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O Caminho da Iniciação


O CAMINHO DA INICIAÇÃO - Regras Para Solicitantes
Caminho da Santidade

REGRAS PARA SOLICITANTES

Há certos aforismos e injunções que o solicitante à iniciação necessita estudar e obedecer. Há uma grande distinção entre os termos «aspirante ao Caminho» e solicitante à iniciação». Aquele que aspira ao discipulado não está, de nenhum modo, compromissado com a mesma atitude específica e disciplinada que o solicitante à iniciação e pode, se assim o escolher, levar quanto tempo queira trilhando o Caminho Probacionário. Aquele que procura a iniciação põe-se numa posição diferente e, uma vez tendo feito a solicitação, tem de submeter sua vida a uma regra definida e a um regime estrito que, para o discípulo, é somente opcional.

As regras aqui dadas são em número de quatorze, reunidas de uma série de instruções compiladas para aqueles que procuram receber a primeira iniciação.

Regra I

Que o discípulo busque no mais profundo da caverna do coração. Se lá o fogo arder resplandecentemente, aquecendo o seu irmão ainda que não aqueça a si próprio, a hora é chegada para fazer a solicitação e permanecer diante da porta.

Quando o amor por todos os seres, independentemente de quem possam ser, começa a ser um fato conscientizado no coração de um discípulo e, ao mesmo tempo, não existe amor egoísta, então surge a indicação de que ele se está aproximando do Portal da Iniciação e pode assumir os necessários compromissos preliminares antes que seu Mestre apresente seu nome como um candidato à Iniciação. Se não se importar com o sofrimento e a dor do eu inferior, se lhe for indiferente estar ou não a felicidade em seu caminho, se o único propósito de sua vida é servir e salvar o mundo e se a necessidade de seu irmão é para ele de importância maior do que a própria, então o fogo do amor está irradiando do seu ser e o mundo pode aquecer-se aos seus pés. Este amor tem de ser u'a manifestação comprovada, prática, e não apenas uma teoria, nem simplesmente um ideal impraticável e um sentimento agradável. É algo que cresceu nas experiências e provações da vida, de modo que o impulso primário da vida se dirige para o autossacrifício e a imolação da natureza inferior.

Regra II

Quando a solicitação tiver sido feita de forma tríplice, então que o discípulo retire a solicitação e esqueça que ela foi feita.

Aqui se acha uma das provas iniciais. A atitude mental do discípulo deve ser a de que ele não se importe se vai ou não receber a Iniciação. Não deve haver motivo egoísta. Somente aquelas solicitações que alcançam o Mestre através da energia gerada pelo motivo altruísta puro são por Ele transmitidas ao anjo dos registros da Hierarquia; somente aqueles discípulos que procuram a iniciação por causa do poder acrescentado para ajudar e abençoar que ela confere, encontrarão uma resposta ao seu apelo. Aqueles que não se importam com a iniciação não recebem a sagração oculta, e os ansiosos - por egoísmo ou curiosidade - de participarem nos mistérios, não passam pela porta mas permanecem batendo à mesma, do lado de fora. Aqueles que têm capacidade para servir, aqueles que estão curvados com um senso de necessidade mundial, com a responsabilidade pessoal assim despertada, e que cumpriram a lei, batem e recebem resposta, e fazem a solicitação que encontra aceitação. São aqueles que enviam um grito de angústia por mais poder para ajudar, o qual penetra nos ouvidos Daqueles Que silenciosamente esperam.

Regra III

Triplo deve ser o chamado, e demorada a sua emissão. Lance o discípulo o grito através do deserto, sobre o mar e através dos fogos que o separam da porta velada e oculta.

Sob esta simbologia chega ao discípulo a injunção para fazer o deserto da vida do plano físico florir como a rosa, de modo que, do jardim da vida inferior, possam elevar-se aqueles sons e aromas e uma vibração suficientemente forte para cruzar o espaço existente entre ela e o portal; para silenciar as águas agitadas da vida emocional, de modo que em sua límpida e quieta expansão, aquele portal se possa refletir e a vida inferior reflita a vida espiritual da divindade que nele habita; para fazer passar através do ígneo forno aqueles motivos, palavras e pensamentos que são a mola mestra da atividade e têm sua origem no plano mental. Quando estes três aspectos do Ego em manifestação, o Deus interno, são dominados, coordenados e utilizados, então, mesmo inconscientemente para ele, a voz do discípulo será ouvida, suplicando que a porta seja aberta. Quando a vida inferior no plano físico é fertilizada. a emocional estabilizada e a mental transmutada, então nada pode impedir que o ferrolho daquela porta seja aberto e que o discípulo penetre. Somente a vibração sincrônica àquela que se acha do outro lado da porta faz com que ela se abra e, quando a chave da vida do discípulo sintonizar com a da vida hierárquica, então, uma por uma, as portas se abrirão e nada poderá conservá-las fechadas.

