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A Alma: a qualidade da vida


A Alma: a qualidade da vida
Conteúdo 6 a 10

6. O ESPÍRITO

1. A natureza do Espírito só pode ser revelada de forma inteligível aos iniciados de grau superior, aqueles que (por meio do trabalho efetuado na terceira iniciação) foram postos em contato consciente com seu “Pai no Céu”, a Mônada. Os estudantes esotéricos, discípulos e iniciados de grau inferior estão desenvolvendo contato com a alma, o segundo aspecto, e só quando este contato estiver firmemente estabelecido poderá ser levado em consideração o conceito superior. (Tratado sobre Fogo Cósmico)

A meta de realização para o homem é consciência da natureza da Alma, o meio pelo qual o aspecto Espírito sempre atua. Para ele, mais não é possível. Tendo aprendido a atuar como Alma, desapegado dos três mundos, o homem então se torna parte ativa integrante e consciente da Alma que permeia e impregna tudo o que existe na manifestação. Então, e só então, a pura luz do Espírito em si se torna visível para ele, através de uma justa apreciação da Joia oculta no coração do seu próprio ser; somente então ele se torna consciente da Joia maior oculta no coração da manifestação solar. Mas, mesmo assim, nessa etapa avançada, tudo que é capaz de perceber, fazer contato e visualizar é a luz que emana da Joia e o resplendor que vela a glória interna.

É então desnecessário estudarmos e considerarmos aquilo que mesmo o iniciado de alto grau só está apto a perceber vagamente; para nós é inútil buscar termos para expressar aquilo que está oculto por trás das ideias e dos pensamentos, quando nem mesmo os pensamentos são perfeitamente compreendidos, nem o mecanismo de compreensão é perfeito. O próprio homem – uma ideia grande e específica – nada sabe da natureza daquilo que está procurando expressar.

Tudo o que podemos fazer é captar o fato de que existe AQUELE que ainda não pode ser definido e compreender que uma vida central subsiste, a qual compenetra e anima a Alma e procura utilizar a forma pela qual a alma se expressa. O mesmo é válido para todas as formas e todas as almas, humanas, subumanas, planetárias e solares. (Tratado sobre Fogo Cósmico)

3. Tudo o que tende a elevar o nível da humanidade, em qualquer plano de manifestação, é obra religiosa e tem uma meta espiritual, pois matéria é somente espírito no plano mais baixo, e espírito, como é dito, é matéria no plano mais alto. Tudo é espírito e as diferenciações são somente produto da mente finita. Portanto, todos os colaboradores e conhecedores de Deus, encarnados ou desencarnados, que trabalham em qualquer campo da manifestação divina, são parte integrante da Hierarquia planetária e unidades constitutivas dessa grande nuvem de testemunhas, os “espectadores e observadores”. Eles possuem o poder da visão ou percepção espiritual, além da visão física ou objetiva. (Tratado sobre Magia Branca)

4. A palavra “espiritual” não se refere aos assim chamados assuntos religiosos. Toda atividade que leva o ser humano para algum tipo de desenvolvimento – físico, emocional, mental, intuicional, social - se for para avançar do seu estado atual, é essencialmente de natureza espiritual e indica a existência da entidade divina interna. O espírito do homem é imorredouro, perdura para sempre, progredindo gradualmente de etapa para etapa no Caminho da Evolução, desenvolvendo firme e sucessivamente os aspectos e atributos divino. (A Educação na Nova Era)


7. A MÔNADA

1. Mônada. O Uno. O tríplice Espírito em seu próprio plano. No ocultismo com frequência significa a tríade unificada – Atma, Budi, Manas; Vontade Espiritual, Intuição e Mente Superior – ou a parte imortal do homem que reencarna nos reinos inferiores e gradualmente progride através deles até chegar ao homem e daí à meta final. (Iniciação Humana e Solar)

2. Atma. O Espírito Universal, a Mônada divina; o sétimo Princípio, assim denominado na constituição setenária do homem. (Iniciação Humana e Solar)

