A Ciência da Telepatia Grupal
Trabalho produzido por: Unidade de Serviço para Cultura Espiritual

Sumário

Algumas Ideias-Chave
O Papel da Telepatia
A Ciência da Telepatia
O Funcionamento da Telepatia
O Cultivo da Sensibilidade Telepática
A Descentralização e a Sensibilidade Superior
O Amor e a Integridade Grupal
Meditação: Caminho de Reconhecimentos

Algumas Ideias-Chave

A verdadeira telepatia é uma comunicação direta de mente a mente e em sua expressão mais avançada é uma comunicação de alma a alma, usando a mente depois como um formulador da comunicação. (Esoteric Psychology II, p. 566, condensed.)

A necessidade de receptores sensíveis é grande. Treinem a si mesmos. Esqueçam-se de si mesmos e de seus pequenos assuntos insignificantes. Mantenham o ouvido atento às vozes que emanam do mundo do Ser Espiritual e amem-se uns aos outros com lealdade e estabilidade. (Telepathy and the Etheric Vehicle, p. 30, condensed.)

O verdadeiro Ashram (do qual os vindouros Ashrams externos são apenas reflexos) não é para discussões de mente concreta e inferior. É um ponto focal de receptividade. (Discipleship in the New Age I, p. 707.)

A inter-relação telepática entre os membros de um grupo cresce por meio de uma constante atitude de pensamento reflexivo e um firme amor de uns pelos outros. Recordo-lhes que, quando uso esses termos, me refiro aos dois principais tipos de energia no mundo atual. (Telepathy and the Etheric Vehicle, p. 25.)

O Papel da Telepatia

Na Nova Era

O desenvolvimento da sintonia telepática trará uma era de universalidade e síntese, com suas qualidades de relações reconhecidas e responsividade. Isso será, destacadamente, a glória da Era de Aquário. (Telepathy and the Etheric Vehicle, p. 33.)

Uma era de corretos e construtivos contatos mundiais nunca foi possível até agora porque a humanidade não tinha sofrido o suficiente e portanto não era adequadamente sensível aos outros. Ela não tinha a integração interna que é possível agora através de nossos desenvolvidos meios de comunicação e do crescimento da sensibilidade telepática. (Esoteric Psychology II, pp. 729-30, adapted.)

O Cristo falou da época em que nada secreto permaneceria escondido e quando todos os segredos seriam gritados dos telhados. O crescimento do registro telepático tenderá finalmente a desnudar a humanidade da privacidade na qual se pratica o mal. As pessoas cometerão atos maus, mas estes serão conhecidos por seus semelhantes, e nada do que fizerem será realizado em segredo. Alguém ou algum grupo estará ciente das tendências na vida da pessoa, e mesmo dos incidentes em que ela satisfaz alguma demanda de sua natureza inferior, e o fato dessa possibilidade atuará como um grande impedimento — um impedimento muito maior do que vocês podem imaginar. O ser humano é de fato o guardião de seu irmão, e esse guardar assumirá a forma de “boicote e sanções”. Dessa maneira, o crime e a tendência de fazer o mal serão gradualmente erradicados. (Esoteric Healing, pp. 236-7, adapted.)

O grupo dos comunicadores telepáticos nutrirá a semente da interação telepática no mundo e assim tecerá aqueles fios que finalmente estabelecerão a ponte na atual lacuna entre o visível e o invisível, tornando possível o novo mundo — um mundo em que a morte como a conhecemos será abolida e será estabelecida uma treinada e universal continuidade de consciência. É por isso que a ênfase é posta no treinamento dos membros desse grupo na sensibilidade telepática. Eles são ensinados a desenvolver sensibilidade em três direções: aos pensamentos dos homens em encarnação física, às mentes daqueles que faleceram e que ainda estão em corpo mental e ao grupo de Seres Espirituais que permanecem como guardiões do processo evolutivo. (Treatise on White Magic, p. 607, adapted.)

Os discípulos que trabalham nessa linha são os nutridores da semente da futura civilização intuitiva, que chegará à sua plena glória na Era de Aquário. Dessa futura era intuitiva, o Cristo é o Homem-Semente, pois “Ele sabia o que havia no homem”. Hoje, um grupo ou um conjunto de grupos pode ser o nutridor da semente da intuição; o cultivo da sensibilidade à impressão telepática é um dos meios mais potentes de desenvolver o vindouro uso da faculdade intuitiva. (Telepathy and the Etheric Vehicle, p. 35, condensed.)

À medida que a raça alcançar crescentemente uma polarização mental, o uso da linguagem para a transmissão de pensamentos entre iguais ou para a comunicação com superiores cairá em desuso. Ela continuará a ser usada para alcançar as massas e aqueles que não funcionam no plano mental. (Telepathy and the Etheric Vehicle, p. 33, condensed.)

Através da complexidade de muita produção de discursos e escrita de livros, as ideias são habilitadas agora a ganhar forma e assim seguir seu ciclo de atividade. Mas esse método é tão insatisfatório no campo do conhecimento como é a vela de sebo no campo da iluminação. A luz elétrica a substituiu, e um dia a verdadeira comunicação telepática tomará o lugar da fala e dos escritos. (Treatise on White Magic, p. 478, condensed.)

Na nova era, “a fala se extinguirá e os livros se tornarão inúteis” pois as linhas de comunicação subjetiva estarão abertas. (Treatise on White Magic, p. 477, adapted.)

