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A Alma: a qualidade da vida


A Alma: a qualidade da vida
Conteúdo 11 a 15

11. A MENTE (MANAS)

1. Manas ou princípio manásico: A mente, a faculdade mental, aquilo que distingue o homem do simples animal. É o princípio individualizador, o que permite ao homem saber que ele existe, sente e sabe. Algumas escolas o dividem em duas partes: mente superior ou abstrata e mente inferior ou concreta. (Iniciação Humana e Solar)

2. Quinto princípio: O princípio da mente; a faculdade no homem que é o princípio pensante inteligente e que o diferencia dos animais. (Cartas sobre Meditação Ocultista)

3. O Fogo ou Chispa da Mente...
Como vontade inteligente que vincula a Mônada ou Espírito com seu ponto inferior de contacto, a personalidade, atuando por meio de um veículo físico.

Como fator vitalizador, embora ainda de maneira imperfeita, das formas mentais construídas pelo pensador. É possível dizer que poucas formas mentais foram construídas pelo centro da consciência, o Pensador ou Ego. Poucos são os indivíduos que alcançaram um contato tão estreito com seu Eu superior ou Ego que sejam capazes de construir uma forma com substância do plano mental e possam dizer que realmente expressam os pensamentos, propósitos ou desejos do seu Ego, atuando por meio do cérebro físico. (Tratado sobre Fogo Cósmico)

4. A qualidade manásica será compreendida, até certo ponto, se o estudante a considerar como vontade inteligente, propósito ativo ou ideia fixa de alguma Entidade que produz a existência, usa a forma e desenvolve os efeitos das causas, mediante a discriminação da matéria, separando-a e construindo-a em uma forma, e impulsionando todos os entes dentro de Sua esfera de influência a cumprirem o propósito estabelecido. Com relação à matéria dos seus veículos, o homem é a fonte que origina a mente e o impulso manásico latente nos mesmos. O mesmo ocorre com o Homem Celestial em Sua esfera maior de influência, e com o Logos solar. Cada um discriminou e assim formou seu círculo-não-se-passa; cada um tinha um propósito determinado para cada encarnação; cada um prossegue ativamente e trabalha com inteligência para fins determinados, e cada um é o originador de manas em Seu esquema; cada um é o fogo que anima a inteligência do seu sistema; cada um, por meio do princípio manásico, se individualiza e expande gradualmente esta autorrealização, até incluir o círculo-não-se-passa da Entidade mediante a qual lhe chega o quinto princípio; cada um alcança a iniciação e, com o tempo, escapa da forma...

Para toda finalidade e propósito, manas é a vontade ativa de uma Entidade que se desenvolve por meio de todas as vidas menores contidas dentro do círculo-não-se-passa ou esfera de influência da Existência que mora internamente. Portanto - no que diz respeito ao homem desta cadeia – ele somente expressa o propósito e a vontade em ação do Logos planetário, em cujo corpo é uma célula ou vida menor. (Tratado sobre Fogo Cósmico)

5. Discriminação. Todo estudante conhece a qualidade discriminativa de manas e sua capacidade seletiva; todos reconhecem a faculdade que permite ao homem distinguir inteligentemente entre o Eu e o não-eu. De maneira geral, o que tendemos a esquecer é que esta faculdade subsiste em todos os planos e é tríplice em sua manifestação:

Primeiro. Discriminação entre a consciência do eu e aquilo que é conhecido no mundo externo. Trata-se da capacidade de distinguir entre si mesmo e todas as outras formas existentes. Está universalmente desenvolvida e alcançou um grau bastante elevado de evolução.

Segundo. A faculdade de discriminação entre o Ego e a Personalidade. Isto restringe o conceito à esfera da própria consciência do homem, e o habilita a diferenciar entre seu eu subjetivo ou alma e os corpos que a contêm. Referida faculdade de maneira alguma está universalmente desenvolvida. A maioria dos homens ainda não sabe distinguir com exatidão a diferença que existe entre ele próprio, o PENSADOR, que persiste em tempo e espaço e o veículo mediante o qual ele pensa, que é efêmero e transitório. O reconhecimento real dessa dualidade essencial e sua corroboração científica somente se manifesta nos místicos, nos pensadores avançados da raça, nos aspirantes conscientes e naqueles que estão se aproximando do Portal da Iniciação.

Terceiro. Discriminação entre a alma e o Espírito, ou o entendimento de que o homem não somente pode dizer “Eu Sou”, nem unicamente pode entender “Eu sou Aquele”, mas é capaz de avançar para um entendimento ainda maior e dizer “Eu sou Aquele Eu sou”.

Nas expansões e corroborações se utiliza da faculdade discriminativa de manas...

Em termos gerais e em relação ao homem, pode-se dizer que:

Eu Sou” se refere à consciência da personalidade nos três planos inferiores, ou a tudo que se considera inferior ao corpo causal. Diz respeito ao entendimento do homem com relação ao lugar que ocupa no globo dentro de uma cadeia.

Eu sou Aquele” refere-se à sua consciência egoica e aos planos da Tríade. Diz respeito ao entendimento do homem com relação ao lugar que ocupa dentro da cadeia, e sua relação com o grupo do qual é parte.

Eu sou Aquele Eu sou” refere-se à consciência monádica do homem e à sua relação com os planos de abstração. Diz respeito ao entendimento de sua posição no esquema. (Tratado sobre Fogo Cósmico)

6. Queiram lembrar que, em nosso desenvolvimento planetário, a ênfase de todo o processo evolutivo repousa sobre a MENTE e seus diferentes aspectos: inteligência, percepção mental, o Filho da Mente, a mente inferior, a mente abstrata, a mente como vontade, a Mente Universal. O Filho da Mente, a mente abstrata e a Mente Universal são os três de maior importância; formam um triângulo esotérico que deve ser levado a uma inter-relação vital. Quando estes aspectos estão plenamente relacionados e ativos, são os fatores que arquitetam o propósito divino e o precipitam em uma forma à qual damos o nome de Plano hierárquico, segundo o qual podemos agir. Somente quando o iniciado alcança, por meio do contato monádico, uma ínfima parte da Mente Universal, envolvendo também o desenvolvimento da mente abstrata, mais o resíduo de percepção mental que o Filho da Mente, a Alma, lhe tenha legado, pode ele perceber o Propósito; graças a esse desenvolvimento ele pode se juntar ao grupo dos Formuladores do Plano. Estamos tratando aqui de assuntos bastante difíceis e complexos, inerentes à consciência iniciática e para os quais ainda não temos uma terminologia correta. O aspirante comum não tem a menor ideia da natureza da percepção nem das reações ao contato d’Aqueles que passaram da terceira iniciação; estas limitações do estudante comum devem ser sempre levadas em conta...

... As superficiais e vãs dissertações de alguns escritores e pensadores sobre a consciência cósmica e o uso pretensioso de frases tais como “sintonizar-se com o Infinito” ou “extrair da Mente Universal”, só servem para mostrar o quanto se sabe pouco, na realidade, sobre as respostas e reações daqueles de elevado grau iniciático ou daqueles que se encontram nos níveis mais elevados da vida hierárquica. (Telepatia e o Veículo Etérico)

7. A filosofia esotérica ensina... que no plano mental há três aspectos da mente, ou daquela criatura mental que chamamos de homem, três aspectos que constituem a parte mais importante da sua natureza:

1. Sua mente concreta inferior, o princípio racional. É com este aspecto do homem que os nossos processos educativos se ocupam.

2. O Filho da Mente que chamamos de Ego ou Alma. É o princípio inteligência, que recebe diversos nomes na literatura esotérica, tais como Anjo Solar, Agnishvattas, princípio crístico, etc. Desse aspecto, a religião no passado assumiu tratar.

