O Novo Grupo de Servidores do Mundo
Compilação


Mantra do Novo Grupo de Servidores do Mundo

Que o Poder da Vida Una
flua através do Grupo de todos os verdadeiros Servidores,

Que o Amor da Alma Una caracterize a vida de todos aqueles
que procuram ajudar os Grandes Seres,

Que eu cumpra a minha parte no Trabalho Uno
através do autoesquecimento,
da inofensividade e da correta palavra.



Relação dos títulos desta compliação:

Classificação da Humanidade
Antecedentes Históricos
Origem do Novo Grupo de Servidores do Mundo
Organização do NGSM
Características do NGSM
Requisitos para os Membros
Membros do NGSM
Símbolo do Grupo
Reunindo Homens e Mulheres de Boa Vontade
Sua Missão
Atividades e Técnicas
Perigos que o Grupo deve Evitar
Treinamento dos Servidores
A Situação Atual
Introduzindo a Nova Era
O Futuro do Grupo
Trabalho Criador
Ritmo Cíclico do NGSM
O Plano para a Humanidade
Impressão do Plano
Manifestação do Amor Grupal
Etapa de Desenvolvimento do Discípulo
A Exteriorização da Hierarquia
Preparação para o Reaparecimento do Cristo
Conclusão
Referências


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CLASSIFICAÇÃO DA HUMANIDADE

É possível classificar os povos do mundo em quatro grupos, segundo o ponto de vista d’Aqueles que procuram guiar a humanidade para a Nova Era. Trata-se, certamente, de uma generalização bastante ampla, havendo muitos grupos entre os quatro agrupamentos principais.

Primeiro, as massas ignorantes: Devido à pobreza, à falta de trabalho, ao analfabetismo, à fome, ao desespero e à falta de lazer e meios de aquisição de cultura, estão adormecidas. Têm suficiente desenvolvimento para responder às sugestões e ao controle mental das pessoas um pouco mais evoluídas que elas. São facilmente arregimentadas, influenciadas, padronizadas e impulsionadas a uma atividade coletiva pelos líderes de qualquer escola de pensamento que sejam suficientemente inteligentes e emocionais a ponto de despertar nelas os desejos materiais, o amor à pátria e o ódio por aqueles que possuem mais. Estas pessoas podem ser controladas pelo medo e, portanto, impulsionadas a agir mediante um apelo emocional.

Como não conhecem nada melhor e padecem de tantos sofrimentos, são facilmente arrastadas pelos fogos do ódio e do fanatismo e constituem uma das maiores e inocentes ameaças desta época. São joguetes nas mãos dos que estão bem informados e encontram-se indefesas contra os que procuram utilizá-las para qualquer propósito. São movidas com mais facilidade pelas exortações emocionais e pelas promessas, porque as ideias quase não chegam a impressionar suas consciências, posto que não estão suficientemente desenvolvidas para pensar por si mesmas. As massas lutam e morrem estimuladas por fogosos discursos, e poucas vezes sabem do que se trata. Suas condições de vida devem ser melhoradas, mas não pela exploração nem pelo derramamento de sangue.

Segundo, a chamada classe média em suas duas categorias, a superior e a inferior. Constitui a maior parte de toda nação, é inteligente, diligente, inquisitiva, de mente estreita e essencialmente religiosa, embora muitas vezes repudie os requisitos da religião. É arrastada pelo conflito econômico e é, sem exceção, o elemento mais poderoso de qualquer nação, dada a sua capacidade de ler, debater, pensar, investir dinheiro e apoiar qualquer facção. Representa a maior parte das pessoas participativas do mundo, que lutam por uma causa e formam grandes grupos, seja a favor ou contra um ou outro partido. Agrada-lhes reconhecer e eleger um líder, e estão dispostas a morrer por uma causa e a fazer incessantemente maiores sacrifícios por seus ideais, baseados nas ideias apresentadas pelos líderes escolhidos.

Não estabeleço diferenças nem situo a chamada aristocracia como um grupo porque ela é uma diferença de classe baseada, em grande parte, no patrimônio e no capital; os modernos reajustes nacionais estão rapidamente mesclando a aristocracia com a grande classe média. Como este nivelamento está se realizando em todas as partes, pode surgir agora a aristocracia espiritual – baseada na compreensão de sua origem e meta divinas, que não conhece distinção de classes, barreiras religiosas nem diferenças separatistas. Portanto, tratamos das divisões humanas e não das diferenças de classes.

O segundo grupo constitui o campo mais frutífero, do qual são extraídos os novos líderes e organizadores. Formam um grupo intermediário entre os pensadores do mundo, os intelectuais e as massas humanas. Em última análise, é o fator que determina os assuntos mundiais.

Devido à inteligência, às maiores possibilidades que têm de adquirir cultura, à capacidade de ler, ao impacto dos novos métodos de propaganda, da imprensa e da mídia, constitui o grupo mais poderoso do mundo em toda nação, e a eles se dirigem os líderes, pedindo apoio e lealdade partidária, que implementam o triunfo de qualquer líder. São os que contribuem com a maioria dos votos nos assuntos nacionais. Encontram-se dominados pela incerteza, dúvida e temor, profundamente arraigados, e pelo desejo de que se faça justiça e se estabeleça a nova ordem das coisas.

Sobretudo, desejam a paz, condições econômicas estáveis e um mundo ordenado. Estão dispostos a lutar por isso, combater em todos os partidos e grupos pelos ideais políticos, nacionalistas, religiosos, econômicos e sociais. Se praticamente não lutam no sentido físico, fazem-no por meio da palavra, discursos e livros.

Terceiro, os pensadores do mundo: São os homens e mulheres inteligentes e muito cultos, que captam as ideias e as formulam em ideais. Essas pessoas falam, escrevem artigos e livros e utilizam todos os métodos conhecidos para educar o público em geral, e assim fustigam a burguesia, obrigando-a a entrar em atividade e, por meio dela, agitam as massas. A função e o papel que desempenham são de suprema importância. Entre seus componentes saem aqueles que influenciam firmemente o curso dos acontecimentos mundiais, às vezes com fins altruístas, outras vezes com fins egoístas. Manejam a mente humana como um músico maneja seu instrumento, estando em suas mãos o poder da imprensa, da mídia e da tribuna pública. Sua responsabilidade é enorme. Alguns poucos, talvez mais do que parece, trabalham desinteressadamente, inspirados pela Nova Era. Dedicam-se a aliviar as condições humanas e a melhorar os assuntos mundiais, aplicando (correta ou erroneamente) certas linhas que, para eles, constitui a esperança do futuro e a elevação da humanidade. Encontram-se em todos os governos, partidos, sociedades e organizações, igrejas e grupos religiosos. Representam hoje a entidade mais influente, porque através deles se chega à grande classe média, influenciando-a e organizando-a para fins políticos, religiosos e sociais. Suas ideias e expressões se infiltram através da classe alta e da classe média, atingindo, finalmente, os ouvidos dos indivíduos mais avançados das massas não evoluídas.

Quarto, o Novo Grupo de Servidores do Mundo: São os que começam a formar uma nova ordem social no mundo. Politicamente não pertencem a nenhum partido ou governo.

Reconhecem todos os partidos, credos, organizações sociais e econômicas e todos os governos. Encontram-se em todas as nações e organizações religiosas e se ocupam em formular a nova ordem social. Do ângulo estritamente físico, não lutam pelo melhor que existe na velha ordem, nem por melhorar as condições do mundo. Consideram que os antigos métodos de luta, partidarismo e agressão, assim como as antigas técnicas de lutas partidárias fracassaram totalmente, e que os meios empregados até agora, em todas as partes e por todos os partidos e grupos (lutas, partidarismos violentos por um líder ou uma causa, ataques aos indivíduos cujas ideias ou modo de vida são considerados perniciosos para o gênero humano), estão fora de época e são considerados inúteis e inadequados para obter as desejadas condições de paz, plenitude econômica e compreensão. Estão ocupados na tarefa de inaugurar a nova ordem mundial, formando em todo o mundo – em toda nação, grande centro ou cidade pequena – um agrupamento de pessoas que não pertencem a partido algum nem apoia nenhuma facção, mas postula uma tribuna clara e definida e um programa tão prático como o de qualquer partido. Apoiam-se na divindade essencial do homem; seu programa se baseia na boa vontade, característica básica da humanidade.

Portanto, estão organizando atualmente as pessoas de boa vontade de todo o mundo, explicando-lhes um programa definido e postulando uma tribuna onde haja espaço para todos os homens e mulheres de boa vontade.

Afirmam e creem que seu chamado inicial foi de tal natureza, que se lhes for proporcionada a ajuda das mentes treinadas, que pertencem ao terceiro grupo descrito, e se lhes for facilitada a necessária ajuda financeira para realizar o trabalho educacional necessário e a propaganda para difundir a boa vontade, poderão mudar de tal modo o mundo (unicamente por meio das pessoas de boa vontade) que – sem guerra, sem despertar o ódio entre os homens, sem atacar nem apoiar causa alguma – a nova ordem poderá ser firmemente estabelecida sobre a terra. (Psicologia Esotérica, Volume II-480/3)

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ANTECEDENTES HISTÓRICOS

Por volta do ano 1400, a Hierarquia de Mestres enfrentava uma situação muito difícil. No que envolvia o trabalho do segundo raio (que tinha a ver com o ensinamento da verdade espiritual) sobreveio o que poderia se chamar de uma total exteriorização desta verdade. A atividade do primeiro raio também havia efetuado uma intensa diferenciação e cristalização entre as nações e os governos do mundo. Ambas as condições de ortodoxia concreta e diferenças políticas persistiram durante muitas gerações e ainda estão se manifestando. Existe hoje um estado de coisas similar, tanto no mundo da religião como no da política. Isto é verdade, quer se trate da Índia ou da América, da China ou da Alemanha, quer se estude a história do budismo com suas inúmeras seitas, o protestantismo com seus milhares de grupos militantes ou as muitas escolas de filosofia no Oriente e no Ocidente. A situação é universal e a consciência pública está muito dividida, mas este estado de coisas marca a culminação de um período de separatividade e o fim desta profunda divisão do pensamento.

Depois de observar e vigiar esta tendência durante outros cem anos, os Irmãos Mais Velhos da raça, por volta do ano 1.500 d.C., convocaram todos os setores para um conclave. O objetivo era determinar como se poderia acelerar o impulso de integração, que é essencialmente a nota-chave da nossa ordem universal, e que passos teriam de ser dados para produzir a síntese e a unificação que, no mundo do pensamento, tornariam possível a manifestação do propósito da Vida divina que trouxe tudo à existência Quando o mundo do pensamento se unificar, o mundo externo entrará em uma ordem sintética. Aqui é preciso lembrar que os Mestres pensam em termos mais amplos e trabalham em ciclos mais extensos do esforço evolutivo. Sua atenção não se ocupa especialmente dos diminutos e temporários ciclos e do insignificante fluxo e refluxo dos processos cósmicos.

No referido conclave tinham três coisas a fazer:

1. Ver o plano divino na escala mais ampla possível, e renovar Suas mentes com esta visão.

2. Observar quais eram as influências ou energias disponíveis para uso no grande esforço em que Eles estavam empenhados.

3. Treinar os homens e mulheres, então probacionários, chelas e iniciados, para que pudessem ter, a seu devido tempo, um grupo eficiente de ajudantes com os quais contar nos séculos vindouros.

Com relação a estes aspirantes, Eles tinham dois problemas:

1. Tratar da inaptidão, até mesmo por parte dos discípulos mais avançados, de manter a continuidade de consciência, falha essa em que até os iniciados incorrem hoje.

2. Os Mestres descobriram que as mentes e os cérebros dos chelas eram extremamente insensíveis aos contatos superiores, condição que ainda perdura. Os chelas da época, como também ocorre agora, tinham aspiração, desejo de servir à humanidade, devoção e, em alguns casos, um instrumental mental regular, mas careciam de sensibilidade telepática, de resposta instintiva à vibração hierárquica e não estavam livres do psiquismo inferior, requisitos necessários ao trabalho intenso e inteligente. Lamentavelmente, esta condição permanece. A sensibilidade telepática aumenta cada vez mais, como resultado das condições mundiais e da corrente evolutiva, e isto (para aqueles que trabalham no plano interno) é um indício muito alentador, embora o amor pelos fenômenos psíquicos e a ignorância em diferenciar os diversos graus de vibração dos trabalhadores hierárquicos ainda atrapalhem muito o trabalho.

Vocês vão se perguntar, e com todo direito, qual é este plano? Quando falo do plano não me refiro ao plano geral como o da evolução nem ao plano para a humanidade, ao qual aplicamos a expressão quase sem sentido de desenvolvimento da alma. Estes dois aspectos do esquema do nosso planeta são dados como certos e nada mais são do que maneiras, processos e meios para um fim específico. O plano, segundo os Mestres percebem atualmente e para o qual trabalham com constância, pode ser definido da seguinte maneira: É a produção de uma síntese subjetiva na humanidade e de uma interação telepática que, a certa altura, aniquilará o tempo. Disponibilizará aos homens todas as realizações e conhecimentos do passado, revelará ao homem o verdadeiro significado da sua mente e cérebro e o converterá em mestre deste instrumental, tornando-o assim onipresente e, afinal, lhe abrirá a porta para a onisciência. Este próximo desenvolvimento do plano produzirá no homem uma compreensão – inteligente e cooperativa – do propósito divino, o qual, Aquele em Quem vivemos, nos movemos e temos o nosso ser, considerou inteligente levar à exteriorização. Não creiam que posso explicar o plano tal qual é. Não é possível para nenhum homem de grau inferior ao de iniciado de terceiro grau vislumbrá-lo e muito menos compreendê-lo. O desenvolvimento do mecanismo, pelo qual um discípulo pode estar em relação com Aqueles que são responsáveis por empreender os planos, e a capacidade de conhecer (e não só de perceber tenuemente) esse diminuto aspecto do todo, que constitui o passo imediato e com o qual é possível colaborar, pode ser alcançado por todos os discípulos e devem mantê-lo como meta diante dos aspirantes. Com exceção dos discípulos probacionários, que ainda não são suficientemente firmes no esforço, todos podem se dedicar a alcançar a continuidade de consciência e despertar a luz interna que, quando for percebida e empregada de maneira inteligente, servirá para revelar outros aspectos do plano, especialmente aquele ao qual o conhecedor iluminado pode responder e servir de forma útil.

Foi este o objetivo de todo o treinamento dado durante os últimos 400 anos, e poderão imaginar a grande paciência exercida pelos Conhecedores da raça. Trabalham lentamente e com deliberação para Seu objetivo, sem pressa aparente, mas – e aqui reside o interesse imediato do que tenho a comunicar – possuem um limite de tempo, baseado na Lei de Ciclos; diz respeito à atuação de certos períodos de oportunidade que, necessariamente, têm um limite.

Olhando na direção do futuro, durante o conclave que mencionei, os servidores da raça perceberam a futura entrada da era aquariana, com suas energias características e maravilhosas oportunidades. Isto foi observado e procuraram preparar o homem para este período de cerca de 2.500 anos de duração que, devidamente utilizado, promoveria a unificação consciente e inteligente do gênero humano, produzindo assim a manifestação do que prefiro chamar de “fraternidade científica”, o oposto da acepção sentimental do termo, tão prevalecente hoje.

Consideraram então necessário fazer duas coisas antes de poder utilizar de maneira proveitosa as potências da era aquariana, prestes a se manifestar. Primeiro, a humanidade devia elevar a consciência ao plano mental; tinha de se expandir para incluir não só o mundo da emoção e do sentimento, mas também o do intelecto. Era necessário ativar as mentes dos homens de forma ampla e geral e todo o nível da inteligência humana deveria ser elevado. Segundo, era preciso fazer algo para derrubar as barreiras da separatividade, o isolamento e o preconceito, que mantinham separados os homens e que, segundo Eles previam, iria aumentar ainda mais. Ciclo após ciclo, iriam se fechando mais em si mesmos – satisfação, exclusão e orgulho racial. O resultado de tudo isto levaria, inevitavelmente, a uma ampla separatividade e à edificação de barreiras mundiais entre uma nação e outra, entre uma raça e outra.

Esta determinação dos membros da Hierarquia de treinar as mentes dos homens com maior rapidez, e a construção de uma unidade mais sintética, os levou a uma decisão que envolvia a formação de unidades grupais e que gerou o surgimento dos grupos de trabalhadores e pensadores que, mediante suas atividades, governaram e modelaram tão amplamente o nosso mundo durante os últimos três ou quatro séculos. Portanto, desde a data deste conclave, temos a inauguração do trabalho grupal específico e definido, claramente delineado, cada grupo representando alguns aspectos peculiares da verdade e do conhecimento da realidade.

Estes grupos se classificam de maneira geral em quatro setores principais: cultural, político, religioso e científico. Em tempos mais modernos surgiram, claramente, outros três grupos: filosófico, psicológico e financeiro. Logicamente, os filósofos estiveram sempre entre nós, mas a maioria representava uma unidade isolada que fundava escolas caracterizadas pelo partidarismo e separatividade. Atualmente não há personagens que se sobressaiam como no passado, mas grupos que representam certas ideias. É de profunda importância que o trabalho destes sete grupos de pensadores seja reconhecido como parte do programa hierárquico destinado a produzir certa situação, originar determinadas condições preliminares e desempenhar um papel preciso no trabalho da evolução mundial, no que diz respeito à humanidade.

Sob a influência dos diferentes raios que entram e saem de atividade ciclicamente, surgiram então reduzidos grupos de homens que desempenharam a sua parte de forma grupal, e desapareceram, muitas vezes inconscientes da inerente síntese deles e de seus colaboradores. Como ficará patente, se olharmos inteligente e retrospectivamente para a história, veremos o trabalho que efetuaram para a raça, e a contribuição dada para o progresso do gênero humano se destaca com toda a clareza. Não disponho de tempo para tratar desta série de grupos, cada um deles exerceu uma contribuição especial, nem posso esboçar para vocês o trabalho que efetuaram, ou os impulsos subjetivos sob os quais trabalharam. Posso apenas indicar a tendência do esforço realizado e permitir que algum esclarecido estudante da história trace o fio dourado de seu trabalho espiritual, à medida que o nível mental da raça se eleva e o homem é posto em relação com o mundo em que viveu, abrindo-lhe os olhos não só sobre a natureza da matéria e da forma, mas sobre as profundezas recônditas do seu próprio ser. Devido às suas atividades, temos agora uma humanidade em estreita relação, embora não unificada, e caracterizada por três coisas:

1. Uma assombrosa inter-relação e intercomunicação, cujos servidores são o rádio, a imprensa, o transporte moderno, o telefone e o telégrafo.

2. Uma empresa filantrópica universal e o aumento do senso de responsabilidade com relação aos irmãos, totalmente desconhecidos nos idos de 1500, dos quais movimentos como a Cruz Vermelha, fundações educacionais, hospitais e os meios de ajuda econômica em todos os países são as manifestações exotéricas.

3. Uma divisão de toda a família humana, consciente ou in- consciente, em dois grupos básicos: primeiro, os que defendem a antiga ordem de coisas, que são reacionários e separatistas. Representam o nacionalismo separatista, fronteiras, servidão e obediência servil; exemplificam o sectarismo religioso e a dependência da autoridade. São contrários a todas as inovações e ao progresso moderno. Segundo, os que têm a visão de um mundo unificado, onde amar a Deus significa amar o próximo, e os motivos subjacentes em todas as atividades, religiosas, políticas e educacionais, caracterizam-se por uma consciência mundial e pelo bem-estar do todo e não da parte.

