nível mais elevado, dentro do planejamento do Logos Planetário. Tendo em vista estes aspectos, qual ou quais serão os pontos a mais à nossa disposição?

Este questionamento nos leva a deduzir que, mesmo na atual ronda e no atual período global, aqueles da nossa humanidade que já estão em vias de alcançar a meta e estão evoluindo mais rapidamente que a maioria, já dispõem de mais pontos para utilizar. Uma conjectura seria que, como já estão se liberando das formas e entrando no mundo dos significados e das energias, esses em maior velocidade de evolução já podem utilizar e manipular energias extrassistêmicas, em graus crescentes, como também a oportunidade de viver períodos em outros esquemas planetários e em outros globos sutis do nosso esquema, entre encarnações na Terra.

O homem considera-se a si mesmo como um conjunto sintético constituído pelos corpos físico, astral e mental. Todavia ele sabe que é mais que esses três e vê-se como aquele que utiliza a forma, a emoção e a mente, mantêm-nas coerentemente e faz de todas uma unidade.

Um Logos Planetário faz o mesmo, com a diferença de que manas não constitui o meio pelo qual Ele é um todo coerente. Levando em conta a sua etapa mais avançada de evolução, a SABEDORIA é para Ele o fator dominante e de coesão.

Aqui devemos fazer algumas considerações, com base na tabela da página 286 do Tratado, referente aos planos de manifestação da eletricidade. O homem manifesta a luz elétrica (a consciência como Alma) no plano mental e tem a sua consciência mais baixa no cérebro físico. Então estamos tratando de fator de coesão para os corpos mental, astral e físico. Já um Logos Planetário manifesta a luz elétrica no plano átmico, mas com referência à sua consciência física cósmica e não à da Alma. Então podemos concluir que de fato um Logos Planetário se serve da SABEDORIA (luz elétrica no plano átmico, acima do búdico e do mental) para manter a sua coesão física cósmica.

Um Logos Solar obtém, por meio da VONTADE, o que o Logos Planetário consegue por meio da SABEDORIA ou BUDI (BUDI atuando na matéria átmica, uma vez que tudo é tríplice) e o homem, em sua pequena escala, através de MANAS.

Um Logos Solar manifesta luz elétrica no plano monádico (consciência física cósmica) e considerando que a sua vibração elétrica ocorre no plano adi ou divino, o plano da VONTADE, fica evidente que a sua luz elétrica está fortemente modulada ou qualificada pela VONTADE, sendo portanto a VONTADE o fator de coesão do corpo físico cósmico do Logos Solar.

Contudo, como o Logos Planetário e o homem fazem parte de um grande todo, o corpo de expressão do Logos Solar, cada um em seu nível, o fogo elétrico do Logos Solar (VONTADE) penetrará nos dois e em seus fogos e fundir-se-á com o fogo solar de budi, estimulando e dinamizando o fogo da matéria.

Essas distinções e diferenciações só existem para o nosso ponto de vista e não para o do Logos. Elas são estabelecidas somente em relação aos corpos menores (suas células) situados no "círculo não se passa solar".

Temos muito material para reflexão e deduções de caráter prático a respeito da nossa verdadeira natureza divina e das possibilidades que temos pela frente, bastando que busquemos o conhecimento e façamos o esforço necessário, para entrarmos no verdadeiro Reino da Glória e da Vida mais Abundante.

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Estudo 113

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - 3. Manas é Aquilo que Produz Coesão (Páginas 288 e 289)

Continuemos o estudo de Manas como fator de coesão. O homem é um ente coerente, em manifestação objetiva, por períodos muito curtos, no plano físico, simplesmente porque ainda trabalha por meio de manas e não da sabedoria. Por isso seus ciclos (as encarnações) passam muito rapidamente, como um lampejo na noite. Os períodos de um Logos Planetário, que trabalha utilizando manas aperfeiçoado, que é a sabedoria, são maiores e, desde o ponto de vista do homem, duram eons, sendo Sua vida a base da comparativa duração dos ciclos egoicos do homem. O ciclo de objetividade de um Logos Solar persiste por um mahavantara maior ou ciclo solar (um sistema solar), porque está baseado na Vontade, simultaneamente na sabedoria e em manas. Portanto veremos que:

a. Manas ou inteligência é a base da manifestação separatista do homem.
b. Sabedoria ou Budi constitui a base da manifestação grupal de um Homem Celestial.
c. Vontade constitui a base da Vida Una, que sintetiza todos os grupos.

Portanto, repetimos, ao estudar o Fogo da Mente, devemos recordar que é aquilo que o homem está desenvolvendo e por meio do qual está aprendendo a trabalhar, sendo também o que o Homem Celestial desenvolveu em um sistema solar anterior. Para Este o Fogo da Mente é tão automático em sua ação, como o é a atividade inconsciente dos órgãos físicos do homem, sendo por isso que o corpo físico denso do homem não constitui um princípio.

Façamos deduções desses ensinamentos do Mestre Tibetano. Podemos concluir, dentro de um raciocínio lógico, que assim como o ciclo do Homem Celestial é a base do ciclo egoico humano, o ciclo do Logos Solar, um sistema solar, é a base do ciclo da Mônada humana. Podemos até ir mais além, estabelecendo conjecturas lógicas relacionando o ciclo do Logos Cósmico com o ciclo do Logos Solar, todavia deixemos isso para mais tarde, dada a sua complexidade, mas temos às mãos a chave, fornecida pelo Mestre, bastando encaixá-la na fechadura e girar, para abrir mais uma porta do conhecimento que conduzirá à Sabedoria.

Esmiucemos um pouco esse ciclo da Mônada humana. No sistema solar anterior ao atual, que foi o primeiro maior, uma vez que os quatro anteriores foram ciclos dos quatro atributos. O anterior ao atual, o quinto da sequência, foi o do terceiro Raio, Inteligência Ativa, Manas. Nesse sistema solar anterior, o Logos teve como propósito desenvolver ao máximo a Inteligência Ativa, Manas, o que norteou todo o processo de evolução e experimentação de todas as Mônadas, humanas e dévicas, como também dos Logoi Planetários ou Homens Celestiais. A ênfase foi dada à matéria. O aspecto Amor não foi importante e muito menos o aspecto Vontade. Predominou fortemente a utilização da matéria. Não é muito difícil visualizar o modo de vida dos seres humanos naquele sistema solar nem o processo dos ciclos dos Logoi Planetários.

Há um fato muito importante e de grande utilidade para percebermos a grandiosidade e benevolência do Plano Divino como uma sequência, ou seja, um Grande Plano que é executado por etapas, sendo essas etapas os sistemas solares, para os Logoi Solares. Sabemos, por informações do Mestre Tibetano, que no atual sistema solar existem 60 bilhões de Mônadas humanas assim distribuídas:

• 35 bilhões no segundo Raio, que estão em dia com o Plano.
• 20 bilhões no terceiro Raio, portanto atrasadas.
• 5 bilhões no primeiro Raio, portanto adiantadas.

Consequentemente, vemos claramente a benevolência do Logos Solar, pois as Mônadas do primeiro Raio adiantaram-se, porque souberam fazer uso de seu livre arbítrio, esforçaram-se mais que as outras e ficaram na frente. Por outro lado, as Mônadas do terceiro Raio, ficaram atrasadas, porque também fizeram uso de seu livre arbítrio (embora de forma errada) e caminharam muito lentamente, prejudicando assim o Plano Divino. No atual sistema solar, é também perfeitamente possível o adiantamento e as Mônadas do primeiro Raio, incluindo aquelas que agora estão no segundo Raio e queiram passar para o primeiro Raio pelo esforço individual, serão as cabeças ou líderes no próximo sistema solar, o sistema do primeiro Raio, da Vontade. Há muito mais coisas a serem ditas com referência a esse assunto, que iremos passando ao longo dos estudos.

No próximo estudo entraremos no tema Manas é a Chave do Quinto Reino da Natureza.

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Estudo 114

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - 4. Manas é a Chave do Quinto Reino da Natureza (Página 289)

Iremos estudar Manas como instrumento a ser utilizado intensamente, para a passagem pelos Portais Iniciáticos, ou seja, podemos definir Manas ou Mente como a chave que abre a porta que permite o ingresso no quinto reino da natureza ou reino espiritual, que inclui a Hierarquia Planetária. Para entrar em cada um dos reinos da natureza, é necessária a ajuda de alguma chave. Para os reinos mineral e vegetal, o processo de transferência da vida é tão complexo, que se torna inexplicável para o homem no momento, em seu atual nível de inteligência, motivo pelo qual não consideraremos esse assunto.

Com relação ao reino animal, a chave é o instinto, para o ingresso no reino humano. Os animais chamados cabeças de raio (que irão entrar no reino humano), nas etapas finais de sua evolução e a medida que se desprendem da alma-grupo, o instinto é transmutado em mente embrionária, latente no homem animal, que necessita somente a vibração estimulante emanada do Primário da Terra (o esquema de Vênus, conforme está descrito no estudo 106 e na página 281 do Tratado sobre Fogo Cósmico) para elevar-se a algo definidamente humano. Devemos ter sempre em conta que o método de individualização empregado na Terra não foi seguido em outros planetas e que muitas das atuais unidades avançadas da humanidade individualizaram-se normalmente pela força impulsora da evolução mesma. Encontraram seu polo elétrico oposto (para expressá-lo até onde é possível em termos de fogo), graças à atividade do instinto animal e sua fusão produziu um ser humano - a união dos três fogos no corpo causal. Expliquemos melhor o que acaba de ser dito. Quando o instinto animal (fogo por fricção ou da matéria), em um momento de elevada tônica (um sentimento do animal pelo seu dono, um esforço para entendê-lo, um esforço para salvá-lo sacrificando a própria vida, como temos visto recentemente na imprensa), estimula e invoca o fogo elétrico da Mônada, esse contato produz o fogo solar, que em essência é a Alma, ocorrendo tudo isso no plano causal.

O homem entra no quinto reino pela transmutação da faculdade discriminadora da mente, que (como na individualização do animal) provoca, em certa etapa, a individualização espiritual, que é a analogia nos níveis superiores do que ocorreu na época lemuriana. Em consequência, temos:

Instinto .... A chave para passar do reino animal ao humano, ou do terceiro para o quarto.

Manas ..... A chave para passar do reino humano ao espiritual, ou do quarto para o quinto.

