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CEOMT - Centro de Estudo da Obra do Mestre Tibetano


Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudos 201 a 225


Estudo 201

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador (Comentários sobre as frases do estudo anterior) (Página 396)

Faremos alguns comentários sobre as frases do estudo anterior.

I. Os 3 inferiores citados nesta frase são os reinos mineral, vegetal e animal. O Pai é o 1º Logos, o aspecto Vontade, Mahadeva, que é a Vida (a Mônada). É necessário para a manifestação dessa Vida o fogo por fricção, que é o fogo oculto no coração da Mãe, a matéria. Os Devas que são esse fogo por fricção da matéria são chamados Agnichaitas. A umidade produzida por eles é consequência do movimento, que gera o calor, que eleva do estado sólido para o líquido, portanto menos denso. Simbolicamente isto significa o afastamento dos modos de vida mais densos, os mais afastados do Espírito, para modos mais próximos dele.

II. A transferência da Vida dos 3 inferiores para o quarto significa o ingresso da Vida (a Mônada) no reino humano, o quarto. ou seja, o processo de individualização. Esse trabalho é feito por meio do fogo da mente, oculto no coração de Brahma, o 3º aspecto do Logos solar, Inteligência ativa, Manas. Os Devas manipulados nessa tarefa são chamados Agnishvattas, os Devas da matéria mental. Realmente a individualização é a aquisição da autoconsciência, com a implantação da chispa da mente no homem animal. O calor gerado por esse fogo mistura o fogo por fricção com o fogo da mente.

III. A transferência da Vida (as Mônadas) do 4º (o reino humano) para o 5º (o reino da Hierarquia), que ainda está sendo formado pelos egressos do reino humano, é feita com o fogo oculto no coração de Vishnu. Ora, Vishnu é o 2º aspecto do Logos solar, Amor-Sabedoria-Razão Pura, portanto esse fogo oculto é o fogo solar, que é expresso pelos Agnisuryas que trabalham na matéria búdica, os quais estimulam (inflamam), liberam a essência (liberam o homem das formas humanas) e produzem assim o brilho necessário (produzem a luz fortíssima que o iniciado liberto produz através de seu corpo búdico.

IV. Esta última frase é um resumo dos trabalhos anteriores. Inicialmente o calor do fogo por fricção da matéria liquefaz e produz a umidade (estimula a atividade astral ou emocional, simbolizada pela água); em seguida o calor aumenta (a ação do fogo por fricção da matéria se intensifica), levando à transferência do reino mineral para o vegetal e, após, para o animal; com a intromissão do fogo da mente, a pressão aumenta por causa do calor, empurra para frente e concentra (sabemos que na bomba nuclear de fusão, o fortíssimo calor liberado por uma bomba atômica comprime os átomos de trítio e deutério, fundindo-os e transformando-os em hélio, que é outra forma, liberando altíssima energia), levando à exsudação, o que produz brilho, ou seja, a intensificação da chama, sobrevindo a mudança de forma, o que é o ingresso no reino humano e surgimento da Alma autoconsciente. Finalmente, com a atuação do fogo solar da matéria búdica, através dos Agnishsuryas da matéria búdica, a essência volátil (a vida monádica) liberta-se da forma aprisionante e escapa, sendo a matéria não mais utilizada devolvida a seu estado original.

Fica assim bem claro que o processo de transmutação nada mais é que a própria evolução. Se for bem entendida essa visão do processo evolutivo como transmutação ou transferência da Vida animante de uma forma para outra, através do estímulo dessa Vida, deixando a ela a tarefa de romper as próprias algemas e orientando a Vida liberta para outra forma melhor, então o processo de transmutação no reino mineral será mais facilmente dominado pelo homem.

Continuaremos com esse fascinante estudo a seguir.

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Estudo 202

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador (Páginas 396, 397 e 398)

A transmutação aplica-se à vida do átomo e está oculta no conhecimento das leis que governam a radioatividade. É interessante observar como na expressão científica "radioatividade" temos o conceito oriental de Vishnu-Brahma ou os Raios de Luz vibrando através da matéria. Daí que a interpretação comumente aceita do termo "átomo" deve estender-se desde o átomo químico até incluir:

a. Todos os átomos ou esferas no plano físico ou matéria física.

b. Todos os átomos ou esferas nos planos ou matérias astral e mental.

c. Os seres humanos em encarnação.

d. O corpo causal do homem em seu próprio plano ou matéria.

e. Todos os planos ou todas as matérias como esferas "entificadas".

f. Todos os planetas, cadeias e globos dentro do sistema solar.

g. Todas as Mônadas em sua própria matéria ou plano, sejam Mônadas humanas ou Homens celestiais.

h. O "círculo não se passa" solar, conjunto de todos os átomos menores.

Em todos estes átomos imensos ou diminutos, micro ou macrocósmicos, a vida central corresponde à carga positiva de força elétrica, afirmada pela ciência, seja a vida de uma Entidade cósmica, tal como o Logos solar ou a vida minúscula elemental no átomo físico. Estes átomos menores, que giram ao redor de seu centro positivo, os quais a ciência chama agora elétrons, são o aspecto negativo e isto não só é verdade com respeito ao átomo da matéria física, mas também aos átomos humanos, retidos por seu ponto central de atração, a um Homem celestial ou às formas atômicas que em conjunto formam o conhecido sistema solar. Todas as formas estão construídas de maneira análoga; a única diferença consiste - segundo ensinam os livros de texto - na disposição e no número de elétrons. Com o tempo será descoberto que o elétron é uma minúscula vida elemental.

O segundo ponto que trataremos de explicar é: A irradiação é transmutação em processo de realização. Sendo a transmutação o processo de liberar a essência para buscar um novo centro, podemos reconhecer aqui o processo da radioatividade, tecnicamente entendida e aplicada a todos os corpos atômicos sem exceção. Isto é um fato completamente reconhecido pela ciência, no decaimento radioativo. Por exemplo, uma amostra de 1 mg de urânio (U) contém 2,5 x 10 elevado a 18 átomos do radionuclídeo de longa vida urânio de número de massa 238. Em 1 segundo, apenas 12 dos núcleos presentes na amostra se desintegram, emitindo uma partícula alfa, para se transformarem em núcleos de tório (Th). A vida elemental presente na partícula alfa escapou para outra forma de expressão melhor, deixando a forma anterior decaída para tório, de menor número de massa. Na emissão de raios gama também temos o escape de vidas elementais para formas melhores.

Se a ciência apenas agora (lembramos que o livro foi editado em 1925) descobriu o elemento rádio (exemplo do processo de transmutação), é culpa dela. Quando isto for melhor compreendido, será visto que todas as irradiações, tais como o magnetismo e a exalação psíquica, são somente o processo de transmutação, desenvolvendo-se em grande escala. Será compreendido que quando o processo transmutador é eficaz, constitui superficialmente o resultado de fatores externos. Fundamentalmente é o resultado produzido pelo núcleo positivo interno de força ou vida alcançando um grau de vibração tão enorme, que com o tempo expele os elétrons ou pontos negativos que compõem sua esfera de influência, atirando-os a tal distância, que a Lei de Repulsão domina. Então, já não são atraídos para seu centro original, mas procuram outro. A esfera atômica (se assim podemos nos expressar) se dissipa; os elétrons caem sob a Lei de Repulsão e a essência central escapa e busca, em sentido esotérico, uma nova esfera.

Devemos recordar que tudo o que se encontra dentro do sistema solar é dual e que em si mesmo é tão negativo como positivo; positivo com respeito à sua própria forma, negativo com respeito à esfera maior. Portanto, todo átomo é por sua vez positivo e negativo, ou seja, o elétron é negativo em relação ao núcleo do átomo químico, mas em relação à sua forma é positivo.

Consequentemente, o processo de transmutação é duplo e requer uma etapa preliminar de aplicação dos fatores externos que avivem, cuidem e desenvolvam o núcleo positivo interno, um período sistemático de incubação ou de alimentação da chama interna e uma elevação da voltagem. Em seguida há uma etapa secundária, onde os fatores externos não são de grande importância e ao centro interno da energia do átomo é permitido realizar seu próprio trabalho. Estes fatores podem aplicar-se igualmente a todos os átomos, aos do mineral, que tem ocupado tanto a atenção dos alquimistas, ao átomo chamado homem, que segue o mesmo procedimento geral, ao estar regido pelas mesmas leis e a todos os átomos maiores, tais como um Homem celestial ou um Logos solar.

No próximo estudo comentaremos o que acima foi dito.

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Estudo 203

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador (Comentários sobre o estudo anterior, referente às páginas 396, 397 e 398)

Partindo do conceito de transmutação aplicado ao átomo químico, podemos entender perfeitamente esse conceito aplicado aos demais "átomos" em manifestação no universo. Analisemos inicialmente a situação do átomo químico, quando ele se torna radioativo.

A descoberta da transmutação pela química ocorreu em 1938, numa fase altamente perigosa para a humanidade, na Alemanha nazista. Dois químicos alemães, Otto Hahn e Fritz Strassmann, colocaram um pedaço de rádio junto com urânio235. Dias depois, ao examinarem a amostra de urânio, descobriram fragmentos de bário e criptônio, que, em hipótese alguma, estavam na amostra, que havia sido rigorosamente verificada. Assim foi comprovado experimentalmente que a matéria podia ser transmutada. Analisemos o fenômeno à luz da química, para posteriormente efetuarmos nossas ilações esotéricas.

O número atômico (quantidade de prótons no núcleo do átomo, que é igual à quantidade de elétrons em órbita) e o número de massa (quantidade de prótons + quantidade de nêutrons no núcleo do átomo) e o número de nêutrons dos átomos químicos envolvidos nesse fenômeno são os seguintes:

Elemento Químico Número Atômico Número de Massa Quantidade de Nêutrons
Rádio 88 226 138
Urânio235 92 235 143
Urânio238 92 238 146
Plutônio 94 244 150
Bário 56 137 81
Criptônio 36 83 47

Na experiência desenvolvida pelos 2 químicos alemães um nêutron emitido pelo átomo de rádio atinge o núcleo do átomo de urânio235, partindo-o, o que o faz emitir:

• 2 fragmentos que se transformam em 1 átomo de bário, de número de massa 137 e em 1 átomo de criptônio, de número de massa 83. Somando esses 2 números de massa, temos 220, menor que 235, número de massa do urânio235 emitente, restando 15 nêutrons.

• Desses 15 nêutrons, 4 podem ser capturados por um átomo de urânio238, que também pode capturar 2 prótons emitidos por outro átomo de urânio235. Disso resulta que o átomo de urânio238 fica assim acrescido:

• 92 prótons seus + 2 prótons capturados = 94 prótons
• 146 nêutrons seus + 4 nêutrons capturados = 150 nêutrons

Somando prótons e nêutrons, temos 244, número de massa do plutônio. Portanto o urânio238 transformou-se em plutônio, elemento mais pesado.

• Os restantes nêutrons perdem-se no espaço ou atingem outro átomo de urânio235, reiniciando o ciclo.

Sob o ponto de vista material, estamos vendo um átomo químico (urânio235), sob a influência de uma energia (nêutron) de outro átomo (rádio), se desintegrar e liberar suas partículas (prótons e nêutrons), para formarem 2 outros átomos químicos diferentes (bário e criptônio) e levarem um 3º átomo (urânio238) a se transformar em outro mais forte (de maior massa), o plutônio.

Vejamos isto agora sob o ponto de vista esotérico, pelo qual estaremos tratando com formas físicas de pequenas vidas elementais, estando umas contidas dentro de outras. Essas pequenas vidas elementais possuem consciência limitada, mas não autoconsciência. Cada elétron, cada próton e cada nêutron, são corpos de expressão de vidas elementais. Essas vidas elementais, quando agrupadas, como no caso do urãnio235, constituem o corpo de expressão de uma vida elemental maior. O mesmo acontece com os demais átomos químicos.

Olhando a tabela periódica dos elementos, vemos que os núcleos dos átomos químicos com número atômico maior que 83 são instáveis. Isto nos leva a concluir que o grande dinamismo interno da vida elemental do átomo, por ter vivenciado um alto nível de experiência na linha de evolução do reino mineral, "deseja" passar para experiências mais avançadas e assim "morre" (desintegra-se), liberando as vidas menores para também viverem novas experiências e "reencarna" (entra em nova forma).

Antes da desintegração, a vida elemental do átomo está tão dinâmica, que influencia seus irmãos vizinhos (os átomos próximos), por meio de sua energia (nêutrons e prótons, radioatividade), estimulando-os em sua evolução e induzindo-os a se transformarem.

Assim, dentro de um raciocínio lógico e racional e com base em fatos experimentais, podemos confirmar a veracidade da afirmação do Mestre Djwal Khul, de que a transmutação aplica-se à vida do átomo e está oculta no conhecimento das leis que governam a radioatividade. Fica também bem clara a afirmação seguinte do Mestre de que na expressão científica " radioatividade", temos o conceito oriental de Vishnu-Brahma ou os Raios de Luz vibrando através da matéria. Expliquemos. Vishnu é o 2º aspecto, o Filho, o que liga e, ligando, influencia. Brahma é o 3º aspecto, matéria. Ora, o que é a radioatividade ? É a energia (vida) fluindo por meio da matéria (prótons e nêutrons), fazendo-a vibrar.

Uma vez assimilado, de forma clara e total, esse conceito de radioatividade, podemos aplicá-lo a todos os "átomos", átomo no sentido de qualquer vida composta de vidas menores, como são o átomo químico, um órgão no corpo de um homem, o homem, a humanidade como um todo, a Hierarquia como um todo, um planeta, um Logos planetário etc.

A condição básica para se tornar radioativo é conseguir uma determinada intensidade de dinamismo interno, semelhantemente aos átomos químicos, que só se tornam radioativos a partir do número atômico 84 (Z > 83).

Portanto, esforçar-se para evoluir inteligentemente (dentro do Plano Divino), é tornar-se radioativo e por isso todo iniciado é radioativo (crescendo a intensidade da radioatividade em função das iniciações que for recebendo).

Analisemos agora as palavras do Mestre, quando diz: "Consequentemente o processo de transmutação é duplo e requer uma etapa preliminar de aplicação dos fatores externos que avivem, cuidem e desenvolvam o núcleo positivo interno, um período sistemático de incubação ou de alimentação da chama interna, uma elevação de voltagem. Em seguida há uma etapa secundária, onde os fatores externos não são de grande importância e ao centro interno de energia do átomo é permitido realizar seu próprio trabalho." Vejamos o átomo chamado homem. Na etapa preliminar, por exemplo o homem lemuriano, foi necessária a presença física dos Kumaras para estimular a chama interna, a vida monádica expressando-se através daqueles cérebros rudimentares. Depois que a autoconsciência do lemuriano conseguiu um determinado grau de expansão e intensidade (uma voltagem mais elevada), foi possível à vida monádica levar avante sua evolução tríplice nos 3 mundos inferiores por sua própria iniciativa, passando os fatores externos a serem de menor importância.

No caminho iniciático também temos a mesma dualidade de etapas. Como aspirante em prova, o homem é estimulado por um discípulo (iniciado com pelo menos a 1ª iniciação), até receber a 1ª iniciação, quando já pode caminhar pela própria iniciativa, não ficando muito dependente da ajuda externa.

Essa dualidade prossegue, com diferentes níveis e naturezas de dependência.

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Estudo 204

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador (Continuação) (Páginas 398, 399, 400 e 401)

O processo transmutador pode ser classificado da seguinte forma:

1. A vida toma forma primitiva.

2. A forma é submetida ao calor externo.

3. O calor, atuando sobre a forma, produz exsudação e sobrevém o fator umidade.

4. A umidade e o calor desenvolvem sua ação em uníssono.

5. As vidas elementais cuidam das vidas menores.

6. Os Devas colaboram regidos por regras, ordens e sons.

7. O calor interno do átomo aumenta.

8. O calor do átomo aumenta rapidamente e ultrapassa o calor externo de seu meio ambiente.

9. O átomo irradia.

10. A parede esferoidal do átomo é derrubada com o tempo.

11. Os elétrons ou entes negativos buscam um novo centro.

12. A vida central escapa para fundir-se com seu polo oposto, convertendo-se em pólo negativo que busca o positivo.

13. Isto, em sentido oculto, é obscurecimento, extinção temporária da luz, até novamente emergir e resplandecer.

Não é possível nem recomendável dar maiores explicações.

Portanto, é evidente desde o ponto de vista de cada reino da natureza, que podemos ajudar o processo de transmutação de todos os átomos menores. Isto ocorre, embora não nos demos conta desta ocorrência. Somente quando chega ao reino humano, é possível para uma entidade realizar, consciente e inteligentemente, duas coisas:

Primeiro: Ajudar a transmutar seu próprio centro atômico positivo, desde o humano ao espiritual.

Segundo: Ajudar a transmutar:

a. As formas minerais inferiores em superiores.
b. As formas minerais em vegetais.
c. As formas vegetais em animais.
d. As formas animais em humanas ou produzir consciente e definitivamente a individualização.

Todavia isto não é feito pelo perigo que implica dar o conhecimento necessário. Os Adeptos compreendem o processo transmutador nos 3 mundos e nos 4 reinos da natureza, o que os converte temporariamente no TRÊS esotérico e no QUATRO exotérico.

