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A Alma: a qualidade da vida

Mestre Tibetano Djwhal Khul

(Alice A. Bailey)

Trabalho de compilação e tradução feito por um estudante, extraído dos Livros do Mestre Tibetano (Djwhal Khul), Alice A. Bailey:

Iniciação Humana e Solar
Cartas sobre Meditação Ocultista
Tratado sobre Fogo Cósmico
Tratado sobre Magia Branca
Discipulado na Nova Era, Volume I
Discipulado na Nova Era, Volume II
Problemas da Humanidade
O Reaparecimento do Cristo
O Destino das Nações
Espelhismo (Glamour): Um Problema Mundial
Telepatia e o Veículo Etérico
A Educação na Nova Era
A Exteriorização da Hierarquia

Tratado sobre os Sete Raios:
Psicologia Esotérica, Volume I
Psicologia Esotérica, Volume II
Volume III: Astrologia Esotérica
Volume IV: Cura Esotérica
Volume V: Os Raios e as Iniciações

Índice do Conteúdo
1. Prefácio 2. As palavras são limitantes
3. Conhece-te a ti mesmo 4. A constituição do homem
5. A natureza do homem 6. O espírito
7. A mônada 8. A tríade espiritual
9. O princípio vida no homem 10. A individualização
11. A mente (manas) 12. Os cinco sentidos e o eu
13. A alma universal 14. A alma
15. A alma grupal 16. A alma da humanidade
17. O corpo causal 18. O loto egoico
19. A evolução do corpo egoico 20. A morte física e a alma
21. A cremação e a liberação da alma 22. A reencarnação
23. As características da alma 24. A luz
25. A consciência 26. As relações da alma
27. O princípio construtor de formas 28. O propósito da vida egoica
29. A percepção mística 30. O místico e o ocultista
31. “almas perdidas” 32. O treinamento dos veículos para o serviço da alma
33. O ego e os centros 34. Alinhamento do ego com a personalidade
35. Integração 36. Unificação, o resultado da iniciação
37. A evolução espiritual 38. O discipulado
39. A vida dual do discípulo 40. O mago branco
41. A natureza criadora da alma 42. Natureza rítmica dos impulsos da alma
43. A visão 44. O olho da alma
45. O terceiro olho 46. A impressão
47. A voz interna 48. A obediência à alma
49. A confiança na alma 50. Orientação da alma
51. A nuvem das coisas cognoscíveis 52. O sentido esotérico
53. O espelhismo e a ilusão 54. Os pares de opostos
55. O morador do umbral 56. A alma e os poderes psíquicos
57. O sutratma 58. O antahkarana
59. A meditação 60. O ego e as iniciações
61. A revelação da “presença” 62. O reino das almas
63. Conclusão

A Alma: a qualidade da vida
Conteúdo 1 a 5

1. PREFÁCIO

1. Recebemos aqui muito para refletir, pensar e meditar. Vamos procurar o fio de ouro que nos conduzirá, em consciência vigílica, à casa do tesouro das nossas próprias almas e aprendamos ali a nos unificar com tudo que respira, a perceber a visão para o todo, até onde formos capazes, e a trabalhar em uníssono com o Plano de Deus, na medida que nos tiver sido revelado por Aqueles que sabem. (Psicologia Esotérica, Volume II)

2. Nada sob o céu pode deter o progresso da alma humana em sua longa peregrinação das trevas para a luz, do irreal para o real, da morte para a imortalidade e da ignorância para a sabedoria... Nada pode afastar o espírito do homem de Deus. (O Reaparecimento de Cristo).


2. AS PALAVRAS SÃO LIMITANTES

As palavras não conseguem expressar o objetivo que tenho em vista e a linguagem é mais um obstáculo do que uma ajuda. O pensamento humano está entrando agora em um campo para o qual não existe até hoje nenhuma forma de linguagem real, pois não temos termos adequados e os símbolos-palavra dizem muito pouco. Tal como foi necessário criar uma série de termos, frases, substantivos e verbos totalmente novos quando o automóvel e o rádio foram inventados, da mesma maneira, nos próximos anos, a descoberta da realidade da existência da alma vai precisar de uma nova linguagem. Não é bem verdade que um homem da era vitoriana que escutasse o jargão técnico das estações de rádio ou das oficinas comuns não entenderia absolutamente nada? Da mesma maneira, o psicólogo de hoje muitas vezes não compreende nada do que estamos procurando transmitir, pois o novo vocabulário ainda não foi desenvolvido e os termos antigos são inadequados. Assim, só posso empregar os termos que me parecem ser mais adequados, sabendo que deixo de expressar o verdadeiro significado das minhas ideias e, portanto, vocês só obtêm uma compreensão e conceituação aproximadas das ideias que me esforço por expor. (Psicologia Esotérica, Volume II)


3. CONHECE-TE A TI MESMO

1. Observemos que somente quando o homem compreende a si mesmo pode alcançar uma compreensão da totalidade que chamamos de Deus. Eis uma grande verdade oculta, mas quando é levada à ação, transmite uma revelação que faz com que o atual “Deus desconhecido” seja uma realidade reconhecida. (Tratado sobre Magia Branca).

2. Homem espiritual é aquele que, tendo sido homem mundano e estudante ocultista, chegou à conclusão de que por trás de todas as causas das quais se ocupara até então, existe uma CAUSA; a unidade causal torna-se então a meta da sua investigação. Tal é o mistério que reside em todos os mistérios; tal é o segredo velado por tudo o que até agora se conhece e concebe; tal é o coração do Desco-nhecido que mantém oculto o propósito e a chave de tudo que É, e que somente é posto nas mãos dos excelsos Seres que – tendo aberto caminho para Si, através da múltipla trama da vida - Se reconhecem, na realidade, como Atma ou o próprio Espírito, e como verdadeiras chispas da grande Chama.

