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Alice Bailey - Diálogos com Estudantes da Escola Arcana


Sexta-feira, 12 de março de 1943

AAB: Tenho aqui quatro parágrafos de alguns escritos inéditos do Tibetano nos quais Ele trata de todo o tema da iniciação. Constituirá, quando for o momento, o último volume do Tratado sobre os Sete Raios. A intenção é que saia quando a guerra tiver terminado. O terceiro volume versará sobre astrologia. Já está pronto e será publicado tão logo consigamos o dinheiro. Creio que terá uma boa aceitação entre os astrólogos, como também entre os estudantes esotéricos. Estes escritos se baseiam nas 14 Regras para Iniciados, que são a correspondência superior das 14 Regras para Aspirantes dadas no livro Iniciação Humana e Solar. É como se O Tibetano tivesse completado o ciclo de Seu ensinamento. O primeiro volume, Iniciação Humana e Solar, contém as 14 Regras para Aspirantes, e este contém as 14 Regras para Iniciados.

Há duas frases em uma destas regras que escolhi pelo fato de serem muito práticas para uso na vida diária. O que é que vocês e eu estamos realmente procurando fazer? Dissemos que estamos procurando ser discípulos, percorrer o Caminho, servir ao Plano, fazer o que pudermos pela humanidade, mas por trás de tudo isso se oculta algo maior, de que tudo que fizermos é apenas um efeito e, no entanto, é, ou deveria ser, o poder motivador de tudo que fazemos. O que significa o fato de que estejamos nos preparando para tomar a iniciação? Significa que estamos nos preparando para sermos úteis nos três mundos do esforço humano e no mundo mais elevado da Alma. Houve um curioso período no reino animal, quando o homem-animal supostamente atravessou uma espécie de transição entre o reino animal e o reino humano. Agora formamos essa espécie peculiar que está a meio caminho entre o reino humano e o espiritual, com todas as habilidades que encobrimos e todos os defeitos que evidenciamos. Pergunto-me se pensaram na quantidade de tempo que empregam na consideração de seus defeitos e fracassos, perguntando-se se terão êxito, conscientes das coisas que há em vocês que não sabiam que existiam e que, de repente, descobrem que não são de utilidade. Seria muito bom para nós estudarmos de quando em vez as nossas habilidades.

Que não guarde recordações, mas que reja a memória.

Não se trata de uma afirmação contraditória. Talvez possa expor melhor a ideia da seguinte maneira: O iniciado não perde tempo olhando para trás, para as lições aprendidas; atua pelo ângulo do hábito desenvolvido, fazendo instintivamente o correto e necessário. A resposta instintiva às formas do ambiente, como bem sabemos, constrói as normas de comportamento, de conduta e de reação. Isso estabelece o que poderia ser chamado de memória inconsciente, a qual rege sem necessidade de nenhum esforço de rememoração.

Os hábitos de benevolência, de correta reação e de compreensão instintiva são a característica do iniciado treinado. Ele não precisa se lembrar de regras, teorias, planos ou atividades. Há muito são parte estabelecida em sua natureza, como o instinto de preservação é parte instintiva do instrumental de um ser humano normal. Reflitam sobre isto e procurem adquirir os hábitos espirituais corretos. Desta maneira o Mestre não desperdiça tempo em planos da alma ou pessoais. Tem o hábito - baseado na memória instintiva divina - da atividade correta, da compreensão correta e do propósito correto. Não precisa de rememoração.

Que atue do ponto de tudo o que está no âmbito da vida unida do grupo.

Isto não constitui, como poderá parecer, o esforço destinado a realizar o trabalho para a humanidade, tal como planejado ou desejado pelo grupo com o qual o iniciado está associado. O método de trabalho cobre uma fase anterior, em que o discípulo aceito aprende muito.

Primeiramente descobre no plano físico o grupo cujos ideais e planos de serviço correspondem à sua ideia de atividade correta; associa-se a esse grupo, trabalha, aprende e, no aprendizado, sofre muito. Em seguida encontra o caminho para o Ashram de um Mestre, onde seu esforço consiste cada vez mais em aprender a usar a vontade a fim de empreender o Plano e se ajustar aos métodos e planos grupais, trabalhando sob a lei da obediência oculta para o bem da humanidade.