Oportunamente, o homem trabalhará com os 3 reinos, porém somente quando a fraternidade for uma prática e não um mero conceito. Três pontos devem ser considerados a este respeito:

• A manipulação consciente dos fogos.
• Os Devas e a transmutação.
• O som e a cor na transmutação.

É necessário advertir, como já se fez em outras questões, que só é possível expor certos fatos. O trabalho detalhado do processo não pode ser exposto, porque a raça não é todavia capaz de atuar com altruísmo. Devido a isto reinou muita incompreensão nos primeiros dias do esforço hierárquico, ao expor por escrito os fundamentos da Sabedoria. Isto é tratado valentemente por H. P. B. (Blavatzky). O perigo persiste ainda e entorpece grandemente o esforço dAqueles que, internamente, consideram que os pensamentos dos homens deveriam elevar-se desde as modalidades de existência física até chegar a conceitos e visões mais amplos e a uma compreensão sintética. Só é possível fazer indicações, pois não é permitido dar aqui as fórmulas transmutadoras nem os mântrans para manipular a matéria do espaço. Só é possível indicar o caminho àqueles que estão preparados ou que estão recuperando antigos conhecimentos (adquiridos pela aproximação do caminho ou permanecem latentes devido a experiências passadas na época atlante). Os sinais indicadores são suficientes guias que lhes permitirão penetrar mais profundamente nos arcanos do conhecimento. O perigo subjaz no fato de que todo o tema da transmutação concerne à forma material e à substância dévica. O homem, como todavia não domina a substância de seus próprios envoltórios nem é capaz de controlar a vibração de seu 3º aspecto, encontra-se em perigo, quando concentra sua atenção no não-eu. Unicamente pode fazê-lo sem risco quando o mago conhece 5 coisas:

1. A natureza do átomo.

2. A nota chave dos planos.

3. O método para trabalhar desde níveis egoicos, mediante o controle consciente, o conhecimento das fórmulas, os sons protetores e um esforço puramente altruísta.

4. A interação dos 3 fogos, as palavras lunares, as palavras solares e mais tarde uma palavra cósmica.

5. O segredo da vibração elétrica, que só é compreendido em forma elementar, quando o homem conhece a nota chave de seu próprio Logos planetário.

Todo este conhecimento, por estar relacionado aos 3 mundos inferiores, está em mãos dos Mestres de Sabedoria, permitindo-lhes trabalhar com energias ou forças e não com o que comumente se entende pela palavra "substância". Trabalham com a energia elétrica, com a eletricidade positiva ou com a energia do núcleo positivo de força dentro do átomo, seja o átomo químico ou o átomo humano. Ocupam-se das almas das coisas. O mago negro trabalha com o aspecto negativo, com os elétrons (se assim é possível denominá-los), com os envoltórios e não com a alma. Deve ser tida em conta esta diferença. Contém a chave do motivo pelo qual toda a Fraternidade não intervém em questões e assuntos materiais, concentrando-se no aspecto força, os centros de energia. Chegam ao todo através de alguns centros da forma. Com este preâmbulo, passaremos a considerar a manipulação consciente dos fogos, mas, antes, faremos alguns comentários sobre o acima exposto.

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Estudo 205

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador (Comentários sobre o estudo anterior, referente às páginas 398, 399, 400 e 401)

Comentaremos a classificação do processo transmutador exposta anteriormente.

1. A vida toma forma primitiva. Significa o início da imersão do Espírito, em qualquer nível, na matéria. No caso do reino mineral, é o ingresso nos elementos mais rudes. Olhando a tabela periódica dos elementos e considerando que os elementos com núcleo instável (porque já estão emitindo partículas) são aqueles com número atômico (Z) maior que 83, talvez possamos deduzir que o início é o hidrogênio, de número atômico 1. No caso do reino vegetal, é possível fazer deduções com base na classificação desse reino segundo algum critério que possa, de uma certa forma, expressar seu grau de atividade radioativa. No caso do reino animal o mesmo raciocínio aplicado ao reino vegetal pode ser utilizado. Quanto ao reino humano na atual cadeia terrestre, é evidente que o início, ou seja, a imersão na forma primitiva, ocorreu na raça lemuriana, a 3ª raça-raiz.

2. A forma é submetida ao calor externo. Calor externo significa as forças e pressões exercidas pelo meio exterior. No caso do reino mineral, são os fatores físicos ambientais, como calor, pressão de pesos sobre o mineral, ações corrosivas de outros elementos, variação de temperatura provocando dilatação e contração etc. Modernamente, temos a ação altamente benéfica do homem manipulando moléculas, como no caso dos polímeros, na indústria, processando os elementos, purificando-os, para extrair o elemento puro, dopando-os (adicionando impurezas de forma altamente controlada), como no caso do germânio e do silício, que, quando recebem arsenieto de gálio por exemplo, tornam-se semicondutores (transistor, de tanta utilidade para o homem) e muitas outras manipulações pelo homem. Assim, o homem, sem o saber, torna-se colaborador no processo evolutivo, auxiliando o reino dévico nessa tarefa. Esse raciocínio pode ser aplicado também ao reino vegetal, com as devidas diferenças, todavia quanto a esse reino, a ação do homem moderno não é muito elogiável. Quanto ao reino animal, por ser mais elevado que os anteriores e ter maior capacidade de resposta, o calor significa a atenção e o calor sentimental que o homem dedica aos animais domésticos, como o cão e o gato, estimulando nas Tríades inferiores inseridas nesses animais a emoção e a inteligência. A proximidade física do homem em relação a esses animais também atua, através da aura humana, havendo transferência de energias para o animal, que se beneficia com isso. No caso do reino humano, também o calor significa a influência exercida por um homem mais evoluído sobre seus próximos. O iniciado exerce uma influência muito maior e eficiente, mesmo sem saber. No topo temos a Hierarquia, a maior influência evolutiva sobre o reino humano.

3. O calor, atuando sobre a forma, produz exsudação e sobrevém o fator umidade. Vejamos o significado da palavra umidade neste contexto. Pela Física, sabemos que o calor, ao provocar aumento de temperatura, o que é o mesmo que aumentar o fogo por fricção, faz com que a água existente em qualquer corpo se evapore, surgindo então a umidade, o que é a exsudação. No sentido esotérico, essa umidade significa a ativação da matéria astral existente em todos os elementos.

4. A umidade e o calor desenvolvem sua ação em uníssono. Isto significa que o fogo por fricção (calor), estimulando as sensações, incrementa a atividade das partículas astrais, o que é emoção (umidade). Portanto, os 2 fatores, fogo por fricção (calor) e as partículas astrais (umidade), trabalham coordenadamente, levando a vida interna a uma melhor expressão no mundo físico.

5. As vidas elementais cuidam das vidas menores. Esta parte aplica-se às vidas atômicas. Vejamos o átomo químico da ciência. Para a Física, ele é composto de um núcleo, no qual existem prótons e nêutrons, e da coroa constituída de elétrons orbitando em torno do núcleo. Ainda para a Física, os prótons e nêutrons são constituídos de partículas menores chamadas quarks. Para a ciência esotérica o átomo químico é formado por partículas físicas primordiais, chamadas átomos físicos primordiais, base de toda a matéria fisica. Cada átomo físico primordial é o corpo de manifestação de um diminuta vida elemental, em processo de evolução, como o ser humano. Assim, um átomo químico, sendo um conjunto de átomos físicos primordiais, é o corpo de expressão de uma vida elemental maior. Então temos a seguinte situação no átomo químico: uma vida elemental maior (a do átomo químico), que, ao se utilizar de várias vidas elementais menores (os átomos físicos primordiais) para se manifestar fisicamente, tem de cuidar dessas vidas menores. O mesmo raciocínio aplica-se a uma molécula, a uma célula de qualquer organismo maior, como o de um animal, do homem, do reino vegetal etc.

6. Os Devas colaboram regidos por regras, ordens e sons. Isto significa que, por ser substância dévica tudo o que está em manifestação nas diversas matérias (física, astral, mental etc), os Devas estão sempre trabalhando e construindo os modelos necessários gravados na forma de vibrações (sons). Como cada ser em manifestação requer um veículo adequado aos seus propósitos, o modelo tem de ser fielmente construído, o que significa regras e ordens.

7. O calor interno do átomo aumenta. Isto significa que a atividade interna do átomo aumenta, em consequência dos estímulos externos e da resposta da vida interna. Os 2 fogos por fricção, fogo por fricção/por fricção e fogo por fricção/solar (prana), unidos, geram maior energia, porque são mutuamente estimulados, produzindo o aumento do calor interno, todavia calor de melhor qualidade.

8. O calor do átomo aumenta rapidamente e ultrapassa o calor externo de seu meio ambiente. Temos aí uma fase muito importante no processo evolutivo, fase essa prévia à etapa radioativa. Devido à ação conjunta dos fogos por fricção/por fricção e por fricção/solar, que tendem a se fundirem ou a se sintonizarem perfeitamente, o 3º fogo, o fogo por fricção/elétrico, o mais elevado por ser expressão do 1º aspecto, Vontade, é estimulado e passa a colaborar com os outros 2 fogos sintonizados, incrementando a atividade conjunta desses dois e ao mesmo tempo, incrementando a própria atividade, buscando a sintonia com os outros dois. Com isso, o calor interno aumenta e melhora imensamente sua qualidade, sendo esse aumento muito acelerado. Com tudo isso, a atividade da vida interna torna-se muito grande e sua capacidade de resposta também agiganta-se, levando a vida interna a sentir necessidade de um mais adequado corpo de expressão, para poder continuar exercendo sua intensa atividade.

Como esta etapa é muito importante, não só no processo evolutivo, mas também para o entendimento desse processo, faremos comentários mais profundos.

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Estudo 206

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador (Continuação dos Comentários sobre o estudo referente às páginas 398, 399, 400 e 401)

Continuemos nossos estudos sobre o item 8 - O calor do átomo aumenta rapidamente e ultrapassa o calor externo de seu meio ambiente. Dissemos anteriormente, com referência a este item, que o calor do átomo aumenta rapidamente, devido à ação conjunta dos 3 fogos da matéria: fogo por fricção/elétrico, fogo por fricção/solar e fogo por fricção/por fricção. Mas o que leva esses 3 fogos a aumentarem sua atividade e se sintonizarem ? Tem de haver uma demanda para esse incremento. Essa demanda provém da vida elemental interna que, ao longo de sua interação com o meio exterior (o não-eu), exige continuamente mais e novas experiências. Esse impulso crescente e ascendente tem sua origem no Ser Maior que se expressa pelo reino mineral, estando Ele próprio em busca de novas e mais amplas experiências, também impulsionado pelo Logos solar, ao qual está ligado. A totalidade das experiências do reino mineral constitui sua vida física. Assim, cada vida menor ajuda uma vida maior a evoluir. É esse aumento de demanda da vida elemental do átomo químico, que leva os fogos a maior atividade. É como a caldeira das antigas locomotivas a vapor: quando o maquinista precisava de maior velocidade, o foguista colocava mais lenha ou carvão na fornalha, para produzir mais calor e mais vapor d'água, que iria movimentar o êmbolo com maior velocidade, o qual faria as rodas girarem também com maior velocidade.

No caso do átomo homem, essa fase ocorre quando ele já está no caminho e começa a agir como grupo. A sua vida interior torna-se intensa e as energias da Alma começam a fluir para a personalidade. Com isso os fogos internos da matéria, já mesclados com os fogos da mente oriundos da Alma, tornam-se muito dinâmicos e o calor interior ultrapassa o calor do meio ambiente. Esse calor interior nada tem a ver com a temperatura do corpo físico. É a força interior que cresce e o homem passa a irradiá-la, influenciando seus próximos. Nessa situação ele é denominado magnético, no sentido de que é um foco de atração. Assim, o átomo, quer químico, quer humano, atinge a etapa de irradiação ou radioatividade (item 9).

10. A parede esferoidal do átomo é derrubada com o tempo. Com o aumento do calor interno e da atividade, a pressão interna cresce e força a parede (o "círculo não se passa") do átomo, levando à sua destruição com o tempo. Quando o homem conseguir estimular a vida elemental do átomo a ponto de rompimento da parede, liberando essa vida, aí então terá conseguido resolver o problema da energia nuclear, sem perigo. O método atual, pelo bombardeio através de partículas, é contrário aos planos da Hierarquia. Há um método muito mais eficiente e de menor custo diante do homem e que está de acordo com os planos da Hierarquia. Todavia, talvez felizmente, ele não consegue enxergar esse método.

No caso do homem, a trama etérica é derrubada e ele começa a ser continuamente consciente em vários planos.

11. Os elétrons ou entes negativos buscam um novo centro. Temos no caso do decaimento beta exemplos dessa situação. No decaimento beta menos um nêutron do núcleo do átomo químico emite 1 elétron e 1 neutrino, transformando-se em próton, uma vez que nêutron = próton + elétron + neutrino; no decaimento beta mais um próton do núcleo emite 1 pósitron e 1 neutrino, transformando-se em nêutron, pois o próton = nêutron + pósitron + neutrino. O elétron, o pósitron e o neutrino, que para o núcleo (a vida maior para eles) são negativos, buscam outro átomo. O pósitron é positivo em relação ao elétron, mas ambos são negativos em relação ao núcleo.

12. A vida central escapa para fundir-se com seu polo oposto, convertendo-se em polo negativo que busca o positivo. Vemos um exemplo disso na fusão da personalidade com o Ego ou Alma, na 3ª iniciação planetária. Quando a vida central da personalidade, que é constituída por um grande número de vidas menores (vidas do reino dévico) atinge um alto grau de dinamismo, no sentido do Plano Divino, ela, que é positiva em relação às vidas menores, mas negativa em relação à Alma, escapa das vidas menores e, tornando-se exclusivamente negativa, vai em busca da Alma, seu polo oposto (o positivo), para fundir-se com ela.

13. Isto, em sentido oculto, é obscurecimento, extinção temporária da luz, até novamente emergir e resplandecer. No exemplo anterior, da fusão da personalidade com a Alma, realmente a personalidade se extingue, apagando-se sua luz, que nessa fase é bem forte. Mas isso é temporário, pois a luz renasce muito mais forte e deslumbrante do que antes, uma vez que, pela fusão dos fogos da personalidade com os da Alma, surge um fogo muito mais intenso e glorioso. Mas o processo não cessa aí, já que, imediatamente inicia-se um outro processo de atração, partindo da Mônada, a vida maior em relação à Alma. Nessa nova situação, a Alma é positiva em relação às vidas menores que constituem seus veículos, mas negativa em relação à sua vida maior, a Mônada, que já está se expressando mais intensamente pela Tríade superior. Na 4ª iniciação planetária ocorre uma liberação muito mais importante e marcante para o Divino Peregrino. Essas transmutações e a busca de centros cada vez maiores não cessarão nunca, o que demonstra a beleza do Plano Divino, no sentido de que o futuro do homem é de glórias cada vez mais deslumbrantes e esplendorosas, desde que o homem abra seus olhos, use a sua mente e busque o conhecimento, aplicando-o continuamente.

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Estudo 207

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação Consciente dos Fogos (Páginas 401 e 402)

Trataremos agora da manipulação consciente dos fogos. É evidente que todo o processo de transmutação, tal como podemos encará-lo na atualidade, concerne aos dois fogos, que alcançaram um elevado estado de perfeição no sistema solar anterior:

a. O fogo de um átomo em seu duplo aspecto, interno e irradiante.

b. Os fogos da mente.

Desde o ponto de vista humano a transmutação relaciona-se com esses fogos. O fogo do Espírito (o fogo elétrico puro) não será considerado nesta etapa.

A manipulação consciente dos fogos é prerrogativa do homem, quando tenha alcançado certo grau de evolução; o pressentimento disso conduziu logicamente o alquimista a tentar a transmutação no reino mineral. Alguns dos antigos estudantes têm compreendido, no transcurso das épocas, que o imenso esforço de transmutar os metais comuns em ouro tem sido só preliminar e simbólico, um passo representativo, alegórico e concreto. O trabalho da Hierarquia nos três departamentos deste planeta abarca todo o tema da transmutação; se estudarmos este amplo ponto de vista hierárquico, poderemos ter alguma ideia da amplitude do trabalho, obtendo com ele um conceito da tarefa realizada, a fim de ajudar no processo evolutivo. Tal trabalho consiste em transferir a vida de uma etapa de existência atômica a outra, o que implica três passos distintos, que podem ser vistos e seguidos por meio da clarividência superior e desde planos superiores. Tais passos ou etapas são os seguintes:

O estado ígneo, o período de misturar, fundir e queimar, pelo qual passam todos os átomos durante a desintegração da forma. Com referência ao homem, vemos este estado na etapa em que ele, pela interação com o não-eu, reage, é influenciado, reage ao estímulo exterior, influenciando seu exterior, que reage, voltando a influenciá-lo, iniciando-se nova reação e, nessa sequência de ações e reações, o homem vai entrando em harmonia dentro desses conflitos, ficando cada vez mais consciente desse processo e passando a atuar com consciência crescentemente ampla, quando começa a colaborar com o Plano Divino, sabendo o que está fazendo e não mais às cegas e não mais sendo conduzido. Na realidade é a etapa do fogo incandescente, em que os fogos entram em fusão e sintonia, como resultado do trabalho e do esforço da vida residente na forma, ou seja, da Mônada via Ego e via personalidade (os três veículos ou corpos inferiores).