A unificação a que aspiram as pessoas que olham para o futuro não implica em se despreocupar de nenhuma das partes, mas sim em cuidar e nutrir cada uma delas, a fim de poder contribuir para o bem-estar de todo o organismo. Implica, por exemplo, no governo correto e no desenvolvimento oportuno de toda a unidade nacional para que possa desempenhar adequadamente os deveres internacionais e, assim, ser parte de uma fraternidade mundial de nações. Este conceito nem sequer trata da formação de um estado mundial, mas do desenvolvimento de uma consciência pública universal que se dê conta da unidade do todo, produzindo a determinação de um por todos e todos por um, como já se disse. Somente assim será possível fomentar uma síntese internacional caracterizada pelo altruísmo político e nacional. Este estado mental universal não implica inevitavelmente no estabelecimento de uma religião mundial ou universal. Requer apenas o reconhecimento de que todas as formulações da verdade e da fé são apenas parciais em tempo e espaço e que são adequadas temporariamente, segundo os temperamentos e as condições da época e da raça. Aqueles que propiciam certa postura especial com relação à verdade compreenderão que outras perspectivas, terminologias e meios de expressão, como também modos de definir a deidade, podem ser igualmente corretos e constituir em si aspectos de uma verdade maior e mais vasta do que o instrumental atual do homem é capaz de captar e expressar. Os Próprios Grandes Seres só vislumbram vagamente a realidade e, embora estejam mais cientes do que os Seus chelas dos propósitos mais profundos subjacentes, nem Eles percebem a meta final. Também são obrigados a usar em Seus ensinamentos termos inadequados, como Realidade Absoluta e Realização final.

Por isto, nos últimos três séculos, surgiu um grupo atrás do outro e cada um desempenhou a sua parte. Hoje desfrutamos dos benefícios gerados pelos esforços feitos. No grupo cultural, por exemplo, vimos o surgimento dos poetas da era elisabetana, os músicos da Alemanha e da era vitoriana. Há também grupos de artistas pintores, fundadores das famosas escolas que são a glória da Europa. Dois grupos famosos, um cultural e outro político, também exerceram seu papel, um promovendo o Renascimento e, o outro, a Revolução Francesa. Os efeitos deste trabalho ainda são percebidos, porque o movimento humanista moderno, com ênfase no passado que vem se aperfeiçoar no presente, e a busca das raízes dos instrumentais do homem nas tendências anteriores remontam ao Renascimento. A revolução e a determinação de lutar pelos direitos divinos do homem encontram a principal influência e ímpeto na Revolução Francesa. A sublevação, a formação de partidos políticos, a luta de classes, tão prevalecentes hoje, e a separação de cada país em grupos políticos antagônicos, se sempre foram esporádicas, tornaram-se universais nos últimos duzentos anos, e todas resultam da atividade grupal iniciada pelos Mestres. Devido a isto, os homens progrediram e aprenderam a pensar, e embora possam pensar erradamente e empreender experimentos desastrosos, o bem final é inevitável. Desconfortos temporários, depressões passageiras, guerra e derramamento de sangue, privações e vícios, podem levar o homem que não pensa às profundezas do pessimismo. Mas aqueles que conhecem e percebem a mão condutora interna da Hierarquia estão conscientes de que o coração da humanidade é sadio e que do caos atual e, talvez, muito por causa dele, surgirá quem tem capacitação para resolver a situação e é adequado para a tarefa de unificação e síntese. Este período foi chamado ocultamente de “a era de restauração do que foi destruído pela queda”. Chegou o momento em que as partes separadas podem se reunir e a totalidade se elevar novamente à perfeição primitiva.

Os grupos religiosos também foram muitos – tantos que não seria possível enumerá-los. Temos os grupos de místicos católicos que são a glória do Ocidente; há os protestantes, luteranos, calvinistas e metodistas, os Padres Peregrinos – aqueles homens severos e sérios – os huguenotes e os mártires morávios e milhares de seitas modernas de cada grupo. Todos serviram ao seu propósito e conduziram o homem ao ponto de sublevação, afastando-o da submissão à autoridade. Pela força do seu exemplo excepcional, levaram o homem a pensar por si mesmo. Defenderam a liberdade e o direito pessoal de saber.

Estes últimos grupos atuaram amplamente sob a influência do sexto e segundo raios. O grupo cultural surgiu sob o quarto raio, enquanto que o primeiro raio estimulou as atividades políticas que produziram tantas mudanças nas nações. Sob o impulso dos raios quinto e terceiro, surgiram os grupos de pesquisadores nas ciências, que trabalham com as forças e energias que constituem a Vida divina, ocupam-se da aparência externa de Deus, buscando de fora para dentro, demonstrando ao homem a sua unidade essencial com toda a criação e a sua relação, intrínseca e vital, com todas as formas de vida. Os nomes dos indivíduos de qualquer grupo são em grande número e relativamente sem importância. O que vale é o grupo e o trabalho inter-relacionado dos grupos. É interessante observar que no grupo científico a unidade subjacente é especialmente marcante, porque seus membros são livres de sectarismos e rivalidades. Já não se pode dizer o mesmo dos grupos religiosos e políticos.

Em comparação com as muitas nações e o grande número de homens na Terra, os grupos modeladores dos diferentes setores são poucos, e os membros, a contribuição para o engrandecimento da expressão humana, assim como o lugar que ocupam no plano, podem ser descortinados com facilidade. É necessário destacar o ponto de que a motivação de todos tem origem no aspecto subjetivo e interno da vida; apareceram sob um impulso divino e têm um trabalho específico a realizar; nas primeiras etapas eram formados por discípulos e iniciados de menor grau; todos foram guiados paulatinamente e de forma subjetiva por suas próprias almas e, por sua vez, colaboraram conscientemente com a Hierarquia dos Conhecedores. E assim foi, embora o indivíduo em si tenha sido completamente inconsciente do papel que lhe coube no grupo e da missão divina deste grupo. Lembrem-se também de quenão houve nem um só fracasso, embora muitas vezes o indivíduo ignore o êxito. A característica destes trabalhadores é que constroem para a posteridade. É bem verdade que aqueles que os seguiram, fracassaram, e aqueles que responderam a este trabalho não foram fiéis ao ideal, mas o grupo inicial triunfou invariavelmente. Isto, por certo, exclui o pessimismo e demonstra a enorme potência da atividade subjetiva.

É preciso fazer uma observação sobre os três grupos aos quais me referi acima. O trabalho deles é diferente com relação ao trabalho dos outros grupos e seus componentes são extraídos de todos os grupos de raio, embora os integrantes do terceiro grupo (os financistas) pertençam, principalmente, ao sétimo raio, ou da organização cerimonial. Por ordem de surgimento, são os grupos de filósofos, psicólogos e homens de negócios.

O grupo mais moderno de filósofos está moldando poderosamente o pensamento, enquanto que as antigas escolas dos filósofos asiáticos só agora começam a exercer influência sobre as ideias ocidentais. Mediante a análise, a correlação e a síntese, desenvolve-se o poder do pensamento do homem, e a mente abstrata pode se unificar com a concreta. Portanto, pelo trabalho, esta interessante sensibilidade do homem com suas três marcantes características, instinto, intelecto e intuição, é levada a uma condição de coordenação inteligente. O instinto relaciona o homem com o mundo dos animais, o intelecto o une com seus semelhantes, enquanto que a intuição lhe revela a vida da divindade. Todos os três são tema de investigação filosófica, porque a temática dos filósofos é a natureza da realidade e os meios de adquirir conhecimento.

Os dois grupos mais modernos são o dos psicólogos, que trabalham sob o preceito délfico, “Homem, conhece-te a ti mesmo”, e o dos financistas, guardiões dos meios com os quais o homem pode viver no plano físico. Estes dois grupos, necessariamente e apesar de aparentes divergências e diferenças, são mais sintéticos em seus aspectos básicos que quaisquer dos outros. Um grupo se ocupa do gênero humano, dos distintos tipos de humanidade, do mecanismo empregado, dos impulsos e das características do homem e do propósito – aparente e oculto – do seu ser. O outro comanda e organiza os meios em virtude dos quais ele existe, controlando tudo o que pode se converter em energia e constituindo uma ditadura sobre todos os meios de relação, comércio e intercâmbio. Controla a multiplicidade de objetos-forma que o homem moderno considera essenciais para seu estilo de vida. O dinheiro, como já se disse, é apenas energia ou vitalidade cristalizada, que o estudante oriental denomina energia prânica. É uma concreção de força etérica. Assim, é energia vital exteriorizada, e este tipo de energia é dirigida pelo grupo financeiro. É o último grupo do ponto de vista cronológico, cujo trabalho (devemos ter em mente) é claramente planejado pela Hierarquia, produzindo efeitos de grande alcance na Terra.

Agora, com séculos transcorridos desde o conclave do século XVI, estes grupos externos exerceram sua parte e realizaram um serviço muitíssimo notável. Os resultados alcançados chegaram a uma etapa em que são eficazes em nível internacional, com uma influência que não se restringe a uma nação ou raça. A Hierarquia enfrenta hoje outra situação, que requer um tratamento muito cuidadoso. Deve reunir e unificar os diversos fios de energia que estão exercendo influência e as diferentes tendências do poder do pensamento, produzidas pelo trabalho dos grupos desde o ano 1500. Além disso, deve contrabalançar alguns dos efeitos que tendem a fomentar maiores diferenciações, o que ocorre inevitavelmente quando a força faz contato com o mundo material. Os impulsos iniciais contêm em si potencialidades que tanto servem para o bem como para o mal. Enquanto a forma permanecer como importância secundária e relativamente insignificante, a chamamos boa. Então é a ideia que controla e não a sua expressão. À medida que o tempo passa e a energia do pensamento produz impacto sobre a matéria e as mentes inferiores se apoderam do tipo específico de energia, ou são vitalizadas por ela, então o mal começa a fazer sentir a sua presença. A demonstração final se dá sob a forma de egoísmo, separatividade, orgulho e as características que produziram tanto dano no mundo. (Tratado sobre a Magia Branca – 337/346)

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ORIGEM DO NOVO GRUPO DE SERVIDORES DO MUNDO

Estamos, pois, passando por uma etapa intermediária de mudanças e dúvidas, de rebeldia e a consequente e aparente licenciosidade. Os métodos da ciência estão sendo aplicados à crença religiosa – pesquisa e análise, comparação e dedução. A história das religiões, os fundamentos da doutrina, a origem das ideias e a propagação da ideia de Deus estão sendo submetidos à pesquisa e ao estudo, o que leva a muitas controvérsias e à rejeição das antigas ideias estabelecidas com relação a Deus, à alma, ao homem e seu destino. Da miscelânea de ideias, teorias, especulações, religiões, igrejas, cultos, seitas e organizações surgem duas linhas principais de pensamento – uma destinada a desaparecer a certa altura, a outra a se fortalecer e a crescer até que, por sua vez, dê nascimento (para nós) à formulação mais moderna e atualizada da verdade que será adequada para a próxima era e levará o homem ao elevado pináculo do Templo e ao Monte da Iniciação. São elas:

1. As que olham para o passado e se agarram aos velhos costumes, às antigas teologias e aos métodos reacionários de rejeição em encontrar a verdade. Elas reconhecem a autoridade, seja a de um profeta, uma bíblia ou uma teologia. São as que preferem obedecer à autoridade imposta, em vez da guia autoimposta de uma alma iluminada. São as seguidoras de uma Igreja e de um governo, caracterizam-se por devoção e amor puros, mas não querem reconhecer a divina inteligência de que são dotadas. A devoção, o amor a Deus, a consciência rígida, mas mal orientada e a intolerância, assinalam-nas como devotas, mas estão cegas pela própria devoção, e o progresso é limitado pelo fanatismo. Pertencem, em sua maioria, à velha geração, e a esperança para elas reside na devoção e no fato de que a própria evolução as levará adiante para o segundo grupo.

A este primeiro grupo foi entregue o trabalho de cristalização, cujo resultado será a completa destruição da antiga forma; a ele foi confiada a tarefa de definir as antigas verdades, a fim de esclarecer a mente da raça e reconhecer o essencial e o não essencial, pelo que são, e comparar de tal forma as ideias fundamentais com as formulações dos dogmas, que o básico será percebido e as crenças secundárias e sem importância serão rejeitadas, porque na era vindoura somente o fundamental e causativo terá valor.

2. O segundo grupo ainda é uma minoria muito pequena, mas que está aumentando de maneira constante. É o grupo interno dos que amam a Deus, dos místicos intelectuais, dos conhecedores da realidade, que não pertencem a uma religião nem organização, mas que se consideram membros da Igreja universal e “membros uns dos outros”. São extraídos de todas as nações, raças e povos; pertencem a todas as cores e escolas de pensamento e, no entanto, falam a mesma língua, aprendem mediante os mesmos símbolos, trilham o mesmo caminho, rejeitaram as mesmas coisas não essenciais e isolaram o mesmo conjunto de convicções essenciais. Reconhecem-se entre si; dedicam a mesma devoção aos guias espirituais de todas as raças e utilizam com igual liberdade as bíblias dos demais. Compõem a estrutura subjetiva do novo mundo; constituem o núcleo espiritual da futura religião mundial; são o princípio unificador que, oportunamente, salvará o mundo.

No passado tivemos Salvadores mundiais – Filhos de Deus que anunciaram uma mensagem mundial e geraram um aumento de luz para os povos. Agora, na plenitude do tempo, e mediante o trabalho de evolução, está emergindo um grupo que talvez trará a salvação para o mundo, o qual – encarnando as ideias grupais e demonstrando a natureza grupal, manifesta em forma reduzida o verdadeiro significado do corpo de Cristo, e dando ao mundo uma imagem da verdadeira natureza de um organismo espiritual – estimulará e energizará de tal modo os pensamentos e as almas dos homens, que a Nova Era se apresentará pela afluência do amor, do conhecimento e da harmonia do próprio Deus.

No passado, as religiões eram fundadas por uma grande alma, um Avatar, uma personalidade espiritual marcante, e a marca de suas vidas, palavras e ensinamentos ficou estampada na raça e persistiu durante muitos séculos. Qual será o efeito da mensagem de um Avatar grupal? Qual será a potência do trabalho de um grupo de conhecedores de Deus, anunciando a verdade e reunidos subjetivamente na grande obra de salvação do mundo? Qual será o efeito da missão de um grupo de Salvadores do mundo, não como Cristos, mas todos conhecedores de Deus em certa medida, complementando esforços, um reforçando a mensagem do outro e constituindo um organismo pelo qual a energia espiritual e o princípio vida espiritual podem fazer sentir sua presença no mundo?

Este grupo e seus membros existem em todos os países. Relativamente são poucos e dispersos, mas o número está aumentando continuamente e a mensagem deles será cada vez mais registrada. Estão investidos do espírito de construção, pois são os construtores da Nova Era; a eles foi atribuído o trabalho de preservar o espírito da verdade e de reorganizar os pensamentos dos homens, a fim de controlar a mente racial e levá-la à condição meditativa e reflexiva que lhe permitirá reconhecer o próximo desenvolvimento da divindade. (Tratado sobre Magia Branca – 274/277).

2. Há mais ou menos dezessete anos, os Mestres se reuniram e tomaram uma decisão muito importante. Assim como no conclave anterior foi decidido reunir as massas incipientes de homens e grupos de trabalhadores de distintas linhas para lhes encomendar a tarefa de elevar a humanidade e expandir a consciência humana, da mesma maneira agora julgou ser oportuno extrair dos inúmeros grupos um que reunisse homens de todas as raças, de todos os tipos e tendências (como ocorre com a Hierarquia). (Tratado sobre Magia Branca – 347).

3. Se é verdade que está sendo reunido na base do nosso atual estado mundial um grupo de místicos que se caracterizam pelo conhecimento, visão e poder de atuar nos níveis mentais, invisíveis e não reconhecidos pelos homens, também é possível observar que este grupo não se restringe aos tipos estritamente religiosos. É formado por homens e mulheres de todos os setores do pensamento humano, inclusive de cientistas e filósofos. (Tratado sobre Magia Branca – 278).

4. Se pudéssemos observar, como fazem aqueles que estão no aspecto interno e comparar a luz que possui a humanidade atual com a que possuía há duzentos ou trezentos anos, apreciaríamos o enorme progresso realizado. Isto se evidencia no estabelecimento de um grupo de “almas condicionadoras” que atua sob o nome de Novo Grupo de Servidores do Mundo, iniciado em 1925. (Psicologia Esotérica Volume II – 206/7).

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ORGANIZAÇÃO DO NGSM

1. Muitas vezes falamos do grupo de conhecedores que vai se integrando e começa a atuar na Terra, reunidos em formação aberta e ligados por um vínculo espiritual interno e não pela organização externa. (Tratado sobre Magia Branca – 335)

2. Trata-se de um grupo que não tem organização exotérica de espécie alguma, não tem sede, publicidade nem nome. É um conjunto de trabalhadores obedientes e servidores do VERBO – obedientes às próprias almas e à necessidade do grupo. Portanto, os verdadeiros servidores, de todas as partes, pertencem a este grupo, quer prestem serviço no campo cultural, político, científico, religioso, filosófico, psicológico ou financeiro. Constituem parte, saibam ou não, do grupo interno de trabalhadores para a humanidade, e de místicos do mundo. Serão reconhecidos pelos membros do grupo quando entrarem em contato com eles de forma casual no relacionamento mundial. (Tratado sobre Magia Branca – 347)

3. O crescimento do grupo e de suas ideias será lento e seguro. O grupo já existe. Não deve ser formado nem organizado, portanto nenhum de vocês deve assumir responsabilidades nem organizar nenhuma atividade para atrair e dar publicidade aos discípulos que optaram por trabalhar subjetivamente, pois não são os métodos que os Irmãos Mais Velhos da raça aprovam nem a forma como Eles trabalham.

Cada um de vocês deve saber se aprova a nova posição, a nova atitude com relação ao trabalho e ao método subjetivo. Decidam-se de uma vez por todas se preferem trabalhar na antiga forma exotérica e ambiciosa, construindo e vitalizando uma organização, e assim produzir o mecanismo que acompanha este método de trabalho. Lembrem-se que estes grupos ainda são muito necessários e úteis. Ainda não estamos na Nova Era e os mais novos não devem ficar expostos às forças que chegam, nem afastados e privados da “creche” que é o seu lugar.

Se este novo método de trabalho os atrai, procurem subordinar a personalidade, dar suprema importância à vida de meditação, cultivar a sensibilidade com relação ao reino subjetivo e manejar de dentro para fora qualquer atividade externa necessária. Evitem a introspecção puramente mística ou seu extremo oposto, o espírito de exagerada organização, lembrando que uma vida de verdadeira meditação ocultista deve produzir inevitavelmente acontecimentos externos, mas que estes resultados objetivos sejam ocasionados pelo crescimento interno e não pela atividade externa. Uma antiga Escritura ensina esta verdade nos seguintes termos:

“Quando o sol progride na mansão do homem que serve, o caminho da vida toma o lugar do caminho do trabalho. Então a árvore da vida cresce até que seus ramos abriguem todos os filhos dos homens. Cessam a construção do Templo e o carregamento de pedras. Veem-se as árvores que crescem; os edifícios desaparecem. Que o sol passe ao seu lugar assinalado e, neste dia e geração, cuidem das raízes do crescimento”.

Pequenos grupos surgirão por todo lado, cujos integrantes respondem à nova nota e cujo progresso em direção a um grupo mundial será assistido por um ou mais discípulos ativos. Estes, porém, não organizarão os grupos; eles se desenvolverão quando os homens de todas as partes despertarem para a nova visão ou vierem à encarnação para ocupar seu lugar no trabalho e trazer a Nova Era. Estes grupos não demonstrarão nenhum senso de separatividade, nem terão ambição pessoal ou grupal; reconhecerão sua unidade com tudo o que existe e permanecerão diante do mundo como um exemplo de vida pura, criadora e construtiva, de atividade criadora subordinada ao propósito geral, de beleza e inclusividade. Talvez nas primeiras etapas de integração, a palavra amizade e colaboração descrevam melhor esses grupos, pois não são dogmáticos nem doutrinários, nem utilizam sinais secretos de reconhecimento. A característica distintiva será a ausência do espírito de crítica, tanto individual como grupal. A abstenção de criticar não será oriunda da incapacidade de ver o erro, ou de não saber dar o devido valor a uma ideia; serão reconhecidas a falsidade, a impureza e a fraqueza pelo que são, mas quando observadas só servirão para evocar uma ajuda amorosa.

Estes grupos chegarão paulatinamente a se conhecer entre si e a se encontrar em lugares e horas determinados. Estarão presentes em conferências sem nenhum desejo de impressionar nem de fazer alarde de poder numérico; também não demonstrarão ambição alguma de aumentar o número de componentes. Como poderiam agir dessa maneira, quando se reconhecem como integrantes de um mesmo Grupo mundial? Não têm que dar ensinamento de natureza doutrinária nem procurarão demonstrar erudição. Vão se reunir com o único objetivo de debater maneiras de ajudar o mundo e de desenvolver uma plataforma de tal abrangência universal e composta de tais verdades fundamentais que possam ser apresentadas sob diferentes métodos e utilizar as mais diversas terminologias. Eles se esforçarão para empregar a terminologia uns dos outros e para conhecer a perspectiva de todos eles frente à realidade e à simbologia.