O iniciado, porém, não trabalha em nenhuma dessas maneiras, embora tenha adquirido o hábito de entrar em contato correto com organizações dos três mundos e de colaborar corretamente com a Hierarquia. Atua segunda a inspiração e identificação com o aspecto vida - o aspecto vida unificado do seu raio de grupo e o de todos os grupos. Isto quer dizer que compreende plenamente o que significa a vida involutiva e a vida evolutiva. Seu serviço é invocado pelo grupo ou grupos que necessita(m) de sua ajuda. Sua resposta é uma evocação oculta dada em uníssono com o grupo de servidores, com o qual está afiliado no aspecto interno, algo muito diferente do modo de serviço como entendido de maneira geral. Os Raios e as Iniciações, p. 66-67


AAB: Ele não precisa rememorar. Creio que é uma tremenda declaração ocultista, porque deve haver, em uma volta mais elevada da espiral, uma correspondência com a vida instintiva de um ser humano. Creio que isso nunca foi expresso. As correspondências superiores dos poderes psíquicos nos foram dadas. Isto é algo diferente, um esquema de consciência instintiva que se estabelece por hábitos de pensamento corretos. Todos nós somos vítimas de padrões de conduta que se baseiam em um grande número de coisas - na herança, em nossas relações nacionais. Todos nós, quando progredimos, somos mais ou menos vítimas dos que nos rodeiam e dos padrões aos quais estamos sujeitos desde a infância. Todos esses fatores nos condicionam e fazem de nós o que somos atualmente, de maneira que nossos hábitos de pensamento, nossas reações imediatas às pessoas e às circunstâncias são coisas instintivas e pouco podemos fazer quanto a isso. Muito do que dizemos e pensamos se baseia em recordações do que outros disseram e pensaram.

A segunda frase diz: Que atue do ponto de tudo o que está no âmbito da vida unida do grupo.

Repetindo o que O Tibetano disse, «Isto não constitui, como poderá parecer, o esforço destinado a realizar o trabalho para a humanidade, tal como planejado ou desejado pelo grupo com o qual o iniciado está associado. O método de trabalho cobre uma fase anterior, em que o discípulo aceito aprende muito. Primeiramente descobre no plano físico o grupo cujos ideais e planos de serviço correspondem à sua ideia de atividade correta; associa-se a esse grupo, trabalha, aprende e, no aprendizado, sofre muito».

Se for possível me apresentar um lugar em que se possa sofrer mais do que num grupo, eu gostaria de conhecê-lo.

Primeiro ele encontra um grupo. Depois encontra seu caminho para o Ashram de um Mestre. A Escola Arcana não é o grupo de um Mestre. É um campo de treinamento para um trabalho grupal, mas não é o grupo de um Mestre. Porém, existe um grupo do Mestre para o qual um discípulo oportunamente acha o caminho, e ali o esforço é aprender a utilizar a Vontade para levar adiante o Plano e se ajustar aos procedimentos e planos grupais. Embora tenha adquirido o hábito do contato correto com organizações dos três mundos, trabalha agora sob a inspiração e a identificação com o aspecto Vida. Isto quer dizer que compreende completamente o significado da vida involutiva e evolutiva.

Não creio que saibamos o suficiente nem sobre o modo no qual os iniciados trabalham nem sobre identificação para podermos discutir sobre isto, mas podemos refletir um pouco sobre a primeira frase: Que não guarde recordações, mas que reja a memória. Podemos considerar o que significa quando os dois métodos de trabalho são postos diante de nós. Em que grupo trabalharemos? Ou trabalharemos em ambos os grupos, um grupo no plano físico e também no grupo de um Mestre?


C: Patanjali diz que a memória é um obstáculo.


AAB: Sim, mas outro tipo de memória. Não estamos falando de meditação. Um iniciado nunca medita. O discípulo avançado nunca medita; não necessita fazê-lo. Tem um contato instintivo, e a memória instintiva é que atua. Se vocês estão utilizando as recordações, estão levando a mente de volta para a vida da personalidade, e o iniciado não está interessado, de modo algum, na vida da personalidade. Ele não necessita disso.


