Destruição Criativa
Isha Emly (*)

Neste espaço vou compartilhar uma breve exploração de destruição criativa e sua relação com três aspectos: a teoria econômica, a economia comportamental e a relação da destruição criativa com o discipulado. Para começar, no campo da economia recorreremos a um exemplo espinhoso que aconteceu aqui em Nova York durante a Segunda Revolução Industrial; então veremos o que ele tem para revelar as últimas ideias de economia comportamental e concluiremos com a implementação desse problema na vida do discipulado. Mas antes de falar sobre economia, vamos colocar a destruição criativa no contexto.

Há muitos campos onde podemos ver em jogo o melhor e o pior deste princípio - nos mercados econômicos, tal como exploraremos brevemente hoje: em exibições espetaculares, como o Big Bang; nas ínfimas manifestações da vida celular até o fracionamento do átomo; ao se apaixonar para migrar para um novo país; no momento do nascimento e da morte, e quase todo o resto. Um encontro pessoal de destruição criativa ocorre a cada sucessiva expansão da consciência, muitas vezes exemplificado por mudanças repentinas e dramáticas na percepção. A destruição criativa é o impulso que nos empurra para o reino da morte e da abstração na ressurreição e ascensão, constantemente destruindo as velhas formas (sejam ideias, organizações ou paradigmas inteiros) para reconstruir novamente. Às vezes, essa mudança pode ser experimentada de forma gradual, e às vezes a mudança é tão radical que dificilmente pode ser reconhecida na nova forma. Isto requer reorientação e profunda humildade que levam à razão pura.

Dizem-nos que a humanidade "aprende destruindo formas." Quando a velha forma é destruída, juntamente com o apego a ela, é fornecido espaço para que as novas energias espirituais entrantes tomem forma. Com a destruição vem a oportunidade de entrar no desconhecido para perceber e seguir o Caminho de maneira renovada, para construir novas formas iluminadas e relações que levem a uma maior unificação. Sabemos que são necessários odres novos para o vinho novo, e isso requer um enorme salto criativo de cada um de nós, de maneira pessoal, e para o bem do nosso mundo em sua crise atual.

Rastrear a origem exata dessa ideia pode ser impossível; talvez seja uma ideia tão antiga quanto o próprio tempo. Pode se ver traços arquetípicos da destruição criativa desde o primeiro ato criativo que trouxe luz ao dia, até a ardente destruição do Templo de Salomão por nosso Deus que tudo consome; em mitos antigos, como a Phoenix, a ave Bennu egípcia e a Ave do Fogo do folclore eslavo. As tradições espirituais e religiosas incluem aspectos deste ensinamento refletidos em Azrael, o Anjo da morte; em Kali Ma e Shiva Nataraj; divindades coléricas, como Mahakala, até a crucificação do Cristo. Os relatos de criação e destruição abundam nas culturas; e a lista vai longe. Aprender através da destruição das formas é um processo familiar para a família humana.

Compreender o processo da destruição criativa pode nos ajudar a navegar as ondas da vida, na medida em que nos esforçamos em conjunto para alcançar a síntese subjetiva e a refinada sensibilidade requerida para o intercâmbio telepático. Este princípio tem muito a nos ensinar sobre o esforço e sua contraparte, o silêncio receptivo; sobre o apego ao conhecido e a renúncia necessária para continuar no caminho; e sobre a salvaguarda da atitude e o alinhamento que leva à revelação.

Portanto, vamos em frente.

Em primeiro lugar, o que é economia e por que é importante?

Uma definição básica de trabalho da ciência social da economia é: o estudo de como os indivíduos ou grupos "tomam decisões para alocar recursos escassos para satisfazer os seus desejos ilimitados" (Investopedia.com). Basicamente, podemos dizer que a economia examina o comportamento humano como algo racional e previsível em relação à atividade econômica. Os economistas referem-se ao Homo Economicus para descrever o otimizador de utilidades, o ator egoísta, no centro deste modelo.