Não é necessário ir mais além, porque continuam as transmutações de manas e há muita coisa a ser feita. Em outras palavras, quando o homem ingressa no quinto reino na terceira Iniciação Planetária, a primeira Solar, ele inicia um novo ciclo de transmutações, as demais iniciações. Quando recebe a sexta Iniciação, a da Decisão, ele tem de escolher um dentre sete caminhos, que na realidade são cursos de treinamento, que resultarão em quatro caminhos, os quais levarão o homem para esferas elevadíssimas, que na realidade são altíssimas transmutações. Como veremos mais tarde, manas se expressa em outros planos.

No próximo estudo estudaremos o tema Manas é a Vibração Sintética de Cinco Raios.

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Estudo 115

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - 5. Manas é a Vibração Sintética de Cinco Raios (Páginas 290 e 291)

Há uma outra ótica para compreender Manas ou Mente, embora seja complexa e possa provocar confusão no estudante.

"Manas é a faculdade combinada de quatro Homens Celestiais, sintetizada em um quinto Homem Celestial no terceiro plano do sistema."

Esses cinco Homens Celestiais personificaram o Logos Solar e levaram a vida manásica à sua plenitude, no sistema solar anterior ao atual. Ao se falar de Brahma, Entidade Cósmica, soma total da Inteligência Ativa do Logos Solar, queremos significar principalmente a vida sintética desses cinco Homens Celestiais. Essa Entidade Cósmica está expressa no V DIAGRAMA, EVOLUÇÃO DE UM LOGOS SOLAR, na página 296 do Tratado sobre Fogo Cósmico, como o terceiro triângulo que aparece na linha do primeiro subplano do VII plano cósmico, o subplano adi ou primeiro éter cósmico, como os três Logos e ligados diretamente ao Corpo Causal do Logos Solar. Essa Entidade está por cima dos cinco Homens Celestiais que atualmente expressam o terceiro Aspecto, Inteligência Ativa, do Logos Solar, como instrumento para desenvolver o segundo Aspecto do Logos Solar, Amor-Sabedoria-Razão Pura.

Na ausência de palavras adequadas, denominamo-los Senhores dos quatro Raios menores, Cuja síntese é produzida por meio do terceiro Raio de Inteligência Ativa. Os nomes desses quatro Senhores são:

1. O Senhor de Magia Cerimonial (sétimo Raio).
2. O Senhor de Idealismo Abstrato e Devoção (sexto Raio).
3. O Senhor de Ciência Concreta (quinto Raio).
4. O Senhor de Harmonia e Arte (quarto Raio).

Estes quatro atuam por meio do quarto éter cósmico e possuem veículos de matéria búdica, em seu corpos físicos cósmicos. A fusão e sintetização deles na vida maior do Senhor do terceiro Raio de Aspecto ocorre na matéria do terceiro plano, o átmico e os quatro, juntamente com o Raio sintético, o terceiro, constituem a totalidade da vida manásica. Eles são a vida energizante dos cinco planos inferiores, átmico, búdico, mental, astral e físico. São também chamados os cinco Kumaras (não confundir com os Kumaras que vieram do esquema de Vênus, por ocasião da raça lemuriana), os quais, juntamente com os dois restantes (dos primeiro e segundo Raios), constituem os sete Kumaras ou Construtores do Sistema Solar. Os cinco são também chamados os Cinco Filhos de Brahma, nascidos da Mente. Consequentemente manas ou mente é o resultado psíquico de seu trabalho grupal unido, que se expressa de diferentes maneiras, conforme as unidades envolvidas e os planos implicados. Manas manifesta-se, predominantemente, nos cinco subplanos inferiores de cada plano, fato que se deve levar em conta, em relação com as Iniciações Maiores de Manas. Todavia, por ser a soma do terceiro Aspecto de Brahma, sua principal esfera de influência encontra-se na terceira divisão, a inferior, do sistema manifestado, os planos mental, astral e físico.

É sugerida uma terceira divisão dos planos maiores do sistema, que será de grande interesse para o verdadeiro estudante de ocultismo:

Primeiro Logos Mahadeva Aspecto Vontade Primeiro plano
Segundo Logos Vishnu Aspecto Sabedoria Segundo, terceiro e quarto planos
Terceiro Logos Brahma Inteligência Quinto, sexto e sétimo planos

Essa terceira classificação conduz a uma nova visão dos campos de atuação dos fogos:

Primeiro Logos Mahadeva Vontade Plano adi: fogo elétrico
Segundo Logos Vishnu Sabedoria Planos monádico, átmico e búdico: fogo solar
Terceiro Logos Brahma Inteligência Planos mental, astral e físico: fogo por fricção

Aplicando essa visão aos sub-planos, fazendo uso da Lei de Correspondência, temos:

• Primeiro subplano, atômico, primeiro éter: fogo elétrico.
• Segundo, terceiro e quarto subplanos ou éteres: fogo solar.
• Quinto, sexto e sétimo subplanos: fogo por fricção.

Dentro dessa ótica, considerando as subdivisões dos três fogos, que chamaremos de "subfogo". temos no nosso plano físico:

• "subfogo" elétrico do fogo por fricção: subplano atômico.
• "subfogo" solar do fogo por fricção: segundo, terceiro e quarto éteres.
• "subfogo" por fricção do fogo por fricção (fogo por fricção puro): subplanos gasoso, líquido e denso.

Comparando essa classificação com a por fenômeno elétrico, temos, para o nosso plano físico:

• Subplano atômico: vibração elétrica..."subfogo" elétrico do fogo por fricção.
• Segundo éter: luz elétrica:..."subfogo" solar do fogo por fricção.
• Terceiro éter: som elétrico..."subfogo" solar do fogo por fricção.
• Quarto éter: cor elétrica..."subfogo" solar do fogo por fricção.

Tudo o que ocorre nos subplanos gasoso, líquido e denso está sob a regência do fogo por fricção puro. Vejamos exemplos de fenômenos nesses três subplanos inferiores. Quando liquefazemos (fusão) um bloco de ferro pelo calor, estamos aplicando ao ferro fogo por fricção puro. Quando um gás é liquefeito, ele é fortemente comprimido, o que impede o movimento de suas moléculas, obrigando-as a liberarem seu fogo por fricção puro e então o gás passa para o estado líquido.

No terceiro éter temos o som elétrico, que está sob a ação do "subfogo" solar do fogo por fricção. O som tende a construir formas, o que é coerente com o objetivo do "subfogo" solar: unir.

No quarto éter temos a cor elétrica, sob a ação do "subfogo" solar do fogo por fricção. Ora, a cor diferencia, o que é necessário para prover formas adequadas à multiplicidade de experiências que as Mônadas em evolução têm de vivenciar nos mundos densos, mas numa única forma há diferenciação, facilmente observada no corpo humano, com uma infinidade de células diferenciadas, sendo necessário um agente de coesão, para mantê-las unidas e esse agente é o "subfogo" solar do fogo por fricção. O fogo solar da Alma mantém os três corpos inferiores unidos em uma unidade.

No primeiro éter temos o "subfogo" elétrico do fogo por fricção. Esse "subfogo" elétrico do fogo por fricção manifesta-se como "subfogo" solar nos segundo, terceiro e quarto éteres e como "subfogo" por fricção nos subplanos gasoso, líquido e denso. Concluindo, o Mestre Tibetano está certíssimo, quando diz que Manas é eletricidade e chama de elétricas a vibração, a luz, o som e a cor.

O Mestre termina esse item 5 dizendo que nas cinco definições explicadas existem um amplo campo para reflexão e muitos indícios para aqueles que têm olhos para ver e ouvidos para ouvir. Ele acrescenta que poderia dar muito mais explicações e diz textualmente: "porém nosso propósito consiste em que os estudantes pensem por si mesmos e procurem definir estas ideias com suas próprias palavras".

No próximo estudo faremos uma análise comparativa das cinco definições de Manas dadas pelo Mestre.

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Estudo 116

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Um aprofundamento do tema Manas é a Chave do Quinto Reino da Natureza

Estudemos em maior profundidade como podemos ingressar no Quinto Reino da Natureza, ou seja, na Hierarquia Planetária, pelo desenvolvimento e utilização de Manas.

Sabemos que o ingresso na Hierarquia Planetária começa na terceira Iniciação Planetária, a primeira Solar, a da Transfiguração, quando o homem, pela primeira vez, fica face a face com o BENDITO SENHOR DO MUNDO. Ela foi representada por Jesus, que já a possuía, quando subiu ao monte Tabor, juntamente com João (o Evangelista), Pedro e Tiago e lá se transfigurou, aparecendo aos seus lados Elias e Moisés, sendo a cena agradável aos três apóstolos. O ingresso efetivo no Quinto Reino ocorre na quarta Iniciação Planetária, a segunda Solar, quando o homem libera-se da roda de Sanshara, de encarnações compulsórias.

Para o recebimento da terceira Iniciação, vários requisitos são necessários, sendo o principal e mais importante o uso intenso e um bom domínio da mente ou manas. É óbvio que um caráter sólido e uma forte disposição para servir à humanidade são condições prévias.

Na terceira Iniciação a Alma funde-se plenamente com a personalidade. Ora, a Alma é essencialmente mente. Ela é o resultado da ação da Mônada em três átomos mentais, estando pois localizada no plano mental superior ou causal. Para ocorrer a fusão Alma-personalidade, o que significa o domínio da Alma sobre a personalidade, é necessária uma grande capacidade de usar a mente em suas duas partes: a inferior ou concreta e a superior ou abstrata, uma vez que, como já vimos, a Alma está situada no mental abstrato.

Na primeira Iniciação, que requer o domínio do corpo físico e na segunda, que requer o domínio do corpo emocional ou astral, o Iniciado ainda não ingressou na Hierarquia Planetária, propriamente falando, uma vez que ainda pode haver desvio para a linha do mal. Mas na terceira, sendo impossível esse desvio, o Iniciado consolida seu avanço para a Hierarquia Planetária, passando a ser um auxiliar de grande utilidade para Ela.

Para a terceira Iniciação, o Iniciado já tem de ter transmutado o desejo em aspiração e a aspiração em vontade, não sendo suficiente a devoção sozinha.