A nota e a contribuição especial de cada grupo serão gradualmente reconhecidas e onde houver necessidade de determinada abordagem, tônica ou método de interpretação, em qualquer parte do mundo, haverá um impulso imediato e unido que facilitará o trabalho que o grupo especializado poderá desempenhar em tal lugar.

Estes grupos, com o grupo subjetivo de almas viventes e conscientes por trás deles, ficarão muito ocupados no serviço e interesses mundiais. Não perderão tempo com coisas frívolas, não essenciais, nem se ocuparão de nomes, sinais distintivos e emblemas grupais, nem dos tecnicismos das fraternidades quando se encontrarem. As necessidades e oportunidades mundiais, o rápido desenvolvimento da consciência do gênero humano e a iniciação da humanidade nas realidades espirituais absorverão tanto a sua atenção, que não se interessarão puramente pelos arranjos do plano físico nem enfatizarão o seu próprio desenvolvimento pessoal. Serão bem conscientes de que a resposta à necessidade mundial, mediante o serviço e uma vida de meditação enfocada, fomentará o crescimento. Não terão os olhos postos em si mesmos nem em seu bom comportamento ou realizações individuais. (Tratado sobre Magia Branca – 356/59)

4. Uma das características que distingue o grupo de servidores e conhecedores do mundo é que não possuem um organismo externo que os integre. Estão ligados por uma estrutura interna mental e por um meio telepático de inter-relação. Os Grandes Seres, aos Quais procuramos servir, estão vinculados desta maneira e podem – em caso de necessidade e com o mínimo desgaste de forças – se pôr em contato entre si, sintonizando-se em uma determinada vibração. (Telepatia e o Veículo Etérico – 9)

5. A organização externa é importante, até onde puder levar ao aproveitamento hábil da oportunidade e do dinheiro, mas é também um meio para um fim. Não é possível formar uma organização com o Novo Grupo de Servidores do Mundo. Seus membros devem permanecer sempre sem se organizar, sem possuir títulos e livres para agir individualmente como considerarem apropriado. Refiro-me à organização dos recursos disponíveis para que se possa promover o Plano, tornar práticos os ideais e empreender o trabalho inteligentemente. (Psicologia Esotérica Volume II – 505)

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CARACTERÍSTICAS DO NGSM

1. O mundo hoje chegou a outro momento de crise. Não me refiro às condições mundiais atuais, mas ao estado da consciência humana. A mente alcançou o poder de atuar e as personalidades estão coordenadas. Os três aspectos do homem estão se mesclando; é possível haver outra formação ou precipitação da Hierarquia de Adeptos. No plano físico está se integrando – silenciosa, constante e poderosamente – sem qualquer organização exotérica, cerimonial ou forma externa, um grupo de homens e mulheres que, em certo momento, substituirá o esforço hierárquico anterior. Fará as vezes de todas as igrejas, de todos os grupos e de todas as organizações e, com o tempo, constituirá a oligarquia de almas seletas que governará e guiará o mundo.

Estão sendo extraídos de todas as nações, mas não são escolhidos nem reunidos pela alerta Hierarquia, nem por algum Mestre, mas pelo poder de responder à oportunidade, à corrente e à nota espiritual. Surgem de todos os grupos, igrejas e partidos e, em consequência, serão verdadeiramente representativos. Nada fazem pelo impulso da própria ambição e orgulho, mas mediante o altruísmo do próprio serviço que prestam. Encontram o caminho para o topo em todos os campos do saber humano, não pela vociferação das próprias ideias, descobertas e teorias, mas porque são tão inclusivos em suas perspectivas e tão amplos em sua interpretação da verdade, que veem a mão de Deus em todos os acontecimentos, em todas as formas e Sua nota ressoa por todos os canais de comunicação entre a realidade subjetiva e a forma externa objetiva. Pertencem a todas as raças, falam todos os idiomas, abraçam todas as religiões, todas as ciências e todas as filosofias. Suas características são: síntese, inclusividade, intelectualidade e um excelente desenvolvimento mental. Não professam nenhum credo, salvo o da Fraternidade, baseado na Vida Una. Não reconhecem autoridade alguma, salvo a de suas próprias almas, nenhum Mestre, salvo o grupo a que procuram servir, e a humanidade, à qual dedicam amor profundo. Não erguem barreiras ao seu redor, são regidos por uma ampla tolerância, uma mentalidade sadia e o devido senso de proporção. Contemplam o mundo dos homens com olhos bem abertos e reconhecem aqueles que podem elevar e, como fazem os Grandes Seres, elevam, ensinam e ajudam. Também reconhecem os seus pares e iguais, como reconhecem entre si quando se encontram e trabalham juntos na tarefa de salvar a humanidade. Não importa se a terminologia difere, se a interpretação dos símbolos e escrituras varia ou se falam muito ou pouco. Veem os membros do seu grupo em todos os setores – político, científico, religioso e econômico – a eles dão o sinal do seu reconhecimento, estendendo-lhes a mão de irmão. Reconhecem também aqueles que se encontram mais avançados na etapa da evolução e os denominam Instrutores, procurando aprender com Eles o que tão ardentemente desejam transmitir. (Tratado sobre Magia Branca – 336/37).

2. Os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo, embora atuem mentalmente sem se dar conta, trabalham não obstante “pela impressão”, segundo se diz. Seu principal dever, que suas almas lhes impõem, é preservar a sensibilidade interna. Fazem isso na maioria dos casos e seu intenso interesse no trabalho faz com que se centralizem e se dediquem à sua tarefa. Em consequência, todas as reações da personalidade mantêm-se subordinadas ao trabalho que têm à mão, e o homem inferior não apresenta obstáculos a esta impressão. (Discipulado na Nova Era, Volume I – 158)

3. O Novo Grupo de Servidores do Mundo é formado hoje por dois grupos de pessoas: I. Os que são conscientes do Plano, estão submetidos à impressão hierárquica, e são sensíveis a ela; estão dedicados à tarefa de obter a fusão ou unificação grupal desejada. São os servidores consagrados do mundo, livres de todo matiz de separatividade, plenos de amor para com todos os que anseiam pela difusão da boa vontade compreensiva. São a analogia do “coração amoroso consagrado”.

II. Uma pequena minoria surgida do Novo Grupo de Servidores do Mundo e que (em cada país) pode atuar de forma grupal se assim decidir, e chegar à fusão para a qual trabalha o Novo Grupo de Servidores do Mundo; o ponto de tensão na humanidade e na Hierarquia predispôs e preparou os corações dos homens. Sua oportunidade e responsabilidade são grandes, porque conhecem o Plano, estão em contato com os guias instrutores no aspecto interno e são sensíveis à impressão superior, sendo a analogia dos pontos de iluminação e também das “mentes iluminadas”. (A Exteriorização da Hierarquia – 85)

4. O Novo Grupo de Servidores do Mundo não é uma nova organização que está se formando no mundo. É simplesmente um conjunto de homens com objetivos construtivos, pacíficos e de boa vontade, vinculados livremente, que enfatiza a necessidade prévia de estabelecer corretas relações humanas para que qualquer paz seja duradoura.

Este grupo não interferirá absolutamente nos compromissos e lealdades de nenhum homem. É uma congregação de todos que procuram expressar o espírito crístico e não comportam nenhum espírito de ódio e vingança. Este grupo desafia o mundo a abandonar todos os antagonismos e antipatias, todos os ódios e diferenças raciais, e a procurar viver em termos de uma só família, uma só vida e uma só humanidade.

O Novo Grupo de Servidores do Mundo crê que, através da boa vontade, a nova ordem mundial pode ser firmemente estabelecida na Terra. (A Exteriorização da Hierarquia – 173/4)

5. A força do Novo Grupo de Servidores do Mundo tem raízes em três fatores:

I. Ocupam uma posição intermediária entre as massas humanas e o governo mundial subjetivo e interno.

II. Extraem seus membros (se for possível empregar uma palavra tão inadequada) de todas as classes - a aristocracia, a intelectual, a burguesa, a classe alta e a baixa e também dos estratos superiores do proletariado.

III. Estão estreitamente inter-relacionados e em constante contato e harmonia entre si, devido à unidade de objetivo, métodos definidos, uniformidade de técnicas e boa vontade. (Psicologia Esotérica Volume II – 484)

6. O partidarismo, a luta a favor ou contra e o espírito partidário, caracterizam o mundo moderno dos homens. O Novo Grupo de Servidores do Mundo não tem tempo nem se interessa por estas atividades que levam à separação, divisão e luta. Apoia todas as tendências que levarão oportunamente à formação de um terceiro partido livre de ódios políticos e religiosos e não é conhecido nem compreendido, sendo relativamente impotente para impressionar definidamente o pensamento do mundo. Contudo, se houver habilidade na ação e adesão aos princípios de colaboração harmônica, pode, em poucos anos, demonstrar verdadeiro poder ou influência.

Somente assim o trabalho poderá entrar em um segundo ciclo de influência destacada e definida e só será possível se aqueles que têm visão não pouparem esforços e sacrificarem seu tempo e dinheiro para realizá-lo. Este grupo se situará entre explorados e exploradores, antagonistas e pacifistas, povos e governantes, sem apoiar ninguém nem demonstrar parcialidade, sem fomentar desordens políticas nem religiosas e tampouco nutrir ódios individuais, nacionais ou raciais. Será o intérprete das corretas relações humanas, da unicidade básica da humanidade, da fraternidade prática, da inofensividade positiva na palavra falada ou escrita, e apoiarão esta síntese interna dos objetivos que reconhecem o valor do indivíduo e, ao mesmo tempo, o significado do trabalho grupal. A difusão destas ideias e dos princípios de boa vontade trarão a formação deste terceiro grupo nos assuntos mundiais.

No curso de poucos anos, se o trabalho for realizado sobre estes conceitos, a opinião pública se verá forçada a reconhecer a potência deste movimento orientado para a paz, a compreensão internacional e a boa vontade mútua. (Psicologia Esotérica Volume II – 510/1)

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REQUISITOS PARA OS MEMBROS

1. Os componentes do grupo são conhecidos apenas pelos Irmãos Mais Velhos da raça, e não se guarda registro dos nomes. Há apenas três requisitos principais:

I. Os componentes do grupo são conhecidos apenas pelos Irmãos Mais Velhos da raça, e não se guarda registro dos nomes. Há apenas três requisitos principais.

II. O cérebro deve ser telepaticamente sensível à vontade, em duas direções; deve estar consciente do mundo das almas e também do mundo dos homens.

III. Deve haver também capacidade para pensar de forma abstrata ou sintética, com a qual o homem poderá transpor as barreiras raciais e religiosas. Quando esta capacidade está presente, há também uma firme crença na continuidade e correlação da vida depois da morte.

Em resumo, deve-se observar que os grupos do passado representaram certos aspectos da verdade e demonstraram determinadas características de raio. O novo grupo expressará todos os aspectos e integrará membros de todos os raios. A maioria dos trabalhadores dos inúmeros grupos levará adiante certos detalhes do plano, agregando o seu quinhão de energia ao impulso progressista da humanidade; mas, excetuando alguns místicos destacados como Meister Eckhart, a maioria o fez sem compreender de fato o que estava realizando, e sem captar a relação de corpo-alma, que conduz ao trabalho realmente inteligente. Foram essencialmente grupos de personalidades, com aquele toque de gênio que indica certo contato com a alma. O grupo que agora está em processo de formação compõe-se de indivíduos conscientes da realidade da Alma e que estabeleceram uma comunicação verdadeira e duradoura com a alma; consideram a mente, as emoções e a natureza corpórea simplesmente como um mecanismo pelo qual podem ser estabelecidos os contatos humanos; devem realizar o trabalho tal como o concebem, por meio deste mecanismo, atuando sob a direção da Alma. Portanto, são almas viventes que trabalham através de personalidades, mas não através de personalidades ativadas por impulsos egoicos ocasionais. Os membros dos diversos grupos eram todos mais ou menos unilaterais, e seus talentos se canalizavam em uma linha específica. Demonstraram a capacidade de escrever como um Shakespeare, pintar como um da Vinci, produzir obras-primas como um Beethoven ou promover mudanças mundiais como Napoleão. Mas o novo tipo de trabalhador grupal é um indivíduo completo, com capacidade para fazer quase tudo o que se propõe, mas com o impulso fundamental de trabalhar preferencialmente em níveis mentais, mais que no plano físico. Portanto, é útil para a Hierarquia, porque pode ser utilizado de diferentes maneiras, em razão da sua flexibilidade e experiência, do contato estável que propicia, assim podendo se subordinar aos requisitos do grupo.

O verdadeiro expoente deste novo tipo grupal não aparecerá, certamente, antes de decorridas muitas décadas. Será um verdadeiro aquariano, com um toque universal e intensa sensibilidade; terá um mecanismo mental bem organizado, um instrumento astral que responde principalmente às vibrações espirituais superiores, um corpo de energia poderoso e controlado e um corpo físico sadio, embora não robusto, como se diz normalmente. (Tratado sobre Magia Branca – 348/49).

2. Talvez me perguntem: o que impede um homem de ser membro de tal grupo? Digo com ênfase que apenas quatro condições impedem a filiação:

Primeiro, uma personalidade não coordenada. Trata-se necessariamente de uma mente sem treinamento e de um intelecto fraco.

Segundo, o senso de separatividade, de diferenciação e de superioridade com relação aos semelhantes.

Terceiro, a posse de um credo. Não importa o quanto seja bom, inevitavelmente exclui. Sempre exclui alguém.

Quarto, orgulho e ambição.

Também perguntarão: Como se qualificar? As regras são três e simples. Primeiro, aprendam a praticar a inofensividade; segundo, não desejem nada para o eu separado e, terceiro, busquem o sinal da divindade em tudo. Três regras simples, mas muito difíceis de cumprir.

Por trás deste grupo de místicos, que inclui os pensadores (repito a palavra pensadores) de todos os setores do pensamento e do conhecimento humanos, encontra-se a Hierarquia de Mestres, e entre estes dois grupos também existe um conjunto de instrutores, do qual sou parte. Eles atuam como intermediários e transmissores de energia. Repito e peço novamente que prestem atenção, pois este grupo que vai se formando lentamente é extraído de todos os grupos imagináveis de pensadores e homens inteligentes. Contudo, e isto surpreenderá alguns, não há entre eles muitos dos assim chamados ocultistas. Isto se deve a que os ocultistas são numericamente poucos em relação às massas, e também à tendência que têm ao sectarismo, ao exclusivismo e certa pretensão à superioridade moral. Os trabalhadores humanitários e altruístas se encontram entre eles; os dirigentes políticos, os economistas e os cientistas dos laboratórios do mundo também estão ali, e os eclesiásticos e os adeptos de todas as religiões do mundo, como também os místicos práticos e alguns ocultistas. O verdadeiro ocultista é raro. (Tratado sobre Magia Branca – 360/61)

3. Este grande e espiritual agrupamento de servidores está superficialmente vinculado no plano físico; no plano astral o vínculo é mais forte e se baseia no amor à humanidade, e no plano mental se estabelece um vínculo maior do ponto de vista dos três mundos, como um todo. Portanto, é evidente que devem se efetuar certos desenvolvimentos no indivíduo antes que ele possa se tornar, conscientemente, um membro ativo do Novo Grupo de Servidores do Mundo, grupo principal que, na atualidade, trabalha definidamente sob a Lei do Progresso Grupal:

I. O indivíduo tem que ter despertado o centro cardíaco e exteriorizar a sua conduta de tal forma que o coração se vincule rapidamente com os centros cardíacos de pelo menos oito pessoas. Então o centro cardíaco do Logos planetário poderá ocultamente absorver os grupos formados por nove aspirantes conscientes. Através do centro cardíaco, a Sua vida afluirá e os membros do grupo contribuirão com sua cota de energia às influências da vida que circulam através do Seu corpo. A informação que antecede só tem interesse para aqueles que despertaram espiritualmente, e significará pouco ou nada para os que ainda estão adormecidos.

II. O centro coronário deve estar também em processo de despertar, e a capacidade de “manter a mente firme na luz” deve estar algo desenvolvida.

III. Tem também que empreender alguma atividade criadora, e o servidor deve estar ativo em alguns dos movimentos humanitários, artísticos, literários, filosóficos ou científicos.

Tudo isto implica em integração e no alinhamento da personalidade e na simpatia atrativa e magnética que de um modo ou de outro caracteriza os discípulos. Assim, do ponto de vista esotérico, existem no indivíduo certos grandes triângulos de energia e, em consequência, em maior grau na humanidade. (Psicologia Esotérica Volume II – 160/1).

4. As afiliações políticas e religiosas a que pertence um indivíduo podem ser fortemente sustentadas e inspirar-lhe a sua verdadeira lealdade e, contudo, não o impedirão de tomar parte ativa no Novo Grupo de Servidores do Mundo. Da mesma maneira, não o impossibilitarão de atuar ativamente em prol da boa vontade mundial, nem serão uma barreira para a sensibilidade espiritual que torna o homem suscetível à impressão espiritual superior interna. Os servidores da Hierarquia espiritual e os discípulos do mundo existem em todas as nações; são leais à ideologia desta nação ou às tendências políticas de um pensamento ou governo; os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo pertencem a todo credo político e reconhecem a autoridade de qualquer religião imaginável. As pessoas de boa vontade atuam em todos os grupos, não importa qual seja a sua ideologia, credo ou crença. A Hierarquia não busca colaboradores em uma determinada escola de pensamento, credo político ou governo. Extrai seus membros de todos eles e colabora com todos. Tenho dito isto com frequência e, no entanto, lhes custa crer, pois a maioria de vocês está plenamente convencida de que a sua crença e aceitação característica da verdade são as melhores e verdadeiras. Assim serão para vocês, mas não para os que têm outra crença, nacionalidade ou religião. (Psicologia Esotérica Volume II – 558)

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MEMBROS DO NGSM

1. Os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo pertencem a todos os setores do esforço humano, dos quais a religião organizada é apenas um deles. Há cientistas que repudiam violentamente o que não foi comprovado e, no entanto, dedicam toda a sua capacidade e conhecimentos científicos a serviço da humanidade – cada um no campo científico escolhido; temos nos estratos econômicos homens que consideram uma responsabilidade manejar inteligentemente o dinheiro como serviço aos demais, embora a terminologia mística e ocultista nada signifique para eles; há educadores que se preocupam em formular inteligentemente o conhecimento e possuem uma compreensão enciclopédica da sabedoria acumulada das eras, e procuram utilizá-la para adaptar à jovem geração, a fim de viver bela, construtiva e criadoramente; há eclesiásticos e guias religiosos (em algumas das religiões mundiais) que não estão atados nem obstados pela forma, o espírito da luz reside neles e amam inteligentemente os seus semelhantes. Se todas estas pessoas pertencem ao Novo Grupo de Servidores do Mundo, são inevitavelmente pensadores reflexivos, com objetivos criadores, verdadeiramente inteligentes e, à sua inteligência, somaram o amor em expansão.

Estes homens e mulheres mantêm uma dupla relação com o resto da humanidade, à qual procuram servir, e com a Hierarquia, através de algum Ashram – Ashram que é a fonte de sua inspiração e dos seus esforços criadores, dedicados a pensar e trabalhar.

O discípulo aceito neste trabalho grupal está conscientemente em harmonia com dois centros planetários (a Humanidade e a Hierarquia), e seu pensamento criador condiciona grandemente o grupo. Todavia, muitos dos seus membros são conscientes de sua relação com a humanidade e do seu serviço planejado, mas totalmente inconscientes da fonte invisível de inspiração. Isto não tem importância, porque se o seu objetivo é puro, a sua inteligência é aguda e a sua capacidade meditativa adequada, recebem inspiração e desenvolvem a intuição. Aqueles que pertencem ao Novo Grupo de Servidores do Mundo e podem meditar e meditam, são realmente agentes da relação existente entre a Hierarquia e a Humanidade. Logicamente, tal relação sempre existiu e muitos místicos e alguns ocultistas serviram como canais de relação; o grupo está atualmente recém organizado e a tarefa de invocação e evocação, pela primeira vez na história, se equilibrou ou foi realizada em uma porcentagem equitativa (50% e 50%).