O estado solvente, no qual dissipa-se a forma e a substância mantém-se em solução, dissolvendo-se o átomo em sua dualidade essencial. Ao atingir a situação em que foi conseguido o máximo para aquela forma, a qual torna-se incapaz de responder de forma mais elevada, ou seja, quando a temperatura atingiu o máximo possível para essa forma (atingiu seu ponto de fusão), sobrevém obviamente o estado de dissolução, à semelhança do ferro, que ao atingir seu ponto de fusão (1.536,5°C), passa para o estado líquido, ou seja, ele se dissolve. É o estado pré-obscurecimento, quando, pelo aumento de temperatura, é alcançado o estado de evaporação (3.000°C). No homem, quando chega ao término seu ciclo encarnatório, ele entra no estado solvente, sobrevindo a morte física (a decomposição ou dissolução da forma ou do corpo físico) e dá-se a dualidade: forma e vida animante (a vida proveniente do Ego).

O estado volátil, o qual concerne principalmente à qualidade essencial do átomo e à evasão dessa essência, para tomar, mais tarde, uma nova forma. É o estado de evaporação, quando a essência (a vida interna) retira-se, levando consigo a experiência vivida, as qualidades desenvolvidas e os poderes conquistados, aguardando o início de um novo ciclo de experiências em uma nova forma, mais aperfeiçoada e mais adequada às qualidades conquistadas pela vida animante. No homem, o Ego desvencilha-se do corpo físico e passa para uma vida na matéria astral, aguardando um novo retorno à vida física. Literalmente a vida animante volatiliza-se.

Talvez as palavras radioatividade, solução pralaica (no pralaia, a fase de obscurecimento ou abstração) e volatilidade essencial, expressem a ideia. Em todo processo de transmutação são seguidos, sem exceção, estes três passos. Ocultamente expressados, no Antigo Comentário está escrito assim:

• "As vidas ígneas ardem no seio da Mãe." O estado ígneo.

• "O centro ígneo estende-se até a periferia do círculo e sobrevém a dissipação e a paz pralaica." O estado solvente.

• "O Filho retorna ao seio do Pai e a Mãe descansa tranquila." O estado volátil.

Os Mestres, ao uníssono com os grandes Devas, ocupam-se do processo de transmutação. Podemos dizer que cada departamento ocupa-se de uma das três etapas:

• O departamento do Mahachohan, em suas cinco divisões (o 3º Raio e os quatro Raios de atributos ou Raios menores), ocupa-se de queimar as vidas ígneas (o estado ígneo).

• O departamento do Manu ocupa-se da forma o do "círculo não se passa" que encerra as vidas que se queimam (o estado solvente). Atua o 1º Raio, o destruidor.

• O departamento do Bodhisattva ocupa-se do retorno do Filho ao seio do Pai (o estado volátil). Atua o 2º Raio.

Dentro do departamento do Mahachohan desenvolve-se uma divisão secundária, que podemos delinear da seguinte maneira:

Os Raios 7º e 5º ocupam-se do retorno do filho ao Pai e estão ocupados, em grande parte, em fazer fluir força energizadora, quando tem de ser transferida a vida do Filho de uma forma velha a uma nova, de um reino da natureza a outro, no Caminho de Retorno. Mesmo estando no estado ígneo, esses Raios, por serem raios de força, preparam o Filho para a transferência, atuando mais na fase final do estado ígneo.

Os Raios 3º e 6º ocupam-se de queimar as vidas ígneas. Esses 2 Raios estimulam a vida do Filho a uma atividade intensa, através do aumento do calor da matéria dos corpos, dentro do estado ígneo.

O 4º Raio funde os dois fogos (da matéria e da mente) dentro da forma atômica. Um detido estudo destas subdivisões evidenciará quão íntima é a colaboração existente entre os diferentes grupos e quão inter-relacionadas são suas atividades. O trabalho da Hierarquia pode ser interpretado sempre em termos de alquimia; suas atividades relacionam-se com uma tríplice transmutação. Esta tarefa é desenvolvida conscientemente pela Hierarquia, produzindo-se em virtude de Sua própria emanação. Assim como um iniciado encarnado, pela sua simples presença, influencia o grupo do qual faz parte, através de sua irradiação consciente, da mesma forma a Hierarquia, atuando na matéria causal, age sobre a humanidade (respeitando seu livre arbítrio, é claro) através dos Egos e também, por meio de formas astro-mentais, influencia os corpos mentais e astrais da humanidade, havendo repercussão nos cérebros físicos.

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Estudo 208

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação Consciente dos Fogos (Continuação) (Páginas 402,403 e 404)

Um Mestre transmuta nos 3 mundos e ocupa-se principalmente desse processo nos 18 subplanos, o grande campo da evolução humana e faz passar a vida por todo o corpo físico denso do Logos. Esse campo da evolução humana é constituído pelas matérias dos planos físico, astral e mental inferior. Como cada plano possui 7 subplanos, que variam em função da densidade, temos 7+7=14 subplanos, para os planos físico e astral, com mais os 4 subplanos que formam o plano mental inferior, temos os 18 subplanos da evolução humana. Um Mestre é aquele que recebeu a 5ª iniciação planetária, a da Revelação, tornando-se um Adepto (a meta da nossa 4ª cadeia). Portanto Ele domina perfeitamente os mundos inferiores e, por isso, está em condições de instruir e orientar a humanidade nessa conquista. O trabalho de transmutação não consiste apenas em instruir e orientar, mas requer habilidade e poder para manipular os fogos desses 3 mundos inferiores, que têm comportamentos diferentes para cada subplano. Como os corpos dos aspirantes e discípulos em processo de transmutação são constituídos de diferentes densidades de matéria e em diversos graus, podemos deduzir a complexidade do trabalho dos Mestres, acrescentando-se a isto as funções dentro do corpo físico denso do Logos planetário, corpo denso esse que, embora não sendo um princípio, tem funções importantes, da mesma forma que o corpo físico denso do homem, mesmo não sendo princípio, tem funções importantes para o homem, como os nosso órgãos.

Os Chohans da 6ª iniciação trabalham nos 4º e 5º éteres do corpo etérico logoico (os planos búdico e átmico) e ocupam-se de fazer passar a vida do Espírito de uma forma a outra em tais mundos, tendo por objeto a transmutação dos entes do reino espiritual ao monádico. Como esses Chohans já vivenciaram as matérias de todos os subplanos dos planos budico e átmico e estão vivendo no plano monádico, conhecendo portanto todas as minúcias desses 2 planos, Eles têm capacidade e habilidade para instruir e estimular os iniciados que estão vivendo e experimentando esses planos, pois sabemos que na 4ª iniciação o iniciado passa a viver no plano búdico e na 5ª iniciação no plano átmico. Temos de ter sempre em mente que os centros físicos do nosso Logos planetário são feitos com a matéria desses planos, circulando por eles fogos (energias) de suma importância para a consciência física cósmica do Logos, como também para determinadas funções em Seu corpo físico cósmico. Os que se encontram num nível ainda superior (os Budas e Seus Confrades dos 1º e 3º Raios) ocupam-se de fazer passar a vida aos planos subatômico e atômico do físico cósmico. Esses 2 subplanos são monádico e adi. Os Budas estão no 2º Raio e seus confrades são os Kumaras. O mesmo raciocínio aplicado para as transmutações anteriores vale para essa, sendo a mais complexa, uma vez que, quanto mais elevado o plano, mais dinâmica é a matéria e mais amplas as funções. Todavia há transmutações mais elevadas e complexas, como a do plano adi (o atômico do físico cósmico) para o 7º subplano da 7ª divisão do plano astral cósmico.

Tudo o que acima foi dito aplica-se a qualquer esforço hierárquico realizado em todos os esquemas e globos, pois a unidade de esforço é universal. Em todos os casos o domínio consciente autoinduzido ou a autoridade precede a capacidade de transmutar. O Mestre Djwal Khul, com estas palavras, deixa bem claro e sem a menor margem de dúvida, que a capacidade de transmutar é uma conquista. Os Iniciados, depois da 3ª iniciação, aprendem a transmutar e a supervisionar o passo da vida do reino animal ao humano; durante as primeiras etapas da iniciação são comunicadas as fórmulas que controlam os Devas menores, dando por resultado a fusão dos reinos segundo e terceiro. Trabalham salvaguardados e supervisionados. Essa fusão dos reinos segundo e terceiro na transmutação do reino animal (o terceiro) para o humano (o quarto) ocorre pelo seguinte fato. O corpo físico do homem é feito de matéria dos reinos mineral (o primeiro), vegetal (o segundo) e animal (o terceiro). A fusão dos primeiro e segundo deu-se no reino animal. Portanto, a fusão do segundo com o terceiro realmente ocorreu na transmutação do reino animal para o reino humano. Vemos aí que essa transmutação não é tão simples assim, como muitos podem pensar. O contato do animal doméstico com o ser humano é muito útil, mas não é o suficiente. Determinado trabalho técnico e científico tem de ser feito, o que implica na fusão de fogos. Isto, é óbvio, só pode ser feito por um iniciado, que já conquistou o domínio de seus 3 corpos inferiores e, portanto, está apto e capacitado para controlar os devas que trabalham com os 3 reinos inferiores.

O homem intelectual avançado deveria ser capaz de colaborar na síntese do trabalho e ocupar-se da transmutação dos metais, porque seu desenvolvimento intelectual, com respeito aos elementos minerais e os construtores que tem de controlar, é igual ao dos casos e graus de consciência já mencionados, porém devido aos desastrosos desenvolvimentos da época atlante e consequente embotamento da evolução espiritual, por um tempo, até que o carma se reajuste, a arte está perdida, melhor dizendo, o conhecimento foi resguardado até ter sido alcançado um período de progresso racial em que o corpo físico adquira a suficiente pureza para suportar as forças com as quais terá de se por em contato e saia do processo de transmutação química, não só enriquecido em conhecimento e experiência, mas fortalecido em sua fibra interna.

A medida que transcorra o tempo, o homem fará gradualmente 4 coisas:

1. Recuperará o conhecimento do passado e os poderes desenvolvidos na época atlante.

2. Produzirá corpos que resistam aos elementais do fogo de ordem inferior, os quais trabalham no reino mineral.

3. Compreenderá o significado interno da radioatividade ou a liberação do poder inerente a todos os elementos, a todos os átomos da química e a todos os minerais verdadeiros.

4. Reduzirá a SOM as fórmulas dos futuros químicos e cientistas e não simplesmente formulará seus ensaios sobre o papel. Nesta afirmação encontra-se (para aqueles que podem perceber) a insinuação mais iluminadora que foi possível dar até agora sobre este tema.

Talvez pareça aos olhos do leitor que não foi dada muita informação a respeito da consciente manipulação dos fogos. Isto se deve à incapacidade do estudante de ler o transfundo esotérico do foi dado. A transmutação consciente só é possível quando o homem tenha transmutado os elementos de seus próprios veículos; só então será possível lhe confiar os secretos da divina alquimia. Uma vez que, por meio dos fogos latentes internos da matéria de seus próprios envoltórios, tenha transmutado os átomos químico e mineral de ditos envoltórios, então sem perigo - em virtude da afinidade de substância - poderá ajudar no trabalho de transmutação mineral de 1ª ordem. Unicamente quando (por meio dos fogos irradiantes dos envoltórios) tenha transmutado o que é análogo ao reino vegetal em seu próprio organismo, pode realizar o trabalho de alquimia de 2ª ordem. Só quando os fogos da mente dominam, o homem pode trabalhar no processo transmutador de 3ª ordem, o de transferir a vida a formas animais. Só quando o Eu interno ou o Ego no corpo causal, controla sua tríplice personalidade, é permitido ocultamente ao homem ser um alquimista de 4ª ordem e trabalhar na transmutação da Mônada animal ao reino humano, conjuntamente com todo o vasto conhecimento que isto inclui. Muito deve ser realizado todavia, porém a compreensão da magna tarefa que temos por diante não deverá ser causa de desalento, porque o inteligente delineamento do futuro e a cautelosa divulgação do conhecimento a respeito das necessárias etapas a alcançar, induzirá muitos aspirantes a desenvolver um tenaz esforço objetivo e durante o processo evolutivo virão aqueles que são capazes de realizá-lo.

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Estudo 209

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Futuras - a. O Processo Transmutador - A Manipulação Consciente dos Fogos (Continuação) (Páginas 404, 405 e 406)

Falar claramente sobre o tema da transmutação é um autêntico problema, devido à sua amplitude e ao fato de que neste processo o mago ou o alquimista trabalha com essência dévica, controlado pelos Construtores menores, em colaboração com os grandes Devas. Consequentemente, a fim de esclarecer o pensamento e dar consistência às conjecturas a este respeito, desejamos principalmente apresentar certos postulados que devem ser levados muito em conta, quando consideramos este tópico. São 5 os postulados e concernem especificamente ao campo no qual o processo de transmutação se desenvolve. O estudante deve recordar aqui a diferença estabelecida entre o trabalho do mago da escuridão ou das sombras (o mago que trabalha na linha do mal) e o da luz (o que trabalha na linha do bem). Será útil, antes de continuar, que consideremos estas diferenças no que se aplica ao tema:

Primeiro. O Irmão da luz trabalha com energia elétrica positiva. O Irmão das sombras trabalha com energia elétrica negativa.

Segundo. O Irmão da luz ocupa-se da alma das coisas. O mago da escuridão concentra sua atenção na forma.

Terceiro. O Irmão da luz desenvolve a energia inerente à esfera implicada (humana, animal, vegetal ou mineral) e obtém resultados por meio de atividades autoinduzidas da vida central sub-humana, humana ou super-humana. O mago das sombras obtém resultados valendo-se de forças externas à esfera implicada e produz a transmutação utilizando resolventes (se assim podemos denominá-los) ou pelo método de redução da forma, em vez da irradiação, como faz o mago da luz.

Devem ser considerados muito cuidadosamente estas diferenças de método e visualizar sua reação com respeito aos diferentes elementos, átomos e formas. Passemos aos 5 postulados supracitados, referentes à transmutação da substância, à dissolução da vida ou à transferência da energia nas diferentes formas.

OS CINCO POSTULADOS

1º Postulado. Toda matéria é matéria vivente ou substância vital de entidades dévicas. Por exemplo, um plano e todas as formas construídas com substância desse plano particular, constituem a forma material ou o envoltório de um grande Deva, que é a essência da manifestação e a alma do plano.

2º Postulado. Todas as formas, qualquer que seja a nota em que vibram, são construídas pelos Devas construtores com a matéria de seus próprios corpos. Por isso eles são denominados o grande aspecto Mãe, pois produzem a forma com sua própria substância.

3º Postulado. Os Devas constituem a vida que produz a coesão da forma. São o 3º e o 2º aspectos fundidos e podem ser considerados como a vida de todas as formas sub-humanas. O mago que pratica a transmutação no reino mineral trabalha praticamente com essência dévica em sua forma mais primitiva, a qual se encontra no arco ascendente da evolução; devem ser recordadas 3 coisas:

a. O efeito que produz a retroatração das vidas involutivas que se encontram detrás do mineral ou sua herança, ou seja, o reino das essências elementais, que antecede o mineral.

b. A sétupla natureza do particular grupo de Devas, que constitui seu ser em sentido oculto, ou seja, os 7 grupos regidos, cada um, por um dos 7 Raios.

c. A seguinte etapa de transição ao reino vegetal ou o efeito esotérico do segundo reino sobre o primeiro, o que quer dizer a influência do reino vegetal sobre o reino mineral, atraindo-o, assim como o reino humano atrai o reino animal.

4º Postulado. Todas as essências e todos os construtores dévicos do plano físico são peculiarmente perigosos para o homem, porque trabalham em níveis etéricos e, como já indiquei anteriormente, são os transmissores de prana ou a substância vital animante; daí que descarreguem sobre o ignorante e o desprevenido essência ígnea que queima e destrói.

5º Postulado. Os Devas não trabalham como unidades individualizadas conscientes, com propósitos autoiniciados, como no homem, no Homem celestial ou no Logos solar (considerados como Egos), mas trabalham em grupos, sujeitos a:

a. Impulso inerente ou inteligência ativa latente.
b. Ordens ditadas pelos Construtores maiores.
c. Rito ou compulsão, induzidos pela cor e pelo som.

Se estes fatos forem tidos em conta e considerados, será obtida alguma compreensão do papel que os Devas desempenham no processo de transmutação. A posição que o fogo ocupa no processo é de peculiar interesse aqui, porque define claramente os diferentes métodos aplicados por 2 escolas.

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Estudo 210

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação Consciente dos Fogos - Os cinco Postulados (Comentários) (Página 405)

Façamos alguns comentários sobre o exposto no estudo anterior. Vejamos as diferenças na ação dos 2 tipos de mago. O da luz trabalha sempre com a Vida que está utilizando a forma para desenvolver alguma qualidade, dentro de um propósito, para evoluir. Quando o mago da luz atua num átomo químico, para estimulá-lo em sua evolução, ele manipula seus próprios fogos para estimular simultaneamente a matéria constituinte do átomo e o ser elemental que tem o átomo químico como veículo de expressão. Assim a vida interna do átomo reage ao duplo estímulo e, ela mesma, se dinamiza internamente, levando seu veículo a uma maior e melhor atividade (melhora a qualidade da atividade), chegando a um ponto em que começa a irradiar partículas, ou seja, torna-se radioativa e começa a influenciar outros átomos, o que é uma prestação de serviço no reino mineral. Por fim o ser elemental, pela sua enorme atividade interna, libera-se da forma, por ela deixar de ser apropriada para a sua capacidade e vai em busca de uma forma mais adequada. O mago da luz também age nessa transferência, empregando sempre fogos adequados ao reino mineral.