Na Hierarquia e no Novo Grupo de Servidores Mundiais

Uma das características que distingue o grupo de servidores mundiais é que praticamente não existe uma organização externa que os mantenha integrados. Eles se mantêm unidos por uma estrutura interna de pensamento e por um meio telepático de inter-relação. Os Grandes Seres estão assim conectados e podem, diante da menor necessidade e com o mínimo dispêndio de força, entrar em sintonia uns com os outros. Eles estão todos sintonizados numa vibração específica. (Telepathy and the Etheric Vehicle, p. 1, condensed.)

Esse processo de comunicação telepática sempre esteve em funcionamento entre os adeptos, iniciados e discípulos seniores que estejam em corpo físico. Agora o funcionamento desse processo deve ser estendido e firmemente desenvolvido pelo grupo emergente de servidores mundiais, que constitui, em embrião, o Salvador Mundial. (Telepathy and the Etheric Vehicle, p. 6, adapted.)

Até agora, os discípulos trabalharam muito isolados, exceto quando relações cármicas os revelaram um ao outro, e a intercomunicação telepática esteve confinada basicamente à Hierarquia de adeptos e iniciados e ao Seu trabalho individual com Seus discípulos. Contudo, considera-se possível agora estabelecer uma condição semelhante e uma relação telepática entre os discípulos no plano físico. (Telepathy and the Etheric Vehicle, p. 3, condensed.)

É necessário que todos os discípulos isolados que trabalham em todos os países do mundo ganhem consciência uns dos outros e então entrem em sintonia telepática. Isso pode lhes parecer uma visão maravilhosa, mas não prática. Asseguro-lhes que não é assim. O trabalho de estabelecer essa sintonia pode realmente ser lento, mas é um efeito inevitável da crescente sensibilidade de todas as almas que estão trabalhando no campo do mundo. (Treatise on White Magic, p. 421.)

Há três requisitos principais para o pessoal do Novo Grupo de Servidores Mundiais:

1. Certa porção de unificação entre a alma e seu mecanismo é essencial, e aquela triplicidade interna, normalmente dormente na maioria, alma–mente–cérebro, deve estar alinhada e ativa.

2. O cérebro tem que ser telepaticamente sensível em duas direções e à vontade. Deve estar ciente do mundo das almas e também do mundo dos homens.

3. Deve existir também uma capacidade de pensamento abstrato ou sintético. Isso capacitará o homem a transpor as barreiras raciais e religiosas. (Treatise on White Magic, pp. 414-5, adapted.)

A unidade mundial, a fraternidade em seu verdadeiro sentido, o crescimento da interação telepática, a eliminação dos elementos não essenciais que servem para separar os pensamentos dos homens e produzir separatividade no plano físico e o estabelecimento de uma verdadeira ênfase nos fundamentos da Sabedoria Eterna, a manifestação de uma verdadeira compreensão, a produção da unificação com a alma, o reconhecimento daqueles que pertencem ao grupo de Salvadores Mundiais — esse é o trabalho imediato a ser feito e isso deve absorver sua atenção.

Isso e apenas isso justifica o dispêndio de tudo o que qualquer um de vocês tenha para dar — amor e vida, tempo e dinheiro. (Treatise on White Magic, p. 428.)

No Ashram e no Grupo

Um Ashram funciona telepaticamente quando plenamente e corretamente organizado. (Discipleship in the New Age I, p. 14.)

Todos os grupos de discípulos, trabalhando dentro ou fora de um Ashram, devem estar em íntima sintonia telepática e assim prover um campo de treinamento para o desenvolvimento desse tipo de sensibilidade. (Discipleship in the New Age I, p. 725.)

Todos os pequenos grupos de pessoas alcançam, natural e inevitavelmente, uma relação telepática entre si mesmos e com o pessoal de grupos semelhantes, e isso deve ser desejado e fomentado e deve aumentar corretamente. (Glamour: A World Problem, p. 19.)

No Desenvolvimento Individual

É o desenvolvimento do instinto telepático o que finalmente tornará o homem um mestre nos três mundos e também nos cinco mundos do desenvolvimento humano e supra-humano. (Telepathy and the Etheric Vehicle, p. 35.)

A Ciência da Telepatia

A telepatia e os poderes associados só serão compreendidos quando a natureza da força, das emanações e irradiações e das correntes de energia for mais bem apreendida. Isso está ocorrendo rapidamente conforme a ciência penetra mais profundamente no mistério das energias e começa a trabalhar — como faz o ocultista — no mundo das forças. (Telepathy and the Etheric Vehicle, p. 11.)

As leis, técnicas e processos da comunicação telepática devem ser tornados claros para que possam ser compreendidos inteligentemente e teoricamente.

Os discípulos devem se ocupar crescentemente com a correta compreensão, correta designação e correta definição da nova ciência da telepatia. A compreensão mental e a afinidade mental tornarão possível a verdadeira interação, e isso estabelecerá a ponte entre o velho modo de entender o pensamento por meio da palavra falada ou escrita (corporificando aquele pensamento conforme o pensador individual procura transmiti-lo) e o futuro estágio de resposta imediata ao pensamento, não-limitado pela palavra ou por outro meio de expressão. Os discípulos procurarão trabalhar de ambas maneiras, e o meio das relações humanas normais e o das relações subjetivas supranormais deve ser estudado por eles e expresso por eles. Dessa maneira, o tempo de construção da ponte e o período de transição podem ser cobertos. Levará cerca de quinhentos anos para a raça se tornar normalmente telepática, e quando digo normalmente, quero dizer conscientemente. Esse trabalho de ponte deve ser realizado pelos discípulos de três maneiras:

1. Por um empenho de compreender:

a. O meio de transmissão;
b. O método de transmissão;
c. O modo de recepção;
d. O modo de atividade inter-relacionada.

2. Pelo cultivo de reações sensíveis uns aos outros e a outras unidades humanas com quem o destino dos discípulos esteja ligado.