Além disso, o Antakarana, a ponte entre a Unidade Mental Permanente e o Átomo Mental Permanente, já tem de estar em fase final de construção, faltando apenas os retoques finais, para o período entre as terceira e quarta Iniciações, sendo que esta última normalmente é recebida na encarnação seguinte àquela em que recebeu a terceira.

Ora, o Antakarana só pode ser construído pelo uso intenso da mente, pela visualização e pelo conhecimento da técnica para tal, a partir do cérebro físico.

Para a terceira Iniciação, a vontade e autodomínio têm de estar consolidados. Ora, o controle do corpo emocional só pode ser conseguido a partir do corpo mental.

Na terceira Iniciação, a Mônada já está fortemente aferrada à Alma e ao Loto Egoico, que é feito de matéria mental superior e assim Ela já está enviando intensamente seu fogo elétrico para a Alma e os veículos inferiores. Ora, fogo elétrico é vontade e a vontade se expressa pela mente.

Vamos fazer aqui uma referência a um grande cientista que nasceu em 1548, em Nola, Itália: Giordano Bruno. Por procurar entender o mundo fenomênico, ser amante da verdade e passar seus conhecimentos, foi duramente perseguido pela inquisição, a mancha negra da Igreja Católica Romana, sendo queimado vivo em praça pública, no local denominado Campo dei Fiori, em Roma, onde atualmente está erigida uma estátua desse grande homem, colocada por iniciativa da comunidade científica.

A citação de Giordano Bruno neste texto deve-se ao fato de existirem fortes indícios, segundo a nossa opinião, de que Ele foi uma encarnação do Mestre Djwal Khul, também chamado Mestre Tibetano, na qual Ele recebeu a quarta Iniciação Planetária.

A filosofia de Giordano Bruno estava baseada nos princípios do neoplatonismo de Plotino e do hermetismo da Europa pré-cristã. A iluminação pessoal, com a conseguinte salvação da Alma, segundo esta doutrina, depende do grau de conhecimento (gnose) e maturidade que o homem consegue conquistar, em seu esforço para entender o porquê da existência terrena, que antecede o mundo suprassensível. Ora, por salvação da Alma, entendemos a liberação da roda de Sanshara, ou seja, a quarta Iniciação Planetária. Portanto, o pensamento de Giordano Bruno é o mesmo do Mestre Tibetano, uma vez que adquirir conhecimento sobre o mundo fenomênico e procurar compreendê-lo é o mesmo que utilizar manas ou mente.

Concluindo, temos argumentos suficientes para provar que o Mestre está certíssimo, quando afirma que Manas é a Chave do Quinto Reino da Natureza.

No próximo estudaremos o item 6 do Tratado: Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência.

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Estudo 117

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - 6. Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência (Páginas 291, 292 e 293)

Concluiremos esta série de definições de Manas, como vontade inteligente e propósito ordenado de todo ente autoconsciente. É necessário que tenhamos em conta certos fatos fundamentais, que contribuirão para manter a mente clara e permitirão compreender algo sobre o lugar que este fogo da mente ocupa no cosmo, no sistema solar e também (embora desnecessário dizer) em nossas próprias vidas, reflexos dos outros dois.

Devemos recordar que Manas é um princípio do Logos e, necessariamente, faz-se sentir em todas as evoluções, pois elas são partes da Sua natureza. Manas está especialmente ligado aos centros laríngeo e coronário. É o fator inteligente ativo, que permite a um Logos Solar, a um Logos Planetário ou Homem Celestial e a um ser humano:

a. utilizar inteligentemente uma forma ou veículo;

b. desenvolver faculdades no corpo causal;

c. colher o benefício da experiência;

d. expandir a consciência;

e. avançar para uma meta específica;

f. discriminar entre dois polos;

g. escolher a direção para a qual orientará sua atividade;

h. aperfeiçoar a forma e utilizá-la;

i. controlar a substância ativa e canalizar suas forças para canais desejáveis;

j. coordenar os diferentes graus de matéria e sintetizar as formas utilizadas, até que todas e cada uma mostrem uma linha unânime de ação e expressem, simultaneamente, a vontade do Morador Interno.

Todas estas finalidades são o resultado do desenvolvimento manásico. Talvez possamos captar com maior claridade a ideia subjacente, se dermos conta de que:

a. O Espírito emprega manas em tudo que concerne à matéria, substância elétrica ou akasha ativo;

b. O Espírito emprega budi em tudo que se relaciona com a psique e com a Alma do mundo, do indivíduo ou de cada forma;

c. O Espírito emprega a vontade ou atma em tudo que se relaciona com a essência de tudo, com a essência de si mesmo, considerando a essência e o Eu como Espírito puro, distinto do espírito-matéria.

No primeiro caso, a qualidade característica de manas é discriminação, que permite ao Espírito ou Mônada diferenciar:

1. O Eu e não-eu;

2. a Mônada e a matéria;

3. os planos e os subplanos;

4. os diferentes graus de matéria atômica do sistema;

5. as vibrações geradas pela vontade, ao atuar por meio do amor-sabedoria e energizar a substância;

6. tudo aquilo que concerne a qualquer tipo de forma e existência essencial.

No segundo caso, o princípio búdico tem como qualidade característica o amor e manifesta-se como sabedoria, que atua por meio do amor e produz:

1. Unidade entre todos os Eu´s;

2. coerência grupal;

3. qualidades características que se encontram na linha que denominamos Amor;

4. trabalho efetivo, em relação com a evolução ou os fundamentos do trabalho hierárquico.

No terceiro caso, a Mônada emprega o aspecto vontade ou atma (no homem), cuja característica é essa força coerente, que mantém sempre à vista o propósito da entidade e o desenvolve em forma substancial, por meio do amor.

Todas estas características foram assinaladas, porque servem para tornar bem claros o alcance e as limitações do princípio mental ativo. Na Aula da Ignorância desenvolve-se o aspecto acumulativo de manas e a habilidade de adquirir e acumular conhecimento e informação. Por exemplo, um homem adquire conhecimento, estuda e estabelece vibrações, que deve aplicar inteligentemente. Assim, põe-se de manifesto o aspecto aquisitivo deste princípio. Na Aula do Aprendizado desenvolve-se o aspecto discriminativo e o homem aprende, não só a escolher, como também a rechaçar e começa a fundir inteligentemente os dois polos. Na Aula da Sabedoria também rechaça e funde perfeitamente os dois polos, produzindo assim esse algo objetivo que chamamos luz. Manifesta-se o aspecto iluminador de manas. O homem converte-se em um criador inteligente e, quando tenha recebido as quatro Iniciações maiores:

1. terá desenvolvido à perfeição o aspecto Brahma, que, como já se indicou, atua principalmente nos três mundos inferiores. É o aspecto ativo inteligente;

2. terá alcançado o grau de desenvolvimento, donde o Homem Celestial, o divino Manasaputra, começou este círculo de manifestação, que chamamos sistema solar;

3. terá transmutado manas em sabedoria ou amor;

4. terá sintetizado os Raios de Atividade ou Inteligência e estará começando a fundir estas sínteses com a superior: amor-sabedoria.

Encerremos aqui o atual estudo, para no próximo comentarmos estas últimas informações do Mestre Tibetano, tentando compreendê-las de forma prática.

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Estudo 118

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Comentários sobre o item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência, nas páginas 291, 292 e 293.

Comentaremos o que o Mestre Djwal Khul nos ensinou no item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência, com o objetivo de extrairmos conclusões práticas, as quais possamos utilizar para melhor entendermos o mundo fenomênico no qual estamos inseridos, como também o que está muito mais além.

Sendo manas um princípio do Logos Solar, Seu terceiro aspecto, é evidente que se manifesta também em seu corpo de expressão e nas células inteligentes que o constituem, as Mônadas humanas e Dévicas, células menores e os Logoi Planetários, células maiores. As ações exercidas por essas células inteligentes constituem a atividade inteligente do Logos Solar, assim como as pequenas vidas celulares, que executam as funções em nossos neurônios, executam a nossa atividade inteligente. É óbvio que o homem comum executa a atividade inteligente do Logos Planetário na parte densa de seu cérebro cósmico. Somente os Iniciados executam tarefas em níveis etéricos cósmicos, de acordo com sua elevação iniciática.

Pelas atividades intelectuais mais elevadas dos homens, como um todo, temos uma infinitesimal amostra da Inteligência do Logos Planetário. Entender o que é realmente a atividade intelectual do Logos Planetário é uma tarefa muito complexa, por isso só podemos fazer aproximações muito distantes da realidade, mas essas tentativas de entender são muito úteis e lentamente nos conduzem para maiores proximidades e assim nos fazem evoluir, uma vez que estaremos nos esforçando para entender Deus, o que é a sua Vontade.

Essa capacidade intelectiva tem como centros coordenadores os chacras laríngeo (sob a ação do terceiro raio) e coronário (que, embora sob a ação do primeiro raio, é o sintetizador dos demais chacras).

Tentemos compreender o que o nosso Logos Solar pode fazer através de sua atividade intelectual. Lembremos que Ele é o nosso Deus, num sentido mais amplo, uma vez que somos Mônadas centelhas da Mônada Solar, entregues à guarda do nosso Logos Planetário. Ele pode, através de manas:

a) Utilizar uma forma ou veículo. A sua forma física cósmica é o sistema solar, considerando os sete planos, do físico ao adi. Limitando-nos apenas à parte de seu corpo constituída pelo sol, nosso conhecido e os planetas que orbitam em torno dele, temos uma parcial ideia do que seja utilizar inteligentemente uma forma.

A harmonia existente entre os planetas, suas órbitas bem coordenadas, obedecendo às leis de Kepler, da mecânica celeste, a peculiaridade da órbita de Plutão, que ora é o planeta mais distante, ora se interioriza, ficando mais próximo que Netuno, as órbitas disciplinadas das luas dos planetas maiores, como Urano, com 21, Saturno, com 18 e Júpiter, com 16, segundo informações da NASA, tudo isso é uma prova cabal da Inteligência Divina e olhando apenas uma parcela da atividade física.

Uma outra prova é a tabela periódica dos elementos. Há muitas outras provas do uso inteligente da forma pelo Logos Solar, sendo impossível enumerá-las todas, tal a sua quantidade.