Regra IV

Que o discípulo observe a evolução do fogo; alimente as vidas inferiores e assim mantenha a roda girando.

Determina-se que o discípulo tenha presente sua responsabilidade em relação àquelas muitas vidas menores que, em sua totalidade, compõem o seu triplo corpo de manifestação. Assim é a evolução possível, e assim cada vida, nos diferentes reinos da natureza, conscientemente ou inconscientemente, cumpre sua função de vitalizar corretamente aquilo que é para ela o que o planeta é para o Sol. Assim o desdobramento do plano logoico prosseguirá com maior precisão. O reino de Deus está no íntimo e o dever daquele Regente interno oculto é duplo: primeiro, para com as vidas que formam os corpos, físico, astral e mental; depois para com o macrocosmo, o mundo do qual o microcosmo é apenas uma partícula infinitesimal.

Regra V

Que o solicitante cuide que o anjo solar apague a luz dos anjos lunares, permanecendo o luminar único no céu microcósmico.

Para cumprir esta determinação, todos os solicitantes necessitam fazer duas coisas: Primeiro, estudar sua origem, para conscientizarem-se de sua própria verdadeira psicologia compreendida ocultamente e se tornarem cientificamente conscientes da natureza real do Ego, ou Eu Superior atuando no corpo causal. Depois, têm que afirmar no plano físico, por intermédio dos três corpos inferiores, sua divindade inata, e demonstrar, em grau sempre crescente, seu valor essencial. Em segundo lugar, estudar a constituição do homem, compreender o método de funcionamento da natureza inferior, conscientizar a interdependência e a inter-relação de todas as coisas vivas e assim dominar as vidas menores que compõem aqueles três corpos de manifestação. Assim o Senhor solar, a Realidade interior, o Filho do Pai e o Pensador, em seu próprio plano, se torna o intermediário entre o que é da Terra, terreno, e aquilo que faz, do sol, sua morada. Dois versos da Bíblia ocultam algo desta ideia (' aos estudantes do Ocidente poderá ser útil meditar sobre eles: - «Os reinos deste mundo se tornaram o reino de nosso Senhor e de Seu Cristo." ”Oh! Senhor, nosso Deus, outros senhores além de Ti têm poder sobre nós, mas por Ti. somente, mencionaremos Teu Nome.” O último verso é particularmente interessante, uma vez que ele demonstra a supressão do som inferior e da força criativa, por aquela que é de origem superior.

Regra VI

Os fogos da purificação ardem baixo e fracamente quando o terceiro é sacrificado em favor do quarto. Por isso, que o discípulo se abstenha de matar e que ele nutra o que é o mais inferior, com o produto do segundo.

Esta regra poderia ser resumida na trivial instrução a cada discípulo, para que ele seja estritamente vegetariano. A natureza inferior se torna lerda e pesada e o brilho interno não pode resplandecer quando se inclui a carne na dieta. Esta é uma regra drástica para os solicitantes e não pode ser violada. Os aspirantes, conforme sua preferência, podem escolher entre comer carne ou não, mas numa certa etapa do caminho é essencial que toda a ingestão de carne, de qualquer espécie, cesse, e a mais cuidadosa atenção deve ser dada à dieta. Um discípulo pode restringir-se às verduras, legumes, cereais, frutas e nozes. Somente assim pode ele construir o tipo de corpo físico capaz de suportar a entrada do homem real que permaneceu nos seus corpos mais sutis, perante o Iniciador. Se não fizer isso, e se fosse possível receber a iniciação sem ter-se assim preparado, o corpo físico seria despedaçado pela entrada da energia através dos centros recentemente estimulados, e terrível perigo para o cérebro, para a coluna, ou o coração, resultaria.