3. Por tudo isso feito também de forma grupal tanto quanto individual. (Telepathy and the Etheric Vehicle, pp. 33-5, condensed.)

Por um processo de recolhimento (de abstração oculta) e de concentração no cultivo telepático, toda a ciência da telepatia (como semente de uma futura potência racial) pode ser desenvolvida e compreendida. Esse é um processo que está avançando agora, e está acontecendo de duas maneiras: por meio de grupos telepáticos e de pessoas telepáticas e por meio da pesquisa científica exotérica. A construção da forma-pensamento que acostumará a raça à ideia do trabalho telepático está ocorrendo em passo acelerado, e a semente desse desenvolvimento está se tornando muito vital e potente e germinando com verdadeira rapidez. Em última análise, é a semente da MESTRIA. (Telepathy and the Etheric Vehicle, pp. 35-6.)

A união faz a força. Essa é a segunda lei que rege a comunicação telepática.

A primeira lei é:

1. O poder de comunicar deve ser encontrado na própria natureza da substância mesma. Reside potencialmente no éter, e o significado de telepatia deve ser encontrado na palavra onipresença.

A segunda lei é:

2. A interação de muitas mentes produz uma unidade de pensamento que é suficientemente potente para ser reconhecida pelo cérebro.

Temos aqui uma lei que rege uma atividade subjetiva e outra lei que rege a manifestação objetiva. Vamos expor essas leis da maneira mais simples possível. Quando cada membro do grupo puder funcionar em sua consciência mental, não impedido pelo cérebro nem pela natureza emocional, descobrirá a universalidade do princípio mental, que é a primeira expressão exotérica da consciência da alma. Então ele penetrará no mundo das ideias, ficando consciente delas através da placa sensível e receptora da mente. Então procurará encontrar aqueles que respondem ao mesmo tipo de ideias e que reagem ao mesmo impulso mental simultaneamente com ele. Ao se unir a eles, descobre que está em sintonia com eles.

A compreensão da primeira lei produz resultados na mente ou corpo mental. A compreensão da segunda lei produz resultados numa estação receptora inferior, o cérebro. Isso é possível pelo fortalecimento da própria reação mental do homem pela reação mental de outros semelhantemente receptivos. (Telepathy and the Etheric Vehicle, pp. 5-6.)

O trabalho dos comunicadores telepáticos é um dos mais importantes na vindoura nova era, e será valioso obter uma ideia de seu significado e de suas técnicas. Ao resumir as instruções anteriores, direi que, com relação aos indivíduos:

1. A comunicação telepática é:

a. Entre alma e mente;
b. Entre alma, mente e cérebro.

Isso no que diz respeito ao desenvolvimento individual interno.

2. Quando ocorre entre indivíduos, a comunicação telepática é:

a. Entre alma e alma;
b. Entre mente e mente;
c. Entre plexo solar e plexo solar, e portanto puramente emocional;
d. Entre todos esses três aspectos de energia simultaneamente, no caso de pessoas muito avançadas.

3. A comunicação telepática também é:

a. Entre um Mestre e Seus discípulos ou discípulo;
b. Entre um Mestre com Seu grupo e um grupo ou grupos de sensitivos e aspirantes no plano físico;
c. Entre grupos subjetivos e objetivos;
d. Entre a Hierarquia Oculta e grupos de discípulos no plano físico;
e. Entre a Hierarquia e o Novo Grupo de Servidores Mundiais, a fim de alcançar a humanidade e elevá-la para mais perto do objetivo.

Isso diz respeito à nova ciência da comunicação telepática grupal, da qual a telepatia de manada ou de massa (tão bem conhecida) é a mais baixa expressão conhecida. Essa telepatia instintiva, demonstrada no voo de pássaros atuando como unidade, ou naquela telepatia animal que serve para dirigir tão misteriosamente os movimentos de manadas de animais e na rápida transmissão de informações entre as raças selvagens e os povos não-inteligentes — todos esses são exemplos dessa exteriorização inferior de uma realidade espiritual interna. (Telepathy and the Etheric Vehicle, pp. 12-4.)

O Funcionamento da Telepatia

O trabalho telepático diz respeito a três tipos de energia que se demonstram como forças com poder de motivar:

1. A força do amor que constitui a qualidade coerente que conecta o transmissor e o receptor e que também produz a coerência daquilo que é transmitido. O amor (não sentimento) é a chave para o trabalho telepático exitoso. Portanto, amem-se uns aos outros com um renovado entusiasmo e devoção; procurem expressar esse amor de toda maneira possível — no plano físico, nos níveis da emoção e através do correto pensamento. Que o amor da alma flua através de todos como uma força regeneradora.

2. A força da mente. Essa é a energia iluminadora que “ilumina o caminho” de uma ideia ou forma a ser transmita e recebida. Não se esqueçam de que a luz é substância sutil. Num feixe de luz, a energia da mente pode se materializar. Essa é uma das declarações mais importantes feitas em conexão com a ciência da telepatia.

O êxito disso depende do alinhamento dos corpos do transmissor e do receptor. A dupla linha de contato deve ser a da energia mental e da energia elétrica cerebral. O poder magnético do amor para atrair atenção, produzir alinhamento e provocar sintonia e compreensão não é tudo o que necessário na nova telepatia, que distinguirá a Nova Era. Deve haver também desenvolvimento e controle mentais.