Esmiucemos um pouco a tabela periódica. Todos os seus elementos estão agrupados segundo os sete raios, expressando propriedades desses raios. Citemos o germânio (Ge) e o silício (Si), ambos semicondutores e sob a regência do quarto raio (Harmonia pelo conflito), que revolucionaram a eletrônica e deram um imenso avanço às telecomunicações e à informática, que permitirão o estabelecimento da fraternidade planetária, pela disseminação e divulgação do conhecimento aos quatro cantos da Terra. Estamos apenas no começo e o Plano Divino, devagar, está sendo levado a cabo. Sua aceleração depende somente da boa vontade dos homens e da sua habilidade de usar a mente. Quando o homem entender, por via racional e não pelas religiões, que o sofrimento, sob qualquer forma, pode e deve ser eliminado da face da Terra, não podendo existir um único ser humano sofrendo, então o Plano Divino será acelerado e Cristo, o Instrutor de homens e Devas, será visível entre nós.

Estudamos apenas uma das utilizações de manas por parte do nosso Logos Solar, citada na letra "a" da lista do Mestre Tibetano. No próximo estudo estudaremos outras utilizações inteligentes da forma, envolvendo as matérias mais sutis de seu corpo físico cósmico, como a astral, mental, búdica etc.

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Estudo 119

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Comentários sobre o item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência, nas páginas 291, 292 e 293 (Continuação)

Continuemos os nossos comentários sobre o tema do título. Procuremos mais demonstrações do uso inteligente da forma cósmica, que é o nosso sistema solar, por parte do nosso Logos Solar.

Quando olhamos os sete planos, do físico ao adi, constituintes do seu corpo físico cósmico e percebemos sua utilização pelo homem em seu processo evolutivo, constatamos uma imensa beleza inteligente e somente em uma parte da utilização, uma vez que o sistema solar tem muitos outros propósitos, além de servir de palco para a evolução do homem.

Nos três planos ou mundos inferiores, físico, astral e mental, o homem executa a primeira etapa de sua evolução. Quando ingressa no Caminho, após ter passado pela câmara da ignorância e estar bem adiantado na câmara do aprendizado, vê-se pronto para a primeira Iniciação Planetária, quando domina o corpo físico e o Cristo nasce na caverna do coração, sendo por isso chamada o Nascimento.

Em seguida, após muitas batalhas, vem a segunda Iniciação, chamada o Batismo, pelas águas, que simboliza o corpo astral (as emoções), que deve ser dominado, sendo as emoções colocadas sob o jugo da mente.

A seguir vem a terceira Iniciação, a Transfiguração, a primeira Solar, quando fica face a face com o BENDITO SENHOR DO MUNDO. A meta aí é desenvolver e dominar o corpo mental. Com ela os três mundos inferiores ficam controlados e dá-se a fusão plena da Alma com a personalidade, tornando-se esta um instrumento fiel da Alma. O período entre as segunda e terceira Iniciações é o mais difícil, quando o homem passa pelas provas de Escorpião, simbolizadas pela hidra de nove cabeças, nos trabalhos de Hércules.

Vem em seguida a quarta Iniciação, a Renúncia, quando o homem, tendo dominado os três mundos inferiores, consolida esse domínio, atinge a perfeição quanto aos veículos inferiores e como Alma, em particular, o Loto Egoico e consegue extrair tudo o que os três mundos inferiores podem lhe propiciar, para renunciar a tudo voluntariamente e começar uma nova batalha em busca da conquista de um mundo superior e de muito maior intensidade e riqueza de vida, o plano ou mundo átmico.

A conquista prossegue, até o total domínio do plano físico cósmico, na sétima Iniciação, a Ressurreição, esse nome porque o Iniciado ressurge no plano astral cósmico, em seu sétimo subplano, o mais denso, tendo surgido no plano físico, quando se individualizou.

Em todo esse processo iniciático, vimos uma mínima prova da Inteligência do Logos Solar, usando sua Mente. Não destacamos a utilização do sistema solar como um corpo físico cósmico pelo Logos Solar, em sua vivência de experiências com o seu ambiente cósmico exterior ao seu corpo, como também não vimos suas relações físicas, pelos sentidos cósmicos de percepção (jnanaindriyas) e mecanismos cósmicos de ação (carmaindriyas). Há que considerar também as relações do Logos Solar com Seus Pares, no nível físico cósmico.

Se formos analisar a vivência do Logos, empregando Seu corpo astral cósmico e suas emoções, a coisa complica-se muito, por falta de palavras que possam expressar os conceitos e ideias.

Os mistérios do universo físico, muitos ainda velados para os cientistas, que serão entendidos pelo Iniciado, a partir da quarta Iniciação, encerram a prova irrefutável da grandiosidade da Mente do Logos Solar.

No próximo estudo iremos considerar o desenvolvimento de faculdades no corpo causal, em relação ao homem, uma vez que, em relação ao Logos Solar, ainda não temos ideias claras, apenas podemos fazer conjecturas, impossíveis de traduzir com palavras.

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Estudo 120

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Comentários sobre o Item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência, nas Páginas 291, 292 e 293 (Continuação)

Demonstraremos agora a utilização de manas ou mente para desenvolver faculdades no corpo causal. Faremos o estudo em relação ao homem, mas, como tudo o que acontece com o homem e em todo o sistema solar, foi planejado pela Mente do Logos Solar, essa demonstração em relação ao homem comprova também o uso da Mente por parte do Logos Solar, embora em nível bem pequeno.

O coração do corpo causal é o Loto Egoico. Embora ainda não tenhamos descrito a sua história e organização, podemos antecipadamente resumi-lo de forma simples. Ele é constituído de quatro fileiras de vórtices, cada fileira com três vórtices, denominados pétalas, totalizando doze vórtices, gerados pelo movimento de moléculas mentais, começando pelo terceiro subplano e chegando ao atômico, com o desenvolvimento da Alma. A primeira fileira, a externa, chama-se as pétalas do conhecimento, a segunda, mais interior, pétalas do amor-sabedoria-razão pura, a terceira, mais interior ainda, pétalas do sacrifício ou vontade e a última, a mais interior, pétalas que velam a Joia no Loto. No centro está a Joia no Loto, a Alma, constituída por três átomos especializados, através dos quais a Mônada manifesta-se no plano causal, quando ocorre a individualização do homem.

A essência de tudo o que o homem faz, em seus três níveis inferiores, físico, astral e mental, é armazenado nas respectivas pétalas do Loto Egoico. Tal armazenamento, na grande maioria da humanidade, ou seja, no homem comum e muito distante do caminho, dá-se no intervalo entre encarnações físicas, na fase em que o homem fica no devakan superior ou plano causal, sendo isso feito com a ajuda do Anjo Solar. Quando o homem já é um Iniciado com a segunda Iniciação Planetária, em preparação para a terceira, com os conhecimentos que o Iniciado já tem do Loto Egoico, esse trabalho passa a ser feito durante a encarnação, sem ter de aguardar a ida ao devakan superior, uma vez que nessa fase da evolução, ele não vai mais ao devakan, retornando rapidamente à encarnação após o desencarne, para cumprimento da etapa final da roda de sanshara. O Anjo Solar, neste período, apenas vigia, efetuando todo o trabalho a Mônada via Alma.

Falando de forma muito resumida, tudo o que se refere ao terceiro aspecto, em termos de experiências do homem, é armazenado nas pétalas do conhecimento. Tudo o que implica no segundo aspecto é gravado nas pétalas do amor-sabedoria-razão pura. Finalmente, tudo o que se relaciona com o primeiro aspecto é arquivado nas pétalas do sacrifício ou vontade. Na etapa final, o conteúdo de cada aspecto ativa as pétalas centrais, ou seja, o conteúdo do conhecimento ativa a pétala central do conhecimento, o conteúdo do amor-sabedoria-razão pura ativa a pétala central do amor-sabedoria-razão pura e o conteúdo do sacrifício ativa a pétala central do sacrifício. Com a ativação das pétalas centrais, que velam a Jóia no Loto, elas abrem-se e a Joia no Loto é vista em toda a sua beleza e glória, marcando o final da roda de sanshara e a libertação dos três mundos inferiores.

O processo de transferência das informações oriundas das experiências nos três mundos inferiores, ou seja, experiências nos três aspectos através do cérebro físico, o que significa estar o homem encarnado fisicamente, até o Loto Egoico, não será explicado no momento. O mesmo diga-se das experiências nas passagens pelo mundo astral, após a morte física e pelo mundo mental, após a morte astral. Não podemos esquecer as experiências adquiridas nas passagens por globos sutis da cadeia e em outros esquemas, o que ocorre frequentemente com Iniciados, com o intuito de acelerar a evolução, proporcionando oportunidades, o que só é possível com aqueles que apresentam potencial para isso.

O que podemos explicar agora e que é suficiente para comprovar o uso da mente no desenvolvimento de faculdades do corpo causal, é o processo de armazenamento ou gravação das essências das experiências nas pétalas do Loto Egoico, coração do corpo causal e chacra cardíaco da Mônada. Esse processo é regido pela Lei de Vibração. As teorias científicas mais avançadas e recentes, envolvendo a termodinâmica e a informática, chegaram à conclusão de que a matéria é um computador e que o próprio buraco negro também o é, sendo a saída de dados através da radiação de Hawking. Um quilo de matéria no volume de um litro pode gerar energia de um bilhão de graus kelvins. Essa energia pode processar operações na velocidade de 10 elevado a 51 (o número 1 seguido de 51 zeros) operações por segundo e com essa quantidade de matéria é possível armazenar 10 elevado a 31 bits. A técnica utilizada para gravar bits e processar dados aproveita a posição das moléculas e partículas, a velocidade e o spin, pelo sentido de giro. Ora tudo isso é vibração, falando esotericamente. Podemos perceber e entender isso com facilidade, mesmo sem descer a detalhes no domínio da frequência de uma onda eletromagnética senoidal ou outra qualquer. Ora as pétalas do Loto Egoico são vórtices de partículas, em altíssima velocidade, muitíssimo maior que a da luz física. Nesses vórtices as partículas executam diversos movimentos simultâneos. Se considerarmos o imenso número de partículas mentais do Loto Egoico, sua elevadíssima velocidade e seus muitos movimentos simultâneos, perceberemos a praticamente infinita capacidade de armazenar dados e de processá-los, mesmo sem efetuar cálculos de análise combinatória e outros mais avançados.