3. A mente abstrata superior, guardiã das ideias e o que transmite iluminação à mente inferior, quando ela está em contacto com a alma. Desse mundo de ideias, a filosofia assumiu tratar.

Podemos denominar estes três aspectos:

A mente receptiva, da qual se ocupam os psicólogos.
A mente individualizada, o Filho da Mente.
A mente iluminada, a mente superior.

... A lacuna entre a mente inferior e a alma tem de ser eliminada e, curiosamente, a humanidade sempre compreendeu isso e, portanto, falou em termos de “alcançar unidade”, “realizar a unificação” e “alcançar o alinhamento”. Tudo isso são tentativas de expressar a verdade, intuitivamente compreendida. (A Educação na Nova Era)

8. Quando o método correto de treinamento for instituído, a mente se tornará um refletor ou agente da alma e tão sensibilizada ao mundo dos verdadeiros valores que a natureza inferior – emocional, mental e física ou vital – se converterá simplesmente em servidor automático da alma. A alma atuará então na Terra por meio da mente, assim controlando o seu instrumento, a mente inferior. Contudo, ao mesmo tempo, a mente registrará e refletirá toda informação oriunda do mundo dos sentidos e do corpo emocional, e também registrará os pensamentos e ideias correntes do ambiente. No presente, o que infelizmente é verdade, a mente treinada é considerada como a expressão mais elevada do que a humanidade é capaz; é vista inteiramente como uma personalidade, e a possibilidade de haver algo que possa usar a mente, enquanto a mente, por sua vez, usa o cérebro físico, é ignorada. (A Educação na Nova Era)

9. A Mente Superior.
Em termos práticos, salvo as almas excepcionais e altamente evoluídas, a mente superior não se manifesta nas crianças, assim como não se manifestou na humanidade primitiva. A mente superior só pode fazer sentir a sua presença quando alma, mente e cérebro estão alinhados e coordenados. Vislumbres de percepção interna e visão, quando observados nos jovens, muitas vezes são reação do seu próprio meca-nismo de resposta, sensível às ideias grupais e aos pensamentos dominantes em seu tempo e época, ou à influência de alguém em seu ambiente. (A Educação na Nova Era)

10. O discípulo deve aprender a controlar e a usar conscientemente a mente; treiná-la para receber comunicações de três fontes:

1. Dos três mundos da vida comum, dessa maneira habilitando a mente a atuar como “bom senso”.

2. Da alma, e assim se tornar, conscientemente, o discípulo, o trabalhador em um Ashram, iluminado pela sabedoria da alma e suplantando gradualmente o conhecimento obtido nos três mundos. Esse conhecimento, corretamente aplicado, torna-se sabedoria.

3. Da Tríade espiritual, que atua como intermediária entre a Mônada e o cérebro da personalidade. Isto pode acontecer em dado momento, porque a alma e a personalidade se fusionam e combinam em uma unidade atuante, mais uma vez suplantando o que queremos dizer quando usamos a frase errada “a alma”. A dualidade então toma o lugar da triplicidade original. (Os Raios e as Iniciações)


12. OS CINCO SENTIDOS E O EU

1. Que são os sentidos? Quantos são? Qual é a sua relação com o Homem que mora internamente, o Pensador? São interrogações de vital relevância e, com a devida compreensão, vem a habilidade de seguir sabiamente o caminho do conhecimento.

Os sentidos podem ser definidos como os órgãos por meio dos quais o homem se torna consciente do que o cerca. Talvez não devêssemos chamá-los de órgãos (porque, afinal, todo órgão é uma forma material que existe para um propósito), mas de meios dos quais o Pensador se vale para se pôr em contato com o ambiente. São meios pelos quais ele investiga, por exemplo, o plano da matéria densa; pelos quais adquire experiência, pelos quais descobre o que necessita saber e pelos quais expande a consciência. Consideramos os cinco sentidos tal como o ser humano os usa. Estes sentidos existem também no animal, mas como carecem da faculdade pensante correlacionadora, e como a “relação entre” o eu e o não-eu está pouco desenvolvida, não nos ocuparemos deles.

... No homem, os sentidos são seu acervo individual, e demonstram:

a) realização individual de sua própria consciência;
b) capacidade de afirmar esse individualismo;
c) meio valioso para a evolução de sua própria consciência;
d) fonte de conhecimento e
e) faculdade transmutadora quando finaliza a vida nos três mundos.

Enumerados por ordem de desenvolvimento, como já sabemos, os sentidos são cinco:

a) audição;
b) tato;
c) visão;
d) paladar;
e) olfato. (Tratado sobre Fogo Cósmico)

2. No tempo e nos três mundos, cada sentido em cada plano é empregado para ensinar ao Pensador algum aspecto do não-eu e, com a ajuda da mente, o Pensador pode ajustar sua relação com esse aspecto.

A audição lhe dá a ideia de direção relativa e permite ao homem fixar sua posição e se situar no esquema.
O tato lhe dá a ideia de quantidade relativa e lhe permite fixar seu valor relativo em relação a outros corpos, estranhos a si mesmo.
A visão lhe dá uma ideia de proporção e lhe permite ajustar seus movimentos aos movimentos dos outros.
O paladar lhe dá a ideia de valor e lhe permite fixar o que parece melhor para ele.
O olfato lhe dá uma ideia de qualidade inata e lhe permite encontrar o que o atrai, por ser da mesma qualidade ou essência que ele próprio.

É necessário que em todas estas definições se tenha em conta que a finalidade dos sentidos é revelar o não eu e permitir ao Eu diferenciar entre o real e o irreal.

Na evolução dos sentidos, a audição é aquele algo, inicialmente impreciso, que primeiramente atrai a atenção do eu, aparentemente cego, para:

a) outra vibração;
b) algo que se origina fora do eu;
c) o conceito de externalidade. Quando se ouve o som pela primeira vez, a consciência se dá conta, também pela primeira vez, daquilo que é externo.

Porém, tudo o que a entorpecida consciência capta (pela audição) é o fato de algo estranho a si mesma e à direção em que esse algo se encontra. Esta captação, no transcurso do tempo, traz à existência outro sentido: o tato. A Lei de Atração atua; a consciência se move lenta e externamente para aquilo que ouviu; o contato feito pelo não-eu é denominado tato. Este dá outras ideias à consciência incipiente: ideias de dimensão, de textura externa e de diferenças na superfície. Deste modo, o conceito do Pensador se amplia gradualmente. Ele é capaz de ouvir e tocar mas, entretanto, não sabe o suficiente para correlacionar e dar um nome. Ao conseguir nomear as coisas, ele dá um grande passo adiante.

A isto se segue a visão, o terceiro sentido, o que marca definidamente a correlação das ideias ou sua relação entre si. Seu desenvolvimento segue em paralelo, em tempo e função, ao da mente. Temos assim audição, tato ou sensibilidade tátil e visão. Com relação à analogia, deve-se observar que a visão apareceu com a terceira raça-raiz nesta ronda, na qual também a Mente fez seu aparecimento. O Eu e o não-eu se correlacionaram imediatamente e se coordenaram. Sua estreita parceria se tornou um fato consumado e a evolução se acelerou com renovado ímpeto.

Os sentidos do paladar e do olfato, por estarem ambos estreitamente vinculados ao importante sentido do tato, podemos chamá-los de sentidos menores. São praticamente subsidiários ao tato. (Tratado sobre Fogo Cósmico)

3. Em todos estes plenos desenvolvimentos (dos sentidos) se vê a percepção do Eu e o gradual processo de identificação, utilização, manipulação e rejeição final do não-eu pelo Eu, que agora adquiriu a percepção consciente. Ouve a nota da natureza e a de sua Mônada, reconhece a identidade de ambas, usa suas vibrações e passa rapidamente pelas três etapas de Criador, Preservador e Destruidor. (Tratado sobre Fogo Cósmico)

4. O objetivo dos sentidos é revelar o não-eu e capacitar o Eu para diferenciar entre o real e o irreal. (Psicologia Esotérica, Volume II)


13. A ALMA UNIVERSAL
(A Anima Mundi)

1. O primeiro postulado é que em nosso universo manifestado existe a expressão de uma Energia ou Vida que é a causa responsável pelas diversas formas e pela vasta Hierarquia de seres sensíveis que compõem a totalidade de tudo quanto há...