Da mesma forma o mago da luz procede, quando atua nas formas do reino vegetal, na transferência das vidas desse reino para o animal. Nesse caso o trabalho é mais complexo, uma vez que os fogos envolvidos são mais qualificados, mesmo sendo os 3 essenciais (elétrico, solar e por fricção). O reino vegetal expressa mais qualidades que o mineral. A complexidade é bem visível porque o reino vegetal contém elementos do reino mineral em processo de fusão com esse reino, o que culminará no reino animal. Assim o mago da luz trabalha com energia positiva.

Já o mago das sombras se comporta de modo diametralmente oposto. Ao invés de estimular a vida interna, ele violenta a forma, com o objetivo de desintegrá-la e assim obrigar a vida interna a ter de sair, por ficar sem seu veículo de expressão, acontecendo isto sem a vida interna estar pronta para uma saída. Isto é trabalhar contra o processo evolutivo e contra o Plano divino.

Em seu trabalho destruidor, o mago das sombras utiliza fogos transportados por átomos negativos, com vibrações (oscilações) contrárias (fora de sintonia) às do veículo da vida interna do átomo químico. Vejamos o processo usado na bomba nuclear e no estudo das partículas nos gigantescos aceleradores lineares, como o que está sendo construído no subsolo entre a França e a Suíça.

Na bomba de fusão, uma bomba de fissão (que é uma destruição do átomo de urânio235) libera as vidas e as energias, que irão transformar átomos de lítio4 em trítio, levando a uma fusão forçada de átomos de deutério com átomos de trítio, nascendo átomos de hélio, havendo liberação de energia nesse processo, energia essa que desintegra átomos de urânio238, de uma maneira forçada e obrigando as vidas internas a se afastarem, pela destruição de seus veículos, o que é trabalhar contra o Plano divino em larga escala.

No caso dos aceleradores lineares, pela aceleração de partículas subatômicas, através de campos elétricos e magnéticos, elas atingem velocidades elevadíssimas, próximas da velocidade da luz e assim ficam dotadas de enorme energia cinética, quando então são direcionadas para um local chamado câmara de bolha, onde colidem com átomos químicos e partículas subatômicas, destruindo-os, para serem detectadas as partículas constituintes. Também é um processo contrário ao Plano divino, embora científico.

Embora a ciência aprenda com isso, todavia um carma é gerado contra o reino mineral. A seguinte pergunta pode ser feita: há outro método de se entender o funcionamento interno do átomo químico? A resposta é sim e é um método muito mais seguro e de acordo com o Plano divino. Esse método consiste em o homem despertar sua visão interna e ver diretamente a vida interna do átomo químico em ação.

Assim ele poderá controlar e utilizar beneficamente essas vidas, ao mesmo tempo auxiliando-as em sua evolução, o que é trabalhar para o Plano divino.

Dentro da concepção de vidas menores dentro de vidas maiores, sabemos que toda a matéria é vida em manifestação, ou seja, é o reino dévico em manifestação. Por isso todo mago que trabalha com qualquer reino, manipula essência dévica, a qual constitui também o próprio corpo do mago. Daí a grande necessidade de conhecimento e cuidado no trabalho de manipulação da essência dévica, a matéria, de qualquer natureza: física, astral, mental, búdica, átmica etc.

Por isto a exigência mais importante para um mago é dominar completamente todas as essências dévicas que constituem seus mecanismos de evolução, o que significa o controle pleno de todos os seus corpos.

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Estudo 211

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação Consciente dos Fogos (Continuação) (Páginas 406, 407 e 408)

Estudemos os processos utilizados pelas duas escolas, a Fraternidade da Luz e a oposta, a Fraternidade das Sombras.

No processo seguido pela Fraternidade da Luz é estimulado, nutrido e fortalecido o fogo interno que anima o átomo, a forma ou o homem, até que (devido à sua própria potência interna) queima seus envoltórios e escapa por radiação de seu "círculo não se passa". Isto pode ser observado de forma notável no processo da 4ª iniciação, a final para o ciclo que prende o homem à Terra, quando o corpo causal e o Loto Egoico são destruídos pelo fogo. Este fogo interno queima tudo, escapando-se o fogo elétrico. Por conseguinte, o verdadeiro alquimista do futuro procurará, em todos os casos, estimular a radioatividade do elemento ou átomo com o qual trabalha e centrará sua atenção no núcleo positivo , pois, acrescentando a vibração, atividade e positividade de tal núcleo, obterá o fim que deseja. Os Mestres fazem o mesmo em conexão com o Espírito humano (a Mônada humana) e não se preocupam, por mínimo que seja, com seu aspecto "dévico". A mesma regra básica aplica-se ao mineral como ao homem.

O processo seguido pela Fraternidade das Sombras é oposto ao anterior. A atenção é centrada sobre a forma com o objetivo de desintegrar e dispersar a forma ou combinação de átomos, a fim de que a vida elétrica central possa escapar. Seus membros obtêm resultados valendo-se de agentes externos e aproveitando a natureza destrutiva da substância (essência dévica). Queimam e destroem o envoltório material, tratando de aprisionar a essência volátil que escapa a medida que se desintegra a forma. Isto entorpece o plano evolutivo da vida implicada, atrasa sua consumação, interfere no ordenado progresso de desenvolvimento e coloca todos os fatores que intervêm em má posição. A vida (ou entidade) implicada sofre um retrocesso; os Devas trabalham de forma destrutiva e sem participar dos fins do Plano e o mago se encontra em perigo, devido à Lei do Carma e à materialização de sua própria substância mediante sua afinidade com o 3º aspecto. Este tipo de magia do mal infiltra-se em todas as religiões, precisamente pela destruição da forma mediante agentes externos e não pela liberação da vida através da preparação e do desenvolvimento interno. A isto são devidos os males produzidos pela Hatha Ioga na Índia e pelos métodos similares praticados por certas religiões e ordens ocultas do Ocidente. Ambos trabalham com matéria de qualquer plano dos 3 mundos inferiores, praticando o mal para que resulte o bem; controlam os Devas e buscam obter fins específicos, manipulando a matéria da forma. A Hierarquia trabalho com a alma dentro da forma e produz resultados inteligentes, autoinduzidos e permanentes. Quando a atenção é centrada na forma e não no Espírito, existe a tendência para render culto aos devas, fazer contato com eles e praticar magia do mal, porque a forma é feita de substância dévica em todos os planos.

Isto deve ser tido muito em conta em relação com todas as formas, pois encerra a chave de muitos mistérios.

Temos visto que nesta questão de transferir a vida de uma forma a outra, o trabalho se realiza sob lei e ordem, efetuando-se mediante a colaboração dos devas no primeiro caso (os magos das sombras), pela aplicação de agentes externos ao átomo ou à forma envolvida e, no segundo caso (os magos da luz, a etapa mais importante e prolongada do procedimento), mediante a consequente reação dentro do átomo mesmo, produzindo-se a intensificação do centro positivo ardente e o resultante escape (por radioatividade) da essência volátil.

Nas diversas etapas os elementais do fogo desempenham sua parte ajudados pelos devas do fogo, os agentes controladores. Isto ocorre em todos os planos que nos concernem, principalmente nos 3 mundos inferiores - diferentes grupos de devas entram em ação, de acordo com a natureza da forma implicada e com o plano no qual a transmutação tem de ser levada a cabo. O fogo elétrico passa de um átomo a outro de acordo com a lei e o "fogo por fricção", fogo latente do átomo ou seu aspecto negativo, responde; o processo se desenvolve por meio do fogo solar. Aqui está o segredo da transmutação e seu aspecto mais misterioso. O fogo por fricção, a eletricidade negativa da substância, tem sido, durante algum tempo, o tema de atração da ciência exotérica e a investigação da natureza da eletricidade positiva foi feita graças ao descobrimento do elemento rádio.

Como H. P. Blavatsky insinuou (na D. S. , I, 182, 252-256), J. W. Keely tinha avançado neste caminho e sabia mais ainda do que expôs; outros já se aproximaram ou estão se aproximando do mesmo objetivo. O próximo passo que a ciência deve dar é nessa direção e deveria ocupar-se da força potencial do átomo, enclausurando-a para uso do homem. Isto liberará no mundo uma incalculável quantidade de energia. Somente quando for compreendido o 3º fator e a ciência aceite a ação do fogo mental, personificado por certos grupos de devas, estará à disposição do homem a força da tríplice energia e sem embargo uma, nos 3 mundos inferiores. Tudo isto acha-se muito distante e só será possível no final desta atual ronda; estas potentes forças não serão utilizadas plenamente nem serão conhecidas totalmente até meados da próxima ronda. Então, estará disponível muita energia e serão eliminadas todas as obstruções. Em relação com o homem, isto se efetivará durante a separação no Dia do Juízo e produzirá também resultados em outros reinos da natureza. Uma parte do reino animal entrará em obscurecimento temporário e liberará energia para que a utilize a parte restante, produzindo resultados como os indicados pelo profeta de Israel ao referir-se ao "lobo dormindo dom o cordeiro"; seu comentário " um menino os guiará" é, em grande parte, a enunciação esotérica do fato de que 3/5 da humanidade encontrar-se-á no Caminho; "menino" é a denominação dada aos que estão na etapa de provas e aos discípulos. Nos reinos vegetal e mineral haverá uma demonstração similar, porém de natureza demasiado confusa para nossa compreensão.

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Estudo 212

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - O Processo Transmutador - A Manipulação Consciente dos Fogos (Continuação) (Páginas 408, 409 e 410)

O fator central do fogo solar, no trabalho de transmutação, será compreendido pelo estudo dos Devas e elementais do fogo, os quais são fogo e, em si mesmos (essencialmente e por ativa radiação magnética), o calor externo ou vibração, que produz:

A força que atua sobre a parede esferoidal do átomo.

A resposta dentro do átomo, produzindo por sua vez a radiação ou o escape da essência volátil.

Expressando-o em termos do cosmos e considerando o sistema solar como átomo cósmico, dir-se-ia que:

• As abstrações ou entidades que moram na forma são "fogo elétrico".

• A substância material, encerrada dentro do "círculo não se passa", considerada como um todo homogêneo, é "fogo por fricção".

• Os devas do fogo do plano mental cósmico (dos quais Agni e Indra são as personificações, junto com outro cujo nome não se dá) são os agentes externos que levam adiante a transmutação cósmica.

Esta tríplice afirmação pode aplicar-se a um esquema, a uma cadeia e também a um globo, tendo presente que, em relação com o homem, o fogo, que é seu 3º aspecto, emana desde o plano mental do sistema.

Temos tratado de maneira ampla e geral esta questão da eletricidade e vimos que a essência do fogo ou substância, dissolve-se mediante a atividade interna e o calor externo, de tal modo que o fogo elétrico, no centro do átomo, libera-se e busca uma nova forma. Esta é a finalidade do processo transmutador; o fato de que os alquimistas, trabalhando no reino mineral, não tenham conseguido seu objetivo, deve-se a 3 coisas:

Primeiro. Incapacidade de estabelecer contato com a chispa elétrica central. Isto se deve a que ignoram certas leis da eletricidade e, sobretudo, a fórmula estabelecida que abarca a esfera de influência elétrica de tal chispa.

Segundo. Incapacidade de criar o necessário canal ou "caminho" pelo qual a vida que escapa pode entrar em sua nova forma. Muitos têm logrado destruir a forma permitindo escapar a vida, porém não têm sabido canalizá-la nem guiá-la, portanto, todo seu trabalho foi perdido.

Terceiro. Incapacidade de controlar os elementais do fogo, que são o fogo externo e afetam a chispa central através do meio ambiente. Esta incapacidade é essencialmente característica dos alquimistas da 5ª raça-raiz, praticamente incapazes de exercer tal controle, por ter perdido as Palavras, as fórmulas e os sons. Isto é consequência do injustificado êxito alcançado na época atlante, quando os alquimistas dessa época, por meio da cor e do som, conseguiram dominar de tal modo os elementais, que os utilizaram para fins egoístas e empresas alheias a suas atividades legítimas. Este conhecimento das fórmulas e sons pode ser adquirido com relativa facilidade, quando o homem tiver desenvolvido o ouvido espiritual interno. Neste caso, sem embargo, o processo de tipo mais grosseiro de transmutação (tal como o implicado na fabricação de ouro puro) não lhe despertará o mínimo interesse; sua atenção concentrar-se-á nas formas mais sutis de atividade, relacionadas com a transferência da vida de uma forma a outra de grau superior.

Também podemos assinalar os seguintes fatos:

Primeiro. Cada reino da natureza tem sua nota ou tom, sendo dita nota a chave ou nota fundamental dos sons mântricos, que concernem a qualquer processo transmutador de um reino.

Segundo. A nota do reino mineral constitui a nota fundamental da substância mesma. Em grande parte a pronunciação da nota ou das combinações, baseadas nesta chave, trazem os grandes cataclismos mundiais causados pela ação vulcânica. Cada vulcão emite tal nota; para aqueles que desenvolveram a visão, o som e a cor (entendidos ocultamente) de um vulcão é algo verdadeiramente maravilhoso. Cada gradação dessa nota encontra-se no reino mineral, o qual se acha dividido em 3 divisões principais:

a. Os metais comuns, tais como o chumbo e o ferro, com todos os metais afins.

b. Os metais patrões (os nobres), tais como o ouro e a prata, que desempenham uma parte vital na vida da raça e são a manifestação mineral do 2º aspecto.

c. Os cristais e pedras preciosas, o 1º aspecto segundo atua no reino mineral - a consumação do trabalho dos devas minerais e o produto de seus esforços incansáveis.

Quando os cientistas souberem plenamente o que é que produz a diferença entre a safira e o rubi, terão descoberto uma das etapas do processo transmutador; sem embargo não o obterão até que tenha sido controlado o 4º éter e descoberto seu segredo. A medida que transcorra o tempo, a transmutação, por exemplo, do carbono em brilhantes, do chumbo em prata ou de certos metais em ouro, não terá atração para o homem, porque será reconhecido que tal ação terá como consequência a deterioração das normas de vida, trazendo pobreza em vez de riqueza; o homem compreenderá oportunamente que a adaptação da energia atômica a suas necessidades ou a indução da crescente radioatividade é, para ele, a senda para a prosperidade e a riqueza. Em consequência, concentrará sua atenção nesta forma superior de transferência da vida e mediante:

a. o conhecimento dos devas,
b. a pressão externa e a vibração,
c. o estímulo interno,
d. a cor aplicada como estímulo e vitalização e
e. os sons mântricos,

descobrirá o segredo da energia atômica, latente no reino mineral e utilizará tão inconcebível poder e força na solução dos problemas da existência. Unicamente quando for melhor compreendida a energia atômica e, em certa medida, o 4º éter, alcançaremos o domínio do ar que, inevitavelmente, temos por diante.

Terceiro. Pelo descobrimento da nota característica do reino vegetal, por sua conjunção com outras notas da natureza e por sua adequada emissão em distintas chaves e combinações, virá a possibilidade de produzir maravilhosos resultados em ditos reinos e estimular a atividade dos devas que trabalham com flores, frutos e ervas.

Continuaremos a seguir, com comentários sobre o acima exposto.

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Estudo 213

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação Consciente dos Fogos (Comentários sobre as páginas 408, 409 e 410)

Teçamos comentários sobre o que foi exposto imediatamente antes.Sabemos que em todo processo transmutador 3 agentes estão sempre presentes: aquilo que vai ser transmutado, a Vida (em qualquer nível), a qual, quando atua é fogo elétrico e daí ser chamada fogo elétrico; o chamado, pelo Mestre Djwal Khul, fator central do fogo solar; a força que atua sobre a parede esferoidal do átomo, o fogo por fricção.

Para haver transmutação, dentro dos padrões previstos no Plano Divino, é necessário o estímulo sobre a Vida que está se expressando através de uma forma, de tal modo que essa Vida reaja ao estímulo, tornando-se mais dinâmica, o que é feito por meio do seu fogo elétrico, o qual atua nos seus fogos solar e por fricção. Sabemos que existe uma interação entre os fogos por fricção e solar (também chamados kundalini e prana, respectivamente), os quais devem ficar em sintonia (ou fundidos) e finalmente, sintonizarem-se (ou fundirem-se) com o fogo elétrico. Isto ocorre em todos os níveis, tanto que na 4ª iniciação planetária, a da Renúncia, os 3 fogos: elétrico da Mônada, solar da Alma e por fricção dos corpos inferiores, fundem-se (entram em sintonia perfeita) e, pelo intenso calor gerado pela elevadíssima vibração ou oscilação, desintegram o Loto Egoico, liberando as Vidas residentes nas partículas do Loto Egoico e o Anjo Solar, ocorrendo a grande Transmutação buscada pela Mônada humana em sua peregrinação pelos 3 mundos inferiores, dos quais Ela fica totalmente livre.

Nesse fenômeno elétrico, a iniciação, importantíssimo para o homem, percebemos claramente os 3 agentes atuantes: o fogo elétrico da Mônada, o fogo solar da Alma e o fogo por fricção dos 3 corpos inferiores.