Repito, o Novo Grupo de Servidores do Mundo é formado por muitos tipos de homens e mulheres escolhidos de todas as nações, sustentam muitos pontos de vista e possuem diferentes profissões e ideologias; portanto, é o verdadeiro representante da humanidade, sendo este grupo mais poderoso que nunca.
Quando o trabalho da Invocação chegar a uma etapa elevada de desenvolvimento e tiver transcorrido o ano culminante de 1952, será conveniente levar a atenção do público, e em escala mundial, à realidade do Novo Grupo de Servidores do Mundo.

O Novo Grupo de Servidores do Mundo é formado pelos seguintes grupos:

I. Os iniciados e discípulos que conscientemente são parte da Grande Loja Branca.

II. Os aspirantes e discípulos menores, afiliados à Hierarquia, que não possuem geralmente a continuidade de consciência que alcançarão mais adiante.

III. Os que se encontram no Caminho de provação e não estão ainda afiliados à Hierarquia, mas que, sujeitos à impressão hierárquica, decidiram servir aos seus semelhantes.

IV. Um crescente número de pessoas que respondem ao ideal e ao propósito do Novo Grupo de Servidores do Mundo, que se unirão rapidamente ao grupo. O requisito essencial é a Meditação, mas como bem sabem, não é necessariamente a meditação estabelecida por escolas ocultistas e igrejas; no entanto, para ser membro do grupo se requer o desenvolvimento do espírito reflexivo em certa linha da compreensão humana e também o poder de enfocar a atenção no que pode ser benéfico para a humanidade, mais o reconhecimento compassivo da necessidade humana. O homem ou a mulher irreflexivos ou os que estão totalmente absorvidos pelos negócios, a política ou os vínculos familiares, não podem fazer parte do Novo Grupo de Servidores do Mundo, porque o grupo exige uma definida medida de descentralização, para o qual contribuirá rapidamente o hábito da meditação. (Discipulado na Nova Era Volume II – 182/4).

2. Os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo sustentam os seguintes ideais:

I. Creem em um governo mundial interno e em um plano evolutivo emergente. Podem observar seus sinais através das épocas. É inevitável que expressem a significação deste governo mundial interno e da Hierarquia planetária em termos distintos. Talvez o considerem do ângulo peculiar da sua própria tradição e educação, o que não se pode impedir, e carece de importância. O importante é que estão em contato com o centro de energia que procura guiar os incidentais ao grau de evolução a que chegou a raça, e estão convencidos da inevitável mudança favorável que está a caminho. Acentuam o empenho comum e procuram explicar ao público a tendência dos atuais esforços mundiais, à medida que começam a realizar o trabalho de encaminhar o assuntos humanos, conhecem algo dos detalhes do plano imediato e empregam todas as suas energias para desenvolvê-lo.

II. Cultivam constantemente um espírito de boa vontade internacional, e para este fim consagram todos os seus esforços. Evitam todos os pontos de desavenças, considerando-os como incidentais ao grau de evolução a que chegou a raça e estão convencidos da inevitável mudança favorável que está a caminho. Acentuam o empenho comum e procuram explicar ao público, a tendência dos atuais esforços mundiais, à medida que começam a realizar o trabalho de encaminhar o mundo para novos rumos e inculcar nas mentes dos povos novos e melhores ideais.

III. Procuram também demonstrar que muitos experimentos nacionais religiosos e sociais são apenas expansões, modos de progresso e lições necessárias. Procuram demonstrar que os efeitos serão dois. Primeiro, as linhas de pensamento e os métodos consequentes que liberarão oportunamente o gênero humano de suas atuais limitações e dificuldades. Estes experimentos não são esforços perdidos. Têm seu lugar e propósito definidos. Segundo, ensinarão a reconhecer os métodos e técnicas indesejáveis de governo e religião, porque propagam o vírus do ódio, engendram as diferenças raciais e de classe e, em consequência, vão de encontro à compreensão mundial, a boa vontade internacional e a amizade espiritual.

Hoje todo pensador proeminente, em seus momentos mais inspirados, valoriza a necessidade da paz mundial, da ordem internacional e da compreensão religiosa que, em última análise, levam à estabilidade econômica. (Psicologia Esotérica Volume II –498/9).

3. Para os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo e para os homens e mulheres de boa vontade, a Hierarquia de Guias espirituais estabeleceu regras que procuram:

I. Estabelecer relações pacíficas em concordância harmoniosa e colaboração com o governo ou o estado ao qual devem lealdade. Não significa apoiar toda a política e as linhas de atividade empreendidas por referido governo, mas sim abster-se de realizar tudo o que possa causar dificuldades. Sempre há uma ampla margem para uma grande atividade construtiva dentro de qualquer política ou regime governamental, e os servidores dos Grandes Seres e da humanidade dirigirão sua atenção a estas empresas construtivas e pacíficas.

II. Não interferir nos assuntos de qualquer grupo político ou religioso.

III. Demonstrar boa vontade prática no meio ambiente que o destino lhes apresentou.

IV. Ser inofensivos em seu modo de se expressar, e na vida de relações com sua família, comunidade, nação ou grupo de nações. Isto significa manter uma sólida política de não-agressão. Nenhum líder, nação ou raça deve ser atacado ou difamado. Isto é algo de muita importância e não é fácil alcançar. Assenta as bases para a rápida formação e o definitivo surgimento do Novo Grupo de Servidores do Mundo e para descobrir e organizar os homens e mulheres de boa vontade onde quer que residam. A Hierarquia espiritual não pode trabalhar com pessoas que criticam, cujas ideias e atitudes são separatistas e em suas crenças e comentários são violentamente parciais. Esta é a enunciação de um fato. Espero que se treinem para realizar corretamente referida atividade, começando por suas próprias vidas e sua expressão pessoal no mundo. (Psicologia Esotérica Volume II – 564).

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O SÍMBOLO DO GRUPO

O grupo é e será totalmente subjetivo. Seus componentes estão vinculados telepaticamente, ou se reconhecem uns aos outros pela qualidade do trabalho que estão empreendendo no mundo externo e pela inclusividade da nota que emitem. É inspirado de cima pelas almas de seus integrantes e pelos Grandes Seres, e sua atividade é energizada, devido às necessidades da própria humanidade. Compõe-se de almas viventes e conscientes que atuam através de personalidades coordenadas. Seu símbolo é um triângulo dourado que encerra uma cruz de braços uniformes, com um brilhante no ápice do triângulo. Este símbolo nunca é reproduzido, de forma alguma. Brilha sobre as cabeças de todos que pertencem ao grupo, e ninguém pode vê-lo (nem sequer um clarividente), com exceção de algum dos seus membros, e somente quando – para fins do trabalho – é necessário estimular o reconhecimento. O lema do grupo é: A Glória do Uno.

Nada mais posso dizer por ora, mas o exposto dará uma ideia da realidade do trabalho que está em andamento. Talvez sirva de incentivo para um renovado esforço por parte de todos os que trabalham e se capacitam para o serviço altruísta. (Tratado sobre Magia Branca – 361/62).

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REUNINDO HOMENS E MULHERES DE BOA VONTADE

1. O espírito de boa vontade prevalece em milhões de seres e evoca o senso de responsabilidade. É o primeiro indício, na raça, de que o homem é divino. O Novo Grupo de Servidores do Mundo conta com este constante aumento de boa vontade e tenta utilizá-la. Subsiste nos membros de todos os grupos que se dedicam ao melhoramento mundial, e constitui um poder não utilizado nem organizado em um grupo, porque até agora as pessoas de boa vontade deram individualmente sua lealdade e seu esforço às suas organizações ou empresas. O Novo Grupo de Servidores do Mundo não tem a intenção de interferir nesta lealdade, nem paralisar atividade alguma, mas reunir referidas pessoas em um todo organizado, sem criar uma nova organização,
nem desviá-las do trabalho empreendido.

O Novo Grupo de Servidores do Mundo já é um grupo ativo funcional. Todo homem e mulher, de ambos os hemisférios, que trabalha para eliminar as lacunas que existem entre os povos, evocar o espírito de fraternidade, fomentar o senso de inter-relação sem estabelecer barreiras raciais, nacionais ou religiosas, é membro do Novo Grupo de Servidores do Mundo, embora ainda não tenha ouvido nenhuma menção ao mesmo.

Os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo não constituem, portanto, um grupo de místicos destituídos de praticidade. Sabem exatamente o que fazer, e seus planos estão traçados de tal maneira que, sem prejudicar qualquer situação existente, descobrem e retêm os homens de boa vontade em todo o mundo. Demandam de forma unida que estes homens de boa vontade se mantenham juntos, constituam um grupo de pessoas que aumente lentamente e se interessem pelo bem da humanidade e não pelo próprio e imediato bem do ambiente. Embora seu interesse pelo bem geral seja muito amplo, não impedirá que sejam bons cidadãos da nação que o destino lhes apresentou. Aceitarão e se conformarão com a situação em que se encontram, mas trabalharão, nesta situação e sob qualquer governo ou ordem religiosa, para a boa vontade, para derrubar as barreiras e para a paz mundial. Evitarão todo ataque aos regimes e personalidades existentes e cumprirão as leis do país em que vivem; não cultivarão o espírito de ódio, valendo-se de toda oportunidade para acentuar a fraternidade das nações, a unidade da fé e a interdependência econômica. Haverão de se empenhar em não pronunciar uma palavra nem desenvolver uma ação que produza separação nem que gere antipatia.

Estas amplas generalizações regem a conduta dos homens de boa vontade que procuram colaborar no trabalho que realiza o Novo Grupo de Servidores do Mundo. À medida que aprendem a fazer com eficácia e assumem uma atitude firme e correta com relação aos seus semelhantes, são gradualmente absorvidos nas fileiras do Novo Grupo, não mediante um processo formal de afiliação, posto que este não existe (não há uma organização formal), mas desenvolvendo as qualidades e características necessárias. Aqui é de muito valor repetir que o Novo Grupo de Servidores do Mundo não é uma organização. Não tem sedes, mas apenas unidades de serviço em todo o mundo, como também não tem presidente nem comissão diretora; possui apenas servidores em todos os países, que simplesmente se ocupam de descobrir as pessoas de boa vontade. Esta é a tarefa imediata. As pessoas de boa vontade devem ser descobertas e treinadas na doutrina da não separatividade, educadas nos princípios da colaboração e nas características da nova ordem social, pois essencialmente é um realinhamento subjetivo, cujo resultado será uma pronunciada mudança originada pelo peso da opinião pública, baseada na boa vontade que não conhece barreiras nacionais, raciais, nem diferenças religiosas. Ano após ano deverão efetuar um trabalho muito ativo, divulgando amplamente os ensinamentos sobre a boa vontade universal para que deixe de ser um belo sentimento, converta-se na aplicação prática da boa vontade mediante a ação nos assuntos cotidianos e em todos os países do mundo.

A próxima tarefa à qual o Novo Grupo de Servidores do Mundo consagrará seu esforço será eliminar o medo que impera no mundo. Isto pode ser conseguido e ocorrerá quando os homens e mulheres de boa vontade se derem conta de que o tesouro da boa vontade existe em todos os países. Há milhões de pessoas de boa vontade no mundo; aumentaram constantemente como resultado do sofrimento da guerra mundial, mas, ao se ver sós, sentiram-se isoladas, impotentes e vãs, relegadas, inúteis e insignificantes. Como indivíduos isolados, de fato são, mas não como parte de um grande movimento mundial que tem uma base espiritual e expressa a divindade essencial do homem. O poder conjunto da boa vontade, algo que até agora não havia sido organizado, se descobrirá que é irresistível. (Psicologia Esotérica Volume II – 487/9)

2. Os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo, tal como aqui descrito, mantêm-se livremente unidos pela mútua compreensão e similaridade de objetivos, seja conscientes ou inconscientes dos demais e do grupo. Através deles descobrem-se os homens de boa vontade. Seus nomes e endereços foram anotados e se confeccionaram listas para lhes enviar material de leitura. Qualquer que seja a capacidade para servir a seus semelhantes deverá ser registrada e utilizada quando possível. Assim, por intermédio dos homens de boa vontade, será possível nutrir e desenvolver, em todos os países, o princípio de boa vontade e, oportunamente, aplicá-lo de forma prática. Estas pessoas constituirão um novo grupo de pensadores práticos em cada nação que não serão uma ameaça para nenhum governo, nem trabalharão contra a ordem estabelecida. Voltar-se-ão para estes movimentos e empreenderão as atividades que de nenhuma maneira fomentam o ódio, o antagonismo, nem causam separações em seus semelhantes. Nenhum governo ou igreja pode fazer objeções com relação a este grupo. (Psicologia Esotérica Volume II – 491).

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SUA MISSÃO

1. Este grupo tem uma missão específica, da qual podem ser expostos alguns fatores:

Em primeiro lugar, é uma tentativa para exteriorizar a Hierarquia no plano físico, ou uma pequena réplica funcional deste corpo essencialmente subjetivo. Todos os seus integrantes possuem corpos físicos, mas devem trabalhar de forma completamente subjetiva, utilizando assim o mecanismo sensível interno e a intuição. Compõe-se de homens e mulheres de todas as nações e idades, mas todos são orientados espiritualmente, são servidores conscientes, de polarização mental e alertas, e todos são inclusivos.

Uma das condições essenciais impostas ao pessoal do grupo é que todos devem estar dispostos a trabalhar em níveis subjetivos e sem reconhecimento. Devem trabalhar por trás da cena, como fazem os Grandes Seres. Os integrantes devem se liberar de toda ambição, do orgulho pela raça e pela obra realizada. Além disso, devem ser sensivelmente conscientes dos seus semelhantes e dos seus pensamentos e ambiente condicionante.

Este grupo confere um significado amplo à palavra “espiritual”, pois crê que expressa um esforço inclusivo para o melhoramento, a elevação e a compreensão dos seres humanos; dá a ela um significado de tolerância, comunhão sintética internacional, inclusividade religiosa e todas as correntes de pensamentos que se referem ao desenvolvimento esotérico do ser humano.

Portanto, trata-se de um grupo sem terminologia nem bíblia específica; não possui credo nem formulação dogmática da verdade. O impulso motivador de todos e cada um é o amor a Deus, quando se manifesta em amor ao próximo. Conhece o verdadeiro significado da fraternidade, sem distinção de raças. Seus membros levam uma vida de serviço voluntário, prestado com desinteresse e sem reservas. (Tratado sobre Magia Branca – 347/48)

2. Foi enviada e distribuída uma ampla informação sobre o Novo Grupo de Servidores do Mundo, a que se deu extensa difusão em um folheto de título “Os Próximos Três Anos”. Assinalou a introdução (se posso expressá-lo desta forma) no plano físico, do Novo Grupo de Servidores do Mundo, já em existência ativa. Este grupo vai se integrando lentamente e faz sentir sua influência de maneira paulatina na tarefa primordial de educar a opinião pública, único meio poderoso de trabalhar e de maior força e valor definido que qualquer legislação ou ênfase sobre a autoridade.

Como derivado da integração deste novo grupo, vai se formando no mundo a “ponte de almas e servidores” que tornará possível a fusão da subjetiva Hierarquia interna de almas e o mundo externo da humanidade, o que constituirá uma fusão e mistura efetivas e marcará a iniciação da família humana mediante as realizações dos seus membros mais avançados. É o verdadeiro “matrimônio nos céus” de que fala o cristianismo místico; o resultado desta fusão será a manifestação do quinto reino da natureza, o reino de Deus. Antigamente, na história da raça, ocorreu um grande acontecimento que trouxe à manifestação o quarto reino da natureza, o humano. Hoje nos encontramos à beira de um evento similar, porém mais transcendental: o aparecimento do quinto reino, como consequência da atividade planejada do grupo de servidores do mundo, em colaboração com a Hierarquia de almas perfeitas e sob a guia do Cristo. Isto introduzirá a Nova Era, na qual existirão ao mesmo tempo cinco reinos da natureza sobre a terra. (Discipulado na Nova Era, Volume I – 44/5)

3. Os ensinamentos sairão dos Estados Unidos da América, mas a Europa é o campo para educar o mundo nas ideias da verdadeira unidade mundial e na apresentação inteligente do Plano. Deste continente a inspiração pode chegar até o Oriente e o Ocidente. Empreendam este trabalho com coragem e sem pressa. Combinem os métodos inteligentes das organizações atuais com a visão dos recentes sistemas de trabalho. Sua tarefa é de caráter espiritual e seus objetivos são educacionais, sendo a finalidade a divulgação dos princípios que devem reger o modo de viver e as atitudes mundiais durante a Nova Era. Ao apresentar o trabalho que o Novo Grupo de Servidores do Mundo pode realizar, é possível assinalar certos programas definidos e de aplicação imediata, como o de educar a opinião pública sobre o princípio da não separatividade.

Mas para isto se requer muita meditação e um claro pensar. A técnica a seguir e os métodos a empregar para despertar o interesse e atrair o apoio necessário devem ser escolhidos pelos discípulos e trabalhadores ocidentais e não eu, seu irmão oriental. Posso apenas estimular a sua alma para que alcance a clara percepção, visão inteligente, verdadeira compreensão e planejamento acertado. O restante do trabalho e a materialização do projeto está em suas mãos e nas daqueles que responderem às ideias apresentadas. (Discipulado na Nova Era, Volume I – 160).

4. A função do Novo Grupo de Servidores do Mundo consiste em “forçar” dinamicamente no mundo a energia da vontade-para-o-bem; as pessoas comuns que respondem inconscientemente expressarão boa vontade. (Discipulado na Nova Era Volume II – 44).

5. O Novo Grupo de Servidores do Mundo prepara a humanidade para o reaparecimento do Cristo. Tal trabalho preparatório é o maior incentivo que subjaz em tudo o que faço e foi a principal razão para a formação do grupo em princípios deste século. No século dezenove apareceram precursores deste grupo, mas a organização, tal como existe agora, é relativamente moderna. É necessário que todos obtenham uma visão mais ampla da iniciativa que este grupo empreendeu, do contrário o trabalho de meditação dificultará e não ajudará. A tarefa do grupo de servidores do mundo não é difundir informações esotéricas ou ocultistas.

Ao preparar o mundo dos homens para o reaparecimento do Cristo, devem ser atendidas as necessidades das inúmeras camadas da ordem social: deve-se entrar em contato com grupos mundiais de todo tipo. Portanto, grande parte do trabalho a realizar será puramente econômico e terá a ver com a correta alimentação e estabelecimento de uma real segurança para os milhões de seres que – durante muitas vidas – não se interessarão pelas questões esotéricas. A reforma das igrejas nas inúmeras religiões mundiais é outro aspecto do mesmo trabalho que não requer informações ocultistas, mas a introdução do bom senso e das ideias progressistas na teologia, e o traslado da ênfase eclesiástica dos valores materiais para os espirituais. Os regimes políticos do mundo devem se orientar entre si; o plano divino nunca contemplou que todas as nações e raças deviam se conformar a determinada ideologia política uniforme nem se reduzir a uma forma geral de governo. As nações diferem; possuem culturas e tradições distintas; podem atuar de forma adequada sob diversos e variados governos; no entanto, e ao mesmo tempo, alcançarão uma unidade de propósito baseada no genuíno desejo de um verdadeiro bem-estar e progresso dos homens do mundo.

Em todas as esferas do pensamento e atividade humanos, o Novo Grupo de Servidores do Mundo desempenha uma parte proeminente. No próprio coração deste grupo mundial se encontram aqueles que pertencem aos Ashrams dos Mestres – como alguns de vocês – ou na periferia ou dentro da esfera de influência de tais Ashrams.

Sua tarefa é sobretudo meditativa, realizada a fim de influir as mentes dos membros do grupo que não estão ainda em contato com algum Ashram; trabalham assim por humanitarismo, simpatia e por razões basicamente de raio, estando todos esses membros mais ou menos controlados pelo raio da sua alma; isto afeta mais definidamente os distintos campos de serviço. Nestas zonas mentais da família humana deve se realizar a preparação para a vinda do Cristo; mas, por regra, tal atividade não está associada ao ângulo esotérico ou de abordagem à verdade, mas estritamente ao melhoramento das relações humanas. O próprio Cristo (há dois mil anos) procurou demonstrar este tipo de atividade tão útil; comunicou o ensinamento esotérico a uns poucos que podiam obter alguma compreensão; mas Ele se ocupou das massas, de acordo com o sentido comum e a ajuda no plano físico. Lembrem-se disto. (Discipulado na Nova Era Volume II – 206/8).