Uma só vida impregna todas as formas, as quais são as expressões, em tempo e espaço, da energia universal central. A Vida em manifestação produz existência e ser, portanto é a causa raiz da dualidade. Esta dualidade, que se percebe quando a objetividade está presente, que desaparece quando o aspecto forma se desvanece, tem muitos nomes, entre os quais, e para fins de clareza, poderíamos enumerar os mais comuns:

Espírito Matéria
Vida Forma
Pai Mãe
Positivo Negativo
Escuridão Luz

Os estudantes devem manter na mente esta unidade essencial, ainda quando falem (como deverão falar) em termos finitos desta dualidade, que ciclicamente se evidencia em todas as partes...

A Vida Una, que se manifesta através da matéria, produz um terceiro fator, que é a consciência. Esta consciência, resultado da união dos dois polos, espírito e matéria, constitui a alma de todas as coisas; permeia toda substância ou energia objetiva; subjaz em todas as formas, seja a da unidade de energia que chamamos de átomo ou a de um homem, de um planeta ou de um sistema solar. (Tratado sobre Magia Branca)

2. É preciso ter em mente que a alma da matéria, a anima mundi, é o fator sensível na própria substância. É a resposta da matéria por todo o universo e a faculdade inata em todas as formas, desde o átomo físico até o sistema solar astronômico, que produz a inegável atividade inteligente que todas as coisas manifestam. Pode ser denominada de energia atrativa, coerência, sensibilidade, vitalidade, percepção ou consciência, mas talvez o mais iluminador seria dizer que a alma é a qualidade manifestada por todas as formas. É aquele algo sutil que diferencia um elemento de outro, um mineral de outro. É a natureza intangível e essencial da forma, que no reino vegetal determina se germinará uma rosa ou uma couve-flor, um olmo ou um agrião; é o tipo de energia que diferencia as variadas espécies do reino animal e faz com que um homem seja distinto de outro em aspecto, natureza e caráter... A solução do problema da vida em si, ainda escapa ao mais sábio e, até que a compreensão da “rede da vida” ou corpo de vitalidade, que fundamenta toda forma e vincula cada parte de uma forma com todas as demais seja reconhecida e compreendida como realidade na natureza, o problema permanecerá insolúvel. (Tratado sobre Magia Branca)

3. A anima mundi é o que está por trás da trama da vida. Esta última é apenas o símbolo físico desta alma universal, o sinal externo e visível da realidade interna, a concreção desta entidade sensível que responde e vincula espírito e matéria. Esta entidade é denominada Alma Universal, princípio do meio do ponto de vista da vida planetária. Quando limitamos o conceito à família humana e consideramos o homem individualmente, é chamado de princípio mediador, pois a alma do gênero humano não só é uma entidade que vincula espírito e matéria, mediadora entre a Mônada e a personalidade, como também tem uma função singular a desempenhar como mediadora entre os três reinos superiores da natureza e os três inferiores. (Tratado sobre Magia Branca)

4. Discorrendo, como sempre devemos fazer, do universal para o particular, é essencial que a humanidade relacione seu próprio mecanismo com o mecanismo maior (toda nossa vida planetária) e veja o que denominamos de “a própria alma”, como parte infinitesimal do alma mundial. Também é necessário que o homem relacione sua alma com sua personalidade, considerando ambas como aspectos e partes integrantes da família humana. Isto ocorrerá cada vez mais. Este processo está começando a se manifestar na firme expansão da consciência grupal, racial e nacional que a humanidade está demonstrando hoje. (O Destino das Nações)

5. Falando em termos simbólicos, consideremos agora a Alma Universal ou consciência do Logos que trouxe nosso universo à existência, e conside¬remos a Deidade, que compenetra com Sua vida a forma do Seu sistema solar, como consciente do Seu trabalho, do Seu projeto e da Sua meta. Este sistema solar é uma aparência, mas Deus permanece transcendente. Dentro de todas as formas, Deus é imanente e, contudo, permanece afastado e retraído. Assim como um ser humano pensante e inteligente atua por meio do seu corpo, mas mora principalmente em sua consciência mental ou em seus processos emocionais, assim também Deus mora absorvido em Sua natureza mental, e o mundo criado e compenetrado com Sua vida avança para a meta para a qual Ele o criou. Contudo, dentro do raio da Sua forma manifestante, realizam-se grandes atividades; observam-se distintos estados de consciência e etapas de percepção; emergem graus de senciência em desenvolvimento e até mesmo no simbolismo da forma humana temos os diferentes estados de senciência, tal como os registrados pelo cabelo, organismos internos do corpo, sistema nervoso, cérebro e a entidade que chamamos de eu (que registra a emoção e o pensamento). Da mesma maneira, a Deidade, dentro do sistema solar, expressa amplas diferenças de consciência. (Psicologia Esotérica, Volume I)

6. Seria prudente lembrar sempre que no plano da existência da alma não há separação, nem existe “minha alma e tua alma”. Somente nos três mundos da ilusão e de maya pensamos em termos de almas e corpos. Trata-se de verdade oculta muito repetida e bem conhecida, mas enfatizar uma verdade bem conhecida pode deixar perfeitamente claro para vocês a sua exatidão. (Psicologia Esotérica, Volume II)

5. É dito na Bíblia: “N’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”. Tal afirmação é uma lei fundamental da natureza e a base enunciada da relação que existe entre o componente alma, atuando em um corpo humano, e Deus. Determina também, até onde é possível compreender, a relação entre alma e alma. Vivemos em um oceano de energias. Nós próprios somos um agregado de energias e todas elas estão estreitamente inter-relacionadas e formam o corpo sintético e uno de energia do nosso planeta. (Psicologia Esotérica, Volume II).


14. A ALMA

1. Aceitaremos desde o início a realidade da existência da alma. Não consideraremos os argumentos a favor nem contra a hipótese de que existe uma alma universal, cósmica e divina ou individual e humana. Para os fins do nosso estudo, a alma existe e supomos a realidade intrínseca da mesma como um princípio fundamental e comprovado. Contudo, aqueles que não aceitam esta suposição podem estudar o livro do ponto de vista de uma hipótese temporariamente aceita, e procurar reunir as analogias e indicações que possam substanciar esse ponto de vista. Para o aspirante e aqueles que procuram comprovar a existência da alma, porque creem que ela exista, esta expressão de suas leis, sua natureza, tradição, natureza, origem e potencialidades vão se tornar um fenômeno que gradualmente aprofundarão e experimentarão. (Psicologia Esotérica, Volume I)

2. Procurarei que este tratado sobre a alma seja relativamente sucinto. Procurarei expressar as verdades abstratas de tal modo que o público em geral, com seu profundo interesse na alma, possa ficar curioso e adquira uma consideração mais profunda do que ainda é uma suposição velada. Na Era aquariana veremos a demonstração da realidade da alma. Temos aqui somente uma tentativa realizada em meio às dificuldades de um período de transição que ainda carece da terminologia necessária para apoiar essa demonstração. (Psicologia Esotérica, Volume I)