Nesta definição, vemos que o modelo atual, que parece estar em crise, é baseado nas ideias de "recursos escassos" e "desejos ilimitados". A História oferece mais do que suficientes exemplos de como os "desejos ilimitados" sob a forma de desejo desenfreado e medo disfarçado de "recursos escassos" têm sido uma combinação letal. Estes dois companheiros, medo e desejo, certamente têm informado o paradigma que originou a desigualdade econômica e a cultura consumista que vemos em nosso mundo hoje. A ideia do Homo Economicus, como uma representação alternativa de um ser humano real, pode ajudar a explicar a distorção no modelo econômico anterior, um erro que a economia comportamental está tentando corrigir. Rachaduras que aparecem no paradigma da economia padrão são emblemáticas da destruição criativa nos estágios iniciais de seu trabalho. Entre as rachaduras do antigo modelo, vemos economias alternativas florescer e mudanças para um estilo de vida baseado nas verdadeiras virtudes da humanidade, como o compartilhamento e a boa vontade, como se vê nos projetos de eco-aldeia e coabitação que se multiplicam no mundo.

O economista austríaco Joseph Schumpeter, muitas vezes creditado por ter inventado o termo "destruição criativa" em relação às economias capitalistas por volta de 1942, reconheceu esse princípio como inovação que "revoluciona a estrutura econômica a partir de dentro, incessantemente destruindo o antigo e criando o novo". Esta dinâmica é muito poderosa no capitalismo como uma forma de explicar por que os mercados estão sempre em processo de ajuste e transformação. É como um organismo vivo tentando equilibrar a entrada e saída da inovação, as forças do mercado e as tendências intelectuais e culturais. O desequilíbrio do nosso organismo capitalista atual provém da enfermidade da motivação egoísta, a cobiça impulsionada pelo medo de perder, desejos materialistas sem controle e uma ignorância básica do que é o ser humano.

Para ver como a destruição criativa se manifesta através da economia, iremos para as ruas da cidade de Nova York no final do século XIX, em meio a uma explosão populacional. Estima-se que 100.000 a 200.000 cavalos tinham a pesada tarefa de transportar esta crescente população de um lado para outro. Os cavalos serviam como ambulâncias e carros de bombeiros, agilizavam os passeios dominicais e cobriam as necessidades das horas do dia útil do início ao fim. O cavalo era uma pedra angular do mercado econômico e mudar isto era impensável.

Cavalos exigem uma manutenção enorme. Além disso, em troca de seu serviço, geram enormes quantidades de esterco; de 100.000 a 200.000 cavalos, estima-se cerca de 3.000 toneladas por ano. Requeriam-se milhares de trabalhadores para descartar esses resíduos. As autoridades municipais falharam na tentativa de encontrar uma solução e, por sua vez, o esterco aumentava, juntamente com milhares de milhões de moscas portadoras de doenças mortais, ratos, bichos e fluxos rançosos de metano. "Em 1898, New York organizou a primeira Conferência Internacional sobre Planejamento Urbano. A agenda foi dominada pela questão do esterco de cavalo porque as cidades ao redor do mundo estavam enfrentando a mesma crise; mas não conseguiam encontrar uma solução. 'Perplexo com a crise’ Eric Morris escreve: "a Conferência de planejamento urbano declarou infrutífero o seu trabalho e foi dissolvida em três dias em vez dos dez programados'. Aparentemente, o mundo tinha chegado ao ponto onde suas maiores cidades não podiam sobreviver sem o cavalo, mas também não podiam sobreviver com eles" (Superfreakonomics, Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner).

O que as pessoas que desistiram de encontrar uma solução para esta crise não sabiam era que a destruição criativa estava prestes a demonstrar o seu potencial. Nos bastidores, mentes poderosas estavam trabalhando duro com as influências recebidas e tecnologias da época. Em 1908, no auge da Segunda Revolução Industrial, Henry Ford e sua equipe desenvolveriam o automóvel Modelo T que iria alterar radicalmente a economia e transformar o mercado de trabalho. Com a virada de uma manivela, a inovação do automóvel tornou obsoleta a crise do esterco e milhares de pessoas ficaram sem trabalho. Pode-se argumentar que mudou o problema do esterco para o problema do carbono; mas mesmo isso mostra que à medida que os nossos sistemas evoluem, os problemas se tornam de algo bruto para algo cada vez mais sutil, dando-nos a oportunidade de integrar e alinhar os princípios cósmicos à tríplice manifestação inferior.