Assim, deduzimos logicamente que todo aquele que quer ajudar no processo de transmutação (não esquecer que uma iniciação é uma transmutação), tem de saber e ter poder de manipular, com plena consciência, técnica e numa intensidade certa, os 3 fogos externos, de tal modo que os fogos internos tríplices dos corpos da Vida ocupante sejam estimulados, o que levará a Vida ocupante a perceber esse estímulo e Ela mesma passar a se autoestimular, até atingir o ponto de liberação pela sua própria iniciativa. Portanto o trabalho do transmutador não é fazer o trabalho da Vida com a qual ele está trabalhando, mas sim dar o estimulo inicial e acompanhar todo o processo a ser desenvolvido pela Vida estimulada. É muito evidente que a Vida é que tem de agir; se assim não fosse, como Ela iría aprender?

Há mais uma coisa a ser considerada: sempre teremos uma Vida mais evoluída estimulando uma outra Vida menos evoluída. É esse o verdadeiro segredo de toda transmutação.

Fica bem óbvio que todo transmutador (na realidade todo Mago) tem de ser o Senhor supremo dos 3 fogos de seus corpos, o que, com outras palavras, é o domínio pleno dos seus corpos. Daí a ênfase que o Mestre Djwal Khul dá ao estudo dos fogos, constituindo eles o título de Seu mais importante e profundo livro, o Tratado sobre Fogo Cósmico.

Quando enfocamos a transmutação, vemos:

• A Vida estimuladora, mais evoluída, polo positivo.
• A Vida a ser estimulada, menos evoluída, polo negativo.

Composição de ambas as Vidas:

• Vida central, expressando fogo elétrico por excelência, no caso do homem, a Mônada.

• Vida intermediária, expressando fogo solar por excelência, no caso do homem, a Alma ou Ego.

• Corpos de expressão, expressando fogo por fricção por excelência, no caso do homem, a personalidade, quando enfocamos os 3 corpos inferiores em conjunto.

Temos pois uma dualidade: 2 polos, positivo e negativo e uma triplicidade: os 3 fogos, sendo cada fogo tríplice.

Raciocinando em termos numéricos, temos 3 fogos tríplices, que, multiplicados (3 x 3), produzem o Nove. Somando ao Nove o Um produzido pelos 2 polos que se unem pelo contato (a Vida estimuladora e a Vida estimulada), temos o Dez da perfeição.

A expressão "fator central do fogo solar", usada pelo Mestre Djwal Khul, refere-se aos Devas, que constituem a essência do fogo solar, como dos outros 2 fogos: elétrico e por fricção. O fogo solar é destacado aqui, porque, por ser ele o agente de coesão ou de ligação, exerce papel de grande importância no estímulo a ser dado à Vida a ser estimulada, na sua ação sobre a parede esferoidal do átomo, em se tratando desse. Todavia esse mesmo raciocínio aplica-se aos demais "átomos", como o humano, o que é fácil de entender, ao analisarmos a ação dos Kumaras sobre o homem lemuriano. Como os Kumaras estavam convivendo fisicamente com os lemurianos, lado a lado, suas auras interpenetravam as dos lemurianos (a parede esferoidal do "átomo", quando olhamos o homem lemuriano como um átomo maior) e, assim, o fogo solar mais elevado dos Kumaras era transferido para as auras dos lemurianos, os quais eram intensamente estimulados.

Desse modo os lemurianos, estimulados, reagiram ao estímulo e intensificaram suas mentes, propiciando o processo de construção do Loto Egoico pelo Anjo Solar. Esse trabalho dos Kumaras foi literalmente de transmutação.

Faremos mais comentários no próximo estudo.

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Estudo 214

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação Consciente dos Fogos (Continuação dos Comentários sobre as páginas 408, 409 e 410)

Continuemos nossos comentários sobre o conteúdo das páginas 408, 409 e 410 do Tratado sobre Fogo Cósmico. Analisemos as palavras do Mestre Djwal Khul, referentes a Agni, Indra e um Terceiro, cujo nome não é dado, como personificações dos Devas do fogo do plano mental cósmico. Sabemos que Agni é o regente do plano mental do nosso sistema e Indra do plano búdico. O Terceiro (cujo nome não é dado) deve ser o regente do plano átmico. Temos portanto, de forma clara e óbvia, uma relação entre o plano mental cósmico e os planos átmico, búdico e mental do sistema, em termos de fogo. Ora, o plano átmico, sendo o terceiro, é regido pelo 3º Raio, Inteligência Ativa, Manas, do qual se originam o 4º Raio, que rege o plano búdico e o 5º Raio, regente do plano mental. Assim, podemos deduzir, dentro de um raciocínio lógico, que os nossos planos átmico, búdico e mental são influenciados pelo plano mental cósmico, dedução essa que nos leva a maiores especulações, sempre numa linha de raciocínio lógico.

Quando o Mestre D. K. diz que a essência do fogo ou substância se dissolve mediante a atividade interna e o calor externo, de tal modo que o fogo elétrico, no centro do átomo, libera-se e busca uma nova forma, interpretamos a expressão "se dissolve" como "impregna" e "calor externo" como "dinamização do movimento das partículas", o que torna a forma menos densa ou mais rarefeita, levando o fogo elétrico (a vida interna) à liberdade, uma vez que ele passa a trabalhar com uma forma mais leve e consequentemente com mais capacidade de movimento, ou seja, mais ágil. Assim, concluímos que as palavras do Mestre D. K. são profundamente esclarecedoras, racionais e científicas.

Vejamos agora a falta de êxito por parte dos alquimistas do reino mineral no processo de transmutação. No item primeiro o Mestre D. K. cita a incapacidade de fazer contato com a vida (chispa) elétrica central, por desconhecerem certas leis da eletricidade e, principalmente, a fórmula estabelecida que abarca a esfera de influência elétrica de tal chispa. Na nossa interpretação os alquimistas não conseguiam "ver" a vida dentro do átomo químico, a "chispa elétrica", agente gerador da atividade do átomo, desconheciam a interação entre os 3 fogos, não tinham noção do processo de sintonia (que o Mestre D. K. chama fusão) e não sabiam o propósito da vida central e por isso também não sabiam a fórmula, que é o método de ação da vida central (a chispa elétrica) para conseguir seu propósito. Devido a essa falta de conhecimento, os alquimistas agiam apenas materialmente e não colocavam no processo a parte mais importante, que não pode ser revelada publicamente. Todavia, deram origem à organização da química como ciência.

No 2º item temos a incapacidade de criar o necessário canal pelo qual a vida que escapa pode entrar em nova forma. Já que não conseguiam ver essa vida central no átomo químico, não podiam conduzi-la a uma nova forma. Apenas podiam conseguir destruir a forma, liberando a vida, sem poder realizar realmente a transmutação.

No 3º item temos a incapacidade de controlar os elementais do fogo, que são o fogo externo e afetam a chispa central através do meio ambiente. Sabemos que para controlar os devas, o homem deve primeiro controlar os pitris lunares de seus corpos, sem o que torna-se altamente perigoso tentar controlar os devas por meio de cores e sons, caso descubra essas cores e esses sons, uma vez que, ante qualquer descuido, as consequências serão funestas para o alquimista, pois seus corpos são formados de essência dévica.

O Mestre D. K. diz que esta incapacidade é essencialmente dos alquimistas da nossa 5ª raça-raiz, por terem perdido as Palavras, as fórmulas e os sons, sendo isso consequência do mau uso feito na raça atlante, quando, pelo uso da cor e do som, conseguiam dominar os elementais e usá-los para fins egoístas e estranhos às suas finalidades.

Sabemos que os atlantes, por possuírem a visão e a audição astrais de nascença, conseguiam ver e ouvir os devas operando na natureza e assim aprendiam as cores e os sons (vibrações) provocados por eles na execução dos diversos fenômenos. Assim podiam reproduzir essas cores e esses sons e direcionar as atividades dos devas para os fins que os alquimistas atlantes queriam.

Os atlantes apenas sabiam reproduzir as cores e os sons, mas não entendiam o processo, porque suas mentes ainda não estavam em plena atividade, uma vez que a meta da raça atlante, a 4ª, foi desenvolver o corpo astral e não o mental. Mas o comportamento dos alquimistas atlantes foi tão prejudicial ao Plano Divino, que a Hierarquia se viu obrigada a desativar a visão e a audição astrais da raça humana, desconectando o chacra alta maior da coluna vertebral etérica, ficando ele inativo. O Mestre D. K. diz que esse conhecimento pode ser adquirido com relativa facilidade, pelo desenvolvimento do ouvido espiritual interno. Este despertar do ouvido espiritual interno está ligado ao processo evolutivo dentro dos padrões da Hierarquia e do Plano Divino, ou seja, pelo uso da mente, pela busca do conhecimento, pela meditação verdadeira (e não essas atitudes devocionais que erroneamente chamam meditação) e pelo autocontrole completo, ou seja, dos 3 corpos inferiores: físico, astral e mental. Assim, o chacra alta maior se conecta com a coluna vertebral etérica, despertando a visão e a audição astrais (o chacra alta maior se conecta com o laríngeo). Nesse processo consideramos também o salto do fogo por fricção tríplice do chacra entre as omoplatas para o alta maior, o que supõe a fusão dos fogos por fricção/elétrico, /solar e /por fricção.

Pela expressão "relativa facilidade", percebemos claramente que a recuperação desses sons e cores não é tão fácil, pois requer vontade, esforço, busca do conhecimento e sua aplicação em si mesmo e no serviço altruísta pela evolução da humanidade.

Finalizando, podemos afirmar que pelo estudo da Física e da Química modernas, com enfoque esotérico, melhor dizendo, tendo na mente as informações do Mestre D. K. , podemos descortinar muita coisa do processo de transmutação, como, por exemplo, os decaimentos alfa e beta.

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Estudo 215

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação Consciente dos Fogos (Comentários sobre o conteúdo das páginas 409 e 410)

Continuemos nossos comentários sobre o processo de transmutação. Enfoquemos nossa atenção sobre a chamada "nota", neste processo. Primeiramente procuremos entender o que é essa "nota". Para tal sigamos uma linha de raciocínio, com base em uma lógica. A palavra nota, neste contexto, significa som. Seria muita ingenuidade pensar que seja apenas uma nota musical. Ela somente indicaria a frequência fundamental e não seria unicamente uma nota, dentre as sete. Como tudo na natureza vibra ou oscila e toda oscilação se repete um determinado número de vezes, temos o conceito de frequência associado a toda oscilação ou vibração. Frequência é o número de oscilações ou vibrações por segundo (simbolizado por hz, hertz, na eletrônica).

Sendo o som uma onda mecânica, diferente da onda eletromagnética, é a partícula que oscila ou vibra. Ora, oscilação é um movimento que se repete. Todo movimento tem uma trajetória, que pode ter muitas formas: retilínea, curva, parabólica, quadrada, retangular, triangular, pentagonal, hexagonal, heptagonal, enfim, uma infinidade de formas. Sendo uma onda alternada, o movimento ocorre inicialmente num sentido (uma alternância ou um semiciclo) e depois no sentido oposto (a outra alternância ou o outro semiciclo), perfazendo os 2 semiciclos um ciclo. Vemos aí a analogia da Lei dos ciclos. A evolução se processa em 2 semiciclos: o semiciclo no sentido para o mais denso (chamado involução) e o semiciclo inverso no sentido para o mais sutil (chamado retorno). Na encarnação temos o movimento indo da matéria causal, quando o Ego desloca sua atenção da matéria causal, indo no sentido para a matéria física e ocorre o nascimento (quando termina um semiciclo). Logo após o nascimento, inicia-se o outro semiciclo, no sentido para o mais sutil, que se encerra quando o Ego retorna sua atenção para a matéria causal, após as 3 mortes (a física, a astral e a mental), completando-se um ciclo completo na vida do Ego.

Temos no som uma outra característica a ser observada: sua força ou intensidade, que possui grandeza. Podemos entender essa força, claramente, no movimento. No início de um semiciclo, a partícula, saindo do estado de repouso (estado quiescente) para o de movimento, sai da velocidade zero para uma velocidade maior do que zero, excitada por uma energia que penetrou nessa partícula, sendo essa velocidade acelerada gradualmente, de várias maneiras, por exemplo, dobrando a cada instante, como, sendo v a velocidade inicial, passa para 2v no instante seguinte, 4v no seguinte, 8v no seguinte, até atingir a velocidade máxima e começar a desacelerar, até recomeçar tudo no sentido inverso. Sabemos da Física que toda partícula em movimento possui uma energia cinética igual ao produto de sua massa pela sua velocidade, logo, quando ela chega ao máximo de velocidade, está dotada de uma força.

Considerando a quantidade de partículas executando o mesmo movimento num som, teremos o conceito de pressão do som, pois teremos várias unidades de força atuando numa determinada área. Assim conseguimos demonstrar, por meio de um raciocínio simples e lógico, que o som, realmente, pode construir e destruir, como diz o Mestre Djwal Khul.

No reino mineral todos os átomos químicos são formados de elementos básicos, chamados quarks pelos físicos e átomos físicos primordiais pelos ocultistas. Esses elementos básicos executam movimentos cíclicos, gerando consequentemente ondas mecânicas e sons. Como cada elemento químico tem seu átomo formado de uma quantidade específica de elementos básicos, que varia de elemento para elemento, concluímos que cada átomo químico tem seu próprio som, diferente do som do átomo químico de outro elemento. Todavia, quando consideramos os isótopos, que são elementos químicos, com átomos possuindo o mesmo número Z (quantidade de prótons no núcleo) mas diferente número A (a soma de prótons e nêutrons no núcleo), vemos que, para um mesmo elemento químico, ha variação do seu som ou da sua nota. Por exemplo, o hidrogênio (H) tem 3 isótopos: o hidrogênio comum, com somente 1 próton no núcleo e 1 elétron na coroa, o deutério, com 1 elétron na coroa e, no núcleo, 1 próton e 1 nêutron, e finalmente o trítio, com 1 elétron na coroa e, no núcleo, 1 próton e 2 nêutrons. Assim temos o hidrogênio de Z=1 e A=1, o deutério de Z=1 e A=2 e o trítio de Z=1 e A=3. Logo cada isótopo emite sons diferentes. Quando examinamos o ouro (Au), com 32 isótopos, concluímos que ele emite 32 sons diferentes, embora em todos os isótopos prevaleça um som ou nota fundamental, em virtude de ser o mesmo o número Z=79.

Portanto conhecer a nota de um elemento químico, para poder fazer a transmutação, implica em conhecer sua estrutura e os movimentos que as partículas constituintes executam e as forças desses movimentos. Assim, concluímos, com base nessas informações, que conhecer a nota de um elemento significa saber esses detalhes do elemento e não uma mera pronunciação de palavras, como muitos erroneamente e, às vezes, de uma forma ridícula, pensam.

Quando consideramos o reino mineral como um todo, levando em conta todos os estados em que se encontram os elementos químicos, uma vez que, obviamente, ao mudar de estado, o som de um elemento se modifica, porque ocorre alteração nas ligações moleculares e isso afeta a coroa de elétrons, concluímos logicamente que conhecer a nota ou o som de um reino é algo muito complicado, implicando ainda no conhecimento da Vida maior que se expressa por todo o reino mineral e pela interferência da Entidade planetária.

Com base nesse raciocínio e nessas conclusões, podemos deduzir que somente aquele que já tem bem desenvolvida a consciência na matéria búdica, pela coordenação já iniciada do seu corpo búdico em decorrência da ativação do seu átomo búdico permanente, o que começa na 2ª iniciação planetária, possui qualificação para efetuar transmutação no reino mineral. Lembramos que é pelo sentido da audição (chamado captação) do corpo búdico, que o homem pode ouvir a nota do seu Logos planetário. O mundo da matéria búdica é onde o verdadeiro conhecimento é adquirido (pelo sentido do corpo búdico chamado "intuição"), após o homem ter desenvolvido bastante sua mente (manas) e sua capacidade de discriminar e analisar. Não é por via devocional que esse conhecimento é adquirido.

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Estudo 216

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação Consciente dos Fogos (Comentários sobre o conteúdo das páginas 409 e 410)

Analisemos o que o Mestre Djwal Khul diz a respeito da nota dos vulcões. Quando estudamos um vulcão, identificamos várias forças atuantes. Em primeiro lugar está o fogo elétrico tríplice da Terra: fluido elétrico (fohat), prana planetário e substância produtiva (kundalini), que se servem dos átomos físicos para seu transporte. Ora, a penetração dessas energias nos átomos físicos provoca neles movimentos, que se expressam como ondas mecânicas e, portanto, sons. Como cada vulcão possui suas características particulares, como sejam: altitude, tamanho, composição mineral, ventos atuantes e, o que é o mais importante, sua localização em relação ao equivalente à coluna vertebral etérica da Terra e ao chacra da Terra, pelos quais circulam os fogos por fricção terrestres, que energizam os vulcões. Assim temos vários parâmetros que agem na geração das ondas sonoras de um vulcão. É óbvio que um vulcão em repouso emite uma nota bem diferente da emitida quando está ativo. Temos também que considerar os Devas que trabalham no vulcão, uma vez que cada grupo dévico exerce funções diferentes. Fica então evidente que para emitir esse conjunto de ondas sonoras, é necessário um conhecimento muito amplo e, o mais importante, o poder para que esse conjunto sonoro produza efeitos físicos. Somente o Divino Senhor do Mundo, Sanat Kumara, possui esse poder e Ele só o utiliza em obediência aos Planos do Logos Planetário, do qual Ele é a Consciência encarnada. Sanat Kumara é o maior manipulador consciente de fogos da Terra. Quando o homem tiver desenvolvido seu ouvido interno e puder captar esses sons, poderá prever com a devida antecedência quando um vulcão entrará em atividade perigosa, protegendo assim as populações próximas dos vulcões.