Naturalmente, deve ser aqui reconhecido que não podem ser fixadas regras rígidas, exceto as iniciais para todos os iniciantes, pelas quais são absolutamente proibidas, a carne, o peixe, bebidas fermentadas de toda espécie, assim como o uso do fumo. Para aqueles que podem suportá-lo, os ovos e o queijo são algumas vezes de preferência eliminados da dieta, mas isto não é de modo algum compulsório. É sempre aconselhável que aqueles que estão em processo de desenvolver faculdades psíquicas de qualquer espécie, não devem permitir-se comer ovos e se não muito pouco queijo. O leite e a manteiga entram numa diferente categoria e a maioria dos iniciados e solicitantes acham necessário conservá-los na dieta. Umas poucas e excepcionais pessoas podem subsistir e conservar suas plenas energias físicas sob a dieta mencionada no parágrafo precedente, mas aí o ideal é corporificado, e como nós todos sabemos, o ideal é raramente atingível no presente período de transição.

Duas coisas, a propósito, deveriam ser enfatizadas: - Primeiro, a necessidade de todos os solicitantes terem bom senso; este fator está muitas vezes ausente e os estudantes farão bem em lembrar que fanáticos desequilibrados não são membros desejáveis da Hierarquia. O equilíbrio, um justo senso de proporção, uma devida consideração pelas condições ambientes e um sadio bom-senso são as características do verdadeiro ocultista. Quando um real senso de humor existir, igualmente, muitos perigos serão evitados. Em segundo lugar, um reconhecimento do tempo, e uma capacidade em agir lentamente ao efetuar mudanças na dieta e nos hábitos da vida. Tudo na natureza progride lentamente e os solicitantes devem aprender a verdade oculta das palavras: - «apressa-te lentamente.” Um processo de gradual eliminação é habitualmente o caminho da sabedoria e este período de eliminação deve - sob condições ideais que tão raramente existem - cobrir a etapa que nós denominaríamos a do aspirante, de modo que, quando um homem se tornar um solicitante à Iniciação, ele terá feito a necessária purificação preparatória da dieta.

Regra VII

Que o discípulo volte sua atenção para a emissão daqueles sons que ecoam nos vestíbulos onde caminha o Mestre. Que ele não entoe as notas menores que despertam a vibração nos vestíbulos de Maya.

O discípulo que procura transpor os Portais da Iniciação não pode fazê-lo até que tenha aprendido o poder da palavra e o poder do silêncio. Isto tem um significado mais profundo e mais amplo do que talvez seja aparente, pois ele contém, se corretamente interpretada, a chave para a manifestação, a pista para os grandes ciclos e a revelação do propósito subjacente a pralaya. Até que um homem compreenda o significado da palavra falada e até que ele utilize o silêncio dos lugares elevados para alcançar os efeitos desejados num ou noutro plano, ele não pode ser admitido naqueles reinos onde cada som e cada palavra produzem poderosos resultados na matéria, de alguma espécie, estimulados por dois fatores predominantes, (a) uma vontade poderosa, cientificamente aplicada e (b) um motivo certo, purificado nos fogos.

Um adepto é um criador na matéria mental, um originador de impulsos no plano mental, dessa maneira produzindo resultados na manifestação física ou astral. Esses resultados são poderosos e efetivos, daí a necessidade de seu originador ser puro nos pensamentos, preciso na palavra, habilidoso na ação. Quando estas ideias forem conscientizadas pelos solicitantes, a consequência imediata serão importantes modificações na vida quotidiana. Estas modificações poderiam, dado o seu uso prático, ser assim enumeradas:

a) Os motivos serão cuidadosamente pesquisados e uma vigilância permanente será mantida sobre os impulsos originadores. Daí por que, durante o primeiro ano em que o solicitante se devotar ao trabalho de preparação para a iniciação, ele fará, três vezes ao dia, um registro escrito das investigações em que está envolvido, a que concernem seus motivos, ou a mola mestra da ação.

b) O modo de falar será observado e uma tentativa será feita para eliminar todas as palavras não bondosas, desnecessárias e inócuas. Os efeitos da palavra serão estudados remontando-se aos impulsos originais que, em cada caso, dão início à ação no plano físico .

c) O silêncio será cultivado e os solicitantes serão cuidadosos em preservar estrito silêncio relativamente a si próprio, seu trabalho ou conhecimento ocultos, os assuntos daqueles com quem estão associados, e o trabalho do seu grupo oculto. Somente nos círculos do grupo ou em conexão com seus superiores será permitida uma sábia liberdade no falar. Há um tempo para falar. Aquele tempo vem quando o grupo pode ser servido por palavras sábias, por uma cuidadosa revelação das boas ou más condições e uma palavra rara, mas necessária, a algum irmão relativamente à vida interior, ou a alguém superior ou grupo de oficiais no caso que um irmão possa estar impedindo um grupo, através de algum tipo de erro, ou poderá ajudar ao grupo se colocado em diferente tarefa.