Pelo troca de partículas mentais do terceiro subplano (existentes no início do processo evolutivo como homem individualizado) por outras do segundo subplano, de muito maior velocidade e, no final, por átomos mentais, de maior velocidade ainda e em maior quantidade, vemos que não só a velocidade de processar dados ou de operações, como a capacidade de armazenar dados cresce, quase infinitamente, quando comparamos com nossos padrões físicos. É como se o computador inicial, na época da individualização, fosse um Pentium 100 (processador), depois passasse para um Pentium 1.2 Gigahertz e no final para um Pentium 10 Gigahertz (sabemos que ainda não existe). Na realidade é isso que acontece, usando a Lei de Analogia, com as devidas diferenças.

Assim como na Informática existe a codificação, em linguagem binária (dígitos zero e um, conforme a tensão no coletor do transistor PNP ou NPN e no dreno do FET, transistor de efeito de campo, no corte, voltagem alta e na saturação ou conduzindo fortemente, voltagem zero), usando dois estados, o que permite essa imensa capacidade de armazenamento de dados e velocidade de processamento, assim também existe um método de codificação para as operações no Loto Egoico. No nosso cérebro físico também existe uma codificação, uma vez que a atividade de um neurônio consiste de sequências de pulsos elétricos, pela troca de íons dentro dele, através da membrana. Não iremos no momento pesquisar como é essa codificação pelas propriedades das partículas mentais formadoras das pétalas do Loto Egoico.

Embora tudo isso não seja de muito agrado para aqueles que são somente místicos e devocionais e evitam o uso da mente analítica, todavia é essa a realidade e, mais cedo ou mais tarde, todos os que estão unicamente na linha do misticismo e da devoção, terão que ingressar na linha da mente. Não devemos esquecer que a devoção é do sexto raio, um raio menor e que a mente, inicialmente passa pelo quinto raio, da mente concreta, aquela que exige a comprovação material, também um raio menor e, depois que foi sintetizada no quarto raio, de harmonia pelo conflito, expressa-se , em toda a sua glória, no terceiro raio, o raio que sintetiza os quatro raios menores, sendo pois um raio maior.

As qualidades que um homem pode expressar no mundo físico dependem do estado de seu Loto Egoico. A Hierarquia, quando quer avaliar o nível evolutivo de um homem, analisa seu Loto Egoico. A abertura das pétalas é um dos parâmetros. Essa abertura ocorre em decorrência do aumento de velocidade e de frequência das partículas mentais constituintes. É por isso que o Loto Egoico de um homem primitivo é chamado de loto botão, porque as suas pétalas estão totalmente fechadas, encobrindo completamente a Joia no Loto e tendo a aparência de um botão.

Há muito mais coisas a serem ditas sobre o Loto Egoico, contudo o que já foi explicado é suficiente para provar que é por meio de manas que o homem consegue desenvolver as qualidades do corpo causal, conforme diz o Mestre Tibetano.

Podemos rapidamente fazer comparações, tentando entender e visualizar o Loto Egoico do Logos Planetário, pois Ele o possui. Iniciados de elevadíssimo nível trabalham e exercem funções nas suas pétalas, que estão no plano causal cósmico, numa situação inferior, é claro, à do Loto Egoico do Logos Solar. Esses Altos Iniciados são aqueles que concluíram seus cursos, realizados através de um dos quatro caminhos escolhidos na sexta Iniciação, a quarta solar. Os caminhos são sete, mas três conduzem ao quatro, ou seja, o primeiro leva ao sexto, o segundo conduz ao sétimo e o terceiro vai para o quinto, restando finalmente quatro caminhos. É a única visão que podemos ter do Loto Egoico de um Homem Celestial, uma vez que é muito difícil explicar as propriedades da matéria mental cósmica, que envolve atividades mentais de Homens Celestiais e de Grandes Homens Celestiais (os Logoi Solares).

Assim vimos como manas é de capital importância para o processo evolutivo, mesmo sem serem explicados os detalhes técnicos de seu uso.

No próximo estudo analisaremos mais conquistas de manas, como ferramenta de um Ente, homem (na realidade a Mônada encarnada), Logos Planetário, Logos Solar.

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Estudo 121

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Comentários sobre o item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência - A Colheita dos Benefícios da Experiência (c), A Expansão da Consciência (d) e o Avanço para uma Meta Específica (e), nas Páginas 291, 292 e 293

Iremos agora estudar a colheita dos benefícios da experiência (c), a expansão da consciência (d) e o avanço para uma meta específica (e), pelo uso da mente. Comecemos pela colheita dos benefícios da experiência. Embora essa colheita esteja relacionada com o desenvolvimento das faculdades do corpo causal, ela apresenta aspectos, que se tornam outros resultados do uso da mente. Pelo uso das novas faculdades do corpo causal, que se refletem no cérebro físico, o homem atua melhor no mundo e obtém mais sucesso, mesmo de forma egoísta. A sua vida melhora cada vez mais e com o tempo percebe que deve usar suas faculdades (benefícios da experiência) a serviço de seus semelhantes e assim aproxima-se do Portal Iniciático, o que é um outro benefício, não só para si mesmo, mas para a humanidade, pois cada ser humano que atravessa o Portal passa a ser mais um trabalhador da Hierarquia, na grande empreitada, dentre muitas, de conduzir a humanidade.

Com a aquisição de conhecimentos e experiências nos mundos inferiores e sua assimilação e armazenamento no Loto Egoico, as pétalas deste dinamizam-se e abrem-se, ocorrendo sua expansão. Consequentemente, por essa expansão e enriquecimento do Loto, a consciência da Alma amplia-se e Ela passa a ter maior controle sobre os corpos inferiores, transferindo sua visão mais ampliada para o cérebro físico e assim inicia-se um processo de realimentação (feedback) positiva: a Alma envia mais informações para o cérebro físico, o homem encarnado busca mais informações e experiências, que são remetidas para a Alma, que as processa, expande-se e envia mais informações para o cérebro, de forma crescente. Tudo isso é operado pela mente, pois a Alma, por estar no plano mental superior, é mente por excelência.

Ao usufruir de todos esses benefícios, o homem chega a um estágio de evolução, em que pode estabelecer uma meta, porque a enxergou. Mas para chegar a essa meta, ele necessita de um planejamento. Esse planejamento só pode ser feito pelo uso da mente, que também tem de ser utilizada na execução do plano.

Assim vimos a demonstração dos três resultados do uso da mente, no âmbito do homem.

Procuremos ver o mesmo na esfera do Logos Planetário. Suas experiências se dão em dois níveis: o interno, dentro de seu "círculo não se passa planetário" e o externo, no relacionamento com o seu ambiente exterior e seus pares. Ele também possui uma personalidade e uma Mônada (o que Ele é realmente, assim como o homem), que atua no plano mental cósmico através da sua Alma.

O que dissemos a respeito do homem, aplica-se ao Logos, é óbvio que em nível e esfera muito maiores. Citemos um fato. Quando o homem lemuriano individualizou-se, há dezoito milhões de anos, o nosso Logos Planetário estava tendo um relacionamento muito forte e íntimo com o Logos de Vênus, de polaridade feminina. Isso provocou forte comoção em seu corpo astral cósmico, que repercutiu na matéria búdica de seu corpo físico cósmico e daí houve uma dinamização da matéria gasosa do seu corpo físico, o nosso plano mental, ensejando a chegada de SANAT KUMARA, do esquema de Vênus e seus companheiros, juntamente com os Anjos Solares, do plano mental cósmico, os quais implantaram a chispa da mente no homem lemuriano. Ele também recebeu nessa época uma Iniciação Cósmica. Com esses magnos eventos, Ele viveu uma grande experiência, pois encarnou no nosso mundo, através de SANAT KUMARA. Hoje Ele está colhendo os frutos dessa experiência, pois tudo foi armazenado em Seu Loto Egoico e no momento está preste a receber uma Iniciação Cósmica menor. Tudo isso pelo uso da Sua mente cósmica.

Ao mesmo tempo Sua consciência expandiu-se, pelo acréscimo de novos conhecimentos e pela dilatação e dinamização de Seu Loto Egoico. Também houve um avanço em direção à Sua meta, que por enquanto é a conquista de uma Iniciação.

Os mesmos resultados, em nível muitíssimo maior, são conseguidos pelo Logos Solar. No sistema solar anterior ao atual, o Logos Solar desenvolveu ao máximo seu terceiro aspecto, a Inteligência Ativa ou mente. Agora Ele está utilizando essa mente para atingir uma nova meta, o Amor-Sabedoria-Razão Pura perfeitos para Ele, em Seu nível. Está portanto colhendo os benefícios da experiência anterior.

Pelo uso de Sua mente cósmica, expandiu Sua consciência cósmica, pelo acréscimo de novos dados cósmicos ao Seu Loto Egoico. Atualmente, também pela mente, Ele está avançando em direção à Sua nova meta.

Sua meta maior, da qual a atual é apenas uma etapa, é ser um Logos Cósmico.

É impossível ter no momento a mais pálida idéia do que seja Sua vida emocional cósmica, pois, para que se tenha essa mínima ideia, é condição sem a qual não ter experiência pelo menos do sétimo subplano astral cósmico, o que só é conseguido na oitava Iniciação Planetária, a sexta solar e a segunda cósmica.

As únicas noções, muito rudimentares, possíveis de afluírem ao cérebro físico, são as provenientes do corpo búdico para cima. Mas isso está ao alcance somente dos Iniciados a partir da segunda Iniciação Planetária, em nível crescente com a conquista de Iniciações mais elevadas. Quando a quarta é recebida e o homem fica livre do cérebro físico, passando a viver relacionado com a matéria búdica, aumenta a clareza, embora com as limitações decorrentes do fato de estar captando sensações físicas cósmicas do Logos Solar. Mas isso é muitíssimo melhor do que a total ignorância do homem comum sobre o assunto.

Por tudo isso vemos que é muito verdadeira a frase: "Quanto mais sei, mais vejo que mais devo aprender". Essa frase, por nós modificada, é um pouco diferente da vulgarmente conhecida: "Quanto mais sei, mais sei que nada sei" , a qual não expressa a realidade e é contraditória.

Continuaremos os comentários sobre o item 6 no próximo estudo.

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Estudo 122

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Comentários sobre o item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência, nas Páginas 291, 292 e 293 - f - discriminar entre dois polos, g - escolher a direção para a qual tem de orientar sua atividade e h - aperfeiçoar a forma e utilizá-la.