Três vezes surge o chamado a todos os peregrinos que se encontram no Caminho da Vida: “Conhece-te a ti mesmo” é o primeiro grande mandado, e longo é o processo para chegar a esse conhecimento. Vem em seguida “Conhece o Eu”, e quando este conhecimento é obtido, o homem não somente conhece a si mesmo, como também a todos os eus; a alma do universo deixa de ser para ele o livro lacrado da vida e se torna o livro com os sete lacres rasgados. Depois, quando o homem já é um adepto, surge o chamado “Conhece o Uno” e as palavras reverberam nos ouvidos do adepto: “Busca aquilo que é a Causa responsável e tendo conhecido a alma e sua expressão, a forma busca AQUELE que a alma revela”. (Tratado sobre Fogo Cósmico).

3. Na rígida disciplina que você próprio se impõe, em certo momento advém a perfeição. Nada é insignificante demais para o discípulo, porque a meta é alcançada mediante o rigoroso ajuste dos detalhes na vida do mundo inferior. O discípulo, quando se aproxima do Portal, leva uma vida cada vez mais difícil, mas a vigilância deve ser sempre cada vez mais estrita, a ação correta deve ser sempre empreendida sem nenhuma consideração quanto ao resultado, e cada um dos corpos, na totalidade de seus elementos, deve ser sempre arduamente trabalhado e subjugado. Somente pela total compreensão do axioma: “Conhece-te a ti mesmo” virá o entendimento que habilita o homem a exercer a lei e a conhecer o mecanismo interno do sistema, do centro para a periferia. Luta, empenho, disciplina e serviço dedicado prestado com alegria, sem outra recompensa que a incompreensão e a ofensa dos que vêm atrás – esta é a função do discípulo. (Cartas sobre Meditação Ocultista).


4. A CONSTITUÇÃO DO HOMEM

A constituição do homem, considerada nas páginas a seguir, é fundamentalmente tríplice:

I. A Mônada ou Espírito puro, o Pai nos Céus.
Este aspecto reflete os três aspectos da Deidade:

1. Vontade ou Pode O Pai,
2. Amor-Sabedoria O Filho,
3. Inteligência Ativa O Espírito Santo,

e somente se faz contacto com ela nas iniciações finais, quando o homem se aproxima do final da jornada e é perfeito. A Mônada também se reflete em:

II. O Ego, Eu superior ou Individualidade.
Potencialmente, este aspecto é:

1. Vontade espiritual Atma.
2. Intuição Budi. Amor-Sabedoria, o principio crístico.
3. Mente Superior ou Abstrata Manas Superior.

O Ego começa a fazer sentir o seu poder no homem evoluído e, cada vez mais, durante o Caminho de provação, até que, na terceira iniciação aperfeiçoa-se o controle do eu superior sobre o eu inferior e o aspecto mais elevado começa a fazer sentir a sua energia.

O ego se reflete em:

III. A Personalidade ou eu inferior, o homem no plano físico.
Este aspecto também é tríplice:

1. Corpo mental manas inferior
2. Corpo emocional corpo astral.
3. Corpo físico os corpos físico denso e etérico.

A finalidade da evolução é, portanto, levar o homem à compreensão do aspecto egoico e colocar a natureza inferior sob seu controle. (Iniciação Humana e Solar).


5. A NATUREZA DO HOMEM

Quando a mente pública captar, ainda que superficialmente, os seguintes fatos enunciados de maneira sucinta, a tendência da educação popular, a finalidade da ciência política e a meta do esforço econômico e social tomarão uma direção nova e melhor. Estes fatos resumem-se nos seguintes postulados:

I. O homem é divino em essência. Isto sempre foi enunciado no transcurso das eras, mas até agora continua sendo uma bela teoria ou crença e não um fato científico comprovado nem aceito universalmente.

II. O homem é um fragmento da Mente Universal ou alma mundial e, como fragmento, participa dos instintos e da qualidade dessa alma, tal como se manifesta por meio da família humana. Portanto, a unidade só é possível no plano da mente. Se isto é verdade, tenderá a desenvolver no cérebro físico a compreensão consciente das afiliações grupais no plano mental, o reconhecimento consciente das relações, ideais e metas grupais, e a manifestação consciente da continuidade de consciência que atualmente é o objetivo da evolução. Em seguida transferirá a consciência da raça do plano físico para o mental, e tenderá à consequente solução de todos os problemas atuais por meio do “conhecimento, amor e sacrifício”. Isto resultará em emancipação da desordem atual no plano físico. Levará a educar o público com relação à natureza do homem e ao desenvolvimento dos poderes latentes nele, poderes que o liberarão das suas limitações atuais e produzirão na família humana um repúdio coletivo com relação às condições atuais. Quando todos os homens conhecerem a si mesmos e conhecerem os demais como entes autoconscientes divinos que atuam principalmente no corpo causal utilizando os três veículos inferiores, somente como meio para fazer contacto com os três planos inferiores, teremos governo, política, economia e ordem so¬cial erguidos sobre bases sólidas, saudáveis e divinas.

III. O homem em sua natureza inferior e seus três veículos é um conglomerado de vidas menores, as quais dependem dele para a própria natureza grupal, seu tipo de atividade e resposta coletiva e que – por meio da energia ou atividade do Senhor solar – serão posteriormente elevadas e desenvolvidas à etapa humana.

Quando estes três fatos forem compreendidos, somente então teremos um entendimento correto e exato da natureza do homem. (Tratado sobre Fogo Cósmico).

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