3. A energia de prana ou a força etérica do corpo vital. Essa energia, por um ato da vontade e sob a pressão do poder magnético do amor, responde ou é receptiva às energias duais mencionadas antes. A ideia, forma-pensamento ou impressão mental que deve ser registrada na consciência cerebral do receptor abre caminho nos fluidos prânicos e assim controla a atividade deles (que é tão incessante quanto as propensões da chitta para criação de formas-pensamento) de modo que o cérebro fica responsivo de duas maneiras:

a. Ele se torna passivo pelo impacto dos três tipos de energia, combinadas e fundidas num único fluxo de força.
b. Ele fica ativamente responsivo à ideia, impressão, forma-pensamento, símbolo, palavras etc. que flui para a área de sua atividade consciente. (Telepathy and the Etheric Vehicle, pp. 25-7, condensed.)

Deixem-me tentar submeter as informações acima a uma simplicidade prática, mostrando assim como esses três tipos de energia podem ser usados no trabalho prático:

1. Pelo uso da energia do amor de três maneiras:

a. Enviando amor (não sentimento) para seus irmãos na hora da transmissão ou recepção.
b. Capitalizando o poder inerente do amor de atrair o material ou substância e assim “revestir”, no sentido ocultista, aquilo que você envia.
c. Enviando a ideia “revestida”, a impressão etc. num fluxo de amor que seu irmão — alerta, receptivo e em espera — atrairá para si por meio de seu amor consciente por você.

2. Pelo uso da energia mental através do esforço de se polarizar nos níveis mentais de consciência. Por um definido ato da vontade, você eleva sua consciência até o plano mental e a mantém ali. Essa ação é um reflexo num plano inferior e na consciência cerebral da habilidade da mente de se manter na luz. O sucesso de todo trabalho telepático que vocês façam, como grupo ou como indivíduos, dependerá de sua capacidade de “se manterem firmes na luz” mentalmente. A diferença é que dessa vez vocês fazem isso pelo propósito do trabalho planejado e procuram manter a mente firme na luz do grupo, ou na luz uns dos outros, e não tão especificamente na luz de sua própria alma.

3. Por um uso consciente e organizado da energia do centro ajna etérico, e às vezes do centro da cabeça, quando recebendo, e do centro laríngeo, quando transmitindo. Isso leva a força etérica à atividade ao engajá-la no trabalho telepático, mas envolve sua consciente subordinação ao poder das outras duas energias. (Telepathy and the Etheric Vehicle, pp. 27-8.)

Gostaria de indicar que o uso de palavras telepaticamente deve ser dominado como um passo preliminar ao uso de sentenças e de pensamentos. Escolha uma palavra e medite sobre ela, sabendo por que você a escolheu. Estude-a das quatro maneiras indicadas por Patanjali; isto é:

1. Estude sua forma, estude-a simbolicamente, como imagem-palavra.
2. Estude-a pela perspectiva da qualidade, da beleza, do desejo.
3. Estude seu propósito subjacente e valor educativo e seu apelo mental.
4. Estude seu próprio ser e identifique-se com sua subjacente ideia divina.

Quando tiver alcançado essa etapa final, mantenha sua consciência firme nesse elevado ponto à medida que você (se for um transmissor) envia a palavra para o receptor ou para o grupo receptor. Os receptores deveriam, por sua vez, alcançar, tanto quanto puderem, um completo alinhamento para serem responsivos a todos esses quatro aspectos da palavra. Esse método servirá para levar o receptor para mais próximo do plano onde ele deveria funcionar — o nível da mente superior. A palavra é projetada no alento de vida do transmissor; sua mente inferior então envia o aspecto propósito; sua consciência astral é responsável por enviar o aspecto qualidade; e o aspecto forma é enviado conforme ele diz a palavra — muito suavemente e num sussurro.

Esse é um bom exercício e muito simples; o poder telepático deve aumentar grandemente se se seguir fielmente essas quatro etapas — para cima e para dentro, para baixo e para fora — no trabalho de transmissão. (Telepathy and the Etheric Vehicle, pp. 31-2.)

O forte desejo de alcançar sucesso no trabalho telepático e o medo de falhar são as maneiras mais garantidas de contrabalançar o esforço frutífero. Em todo trabalho como esse, uma atitude de desapego e um espírito de “não se importar” são de real ajuda. Os experimentadores nessa linha precisam dedicar mais tempo e consideração ao reconhecimento dos tipos de força. Precisam compreender que a emoção e o desejo de qualquer coisa por parte do agente receptor criam fluxos de energia emanante que repelem ou rejeitam aquilo que procura fazer contato, tal como o pensamento dirigido de alguém que procura sintonia. Quando esses fluxos são adequadamente fortes, atuam como um bumerangue e retornam para o centro emanante, sendo atraídos de volta para lá pelo poder da vibração que os enviou. Nesse pensamento está oculta a causa de:

a. A falha por parte do agente transmissor ou difusor. O intenso desejo de fazer uma satisfatória impressão atrairá o pensamento emanado de volta para o transmissor.
b. A falha por parte do agente receptor cujo próprio intenso desejo de ser bem-sucedido emite um tal fluxo de energia emanante que o fluxo de energia entrante é defrontado, bloqueado e impelido de volta para de onde veio; ou se o receptor estiver ciente disso e procurar represar a onda de seu desejo, ele frequentemente consegue se rodear com uma parede de desejo inibido através da qual nada pode penetrar. (Telepathy and the Etheric Vehicle, p. 10.)

O trabalho telepático exitoso depende dos seguintes fatores:

Primeiro, que não haja barreiras existentes entre o receptor e o transmissor. Tais barreiras seriam falta de amor ou de empatia, crítica e suspeita.

Segundo, que o transmissor esteja ocupado principalmente com a clareza do seu símbolo, com a palavra ou o pensamento, e não com o receptor. Uma breve olhada para o receptor, um momentâneo envio de amor e compreensão é suficiente para estabelecer a sintonia, e então a atenção deve ser prestada à clareza do símbolo.