3. A alma ainda é uma medida desconhecida. Não ocupa um lugar real nas teorias dos pesquisadores acadêmicos e científicos. Não foi comprovada, e até mesmo os acadêmicos mais liberais a consideram uma hipótese possível, mas que carece de demonstração. Não é aceita como um fato na consciência da raça. Somente dois grupos de pessoas a aceitam como tal; um deles o crédulo, não evoluído, infantil, educado nos ensinamentos de quaisquer das Escrituras mundiais, que sendo de inclinação religiosa, aceita os postulados da religião, tais como a alma, Deus e a imortalidade sem nenhum questionamento. O outro é o pequeno grupo de Conhecedores de Deus e da realidade, que cresce constantemente, que sabe que a alma é um fato por experiência própria, mas não tem como comprovar a existência dela satisfatoriamente ao homem que só aceita o que a mente concreta pode captar, analisar, avaliar e comprovar. (Tratado sobre Magia Branca)

4. Por trás da forma externa de um ser humano... está a alma, responsável por sua criação, sustentação e utilização. Por trás de toda atividade em prol da evolução humana, como também de outros processos evolucionários, encontra-se a Hierarquia. Ambas são centros de energia; ambas trabalham segundo a Lei; ambas passam da atividade subjetiva para a manifestação objetiva e ambas são responsivas (na grande sequência e graduação de vidas) à vitalização e estimulação dos centros de energia mais elevados. (Tratado sobre Magia Branca)

5. A alma não é um lótus de doze pétalas que flutua na substância mental, mas sim um vórtice de força ou doze energias unidas pela vontade da entidade espiritual (a Mônada em seu próprio plano). (Discipulado na Nova Era,Volume II)

6. A palavra “Alma” é usada para expressar o somatório da natureza psíquica – o corpo vital, a natureza emocional e a matéria mental. É mais do que isso, porém, quando a etapa humana é alcançada. É uma entidade espiritual, um ser psíquico consciente, um filho de Deus, possuindo vida, qualidade e aparência – uma manifestação especial em tempo e espaço das três expressões da alma que acabamos de definir:

1. A alma de todos os átomos que compõem a aparência tangível.

2. A alma pessoal ou o somatório sutil e coerente que chamamos de Personalidade, composta dos corpos sutis, etérico ou vital, astral ou emocional e do instrumento mental inferior. A humanidade compartilha esses três veículos com o reino animal no que diz respeito à vitalidade, à sensibilidade e à mente potencial; com o reino vegetal no que diz respeito à vitalidade e à sensibilidade, e com o reino mineral, no que diz respeito à vitalidade e à sensibilidade potencial.

3. A alma é também o ser espiritual, ou a união de vida e qualidade. Quando há a união das três almas, como são denominadas, temos um ser humano.

Assim temos no homem a mescla ou fusão de vida, qualidade e aparência, ou espírito, alma e corpo, por meio de uma forma tangível.

No processo de diferenciação, estes diversos aspectos atraíram a atenção, mas a síntese subjacente foi passada por alto ou desconsiderada. No entanto, todas as formas são diferenciações da alma, mas referida alma é uma só Alma quando observada e considerada espiritualmente. Quando estudada do ponto de vista da forma não se percebe nada mais que diferenciação e separação. Quando estudada do aspecto consciência ou sensibilidade, emerge a unidade. Quando se alcança a etapa humana e a autopercepção se fusiona com a sensibilidade das formas e com a minúscula consciência do átomo, começa a nascer tenuemente na mente do pensador a ideia de uma possível unidade subjetiva. Quando se alcança a etapa do discipulado, o homem começa a se ver como parte sensível de um todo sensível, e lentamente vai reagindo ao propósito e à intenção deste todo. Ele capta o propósito pouco a pouco, à medida que entra conscientemente no ritmo da totalidade da qual é uma parte. A parte se perde no todo quando etapas mais avançadas e formas mais sutis e refinadas se tornam possíveis; o ritmo do todo submete o indivíduo a uma participação uniforme no propósito sintético, mas a compreensão da autopercepção individual persiste e enriquece a contribuição individual, que agora é oferecida inteligente e voluntariamente, de modo que a forma não somente constitui um aspecto da totalidade (como foi sempre e inevitavelmente, embora não compreendido), como a consciente entidade pensante conhece a realidade da unidade da consciência e da síntese da vida. À medida que lemos e estudamos, devemos ter em conta três fatores:

1. A síntese da vida espírito
2. A unidade da consciência alma
3. A integração das formas corpo

Estes três sempre estiveram unificados, mas a consciência humana não sabia. Entender esses três fatores e integrá-los em uma técnica de viver é, para o homem, o objetivo de toda a sua experiência evolutiva. (Psicologia Esotérica, Volume I)

7. A natureza forma do homem reage em sua consciência à natureza forma da Deidade. A vestidura externa da alma (física, vital e psíquica) é parte da vestidura externa de Deus.

A alma do homem autoconsciente está em relação com a alma de todas as coisas. É parte integrante da Alma universal, e por isso pode se tornar cônscia do propósito consciente da Deidade; pode colaborar inteligentemente com a vontade de Deus e, assim, trabalhar com o Plano da Evolução.

O espírito do homem é uno com a vida de Deus, e está dentro dele, profundamente assentado em sua alma, assim como sua alma está assentada em seu corpo.

Este espírito, em um momento distante, o colocará em relação com o aspecto de Deus que é transcendente, e assim cada Filho de Deus, oportunamente, encontrará caminho para este centro – retraído e abstraído – onde mora Deus, além dos confins do sistema solar. (Psicologia Esotérica, Volume I)

8. O homem saberá, e muito em breve, que a alma não é uma ficção imaginária, não é apenas uma forma simbólica de expressar uma esperança profundamente arraigada, e não é o método que usa para construir um mecanismo de defesa; não é também uma maneira ilusória de escapar de um presente doloroso. Saberá que a alma é um Ser, um Ser responsável de tudo o que aparece no plano fenomênico. (Psicologia Esotérica, Volume I)

(a) Alguns sinônimos para a “Alma”

1. Os termos eu inferior, Eu superior e Eu divino, podem dar lugar a confusão até que o estudante aprenda os diferentes sinônimos. A classificação a seguir será útil:

Pai Filho Mãe
Espírito Alma Corpo
Vida Consciência Forma
Mônada Ego Personalidade
Eu divino Eu superior Eu inferior
Espírito Individualidade Eu pessoal
Ponto Tríade Quaternário
Mônada Anjo Solar Senhores lunares
(Tratado sobre Fogo Cósmico)

2. Os termos a seguir são alguns sinônimos usados em lugar de “alma”. Estes sinônimos dão alguma indicação das características e qualidades da alma:

A alma; o Ego; o Eu; o Eu Uno; o Eu superior; o Eu espiritual; o Uno; o Regedor Interno; o Deus Interno; a Realidade Interna; o Divino Regente Interno; o Sol Espiritual Interno; o Morador Divino; o Mestre no Coração; a Chama Viva; o Deus Interno; o Cristo Interno; o Princípio Crístico; a Individualidade; a Realidade Divina; o Homem Real; o Pensador; o Pensador Espiritual; o Anjo Solar; o Anjo; o Anjo da Presença; a Joia; o 1º filho do Pai; a Chama do Espírito; o Ponto de Desenvolvimento; os Agnishvattas; o Filho da Mente; o Princípio Mediador; o Triângulo; o Diretor; a Unidade Expectante; o Observador; o Espectador; o Percebedor Divino; o Contemplador; o Vigia; o Intérprete.

(b) Reconhecimento da alma

1. O primeiro passo para substanciar a realidade da existência da alma é estabelecer o fato da sobrevivência, embora não prove necessariamente a imortalidade. Contudo, podemos considerar como um passo na direção certa. Que algo sobrevive ao processo da morte e persiste depois da desintegração do corpo físico, isso está sendo constantemente comprovado. Não fosse verdade, seríamos vítimas de uma alucinação coletiva, e os cérebros e mentes de milhares de pessoa estariam enganando e ludibriando ou estariam doentes e distorcidos. Uma insanidade coletiva tão gigantesca é mais difícil de crer do que a alternativa de uma expansão de consciência. Este desenvolvimento em linhas psíquicas, porém, não prova a existência da alma. Serve apenas para romper a posição materialista.