Estudemos mais resultados que podem ser obtidos através de Manas, pelo homem, o Logos Planetário e o Logos Solar. No caso do homem, poderemos nos aprofundar, o mesmo não ocorrendo para os Logoi, para os quais teremos de fazer apenas aproximações, pela Lei de Analogia.

Vejamos inicialmente a letra f - discriminar entre dois polos.

O homem

Sabemos que Manas é discriminador por excelência. É lógico que no começo essa propriedade gera a separatividade, mas isso é necessário, para que mais tarde o homem veja o UNO nos muitos, o que seria impossível, se não houvesse a discriminação. O próprio Logos diferencia-se nos muitos com esse objetivo. Mestre Tibetano define o sentido equivalente ao olfato no corpo átmico com as seguintes palavras:" Manas com a sua ação discriminadora aperfeiçoando o inter-relacionamento eu não-eu".

Porque a separação dos sexos deu-se na terceira sub-raça lemuriana, justamente quando a chispa da mente foi implantada no homem da cadeia terrestre, quando este começou a pensar ? Exatamente para ele ter a primeira oportunidade de discriminar, vendo o que estava diante de seus olhos: os sexos. Também não foi ao acaso que o sentido da visão surgiu na raça lemuriana. É muito mais fácil perceber diferenças pela visão do que pelos outros sentidos. Por isso a visão está fortemente relacionada com Manas, embora os demais sentidos também estejam relacionados com a mente, sendo suas janelas. No próximo sistema solar, que será do primeiro raio, a visão será o sentido mais importante.

A percepção dos dois sexos foi a primeira discriminação entre dois polos feita pelo homem, o que só foi possível, porque ele já possuía mente.

O Logos Planetário

Temos um exemplo muito claro do poder discriminador de Manas, com referência a dois polos, no comportamento do nosso Logos Planetário na cadeia lunar, que antecedeu a nossa. Ele percebeu e identificou seu polo oposto, o Logos de Vênus e empenhou-se fortemente na sua busca, tão fortemente que gerou um certo desequilíbrio, cujas consequência estamos sentindo agora, na quarta cadeia.

Uma outra discriminação entre dois polos ocorreu também na cadeia lunar, quando o nosso Logos identificou a Entidade Planetária, um Ser Cósmico no ciclo involutivo, sobre a qual falaremos futuramente. Essa Entidade, a Ele ligada, é uma espécie de seu polo oposto, em certo sentido. Nosso Logos enfocou sua atenção nessa Entidade tão intensamente, que a despertou de seu estado natural e com isso Ela afetou a humanidade lunar de uma forma tão maléfica, que ela atingiu um ponto sem possibilidade de recuperação naquela cadeia. Isso ocorreu no final da terceira cadeia e fez com que o próprio Logos Solar determinasse a extinção de toda a cadeia, antes da época planejada. Também estamos sentindo as implicações desse fato na nossa cadeia.

O Logos Solar

Nosso Logos Solar, pelo uso de Manas, está procurando seu polo oposto, com o qual conseguirá aperfeiçoar seu Trabalho cósmico. Esse polo é um dos Logoi Solares, que juntamente com Ele, fazem parte do corpo cósmico de um Logos Cósmico.

Há muito mais exemplos de discriminação entre dois polos, mas esses são suficientes para comprovar o poder discriminador de Manas, com referência à polaridade.

Passemos à letra g - escolher a direção para a qual tem de orientar sua atividade. Esse poder de escolher é consequência da capacidade discriminadora de Manas. Para se escolher é necessário que se saiba separar num conjunto de possibilidades.

O homem

Somente quando a Mônada, via Alma, consegue firmar seu contato com o cérebro físico, é que se torna possível Ela escolher com plena consciência o tipo de atividade numa dada encarnação. Até aí o planejamento da encarnação foi feito exclusivamente pelos Senhores do Carma. Quando a Mônada, atuando como Alma no plano causal, consegue ter uma visão mais ampla desse plano, pela assimilação das muitas experiências nos planos inferiores, então sua visão desses planos inferiores alcança um horizonte tão vasto, que seu domínio firma-se e cresce. É nesse momento, quando o poder de discernimento de Manas está bem adiantado, que a Mônada pode escolher com plenitude o caminho da encarnação.

O Logos Planetário

Temos a comprovação dessa utilização de Manas pelo Logos Planetário, na construção planejada das cadeias, rondas, raças-raiz com suas sub-raças e ramificações e no caso do nosso e de mais dois esquemas, o processo de Iniciações. Quando analisamos as qualidades das diversas raças, pelo estudo de suas civilizações, culturas e contribuições para as demais, percebemos claramente a inteligência do planejamento que as rege.

O Logos Solar

Também percebemos a praticamente infinita inteligência presente na organização do nosso sistema solar, sem ser necessário que desçamos aos detalhes.

Quanto à letra h - aperfeiçoar a forma e utilizá-la, não há muito o que falar, por ser um assunto muito evidente.

O homem

O avanço científico e tecnológico alcançado pelo homem é uma prova bem visível desse resultado do uso da mente. O homem está aprendendo a utilizar seu corpo de uma forma cada vez melhor, em virtude dos conhecimentos adquiridos através da inteligência. É desnecessário listar os avanços conquistados, uma vez que a imprensa, em todas as suas áreas, encarrega-se de documentá-los.

O Logos Planetário

Vemos esse efeito por parte dos Logoi Planetários no aperfeiçoamento observado nas cadeias e rondas dos diversos esquemas planetários. Não cabe aqui um estudo detalhado das cadeias e rondas, porque há literatura orientada para esse objetivo. No decorrer dos nossos estudos, iremos apresentando informações concernentes.

O Logos Solar

De modo semelhante aos Logoi Planetários, porém num nível muito maior, no espaço e no tempo, o Logos Solar utiliza e aperfeiçoa sua forma, o sistema solar. No sistema solar anterior, seu esforço concentrou-se no aperfeiçoamento da qualidade Inteligência Ativa ou Manas, através da matéria, empreitada na qual Ele obteve êxito.

No atual sistema, Ele está empenhado em aperfeiçoar o Amor-Sabedoria-Razão Pura, utilizando-o ao máximo e servindo-se de Manas, já aperfeiçoado.

Assim demonstramos mais três utilizações de Manas, pelo homem, pelo Logos Planetário e pelo Logos Solar. Se fôssemos descrever as argumentações disponíveis para essas demonstrações, o trabalho seria muito longo.

No próximo estudo analisaremos as duas últimas letras, i e j.

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Estudo 123

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Comentários sobre o item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência, nas páginas 291, 292 e 293 - letras i e j - Final.

Encerrando essa série de comentários, estudaremos mais duas coisas que podem ser conseguidas pelo uso de Manas: controlar a substância ativa, ou seja, os diversos tipos de matéria e encaminhar suas forças para canais desejados - coordenar os diferentes graus de matéria e sintetizar as forças utilizadas, até que todas e cada uma mostrem uma linha unânime de ação e expressem, simultaneamente, a vontade do Morador Interno, a Mônada.

Comecemos pela primeira. Controlar a substância ativa, ou seja, os diversos tipos de matéria, significa a experimentação e o domínio total das matérias física, astral e mental, nas etapas iniciais, uma vez que esse domínio prossegue ao infinito, com a conquista das matérias búdica, átmica, monádica, adi etc. Esse domínio é feito nos próprios corpos. O homem tem de dominar todas as suas sensações, no sentido de mantê-las sob o mais perfeito controle, sem bloqueá-las, mas jamais se deixando levar e conduzir por elas. Na matéria astral, ele tem de exercer também um perfeito controle das emoções, nunca permitindo se deixar conduzir por elas. Na matéria mental, há que ter seus pensamentos sob o jugo da sua vontade, que não é desejo. É assim que o homem irá subjugar seus mundos inferiores, que são constituídos por seus corpos materiais. Somente depois que se tornou senhor de si mesmo, em todos os níveis, é que o homem será senhor dos mundos exteriores.

Por esse controle, fica o homem em condições de canalizar as forças da matéria para onde quiser. Melhor explicando, quando o homem decide manter apenas emoções superiores, ele está simplesmente canalizando seus fogos por fricção tríplices para um determinado tipo de matéria astral, do subplano coerente com a natureza da emoção que quer cultivar. O mesmo ocorre com as sensações, que são físicas, sendo nesse caso a canalização do fogo por fricção que atua na matéria física.

No seu corpo mental inferior, pela meditação e atenção constantes, a matéria mental passa a ser controlada e o fogo por fricção atuante no corpo mental é canalizado para o subplano coerente com a natureza do pensamento predominante no homem.

É óbvio que todo esse controle só pode ser efetuado por Manas ou mente. Para tal, o homem tem de possuir o conhecimento necessário de seus veículos, uma vez que não pode agir às cegas, como pregam as religiões, que infelizmente abdicaram ao uso da mente, chegando ao ridículo de condenar seu uso, o que prevalece até hoje, felizmente sem as atrocidades e brutalidades da idade média, como a inquisição, que tantos malefícios trouxe para a humanidade.

Somente após ser soberano de si mesmo, nas três esferas de atuação, sensações (corpo físico), emoções (corpo astral) e pensamentos (corpo mental), é que o homem pode canalizar e utilizar as energias dos três tipos de matéria em aplicações fora dos seus corpos. Nessa fase, sua mente inferior já está plenamente unida e sintonizada com a mente superior e ele se torna realmente uma Alma atuante nos mundos inferiores, com plena e total consciência, melhor dizendo, uma Mônada plenamente atuante nos mundos inferiores, através de sua Alma e de uma personalidade associada a essa Alma. Quando esse estágio é conquistado, o homem passa a ser um Mago na acepção verdadeira e elevada, a serviço da humanidade e da Hierarquia.