JN: Diriam vocês que um iniciado está em meditação contínua?


AAB: Não, a meditação está totalmente confinada aos processos mentais, e ele somente utiliza a mente para transmitir formas-pensamento. O iniciado contempla, o que significa que assume um ponto de direção; está todo o tempo dirigindo as energias que atrai sobre o que ocorre nos três mundos. Para meditar, vocês têm que trabalhar com o instrumental mental nos três mundos.


HR: Meditamos para alcançar um determinado propósito, e o iniciado já realizou esse propósito.


AAB: Somente o iniciado de 3° grau alcança a compreensão do Propósito Divino. Um homem trabalha com um objetivo, certos objetivos, mas são objetivos pessoais. O iniciado trabalha com o Propósito da Divindade, não com seus objetivos pessoais.

Ao avançarmos no novo ciclo de atividade da Escola, que pode ser completamente diferente, a Hierarquia pode saber que aqui há um grupo consciente do que está se comprometendo a ser e a fazer, que está tão preocupado com a intenção hierárquica que é capaz de manter o estado de tensão necessário para um grupo que procura ser o receptor da energia Hierárquica. Não sei se podemos fazer isto, mas ao menos podemos tentar e, se não pudermos fazê-lo, não sei quem poderá. Gostaria muito de sentir que deste grupo sairá um tal chamado à humanidade que desempenharemos a nossa parte na Nova Era, e uma tal adesão à Hierarquia que Ela poderá confiar em nós.


RK: Estou pensando em tensão.


AAB: Penso que a tensão é algo que temos que estudar e debater muito. Não desejo defini-la, porque temos as definições dadas pelo Tibetano. É muito fácil explicar a tensão do ponto de vista comum, mas a tensão à qual nos referimos é difícil de explicar em uma linguagem corrente, porque se encontra fora da mente em seu conjunto. A tensão que temos que chegar a alcançar é um ponto de energia enfocada, corretamente orientada e, portanto, corretamente dirigida.


RK: O ponto de transmutação de um tipo de vivência a outra.


AAB: Creio que marca a transição da obediência ao Plano para uma compreensão do Propósito.


JN: Vocês acham que há alguma possibilidade das escolas esotéricas se tornarem novamente as gestoras da educação em artes e ciências como foram antigamente?


AAB: Gostaria de pensar que quando uma escola esotérica estiver funcionando realmente de maneira correta, atrairá as pessoas criativas e esotéricas do mundo. Gostaria de pensar que nós estamos começando a fazer isso na Escola. Estou bastante segura de que faremos.


JN: Há uma tremenda oportunidade de reorientar a humanidade para o significado dos ensinamentos esotéricos.


AAB: Estou certa disso, mas nunca o conseguiremos até correspondermos ao quadro que há em nossas mentes. Fico desanimada quando vejo a mim e as pessoas deste grupo e de outros grupos. Relativamente falando, fazemos tão pouco em comparação com os nossos conhecimentos, e a menos que cheguemos a ser mais explícitos na expressão do nosso conhecimento, a fonte de conhecimento secará. Sabemos alguma coisa, mas não vivemos de acordo com isso. Nós nos ocupamos completamente com o lado acadêmico.


HR: Estamos procurando fazer algo muito novo. Os grupos espirituais do passado não foram chamados a ser treinados como grupos como nós estamos sendo.


AAB: A Sra. Besant tentou fazer isso com afinco; procurou revitalizar a vida da Sociedade Teosófica e procurou fazer com que seus membros fossem criativos. Creio que nós na Escola Arcana, experimentando com o grupo, o faremos.


HR: Vocês falam de trazer a Hierarquia para mais perto. Isso seria para nós o objetivo grupal. Procuraríamos fazer isto não apenas como indivíduos, e sim como objetivo grupal.