d) O efeito da Palavra Sagrada será estudado, e condições preparadas, para usá-la sabiamente. A emissão da palavra e seus efeitos sobre um particular centro esotérico (em nenhum caso um centro físico) serão observados e a vida desta maneira influenciada e regulada.
A questão toda do estudo do som e das palavras, sagradas ou de outro tipo, tem que ser assumida pelos solicitantes à Iniciação. Isto é algo que precisa ser mais ativamente encarado por todos os grupos ocultistas.

Regra VIII

Quando o discípulo se aproxima do portal, os Sete Maiores devem despertar e provocar uma resposta dos sete menores, sobre o duplo círculo.

Esta regra é muito difícil e contêm em si elementos perigosos para o homem que começa a trilhar prematuramente o caminho final. Literalmente, ele pode ser assim interpretado: o candidato à iniciação deve de certo modo desenvolver a vibração dos sete centros da cabeça e assim lançar à aumentada atividade vibratória os sete centros no corpo no plano etérico; afetando assim, através da vibração recíproca, os sete centros físicos que são inevitavelmente estimulados quando os centros etéricos se aproximam de sua vibração máxima. Não é necessário ampliar este ponto além de assinalar que como os sete centros na cabeça, ao se tornarem capazes de responder ao Ego, os sete centros seguintes,

1 - A cabeça, considerada como uma unidade,
2 - O coração,
3 - A garganta,
4 - O plexo solar,
5 - A base da coluna,
6 - O baço,
7 - Os órgãos reprodutores,

são também afetados, mas segundo a linha de purificação e controle. Isto produzirá resultados nos órgãos nitidamente físicos, através dos quais o homem atua no plano físico. Para ilustrar: - O homem pode então transferir conscientemente o fogo e a energia criativos, dos órgãos reprodutores para a garganta, ou, através do controle consciente do coração, produzir uma elevação de ânimo do corpo físico. Isto não será alcançado através das práticas de Hatha Yoga, nem concentrando a atenção nos órgãos do corpo físico, mas através do desenvolvimento do controle pelo Deus interno, Que trabalha através do centro da cabeça e assim domina tudo mais.

O solicitante, por isso, aplicará todas as suas energias no desenvolvimento da vida espiritual, a qual será expressão do correto pensar, da meditação e do serviço. Através do profundo estudo de tudo que deva ser conhecido com relação à energia e seus pontos focais, ele coordenará sua vida de modo que a vida do espírito possa fluir através dela. Este estudo somente pode ser desenvolvido com segurança, atualmente, no trabalho grupal e sob a direção de um instrutor; os discípulos comprometer-se-ão a não permitirem experimentação em suas vidas e nenhuma descuidada vulgaridade com os fogos do corpo. Simplesmente aplicar-se-ão a uma compreensão teórica e a uma vida de serviço.

Os centros então desenvolver-se-ão normalmente, enquanto o solicitante se decide a amar perfeitamente seu irmão na verdade e de fato, a servir devotadamente, a pensar inteligentemente e a manter uma estreita observação sobre si mesmo. Ele também registrará tudo que em sua vida interior lhe pareça relacionado com a evolução dos centros. Este registro pode ser apreciado e comentado pelo instrutor, uma dedução procurada, e a quota de informação assim ganha, anotada para referência grupal. Desta maneira, muito conhecimento pode ser armazenado e usado.

O solicitante que faz mau uso do conhecimento, que se dedica a práticas do tipo «exercícios respiratórios para o desenvolvimento», ou se concentra nos centros, inevitavelmente fracassará em sua tentativa de alcançar o Portal e pagará o preço em seu corpo, pelo aparecimento da loucura, de condições neurastênicas e de várias enfermidades físicas.

Regra IX

Que o discípulo se funda no círculo dos seus outros “eus”. Que uma cor única os misture e sua unidade apareça. Somente quando o grupo é conhecido e sentido, pode a energia emanar sabiamente.

Uma coisa que todos os discípulos e solicitantes à iniciação têm que fazer é encontrar aquele particular grupo de servidores ao qual pertencem no plano interno, reconhecê-los no plano físico e unirem- se a eles no serviço pela raça. Este reconhecimento estará baseado:

a) Na unidade do objetivo.
b) Na unidade da Vibração.
c) Na identidade na afiliação grupal.
d) Nos laços cármicos de antiga existência.
e) Na capacidade de trabalhar em relação harmônica.