O primeiro reconhecimento comprovado da existência da alma chegará dos pensadores da raça e este acontecimento resultará do estudo e da análise que os psicólogos do mundo farão sobre a natureza do gênio e o significado do trabalho criador. (Psicologia Esotérica, Volume I)

2. A ciência não dá à força elétrica da alma o lugar que lhe cabe, e a alma está constantemente aumentando em potência. Uns poucos cientistas, entre os mais avançados, estão começando a fazer isso. O próximo passo para a ciência é a descoberta da alma, uma descoberta que revolucionará, embora não negará, a maioria das suas teorias. (Cura Esotérica)

(c) Definição da Alma

1. A alma, macrocósmica e microcósmica, universal e humana, é a entidade que vem à existência quando os aspectos espírito e matéria se relacionam mutuamente. Portanto:

a. A alma não é nem espírito nem matéria, mas o que relaciona ambos.
b. A alma é a mediadora desta dualidade; é o princípio do meio, o vínculo entre Deus e Sua forma.
c. A alma é, portanto, outro nome para o princípio crístico, seja na natureza ou no homem.

2. A alma é a força atrativa do universo criado e (quando atua) mantém todas as formas unidas de tal modo que, através delas, a vida de Deus pode se manifestar ou expressar. Em consequência:

a. A alma é o aspecto construtor de formas e o fator atrativo de todas as formas do universo, do planeta, dos reinos da natureza e do homem (que reúne em si todos os aspectos); traz a forma à existência; permite que se desenvolva e cresça, a fim de abrigar mais adequadamente a vida imanente; impele para frente todas as criaturas de Deus no caminho da evolução, através de um reino após o outro, até uma meta final e uma gloriosa consumação.
b. A alma é a própria força da evolução e isto estava presente na mente de São Paulo quando falou de “Cristo em vós, esperança de glória”.

3. A alma se manifesta de diferentes maneiras nos variados reinos da natureza, mas a sua função é sempre a mesma, quer se trate de um átomo de substância e do poder que possui de manter a sua identidade e forma e empreender a atividade correspondente, quer seja uma forma em um dos três reinos da natureza, mantida de maneira coerente, manifestando suas características, levando sua própria vida instintiva e trabalhando como um todo em direção a algo mais elevado e melhor:

a. Portanto, a alma é o que proporciona as características distintivas e as diversas manifestações da forma.

b. A alma atua sobre a matéria, obrigando-a a assumir certas configurações, a responder a certas vibrações e a construir as formas fenomênicas específicas que, no mundo do plano físico, reconhecemos como mineral, vegetal, animal e humano – e para o iniciado também existem outras formas.

4. As qualidades, vibrações, cores e características de todos os reinos da natureza são qualidades da alma, como também são os poderes latentes em qualquer forma que procure se expressar e demonstrar potencialidade. Ao término do período evolutivo, todas revelarão a natureza da vida divina e da alma do mundo – a Superalma que está revelando o caráter de Deus:

a. A alma, portanto, mediante estas qualidades e características, se manifesta como resposta consciente à matéria, pois as qualidades se produzem por meio da interação dos pares de opostos, espírito e matéria, e seu efeito mútuo. É esta a base da consciência.

b. alma é o fator consciente em todas as formas, a fonte da percepção que todas as formas registram e a resposta às condições grupais circundantes que as formas demonstram em todos os reinos da natureza.

c. Pode-se definir a alma como o aspecto significativo em cada forma (criado pela união de espírito e matéria) que sente, registra percepção, atrai e repele, responde ou deixa de responder, e mantém todas as formas em uma constante condição de atividade vibratória.

d. A alma é a entidade que percebe, produzida pela união Pai Espírito e Mãe Matéria. É o que no mundo vegetal, por exemplo, responde aos raios do sol e provoca a abertura do botão; no reino animal, permite que o animal ame o seu amo, saia à caça da presa e leve a sua vida instintiva; é o que, no homem, o torna consciente do seu ambiente e do seu grupo, habilitando-o a viver a sua vida nos três mundos da evolução normal como espectador, aquele que percebe e ator. A certa altura, capacita-o a descobrir que a sua alma é dual, que uma parte de si mesmo responde à alma animal e a outra reconhece a sua alma divina. Atualmente, porém, muitos não funcionam plenamente como meros animais nem como estritamente divinos, mas podem ser considerados como o que são: almas humanas.

...A alma, portanto, pode ser considerada como sensibilidade unida e percepção relativa do que está por trás da forma de um planeta e de um sistema solar, que constituem a soma total das formas, orgânicas ou inorgânicas, segundo o materialista as diferencia. A alma, embora seja uma grande totalidade, limita-se em expressão pela natureza e qualidade da forma em que reside e, em consequência, há formas que respondem e expressam altamente a alma e outras que – devido à densidade e à qualidade dos átomos que as compõem – são incapazes de reconhecer os aspectos superiores da alma e de expressar algo mais que sua vibração, tom ou cor inferiores. (Tratado sobre Magia Branca)

2. O que é a alma? Podemos defini-la? Qual é a sua natureza?

Vou expor aqui somente quatro definições que servirão de base para tudo que se segue.

A. Podemos falar da alma como o Filho do Pai e da Mãe (Espírito-Matéria), portanto é a corporificação da vida de Deus, encarnando para revelar a qualidade da natureza de Deus, que é amor essencial. Esta vida, ao tomar forma, nutre a qualidade do amor que há dentro de todas as formas e, finalmente, revela o propósito de toda a criação. (Psicologia Esotérica, Volume I)

B. A alma pode ser considerada como o princípio inteligente – uma inteligência cujas características são a mente e a percepção mental, que por sua vez se demonstram como o poder de analisar, de discriminar, de separar e de distinguir, escolher ou rejeitar, com todas as implicações inseridas nestes termos... (Psicologia Esotérica, Volume I)

Procuro transmitir de diversas maneiras, mediante o simbolismo das palavras, o significado da alma. A alma é, portanto, o Filho de Deus, o produto da união de espírito e matéria, a expressão da mente de Deus, porque mente e intelecto são termos que expressam o principio cósmico de amor inteligente – um amor que produz a aparência através da mente e é o construtor das formas separadas ou aparências. A alma, mediante a qualidade de amor, produz também a fusão de aparência e qualidade, de percepção e de forma.

C. A alma é (e aqui as palavras limitam e distorcem) uma unidade de luz, colorida por uma vibração de raio específica; é um centro de energia vibratória que se encontra na aparência ou forma, de toda sua vida de raio. É uma vida entre os sete grupos de milhões de vidas que, na totalidade, constituem a Vida Una. Devido à sua natureza, a alma percebe ou é consciente em três direções: consciente de Deus, consciente do grupo e autoconsciente. Este aspecto autoconsciente torna-se realidade na aparência fenomênica de um ser humano; o aspecto consciência grupal retém o estado humano de consciência, mas agrega a este a percepção de sua vida de raio, que vai se desenvolvendo progressivamente; a sua percepção então é consciente do amor, da qualidade e do espírito que há em suas relações; é consciente de Deus apenas potencialmente, e nesse desenvolvimento reside para a alma o seu próprio progresso para cima e para fora, depois que seu aspecto autoconsciente estiver aperfeiçoado e sua consciência de grupo reconhecida. (Psicologia Esotérica, Volume I)

D. A alma é o princípio sensível que subjaz em toda manifestação externa, compenetra todas as formas e constitui a consciência do próprio Deus. Quando a alma, imersa na substância, é simplesmente sensibilidade, produz, pela sua interação evolutiva, um acréscimo, e vemos emergir a qualidade e a capacidade de reagir à vibração e ao ambiente. É a alma conforme se expressa nos reinos subumanos da natureza.