3. Assim como não é possível para o veículo físico expressar plenamente no plano físico o grau total de desenvolvimento do Ego, o Eu superior, não é possível nem mesmo para o Ego perceber e expressar plenamente a qualidade do Espírito. Daí a absoluta impossibilidade de que a consciência humana avalie com exatidão a vida do Espírito ou Mônada. (Tratado sobre Fogo Cósmico)

4. A evolução da Mônada é muito mais complicada do que dizem os livros publicados até agora. Eles tratam do desenvolvimento da consciência e de sua transição através dos reinos da natureza. No entanto, houve ciclos anteriores que só será possível compreender quando a história e a evolução do Logos planetário for gradualmente revelada. São parte do Seu corpo de manifestação, células dentro desse grande veículo, e portanto vitalizadas com Sua vida, qualificadas por Sua natureza e diferenciadas por Suas características. Levará então a história de uma Mônada de volta a kalpas anteriores. Não é possível revelar essa história e a revelação não serviria a nenhum propósito. Só se menciona porque deve ser considerado em linhas gerais, quando se quer conhecer com exatidão a verdadeira natureza do Eu.

A Mônada tem ciclos análogos, embora em miniatura, aos da Vida Una que permeia e anima todas as vidas menores. Alguns desses ciclos cobrem períodos tão vastos e tão remotos que sua história só pode ser transmitida aos Adeptos investigadores por meio do som e do símbolo. Os detalhes desse desenvolvimento se perdem na noite dos outros kalpas e tudo o que se pode ver são os resultados – as causas devem ser aceitas como existentes, embora permaneçam inexplicáveis para nós até tomarmos as iniciações maiores. (Tratado sobre Fogo Cósmico)

5. Os grupos de Mônadas encarnam de acordo com o centro de um Homem Celestial, em um dado esquema planetário, ou no centro do Logos solar que está em processo de vivificação ou atividade cíclica. (Tratado sobre Fogo Cósmico)

6. A Mônada é a fonte de luz, não só para a família humana, como também é a receptora da luz que provém do tríplice Sol; é a lente através da qual a luz do Logos solar pode fluir para o Logos planetário, e nessa luz preserva e sustenta a visão, o propósito, a vontade e a intenção criadora do Logos planetário. (Discipulado na Nova Era, Volume II)

7. Nas etapas iniciais do caminho evolutivo, a Mônada é a fonte de exalação ou de expiração, que trouxe a alma à existência no plano físico; no Caminho de Retorno... a Mônada é a fonte de inalação ou de inspiração. (Psicologia Esotérica, Volume II)


8. A TRÍADE ESPIRITUAL

1. Tríade: É o homem espiritual; a expressão da Mônada; o espírito germinal, contendo as potencialidades da divindade, que irão se desenvolvendo no curso da evolução. Esta Tríade constitui o eu individualizado ou separado, o Ego. (Iniciação Humana e Solar).

2. Tríade: É textualmente Atma-Budi-Manas, a expressão da Mônada, assim como a personalidade é a expressão do Ego. A Mônada se expressa por meio da Tríade; em seu aspecto inferior ou terceiro constitui o corpo egoico ou causal, o Ego infantil ou germinal. O Ego se expressa analogamente por meio do tríplice homem inferior, mental, emocional e etérico (reflexo da Tríade superior), originando a manifestação física densa. (Tratado sobre Fogo Cósmico)


9. O PRINCÍPIO VIDA NO HOMEM

O princípio vida no homem se manifesta de maneira tríplice:

1. Como vontade diretiva, propósito e incentivo básico. Trata-se da energia dinâmica que põe o ser em funcionamento, o traz à existência, fixa a duração da sua vida, o conduz através dos anos, longos ou curtos, e se abstrai ao término do seu ciclo de vida. É o espírito manifestando-se no homem como a vontade de viver, de ser, de atuar, de prosseguir, de evoluir. Em seu aspecto inferior atua através do corpo ou natureza mental, e em conexão com o físico denso se faz sentir através do cérebro.