Terceiro, que os receptores pensem com amor e afeto no transmissor por um minuto ou dois. Então, que eles esqueçam a personalidade. Um fio de energia, conectando receptor e transmissor, foi estabelecido e existe. Então, esqueça-o.

Quarto, que os receptores trabalhem com desapego. Muitos receptores estão tão ansiosos por receber corretamente que, através dessa sua própria intensidade, eles contrabalançam seus próprios esforços. Um espírito casual e de “não se importar” e uma estreita atenção à “faculdade pictórica” interna renderão melhores resultados do que qualquer desejo violento e forte e esforço de ver o símbolo e contatar a mente do emissor.

O cérebro deve registrar um reflexo do conteúdo da mente. Se um raio de luz se deparar com uma força emanante da mente do receptor ou uma forma-pensamento poderosamente emitida, ele pode ser impedido de alcançar a mente. Entretanto, um transmissor com treinamento mais especializado pode superar essa barreira. Será descoberto que muito do problema se baseia nas formas-pensamento emitidas ou na agitação da energia mental desregulada ou da radiação cerebral que anulam os esforços. Portanto, um espírito calmo e pensamentos bem regulados ajudarão muito, e o cultivo daquele desapaixonamento que não deseja nada para o eu separado, e nada violentamente.

A necessidade de receptores sensíveis é grande. Treinem a si mesmos. Esqueçam-se de si mesmos e de seus próprios pequenos assuntos insignificantes — tão insignificantes e desimportantes quando vistos em relação às questões momentosas da época atual. Mantenham o ouvido atendo às vozes que emanam do mundo do Ser Espiritual e amem-se uns aos outros com lealdade e estabilidade. (Telepathy and the Etheric Vehicle, pp. 29-30.)

O Cultivo da Sensibilidade Telepática

O treinamento dado pelos Mestres aos Seus discípulos em Seus Ashrams tem um objetivo principal: aumentar, desenvolver e capacitá-los a usar no serviço sua sensibilidade inata e inerente. (Telepathy and the Etheric Vehicle, p. 58.)

A interação telepática e a sensibilidade ampliada devem ser desenvolvidas e estão estreitamente interligadas uma à outra. (Treatise on White Magic, p. 424.)

A sensibilidade telepática é necessariamente o objetivo de todos os grupos de discípulos. (Glamour: A World Problem, p. 18.)

Como membro do grupo, é essencial que você cultive dois aspectos da “arte de se sintonizar”, que se baseia eternamente na atração amorosa:

a. Sintonia ou contato com a alma, através do alinhamento cultivado e da correta meditação;
b. Sintonia ou contato com seus irmãos de grupo; isso assenta o alicerce para o trabalho unido e construtivo. (Discipleship in the New Age I, p. 59, condensed.)

A meditação faz quatro coisas:

1. Capacita o homem a contatar o Ego e a alinhar os três corpos inferiores.

2. Coloca o homem numa atitude de equilíbrio, nem totalmente receptiva e negativa, nem totalmente positiva, mas no ponto de equilíbrio. Assim, é proporcionada oportunidade ao Ego, e mais tarde ao Mestre, de perturbar esse equilíbrio e sintonizar a vibração quiescente numa nota mais elevada do que até então, de induzir a consciência a vibrar numa medida nova e mais elevada. Pela prática constante disto, todo o ponto de equilíbrio é gradualmente deslocado mais e mais para o alto.

3. Estabiliza as vibrações inferiores nos subplanos dos planos emocional e mental.

4. Auxilia a transferência da polarização. (Letters on Occult Meditation, pp. 10-1, condensed.)

O problema que vocês enfrentam, como discípulos aprendendo a sensibilidade telepática, se fundamenta em duas coisas:

a. Qual dos seus três corpos é o mais ativo; isso indica onde você vive subjetivamente a maior parte do tempo.
b. Qual centro é o mais expressivo em seu equipamento e através do qual você contata mais facilmente as condições da vida moderna. Quero dizer com essas palavras: onde, falando literalmente, a sua energia de vida está predominantemente focalizada e a sua energia senciente mais se expressa.

Uma compreensão disso tornará vocês mais capazes de trabalhar e de fazer um experimento inteligente. Portanto, observem a si mesmos com cuidado, mas impessoalmente, e descubram o porquê e o motivo dos efeitos produzidos, pois desse modo vocês aprenderão. (Telepathy and the Etheric Vehicle, pp. 11-2.)

O que exatamente é sensibilidade? Ela não significa principalmente que você é uma “alma sensível” — cuja conotação comumente significa que você é hipersensível, autocentrado e sempre está na defensiva! Em vez disso, refiro-me à capacidade pela qual você pode expandir sua consciência de modo a ficar ciente de faixas de contato cada vez maiores. Refiro-me à capacidade de estar vivo, alerta, perspicaz em reconhecer relacionamentos, rápido em reagir à necessidade, atento mental, emocional e fisicamente à vida e desenvolvendo rapidamente o poder de observar em todos os três planos nos três mundos simultaneamente. Não estou interessado em suas relações pessoais no que digam respeito à sua errônea sensibilidade de personalidade à depressão, à autopiedade, suas defesas, sua chamada sensibilidade ao desprezo, aos mal-entendidos, seu desagrado com suas condições ambientais, seu orgulho ferido e qualidades desse tipo. Tudo isso lhe causa perplexidade e libera em você as comportas da compaixão por si mesmo. Mas você não precisa que eu lide com eles; deles, você está bem ciente e pode lidar com eles se você escolher. Essas falhas são interessantes apenas na medida em que afetam a vida do seu grupo; elas devem ser manejadas por você com cuidado e com o olho aberto que percebe o perigo de longe e procura evitá-lo. A sensibilidade que quero ver desenvolvida é a atenção ao contato com a alma, a impressionabilidade à “voz do Instrutor”, uma vivacidade ao impacto de novas ideias e à delicadeza da responsividade intuitiva. Essas são sempre a marca do verdadeiro discípulo. É a sensibilidade espiritual que deve ser cultivada; isso só é verdadeiramente possível quando você aprende a trabalhar através dos centros acima do diafragma e a transmutar a atividade do plexo solar (que é tão dominante na pessoa comum), transformando-a em atividade do coração e serviço a seus semelhantes. (Discipleship in the New Age I, pp. 47-8.)