O Mestre D. K. classifica o reino mineral, sob o ponto de vista de evolução, em 3 classes:

a. os metais comuns, como o chumbo e o ferro, juntamente com os metais afins; manifestação mineral do 3º aspecto

b. os metais "patrões", como o ouro e a prata, muito úteis à humanidade, sendo manifestação mineral do 2º aspecto;

c. os cristais e pedras preciosas, a consumação do trabalho dos Devas minerais e o produto de seus esforços incansáveis; manifestação mineral do 1º aspecto.

Com referência aos cristais, podemos citar como exemplos característicos o diamante e a grafite. Ambos são formados por átomos de carbono (C), mas possuem propriedades completamente diferentes. A grafite é deslizante, sendo por isso usada como lubrificante. Já o diamante é detentor de um elevadíssimo grau de dureza, sendo a substância mais dura da Terra. Vejamos a conformação molecular dos dois. Na grafite os átomos de carbono são ligados entre si numa estrutura hexagonal (6 átomos) bidimensional, ou seja, formando uma superfície, estrutura essa elementar que se repete; já no diamante os mesmos átomos de carbono são ligados entre si numa estrutura cúbica tridimensional, um átomo ligado a outros 4, em 3 dimensões, gerando um cubo e um átomo do cubo ligado a um átomo de outro cubo, estabelecendo conexão de 6 átomos de carbono. É essa diferença na organização dos átomos de carbono em suas conexões entre si que produz essa enorme diferença de propriedades para o mesmo elemento químico. Por isso o diamante e a grafite são chamados polimorfos, porque, sendo quimicamente idênticos, têm simetria diferente. Uma característica interessante é que o diamante, ao ser aquecido a 1900°C, tem sua rede cristalina cúbica transformada rapidamente na rede cristalina hexagonal da grafite.

Vejamos o que podemos deduzir desse fato, sob o ponto de vista esotérico, ou seja, de vidas elementais evoluindo nessas 2 formas. Como o diamante possui muito mais qualidades que a grafite, é natural que deduzamos que a vida elemental que evolui na grafite, com a sua vivência de experiências, passa a viver na forma do diamante, para expressar mais elevadas qualidades.

Mestre D. K. diz que quando os cientistas souberem o que produz a diferença entre a safira e o rubi, terão descoberto uma das etapas do processo transmutador, o que só ocorrerá quando conseguirem controlar o 4º éter e tiverem descoberto seu segredo.

Continuaremos nossos comentários sobre o assunto no próximo Estudo.

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Estudo 217

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação Consciente dos Fogos (Páginas 410 e 411)

Deixaremos os comentários sobre o reino mineral para mais tarde, pois muita coisa falta falar sobre esse reino, como por exemplo, a composição do próton, o qual, com massa igual a 1.852 vezes a massa de um elétron, é equilibrado eletricamente por um único elétron.

Retomemos nosso estudo do Tratado sobre Fogo Cósmico pela página 410, quando o Mestre D. K. explica a área em que o homem do futuro centrará suas pesquisas para a transmutação, de uma forma superior e mediante:

a. o conhecimento dos Devas,
b. a pressão externa e a vibração,
c. o estímulo interno,
d. a cor aplicada como estímulo e vitalização e
e. os sons mântricos,

descobrirá o segredo da energia atômica latente no reino mineral e utilizará tão inconcebível poder e força na solução dos problemas da existência. Somente quando for melhor compreendida a energia atômica e, em certa medida, o 4º éter, será alcançado o domínio do ar, que inevitavelmente temos adiante.

Terceiro. Pelo descobrimento da nota característica do reino vegetal, por sua conjunção com outras notas da natureza e por sua adequada emissão em distintas chaves e combinações, virá a possibilidade de produzir maravilhosos resultados em todo reino e estimular as atividades dos Devas que trabalham com flores, frutas, árvores e ervas.

Cada raça-raiz tem seu próprio tipo particular de vegetação, quer dizer, certas formas e desenhos básicos, que podem ser encontrados em todos os países onde a raça se localiza. Estes resultados se produzem pela interação entre a nota fundamental do reino vegetal e a nota característica da raça de homens que evoluem simultaneamente.

A união destas 2 notas produz a vegetação característica. Deve ser tido em conta que quando a nota humana predomina excessivamente, pode expulsar a vida das formas deste 2º reino (o vegetal). Os Devas que trabalham no reino vegetal constituem um grupo especial e sua relação com ele é mais íntima e peculiar que a dos construtores e devas de outros reinos. O processo transmutador no reino vegetal efetua-se com maior facilidade que nos demais, devido principalmente ao fator mencionado (relação mais íntima) e também ao incentivo dado a este 2º reino e a seu processo evolutivo mediante a vinda dos Senhores da Chama (os Kumaras), do 2º globo ou Vênus - o globo com o qual este reino tem destacadamente uma misteriosa conexão. Cabe aqui alertar que este 2º globo não é o planeta Vênus. Para tal voltemos à página 327 do Tratado, na qual temos o VII Diagrama, onde o 2º globo da nossa atual 4ª cadeia, a terrestre, tem o nome de Vênus, por estar fortemente conectado com o esquema de Vênus, que é o 2º esquema do sistema solar segundo determinados critérios.

Expressando isso com outras palavras, diremos que a Entidade cósmica, a vida do 2º globo (da nossa cadeia, globo cuja matéria mais densa é astral) e seu princípio animante (o sub-Logos planetário, subordinado ao nosso Logos planetário), tem íntima conexão com a Entidade solar (não é o Logos solar), vida animante de todo o reino vegetal.

Esta analogia pode ser aplicada aos outros reinos, globos e formas e explica, de certa forma, o fato de que o nosso globo, o 4º globo da cadeia, é, acima de todos os demais, o da evolução humana neste nosso esquema; dá-nos também a chave da Presença do Grande Kumara Mesmo (Sanat Kumara) na Terra. Dentro desta linha de raciocínio, vejamos os demais globos da nossa cadeia.

O 1º globo, também chamado globo A, cuja matéria mais densa é a mental concreta, além de suas funções de arquétipo, é o da evolução do reino mineral por excelência e está conectado com o esquema de Vulcano. O 3º globo, também chamado globo C, além de ser o globo do início do desenvolvimento de manas dentro do nível planejado, é o do reino animal por excelência, sendo sua matéria mais densa a etérica e está conectado com o esquema de Saturno. O 5º globo, também chamado globo E, além de suas funções normais, é o do 5º reino, o reino espiritual, por excelência; está conectado com o esquema de Mercúrio e sua matéria mais densa é etérica, porém mais refinada que a do globo 3 ou C. Por ser o globo do reino espiritual por excelência e sendo o reino espiritual o da Hierarquia, podemos deduzir que, considerando o nível de evolução exigido para aproveitar a oportunidade neste globo, somente aqueles do reino humano com potencial para receber a 1ª iniciação passarão para esse globo, quando for encerrado o período global da Terra. Os demais ficarão aguardando em pralaia ou em outro local, o retorno da onda de vida do Logos planetário à Terra, na próxima ronda, a 5ª. Por isto devemos usar e desenvolver ao máximo a mente, no autoconhecimento e no serviço, jamais para o mal, para não haver perda de tempo na espera em pralaia.

O 6º globo, também chamado globo F, além de suas funções normais, é o globo do reino dévico por excelência, está conectado com o esquema de Marte, sua matéria mais densa é astral, porém mais refinada que a do globo 2 ou B, com o qual também está conectado, como mostra o VII Diagrama na página 327. Esta conexão entre os globos 2 e 6 do reino dévico por excelência, comprova e existência do grupo especial de Devas que trabalha com o reino vegetal, conforme o Mestre D. K. diz. Neste globo, o 6 ou F, a humanidade expressará o que tiver desenvolvido de budi, através da mente ou manas.

O globo 7 ou G é o sintetizador, no qual tudo o que foi experimentado e adquirido nos 6 globos anteriores é consolidado e sintetizado. A sua matéria mais densa é a mental concreta, porém mais refinada que a do globo 1 ou A. Está sob a influência do esquema de Júpiter.

Estas ideias merecem maior consideração. A nota do reino humano, emitida em quádrupla intensidade neste globo, a Terra, tem produzido acontecimentos portentosos. O Mestre D. K. sugere a todos os investigadores ocultistas o detido estudo e escrutínio de determinadas manifestações no tempo e no espaço. Essa nota do reino humano em quádrupla intensidade significa as notas conjuntas e sintonizadas dos reinos mineral, vegetal, animal e humano.

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Estudo 218

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - a. O Processo Transmutador - A Manipulação Consciente dos Fogos (Páginas 411 e 412)

Vejamos as manifestações em tempo e espaço que o Mestre D. K. recomenda que estudemos detalhada e demoradamente, dentro dos conceitos de vibração e sintonia, sendo esse último conceito o mesmo que fusão, aliança e harmonia.

Assim temos as seguintes situações no tempo e no espaço, de grande interesse para a humanidade evoluindo no nosso esquema:

1. A 4ª Hierarquia criadora A humana
2. O 4º esquema Nosso esquema terrestre
3. A 4ª cadeia A cadeia terrestre
4. O 4º globo Nosso planeta
5. O 4º reino O humano
6. A 4ª ronda A 1ª estritamente humana
7. Os 4 Kumaras Personificam a humanidade
8. O 4º plano O búdico, a meta humana
9. O 4º éter A analogia física do plano búdico

Todos esses fatores respondem a um som fundamental, que constitui a nota (vibração) causadora de todas essas manifestações e a base de seu ser. Se a busca dessa nota tem êxito, será estabelecida uma estreita aliança entre todos esses fatores, até que se fundam em uma grande unidade oculta, trazendo igualmente a colaboração de um grupo de Devas, essências do 4º princípio humano.

Temos nesta listagem 9 manifestações que se caracterizam pelo número 4.

A 4ª Hierarquia criadora, de Mônadas humanas, está sob a influência das energias do Senhor da Constelação de Escorpião, do Senhor do 4º Raio de Harmonia pelo Conflito, sua área principal de atuação é no plano búdico, seu planeta regente é Mercúrio, sua energia principal é Mantrikashakti, que significa o Verbo feito carne, ou seja, a vibração tomando forma e é a 9ª Hierarquia criadora na contagem total das 12.

Por ser o 4º esquema, ocupando a posição do meio no conjunto de 7 esquemas, é o de maior densidade, ou seja, o ponto em que Mônada e matéria estão na mais íntima aproximação, iniciando-se o retorno da Mônada à sua fonte de origem. O mesmo pode ser dito a respeito da 4ª cadeia, dentro do planejado para as cadeias do nosso esquema e a respeito do 4º globo, a Terra, dentro do planejado para os globos.

O 4º reino, o humano, é o intermediário entre os 3 inferiores (mineral, vegetal e animal) e os 3 superiores (da Hierarquia, dévico e das Mônadas).

A 4ª ronda da 4ª cadeia é onde as Mônadas humanas efetivamente conseguiram se manifestar como seres humanos.

Os 4 Kumaras que personificam a humanidade são os ligados aos 4º, 5º, 6º e 7º Raios, cujas qualidades devem ser desenvolvidas pela atual humanidade, dentro do planejado para o atual ciclo.

O 4º plano do sistema, o búdico, é onde está a principal área de atuação das Mônadas humanas e, por isso, quando a consciência do homem encarnado conseguir atuar com plena desenvoltura na matéria búdica, pela dinamização do átomo búdico permanente e pela total organização do corpo búdico, uma das metas será alcançada, o que ocorrerá na 4ª Iniciação Planetária, a da Renúncia, a 2ª Solar.

O 4º éter, por ser o subplano físico intermediário, quando for melhor conhecido e vitalizado, permitirá ao homem, em cérebro físico, penetrar não só no vasto mundo etérico, com seus seres e mistérios, como no mundo astral. Pela vitalização da matéria do 4º subplano do seu corpo astral (subplano esse analogia do 4º éter), o homem conseguirá ter consciência cerebral do mundo mental inferior.

O Mestre D. K. diz que cada um desses 9 fatores responde a uma nota fundamental. Ora, por nota fundamental entendemos um conjunto de vibrações simultâneas, assim como numa nota musical temos a frequência básica, a mais importante, e as frequências harmônicas, submúltiplos inteiros da básica. Mas, vibrações, que são movimentos, são efeitos de energias, causas da vibrações. As energias, por sua vez, são resultantes de estados de ser do Ente atuante. Estes estados de ser dependem de uma definição e de uma visão bem claras, na mente do Ente atuante, de alguma ideia ou conceito. Essa ideia ou esse conceito estão ligados a um propósito, o que supõe uma Vontade.

Então temos a seguinte cadeia de agentes:

1. A Vontade.

2. O propósito da Vontade.

3. A ideia ou o conceito para conseguir o propósito.

4. A mente, na qual a ideia ou o conceito se manifestam, como vibrações, havendo uma vibração ou frequência básica, expressão da ideia ou conceito básicos e os harmônicos, expressões das ideias ou conceitos secundários (que podemos chamar diferenciações da ideia ou do conceito básicos), que produzem a concretização do propósito.

5. As vibrações geradas na mente do Ente atuante propagam-se para o meio exterior, buscando a efetivação do propósito e afetando outros Entes.

Essa vibração básica (a frequência básica ou fundamental) é o que o Mestre D. K. chama som fundamental.

Por essa linha de raciocínio conseguimos demonstrar que enunciar corretamente um som, uma nota, um mantram ou uma combinação mântrica, exige uma condição sem a qual não é possível, que consiste em saber clara e nitidamente o propósito e suas ideias ou conceitos relacionados.

É por isso que pronunciar mantrans, sem saber o significado, apenas produz efeitos de sugestão, não sendo realmente efetivo.

Assim para entender o som fundamental, citado pelo Mestre D. K., temos de entender as ideias básicas referentes aos 9 fatores expostos pelo Mestre.

Com todas essas ideias claras e nítidas em nossa mente, poderemos, por um ato de Vontade, assumir um estado interior, abrangendo os 3 corpos inferiores, os quais passam a vibrar, gerando ondas sonoras, sem ser necessário utilizar as cordas vocais, quando o homem (que aí se torna um mago) transforma-se na própria palavra, estando silente, conforme o Mestre D. K. diz no livro Tratado de Magia Branca.

É por isso que é necessário vigiar continuamente, como disse o Mestre Jesus, quando encarnado na Palestina, pois, mesmo calados, estamos emitindo vibrações (que são ondas mecânicas e portanto sons, considerando o meio etérico), que transportam nossos estados interiores e afetam o meio ambiente e os que estão próximos de nós, como também somos afetados por esses.

O grande segredo da potência de nossos sons silenciosos está na nossa Vontade, na clareza de nossas mentes e no domínio total de nossos 3 corpos: físico, astral e mental, referindo-nos ao homem encarnado.

Quando esse propósito oculto nesses 9 fatores e as ideias básicas veladas em cada um deles forem compreendidas, assimiladas e sintonizadas, constituindo uma unidade, então quem o conseguir atrairá a colaboração do grupo de Devas, essências do 4º reino humano, como diz o Mestre D. K.

Feliz será a humanidade, quando isso for alcançado pela sua maior parte.

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Estudo 219

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - b. Síntese (Páginas 412, 413 e 414)

Temos visto que podemos esperar um desenvolvimento bem definido da mente nas raças-raiz e sub-raças vindouras. É digno de observar que, particularmente no que respeita à evolução da mente ou manas nesta atual ronda, a 4ª, pode-se esperar sua elevada frutificação durante os próximos 500 anos. A chegada das 2 raças-raiz finais (6ª e 7ª) marca o ponto de síntese e a utilização gradual do que foi conseguido manasicamente; isto será alcançado mediante o desenvolvimento do pensamento abstrato e o reconhecimento intuitivo. Em outras palavras, manas, durante as 3 raças-raiz passadas: a lemuriana, a atlante e as 5 sub-raças da atual 5ª raça-raiz, foi utilizado principalmente para compreender a existência objetiva e adaptar o Morador da forma (a Mônada via Alma ou Ego) ao seu meio ambiente no plano físico. De agora em diante sua atividade será dirigida a compreender o aspecto subjetivo ou interno da manifestação e a psique da vida individual, divina, planetária ou humana. Na próxima ronda, a 5ª, serão recapituladas as etapas anteriores e manas se manifestará de forma ainda inconcebível para a consciência semidesperta do homem atual. Em tal ronda três quintas partes (60%) da família humana serão plenamente conscientes e atuarão com continuidade ininterrupta de memória nos planos físico, astral e mental inferior. Durante a evolução manásica ou mental será feito empenho na consecução da consciência causal, sede do Ego ou Alma, e na construção científica da ponte que unirá o corpo causal e o átomo mental permanente nos níveis abstratos. Isto significa o desenvolvimento dos sentidos superiores do corpo causal (discernimento espiritual, resposta à vibração grupal e telepatia espiritual), além da construção científica do antakarana.