Vejamos agora o segundo resultado do uso de Manas. Coordenar os diferentes graus de matéria e sintetizar as formas utilizadas, é uma consequência da etapa anterior. De fato, com o controle vem a capacidade de fazer com que os diversos tipos e graus (subplanos) de matéria trabalhem de forma harmoniosa ou coordenada, sem que uma dificulte a ação da outra, mas, pelo contrário, reforcem-se. Vamos dar um exemplo dessa coordenação. Quando um homem decide exteriorizar o amor verdadeiro, não esse egoísta e possessivo, da imensa maioria da humanidade, ele age mentalmente e estimula conscientemente seu corpo astral para vibrar nesse tom de amor, estabelecendo uma harmonia e coordenação perfeitas entre os dois corpos, o que irá se refletir no corpo físico, é lógico, com benéficos efeitos na saúde física. A persistência nesse comportamento irá automaticamente produzir a síntese dos corpos utilizados, o que significa que eles irão alcançar um tal grau de sintonia, que irão atuar como se fossem um único corpo, o que é realmente a síntese perfeita. Assim eles expressarão, simultaneamente, como diz o Mestre Tibetano, a vontade do Morador Interno, a Mônada, em outras palavras, o corpo físico, o corpo astral e o corpo mental expressarão, ao mesmo tempo e de forma uníssona, o amor existente na Mônada. Em todo esse processo Manas ou mente estará sempre presente, para a autoanálise contínua e o aparo das arestas, quando necessário, como também para a expansão e a elevação dos níveis de atuação.

Levemos esses conceitos para os Logoi Planetários, dentro de nossas limitações, é claro. Conhecemos um pouco do nosso Logos Planetário, através da atuação do Bendito Senhor SANAT KUMARA, o atual Senhor do Mundo e a encarnação física do nosso Logos. Ele também está lutando para conseguir o controle e síntese de seus veículos inferiores de expressão, nessa atual cadeia, uma encarnação Sua. Uma encarnação de um Logos Planetário consiste de uma cadeia, sob seu ponto de vista. Essa encarnação tem várias etapas, que são as rondas (sete) e os períodos globais (sete), ou seja, em cada ronda o Logos enfoca sua atenção (medita) em um dos sete globos da sua cadeia. No momento Ele está enfocado na Terra, onde está sua humanidade. Mas isso não significa que os outros globos da cadeia não estejam em atividade, apenas a atividade maior é na Terra.

Tendo em vista tudo o que foi explicado acima, o esforço de controle e coordenação do Logos, objetivando a síntese e expressão simultânea de sua Vontade, desenvolve-se sobre todos os sete globos (eles interagem entre si, como veremos mais tarde), sobre a humanidade em evolução na Terra, como também sobre a pequena parte da humanidade em evolução nos globos sutis e sobre todos os reinos, incluindo o reino Dévico sob sua jurisdição. Não podemos considerar na análise a Vida emocional cósmica nem a mental cósmica, uma vez que estas passam-se em seus corpos astral cósmico e mental cósmico, ainda fora do nosso alcance intelectivo (é lógico que iremos saber no futuro). Portanto, teremos de nos contentar com o que sabemos a respeito dos planos búdico, átmico, monádico e adi, ou seja, teremos de ficar apenas em Seu corpo físico cósmico.

Como já vimos, Sua consciência física cósmica (onde sua mente manifesta-se) ocorre na matéria átmica. Somente os Iniciados com a quinta Iniciação Planetária, a terceira Solar e acima, podem atuar e trabalhar com plena consciência e liberdade na matéria átmica do nosso Logos. Os demais Iniciados, de graus mais baixos, trabalham nas matérias búdica e mental. Então o Logos usa sua Mente Cósmica, refletida na matéria átmica de seu corpo físico cósmico, para controlar e coordenar todas as funções desse corpo, para conseguir uma sintonia e posteriormente uma síntese perfeitas dessas funções. Mas Ele também se esforça para controlar e coordenar suas emoções cósmicas e seus pensamentos cósmicos. Para conseguir tudo isso, Ele usa sua Vontade com o objetivo de meditar e manter sua constante atenção sobre tudo o que ocorre em seus corpos. Não podemos esquecer que, além do trabalho de atenção sobre seus corpos, Ele tem de prestar atenção sobre o que ocorre no Seu ambiente exterior e sobre suas relações com Seus Pares, os demais Logoi Planetários. Ele também tem a tarefa importantíssima de prestar atenção ao que seu Pai, o Logos Solar, quer, para que a sua Vontade seja feita.

Há inúmeras outras incumbências a serem executadas pelo nosso Logos Planetário, como receber, identificar, assimilar e irradiar as energias que chegam das sete Plêiades, que portam energias dos sete raios. Embora Ele não seja um Logos Planetário sagrado, mesmo assim Ele recebe energias de raio de um Logos Sagrado, que a recebe diretamente.

Resumindo, o nosso Logos Planetário executa um grande esforço, servindo-se de Manas em altíssimo nível, para controlar e coordenar seu corpo físico, juntamente com seus corpos astral e mental cósmicos, para que os três expressem, simultaneamente, a Vontade da Mônada, que é o verdadeiro Logos Planetário.

Tentemos agora, com um esforço intelectivo maior, estender os conceitos acima ao Logos Solar. Seu corpo físico cósmico de expressão é o sistema solar, com seus sete planos de matérias, desde a nossa física até a adi. Em sua área de ação estão os sete esquemas sagrados e os cinco não sagrados, sem contar os outros Seres cósmicos, que também trabalham e estão no mesmo nível de Logos Planetário.

Sua mente cósmica manifesta-se na matéria do plano monádico, ou seja, é aí que está seu "cérebro físico". Em Sua consciência física Ele tem de controlar e coordenar todas as suas sensações físicas cósmicas. Ao mesmo tempo Ele deve dedicar sua atenção às Suas emoções cósmicas (que ocorrem em seu corpo astral cósmico) e controlar Seus pensamentos cósmicos (em seu corpo mental cósmico). Da mesma forma que os Logoi Planetários, Ele se esforça para observar e analisar o que ocorre em Seu ambiente cósmico e com seus Pares, os outros Logoi Solares, seus Irmãos. Há ainda o esforço de receber, identificar, assimilar e irradiar as energias de raio (em nível muitíssimo maior que o dos Logoi Planetários), provenientes de Logoi Cósmicos, energias essas que provocam reações em seus corpos cósmicos.

Em resumo, o nosso Logos Solar tem de efetuar um ingente trabalho de controle e coordenação de seus três veículos cósmicos inferiores, para sintetizá-los e fazer com que expressem, simultaneamente, a Vontade da Mônada Solar, o verdadeiro Logos Solar, a Qual é, neste atual sistema solar, Amor-Sabedoria-Razão Pura, em nível cósmico.

Tudo isso Ele realiza usando sua Mente Cósmica, assim como os Logoi Planetários e os homens, cada um em seu nível. Muito mais podemos falar sobre essas tarefas, todavia, para não alongar em demasia, o acima dito é suficiente para dar uma ideia de como Manas ou Mente é de suma importância no processo evolutivo, em nível humano, Planetário e Solar. Se estendermos um pouco a nossa visão, perceberemos que também um Logos Cósmico serve-se de Manas para coordenar, controlar e sintetizar seus corpos e expressar, simultaneamente, a Vontade da Mônada Cósmica, o verdadeiro Logos Cósmico.

No processo iniciático, o homem vai adquirindo noções cada vez mais elevadas, mais claras e mais profundas do modo de vida desses Excelsos Seres Cósmicos. É por isso que nenhum Iniciado sente atração pelos mundos inferiores, aqui vindo apenas por necessidade de serviço para com a humanidade, a pedido da Hierarquia, que nunca impõe, apenas pede.

Assim terminamos nossos comentários sobre esses temas tão fascinantes. No próximo estudo iremos comentar os demais ensinamentos do Mestre Tibetano sobre o uso de Manas, Budi e Atma, que estão no final da página 291 e nas páginas 292 e 293, com o que encerraremos a seção A da segunda parte.

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Estudo 124

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Comentários sobre o item 6 - Manas é a Vontade Inteligente ou o Propósito de uma Existência, nas páginas 291, 292 e 293 - O uso de Manas, Budi e Atma - Encerramento da Seção A da Segunda Parte.

Concluiremos a seção A da segunda parte com um estudo do emprego de Manas, Budi e Atma pela Mônada, em sua luta para dominar as matérias dos planos inferiores.

Mestre Tibetano (Djwal Khul) apresenta algumas explicações, com o objetivo de tornar mais claro o entendimento do processo de utilização de Manas por parte das Mônadas, em sua luta para conquistar modos de vida cada vez mais elevados, explicações essas que passamos a comentar.

a. O Espírito emprega Manas em tudo que concerne à matéria, substância elétrica ou akasha ativo.

b. O Espírito emprega Budi em tudo que se relaciona com a psique e com a alma do mundo, do indivíduo ou de cada forma.

c. O Espírito emprega a vontade ou Atma em tudo que se relaciona com a essência de tudo e com a essência de si mesmo, considerando a essência e o Eu como Espírito puro, distinto do espírito-matéria.

Iniciemos por a). Por Espírito entendemos a Mônada. Ora Ela é tríplice, sendo simultaneamente Atma ou Vontade, Budi ou Amor-Sabedoria-Razão Pura e Manas ou Inteligência Ativa, embora em alguns momentos prevaleça um aspecto. A Inteligência Ativa expressa-se melhor por meio da matéria. Logo fica bem evidente e claro que a Mônada, ao se relacionar com a matéria, qualquer que seja, mesmo a do plano monádico, enfatiza em si Mesma, seu aspecto Manas ou Inteligência Ativa, sem desativar, é óbvio, os outros dois aspectos, por exemplo, Ela usa a Vontade ou Atma para manter a mente concentrada num assunto. As expressões substância elétrica e akasha ativo significam simplesmente a matéria animada pelos fogos por fricção tríplices, os quais, devido à sua origem monádica, são eletricidade, pela natureza elétrica essencial da Mônada, sendo a palavra akasha usada pelo Mestre para o fogo da matéria que vem do Sol, o kundalini do sistema.

Em b) temos a manipulação de Budi pela Mônada ao se relacionar com a psique e alma de qualquer coisa. Ora Budi, por ser Amor-Sabedoria-Razão Pura, supõe a existência de um par, para haver o relacionamento, impossível para um só. A própria palavra razão, que vem do latim ratio, significa na matemática o quociente, o resultado da divisão do dividendo pelo divisor, o que é uma doação. Igualmente nesse estado a Mônada, enfatizando o aspecto Budi, mantém ativos, em menor grau, a Vontade (Atma) e Manas. Nessa situação o fogo empregado e estimulado é o solar, unificador por excelência, embora os outros dois fogos também sejam estimulados, em menor grau. O reflexo do fogo solar na matéria física é o prana. Dessa atuação simultânea dos três fogos é que advém a sincronização e sintonia deles, o que é chamado pelo Mestre Tibetano de fusão.