Quando a alma agrega a capacidade de autoconsciência separada à expressão de sensibilidade e qualidade, aparece a entidade autoidentificada que chamamos de ser humano.

Quando a alma agrega a consciência de grupo à sensibilidade, qualidade e autoconsciência, temos então a identificação com um raio-grupo e aparece o discípulo, o iniciado e o Mestre.

Quando a alma agrega uma consciência do propósito sintético divino (que chamamos de Plano) à sensibilidade, à qualidade, à autoconsciência, à consciência de grupo, temos então o estado de ser e conhecimento que caracteriza todos os que estão no Caminho da Iniciação, e inclui as Vidas graduadas, do discípulo mais avançado até o próprio Logos Planetário.

Não nos esqueçamos, ao fazer estas diferenciações, de que no entanto existe uma só Alma, a qual funciona e atua através de veículos de diversas capacidades e distintos refinamentos, com maiores e menores limitações, assim como um homem constitui uma só identidade que atua às vezes mediante um corpo físico e outras através de um corpo sensório, ou de um corpo mental e outras, ainda, chega a se conhecer como o Eu - acontecimento raro e pouco comum ainda para a maioria. (Psicologia Esotérica, Volume I)

(d) O Cristo Interno

1. Quando a humanidade estiver segura de sua divindade e imortalidade e tiver adquirido conhecimento sobre a natureza da alma e o reino no qual a alma atua, sua atitude em relação à vida e aos assuntos cotidianos sofrerão tal transformação que veremos verdadeiramente surgir um novo céu e uma nova terra. Esta entidade central, dentro de cada forma humana, sendo reconhecida e sabendo-se o que essencialmente é, e sua divina persistência estabelecida, necessariamente veremos o começo do reinado da Lei divina na Terra – uma lei imposta sem resistência nem rebelião. Esta reação benéfica se produzirá porque os pensadores da raça se fusionarão em uma percepção geral da alma e uma consequente consciência grupal permitirá ver o propósito subjacente à atuação da lei.

Explicarei isto de forma mais simples. Sabemos pelo Novo Testamento que devemos procurar que a mente em Cristo se manifeste também em nós. Trabalhamos para aperfeiçoar a regência do Cristo na Terra e aspiramos desenvolver a consciência crística e estabelecer a regência ou lei do Cristo, que é o amor. Isto se tornará realidade na era aquariana e veremos o estabelecimento da fraternidade na Terra. A regência do Cristo é a predominância das leis espirituais básicas. A mente do Cristo é uma frase que transmite o conceito da regência do amor inteligente divino que estimula o domínio da alma que está em todas as formas e traz o reinado do espírito. Não é fácil expressar a natureza da revelação que está a caminho. Implica no reconhecimento por parte dos homens, de que a “substância mental”, como chamam os hindus, com a qual estão relacionadas suas próprias mentes e da qual são parte integrante seus corpos mentais, é também parte da mente do Cristo, o Cristo Cósmico, de Quem o Cristo histórico é – em nosso planeta – o representante consagrado. Quando os homens, por meio da meditação e do serviço grupal, tiverem desenvolvido a percepção de suas próprias mentes controladas e iluminadas, perceberão que entraram na consciência do verdadeiro ser e em um estado de conhecimento pelo qual comprovarão, fora de toda dúvida e controvérsia, a realidade da existência da alma.

O Mistério das Eras está à beira de ser revelado, e pela revelação da alma, o mistério que está oculto será revelado. Os Textos Sagrados do mundo, como já sabemos, sempre profetizaram que ao fim da era veremos a revelação do que é secreto e o surgimento à luz do dia do que até então estava oculto e velado. Nosso presente ciclo é o fim da era e os próximos duzentos anos verão a abolição da morte, tal como agora compreendemos essa grande transição, e o estabelecimento da realidade da existência da alma. A alma será conhecida como uma entidade e como impulso motivador e centro espiritual que está por trás de todas as formas manifestadas. Em poucas décadas certas grandes crenças serão comprovadas. (Psicologia Esotérica, Volume I)

2. O homem individual e sua alma também estão procurando se unir, e quando esta união se realizar, o Cristo nascerá na caverna do coração e será visto na vida diária com elevado poder. (Psicologia Esotérica, Volume I)

3. Surgimento à manifestação do aspecto subjetivo no homem. Um dos objetivos da evolução consiste em, oportunamente, ser reconhecida a realidade subjetiva. Isto pode ser expresso de várias maneiras simbólicas, contendo todas o mesmo fato da natureza:

O nascimento do Cristo interno.
O brilho da irradiação interna ou glória.
A manifestação do segundo aspecto ou aspecto Amor.
A manifestação do Anjo Solar.
O aparecimento do Filho de Deus, o Ego, a alma imanente.
A plena expressão de budi, à medida que utiliza manas.

Como se produz este surgimento à manifestação é possível deduzir das frases seguintes:

O refinamento dos corpos, os quais constituem o cascarão ou envoltura que oculta a realidade.

O processo de “retirar os véus”, a fim de que um por um os corpos que velam o Ego se tornem transparentes, permitindo que a natureza divina brilhe plenamente.

A expansão de consciência, conquistada pela capacidade do Eu de se identificar como o Observador, com sua verdadeira natureza, sem considerar a si mesmo como o órgão de percepção. (Os Raios e as Iniciações)

(e) O Corpo Etérico, o Símbolo da alma

O grande símbolo da alma no homem é seu corpo etérico ou vital, pelas seguintes razões:

1. É a analogia física do corpo interno de luz, que chamamos de corpo da alma, o corpo espiritual. Na Bíblia é denominado de “vaso dourado” e se caracteriza por:

a. Sua qualidade de luz.

b. Seu grau de vibração, que se sincroniza sempre com o desenvolvimento da alma.

c. Sua força coerente, vinculando e conectando todas as partes da estrutura corpórea.

2. É a microcósmica “rede de vida”, pois subjaz em todas as partes da estrutura física e tem três propósitos:

a. Transportar o princípio vital por todo o corpo, a energia que produz atividade, o que faz por meio do sangue, sendo o coração o ponto focal desta distribuição. É o portador da vitalidade física.

b. Possibilitar que a alma humana ou homem espiritual se ponha em relação com o ambiente, o que se realiza por intermédio de todo o sistema nervoso, sendo o cérebro o ponto focal desta atividade. É a sede da receptividade consciente.

c. Produzir oportunamente, por meio da vida e da consciência, uma atividade irradiante ou manifestação de glória, que fará de cada ser humano um centro de atividade para a distribuição de luz e energia atrativa para terceiros no reino humano e, através deste, para os reinos subumanos. Isto é parte do plano do Logos planetário, cuja finalidade é vitalizar e renovar a vibração destas formas que designamos de subumanas.

3. Este símbolo microcósmico da alma não só é a base de toda a estrutura física, símbolo da anima mundi ou alma do mundo, como é indivisível, coerente e uma entidade unificada, e assim simboliza a unidade e homogeneidade de Deus. Não existem organismos separados nele, mas apenas um corpo de força que flui livremente...