Durante as 6ª e 7ª rondas teremos novamente o processo sintetizador em ação, de maneira análoga ao que ocorrerá nas 6ª e 7ª raças-raiz da atual ronda.

Para expressar todo o tema em termos mais amplos, diremos que: O Homem celestial (o Logos planetário) alcançará a consciência de seu corpo causal em níveis cósmicos, com a consequente reação, repolarização e alinhamento de Seu corpo de manifestação. De acordo com a Lei, isto será desenvolvido como dualidade demonstrada e propósito inteligente ordenado em todos os reinos da natureza e produzirá em tais reinos resultados unificadores de um tipo inexplicável para o homem em sua atual etapa de desenvolvimento manásico. Portanto, esses fatos acima expostos não serão considerados, porque a concepção mental do homem atual não está à altura da magnitude do tema.

Resumindo o que escrevemos sobre a faculdade discriminadora, a atividade inteligente, a natureza adaptadora e o poder transmutador da mente ou manas, queremos destacar que ditos desenvolvimentos têm tal alcance, que cada setor da natureza, tanto micro como macrocósmico, expressará estes aspectos, fazendo-o de 9 maneiras distintas, antes de que seja conseguida a consumação e de que o homem encontre sua liberação. Estas 9 maneiras distintas podem ser entendidas, se considerarmos que a natureza se manifesta por meio de 7 planos, havendo 2 divisões para o plano físico (a densa e a etérica) e 2 para o plano mental (a mental inferior e a causal), totalizando assim as 9 maneiras.

Em consequência, consideraremos brevemente a manifestação microcósmica, deixando que o estudante desenvolva, até onde seja possível, idéias análogas em relação ao Homem celestial e ao Logos solar.

Características Manásicas e os Planos

I. No Plano Físico a qualidade se manifesta como:

a. Poder seletivo dos átomos do corpo.
b. Adaptabilidade da forma física ao seu meio ambiente e às circunstâncias.
c. Propósito ordenado da Vida animante, conforme afete a forma e os átomos físicos.
d. Poder transmutador, inerente ao homem, poder este que o levou, embora ele não reconheça isso, desde o homem animal ao atual estado de existência física. Concerne também à transferência da vida nos níveis manásicos.

II. No Plano Astral a qualidade se manifesta como:

a. Poder discriminador do homem para escolher entre os pares de opostos.
b. Adaptabilidade do homem às condições emocionais e seu poder para alcançar oportunamente o equilíbrio.
c. Poder do homem, mediante o propósito consciente, para purificar seu corpo astral de toda matéria estranha e assegurar sua transparência.
d. Poder transmutador inerente, que transmuta ou transfere, com o tempo, a vida às formas búdicas.

III. No Plano Mental a qualidade se manifesta como:

a. Poder seletivo do homem para escolher a forma, por meio da qual tem de se manifestar.
b. Adaptabilidade do homem a correntes e vibrações mentais e sua utilização para controlar as formas inferiores.
c. Desenvolvimento do propósito, por meio dos 2 corpos inferiores (astral e físico). O impulso emana do plano mental.
d. Poder transmutador, que transforma todo o tríplice homem inferior em uma nova forma, o corpo causal. O processo transmutador se desenvolve na série de encarnações.

IV. Nos Níveis Abstratos do Plano Mental a qualidade se manifesta como:

a. Capacidade do Ego para discriminar sobre os fatores de tempo e espaço nos 3 mundos (físico, astral e mental).
b. Adaptação egoica da matéria e das circunstâncias de tempo e meio ambiente à necessidade específica de acordo com a Lei do Karma.
c. "Propósito inteligente" que subjaz em toda objetividade física e se desenvolve em toda vida.
d. Transmutação ou transferência da vida do Ego à Tríade superior, a medida que atua no corpo causal. Isto tem como resultado a desvinculação da manifestação nos 3 mundos inferiores. Para efetuar esta transmutação (algo que às vezes é passado por alto), o Pensador, no corpo causal, deve fazer 3 coisas:

1. Construir e equipar o corpo causal.
2. Estabelecer a conexão ou o controle consciente da tríplice natureza inferior por meio da Tríade inferior.
3. Preencher o intervalo entre o corpo causal, em seu próprio nível, e o átomo

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Estudo 220

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - b. Síntese (Páginas 414, 415 e 416)

Vejamos como as características manásicas se manifestam no corpo búdico, esse corpo de grande importância para a evolução humana, pois o plano onde atua é o intermediário entre os 3 inferiores e os 3 superiores, sendo também a região onde se dá o verdadeiro entendimento do funcionamento dos 3 mundos inferiores. Continuemos a nossa análise com base nas 4 qualidades de manas: poder discriminador, poder adaptador, poder de síntese e poder de transmutação.

a. Poder discriminador, que se manifesta como capacidade para distinguir o abstrato e o concreto e, independentemente do mecanismo comum - o corpo mental e o cérebro físico - chegar a conclusões.

b. Poder adaptador, consistindo na adequação ao esforço hierárquico, feito por todo Iniciado ou Mestre, como também na receptividade aos impulsos da vida e às correntes espirituais procedentes do Logos planetário de Seu raio, algo que nesta etapa é impossível fazer conscientemente.

c. Poder de síntese, que atua na elaboração de um propósito ordenado, que guia o Mestre (na 6ª Iniciação planetária, a 4ª solar) na escolha de um dos 7 Caminhos de esforço, baseando-se essa escolha no CONHECIMENTO e não no desejo.

d. Poder de transmutação, em transferir, com plena consciência, gradualmente Sua própria vida e a de Seu grupo para o aspecto monádico refletido no búdico, durante o trabalho da evolução.

Nos níveis Átmicos as qualidades manásicas manifestam-se como:

a. Poder discriminador, como trabalho selecionador do Adepto, em relação com a manifestação planetária e orientando toda ação relacionada com Seu próprio planeta e com os outros 2 relacionados com a Terra, os quais formam com ela um triângulo do sistema.

b. Poder adaptador, adequando os grupos (devas e humanos) a certas classes de influência e vibrações procedentes de fora do sistema, que, desde elevados níveis cósmicos, atuam sobre esses grupos, fomentando determinados atributos para os quais não temos ainda terminologia.

c. Poder de síntese, no aspecto Brahma, ao fundir os 4 raios menores no 3º maior.

d. Poder de transmutação, de cuja ação resulta o obscurecimento planetário em conexão com 5 dos Homens celestiais e que - como aconteceu no trabalho anterior de síntese - concerne à evolução microcósmica na qual participa o homem. Deve ser chamada a atenção sobre um ponto importante: a medida que aumentam as Mônadas (a medida que Elas se aperfeiçoam, ou seja, desenvolvem seus poderes latentes), voltam novamente à sua fonte de origem, produzindo o gradual obscurecimento do Homem celestial do qual são células. Embora isto possa parecer para a percepção humana um período excessivamente prolongado, desde o ponte de vista da consciência universal ou grupal, isto está ocorrendo AGORA. Por exemplo, o obscurecimento do Logos do esquema terrestre já está em processo e começou na época lemuriana.

Não é necessário que nos estendamos com respeito às qualidades de manas no corpo monádico.

Estes conceitos e ideias só terão valor se conseguirem produzir no Pensador uma apreciação mais inteligente da grandiosidade do Plano divino, a apropriação de energia e força que lhe pertencem por direito, ao participar nos processos da manifestação e a inteligente colaboração no progresso do plano evolutivo, naquilo que afeta a ele individualmente e a seus grupos. Portanto, por meio desses valiosíssimos conhecimentos que o Mestre Djwal Khul nos tem proporcionado, podemos entender clara e nitidamente, sem a menor margem de dúvida, que na realidade todos somos DEUS em manifestação, por via racional e lógica e não por dogmatismo irracional, como fazem as religiões, impondo conceitos totalmente errados e sem o menor fundamento lógico, proibindo o homem de usar a sua mente, que tem de ser usada e expandida e não ser abafada como determinam essas religiões cegas.

Assim, mais do que nunca, devemos redobrar nossos esforços para a aquisição de conhecimentos, entendendo-os perfeitamente e para a sua aplicação em nós mesmos e no serviço para com nossos irmãos.

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Estudo 221

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - IV - O Futuro de Manas - 3. Manas nas Rondas Finais - b. Síntese (Comentários)

Estamos terminando a seção B do Tratado e entraremos na seção C, na qual estudaremos o Raio do Ego e o Fogo Solar como tema fundamental, com 3 divisões:

I. A natureza do corpo egoico ou corpo causal.

II. A natureza dos átomos permanentes.

III. O loto egoico.

Cada divisão será desenvolvida em grande extensão, propiciando um caudaloso fluxo de informações e conhecimentos, os quais alargarão imensamente a visão interna e externa, com referência ao mundo fenomênico, aos veículos inferiores utilizados pela Mônada em seu processo evolutivo, incluindo esse mecanismo denominado Alma ou Ego.

Todavia devemos enfatizar que é muito importante o entendimento claro e nítido do que foi explanado na seção B, uma vez que o aprendizado é um processo continuado, no qual o aprendido e assimilado numa etapa constitui a base para a fixação do que deve ser aprendido e assimilado na etapa seguinte.

No final da seção B o Mestre Djwal Khul detalhou as qualidades de manas ou mente nos 5 mundos ou planos de conquista da Mônada humana: físico, astral, mental, búdico e átmico, esclarecendo seus efeitos no processo evolutivo e no desenvolvido do Plano Divino.

Assim, esses ensinamentos devem estar bem claros na mente, para que possa existir a devida continuidade, sem o menor empecilho no fluxo de informações.

Em assim sendo cabe aqui fazermos uma recapitulação sucinta dessa parte final da seção B.

O 1° atributo de manas é o poder de discriminar. Através dele é possível discernir o que é melhor (pelo menos há tentativa, nem sempre com sucesso), num conjunto de várias opções. Também por esse atributo torna-se possível a análise, que conduz ao entendimento.

O 2° atributo de manas é o poder de adaptação, imprescindível para a sobrevivência da forma nos diversos mundos de matéria. Toda a teoria evolucionista está calcada neste atributo. Novas formas, melhores e mais aperfeiçoadas, são conseguidas por meio desse atributo.

O 3° atributo é o poder de sintetizar, que permite a fusão de vários fatores e forças diferentes num todo coerente e em harmonia, tornando a ação do conjunto muito mais eficiente.

O 4° atributo é o poder de transmutar, que possibilita a transferência da vida de uma forma para outra mais aperfeiçoada, satisfazendo assim um dos requisitos do processo evolutivo.

Com esses conceitos claros na mente, podemos aplicá-los às matérias dos diversos corpos do homem, a Mônada encarnada, percebendo e entendendo suas reações aos diferentes estímulos e energias e assim compreendendo o processo evolutivo e o desenvolvimento do Plano Divino em suas etapas, cada vez mais aperfeiçoadas, na direção do UNO ABSOLUTO INFINITO.

Uma vez alcançada essa visão mental, torna-se mais fácil a aplicação em si mesmo, resultando na aceleração da própria evolução, permitindo que sejam conquistadas posições mais elevadas e maiores responsabilidades.

Que todos possam assimilar em profundidade todos os elevadíssimos conhecimentos que o Mestre Djwal Khul irá nos proporcionar na seção C da 2a. parte, os quais abrirão os olhos da mente para o verdadeiro mundo das Almas.

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Estudo 222

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego e o Fogo Solar - I - A Natureza do Corpo Egoico ou Corpo Causal (Páginas 417, 418 e 419)

A NATUREZA DO CORPO EGOICO OU CORPO CAUSAL

O tema do Raio egoico e sua relação com o segundo fogo (fogo solar) tem vital importância para 3 tipos de pessoas: as que se interessam pela verdadeira psicologia ou a evolução da psique; as que se encontram no Caminho ou se aproximam dele e portanto estabelecem com maior frequência contato com seu próprio Ego, as quais trabalham com as almas dos homens, sendo assim os servidores da raça.

O que acima foi dito tem importância quando se consegue compreender devidamente a função que corresponde ao Ego no corpo causal, então se adquire a capacidade de trabalhar de forma científica para resolver o problema da própria evolução, realizando um trabalho elogiável, com o objetivo de ajudar nossos semelhantes a evoluírem.

1. A Manifestação Egoica se Produz pelo Contato de Dois Fogos.

Passaremos agora a considerar brevemente o tema do Raio egoico e o corpo causal, desde o ponto de vista do microcosmos (o homem), deixando ao estudante que estabeleça por si mesmo as analogias concernentes ao Logos, recomendando-lhe que deve ter muito em conta que o ente humano só pode compreender a manifestação do Logos solar no Seu corpo físico cósmico.

Como bem sabemos, em toda manifestação existe a dualidade que produz a triplicidade. O Espírito ou Mônada estabelece contato com a matéria; o resultado desse contato é o nascimento do Filho ou Ego, o aspecto consciência. Portanto, a manifestação egoica constitui o aspecto intermédio, o lugar de unificação e (depois dos necessários ciclos evolutivos) o lugar de equilíbrio. Deve ser observado que não é exata a analogia entre o Logos solar e o homem, porque este tem de passar por todo o processo dentro da periferia solar, enquanto que o Logos (dentro dessa periferia) atravessa uma etapa análoga à do homem quando sua envoltura astral se reveste, ao encarnar, de matéria etérica; a isto nos referimos ao elucidar o tema "Fogo por Fricção". Isto quer dizer que o homem tem toda a sua etapa evolutiva dentro do corpo físico cósmico do Logos solar, durante um grande ciclo. Durante um grande ciclo, porque após a 7ª Iniciação planetária, a 1ª cósmica para o homem, ele passa a evoluir dentro do corpo astral cósmico do Logos solar. Já o Logos solar, em seu processo evolutivo, está atuando simultaneamente através de seus corpos cósmicos físico, astral e mental inferior, os quais, juntamente com a Tríade inferior logoica, constituem a personalidade logoica. Essas diferenças devem ser consideradas, quando a analogia for feita.

Portanto é evidente que ao considerar a manifestação do Ego, estamos tratando do ponto central e essencial da tríplice manifestação do homem. Empenhar-nos-emos em estudar essa parte de sua natureza que concerne ao processo de convertê-lo na perfeita estrela de 6 pontas durante as etapas preliminares (a tríplice personalidade e a tríplice tríade inferior se fundirem e mesclarem, produzindo em forma perfeita o corpo causal através do ponto intermédio, a Alma ou Ego) e quando abandona o corpo físico, transforma-o na estrela de 5 pontas , o manasaputra perfeito. Expliquemos melhor isso. A estrela de 6 pontas fica quase pronta na 3ª Iniciação planetária, a 1ª solar, quando o Ego ou Alma se funde com a personalidade, estando esta perfeitamente integrada (os 3 corpos inferiores em perfeita sintonia com a Tríade inferior), o triângulo formado pela tríplice Alma já está bem encaixado no triângulo formado pela tríplice personalidade, constituindo um polígono de 6 vértices, ou seja, a estrela de 6 pontas, na fase final de aperfeiçoamento. O Loto Egoico já está com suas pétalas quase totalmente abertas e plenamente ativas e dinâmicas. Na 4ª Iniciação planetária, a 2ª solar, quando o homem se libera dos 3 mundos inferiores, é atingida a perfeição da estrela de 6 pontas e do Loto Egoico (o corpo causal) e o homem inicia a transformação dessa estrela de 6 pontas na estrela de 5 pontas, para aperfeiçoá-la na 5ª iniciação planetária, a 3ª solar, quando se torna um Adepto, tendo conquistado plenamente os 5 mundos de evolução: os mundos físico, astral, mental, búdico e átmico. Daí prossegue para a conquista dos mundos mais elevados.

Exporemos o que acima foi dito em termos de fogo: O corpo causal é produzido por meio da vida positiva ou fogo do Espírito (fogo elétrico) ao encontrar-se com o fogo negativo da matéria ou "fogo por fricção", o que faz surgir o fogo solar. Este fogo central consome, inevitavelmente e no seu devido tempo, o 3º fogo (o fogo por fricção) ou absorve sua essência e oportunamente funde-se com o fogo do Espírito (o fogo elétrico), ficando fora de toda demonstração objetiva. A absorção da essência do fogo por fricção pelo fogo solar ocorre na 1ª Iniciação solar (a 3ª planetária) e a fusão do fogo solar com o fogo elétrico da Mônada se dá na 2ª Iniciação solar (a 4ª planetária).

Iremos a seguir elucidar o tema do corpo causal (o Loto Egoico) de 2 maneiras diferentes: uma de acordo com antigos ensinamentos, a outra estritamente de acordo com os fenômenos elétricos ocultos, ou seja, de uma forma completamente científica.

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Estudo 223

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego e o Fogo Solar - A Natureza do Corpo Egoico ou Corpo Causal (Páginas 419, 420 e 421)

2.A Manifestação do Ego se Produz Durante a Individualização.

O corpo causal é esse envoltório de substância mental produzido no momento da individualização, quando os 2 fogos fazem contato (fogo elétrico da Mônada e fogo por fricção dos corpos inferiores). A força ou energia que desce dos planos superiores (o alento da Mônada se assim querem denominá-la) produz um vácuo ou algo semelhante a uma bolha em suspensão, formando-se o envoltório do corpo causal, "círculo não se passa" da Vida central. Dentro desse envoltório estão 3 átomos denominados: unidade mental permanente, átomo astral permanente e átomo físico permanente; individualmente correspondem ao 7o. princípio de cada uma das 3 pessoas da Tríade microcósmica, reflexo (nos 3 mundos do microcosmos) das 3 Pessoas da Tríade logoica. Em relação com o Logos, Helena Petrovna Blavatsky sugere isso, quando diz que o sol visível é o 7o. princípio do aspecto Brahma, átomo físico permanente do Logos (D. S., V, 138 e II, 225).