O trabalho deve ser realizado pelos discípulos de três maneiras:

1. Por um empenho de compreender:

a. O meio de transmissão;
b. O método de transmissão;
c. O modo de recepção;
d. O modo de atividade inter-relacionada.

2. Pelo cultivo de reações sensíveis uns aos outros e a outras unidades humanas com quem o destino dos discípulos esteja ligado. Isso envolve:

a. Reação física sensível, por meio dos centros, às forças que emanam dos centros daqueles com quem os discípulos estão associados. Especialmente a sensibilidade do centro ajna deve ser desenvolvida.

b. Sensibilidade aos sentimentos ou às reações emocionais dos que estão no entorno. Isso é feito pelo desenvolvimento da compaixão e da empatia, mais o desapego que capacitará a adotar a correta ação.

c. Sensibilidade aos pensamentos dos outros pela sintonia mental com eles no plano da mente.

3. Por tudo isso feito também de forma grupal tanto quanto individual. Todas as atividades mencionadas acima devem constituir uma atividade grupal.

Dessas três maneiras, o veículo da personalidade pode ser condicionado de tal modo a poder se tornar um aparelho receptor sensível.

O homem verdadeiramente telepático é o homem que é responsivo a impressões que lhe chegam de todas as formas de vida nos três mundos, mas ele também é igualmente responsivo a impressões que lhe chegam do mundo das almas e do mundo da intuição. (Telepathy and the Etheric Vehicle, pp. 34-5, condensed.)

A primeira etapa da correta recepção telepática sempre é o registro de uma impressão. Impressão é a mais sutil reação (mais ou menos exata) à atividade vibratória mental de alguma outra mente ou grupo de mentes, de algum todo, à medida que sua influência radiatória afeta a unidade ou conjunto de unidades. Ela geralmente é vaga de início, mas à medida que o pensamento, a ideia, o propósito ou intenção do agente emissor se concretiza, ela passa para a segunda etapa, em que aparece como uma definida forma-pensamento. Essa forma-pensamento faz seu impacto na consciência do cérebro, na região localizado logo atrás do centro ajna e consequentemente na área do corpo pituitário. Pode aparecer também na região do centro do plexo solar. (Telepathy and the Etheric Vehicle, p. 41, edited.)

Para o aspirante, e especialmente para o discípulo consciente, a impressão a considerar vem de quatro fontes:

1. Da própria alma do discípulo.
2. Do Ashram com o qual ele deve estar afiliado.
3. Diretamente do Mestre.
4. Da Tríade Espiritual, pelo antahkarana.

As duas primeiras etapas abrangem o período das duas primeiras iniciações; a terceira etapa precede a terceira iniciação e persiste até que o discípulo seja ele mesmo um Mestre; o quarto tipo de impressão informativa pode ser registrado depois da terceira iniciação e alcança o discípulo no Ashram; ele então tem a tarefa de ele mesmo impressionar sua mente com o que lhe tenha sido dito e dado a conhecer no Ashram. (Telepathy and the Etheric Vehicle, pp. 86-7.)

A Descentralização e a Sensibilidade Superior

A sensibilidade deveria ser, e sempre é, um desenvolvimento normal quando o discípulo está corretamente orientado, completamente dedicado e aprendendo a descentralização. A liberação da constante consideração das circunstâncias e problemas pessoais conduz inevitavelmente a uma clara liberação mental; isso então proporciona aquelas áreas de livre percepção mental que tornam possível a sensibilidade superior. Gradualmente, à medida que o discípulo adquire verdadeira liberdade de pensamento e o poder de ser receptivo à impressão da mente abstrata, ele cria para si um reservatório de pensamento que fica disponível quando preciso para ajudar outras pessoas e para atender as necessidades do seu crescente serviço mundial. (Telepathy and the Etheric Vehicle, p. 94, condensed.)

Os discípulos comumente estão mais preocupados com seu desejo de ajudar do que com as técnicas científicas para ajudar. Eles precisam considerar esse desejo como algo garantido e então esquecê-lo. Discipleship in the New Age I, p. 706.)

A correta tensão necessita um verdadeiro senso de valores e liberdade daquelas preocupações menores que produzem extensão em vez de tensão. Se você estiver (para dar uma ilustração bastante comum) preocupado com sua condição física, não experimentará a tensão que o tornará um centro magnético de poder e amor; se estiver preocupado com as falhas de outras pessoas ou com as ideias delas sobre você, de novo falhará em experimentar a tensão que libera. Você acharia valioso descobrir onde estão suas “extensões” e então retirar-se para dentro até o ponto de tensão a partir do qual você possa conscientemente e efetivamente dirigir a energia da alma.

A razão pela qual os discípulos não são sensíveis ao Mestre, à vida do Ashram e uns aos outros é que eles estão estendidos e não tensos; estão trabalhando e vivendo na periferia da consciência e não no centro. Seu serviço, portanto, é parcial; sua consagração é fraca, e eles são dominados pela inércia, pela falta de interesse nos outros e pelas muitas preocupações com o lado forma da vida. (Discipleship in the New Age I, p. 735, condensed.)