6. O objetivo principal do Novo Grupo de Servidores do Mundo é, e sempre foi, reunir todos os agentes de boa vontade que respondem à energia da divina vontade para o bem. O trabalho agora pode ser intensificado de maneira construtiva e criativa por meio da associação do Avatar de Síntese com o Cristo. A tarefa é introduzir solenemente a Nova Era; nessa Nova Era, os cinco Reinos na Natureza começarão a atuar como um todo criador. O trabalho se enquadra nos seguintes setores, funções ou atividades:

I. A geração de uma síntese ou unidade humana que conduzirá ao reconhecimento universal da humanidade una, viabilizada por meio das corretas relações humanas.

II. O estabelecimento de corretas relações com os reinos subumanos da natureza, levando ao reconhecimento universal de que há Um Só Mundo.

III. A ancoragem do Reino de Deus, a Hierarquia espiritual do nosso planeta, em plena e aberta expressão na Terra, levando assim ao reconhecimento universal de que os filhos dos homens são um só. (O Reaparecimento do Cristo – 71)

7. Esta Ciência de Contato governa todas as relações da nossa vida planetária, incluindo, por exemplo, a harmonia que está sendo estabelecida entre a humanidade e os animais domésticos. Referidos animais são para seu próprio reino o que o Novo Grupo de Servidores do Mundo é para a humanidade. O Novo Grupo de Servidores do Mundo é a ponte de união e meio de comunicação entre a Hierarquia – o quinto reino – e a Humanidade – o quarto reino – de acordo com o atual Plano divino; os animais domésticos cumprem, portanto, uma função análoga entre a humanidade – o quarto reino – e o reino animal – o terceiro. Tais analogias são muitas vezes campos férteis de iluminação. (Telepatia e o Veículo Etérico – 59)

8. A meta é proporcionar um centro de luz ao mundo dos homens e manter elevada a visão para os filhos dos homens. Que isso jamais seja esquecido e que o Novo Grupo de Servidores do Mundo compreenda sua missão e reconheça as demandas da humanidade sobre ele. Quais são estas demandas? Relaciono-as a seguir e em seguida pedirei que simplesmente as aceitem com simplicidade e atuem de acordo com elas:

I. Receber e transmitir iluminação do reino das almas.

II. Receber inspiração da Hierarquia e ser emitida, em consequência, para inspirar.

III. Manter a visão do Plano ante os olhos dos homens, porque "onde não há visão, os povos perecem”.

IV. Atuar como grupo intermediário entre a Hierarquia e a humanidade, recebendo luz e poder, usando ambos para construir o novo mundo futuro, sob a inspiração do amor.

V Trabalhar arduamente em Peixes, iluminado por Touro e responsivo ao impulso aquariano que provém da Hierarquia.

Esses objetivos não são apenas objetivos individuais, mas a meta para todo o grupo. Todos que respondem à força doadora de vida de Aquário e à força doadora de luz de Touro podem trabalhar e trabalharão no Novo Grupo de Servidores do Mundo, mesmo que não tenham conhecimento oculto e jamais tenham ouvido falar de seus cotrabalhadores sob esse nome. Lembrem-se disto. (Os Raios e as Iniciações – 197).

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ATIVIDADES E TÉCNICAS

1. Os objetivos e ideais do Novo Grupo de Servidores do Mundo devem ser constante e claramente apresentados ao público pensante. Cabe aos servidores decidir a forma de fazê-lo e os meios a empregar. Cabe-lhes chamar a atenção sobre as atividades que, evidentemente, estão de acordo com o Plano, e dar a conhecer e ajudar a realizar o trabalho e os projetos dos Servidores do Mundo onde quer que estejam. Para fazê-lo, é necessário combinar com toda rapidez a ação inteligente e deliberada, devido à urgência da crise. Aparecerão aqueles cuja função consiste em colaborar e ajudar, mas nossa percepção espiritual deve estar alerta para reconhecê-los. Por meio de uma correta atividade interna e uma direção inteligente, o Novo Grupo de Servidores do Mundo responderá cada vez mais às novas ideias apresentadas, e adquirirá força, otimismo, relação interna e interação. Deverá se converter, e se converterá, em um grupo fortemente unido no mundo externo.

A tarefa imediata do Novo Grupo de Servidores do Mundo consiste em poder modelar as ideias dos homens de acordo com as mudanças necessárias do pensamento e a nova técnica de trabalho que deve ser desenvolvida em todo o mundo. Para tanto, é necessário explicar as ideias que subjazem por trás do grupo e especificar claramente as partes do Plano que são de aplicação imediata. É preciso enfatizar constantemente a realidade do interno e subjetivo (o mundo de valores reais) e o poder dinâmico das ideias à medida que controlam, e pode demonstrar-se que eles controlam tudo o que ocorre hoje nas nações convulsionadas. O que acontece no mundo se deve ao atual desenvolvimento das ideias. Com relação à técnica a utilizar, poder-se-iam apresentar certos contrastes.

Na atualidade, todas as nações estão empenhadas em impor a seu povo ideias ou conjuntos de ideias. Aos líderes, não importa o quanto sejam iluminados, parece que é necessário aplicar a força de uma forma ou de outra, o que exige uma drástica coerção. Isto talvez fosse necessário quando o fator tempo foi mal interpretado. Aos líderes parece que o bem imediato do povo é de maior importância que qualquer acontecimento que possa ocorrer a um indivíduo ou a um pequeno grupo. Na tarefa do Novo Grupo de Servidores do Mundo o fator tempo será melhor compreendido e o trabalho deve se realizar com a maior rapidez possível e sem coerção mental ou física. Assentar as bases corretas e promulgar os princípios corretos tem enorme importância e deve afiançar-se, mas não se deve enfatizar a organização das ideias dos homens dentro de um tempo estipulado. Com prudência, previsão, premeditação, amplitude e habilidade, o terreno deve ser preparado e os argumentos apresentados, a fim de fomentar a boa vontade e desenvolver e difundir a fraternidade em escala internacional.

Teoricamente, o ideal da fraternidade foi apresentado por muitas organizações, fraternidades e grupos teosóficos; mas os que promulgaram a ideia da fraternidade nestas diversas organizações são demasiado separatistas e sectários para levar adiante o trabalho de forma construtiva.

A função primordial deste Novo Grupo é materializar as ideias que até hoje foram apenas teorias. Devem afastar a teoria do sentimento, do idealismo e da aspiração mística, e toda a questão deve ser levada ao público como um fator concreto e demonstrado.

Devem acentuar a manifestação da boa vontade e o cumprimento da lei do amor, não a afiliação às organizações com seus títulos e doutrinas. O Novo Grupo de Servidores do Mundo deve se manter à margem de todo ele ou, do contrário, o trabalho se despedaçará nas antigas rochas da doutrina e organização. Os membros do Novo Grupo devem permanecer superficialmente vinculados pela mútua e boa vontade e a unanimidade de seus objetivos, expressos apesar dos limites nacionais, as diferenças raciais e os preconceitos religiosos. Haverão de pôr o peso de sua influência por trás de todos os movimentos que lutam por eliminar as diferenças e expressar objetivos similares. Seus membros fomentarão, ajudarão e alentarão todas as tarefas que levam à síntese e à compreensão internacionais e que expressem as interpretações religiosas que inculcam o espírito de unidade.

O poder que o Novo Grupo de Servidores do Mundo manejará oportunamente será extraído de duas fontes: primeiro, deste centro interno ou governo mundial subjetivo, cujos membros são responsáveis pela difusão dos ideais que conduziram a humanidade adiante, era após era. Este centro interno sempre existiu, e todos os grandes condutores da raça, em todos os setores, estiveram vinculados com ele. Os membros que compõem este governo mundial subjetivo poderão viver em corpos físicos ou estar desencarnados.

Estas grandes almas se distinguem principalmente pelo fato de que não conhecem limitação mental, e sua inclusividade é tal que para elas não existem distinções raciais nem diferenças religiosas.

A segunda fonte de onde o Novo Grupo de Servidores do Mundo extrairá seu poder será dos homens de boa vontade que existem no mundo em qualquer dado momento. Serão capazes de pôr em atividade, em determinado instante, tal força de pensamento e tal transcendental opinião pública, que oportunamente estarão em posição de afetar definidamente os assuntos mundiais. Uma das funções consistirá em pôr em contato os homens de ideais similares e também dirigir e fomentar seus esforços.

O conhecimento destes ideais será divulgado em todas as partes apesar da oposição e da desconfiança. Estas verdades devem se expressar em todos os idiomas e por todos os meios disponíveis, e circularão utilizando todas as pessoas que estejam dispostas a isso. Não serão poupados esforços agora, nem nos próximos anos. Antes de tudo, este trabalho deve se realizar por meio da palavra escrita e, mais tarde, quando houver pessoas treinadas disponíveis, por meio da palavra falada. Deve haver síntese de esforço e é preciso eliminar os aspectos desnecessários e pessoais do trabalho.

Os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo atendem geralmente pelo ouvido e a atenção concentrada que provém da atitude interna de ouvir constantemente. Estão desenvolvendo esta percepção espiritual, latente, mas inativa no homem comum. Esta atitude de ouvir e o rápido e consequente reajuste aos mandados internos recebidos, são as características do Novo Grupo de Servidores do Mundo. (Psicologia Esotérica Volume II – 500/3).

2. A fim de ter uma ideia do trabalho a realizar nos próximos anos, será proveitoso indicar três das atividades deste Novo Grupo. O trabalho destina-se a:

I. Produzir o equilíbrio das forças que existem hoje no mundo, responsáveis pelo prevalecente desassossego e caos, para que a raça possa voltar a um ponto de equilíbrio.

II. Atuar como intérpretes das novas atitudes e atividades que, oportunamente, regerão a humanidade na Nova Era.

III. Alcançar a eventual síntese e unificação das pessoas compreensivas e de boa vontade de um grupo coerente. A maioria dos que trabalham isoladamente nos diversos campos da atividade humana (política, religiosa, científica e econômica) devem ser postos em contato entre si e compreender a sua unidade essencial. O principal objetivo e propósito dos que estão associados com o Novo Grupo de Servidores do Mundo é pôr ordem no caos e fazer com que as questões amplamente separatistas da vida moderna adquiram certa estabilidade. Então os homens terão tempo para estabelecer os reajustes necessários, requalificar e chegar a algumas conclusões vitais e assim alcançar um período de relativa quietude onde possam ser estabelecidos novos modos de viver, a fim de perceber e desenvolver coisas mais importantes. (Psicologia Esotérica Volume II – 506/7).

3. Com relação ao trabalho unido necessário, posso apenas indicar as seguintes linhas de atividade, cabendo a vocês segui-las, se assim o desejarem, ou fazer o possível para que outros o façam:

I. Descobrir os homens e mulheres de boa vontade que não tenham preconceitos raciais, nacionais ou religiosos.

II. Pôr estas pessoas em contato com as Unidades de Serviço nos países em que vivam.

III. Educá-los sobre o seguinte:

a. Os princípios da boa vontade e o meio e método para sua verdadeira expressão na vida diária.

b. A necessidade de que sejam trabalhadores ativos, práticos e constantes para difundir a boa vontade no mundo.

c. A necessidade de preparar listas para trocar correspondência, enviando literatura a quem vê a vida pelo ângulo dos valores espirituais e procura construir para o futuro.

IV. Manter as autoridades de qualquer nação ou de todas as nações a par das atividades que realizam, a fim de que saibam que tudo o que fazem ou possam fazer não tem nada de subversivo em suas atividades projetadas, nem nada que seja causa de dificuldades para nenhum governante ou governo.

V. Manter-se em constante contato com as Unidades de Serviço e selecionar cuidadosamente os que representam o trabalho que empreenderam.

VI. Manejar cuidadosamente os grupos de meditação, de maneira que nada nele possa ser considerado como um segredo, ou despertar a suspeita de ser uma organização secreta. Não são. É preciso destacar que este trabalho não é secreto.

VII. Procurar empreender, da maneira mais ativa e consciente, o emprego da imprensa e do rádio. Enfatizem estes dois últimos, pois por seu intermédio será possível chegar à maioria dos seres humanos.

VIII. Ter presente que cada plenilúnio de Wesak é um período de intenso esforço, precedido de preparação e purificação pessoais, procurando destacar o seguinte:

a. Despertar a sensibilidade à impressão espiritual interna que emana da Hierarquia e do Grupo.

b. Valorizar inteligentemente os passos que devem ser dados durante os próximos doze meses, e o cuidadoso planejamento a fim de que se possa materializar.

c. Distribuir o tempo e os recursos corretamente para se tornarem trabalhadores ativos na causa da boa vontade.

d. Esforçar-se por colaborar em tudo o que se está realizando nestas linhas, o que implica em descobrir todos os grupos e pessoas que trabalham para alcançar objetivos similares.

e. Subordinar os interesses temporários ao bem do todo e, por meio do amor, da humanidade.

Nada mais direi. Procurei indicar-lhes o que pode ser possível realizar. Se seguirem as minhas sugestões e se o trabalho for empreendido diligentemente, tudo indica que o trabalho da Hierarquia e do Cristo será enormemente acelerado. A necessidade e a oportunidade exigem a correta compreensão e demandam a alegre colaboração e o sacrifício de cada um, assim como também seu tempo e dinheiro, quando procurarem realizar nosso trabalho. (Psicologia Esotérica Volume II – 564/6)

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PERIGOS QUE O GRUPO DEVE EVITAR

Há de se recordar que muitas pessoas, de raças e pontos de vista religiosos distintos, fazem parte, consciente ou inconscientemente, deste grupo. Algumas delas se encontram tão próximas do Plano que sua clareza de visão e sua compreensão são muito reais. Sabem e necessitam estar muito seguras sobre a ação correta que devem iniciar do ângulo do tempo. Seu principal problema é atuar com habilidade e não ter uma percepção exata. Outras não estão tão próximas do Plano e só o conhecem de forma vaga e geral. São almas consagradas e dedicadas, mas a ambição pessoal e os preconceitos nacionais e religiosos ainda regem suas mentes, reações e modos de se expressar. Às vezes se sentem incomodadas porque outras pessoas de distintas raças, tradições e sentimentos religiosos estão tão próximas do Plano e dos Guardiães do Plano como eles estão. Duvidam da autoridade dos indivíduos que formam o Novo Grupo de Servidores do Mundo e, às vezes, procuram anular os discípulos que estão no mesmo campo que eles e isto não deve acontecer. Não há tempo hoje para trivialidades como prestígio pessoal, nem para enfatizar determinada organização em detrimento de outra, nem para que prevaleça determinado ensinamento. Embora sejam coisas sem importância, dificultam o que é importante; atualmente é a frente unida que as pessoas de boa vontade poderão apresentar ao mundo durante os próximos anos a fim de modificar o curso dos assuntos humanos, evitar uma possível catástrofe e introduzir a era de união, paz e abundância. As ambições pessoais devem desaparecer. O desejo pessoal e a autodefesa não têm lugar entre os componentes ativos do Novo Grupo de Servidores do Mundo. Como é possível fomentar a boa vontade no mundo, se os que a professam lutam entre si? Como pode progredir o Plano dos Grandes Seres e a condução do mundo passar às mãos dos que têm um objetivo definidamente espiritual, se lutam pelo cargo, posição e prioridade? As personalidades não contam, somente as almas têm poder.

Portanto, nós, que pertencemos ao Novo Grupo de Servidores do Mundo ou que respondemos à sua mensagem de boa vontade, sacrifiquemos as nossas diferenças pessoais, nossas interpretações mesquinhas e nossas ambições egoístas em prol do serviço mundial e da amizade. Então poderemos oferecer aos Guardiães do Plano um instrumento que Eles poderão utilizar com plena liberdade.

Existe outro perigo que pode surgir na eventualidade de se enfatizar indevidamente o aspecto organização do Novo Grupo de Servidores do Mundo. É preciso lembrar que não é uma organização comum, como as que existem geralmente no mundo. O grupo é um organismo, não uma organização, tampouco é um grupo propagandista, como se entende o termo de maneira geral, nem lhe interessa a política, a religião ou a categoria que possa ter. Sua tarefa consiste em educar o ser humano e em expandir a consciência humana para que possam captar as novas e verdadeiras ideias. Sua função é difundir a mensagem de boa vontade internacional e a unidade religiosa.

Os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo são, primordialmente, intérpretes. Se os assuntos correrem como se deseja, poderão ocupar posições e lugares destacados, ter poder e exercer influência, trabalhar mediante a palavra falada ou escrita, e empregar todos os meios possíveis que podem ser utilizados pelo cérebro ou o dinheiro para realizar seus esforços e evidenciar maior capacidade na ação; mas devem se considerar como simples meios para um fim – o estabelecimento de uma boa vontade mundial, compreensão amorosa inteligente, união, paz e abundância. (Psicologia Esotérica Volume II – 504/5).

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TREINAMENTO DOS SERVIDORES

1. Este projeto exigirá paciência e muita colaboração. Os Membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo deverão ser descobertos pela forma de reagir frente a estes ideais, ser treinados nas novas premissas, educados na técnica do correto pensar, para atuar sem agressividade, eliminando os antagonismos de qualquer tipo; deve-se ensinar a eles a maneira de expressar e obter os ideais fundamentais de unidade mundial, síntese econômica e colaboração religiosa. É necessário aplicar a Lei do Amor, expressa inteligentemente, em todas as relações humanas.

A tarefa de educar os homens e mulheres de boa vontade deve prosseguir o mais rapidamente possível; no entanto deve ser empreendida sem interromper a harmonia. Não se deve interferir nos projetos e preferências nacionais, nem depreciar nenhum governo nacional, qualquer que seja. O nome do Novo Grupo de Servidores do Mundo também será utilizado em nenhuma atividade política. Semelhante ação significaria continuar com os métodos caducos e perpetuar os antigos ódios. Nenhum partido ou grupo deverá ser atacado, nem criticar dirigente ou atividade nacional alguma. Durante muito tempo foram utilizados referidos métodos e não se conseguiu estabelecer a paz na Terra. Os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo e os que se associam a eles não apoiam partidos, não estão a favor nem contra grupo algum e tampouco aceitam controle algum. Tal é a posição imperativa que devem adotar. Não têm tempo, energia nem dinheiro para atacar ou contra-atracar. Contudo, sua atitude não constitui uma “resistência passiva”. Trabalham para equilibrar as forças do mundo e para aumentar o grupo dos que postulam a boa vontade, a compreensão e a fraternidade. (Psicologia Esotérica Volume II – 510).

2. Não se falará de pacifismo vão, pois não se trata de um sonho místico que espera a ação de Deus e que o futuro conserte as coisas. Tampouco é uma ideia impraticável. É um plano para a formação de um grupo cujos membros pertencem a todas as nações, possuem um espírito de boa vontade e uma percepção interna tão clara sobre os princípios, que deveriam reger as relações humanas nos assuntos mundiais, que podem trabalhar poderosamente para a paz e a compreensão humana. É um processo sistematizado de educação, mediante o qual os homens e mulheres de todas as partes serão treinados para viver como expoentes da boa vontade em todos os setores da vida, e é incrivelmente poderoso o poder da boa vontade inteligente para superar as dificuldades de cada setor dos assuntos humanos. Mas até agora esse crescente espírito de boa vontade não foi desenvolvido, aplicado e sistematizado inteligentemente. Atualmente, em todo o mundo, milhares de homens e mulheres podem ser treinados desta maneira e levados a uma colaboração recíproca para que se realize oportunamente uma unidade de esforço em prol da paz e das relações harmoniosas. O Novo Grupo de Servidores do Mundo procura descobrir estas pessoas e unificá-las em um grupo coerente. (Psicologia Esotérica Volume II – 511/2).