De certa forma parece que ainda estamos sendo chamados em torno da agenda de estrume de cavalo, só que agora chamamos de Cúpula do Clima. O fato de que um acordo tinha sido alcançado na última cúpula do clima da ONU em Paris, é um feito incrível. E nós sabemos que ainda há muito trabalho a fazer.

Os problemas que enfrentamos em nossa era global interligada são extremamente complexos e matizados. Essas economias entrelaçadas são um reflexo de nossa interconexão em todos os níveis, e o campo da economia é a questão que pode ajudar a assumir a gravidade desta lição, o que não é tarefa fácil.

Somos responsáveis por aquilo que sabemos, e alguns analistas dizem que o impacto potencial destrutivo da globalização poderia começar a superar o potencial criativo construtivo necessário para continuar. Eu considero isso como uma chamada para mobilizar as forças da luz mediante a precipitação de formas de pensamento puro e inspirado, e sua projeção em soluções mais eficazes e dinâmicas. O grau de criatividade necessária para formular soluções mais complexas e sofisticadas supera a mente comum. Nossa responsabilidade como discípulos desta era é trabalhar nos bastidores para animar inteligente e amorosamente o campo em que estas ideias são mantidas em solução. Isto pode vir em parte através do reconhecimento de um princípio adicional que foi perdido no início da destruição criativa: a preservação.

As três forças - criação, destruição e conservação, reforçam o equilíbrio da vida. Um reconhecimento corajoso do papel do princípio de conservação na economia pode ser expresso como uma maior consciência do impacto de cada inovação, capacitando cultura para tomar decisões mais cuidadosas e menos consumistas.

O apego e os desejos materialistas produzem enormes quantidades de resíduos e sujeira - literalmente e energeticamente. Uma apreciação das implicações cármicas das ações, o discernimento entre o essencial e o não essencial, e uma melhor compreensão da mente através da qual uma pessoa trabalha, poderia ajudar muito a resolver os nossos problemas econômicos. Os apetites imoderados são perigosos, não importa como são alimentados; e nos ensinamentos somos lembrados de que, mesmo muito conhecimento pode ser um obstáculo se não for transmutado em sabedoria.

No surgimento e queda das formas, pode se experimentar a divindade onipresente e constante através do alinhamento com a nossa Alma. O que reforça esse alinhamento é o efeito vibratório constante da inofensividade, da intenção pura e altruísta e da expressão correta. Esta frequência harmônica sintoniza naturalmente os veículos e permite que as impressões mais elevadas fluam através de cada indivíduo, especialmente agora nestes tempos caracterizados por rápidas mudanças e comoções enormes à medida que o mundo muda diante dos nossos olhos: na crise de valores e de ética, na disparidade econômica extrema, as mudanças climáticas graves, a propagação do terrorismo como um câncer, o deslocamento de grandes populações, os avanços e fracassos tecnológicos e científicos, e o estabelecimento de novas alianças, enquanto o antigo desaparece. A destruição criativa está aqui, e a nós corresponde manter o alinhamento que preserva e desenvolve o Plano divino.

As pessoas que estavam envolvidas nos problemas do esterco certamente não podiam ver que o carro que os tiraria literalmente da crise estava no virar da esquina. Sentadas naquela reunião em 1898, se sentiram perdidas; levantaram suas mãos e se afastaram. Esta é uma representação adequada da mente inferior que facilmente se sente derrotada porque por si mesma não pode sentir a visão superior e comete todos os tipos de erros e imprecisões. A mente superior persiste, espera a solução, se mantém na luz da alma e assiste com expectativa. Na medida em que a mente superior é ajustada para a impressão hierárquica, livre de restrições de espaço e tempo, as energias do infinito podem inspirar soluções.