Superficialmente, esta pode parecer uma das regras mais fáceis, mas, na prática, não é assim. Os equívocos ocorrem com facilidade e o problema de trabalhar harmonicamente no alinhamento grupal não é tão simples como possa parecer. A vibração egoica e o relacionamento podem existir e, no entanto, as personalidades externas podem não se harmonizar. É a tarefa, então, do solicitante, fortalecer o laço de seu Ego sobre sua personalidade, de modo que a relação esotérica do grupo se torne possível no plano físico. Ele fará isso disciplinando sua própria personalidade, e não corrigindo seus irmãos.

Regra X

O Exército da Voz, os devas em suas fileiras cerradas, trabalham incessantemente. Que o discípulo aplique-se à consideração de seus métodos; que ele aprenda as regras pelas quais o Exército trabalha dentro dos véus de Maya.

Esta regra se refere ao trabalho de investigação oculta, que deve ser perseguido, num certo momento, por todos os que buscam a iniciação. Embora não seja seguro para o não iniciado interferir na evolução paralela dos devas, contudo é necessário e seguro investigar o procedimento seguido pelos construtores, os métodos por eles seguidos, reproduzindo do arquétipo, através do etérico, aquilo a que chamamos de manifestação física; seus grupos devem ser de algum modo conhecidos teoricamente e os sons, pelos quais são lançados à atividade, considerados. Isto envolve, portanto, o estudo organizado, por todos os solicitantes:

1 - Do propósito do som.
2 - Do significado esotérico das palavras, da gramática e da sintaxe.
3 - Das leis da vibração e da eletricidade, bem como de outros estudos subsidiários que se relacionam com a manifestação da divindade e da consciência, por intermédio da substância dévica e da atividade dos devas controladores. As leis do macrocosmo serão investigadas e a correspondência entre as atividades do rnicrocosmo e a manifestação ativa do macrocosmo, reconhecidas.

Regra XI

Que o discípulo transfira o fogo do triângulo inferior para o superior e preserve aquilo que for criado pelo fogo do ponto do meio do caminho.

Isto significa, literalmente, o controle, pelo iniciado, do impulso sexual, como habitualmente compreendido e a transferência do fogo que agora normalmente vitaliza os órgãos reprodutores, para o centro da garganta, assim levando à criação no plano mental, por intermédio da mente. Aquilo que vier a ser criado precisará então ser nutrido e sustentado pela energia do amor da natureza, emergindo do centro do coração.

O triângulo inferior ao qual nos referimos é:

1 - O plexo solar.
2 - A base da coluna.
3 - Os órgãos reprodutores.

Ao passo que o superior é, como assinalado;

1 - A cabeça.
2 - A garganta.
3 - O coração.

Isto poderia ser interpretado, pelo leitor superficial, como uma injunção à vida celibatária e o compromisso, do solicitante, em abster-se de toda manifestação física do impulso sexual. Não é isso. Muitos iniciados alcançaram seu objetivo enquanto participavam do devido e prudente uso da relação conjugal. Um iniciado cultiva uma especial atitude mental, na qual há um reconhecimento de que todas as formas de manifestação são divinas e que o plano físico é tanto uma forma de expressão divina como qualquer dos planos superiores. Ele se conscientiza de que a manifestação mais baixa da divindade deve estar sob o controle consciente daquela divindade encarnada, e que todos os atos de cada espécie devem ser regulados pelo esforço em cumprir todo dever e obrigação, controlar cada ação e fato e utilizar o veículo físico de modo que o grupo possa assim ser beneficiado e ajudado em seu progresso espiritual, e a lei perfeitamente cumprida.

Não se deve negar que pode ser aconselhável, em certas etapas, um homem exercer perfeito controle segundo qualquer particular linha, através de uma abstinência temporária, mas esse é um meio para um fim e será seguido por etapas em que - o controle tendo sido alcançado - o homem demonstre perfeitamente, por intermédio do corpo físico, os atributos da divindade, e cada centro será normal e sabiamente usado, e os propósitos da raça assim adiantados.