3. Os homens e mulheres de boa vontade dispostos a escutar, a considerar e a trabalhar, devem ser descobertos e postos em contato em todos os países. A estes homens e mulheres de boa vontade deverá ser dado um treinamento intensivo por meio de folhetos, contato pessoal, correspondência, conferências e debates e, com o tempo, se possível, mediante um periódico que será, literalmente, o órgão do Novo Grupo de Servidores do Mundo. Dará informação sobre as atividades que fomentam a boa vontade, a compreensão internacional, a educação mundial e a realização científica.

Ao final deste período deverá haver no mundo um número suficiente de pessoas sensíveis a estes princípios e oportunidades, que possam exercer um impacto definido na consciência pública. Desta maneira aumentará rapidamente o contato entre os verdadeiros intelectuais do mundo. A educação de referidos pensadores deverá ser empreendida pelos Servidores do Mundo de acordo as seguintes regras:

I. Não deve ser pronunciada nem escrita palavra alguma, que possa ser interpretada como parcial ou que ataque um governante, governo ou atividade nacional. “O ódio não cessa pelo ódio, cessa pelo amor”.

II. Não devem ser publicados em folhetos, jornais, circulares ou cartas que despertem antagonismo de um governo, partido político, estratégia econômica ou organização religiosa. Só devem ser expressos princípios de aplicação universal, e nenhum partidarismo será permitido.

III. Nenhuma raça ou nação deve ser considerada (seja de forma verbal ou escrita) de maior importância que outra raça ou nação. Deve-se destacar o aspecto humanidade. Portanto, os que pensam de outra maneira não devem ser atacados. Neste terceiro grupo equilibrador – o Novo Grupo de Servidores do Mundo – o ódio racial, a diferença religiosa e a ambição nacional não devem ter lugar.

IV. Os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo não devem se identificar com nenhuma propaganda política, religiosa ou social. Tal propaganda tem efeitos separatistas e engendra visões e ódios.

V. Em todas as nações devem ser criadas continuamente Unidades de Serviço. Já existem várias delas, e seus objetivos são:

a. Educar os cidadãos de sua nação para que prestem serviço de forma bondosa e sem agredir ninguém. Será inculcada uma inofensividade positiva que, de nenhuma maneira, se oponha à atividade intensa e inteligente e a propagação dos ideais que conduzem à compreensão mútua e, a certa altura, à união, à paz e à abundância.
b. Estabelecer em cada país, e oportunamente em cada cidade, um centro de informações destinado a fornecer dados sobre as atividades dos homens e mulheres de boa vontade de todo o mundo.
c. Reunir os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo e os que estejam associados a eles por similitude de ideias e visão.
d. Classificar e investigar o trabalho e os ideais de todos os grupos que pretendem ter um programa internacional tendente a contornar as diferenças mundiais e as querelas nacionais, a trabalhar para uma melhor compreensão entre as raças e a harmonizar as diferenças religiosas e a guerra de classes.

VI. Não se permitirá atuar em segredo no Trabalho do Novo Grupo de Servidores do Mundo. As sociedades secretas estão sempre propensas ao ataque e à desconfiança. Os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo devem ser estimulados a fazer contato com personalidades destacadas nos círculos governamentais e eclesiásticos, e informá-los sobre os objetivos do grupo. Os conceitos iniciais devem ser realizados em sua pureza essencial; o processo de educar o público desta maneira deve ser levado adiante com diligência e tato e ser cultivada a sabedoria, a fim de evitar todo antagonismo, crítica e ódio. O poder de um grupo que trabalha desta maneira será enorme. Podem ser obtidos resultados assombrosos. Esta não é uma promessa vã, mas incidental à conservação dos conceitos iniciais e a prática constante da boa vontade. (Psicologia Esotérica Volume II – 514/7).

4. Nestes momentos da história humana, é no Novo Grupo de Servidores do Mundo que são treinados os necessários discípulos para os Ashrams. Trata-se de um novo empreendimento hierárquico. Também em referido grupo os discípulos aceitos aprendem a atuar como faz a Hierarquia, que trabalha no campo do viver humano; o Novo Grupo proporciona um campo similar ao novo discípulo. Às vezes iniciados de diversos Ashrams também convergem para esse grupo, a fim de estudar a têmpera e a qualidade dos discípulos empenhados em salvar o mundo, pois por meio deles a Hierarquia realiza Seus planos. Os iniciados atuam principalmente nos níveis mentais e por trás das cenas; por isso é grande a sua potência, em especial naqueles que tomaram a terceira iniciação. Contudo, um certo percentual está ativo no mundo da vida cotidiana. (Os Raios e as Iniciações – 195).

5. Não apenas a abordagem individual à Hierarquia foi substituída pela abordagem grupal, como agora é possível realizar uma certa medida do treinamento de maneira objetiva e exotérica. Daí o estabelecimento do Novo Grupo de Servidores do Mundo, grupo que, essencialmente, ao atuar no plano externo do viver físico e cotidiano, mantém uma estreita integração ashrâmica, e assim proporciona um campo de serviço para os discípulos aceitos que procuram expressão no serviço, e também um ponto de reunião onde todos os aspirantes resolutos podem ser provados e ter suas motivações e persistência testadas, antes da aceitação direta. Isto é algo novo, porque transfere a responsabilidade de preparar o aspirante para o discipulado aceito para os ombros dos discípulo juramentado e longe da atenção imediata do Mestre que o aceita, o qual fica livre para se dedicar a outros campos de serviço. (Os Raios e as Iniciações – 202).

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A SITUAÇÃO ATUAL

1. Qual é então a situação atual do grupo de místicos que está se integrando? Permitam-me ser um pouco mais explícito.

Em todo país europeu, nos Estados Unidos da América e em partes da Ásia e da África do Sul encontram-se alguns discípulos, ainda não reconhecidos pelo mundo, que pensam na verdade. Chamo a atenção para esta frase. Os trabalhadores mais importantes deste novo grupo e os que se encontram mais próximos dos Grandes Seres, são aqueles cuja vida mental cotidiana está orientada pelo novo ideal. Na verdade, sua vida mental pode se desenvolver em atividades exotéricas definidas, mas, antes de tudo, são os que vivem no “lugar elevado e secreto” e trabalham deste ponto. Exercem influência de maneira serena e silenciosa, sem acentuar suas personalidades, seus próprios pontos de vista e ideias nem seus métodos de levar adiante o trabalho. Possuem plena compreensão das suas próprias limitações, mas não ficam bloqueados por causa delas, pois refletem, até levar à manifestação objetiva, o aspecto da visão que têm por missão vivificar e dar forma. São necessariamente cultos e instruídos, porque nestes momentos difíceis de transição têm que cultivar uma compreensão universal das condições imperantes e possuir uma ideia geral do que ocorre nos diversos países. Na realidade não possuem nacionalidade, no sentido de considerar seu próprio país e afiliação política de máxima importância. Estão preparados para organizar lenta e firmemente a opinião pública que, a certa altura, afastará o homem do sectarismo religioso, da exclusividade nacional e dos preconceitos raciais.

Um por um, aqui e ali, estão sendo reunidos e atraem para si aqueles que estão livres das limitações das teorias políticas, religiosas e culturais do passado. Eles, os membros deste grupo uno, estão organizando as almas progressistas em grupos, destinadas a introduzir a Nova Era de paz e boa vontade. Referidas almas, sob a influência dos integrantes desses grupos, são apenas poucos milhares entre os milhões de homens; atualmente, dos quatrocentos discípulos aceitos que trabalham no mundo, apenas cerca de cento e cinquenta e seis possuem atividade mental para ser parte deste grupo que lentamente vai se formando. São eles o núcleo do que algum dia será uma força dominante. A influência que exercerão nos próximos vinte e cinco anos será bastante potente para atrair a atenção política, desde que aqueles que perceberem a visão de um poderoso grupo subjetivo de almas reflexivas, pronunciem as palavras necessárias e delineiem os conceitos que acelerarão o trabalho de integração, o que porá as unidades deste grupo em contato entre si. Façam todo o possível para que isto se realize e seja esta a mensagem e a nota-chave do trabalho que todos devem fazer onde quer que se encontrem. (Tratado sobre Magia Branca – 349/50).

2. O pronunciado contraste de ideias – por exemplo, entre o totalitarismo e a democrática liberdade de pensamento (existe realmente tal liberdade democrática, irmão meu?) – está obrigando os homens a pensar, refletir, interrogar e meditar. Devido a isto, o mundo se enriquece grandemente e toda a família humana sai de um pronunciado ciclo de carma yoga e entra no necessário ciclo de raja yoga, de uma atividade irreflexiva a um período de iluminado controle mental, iluminação mental criada pela atividade meditativa e reflexiva de toda a humanidade, obtida sob a guia do Novo Grupo de Servidores do Mundo, que atua por impressão hierárquica. (Discipulado na Nova Era Volume II – 196/7).

3. A chave do problema da humanidade (enfocando-se, como fez, nas dificuldades econômicas dos últimos duzentos anos e no impasse teológico das igrejas ortodoxas) foi tomar e não dar, receber e não compartilhar, acumular e não distribuir. Implicou na quebra de uma lei que colocou a humanidade em uma posição de culpa positiva. A guerra foi o lamentável preço que a humanidade teve que pagar por este grande pecado da separatividade. As impressões da Hierarquia foram recebidas, distorcidas, mal aplicadas e erroneamente interpretadas e a tarefa do Novo Grupo de Servidores do Mundo consiste em anular este mal.

Os homens não vivem à altura do que já sabem; não convertem as informações em prática; curto-circuitam a luz; não disciplinam a si mesmos; o desejo ávido e a ambição ilegal controlam, e não o conhecimento interno. (Os Problemas da Humanidade – 8).

4. A humanidade também está enferma e espera a cura. A cura será efetuada por intermédio do Novo Grupo de Servidores do Mundo e dos homens de boa vontade, ajudados pela Hierarquia, de cujo centro planetário serão extraídas as energias curadoras. (Cura Esotérica – 484).

5. Qual deveria ser então o trabalho no presente imediato? Delinearei o programa até onde possível.

Primeiro, fortalecer e estabelecer firmemente o vínculo entre vocês e todos aqueles que reconhecem como possíveis discípulos ativos no novo grupo. Para isso, devem se pôr a par do trabalho dos dirigentes de grupos dos distintos países do mundo, Suíça, Estados Unidos, Holanda, Alemanha e Grã-Bretanha. De acordo com a reação que produz esta visão do novo tipo de trabalho da Nova Era, poderão então tomar uma decisão temporária, adequada para o momento. Observem como trabalham. Verifiquem se enfatizam as personalidades. Se a ambição pessoal parecer reger suas atividades, se optaram por trabalhar no grupo de místicos por ser novidade, ou porque lhes dá certo prestígio e excita a imaginação, ou se lhes proporciona oportunidades para reunir pessoas em torno de si, então não sigam em frente com eles, mas – guardando silêncio – deixem que o tempo e a lei corrijam aquela atitude.

Segundo, sejam receptivos aos que os procuram e parecem vibrar na mesma nota. Refiro-me ao grupo ao qual todos pertencem subjetivamente. Eles virão se vocês trabalharem com decisão e emitirem a nota de unidade com tanta clareza que não haverá dúvidas com relação aos seus motivos e atividade desinteressada. Talvez conheçam alguns dos cento e cinquenta e seis que formam o núcleo atual e eles trabalhem em uníssono com vocês, embora talvez não no mesmo campo de ação específico.

É preciso ter presente o quadro de uma vasta rede de grupos que trabalham em muitas direções, mas contendo em seu centro ou por trás deles – que atuam silenciosa e persistentemente e influenciam mediante o contato com a Alma – um ou mais membros do novo grupo que está surgindo lentamente. Estes pontos focais, com os quais a Hierarquia agora está procurando trabalhar, se mantêm unidos telepaticamente, e devem trabalhar exotericamente com plena compreensão, evitando qualquer interferência e deixando todo trabalhador livre para ensinar ao seu próprio grupo como crê conveniente. Os termos empregados, os métodos aplicados, as pessoas com as quais faz contato, as verdades ensinadas, a disciplina da vida, tudo isso diz respeito apenas ao discípulo ativo.

No entanto, os membros deste grupo de trabalhadores da Nova Era possuirão certas características gerais. Não prescreverão dogma de nenhuma espécie pela força, nem enfatizarão doutrinas ou autoridades. Não lhes interessará ter autoridade pessoal, como também não se apoiarão em uma autoridade tradicional, seja religiosa, científica, cultural, ou outra forma de verdade imposta. Os métodos de abordagem à realidade serão reconhecidos e cada um terá liberdade de escolher o próprio. Estes trabalhadores não imporão disciplina alguma sobre aqueles que procurarem colaborar com eles. As ideias de determinada pessoa ou condutor, com relação à forma de viver e trabalhar, meditar e comer, das unidades de sua esfera especial de atividade, serão consideradas como destituídas de qualquer valor especial. Os integrantes deste novo grupo trabalham esotericamente com almas e não se ocupam dos detalhes da vida pessoal dos aspirantes que procuram inspirar.

Esta regra é fundamental, e eliminará muitos aspirantes meritórios deste grupo de servidores mundiais que agora está em processo de formação. A tendência de impor o próprio ponto de vista indica falta de compreensão e esta condição excluirá muitos. (Tratado sobre Magia Branca – 350/51).

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INTRODUZINDO A NOVA ERA

O futuro é promissor, desde que o homem possa aprender as lições do presente que lhe foram claramente apresentadas; deve aceitá-las e compreender claramente a natureza do seu problema e da crise, com suas inúmeras ramificações e diversas implicações.

...Temos um indicativo desta crise na forma lenta e cuidadosa com que o Novo Grupo de Servidores do Mundo está sendo formado. Seus membros estão supervisionando e conduzindo a Nova Era, e presenciando as dores do nascimento da nova civilização e a entrada em manifestação de uma nova raça, uma nova cultura e uma nova perspectiva mundial. O trabalho é necessariamente lento e aqueles de vocês que estão submergidos nos problemas e sofrimentos acham que é difícil encarar o futuro com confiança e interpretar o presente com clareza (A Educação na Nova Era, pág. 59).

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O FUTURO DO GRUPO

1. O futuro deste grupo mundial do qual falamos depende de dois fatores:

Primeiro, é necessário que os discípulos isolados que trabalham em todos os países do mundo se conscientizem uns dos outros e entrem em relação telepática. Para vocês, tal perspectiva poderá parecer uma visão maravilhosa, mas impraticável. Asseguro-lhes que não é. O trabalho de estabelecer esta relação pode ser lento, mas é consequência inevitável da crescente sensibilidade de todas as almas que trabalham no campo mundial. A primeira indicação neste sentido é o reconhecimento instintivo quando se encontram com os componentes de referido grupo e fazem contato mútuo por meio do intercâmbio mundial. Brilha uma luz de imediato, ocorre uma interação elétrica instantânea, um súbito sentimento de similitude de visão e de objetivo, ou uma oportunidade vital de colaborar reciprocamente e ajudar no trabalho em que todos estão empenhados.

Quando os discípulos ativos de todas as partes se encontrarem, reconhecerão de imediato que seu trabalho é idêntico e se consultarão sobre maneiras de possíveis colaborações e um esforço adicional. Dentro de cerca de trinta anos, a inter-relação entre as unidades deste grupo (por mais dispersos que estejam em todo o mundo) será tão estreita que se reunirão diariamente em uma hora determinada e em um lugar secreto.

O segundo requisito que estabelecerá a relação entre os discípulos ativos deste grupo é a capacidade de preservar uma lembrança constante e consecutiva da vida interna e externa. É o que denominamos continuidade de consciência, e com isto expressamos o poder de ser plenamente consciente dos acontecimentos, em todas as esferas e setores do ser, durante as vinte e quatro horas do dia. Esta condição ainda está longe, não existe verdadeira percepção da existência durante as horas de sono. A vida dos sonhos, como é definida, está tão cheia de ilusão como quaisquer experiências psíquicas inferiores. O lento aumento do interesse pelos sonhos, do ponto de vista da psicologia e da pesquisa das suas prováveis fontes, são as primeiras débeis tentativas de estabelecer esta consciência sobre uma base verdadeiramente científica Ainda não existe um registro consciente da atividade mental durante estes momentos, por exemplo quando o corpo emocional é o centro do cenário. De que se ocupa a mente durante um longo período de perturbação emocional? Sabemos que ela tem vida e leis próprias. Por outro lado, quais são as atividades da alma quando o desenvolvimento da consciência alcançar a etapa em que haverá uma reação senciente em todos os setores da natureza do homem e tudo isso for registrado pelo cérebro? Os homens já são conscientes simultaneamente da atividade do plano físico e da vivência emocional. Para a maioria, esta é a condição normal. Se é possível registrar duas atividades ao mesmo tempo, por que não três ou até mesmo quatro? É este o futuro que a raça tem pela frente, e os discípulos ativos serão os primeiros a expressar e demonstrar esta expansão de consciência.

Assim, a interação telepática e a sensibilidade consciente ampliada devem ser desenvolvidas e são estreitamente ligadas uma à outra.

Assinalei o desenvolvimento do futuro imediato do discípulo individual. E o que há pela frente, no futuro imediato, para o grupo?

Antes de tudo, um período preliminar de florescimento na consciência pública em que fará sentir a sua presença. Isto se efetuará mediante a constante comunicação dos novos ideais e a ênfase contínua na unidade essencial de toda a humanidade, resultado da uniformidade e da inclusividade da nota emitida por todos os lados. Ao longo desta etapa não deve haver trabalho apressado nem ação precipitada de nenhum tipo. (Tratado sobre Magia Branca – 307/10).

2. Mais adiante, como resultado de sua relação telepática e de suas conferências conjuntas, surgirão certos grupos e escolas esotéricas de desenvolvimento, com o fim de equipá-los mais rapidamente para o serviço mundial. Nestas escolas serão ensinados os métodos de meditação, a intensificação da vibração, as leis do universo e o correto emprego da cor e do som, mas tudo estará subordinado à ideia do serviço e à elevação da humanidade. Também as escolas mencionadas no livro Cartas sobre Meditação Ocultista virão gradualmente à existência. (Tratado sobre Magia Branca – 359).

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TRABALHO CRIADOR

Qual é o trabalho criador que enfrentam os Ashrams e os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo que trabalham de forma criadora sob a inspiração e a impressão da Hierarquia? Esse trabalho se classifica em duas partes:

1. A tarefa de pôr ordem no caos.

2. A tarefa de preparar o caminho para o reaparecimento do Cristo. Muito deve ser realizado para mudar as condições, instituir novos valores e produzir a entrada de uma civilização totalmente nova, que permita a exteriorização dos Ashrams ou da Hierarquia e, portanto, a restituição do controle hierárquico ou espiritual, tal como foi conhecido nos antigos dias atlantes, só que desta vez em uma volta mais elevada da espiral, e também com a colaboração inteligente e a sábia ajuda da humanidade, fator que faltava na civilização anterior. Quando o aspirante individual tiver considerado isto durante a meditação reflexiva e concentrada e também durante a meditação reflexiva e conjunta dos numerosos grupos espiritualmente orientados que existem hoje no mundo, e quando o Novo Grupo de Servidores do Mundo e a Hierarquia trabalharem em uma colaboração mais estreita, então a visualização e a projeção da civilização proposta terão alcançado um ponto de precipitação muito definido e importante. Então, o chamado invocador conjunto da Hierarquia e do Novo Grupo de Servidores do Mundo será tão potente que evocará uma resposta da humanidade, seguindo-se um ciclo de organização, planejamento e expressão efetiva. A reflexão, a meditação e a visualização darão lugar ao pensamento científico (que é essencialmente meditação) e à necessária atividade no plano físico. (Discipulado na Nova Era Volume II – 195/6).

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RITMO CÍCLICO DO TRABALHO DO NOVO GRUPO

Todos os processos criadores avançam em um ritmo clássico. O ritmo fixado pelo Novo Grupo de Servidores do Mundo é de um ciclo de três anos, e você se ajusta a este ritmo. Em maio de 1936 terminou um destes ciclos. Deve-se ter muito em conta estas datas e preparar seus planos para o futuro.