4. Este corpo de luz e energia coerente e unificado é o símbolo da alma, pois contém dentro de si sete pontos focais...

5. Se lembrarmos que o corpo etérico vincula o corpo estritamente físico ou denso, com o corpo puramente sutil, o astral ou emocional, então o símbolo também se aplica aqui. Nisto vemos o reflexo da alma no homem, que vincula os três mundos (correspondentes aos aspectos sólido, líquido e gasoso, do corpo estritamente físico do homem) com os planos superiores do sistema solar, vinculando, assim, o plano mental com o búdico e a mente com os estados de consciência intuitivos. (Tratado sobre Magia Branca)

(f) Emergência e Progresso da alma

1. A vida no coração do sistema solar está produzindo um desenvolvimento evolutivo das energias deste universo que o homem finito ainda não consegue imaginar. Analogamente, o centro de energia que denominamos de aspecto espiritual do homem (mediante a utilização da matéria ou substância), está produzindo um desenvolvimento evolutivo daquilo que chamamos de alma, que é a mais elevada das manifestações da forma – o reino humano. O homem é o produto mais elevado da existência nos três mundos. Quero expressar por homem, o homem espiritual, um filho de Deus em encarnação. As formas de todos os reinos da natureza – humano, animal, vegetal e mineral – contribuem para esta manifestação. A energia do terceiro aspecto da divindade tende à revelação da alma ou segundo aspecto, o qual, por sua vez, revela o aspecto mais elevado. Devemos lembrar que A Doutrina Secreta, Volume I, de H. P. Blavatsky expressa esta ideia com precisão nas seguintes palavras: “Consideramos a vida como a única forma de existência, manifestando-se no que chamamos de matéria ou que, separando-a incorretamente, denominamos de espírito, alma e matéria no homem. Matéria é o veículo para a manifestação da Alma neste plano de existência, e a Alma é o veículo em um plano mais elevado para a manifestação do Espírito, e estes três são uma Trindade, sintetizada pela Vida, que compenetra a todos”.

A alma se desenvolve pelo uso da matéria, e chega à culminação na alma do homem. (Tratado sobre Magia Branca)

2. Por este método de criação, as existências vêm à manifestação, participam de um dado ciclo de experiências, quer seja efêmero como a vida de uma borboleta ou relativamente permanente como a vida animadora de uma deidade planetária e, em seguida, desaparecem. Os dois aspectos envolvidos, espírito e matéria, são postos em estreita relação e necessariamente exercem efeito um sobre o outro. A assim chamada matéria é energizada ou “elevada” no sentido oculto do termo, por seu contato com o espírito, e o Espírito, por sua vez, pode elevar as suas vibrações através da experiência na matéria. A união destes dois aspectos divinos resulta no surgimento de um terceiro, que chamamos de alma e, através da alma, o espírito desenvolve a sensibilidade, a percepção consciente e a capacidade de resposta, que se torna sua posse permanente quando, afinal e ciclicamente, produz-se a dissociação de ambos. (Tratado sobre Magia Branca)

3. Tocamos nas três grandes divisões que marcam o progresso da alma em direção ao seu objetivo. Pelo processo da individualização, a alma chega a uma verdadeira autoconsciência e percepção nos três mundos da experiência; o ator, no drama da vida, domina seu papel. Pelo processo da Iniciação, a alma se torna consciente da natureza essencial da divindade. A participação plenamente consciente com o grupo e a absorção do pessoal e individual no Todo caracterizam esta etapa do caminho de evolução. Por último, chega o misterioso processo em que a alma fica absorvida de tal maneira na Realidade e Síntese supremas, mediante a Identificação, que até a própria consciência do grupo se desvanece (exceto quando é premeditadamente recuperada em prol do serviço). Então nada mais se conhece, exceto a Deidade -- não há separação entre as partes nem síntese menores e nenhuma divisão ou diferenciação. Seria possível dizer que durante estes processos três correntes de energia atuam sobre a consciência do homem que vai desper-tando::

a. A energia da própria matéria, ao afetar a consciência do homem espiritual interno que está usando a forma como meio de expressão.

b. A energia da própria alma ou Anjo Solar, à medida que é vertida sobre os veículos e produz uma energia recíproca na forma solar.

c. A energia da própria vida, frase sem sentido e que somente os iniciados da terceira iniciação podem captar, pois nem mesmo as descobertas da ciência moderna dão uma ideia real sobre a verdadeira natureza da vida. (Psicologia Esotérica, Volume II)

4. Tal é o programa para a humanidade no que diz respeito ao desenvolvimento da consciência humana. Em última análise, toda a ênfase do processo evolutivo coloca-se no desenvolvimento da consciente e inteligente percepção da vida que anima as diversas formas. O estado exato de percepção depende da idade da alma. No entanto, a alma não tem idade do ponto de vista do tempo, tal como a humanidade o entende. É atemporal e eterna. Ante a alma passa o caleidoscópio dos sentidos e o drama recorrente da existência fenomênica externa; mas através de todos estes acontecimentos que se sucedem em tempo e espaço, a alma sempre mantém a atitude do Espectador e do Observador que percebe. Ela observa e interpreta. Nas primeiras etapas, quando a “consciência lemuriana” caracteriza o homem fenomênico, o aspecto fragmentário da alma, que mora na forma e a anima e implanta no homem qualquer consciência verdadeiramente humana que possa possuir, encontra-se inerte, incipiente e desorganizada; não possui mentalidade, tal como a compreendemos, e somente se caracteriza pela identificação total com a forma física e suas atividades. É um período de lentas reações tamásicas ao sofrimento, à alegria, à dor, ao anseio, à satisfação do desejo e à intensa ansiedade subconsciente de progredir. No transcurso das vidas aumenta de forma lenta a capacidade de se identificar conscientemente e aumenta o desejo de um maior campo de satisfações; a alma que mora e anima se oculta mais profundamente, e é prisioneira da natureza forma. Todas as forças da vida se concentram no corpo físico e, em consequência, os desejos que se expressam são de ordem física; há também uma tendência maior a ter desejos mais sutis como os que evoca o corpo astral. Gradualmente, a identificação da alma com a forma se transfere da forma física para a astral. Até ali não há nada que possa se denominar personalidade. Há somente um corpo físico vivo e ativo, com seus desejos, necessidades e apetites, conjuntamente com a transferência lenta, mas constante, de uma mudança da consciência, do veículo físico para o astral.

Com o tempo, e esta transferência realizada com êxito, a consciência deixa de estar totalmente identificada com o veículo físico, centralizando-se no corpo astral-emocional. Então o foco de atenção da alma, atuando através do homem que evolui lentamente, reside no mundo de desejos e a alma se identifica com outro mecanismo de resposta, o corpo de desejo ou astral. Sua consciência se converte então em “consciência atlante”. Seus desejos já não são mais tão vagos nem incipientes, pois até agora somente diziam respeito às necessidades e apetites fundamentais - primeiro, o instinto de autoconservação; segundo, a autoperpetuação pelo anseio de se reproduzir e, em último lugar, a satisfação das necessidades econômicas. Nesta etapa temos o estado de percepção da criança e do selvagem. Contudo, de forma gradual, vai se produzindo uma crescente compreensão interna do desejo em si e se põe menos ênfase nas satisfações físicas. A consciência começa a responder com lentidão ao impacto da mente e ao poder de discriminar e a escolher entre vários desejos; então começa a se capacitar para empregar o tempo de forma um tanto mais inteligente. Começa a sentir prazeres mais sutis; os desejos são menos grosseiros e físicos; aparece o desejo pelo belo e um tênue sentido dos valores estéticos. Sua consciência se torna mais astral-mental ou kama-manásica e a tendência das suas atividades diárias ou modos de viver e seu caráter tendem a se expandir, desenvolver e melhorar. Embora ainda continue dominado, durante a maior parte do tempo, por desejos irracionais, o campo das suas satisfações e desejos sensórios é menos animal e mais definidamente emocional. Começa a se dar conta dos seus estados de ânimo e sentimentos; invade-o um vago desejo de encontrar a paz e a ânsia de encontrar esse algo nebuloso chamado “felicidade”, fatores que começam a desempenhar a sua parte. Isto corresponde ao período da adolescência e ao estado de consciência denominado atlante, o qual constitui a condição das massas nos tempos atuais. A maioria dos seres humanos continua sendo atlante, ainda é puramente emocional nas reações e abordagem à vida. Está ainda regida predominantemente por desejos egoístas e pelos impulsos instintivos da vida. Nossa humanidade terrestre continua na etapa atlante, enquanto que os intelectuais, os discípulos e os aspirantes do mundo vão superando rapidamente esta etapa, pois conseguiram a individualização na cadeia lunar, e foram os atlantes do passado...