Voltemos agora para o campo de estudo que emergiu nas últimas décadas. A Economia Comportamental nos leva ao campo das ideias, onde a destruição criativa é mostrada como uma maneira de dissipar as formas mentais obsoletas e expõe os pontos cegos na percepção dos fatos.

A Economia Comportamental transformou completamente a compreensão sobre o comportamento dos indivíduos e das escolhas que fazem. A economia padrão considerou a influência humana de uma forma mecanicista e catalogou o comportamento humano em torno do que considera como "três características irreais: a racionalidade ilimitada, força de vontade ilimitada e egoísmo sem limites - que são modificadas pela economia comportamental" (http://www.econlib.org/library/Enc/BehavioralEconomics.html). Com o advento deste entendimento, colocou-se para descansar o Homo Economicus e surgiu uma melhor compreensão do ser humano.

A economia padrão vê as pessoas como consumidores com preferências estáveis e comportamentos previsíveis. A economia comportamental revela um quadro muito diferente; ela utiliza dados para demonstrar a facilidade com que pode influenciar as decisões e quão incrivelmente defeituoso pode ser o pensamento humano

Daniel Kahneman ganhou o Prêmio Nobel de Economia por seu trabalho neste campo. Seu livro Thinking, Fast and Slow (**) estabelece as bases para compreender e identificar alguns dos erros cognitivos inerentes que cometemos e as ilusões cognitivas ou mal interpretações. Estes são os erros que nos levam, mesmo com as melhores intenções, a subestimar o tempo necessário para concluir um projeto ou o dinheiro para realizá-lo, a calcular mal ou superestimar nossa capacidade de implementar os objetivos, ou a perder completamente de vista o elefante metafórico na sala, e que poderia levar a uma reflexão posterior (ou recapitulação noturna) e perguntar como podemos perder de vista algo tão óbvio.

Por que somos propensos a tais erros? Os economistas comportamentais referem-se a duas formas no nosso pensamento que ajudam a explicar este fenômeno. Chamadas simplesmente "Sistema 1", que se refere ao nosso pensamento [intuitivo] rápido, emocional e reflexivo, "System 2", que é lento, deliberado e lógico. Uma extensa pesquisa neste campo descreve preconceitos e modelos mentais que muitas vezes empregam sistemas impróprios na hora errada, levando os indivíduos e grupos a cometerem erros surpreendentes. A chave é saber como funcionam ambos os sistemas, a compreensão de como contrastam e se complementam e como escolher o modo correto de pensar no momento certo.

Esta alucução não tem o espaço para cobrir todas as ideias surpreendentes que esta área tem para oferecer. Mas eu acho que a economia comportamental, expondo os pontos cegos e falhas inerentes à percepção e tomada de decisão envolve o observador. Pela formação da Escola Arcana sabemos quão essencial é o papel do observador para ajudar a reconhecer as miragens e ilusões que obscurecem nossa clareza. Penso que, à medida que a humanidade utilizar ferramentas, tais como economia comportamental, seja introduzido um raio de clareza no processo mental, proporcionando um espaço através do qual a alma possa fazer mais contato com a mente.

O redesenho está acontecendo como resultado da economia comportamental e apresenta um novo modelo para trabalhar com mais eficácia individual e, mais importante, em grupo. Mundialmente, existem grandes e pequenos grupos que tentam ajudar na reconstrução de uma era de luz. A intenção está viva, mas os métodos são muitas vezes deficientes. Quando a economia comportamental for totalmente implementada, os grupos poderão ser muito mais eficazes para alcançar os objetivos que procuram. Grandes entidades que foram submersas na política burocrática, podem expandir o seu impacto se tentarem fazer uma reorientação. Aprender a pensar rapidamente, ou quando lentamente e como capturar sinais sutis, é um passo para o pensamento correto que pode ajudar a aliviar o impacto da destruição. Em vez de serem destruídas, talvez as novas formas que são construídas na nossa era iluminada podem ficar maleáveis o suficiente para se adaptar e aceitar as mudanças do tempo. E, talvez, isso possa orientar melhor a integração dos mecanismos individuais e grupais pelos quais a alma influente pode trabalhar.