AAB: A maneira que Os aproximaria do mundo seria visualizar a nós mesmos como membros da Hierarquia. Todos os discípulos aceitos estão na periferia da consciência do Mestre, e daí podem avançar. Não creio que chegaremos a algum lugar se somente falarmos sobre os Mestres, mas podemos adquirir o hábito da correta atitude e fazê-lo como grupo, cooperando uns com os outros. Creio que este grupo tem algo em si tão potente, que poderíamos vitalizar toda a Escola. Se a Escola está viva, temos na periferia da Escola aqueles que estão trabalhando nisso. Se eu tivesse vivido sempre em conformidade com o que sabia, e se tivesse feito mais, e se todos vocês tivessem vivido mais de acordo com o que sabiam, a Escola seria hoje muito mais vibrante e vital do que é.


RK: Realmente não devemos nos ocupar muito da Hierarquia se estamos ocupados com a cadeia da Hierarquia e nos considerarmos como elos.


AAB: Sim, mas eu não sou uma ameba. Sou um discípulo aceito. Até que vocês saibam onde se encontram na cadeia da Hierarquia, não poderão ser de muito serviço. Eu poderia sair e como discípulo trabalhar com Fulano e Beltrano e realizar um trabalho popular. Não é essa a minha tarefa. Aqui permaneço em certo ponto da cadeia da Hierarquia na escala de evolução. Permanecerei então aqui e trabalharei a partir desse ponto? Procurarei fazer algum trabalho que poderia ser feito perfeitamente por outra pessoa, ou cumprirei o meu darma? Minha tarefa é encontrar discípulos no mundo e instruí-los, pegar as pessoas que estão no caminho do discipulado ou no caminho de provação e dar a elas o que ajudará na caminhada. Primeiro de tudo temos que saber onde nos encontramos na cadeia da Hierarquia.


RK: Um grupo como este deveria ser uma célula viva no corpo da Hierarquia, mas não se pode ser uma célula viva se a energia do coração ou da mente do corpo maior não flui através de cada um.


MW: Se fizerem isso, terão que procurar avançar e alcançar o modelo de como a Hierarquia o faria, do que a Hierarquia está procurando fazer.


AAB: Creio que esse é o primeiro passo. O Tibetano nos fala de encontrar o caminho para o Ashram de um Mestre e utilizar a Vontade para levar adiante o Plano e não só procurar descobrir o Plano. Fiquei admirada com a atitude dos estudantes. Eles dirão, «diga-nos o que fazer e o faremos». Esta é a atitude da pessoa que está procurando descobrir o que é o Plano. Nós não estamos nessa posição. Aqui não há nem um de nós que não saiba o que é o Plano para o futuro imediato. O Tibetano inclusive o esboçou para nós e nos disse o que fazer com relação ao Plano. «Ele encontra seu caminho para o Ashram de um Mestre onde seu esforço é se ajustar cada vez mais aos métodos e planos grupais». Isso é descobrir o Plano e utilizar a Vontade para realizá-lo. Não a vontade pessoal; essa é eliminada quando nos é dito que temos que nos ajustar aos métodos e planos grupais. Todos nós conhecemos o Plano; a questão é o quanto utilizamos a Vontade para viabilizar o Plano. Não é fácil utilizar a Vontade.


M: Poderia definir para nós «a correta expressão da vida Hierárquica»?


AAB: Não desejo tratar neste grupo da qualidade. Estou partindo do princípio de que todos temos falhas, mas não vamos nos deter nelas. Nossa reação às nossas falhas e erros é tão instintiva que seremos indiferentes a elas. Não posso lhes dizer o que é «a correta expressão da vida Hierárquica» porque se pudesse, teria o poder de me identificar como o Cristo fez, mas posso lhes dizer o que é a correta expressão da vida do Ashram. Como posso expressá-lo em palavras? Se digo que significa completa identificação um com o outro, isso teria algum sentido?


M: Poderia ter sentido se refletirmos sobre o assunto, mas não pensamos bastante.


RK: Pensamos horizontalmente e não verticalmente.


AAB: A capacidade de permanecer na presença do Mestre sem baixar os olhos. Significa, «que não haja recordações». Vocês deixaram tudo para trás. Quando entram no Santuário [NT da tradução: onde diariamente eram realizadas as meditações] deixam de fora tudo o que pertence ao mundo cotidiano.