Deste modo trabalhará de acordo com a lei e na linha de menor resistência. Procure fazer com que cada ciclo de três anos se ajuste ao ritmo de criação. No primeiro ano ponha ênfase na atividade do princípio que está em manifestação, utilizando o que aparecer, e com ele tem que trabalhar. No segundo ano, que surja e se escute com clareza a qualidade da nota. No terceiro ano, deixe que todos vejam por trás da forma, expressando-se por meio da qualidade, a vivência e a atividade da vida que mora internamente. Tenha em conta isto enquanto consolida o trabalho. A tônica do primeiro ano de trabalho deve ser consolidação; a do segundo, expansão, enquanto que, no terceiro, deve fazer um impacto definido na consciência pública, emitindo e fazendo ressaltar claramente determinada nota. Se for observado este ordenamento cíclico, não serão cometidos erros sérios. O Novo Grupo de Servidores do Mundo deve trabalhar em ciclos de três anos, e é necessário construir os fundamentos para alcançar esta realização cíclica. Este ritmo cíclico eliminará a tensão; no entanto, permitirá que os trabalhadores do grupo se deem conta de que não houve fracasso. É impossível fazer um bom trabalho quando se crê que se fracassou ou que não houve realização. (Discipulado na Nova Era, Volume I – 163/4).

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O PLANO PARA A HUMANIDADE

1. Primeiro é preciso compreender que existe um Plano para a humanidade e que este Plano sempre existiu. Manifestou-se através do desenvolvimento evolutivo, durante as épocas passadas, como também através do impulso especial dado época após época pelos grandes intuitivos e instrutores da raça. Existe um número suficiente de homens e mulheres no mundo, adequadamente desenvolvidos, aptos a fazer contato com o Plano e trabalhar para ele. Está se tornando um reconhecimento grupal mais que uma revelação intuitiva.

Em seguida, deve-se observar que existe em nosso planeta um grupo de homens e mulheres que pertencem a todas as nações, que se encontram definitivamente no Caminho do Discipulado e, por isto, servem definitivamente à raça. Uniram-se, subjetivamente, em uma entidade denominada Novo Grupo de Servidores do Mundo, à falta de um nome mais apropriado. Suas características são bem conhecidas, porque algumas pessoas fizeram um cuidadoso estudo deste grupo durante dois ou três anos, e também inúmeras pessoas fazem parte dele.

É alentador para nós comprovar que o Novo Grupo de Servidores do Mundo trabalha em conexão com o Plano dos Grandes Seres, que emerge com rapidez e numericamente aumentou de forma vital durante os últimos anos e existe fusão interna mais estreita que nunca. O grupo compõe-se de:

I. O núcleo interno, formado por servidores ativos, conhecidos como os discípulos, que estão em contato consciente com o Plano e trabalham afanosamente para desenvolvê-lo.

II. Os que responderam à visão, tal como lhes foi apresentada por este núcleo interno, e se alinharam definitivamente ao lado do Plano, sendo, portanto, homens e mulheres de boa vontade.
Em conexão com estes dois grupos existe um público que aumenta e responde consideravelmente às novas ideias. Expressou seu interesse em ver o Plano no mundo materializado de forma adequada. É necessário enfrentar as diferentes necessidades destes grupos, e este é o problema exato dos que trabalham em colaboração consciente com a Hierarquia. (Psicologia Esotérica Volume II – 492/3).

2. Afirmou-se que Aqueles que constituem o governo interno do mundo, a chamada Hierarquia planetária, trabalham para facilitar a entrada dos novos ideais e objetivos na consciência da raça, ideais e objetivos que caracterizam a Nova Era. Esta afirmação é importante, pois indica que o esforço que está sendo feito hoje está de acordo com o desenvolvimento evolutivo do nosso planeta, portanto, seu êxito final é seguro. O trabalho que o Novo Grupo de Servidores do Mundo se empenha em realizar está destinado a acelerar este processo, evitando assim um longo período de dificuldades e desordens. Quer este esforço tenha êxito ou não, o objetivo final será alcançado, mas pode-se acelerar se os homens valorizarem cabalmente a situação imediata que enfrentam e derem os passos necessários para mudar a situação atual.

O novo Plano dos Grandes Seres é apenas uma extensão, em última análise, do Plano que sempre existiu. Não se efetuou nenhuma mudança na ideia fundamental. O êxito do esforço atual depende da disponibilidade das forças que representam a retidão progressista e a capacidade dos discípulos do mundo de atuarem em uníssono, a fim de influenciar a opinião pública de tal forma que possa se produzir uma mudança mundial na atitude humana. Mas os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo não devem dissipar seus esforços em atividades secundárias; terão tempo para se ocupar delas quando a principal finalidade tiver sido alcançada. Pode-se dizer que os objetivos imediatos do Plano são:

I. Elevar o nível da consciência humana, de maneira que os homens e mulheres inteligentes e reflexivos estejam conscientemente em contato com o mundo das ideias e o reino da percepção intuitiva. Isto significa que poderão ser orientados para a realidade. Não é a descrição de uma utopia imediata. A modificação da situação atual, ainda em pequena medida, é uma tarefa hercúlea e porá à prova, ao máximo, os recursos do Novo Grupo de Servidores do Mundo.

II. O esclarecimento da situação internacional é o segundo objetivo d’Aqueles que desenvolvem o Plano. É necessário que cada nação se dê conta de duas coisas: Primeiro, a importância que tem de se ocupar de seus próprios assuntos e problemas internos, de embelezar a vida nacional mediante a ordem, a estabilização e, sobretudo, a liberdade. Toda nação deve se ajustar internamente à paz. Isto não deve se consumar por meio das forças armadas, de nenhum grupo poderoso, mas considerando inteligentemente as necessidades do povo, sem excetuar nenhum setor da vida nacional.

Segundo, a necessidade primordial de que cada nação compreenda sua responsabilidade com relação ás demais nações e a inter-relação que existe em todas as partes da vida de nosso mundo.

III. O terceiro objetivo é fomentar a ideia de formar grupos que tenham como base a compreensão, a inter-relação e a boa vontade grupais. São estes os quatro ideais deste grupo subjetivo que trabalha no plano físico denominado Novo Grupo de Servidores do Mundo. Se referidos ideais chegarem a se materializar, este novo grupo proporcionará um núcleo para o futuro grupo mundial que unificará gradualmente todos os homens em prol da verdadeira fraternidade.

Este grupo proporcionará uma entidade internacional, composta de homens inteligentes e de boa vontade, que inevitavelmente controlarão o destino do mundo e trarão a paz mundial, organizando assim a nova ordem mundial. Eles o farão sem empregar os antigos sistemas políticos, a propaganda violenta e a força organizada, características do velho sistema. Seu método é a educação; modelarão a opinião pública e fomentarão a boa vontade mútua e a interdependência nacional, religiosa e econômica. O que realmente estão procurando fazer é despertar uma atividade mais plena, um aspecto da natureza humana que sempre esteve presente, mas subordinado até agora a fins egoístas ou ambiciosos. Os seres humanos são bondosos por natureza, quando suas mentes não estão distorcidas nem sua visão afetada pelo falso ensinamento dos interesses egoístas, a propaganda política e as dificuldades raciais ou religiosas.

Estas metas não serão alcançadas mediante a propaganda apoiada pela força, mas pelo exemplo, e respaldadas pelo sacrifício e pelo amor. Outro objetivo importante do Plano que se materializará posteriormente quando as condições mundiais tiverem melhorado, é o surgimento deste grupo de almas que atuará no plano físico, do qual o Novo Grupo de Servidores do Mundo é o representante externo. Este aparecimento pode se denominar, na fraseologia cristã, a segunda vida do Cristo e Seus Discípulos, ou a manifestação da Hierarquia planetária, ou o aparecimento dos Mestres de Sabedoria, os quais restabelecerão na terra os antigos mistérios e instituirão novamente a Ordem da Iniciação.

Tal é a ideia ampla e geral dos objetivos do Plano e a meta de seus Guardiães. Cada etapa do mesmo constitui um campo de serviço ativo, e todas as pessoas de boa vontade e os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo têm seu lugar em um de seus setores. Os membros deste grupo são, na realidade, intermediários entre os Guardiães do Plano, que expressam a mente e o propósito de Deus, e o público inteligente. Constituem o “clube de cérebros” do planeta, porque lutam de forma definida com o problema da inquietude e a angústia existente nos campos econômico, político e religioso. Através deles deve se realizar o Plano e, se trabalharem com o desejado altruísmo e sabedoria e demonstrarem a destreza necessária na ação, oportunamente obterão muito poder; um poder baseado na boa vontade inteligente, na correta compreensão da fraternidade e na determinação de alcançar o bem do todo e não o bem de certos setores da vida nacional, ou de certas nações à custa de outros setores e outras nações. Daí que enfatizem constantemente a necessidade de pensar em termos de boa vontade para com a totalidade. (Psicologia Esotérica Volume II – 494/7).

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IMPRESSÃO DO PLANO

1. A Hierarquia é a Guardiã deste aspecto do Propósito cíclico planetário denominado de Plano, que abrange períodos relativamente breves, tais como civilizações – no que diz respeito à humanidade. Com relação à Shamballa, o grupo intermediário dos que trabalham, meditam e criam, é chamado à atividade para receber a impressão da imediata atividade hierárquica desejada, transmitir as energias necessárias de Shamballa aos Ashrams unidos e informar assim, esotericamente, a Hierarquia sobre o que merece atenção imediata.

Além disso, em um nível inferior da espiral evolutiva, a Hierarquia, por sua vez, plasma o Plano no Novo Grupo de Servidores do Mundo, Plano que deve ser aplicado imediatamente para ajudar a humanidade. Este grupo é o principal agente criador nos três mundos para o resto deste ciclo de experiência planetária, embora nem sempre tenha sido. A humanidade agora pode trabalhar inteligentemente com o Plano apresentado, pela primeira vez na história humana. Gostaria que observassem isto. Os homens podem desempenhar hoje a sua pequena parte para trazer o Propósito divino à manifestação, porque já desenvolveram a capacidade mental necessária. O controle e o desenvolvimento criador dos três reinos inferiores da natureza está saindo lentamente das mãos da evolução dévica (responsável até agora) e passando para a supervisão da humanidade, segundo expõem os antigos Arquivos dos Mestres:

“Os Senhores solares controlarão oportunamente, por meio de manas (a mente), os senhores lunares da substância elemental, não só a deles, mas também a daqueles que buscam ajuda. Desta maneira, a redenção chegará a todos por intermédio do homem e a glória do Senhor da Vida será vista”. (Discipulado na Nova Era Volume II – 200).

2. Tudo o que podemos conhecer deste Propósito é o Plano hierárquico e os discípulos e os aspirantes avançados podem apreciar e reconhecer. Ele se baseia no reconhecimento da diretriz divina no passado, no reconhecimento do progresso que vem desse passado ao presente, além do esforço para se tornar sensível à correta manifestação deste Plano – que encarna um aspecto do Propósito – no futuro imediato. O propósito está relacionado com o passado, o presente e o futuro. Os Agentes do Plano são impressionados de Shamballa, via os Nirmanakayas; o processo então se repete, e a humanidade avançada se converte em receptora sensível do Plano, tal como lhe foi transmitido pelos Agentes Impressores, os Mestres, que atuam através do Novo Grupo de Servidores do Mundo. Este grupo é a analogia inferior dos Nirmanakayas, receptores da impressão proveniente de Shamballa. Portanto, verão a beleza e a síntese, a interdependência e a interação colaboradora que se manifesta por intermédio da cadeia hierárquica, do Agente mais elevado, até o mais humilde receptor da impressão divina. (Telepatia e o Veículo Etérico – 97/8).

3. Por trás deste programa humano, encontram-se aqueles cujo privilégio e direito consiste em zelar pela evolução humana e guiar os destinos dos homens. Não é por intermédio de um controle imposto, que infringe o livre arbítrio do espírito humano que realizam isso, mas mediante a implantação de ideias nas mentes dos pensadores do mundo, e a evocação da consciência humana, de maneira que estas ideias recebam o devido reconhecimento e se convertam, com o tempo, em fatores controladores da vida humana. Treinam os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo na tarefa de converter as ideias em ideais. Referidos ideais, por sua vez, convertem-se nos objetivos desejados pelos pensadores, que os inculcam na grande classe média, constituindo-os em sistemas mundiais de governo e de religião, formando as bases da nova ordem social à qual as massas vão se incorporando pacientemente. (Psicologia Esotérica Volume II – 483/4).

4. Aqueles que trabalham no aspecto interno e os discípulos responsáveis pelo desenvolvimento do Plano realizaram imensos esforços para alcançar e estimular o Novo Grupo de Servidores do Mundo. E obtiveram êxito. O êxito não depende de que os Servidores reconheçam a Hierarquia. Onde este reconhecimento existe, há ajuda, mas também depende da receptividade da impressão espiritual, o que significa responder às novas ideias que expressam o espírito de fusão, síntese, compreensão e boa vontade colaboradora. Procurem estar à disposição de tais pessoas e trabalhar com elas. Não adotem a atitude prevalecente de que elas devem trabalhar com vocês. A nós, que talvez saibamos um pouco mais sobre o Plano, cabe realizar a aproximação, evidenciar uma compreensão inteligente e dar o exemplo, subordinando as ideias e desejos pessoais ao bem do todo.

De nossa parte, se reagirmos a tudo isso ocorrerá a reorientação de nossas vidas durante os próximos anos, devido à urgência das coisas que devem ser realizadas. Necessariamente implicará no reajuste da nossa vida aos novos impulsos; eliminar o não essencial, a fim de ter tempo para realizar a tarefa, significa cultivar a sensibilidade espiritual que nos tornará conscientes das impressões e impulsos provenientes do aspecto interno da vida, e também reconhecer, com rapidez, os nossos irmãos que estão consagrados a uma vida de boa vontade e alerta – como nós – à premente necessidade humana e à proximidade do dia da oportunidade; requererá que todos desenvolvam a faculdade de guardar silêncio, pois o silêncio é o melhor método pelo qual se gera e acumula força espiritual para ser utilizada, e também que se treinem para ver com clareza as questões envolvidas em qualquer situação (pessoal, nacional ou internacional) a fim de se capacitar para lançar sobre eles a luz interpretativa da boa vontade manifestada. (Psicologia Esotérica Volume II – 563/4).

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MANIFESTAÇÃO DO AMOR GRUPAL

1. Apenas uns poucos, aqui e ali, captam realmente a visão do futuro e compreendem o que ocorre, contemplando em toda sua beleza o plano emergente. Com estes poucos, os Membros da Hierarquia podem trabalhar, pois (embora lhes falte compreensão) não manifestam má vontade nem ódio com relação aos demais. O amor é o grande unificador e intérprete.

Esta energia do amor está centrada principalmente (para os fins da atividade hierárquica) no Novo Grupo de Servidores do Mundo. Este grupo foi eleito pela Hierarquia como Seu principal canal de expressão: é composto de todos os discípulos do mundo e dos iniciados ativos; extrai seus representantes de cada grupo de idealistas e servidores e de todo grupo de pessoas que expressam o pensamento humano, especialmente no que diz respeito ao melhoramento e à elevação humanos. Através deles é possível expressar a potência do amor-sabedoria. Com frequência, referidas pessoas são incompreendidas, porque o amor que expressam difere amplamente do interesse pessoal, sentimental e afetivo do trabalhador comum. Os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo se ocupam principalmente dos interesses e do bem de todo

o grupo a que estão associados, mas não dos mesquinhos interesses do indivíduo preocupado com seus pequenos problemas e assuntos. Isto expõe o servidor a críticas por parte dos indivíduos, e ele deve aprender a suportá-lo e a não prestar atenção. O amor grupal verdadeiro é de maior importância que as relações pessoais, por mais que se satisfaçam quando surge a necessidade (observe-se que digo “necessidade”). Os discípulos aprendem a captar a necessidade do amor grupal e a corrigir a sua conduta de acordo com o bem do grupo, mas ao indivíduo interessado em si mesmo não é fácil captar esta diferença. Por meio dos discípulos que aprenderam a diferenciar entre os interesses mesquinhos do indivíduo mais seu próprio interesse e as necessidades e urgências do trabalho e amor grupais, a Hierarquia pode atuar e realizar as mudanças mundiais necessárias, sendo principalmente mudanças de consciência. (O Destino das Nações – 19).

2. Descubram os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo onde for possível, e fortaleçam as suas mãos. Procurem-nos em todas as nações e em todas as expressões das distintas linhas de pensamento e pontos de vista. Lembrem-se sempre de que em doutrina e dogma e em técnicas e métodos, poderão diferir amplamente de vocês, mas, no amor aos semelhantes, na boa vontade prática e na devoção para o estabelecimento de corretas relações humanas, estão com vocês, são seus iguais e provavelmente podem lhes ensinar muito. (A Exteriorização da Hierarquia – 528).

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ETAPA DE DESENVOLVIMENTO DO DISCÍPULO

1. O problema é determinar em que ponto da escala e em que nível nos encontramos em determinado momento. Por trás de todo ser humano se estende uma longa série de vidas, e muitos se voltam agora para a etapa da expressão da personalidade dominante e egoísta e estão se formando como indivíduos com plena consciência. Para eles, esta condição é um passo adiante, assim como o discipulado é para vocês. Outros já formaram a personalidade e estão começando a fazer experimentos com a energia que flui através deles e a reunir em torno de si as pessoas que vibram na mesma nota, e para as quais têm uma mensagem precisa. É o que explica os milhares de pequenos grupos que existem e trabalham no mundo em todos os campos conhecidos da expressão humana. Outros já ultrapassaram esta etapa e estão se descentralizando da expressão da personalidade nos três mundos da vida humana, motivados pelo aspecto superior da energia da personalidade. Já não trabalham, projetam, nem lutam, para expressar as personalidades e exercer um impacto individual no mundo, nem para reunir magneticamente em torno de si um grupo de pessoas que respeite e nutra as fontes do seu orgulho e ambição, fazendo-os influentes e importantes. Começam a ver as coisas sob uma perspectiva mais nova e autêntica. À luz do Todo se desvanece a luz do pequeno eu, assim como a luz inerente em todo átomo do corpo se reúne e fica obscurecida na luz da alma, quando esta resplandece em toda a sua glória. (Tratado sobre Magia Branca – 290).

2. Um dos principais ensinamentos que se pode ver em todas as instruções de caráter realmente esotérico, diz respeito à atitude do estudante de ocultismo. Parte-se do princípio de que ele está tratando com coisas subjetivas e esotéricas e que seu objetivo é ser um trabalhador em magia branca. Como tal, deve assumir e manter com firmeza a posição do Observador, separado do mecanismo de observação e contato; deve reconhecer a si mesmo como uma entidade essencialmente espiritual, cuja natureza, objetivos e métodos de trabalho são distintos dos corpos que considera judicioso ocupar e utilizar temporariamente. Deve compreender a sua unidade e as linhas de contato com todos os trabalhadores similares, e assim chegar à percepção consciente da sua posição na hierarquia espiritual de Seres. Tantas informações erradas foram difundidas e de maneira tão insensata a questão de status e posição da chamada hierarquia de almas foi enfatizada, que os discípulos prudentes e equilibrados procuram agora dirigir seus pensamentos para outras direções e eliminar, na medida do possível, todo pensamento referente a graus e esferas de atividade. Possivelmente, nesta oscilação do pêndulo, a tendência seja de ir longe demais na direção oposta e não levar em conta estas etapas de atividades. Contudo, não me interpretem mal; não estou sugerindo que se procure situar as pessoas e decidir onde se encontram na escala da evolução. Isto foi feito no passado, sem nenhuma cautela, para desprestígio do tema, e a tal ponto que, na mente do público, este tópico está desacreditado. Se estas etapas forem consideradas judiciosamente pelo que são – estados de expansão de consciência e graus de responsabilidade – o perigo de reações pessoais para os termos “discípulo aceito, iniciado, adepto, mestre” seria insignificante e muitas dificuldades seriam eliminadas. Há que lembrar sempre que o status individual deve ser mantido estritamente para si mesmo, e o ponto de evolução (que possa verdadeiramente ser reconhecido como mais avançado que o do cidadão comum) será demonstrado através de uma vida de serviço ativo e altruísta e pela manifestação de uma visão iluminada que esteja à frente da ideia racial.

Neste momento, ao reunir o Novo Grupo de Servidores do Mundo, é necessário haver uma grande cautela. Cada trabalhador só é responsável por si mesmo e seu serviço e o de ninguém mais. É prudente medir e ter uma ideia aproximada do status evolutivo, sem se basear em pretensões, mas no trabalho realizado e no amor e na sabedoria demonstrados. O parecer deve se basear em um conhecimento evidente do plano, à medida que se desenvolve em uma sábia formulação do próximo passo para a raça humana, em um sentido esotérico manifestado e em uma influência ou poder áureo, amplo, construtivo e inclusivo. (Tratado sobre Magia Branca – 490/491).