Em c) temos o emprego de Atma ou Vontade pela Mônada, em tudo o que se relaciona com a essência de tudo e de si mesmo, sendo essência o Espírito puro, distinto de espírito-matéria. Isso significa a Mônada fora da manifestação, sem veículo algum. Mesmo estando a Mônada em manifestação, como estamos agora, na atitude de usar Atma, Ela não considera nenhum veículo. Vamos exemplificar. Quando consciente e realmente, com pleno conhecimento do assunto, empregamos a Vontade para nos manter firmes num propósito, estamos nos vendo como Vontade Pura ou Atma Puro, embora atuando através de um corpo material, qualquer que ele seja. Somente quando esse conceito se tornar perfeitamente claro e nítido no cérebro, sem nenhuma margem de dúvida e isso pelo entendimento exato, é que o homem saberá o que é na realidade a Mônada, uma vez que Ela é Atma por excelência. A partir daí a área de atuação e abrangência da Mônada crescerá em velocidade cada vez maior e a independência das formas, de qualquer natureza, crescerá também em alta velocidade. A essência de tudo é a Mônada ou Espírito.

Nas explicações seguintes sobre as características de cada aspecto, percebemos a grande clareza e lógica das deduções do Mestre Tibetano. Para o caso de Manas, a característica é a capacidade de notar a diferença e identificá-la, em todo o processo de manifestação. Em todos os seis itens há diferenciação, em quantidade praticamente infinita, o que é sumamente necessário para o exercício e aperfeiçoamento de Manas.

Nas explicações dos efeitos do uso de Budi, também impera a lógica. A característica é a união e coesão. Também em todos os quatro itens está bem visível a unificação, sendo desnecessário descer a detalhes explicativos, o que seria perda de tempo, de tão claras as elucidações do Mestre.

A mesma lógica perfeita ocorre nas explicações sobre o uso de Atma. Em todas as aplicações sempre os três aspectos estão presentes, embora um prevalecendo.

O Mestre realça que Manas no início tem limitações, o que é evidente. No começo o homem tem de adquirir e acumular conhecimentos e informações, para o que tem de discriminar intensamente e com isso se vê separado do que observa, sendo a Aula da Ignorância. Na segunda aula, a do Aprendizado, ele continua a discriminar, para adquirir mais conhecimentos e informações, mas começa a selecionar, atraindo e rechaçando, com o que aprende a sintonizar e sincronizar polos, com inteligência, o que significa o surgimento da luz, melhor dizendo, da iluminação.

Com o avanço da aula do Aprendizado, o homem ingressa na aula da Sabedoria, quando aperfeiçoa a sintonia e sincronização dos polos, dentro de si e fora, intensificando a iluminação, pela aproximação íntima das mentes inferior e superior, acompanhada pela construção consciente e utilização contínua do Antakarana, quando o cérebro físico passa a receber informações diretamente da Mônada via Tríade Superior. Então o homem torna-se um criador e capacita-se para receber as quatro Iniciações maiores. Dos quatro frutos conquistados pelo homem nessa fase, um se destaca, que é alcançar o grau evolutivo que o nosso Logos Planetário tinha no começo do atual sistema solar, o que é muita coisa, praticamente atingir o pedestal de um Deus, muito embora, quando isso acontecer, o Logos Planetário estará num nível incomensuravelmente maior e distante. O Mestre resume isso com belíssimas palavras, que significam que o homem terá conseguido sincronizar-se com a frequência vibratória do Logos Planetário, mas isso em seu corpo físico cósmico, ou seja, o homem pode atuar consciente e livremente na matéria búdica que constitui seu corpo físico cósmico, prosseguindo daí para matérias mais sutis e elevadas, até transitar livremente e com plena consciência em todo o plano físico cósmico.

Finalizando, o Mestre destaca o resultado dessa luta para o homem, o Logos Planetário e o Logos Solar, mostrando-nos o que todos temos pela frente.

Explicando de forma concisa, quando os fogos por fricção e solar (o da mente) são sintonizados e sincronizados (o Mestre chama isso de fusão) perfeitamente, o Ente (o homem, o Logos Planetário ou o Logos Solar) vence uma etapa e consegue uma liberdade parcial. Quando o Ente consegue a sintonização e sincronização desses dois com o fogo elétrico (o do Espírito ou Mônada), então a libertação é maior. Vejamos cada caso separadamente.

Quando o homem unifica os fogos por fricção e solar, o que consegue na terceira Iniciação, ele liberta-se dos mundos físico, astral e mental, embora efetivamente isso só ocorra na quarta Iniciação. Então ele transita livremente e com plena e total consciência por esses três mundos, começando a aprender a viver na matéria búdica. Quando, após isso, o homem unifica esses dois fogos com o elétrico, o que consegue na quinta Iniciação, então ele se liberta de mais dois planos inferiores, o búdico e o átmico, passando a transitar livremente e com plena e total consciência nos cinco planos inferiores e aprende a viver nas matérias monádica e adi. Aqui cabe uma explicação com referência à quarta Iniciação. Nela a atuação do fogo elétrico nos dois já unidos é tal que se dá uma sintonia parcial, suficiente para uma intensificação que desintegra o Loto Egoico. A conclusão da união dos três fogos ocorre na quinta Iniciação, quando as Triades Superior e Inferior sintonizam-se, sincronizam-se e unem-se. Essa interferência do fogo elétrico sem constituir uma fusão plena já aconteceu na individualização, quando o fogo elétrico da Mônada entrou em contato com o fogo por fricção, dando-se uma intensificação, que redundou na ativação do fogo solar, ou seja, o surgimento da Alma.

Quando o Logos Planetário unifica seus fogos solar e por fricção, Ele se liberta de seus três planos de manifestação física, os planos búdico, átmico e monádico, passando a atuar livremente no plano físico cósmico. Quando Ele unifica esses dois fogos com o seu fogo elétrico, liberta-se de seu "círculo não se passa" planetário, ou seja, pode atuar livremente no plano astral cósmico.

Quando o Logos Solar unifica seus fogos solar e por fricção, liberta-se de seu "círculo não se passa" solar e passa a atuar livremente nos planos físico e astral cósmicos e nos quatro subplanos inferiores do plano mental cósmico. Quando Ele unifica seu fogo elétrico com os dois já unidos, consegue plena liberdade no plano causal cósmico, onde reside como Alma e então se liberta dos três planos cósmicos inferiores, iniciando a luta e o aprendizado para viver no plano búdico cósmico e acima.

Assim vimos os resultados sob o ponto de vista dos três fogos, que são na realidade os efeitos da atuação da Mônada na matéria.

Concluímos a seção A da segunda parte do Tratado. Iniciaremos a seção B, de mais profundidade, mais amplitude e mais complexidade de ensinamentos, o que requer que a base construída com as informações dadas até agora esteja bem consolidada e firme, uma vez que os ensinamentos do Mestre Djwal Khul são concatenados.

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Estudo 125

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Introdução

Estamos iniciando uma nova visão de Manas, em diversos níveis e em relação ao tempo. É um estudo muito profundo e esclarecedor, que, para aquele que sabe ler entre linhas e já possui bem desenvolvida sua mente abstrata, propicia uma quantidade imensa de ensinamentos e informações, desvelando mistérios do mundo fenomênico, em todos os subplanos físicos cósmicos, dando ainda indícios sobre as matérias dos planos cósmicos mais elevados.

Devemos fazer um resumo do que iremos estudar nesta seção B. Pelo título da seção, vemos que Manas será estudado como fator, cósmico, humano e do sistema. Ora, como fator, entendemos aquilo que atua sobre alguma coisa, interfere em seu funcionamento e conduz a resultados, que podem ser de diversas naturezas.

Inicialmente, na I Parte, teremos a origem de Manas. Dentro dessa origem, veremos como Manas Cósmico atuou nos processos de individualização e iniciação.

Como Manas Planetário, veremos sua ação na consciência, na existência, na vontade e no propósito ordenado.

Como Manas humano, veremos sua ação conjunta no homem e no Logos Planetário, em particular no nosso Logos Planetário e na relação entre o Logos de Vênus e a cadeia terrestre.

Na relação entre Manas e a cadeia terrestre, temos:

• a cadeia terrestre e as Mônadas encarnantes;
• o quarto reino (a humanidade) e a Hierarquia Planetária;
• uma profecia;
• um resumo.

Na II Parte, veremos Manas e seu relacionamento com o carma e Manas com o propósito cármico, dentro da posição de Manas.

Na III Parte, estudaremos a atual etapa de desenvolvimento de Manas nos planetas, no sistema e na Terra.

Na IV Parte, analisaremos o futuro de Manas, em suas características: discriminação, atividade ordenada e adaptabilidade. A seguir veremos o desenvolvimento futuro da mente humana, considerando os efeitos dos raios, as relações dos raios com os animais e os homens e os tipos de carma.

Finalmente, entraremos no tema Manas na rondas finais da nossa cadeia, no processo transmutador e na síntese.

Toda essa grande lista de assuntos sobre a mente é de grande fascínio, uma vez que contém ensinamentos e informações, que irão esclarecer não só problemas de cunho psicológico, como também sociológico e físico. Além disso fornece dados claros e lógicos sobre a nossa origem e o nosso futuro, muito diferentes do que a maioria das religiões ensinam, com o seu dogmatismo irracional e sem a menor base científica.

A assimilação e aplicação desses ensinamentos, após seu entendimento claro, irá acelerar em muito a evolução daqueles que assim o fizerem, levando-os a alcançarem a meta muito antes da maioria da humanidade, que se deixa conduzir, ao invés de se conduzir, usando a mente. Mais uma vez vemos a Justiça Divina, que dá a cada um a liberdade e o direito de evoluir mais depressa, permitindo que os grilhões sejam quebrados pelo esforço individual. Nada mais belo e consolador que isso.

Portanto, consolidemos a assimilação do conteúdo do que foi ensinado desde o início e avancemos com firmeza em direção à Vitória e à Felicidade Duradoura e sempre Crescente.

Iniciaremos efetivamente o estudo desse novo tema a seguir.


Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos. Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.

GN

Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.

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