2. Como força coerente. É a qualidade essencial e significativa que faz cada homem ser diferente e produz a manifestação complexa dos estados de ânimo, desejos, qualidades, complexos, inibições, sentimentos e características, que produzem a psicologia especial de um homem. É o resultado da ação combinada do aspecto espírito ou energia com a natureza material ou corporal. É o homem distintivo sub-jetivo, seu colorido ou nota individual, que é o que fixa o grau de atividade vibratória do seu corpo, produz seu particular tipo de forma e é responsável pela condição e natureza dos seus órgãos, das suas glândulas e do seu aspecto externo. É a alma e – no aspecto inferior – atua mediante a natureza emocional ou astral e, em conexão com o físico denso, através do coração.

3. Como atividade dos átomos e células dos quais o corpo físico é composto. É a soma total das pequenas vidas que compõem os órgãos humanos e compreende todo o homem. Elas têm vida própria e uma consciência que é estritamente individual e identificada. Este aspecto do princípio vida atua por meio do corpo etérico ou vital e, em conexão com o mecanismo sólido da forma tangível, através do baço. (Tratado sobre Magia Branca)

10. A INDIVIDUALIZAÇÃO

1. No remoto passado da história (como indicam os símbolos e as Bíblias do mundo) houve uma primeira Aproximação importante, quando Deus prestou atenção no homem e algo aconteceu – sob a ação e a vontade de Deus, o Criador, Deus transcendente – que afetou o homem primitivo e ele “se tornou uma alma viva”. À medida que irrompeu o anseio por um bem indefinido e incompreendido nos incipientes anseios do homem irreflexivo (literalmente incapaz de pensar nessa etapa), isso evocou uma resposta da Deidade; Deus se aproximou do homem e o homem foi imbuído da vida e energia que, no transcurso do tempo, o habilitou a se reconhecer como filho de Deus e, a certa altura, a expressar perfeitamente essa filiação. O sinal desta Aproximação foi o aparecimento da faculdade mental no homem. Foi implantado nele o poder embrionário de pensar, de raciocinar e de saber. A Mente universal de Deus se refletiu na minúscula mente do homem. (Os Problemas da Humanidade)

2. O que é a individualização do ponto de vista do desenvolvimento psicológico do homem? É o foco do aspecto inferior da alma, que é o da inteligência criadora, de maneira que possa se expressar através da forma. Oportunamente será o primeiro aspecto da divindade a se expressar. É o vir à manifestação da qualidade especifica do anjo solar ao se apropriar de uma ou mais envolturas que constituem a sua aparência. É a imposição inicial de uma energia aplicada e direcionada sobre o tríplice agregado de forças que chamamos de natureza-forma do homem. O indivíduo então aparece no cenário da vida, a caminho da plena coordenação e expressão. Aparece o autor, no processo de aprender o seu papel; faz a sua estreia e se prepara para o dia da plena expressão da personalidade. A alma penetra na forma densa e no plano mais inferior. O eu começa a desempenhar a parte que lhe cabe, expressando-se por meio do egoísmo, que finalmente leva a um supremo altruísmo. O ser separatista começa assim a se preparar para a realização grupal. É um Deus que caminha sobre a Terra, velado pela forma carnal, a natureza do desejo e a mente fluídica. Temporariamente é presa da ilusão dos sentidos e dotado de uma mentalidade que primeiro cria obstáculos e aprisiona mas que, finalmente, se solta e se libera.

A individualização... pode ser definida simplesmente como o processo pelo qual as formas de vida do quarto reino da natureza chegam:

1. À individualização consciente pela experiência da vida dos sentidos.
2. À afirmação da individualidade pelo emprego da mente discriminadora.
3. Ao supremo sacrifício dessa individualização em favor do grupo.
(Psicologia Esotérica, Volume II)

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