Conclusão: Grande parte da destruição criativa, como expresso na economia, mostra a constante alteração das formas antigas como uma forma de liberação da energia potencial para criar o novo. Os sistemas mais antigos que já não servem parecem se romper e buscam um planejamento mais adequado. Na economia comportamental descobrimos uma ferramenta potencial para aumentar a clareza, que por sua vez permite uma maior expressão da alma através da personalidade. Essas ideias podem ajudar a garantir que o quadro em que estamos construindo nossa vida interior e exterior seja forte, mas ao mesmo tempo flexível e generoso o suficiente para se expandir. As formas e os veículos por meio dos quais trabalhamos devem ser capazes de suportar novas linhas de fuga. Se não, é inevitável a ossificação.

Como o Tibetano disse: "Aquilo a que vocês com empenho aspiram e que assume lugar indevido em seu modo de pensar, no devido tempo se torna uma prisão e merece posterior destruição. Tal é a lei oculta." (Tratado Sobre os 7 Raios V, p. 209). Este é um poderoso lembrete da importância do desprendimento e a renúncia contínua a cada passo do caminho. A vida do discípulo se vive na Cruz fixa, como os nossos Logos planetários em uma volta mais alta da espiral. Nesta Cruz, as provações e dificuldades não são nenhuma surpresa. Mas não nos diminuímos por nossas circunstâncias, somente por nossas atitudes e alinhamentos. Se formos ver a Verdade nas condições e circunstâncias que acontecem na vida, saberemos que cada uma representa uma lição que aumenta a nossa força. Aprender essa lição, nos impulsiona para a frente para um maior desenvolvimento.

O Tibetano incita-nos a "nos acostumar com a crucificação"; o Buda aconselha-nos a renunciar aos apegos e Cristo disse claramente que quem perder a sua vida a encontrará.

A destruição criativa pode ser a ferramenta cíclica através da qual o Plano progride. As ondas de criação e destruição colidem com força contra os três mundos inferiores, mas não podem tocar as esferas prístinas não construídas por mãos humanas. A alma emana fora do tempo e do espaço e desce para se fundir com a mente receptiva. Respondendo a esses impulsos rítmicos e sussurros da eternidade, os discípulos e iniciados trabalham para verter fios vivos de sabedoria e sutras atemporais que permeiam o tecido da vida, como linhas de vida no aqui e agora. Harmonizada em síntese subjetiva e impregnada de inofensividade, a interação telepática é a mais delicada troca de formas amorfas que alimenta o campo de pureza através do qual o Uno que vive, se move e tem seu Ser, torna-se conhecido.

Quando se controla adequadamente os três mundos inferiores e o experimento, quando a experiência e a expressão criam e destroem cada compreensão progressiva, o iniciado é libertado. A unidade da consciência, a vida libertada, torna-se um ato de serviço no sentido maior. É-nos dito que, quando Jesus tomou a iniciação da Renúncia, permitiu ao Cristo tomar uma iniciação muito maior, a Ressurreição. Como seria maravilhoso se através da destruição da forma, nos encontrássemos no limiar do informe! Que tal se a chave para o eterno se encontre dentro do próprio tempo e os momentos de criação e destruição permaneçam como portais entre os mundos, onde as provas e os triunfos, a criação e a destruição, abram o portal de interação com a Alma, permitindo que as nossas pequenas vontades capturem vislumbres da grande vontade de Deus! Talvez esses momentos sejam aqueles em que passamos da morte para a imortalidade para estarmos selados ao serviço da humanidade, da Alma e do próprio Logos.

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(*) Alocução proferida na Conferência da Escola Arcana em Nova Iorque.

(**) http://www.ie.ufrj.br/intranet/ie/userintranet/hpp/arquivos/280420161036_Rapidoedevagar_DuasformasdDanielKahneman1- Rápido e Devagar - Duas Formas de Pensar.pdf (NT)

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