LM: Se vocês estão procurando realmente servir ao Mestre, podem olhá-Lo nos olhos.


RK: Creio que nos ajuda pensar sobre não procurar servir aos Mestres, mas sim servir com os Mestres. Fomos educados em uma atitude submissa.


AAB: Uma atitude submissa está relacionada com a ideia de ser humilde, mas não necessariamente obediente. Este tem sido o problema de muitas pessoas na Escola. Quando os Mestres dizem para ir e fazer tal coisa, elas não fazem. Aí é onde entra em jogo a Vontade.


C: E nos foi dito para darmos as costas aos Mestres e enfrentar as necessidades do mundo.


AAB: Este é um dos paradoxos do ocultismo. Eu fui em grande parte responsável por essa atitude na Escola. Era minha reação à Sociedade Teosófica. Agora creio que retrocedemos. Voltemos a um ponto de equilíbrio. Que o grupo faça ambas as coisas. Que os Mestres e a Hierarquia sejam um tremendo fator neste grupo e que o serviço daqueles a quem servem os Mestres seja igualmente um importante fator. Então teremos uma vida espiritual equilibrada.


RK: Por isso muitos de nós têm uma atitude mística e não uma atitude ocultista. De alguma maneira a atitude mística para com os Mestres ainda está presente.


AAB: É isso que quero dizer. As pessoas dizem de mim: «ela é tão intelectual». Minha atitude está muito baseada em realidades. Não há visão porque não têm a visão de algo que é uma realidade. Têm que vivê-la. Creio que essa é a dificuldade de tantas pessoas. A Hierarquia não é uma realidade em suas vidas. A meu ver o que as pessoas deste grupo precisam é ter por base as realidades, que não sejam visionárias.


RK: Há uma nota em A Voz do Silêncio que é atribuída a Krishna: «Sem se mover... está o viajante neste caminho. Neste caminho, a qualquer lugar onde alguém vá, esse lugar se converte no seu próprio eu». Estas reuniões deveriam ser não para adquirir conhecimento, mas para um processo de vir a ser.


RK: Em um dos cadernos da Escola são apresentadas algumas formulações. Uma delas é, «Que a minha Alma que habita sempre na luz eterna se una em devota meditação com o Espírito sumamente bendito e sumamente inteligente». Trata-se de uma declaração ocultista, na qual se reconhece o fato de que esta personalidade se alinhou e é una com a Alma e faz da Alma algo inclusivo em si mesmo.


AAB: Não diz nada sobre a personalidade. Uma das razões pelas quais a retirei foi que era demasiado avançada. Tem a ver com a Terceira Iniciação. Poderíamos utilizá-la neste grupo, porque expressa a nossa realização nesta vida ou em uma próxima vida. Mas é demasiado poderosa para os graus inferiores. O que realmente estamos fazendo neste grupo, se tivermos êxito, é assentar as bases para a próxima etapa da apresentação dos ensinamentos esotéricos.


HR: Às vezes creio que não tenho atitude suficiente de veneração para com os Mestres. Os ensinamentos são claros e os planos são tão claramente satisfatórios que tenho a sensação de não me dar conta da importância dos Mestres. Creio de deveria ter mais dessa atitude de veneração.


AAB: Não creio. Estou cada vez mais surpresa de como nos primeiros dias da Escola parecia que fazíamos o que era correto, mas sem saber o estávamos fazendo. Nosso primeiro símbolo foi a pirâmide, que é feita principalmente de triângulos, e então começamos o trabalho de Triângulos.


M: O iniciado vive automaticamente, e suponho que isso seja a correta vivência hierárquica.


AAB: Uma benignidade instintiva. Ele não poderia fazer outra coisa. Não significa que nunca tenha falhas, mas a energia motivadora é sempre correta. O problema com os discípulos é que sua energia motivadora é só parcialmente correta.


M: Estou surpresa de que ele tenha usado a palavra «instintiva». Creio que melhor seria «intuitiva».


RK: Do ponto de vista dos Mestres, a consciência búdica corresponde ao nível instintivo da nossa consciência.

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