As pessoas mais evoluídas do mundo possuem um corpo mental ativo, e isto ocorre em grande escala em nossa civilização ocidental. A energia do raio ao qual pertence o corpo mental começa a afluir e vai se afirmando lentamente. Quando isto acontece, a natureza de desejos é controlada e, em consequência, a natureza física pode se tornar um instrumento mais definido dos impulsos mentais. A consciência cerebral começa a se organizar e o foco das energias a se transferir gradualmente dos centros inferiores para os superiores. O gênero humano está atualmente desenvolvendo a “consciência ariana” e alcançando a maturidade. Nas pessoas mais evoluídas temos também a integração da personalidade e o controle definido do raio da personalidade, com o consequente aferramento sintético e coerente dos três corpos fusionados em uma unidade ativa. Posteriormente, a personalidade se torna o instrumento da alma imanente. (Psicologia Esotérica, Volume II)

(g) O Anjo da Presença

1. Diz-se que os “pensamentos são coisas” e que produzem resultados tangíveis. Diz-se também que “como um homem pensa em seu coração, assim ele é” e, em consequência, estas manifestações tangíveis do pensamento produzem incontestavelmente efeitos nele. Estas antigas verdades bem conhecidas contêm muita instrução, muita luz e compreensão. Você, como alma em encarnação, se dá conta de maneira consciente – em nível subjetivo e muitas vezes pressente tenuemente – a realidade do seu Eu real, o Anjo Solar, o Anjo da Presença. Seu problema é aprofundar este conhecimento e saber que você é o Anjo que perma¬nece entre você, o homem no plano físico e a Presença. Esta questão pode ser esclarecida se considerarmos brevemente o que representa na realidade a palavra Presença.

O místico é sempre consciente da dualidade; o homem inferior e a alma que mora internamente; o fatigado discípulo e o Anjo; o pequeno eu e o Eu real; a expressão da vida humana e a expressão da vida espiritual. Muitas outras qualidades representam a mesma expressão da realidade. Mas por trás delas aparece - imanente, magno e glorioso - aquilo do qual estas dualidades não são mais que aspectos: a Presença imanente, embora transcendente, da Deidade. Todas as dualidades são absorvidas na natureza deste Uno, e as distinções e diferenças perdem seus significados.

Quando lhe digo que desenvolva a consciência da Presença, isso indica, antes de tudo, que você, neste momento, é em parte consciente do Anjo e pode agora começar a responder, vagamente, a esse grande Todo que subjaz no mundo subjetivo do ser, já que este mundo está por trás do mundo físico e tangível da vida diária.

O conhecimento de que todo o planeta está fora daquele recinto onde você está refletindo sobre as minhas palavras, separado apenas pela janela e pela extensão da sua percepção consciente, simboliza o que foi dito acima. O universo externo do planeta, o sistema solar e os céus estrelados lhe são revelados pelo vidro quando limpo e sem cortinas, mas que se estiver sujo ou coberto será uma barreira para visão. Isto e a sua capacidade de se projetar para a imensidão do universo regem a extensão do seu conhecimento em qualquer momento dado. Reflita sobre isso, irmão, e através da janela da mente, veja a Luz que revela o Anjo, o qual, por sua vez, encobre e oculta a Deidade, tão desconhecida, embora viva e vibrante. (Discipulado na Nova Era, Volume I)

2. Todo ser humano é, na realidade, um vórtice em miniatura no grande oceano do Ser, no qual ele vive e se move – em incessante movimento até que a alma “exale seu alento sobre as águas” (ou forças) e o Anjo da Presença desça para dentro do vórtice. Tudo então se aquieta. As águas agitadas pelo ritmo da vida, e mais tarde encrespadas violentamente pela descida do Anjo, respondem ao poder curador do Anjo e transformam-se “em um tranquilo remanso, no qual os pequenos podem entrar e encontrar a cura de que necessitam”. Assim diz O Antigo Comentário. (Cura Esotérica)

15. A ALMA GRUPAL

1. Assim como em tudo na manifestação, há uma personalidade grupal e uma alma grupal; devemos aprender a distinguir claramente entre as duas e deslocar todo o peso da sua influência, desejo e pressão, a favor do Anjo Grupal. Desta maneira poderia acontecer esse maravilhoso reconhecimento para o qual a iniciação prepara o postulante: a revelação da PRESENÇA. (Espelhismo (Glamour): Um Problema Mundial)

2. Assim como certos seres humanos, por meio da meditação, da disciplina e do serviço, inquestionavelmente fizeram contato com suas próprias almas e, em consequência, podem se tornar canais para expressão da alma e meios para a distribuição no mundo da energia da alma, da mesma maneira estes homens e mulheres orientados, na totalidade, à vida da alma, formam um grupo de almas em relação com a fonte de provisão espiritual. Como grupo, e do ângulo da Hierarquia, estabeleceram um contato e estão “em contato” com o mundo de realidades espirituais. Assim como o discípulo individual estabiliza este contato e aprende a se alinhar rapidamente e então, e somente então, pode entrar em contato com o Mestre de seu grupo e responder inteligentemente ao Plano, da mesma maneira este grupo de almas alinhadas entra em contato com certas Vidas e Forças de Luz maiores, tais como o Cristo e o Buda. A unida aspiração, consagração e devoção inteligente do grupo, eleva os indivíduos que o compõem a alturas impossíveis de alcançar por si sós. O estímulo grupal e o esforço unido impelem todo o grupo a uma intensidade de conscientização que, de outra maneira, seria impossível. Da mesma maneira como a Lei de Atração, ao atuar no plano físico, uniu os homens e mulheres em um esforço grupal, também a Lei de Impulso Magnético pode começar a controlá-los quando, repito, unicamente como grupo, se integrarem em canais para prestar serviço em puro autoesquecimento.

Este pensamento encerra a oportunidade imediata que se abre ante os grupos de aspirantes e pessoas afins de boa vontade no mundo de hoje. Se trabalham juntos como grupos de almas podem realizar muito, o que ilustra também o significado de que esta lei realmente produz a união polar. É necessário compreender que neste trabalho não pode haver nenhuma ambição pessoal, nem mesmo de natureza espiritual, nem se busca nenhuma união pessoal. Não é a união mística das escrituras ou da tradição mística. Não é alinhamento e união com o grupo de um Mestre ou fusão com o próprio grupo interno de discípulos consagrados, nem sequer com a própria vida de Raio. Peço-lhes que reflitam sobre esta frase. A união que se deve estabelecer é muito mais importante e vital, porque é uma união grupal.

O que estamos procurando fazer é levar adiante um esforço grupal de tal relevância que, no momento correto, produzirá, em seu crescente ímpeto, um impulso magnético tão potente que chegará até as Vidas Que pensam sobre a humanidade e nossa civilização, e Que atuam através dos Mestres da Sabedoria e a Hierarquia reunida. Este esforço grupal evocará d’ Eles um impulso responsivo e magnético que reunirá, por meio de todos os grupos aspirantes, as Forças benéficas sobrepairantes. Por meio do esforço concentrado destes grupos mundiais (que subjetivamente constituem o Grupo Uno), a luz, a inspiração e a revelação espiritual poderão ser liberadas com tal afluência de poder que efetuarão definidas mudanças na consciência humana e ajudarão a melhorar as condições deste mundo necessitado. Abrirá os olhos dos homens para as realidades fundamentais, até agora só vagamente percebidas pelo público pensante. (Psicologia Esotérica, Volume II)

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