Os Iniciados e Mestres, em muitos casos, se casam e normalmente cumprem seus deveres como marido e esposas, mas tudo é controlado e regulado pelo propósito e intenção e nenhum é arrastado pela paixão ou desejo. No homem perfeito, no plano físico, todos os centros estão sob completo controle e sua energia é legitimamente usada; a vontade espiritual do Deus divino interno é o principal fator e haverá uma unidade de esforço, exibida em todos os planos, através de todos os centros, para o maior bem do maior número.

Este ponto foi abordado porque tantos estudantes se perdem nesses assuntos e cultivam, ou uma atitude mental que resulta completa atrofia da natureza física normal inteira, ou se entregam a orgia de licenciosidade sob o pretexto do “estímulo dos centros”, assim ampliando o desenvolvimento astral. O verdadeiro iniciado deve ser conhecido por sua sóbria e santificada moral idade, por sua firme conformação ao que é melhor para o grupo como enfatizado pelas leis grupais do país, por seu controle e freio aos excessos de qualquer espécie e pelo exemplo que dá, aos seus circunstantes, de uma vida espiritual e da retidão moral, juntamente com a disciplina de sua vida.

Regra XII

Que o discípulo aprenda o uso da mão no serviço; que ele procure a marca do mensageiro em seus pés, e aprenda a ver com o olho que observa de entre os dois.

Esta regra parece de fácil interpretação à primeira vista, e parece impor ao aplicante o uso das mãos no serviço, dos pés nas mensagens hierárquicas, e o desenvolvimento da clarividência. Mas o significado real é muito mais esotérico. Ocultamente entendido, o «uso das mãos» é a utilização dos chakras (ou centros) nas palmas das mãos em:

a) Curar doenças corporais.
b) Abençoar, e assim curar doenças emocionais.
c) Elevá-las em oração, ou o uso dos centros das mãos durante a meditação, na manipulação da matéria e correntes mentais.

Estes três pontos merecerão cuidadosa consideração e muito pode ser aprendido, pelos estudantes ocidentais, do estudo da vida do Cristo e de uma apreciação de Seus métodos ao usar Suas mãos. Mais não pode ser dito aqui, visto que o assunto é muito vasto para ser ampliado neste breve comentário.

A «Marca do mensageiro» nos pés, é uma referência àquele bem conhecido símbolo das asas nos calcanhares de Mercúrio. Muito sobre este assunto será revelado aos estudantes nas escolas ocultas que reunirem tudo que puderem achar relativamente aos Mensageiros dos deuses, e também estudarem com cuidado os dados que os estudantes de astrologia tiverem recolhido a respeito do planeta Mercúrio, e o que os estudantes do ocultismo reuniram relativamente à ronda interna.

Superficialmente, a expressão «o olho que observa de entre os dois» parece significar o terceiro olho, que os clarividentes usam, mas o significado é muito mais profundo do que aquele, e se acha oculto nos seguintes fatos:

a) Que a visão interna é aquela que todos os seres autoconscientes, desde um Logos até um homem, estão no processo de desenvolvimento.
b) Que o Ego, ou o Eu Superior, é literalmente, para a Mônada, o que o terceiro olho é para o homem, e por isso é descrito como se observasse de entre a Mônada ou o Eu espiritual, de um lado, e o eu pessoal de outro.

No sentido mais amplo, portanto, esta regra incita o solicitante a desenvolver a autoconsciência e assim aprender a atuar no corpo causal, nos níveis mais elevados do plano mental, controlando dali todos os veículos inferiores e vendo claramente tudo que puder ser visto nos três mundos, no passado e no futuro.

Regra XIII

Quatro coisas deve o discípulo aprender antes que lhe possa ser revelado aquele mais íntimo mistério: primeiro, as leis daquilo que irradia; os cinco significados da magnetização compõem a segunda; a terceira é a transmutação, ou o segredo perdido da alquimia; por último, a primeira letra da Palavra que foi transmitida, ou o nome egoico oculto.

Esta regra não pode ser desenvolvida. Ela diz respeito a mistérios e assuntos muito vastos para serem plenamente tratados aqui. Está incluída nestas regras para que constitua um assunto para meditação, para estudo e para discussão grupal.

A regra final é muito breve e consiste de cinco palavras.

Regra XIV

Ouça, toque, veja, aplique, conheça.

Estas palavras referem-se ao que o Cristão poderia adequadamente chamar a consagração dos três sentidos maiores e sua utilização na evolução da vida espiritual interna, a aplicação feita, então, daquilo que é aprendido e assegurado, seguida da frutificação do conhecimento alcançado.

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