II. A NATUREZA DOS ÁTOMOS PERMANENTES

1.Propósito dos Átomos Permanentes.

Os 3 átomos permanentes constituem em si mesmos centros de força ou esses aspectos da personalidade que mantêm ocultos os fogos da substância ou da objetividade; cabe aqui fazer a enfática observação quando ao considerar o tríplice homem nos 3 mundos, nos referimos à substância (em relação com a manifestação cósmica) considerada como o físico denso. O envoltório causal circunda estes 3 átomos (a Tríade inferior) e sua finalidade é a seguinte:

Separar uma unidade de consciência egoica de outra, embora, sem embargo, constitui cada uma por si mesma uma parte do corpo gasoso (5o. subplano físico cósmico) no corpo físico do Logos planetário, vida central de um determinado grupo de Mônadas. Muito pouco tem sido apreciado este fato e merece ser estudado cuidadosamente. Na capacidade inerente de responder à vibração superior encontram-se ocultas potencialidades espirituais; desde o momento da individualização, até ser descartada durante a iniciação, a vida interna desenvolve constantemente tais potencialidades e consegue certos resultados definidos utilizando os 3 componentes da Tríade inferior. Vivifica-os e desperta-os gradualmente, até que, nos 3 planos (físico, astral e mental inferior), a vida central tenha estabelecido um ponto adequado de contato, capaz de originar a vibração necessária na matéria desses planos.

Os átomos permanentes de cada plano têm uma quádrupla finalidade com respeito à vida central ou egoica:

• Distribuir certo tipo de força.
• Conservar a faculdade ou capacidade de responder a uma vibração dada.
• Assimilar experiência e transmutá-la em qualidade. Resultado direto do trabalho do Raio do Ego ao atuar sobre o átomo.
• Ocultar a memória da unidade de consciência. Quando vibram em toda sua plenitude, constituem a razão de ser da continuidade de consciência do homem que atua no corpo causal. Esta diferença deve ser cuidadosamente estabelecida.

Quando são estudados temas tão difíceis, devemos recordar sempre que nos ocupamos do corpo físico denso logoico e que

• a unidade mental encontra-se na matéria gasosa logoica,
• o átomo astral permanente está na matéria líquida logoica,
• o átomol físico permanente está na matéria física densa,

portanto têm seu lugar na matéria dos 3 subplanos inferiores do corpo físico do Logos. Consequentemente, durante o processo evolutivo e através da iniciação, quando o homem alcança a consciência da Tríade espiritual ou superior e transfere sua centralização para os 3 átomos permanentes da Tríade espiritual (átomos mental, búdico e átmico), pode, com toda facilidade, atuar conscientemente no corpo etérico de seu particular Logos planetário. Estabeleçam a analogia no desenvolvimento microcósmico, ao observar que o homem, para atuar conscientemente em seu corpo etérico individual, tem de abrir caminho queimando o que chamamos a trama etérica e estudem como os fogos da iniciação fazem algo parecido no corpo etérico planetário e oportunamente no etérico cósmico. Àmedida que cada unidade de consciência, por meio do esforço autoinduzido, chega na meta e atravessa o "solo ardente", somente uma porção microcósmica da trama etérica do corpo etérico planetário é consumida pelo fogo; isto redunda em um definido benefício para essa grande Entidade, o Logos planetário, devido à liberação, sem importância aparentemente, da força de uma das células de Seu corpo. Quando todas as unidades ou células de Seu corpo tenham logrado a realização, também Ele se libera da manifestação densa e morre fisicamente. A esta etapa de existência etérica segue outra comparativamente mais breve (que abarca o período de obscurecimento planetário), então já não encarna mais.

Se observarmos este processo desde o ponto de vista do Logos solar, o aspecto Brahma desaparece ou a vida se retira do átomo físico permanente, abandonando outras etapas posteriores em níveis cósmicos, das quais não nos ocuparemos. Tais etapas abarcam a retirada da vida logoica dos outros 2 aspectos. Num sistema solar, a encarnação física do Logos, o aspecto Brahma é aparentemente o mais importante, pois constitui seu meio de expressão; sem embargo, tem maior importância o aspecto subjetivo ou a vida de desejos do Logos; concerne ao que Ele realiza nesses níveis superiores e planos cósmicos, mais além do conhecimento do Choan mais elevado.

Poderia ser de valor indicar-lhes que o Raio egoico do ente humano que nos preocupa, se manifesta, com respeito a cada um dos raios, em forma similar á manifestação logoica. Cada um dos 7 Raios, observados em conexão com o corpo causal do homem, manifesta-se como unidade no 1o. subplano, como triplicidade no 2o. e como setuplicidade no 3o., formando assim os 49 grupos que mais correspondem ao homem em evolução. Segundo o ponto de vista esta enumeração dos grupos pode aumentar ou diminuir, porém para estudar os aspectos da mente é suficiente a enumeração anterior. Durante o transcurso de suas enumeráveis vidas septenárias e a medida que os cíclicos sete passam sobre ele, o homem fica sob a influência dos 7 sub-raios de seu próprio Raio. Logo começa a sintetizar e a fundir os 7 nos 3 sub-raios maiores, voltando assim à unidade de seu próprio Raio egoico.

Primeiro. A etapa septenária rege o lapso que transcorre entre a individualização e sua entrada no caminho.

Segundo. A etapa ternária rege o lapso que transcorre até a 3a. Iniciação.

Terceiro. Logra a unidade de seu Raio na 5a. Iniciação, logo conscientemente forma parte do corpo do Homem celestial.

A mesma ideia pode ser aplicada em conexão com o despertar das forças vitais dentro dos átomos permanentes, considerando cada átomo como o 7o. princípio de cada um dos 3 aspectos da personalidade.

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Estudo 224

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - I - A Natureza do Corpo Egoico ou Corpo Causal (Páginas 422, 423 e 424)

2. O Lugar que Ocupam os Átomos Permanentes no Corpo Egoico

a. A importância que tem o átomo permanente.

Há um fato que se deve captar e recalcar em relação com o lugar que ocupa o átomo permanente dentro da periferia causal e sua evolução: o átomo astral permanente constitui neste sistema solar o receptor de certa influência de força ou energia, sendo estimulado ou energizado em maior grau que os outros constituintes da Tríade inferior, o átomo físico permanente e a unidade mental permanente, o que se deve às seguintes razões:

Primeiro. O centro de polarização do 4° reino ou humano encontra-se na consciência astral, considerando este reino como uma unidade em expressão. Inevitavelmente, a maioria dos homens dirige e controla o veículo físico desde o astral e através de sua natureza de desejos. O corpo astral encontra-se em linha direta com a força que provém dos níveis monádicos 2-4-6, através da matéria búdica. Os números 2-4-6 significam a sequência das matérias: matéria monádica-2, matéria búdica-4 e matéria astral-6. Todavia, a energia monádica, ao entrar em contato com a matéria astral, não consegue manifestar nela suas qualidades, em virtude da falta de preparo da matéria astral, havendo consequentemente uma fortíssima distorção, o que é facilmente observado no comportamento da humanidade não evoluída.

Segundo. A meta da humanidade consiste em chegar a ser Mestre de Sabedoria ou entes conscientes dentro do Corpo do Dragão de Sabedoria ou de Amor, o nosso Logos planetário. O homem consegue isso, quando pode atuar conscientemente em corpo búdico ou quando o átomo astral permanentemente é substituído pelo átomo búdico permanente. Na 2a. Iniciação planetária a polarização é transferida do átomo astral permanente para o átomo búdico permanente, quando então o corpo búdico inicia seu processo de coordenação e estruturação, que culmina na 4a. Iniciação planetária, a 2a. solar.

Terceiro. O 2° aspecto do Logos (o amor ou manifestação da natureza amor do Logos por intermédio do Filho) manifesta-se neste sistema, o qual:

a. é um filho da necessidade ou do desejo,
b. vibra na tônica do Raio cósmico de Amor,
c. constitui a forma através da qual este raio de Amor cósmico (observado na inter-relação do Eu e o não-eu ou na dualidade) se expressa,
d. está regido pela Lei cósmica de Atração. As mônadas de amor constituem a qualidade predominante. (A palavra "qualidade" foi escolhida especialmente.)

Quarto. O centro cardíaco está no corpo cósmico DAQUELE SOBRE QUEM NADA SE PODE DIZER, e nosso Logos solar personifica Sua força. Aqui está uma das chaves do mistério da eletricidade. Os planetas sagrados e certas esferas etéricas similares que se encontram dentro do "círculo não se passa" solar formam parte do centro cardíaco e constituem as "pétalas" do Loto ou centro cardíaco dessa grande Existência ignota que constitui para o Logos solar o que Ele por sua vez constitui para os Homens celestiais e, especialmente, para Seu particular Homem celestial, que personifica a força do centro cardíaco logoico ( o Logos do esquema de Júpiter). Consequentemente, o estudante sério observará que toda força, energia e qualidade de sua vida constituirá o que denominamos (somo obrigados a empregar uma palavra imprópria e capciosa) AMOR. Isto explicará o fato de que a força que atua através desse centro cardíaco cósmico chegará a ser a força predominante da manifestação de um Logos solar e de um Homem celestial; similarmente produzirá sua analogia microcósmica e suas reações reflexas; daí a importância relativa do átomo astral permanente dentro da periferia causal, o qual está em linha direta com a força ativa que emana da existência cósmica, penetrando cada vez em menor grau por intermédio do Logos planetário dentro de um esquema, o Dragão de Amor-Sabedoria.

Quando esta força está bem controlada e corretamente dirigida, constitui um grande agente transmutador que oportunamente converterá o ente humano em um Mestre de Sabedoria, um Senhor de Amor, um Dragão de Sabedoria de grau inferior.

Finalmente, este sistema solar, manifestação física objetiva do Logos, é compenetrado por Seu corpo astral, como acontece com a manifestação humana. A medida que o Logos se polariza no seu envoltório astral cósmico, e enquanto ainda não tenha conseguido a polarização cósmica, Sua força ou natureza de desejo constitui o principal objetivo de Sua vida ou das vidas subjetivas que subjazem na forma. Isto quer dizer que o nosso Logos solar ainda não conseguiu completar a polarização mental, sendo por isso que a sua meta para este sistema solar é a 3a. Iniciação cósmica, da Transfiguração cósmica, quando, usando uma analogia com o homem, ficará face a face com um GRANDE SER CÓSMICO, O GRANDE INICIADOR CÓSMICO, assim como o homem, na 3a. Iniciação planetária, a 1a. solar, fica face a face com o Iniciador único, SANAT KUMARA. Podemos fazer muitas outras analogias com base no que acontece com o homem ao receber a 3a. Iniciação, analogias essas que trariam muita luz e esclarecimento sobre o sistema solar, no qual vivemos, nos movemos e temos o nosso ser.

Se o estudante reflete cuidadosamente sobre esses 5 fatos, obterá a chave do problema da existência, tal como a compreendemos, a chave das causas que produzem o calor no sistema solar, do método da Lei cósmica de Atração e Repulsão que rege todas as formas atômicas e da questão do SEXO que se evidencia em todos os reinos da natureza. Também lhe darão a chave da constituição do divino Hermafrodita.

Portanto, não se pode esquecer a importância relativa que tem o átomo permanente do 2o. aspecto da personalidade (o átomo astral permanente), dentro da periferia causal; também devemos recordar que a força que aflui através desse átomo, força animadora do corpo astral, segue a linha de menor resistência e pode considerar-se que exerce uma influência duas vezes mais forte sobre a manifestação física que a que nele chega através das outras duas, as quais são as forças da Vontade e da Mente. Isto no homem comum, não evoluído, o que constitui a maioria da humanidade. O Logos agora expressa-se a Si Mesmo através do Raio divino, Seu 2o. aspecto e este Raio é a soma total da radiação dos Senhores de Sabedoria, os Homens celestiais, os Dragões, a Unidade e o Amor. Tal força flui através dEles, que por sua vez se revestem com a forma ou,como o expressa Helena Petrovna Blavatsky, "O Raio primordial converte-se no "vahan" (veículo) para o Raio divino". Suas vidas animam os átomos da substância quando a forma é construída com eles, constituindo a soma total do magnetismo logoico ou a grande natureza do desejo do Logos que vai em busca do não-eu, produzindo assim o Matrimônio cósmico; é a manifestação cósmica da atração sexual, a busca de Seu pólo oposto e sua união mística.

Este processo é repetido pelo microcosmos, seguindo a linha de seu ser e analogamente leva-o à encarnação ou à união mística com a forma.

É fácil concluir dessas informações lógicas e racionais que o nosso Logos solar, como também os Logoi planetários, que são partes do Logos solar, estão num afã de busca do aperfeiçoamento, o que deve imitado pelo homem, o qual não deve ficar na estagnação e na preguiça, sob total domínio da matéria, dificultando assim a evolução do nosso Logos planetário, que depende de suas células, os seres humanos. Portanto, que todos se ergam e efetuem um efetivo esforço no sentido de acelerar a evolução, para o ingresso em processos de vida de muito maior intensidade e riqueza. Mas isto só pode ser conseguido por meio do conhecimento, o verdadeiro conhecimento, que destrói os véus de maia, da miragem e da ilusão. Para isso Mestre Djwal Khul está nos propiciando todos esses conhecimentos valiosíssimos. Saibamos utilizá-los corretamente, fazendo assim um bem para nós mesmos e para o nosso Logos planetário.

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Estudo 225

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção C - O Raio do Ego e o Fogo Solar - I - A Natureza do Corpo Egoico ou Corpo Causal (Páginas 424 e 425)

b. O triângulo atômico.

Para o vidente o envoltório causal é uma esfera de substância vibrante e vivente; dentro dela podem ser vistos 3 pontos ígneos, que são os 3 componentes da Tríade inferior: o átomo físico permanente, o átomo astral permanente e a unidade mental permanente. No coração da esfera há uma labareda de luz central que emite raios, que é a Joia no Loto, A Alma ou o Ego; estes raios são 7 (os raios do Ego, sub-raios do Raio monádico) e atuam sobre tais pontos e círculos (análogos aos elétrons dos átomos da ciência) produzindo nesta etapa um grande efeito sobre o átomo astral permanente. O átomo físico permanente está situado relativamente próximo do centro positivo (a Joia no Loto); através dele atua a força que passa ao átomo astral permanente, formando 5 raios de luz semicolorida, sendo esses 5 raios os 4 raios de atributo mais o terceiro raio sintetizador dos quatro, uma vez que o átomo físico permanente manifesta essencialmente o 3o. aspecto. Esses 5 raios, ao mesclarem-se com o tom intenso e vívido do átomo astral permanente, que expressa essencialmente o 2o. raio, aumenta sua intensidade, até que a labareda fica tão forte, que os 2 pontos ou elétrons (o átomo físico permanente e o átomo astral permanente) parecem fundir-se, produzindo tal intensidade de luz, que aparentam dissolver-se. A unidade mental permanente (que expressa essencialmente o 1o. raio), que ocupa dentro do corpo causal um lugar análogo ao do planeta mais afastado do sol, começa a vibrar em forma similar e os outros 2 pontos (considerados agora um) iniciam uma interação com a unidade mental permanente, na qual origina-se e continua sendo aplicado um processo similar (a estimulação pela ação dos raios e energias emanadas da Joia no Loto), até que os 2 pontos (os átomos físico e astral permanentes fundidos sendo um e a unidade mental permanente) - circulando ao redor de seu centro positivo (a Joia no Loto) - também se aproximam, mesclam-se, fundem-se e dissolvem-se. O centro positivo de vida reúne ou sintetiza os 3 pontos, assim os 3 fogos da personalidade repetem em pequena escala o procedimento microcósmico observado na síntese do fogo elétrico, do fogo solar e do fogo por fricção (o que ocorre na 4a. Iniciação planetária, a 2a. solar), restando unicamente uma unidade flamígera, a qual, por meio do calor combinado de seu ser, consome o corpo causal e escapa e regressa aos planos de abstração (os átomos mentais componentes do Loto Egoico). Desta maneira o homem é o próprio Caminho e o peregrino no Caminho; assim se queima, constituindo também o solo ardente.

Esta analogia é aplicável ao caso do microcosmos, o homem, observado desde níveis monádicos, quando se manifesta como Mônada, Ego e Personalidade; o mesmo processo é levado a cabo no que concerne ao Homem celestial e também ao Logos solar. Se o cérebro pudesse captar o conceito, perceberia que é o mesmo processo utilizado nos níveis cósmicos com respeito a existências tão elevadas como os 7 Rishis da Ursa Maior e esse Ser ainda mais elevado, AQUELE SOBRE QUEM NADA PODE SER DITO (o Logos cósmico).

Esses aumentos intensos e repentinos do brilho de uma estrela, como aconteceu com a estrela eta da constelação de Carina, são explicados esotericamente por essas fusões de fogos, em amplitudes cósmicas, como consequência de avanço no processo evolutivo (uma Iniciação cósmica) do Logos que se expressa por essa estrela.


Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos. Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.

GN

Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.

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