A principal tarefa do Mestre nas etapas iniciais do treinamento de Seu discípulo é levar ao fim o período de intensa preocupação do discípulo consigo mesmo, com seu serviço, com sua reação ao Mestre ou à promessa de futuro contato com o Mestre, com suas próprias ideias sobre discipulado e suas interpretações pessoais da verdade. (Discipleship in the New Age I, p. 708.)

Os membros do grupo de um Mestre e de Seu Ashram têm que se tornar crescentemente sensíveis — sensíveis ao Mestre e aos Seus trabalhadores consagrados. Vocês não podem se fazer sensíveis ou se tornar sensíveis por algum tipo de processo ou treinamento ordenado. Os homens e as mulheres são sensíveis, eles só não sabem disso, estando tão preocupados com assuntos externos, com a vida da forma e com coisas objetivas. Deixem-me colocar isso desta maneira: O que você diz a si mesmo e aos outros — através de suas palavras faladas ou de sua vida — é tão barulhento que não é fácil ser o que você é e ser reconhecido como um ser espiritual. O Mestre é guiado pelo que Ele sabe de você nos seus momentos quietos de aspiração, pelo que você demonstrou por anos ser a sua fixa tendência de vida e pela maneira como você reage em momentos de crise ou tensão. A tarefa do Mestre é estimular o discípulo a ser o tempo todo o que Ele sabe que ele é em seus momentos mais elevados. Essa é uma maneira simples e quase infantil de colocar isso, mas serve para expressar a ideia geral. O Mestre faz isso porque é tão grande, especialmente nesta época, a necessidade do mundo de trabalhadores inteligentes, amorosos, descentralizados e que olham adiante. Muitos alcançaram o ponto em que podem se tornar sensíveis se as ruidosas afirmações da personalidade forem diminuídas e for permitida à luz da alma afluir. Então o Mestre pode ser conhecido e contatado. Quando vocês puderem se livrar de si mesmos e de suas reações pessoais, suas próprias interpretações e suas demandas pessoais, vocês descobrirão por si mesmos como e de que maneira o Mestre está procurando impressionar você e o grupo com o qual você esteja afiliado. Vocês se tornarão sensíveis a essa impressão. Vocês podem assim facilitar (como se diz) a atividade do Mestre por um profundo interesse na vida esotérica, com a exclusão da sua própria individualidade e também da do Mestre. (Discipleship in the New Age I, pp. 710-1.)

O Amor e a Integridade Grupal

É fundamentalmente necessário que os novos grupos que estão inaugurando o novo discipulado devam finalmente estabelecer uma sintonia telepática mútua. Mais tarde, quando houver uma interrelação individual mais íntima, será possível transmitir um ensinamento definido que tornará isso crescentemente possível, mas neste meio tempo, uma pista terá que ser suficiente. Ela é de natureza fundamental e terá que ser aceita e um tanto compreendida antes do trabalho bem-sucedido em todos esses grupos pioneiros. Pensem extrovertidamente uns nos outros com amor. Simplesmente isso, meus irmãos — simplesmente e humildemente isso e nada mais do que isso atualmente. Vocês podem aceitar uma regra tão simples — aparentemente simples? Dessa maneira, o corpo etérico deste grupo de discípulos será animado pela energia dourada e a luz do amor, e assim será estabelecida uma rede de luz que formará um ponto focal de energia no corpo etérico da própria humanidade e finalmente no corpo etérico planetário também. (Discipleship in the New Age I, p. 80.)

Observem com cuidado seus pensamentos a respeito uns dos outros e eliminem imediatamente toda suspeita, toda crítica, e procurem manter uns aos outros invariavelmente na luz do amor. Vocês não têm ideia da potência de tal esforço ou do seu poder de liberar as amarras uns dos outros e elevar o grupo a um lugar extremamente alto. Pela pura luz do amor de uns pelos outros, vocês podem se aproximar de mim e dos instrutores do lado subjetivo da vida e chegar mais rapidamente àquele Portal que se abre no Caminho iluminado. Vocês têm a oportunidade de demonstrar uns aos outros o valor científico e o poder do amor, considerado como uma força da natureza. Façam dessa demonstração o seu empenho. Vocês liberarão assim uns para os outros tudo o que é necessário para produzir mudanças potentes e vitais nos padrões de vida e no propósito dos membros do grupo. O amor não é um sentimento ou uma emoção, nem é um desejo ou um motivo egoísta para correta ação na vida diária. O amor é o manejo da força que guia os mundos e que leva à integração, unidade e inclusividade que impele a própria Divindade à ação. O amor é algo difícil de cultivar — tal é o egoísmo inerente da natureza humana; é algo difícil de aplicar a todas as condições da vida, e sua expressão demandará de vocês o máximo que tenham para dar e a eliminação de suas atividades pessoais egoístas.

Os discípulos no grupo de um Mestre têm que amar uns aos outros com inteligência e força duradoura, e assim liberar aquela luz e poder que finalmente tornarão o grupo de valor efetivo no mundo. (Discipleship in the New Age I, p. 10.)

A primeira coisa que tem que ser estabelecida num grupo de discípulos é amor e confiança, pois sem isso, não pode haver nenhuma real transferência de pensamento. Onde não existe amor e confiança, eles devem ser definida e conscientemente desenvolvidos.

Uma segunda regra que rege essa relação telepática é a de que toda “crise de crítica” deve ser muito cuidadosamente evitada por todos os discípulos se quiserem estabelecer o ritmo necessário. Em todo grupo de discípulos, existem aqueles que não põem “as coisas primeiras em primeiro”; eles põem muitas coisas e pessoas à frente de seu dever e de suas responsabilidades espirituais; isso dá necessariamente aos seus condiscípulos uma base justa (aparentemente justa) para crítica. Há momentos em que a crítica é inquestionavelmente um reconhecimento de fato. Isso significa que o discípulo que critica alcançou o ponto em que seu julgamento está tão baseado no amor que não produz nenhum efeito de personalidade em sua própria vida ou na de seu condiscípulo. É simplesmente um reconhecimento amoroso da limitação, e só se torna errado quando esses fatos indubitáveis são usados para despertar a crítica no menos qualificado e proporcionar pontos de discussão. O discípulo ou aspirante que tem falhas evidentes e que falha em efetuar as mudanças requeridas cria ele mesmo uma barreira que ele deve destruir com o tempo, removendo todas as razões para crítica. Essas barreiras impedem a livre comunicação telepática. (Discipleship in the New Age I, p. 725.)

O amor é aquela compreensão e atitude inclusiva, não-crítica e magnética que (no trabalho grupal) preserva a integridade grupal, fomenta o ritmo grupal e permite que nenhuma ocorrência ou atitude secundária da personalidade estrague o trabalho grupal. (Discipleship in the New Age I, p. 59.)

Um fator que deve ser considerado aqui é que frequentemente os discípulos limitam a si mesmos porque, não tendo aprendido a esquecer suas personalidades, têm uma atitude de profunda preocupação com as falhas demonstradas no passado e um sentimento muito real de inadequação. Eles ficam excessivamente preocupados com o pessoal do grupo e não com a alma grupal. Vocês, como discípulos, estão preocupados demais com os relacionamentos interpessoais e não estão suficientemente enfocados na alma grupal e no Mestre, o centro e o ponto focal de energia do grupo. Se vocês afastassem toda crítica, se cultivassem a alegria do relacionamento e procurassem sempre participar juntos em toda benção espiritual que seja derramada para o auxílio do mundo, se procurassem contatar o Mestre como grupo, se estivessem em posição de conhecer seu grupo, e se se desligassem de toda ansiedade quanto ao sucesso ou insucesso no serviço oferecido, vocês ajudariam grandemente na tarefa que confronta o Mestre de qualquer grupo. A necessária fusão sempre pode ter lugar entre discípulos quando eles se encontram no nível da alma e quando o serviço a ser prestado é o fator dominante, e não tanto o como prestá-lo; por isto, cada discípulo é individualmente responsável. (Discipleship in the New Age I, pp. 690-1.)

Se não houver uma coesão subjetiva, todas as formas externas se deverão desintegrar, ou melhor, nunca chegarão a adquirir coesão. São unicamente os laços e o trabalho subjetivos que determinam o sucesso e estes devem (particularmente no trabalho dos novos grupos) ser fundados em relações egóicas e não nos apegos e preferências pessoais. Estas ajudam onde exista ao mesmo tempo um reconhecimento da relação egóica. Quando isso tem lugar, então alguma coisa pode ser construída que seja imortal e também durável como a própria alma. (Esoteric Psychology II, p. 186.)

Peço-lhes que permaneçam juntos — não importa o que aconteça ou que forças procurem separá-los. Peço aos meus discípulos que amem uns aos outros, a despeito das diferenças de caráter e de raio, e que trabalhem lealmente juntos pela coesão e integridade grupal — não importa que opiniões diversas vocês sustentem ou o que ocorra à medida que o tempo passe.

Se houver persistência no esforço, se houver um vínculo leal de amor, se houver adesão ao ideal grupal e se houver tolerância, compreensão e paciência mútuas, talvez este grupo possa ser fusionado numa unidade, que será na verdade um átomo vivo no corpo hierárquico. (Discipleship in the New Age I, pp. 16-7, condensed.)

Meditação: Caminho de Reconhecimentos

1. Reconhecimento do veículo físico

Assuma uma postura relaxada, aprumada e estável. Faça algumas respirações lentas, profundas e silenciosas, para aquietar. Focalize a consciência no centro ajna e afirme mentalmente:

Eu, uma unidade de consciência dentro da Vida Maior,
Observo meu corpo como um todo vivo.
Eu sou a vida para estes, minhas vidas, e assim me assemelho a Deus.

2. Reconhecimento do veículo emocional

Empregando a imaginação, alcance a quietude emocional e, em seguida, o desapego emocional. Então afirme:

Sensível a formas e qualidades,
Às vezes, as marés me engolfariam,
Contudo, eu permaneço.
Sinto o desejo e as qualidades de muitas formas;
Aquilo que sou e isto que percebo não são o mesmo.
Eu, o Observador, permaneço e vejo fluírem as coisas.

3. Reconhecimento do veículo mental
Diferencie entre a substância mental, o processo de pensar, as formas-pensamento e o Pensador. Então afirme:

Eu vejo os pensamentos virem e irem,
Mas eu, o Pensador, não sou isto.
Eu uso a mente.
Eu escolho, rejeito, crio
Quaisquer formas que eu queira.

4. Integração da personalidade

Coordene esses três veículos num instrumento integrado, utilizado pela unidade de consciência. Então afirme:

Eu, a unidade de consciência,
Penso, sinto e ajo,
Contudo, eu mesmo sou UM.

5. Reconhecimento do Anjo Solar

Alinhe esse instrumento tríplice integrado com o Eu Superior. Então afirme:

A meio caminho, eu permaneço,
Entre o Anjo que é meu Eu
E a minha forma tríplice.

6. Visualização

Visualize a pura luz branca afluindo do Anjo Solar, inundando a tríplice personalidade e estabilizando-a, purificando-a e dirigindo-a no serviço.

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