3. Para a incorporação consciente no grupo se exige não viver a vida da personalidade, o que produzirá a subordinação do pequeno eu ao trabalho da totalidade. Estas palavras se escrevem e se leem muito facilmente; no entanto, encerram a tarefa que devem efetuar todos os discípulos na atualidade. Ali onde não existem este incentivo e esta compreensão, o discípulo está ainda muito longe da meta. (Psicologia Esotérica Volume II – 68).

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A EXTERIORIZAÇÃO DA HIERARQUIA

1. Atualmente, a humanidade está passando por um ciclo de excessiva atividade. Pela primeira vez na história humana, esta atividade abrange a humanidade em grande escala, nos três aspectos da consciência da personalidade. Os corpos físicos e os estados de consciência emocional e mental estão todos convulsionados. Esta tríplice atividade unificada é aumentada por um ciclo de atividade planetária igualmente intensa, devido à entrada em uma nova era, ao deslocamento do sol para um novo signo do Zodíaco e a consequente preparação que capacitará o homem a trabalhar facilmente com as novas forças e energias que atuam sobre ele. No centro da vida humana, o grupo integrador dos novos servidores do mundo deve enfrentar, portanto, uma necessidade muito real. O trabalho primordial consiste em se manter em estreita união com a alma da humanidade – constituída por todas as almas em seu próprio nível de ser – mediante a sua própria atividade de alma organizada, para que haja sempre quem "trabalhe nos intervalos" e, assim, permitir que o plano e a visão progridam ante os olhos daqueles que ainda não podem penetrar no lugar elevado e secreto. Como disse muitas vezes, eles devem aprender a trabalhar subjetivamente, a fim de manter – neste ciclo de atividade e expressão exotérica – o poder, latente em todos, de se retirar para o centro. [...]

Está se fazendo agora um novo esforço para liberar “os prisioneiros do planeta”. A Hierarquia, através do Grupo de Servidores Mundiais, em processo de formação, está procurando se exteriorizar e restaurar os mistérios para a humanidade, à qual realmente pertencem. Para o triunfo desta iniciativa é fundamentalmente necessário a todos vocês que perceberam a visão ou viram uma parte do plano, dedicar-se novamente ao serviço da humanidade, consagrar-se ao trabalho de ajudar todos os servidores do mundo, até o máximo da sua capacidade (reflitam sobre estas palavras e extraiam o significado delas), e sacrificar seu tempo e dinheiro para nutrir o esforço dos Grandes Seres. Acima de tudo, não deixem de praticar a meditação; mantenham a união interna; pensem na verdade a todo momento. A necessidade e a oportunidade são grandes, e todos os que podem ajudar são chamados para a frente da batalha. Portanto, todos podem ser úteis de alguma maneira, se cada um e todos compreenderem a verdadeira natureza do sacrifício, desenvolverem a habilidade na ação e trabalharem sem apegos. (Tratado sobre Magia Branca – 430/31).

2. O segundo passo indicado para a Hierarquia seria plasmar nas mentes dos homens iluminados de todas as partes as ideias espirituais que corporificam as novas verdades, pela "descida" (se assim posso formular) dos novos conceitos que regerão a vida humana e pela ação do próprio Cristo, sobrepairando em todos os discípulos mundiais e o Novo Grupo de Servidores do Mundo. Este estímulo planejado pela Hierarquia está avançando bem; homens e mulheres de todas as partes e em todos os setores da vida estão articulando as novas verdades e, no futuro, certamente guiarão a vida humana; estão construindo as novas organizações, movimentos e grupos, grandes ou pequenos, que anunciarão às massas a realidade da necessidade e a maneira de atendê-la.

Assim estão fazendo porque são impulsionados pelo calor de seus corações e pela reação amorosa à aflição humana; embora sequer expressem a si próprios, estão contudo trabalhando para trazer à visibilidade o Reino de Deus na Terra. É impossível negar tais fatos diante da evidente abundância de organizações, livros e conferências. (O Reaparecimento do Cristo – 45).

3. Grandes Forças, sob potente Liderança espiritual, estão se preparando para se precipitar neste mundo de caos, de confusão, de aspiração, de esperança e de perplexidade. Estes grupos de energia estão prontos para ser enfocados e distribuídos pela Hierarquia, e esta Hierarquia, sob Seu grande Líder, o Cristo, está mais perto do gênero humano do que jamais esteve na história da humanidade. Em todos os países, o Novo Grupo de Servidores do Mundo também está atento a esta condução, unido em idealismo, objetivos humanitários, sensibilidade à impressão espiritual, propósitos subjetivos, amor aos semelhantes e dedicação ao serviço altruísta. Homens e mulheres de boa vontade encontram-se em todas as partes, prontas a ser guiadas em uma atividade construtiva e a se tornar agentes que serão gradualmente treinados e instruídos para o estabelecimento do que nunca existiu de fato até agora: corretas relações humanas (O Reaparecimento do Cristo – 85).

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PREPARAÇÃO PARA O REAPARECIMENTO DO CRISTO

1. Consideramos a necessidade da preparação para a vinda de Cristo e alguns dos requisitos básicos que surgirão, à medida que as pessoas se capacitem para a necessária atividade, inclusive a de angariar os fundos necessários para sustentar o trabalho preparatório. O colaborador individual precisa, inicialmente, determinar se seu incentivo e perspectiva espiritual são adequados para a tarefa pela frente. Só importa aquilo que proporciona a necessária dinâmica para a ação e só estará apto para a tarefa aquele cuja visão for suficientemente clara para habilitá-lo a trabalhar com compreensão e sinceridade. Ele deve descobrir que para ele é possível exercer seu papel na promoção do Plano divino. A realidade do Cristo e a genuína possibilidade de Seu reaparecimento devem se tornar fatores motivadores importantes em sua consciência. Ele busca aqueles com quem pode trabalhar e têm os mesmos objetivos espirituais. Desta maneira, e no devido tempo, descobre que existe na Terra um grupo bem organizado e integrado ao qual dar a denominação de Novo Grupo de Servidores do Mundo. Descobre que estão por todo lado e atuando em todo país, em todos os grupos religiosos organizados e em todos os outros grupos dedicados ao bem-estar da humanidade e à preparação do caminho para o retorno do Cristo.

Trata-se de um grupo que, embora atuando precipuamente no plano externo da vida física, diária, preserva uma estreita, interna e espiritual integração com o centro de energia, do qual pode extrair tudo de que necessita para o trabalho espiritual ativo. O grupo proporciona um campo de serviço para todos aqueles que procuram expressão no serviço. Proporciona também um ponto de encontro para todos que estão dispostos a ser postos à prova e um lugar onde suas motivações e persistência podem ser testados, antes de um firme desenvolvimento da oportunidade espiritual. Ele é então liberado para áreas de serviço cada vez mais amplas

O Novo Grupo de Servidores do Mundo oferece, essencialmente, um campo de treinamento e de experiência para todo aquele que tem a esperança de se elevar espiritualmente e se capacitar para ser discípulo ativo, dirigido pelo Cristo. O aparecimento deste grupo na Terra neste momento é uma dos indicativos do êxito do processo evolutivo, conforme aplicado à humanidade. Este método de trabalho – utilizar os seres humanos como agentes para sustentar a obra de salvação e elevação do mundo – foi iniciado pelo próprio Cristo. Ele trabalhou muitas vezes com os homens por meio de outros, chegando à humanidade por meio de Seus doze Apóstolos, e considerando Paulo como o substituto de Judas Iscariotes. O Buda experimentou o mesmo sistema, mas, no princípio, a relação do Seu grupo foi mais próxima a Ele e não tanto com o mundo dos homens. O Cristo enviou Seus Apóstolos ao mundo para alimentar as ovelhas e buscar os homens, guiá-los e convertê-los em “pescadores de homens”. A relação dos discípulos do Cristo com o Mestre era apenas secundária, as necessidades do mundo sendo o principal; esta atitude ainda rege a Hierarquia, mas sem detrimento à devoção ao Cristo. O que o Buda instituiu simbolicamente e de forma embrionária se tornou um fato, presente sob as demandas da era pisciana.

Na Era de Aquário em que agora estamos entrando, este modo de trabalho grupal alcançará um elevado ponto de desenvolvimento e o mundo será salvo e reconstruído por grupos, muito mais do que indivíduos. No passado tivemos salvadores mundiais – Filhos de Deus deram aos homens uma mensagem que propiciou um aumento de luz aos povos. Agora, na plenitude do tempo e pelos processos da evolução, um grupo está surgindo, o qual trará a salvação ao mundo e o qual (corporificando as ideias grupais e enfatizando o verdadeiro sentido da Igreja do Cristo) estimulará e energizará tanto as mentes e as almas dos homens que a nova era será introduzida por uma emanação de Amor, Conhecimento e Harmonia do próprio Deus, como também pelo reaparecimento do Cristo, no qual estas três faculdades estarão personificadas.

Nos últimos dez anos este Novo Grupo de Servidores do Mundo foi reorganizado e revitalizado, expandindo-se o conhecimento da sua existência por todo o mundo. Hoje é um grupo de homens e mulheres de todas as nações e raças, de todas as organizações religiosas e movimentos humanitários orientados, fundamentalmente, para o Reino de Deus ou no processo dessa reorientação. São discípulos do Cristo, atuando conscientemente e, muitas vezes de maneira inconsciente, pelo Seu reaparecimento; são aspirantes espirituais que procuram servir e tornar realidade o Reino de Deus na Terra; são homens de boa vontade e inteligência que estão procurando aumentar o entendimento e as corretas relações humanas entre os homens. Este grupo abrange duas grandes divisões:

I. Um grupo constituído pelos discípulos do Cristo, que trabalham conscientemente para desenvolver Seus planos e aqueles que, instruídos por esses, colaboram consciente e voluntariamente. Nós podemos nos encontrar nesta última categoria, se assim desejarmos e se estivermos dispostos a fazer os necessários sacrifícios.

II. Um grupo constituído de aspirantes e homens e mulheres conscientes do mundo que estão trabalhando inconscientemente sob a diretriz da Hierarquia espiritual. Há muitos deles, em especial ocupando os altos cargos e cumprindo o papel de destruidores das antigas formas ou de construtores das novas. Não têm consciência de nenhum plano sintético interno, mas tratam de atender desinteressadamente as necessidades do mundo da melhor maneira que podem, desempenhando papeis importantes nos dramáticos eventos nacionais ou atuando com empenho no campo da educação.

O primeiro grupo tem certa medida de contato com a Hierarquia espiritual, e em grande medida com os verdadeiros discípulos; seus membros trabalham sob inspiração espiritual. O segundo grupo está em contato mais estreito com as massas e trabalha de maneira mais definida para inspirar ideias. O primeiro grupo se ocupa do Plano do Cristo, na medida em que seus membros podem captar sua substancialidade, enquanto que o segundo trabalha com novos conceitos e esperanças que estão assomando à consciência da humanidade, à medida que os homens começam a responder, subjetivamente e muitas vezes de maneira inconsciente, à preparação para a vinda do Cristo. De maneira constante e em resultado do Novo Grupo de Servidores do Mundo, a humanidade está despertando para as possibilidades futuras.

O despertar das classes intelectuais de todos os países para o reconhecimento de uma humanidade é o prelúdio para o estabelecimento da fraternidade. A unidade da família humana é reconhecida pelo homem, mas antes que esta unidade possa tomar forma em medidas construtivas, é essencial que um maior número de homens e mulheres reflexivos derrubem as barreiras mentais que existem entre raças, nações e indivíduos; é também essencial que o Novo Grupo de Servidores do Mundo reitere no mundo externo aquele tipo de atividade que a Hierarquia expressou quando implementou e materializou o Novo Grupo de Servidores do Mundo. Por meio da impressão e expressão de certas grandes ideias, os homens de todas podem ser persuadidos dos ideais fundamentais que regerão a Nova Era. É esta a principal tarefa do Novo Grupo de Servidores do Mundo.

À medida que estudamos e aprendemos a reconhecer o Novo Grupo de Servidores do Mundo em todas as suas seções e esferas de atividade – disseminadas pelo mundo e abarcando os verdadeiros e sérios trabalhadores e pessoas humanitárias de todas as nações, religiões e organizações de orientação humanitária – certamente compreenderemos que há na Terra hoje um grupo de homens e mulheres que, pela quantidade e gama de atividades, são perfeitamente adequados para implementar as mudanças que habilitarão o Cristo a caminhar novamente entre nós. Isto vai acontecer se estiverem realmente dedicados, prontos para fazer os sacrifícios necessários e dispostos a declinar de suas diferenças nacionais, religiosas e organizacionais em prol das formas de serviço que reconstruirão o mundo. Devem instruir a raça humana em alguns princípios básicos e simples e dar a conhecer à humanidade a ideia do reaparecimento do Cristo e da exteriorização do Reino de Deus. O trabalho consistirá, em grande parte, em sintetizar e estabilizar a obra dos dois Filhos de Deus, o Buda e o Cristo.

O êxito do trabalho do Novo Grupo de Servidores do Mundo é inevitável; realizou muito progresso nos últimos dez anos e a integração interna da parte do grupo que atua em estreito contato com o Cristo e a Hierarquia espiritual é de tal envergadura que o sucesso externo está garantido. Eles proporcionam um canal por meio do qual a Luz, o Amor e o Poder do Reino de Deus podem chegar aos trabalhadores mais exotéricos. Portanto, que possamos compreender que os as pessoas de orientação espiritual e todos aqueles que procuram trabalhar e trabalham para o estabelecimento de corretas relações humanas, todos que praticam a boa vontade e se esforçam realmente para amar seus semelhantes são parte integrante do Novo Grupo de Servidores do Mundo, e sua principal tarefa neste momento é preparar o caminho para o reaparecimento do Cristo.

Permitam-me expor enfaticamente que o principal método que podemos usar e o instrumento mais potente nas mãos da Hierarquia espiritual é a difusão da boa vontade, e sua fusão em uma potência unida e atuante. Prefiro esta expressão às palavras “organização de boa vontade”. A boa vontade é hoje um sonho, uma teoria, uma força negativa. Que ela se desenvolva em fato, em um ideal atuante e em uma energia positiva. É este o nosso trabalho e, novamente, somos instados a cooperar. (O Reaparecimento do Cristo – 156/61).

2. Os primeiros sinais de que Ele e seus discípulos estão se aproximando já podem ser percebidos por todos que observam e interpretam corretamente os sinais dos tempos, entre eles (os sinais), a união espiritual dos que amam seus semelhantes. Na realidade, trata-se da organização do exército físico externo do Senhor – exército sem outra arma que o amor, a correta palavra e as corretas relações humanas. Esta organização desconhecida vem ocorrendo com extraordinária rapidez durante o pós-guerra, pois a humanidade está cansada de ódios e controvérsias.

O grupo de trabalhadores do Cristo já está ativo sob a forma de Novo Grupo de Servidores do Mundo; é ele o grupo mais potente de precursores que já precedeu um grande Personagem mundial em Sua entrada no cenário da vida da humanidade. Seu trabalho e influência já são vistos e percebidos em todas as partes e nada pode destruir o que já realizaram. (O Reaparecimento do Cristo – 42) e (A Exteriorização da Hierarquia – 493/4).

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CONCLUSÃO

1. Os diversos planos em consideração para o desenvolvimento e progresso do Novo Grupo de Servidores do Mundo devem ir e irão continuamente adiante. As ideias, brevemente delineadas, devem ser desenvolvidas de forma detalhada como também o treinamento das pessoas para a expansão destas ideias. O público deve ser educado sobre os ideais e objetivos do novo grupo. Devem-se formar grupos de meditação que se dedicarão a fazer contato com a visão, e extrair a sabedoria e o poder necessários. Deve-se empregar cada vez mais a Grande Invocação, e ser entoada diariamente e a toda hora. A essência do exposto aqui deverá ser reajustado e readaptado para o público em geral, porque os homens só aprendem pela repetição constante, e estas coisas devem se repetir muitas vezes antes que se torne evidente o Verdadeiro trabalho do Novo Grupo de Servidores do Mundo.

A função do Novo Grupo consiste em equilibrar as forças que levam à desintegração e a destruição, incorporando em si mesmo as forças de integração e construção. Referido grupo resistirá, com o tempo, à tendência (tão prevalecente hoje) ao ódio racial, e o ensinamento dado tenderá a negar as ideias atuais, pois são de grande poder para produzir as brechas e as barreiras atuais entre os homens, causando a separação e a guerra. Onde existe um grupo que expresse ideias, que acentue um setor da opinião pública ou um aspecto da vida, inevitavelmente deve aparecer, sob a lei do equilíbrio, aquele que o contrariará. No período atual da história da raça apareceram primeiramente os grupos que fomentam as separações ou brechas e erguem barreiras que impedem o livre arbítrio do homem, os quais realizam o necessário trabalho porque estão também incluídos no Plano. Depois, de acordo com a lei, devem aparecer os grupos que personificam as ideias que conduzem à integração e à obra construtiva, os quais levarão o mundo a uma volta mais elevada da espiral, eliminarão as brechas e destruirão as barreiras, dando fim às separações. (Psicologia Esotérica Volume II – 505/6)

2. A tarefa que o Novo Grupo de Servidores do Mundo tem diante de si é muito grande, mas não impossível. É absorvente, mas como constitui um cânone de vida imposto pode se realizar em todos os aspectos da vida diária. Somos chamados agora a prestar um serviço intenso durante um período de anos, a levar uma vida anormal e a carregar a responsabilidade da qual tínhamos conhecimento há anos, mas não assumimos o encargo dela. Nosso interesse foi poderosamente evocado, mas não devidamente aplicado. A demanda de colaboração pelos guias e trabalhadores do Novo Grupo de Servidores do Mundo foi claramente enunciada do aspecto interno. Respondemos ajudando em algo, mas sem sacrifício algum; prestamos a mínima ajuda possível, não a máxima – exceto nos poucos casos em que foi reconhecida e valorizada. Foi dito que o Novo Grupo de Servidores do Mundo está trabalhando em todas as nações, a fim de difundir a boa vontade, a compreensão mundial e a unidade religiosa. Esta ideia foi reconfortante e confiamos em seus esforços – o esforço dos poucos que estão excessivamente pressionados. (Psicologia Esotérica Volume II – 552/3)

3. Não farei nenhum outro chamado para obter ajuda. Procurei instruí-los nos novos ideais e no trabalho do Novo Grupo de Servidores do Mundo. A responsabilidade de atuar corretamente e o esforço de chegar até o público repousa sobre os aspirantes e discípulos do mundo que leem minhas palavras. Pessoalmente, nada posso fazer. O tempo é vosso (e todos, sem exceção podem dá-lo). Isto é o que o Cristo e a humanidade demandam hoje. Pedimos que dediquem sua atividade e capacidade para chegar àqueles com os quais podem fazer contato. Necessita-se de dinheiro para ir ao público interessado. Por meio da meditação e da intensa colaboração interna se construirá o canal pelo qual poderá atuar o espírito de paz e entrar as forças da Luz. A Hierarquia espera. Fez todo o possível do ângulo de Sua oportunidade. O Cristo permanece em paciente silêncio, atento ao esforço que materializará Seu trabalho na Terra e lhe permitirá consumar o esforço que realizou na Palestina há dois mil anos. O Buda está disposto a desempenhar Sua parte sobre o planeta se o gênero humano lhe oferecer a oportunidade. Rogo-lhes que tenham em conta o que disse aqui. Agora tudo depende da correta ação das pessoas de boa vontade. (Psicologia Esotérica Volume II – 566)

4. O novo mundo será construído sobre as ruínas do antigo. Surgirá a nova estrutura. Os homens de boa vontade de todas as partes, guiados pelo Novo Grupo de Servidores do Mundo, se organizarão em vitais batalhões de vida e sua primeira tarefa será desenvolver as corretas relações humanas mediante a educação das massas. Vale dizer que deve haver um desenvolvimento paralelo de uma opinião pública iluminada, que (esotericamente falando) é a resposta correta ao som transmitido pela vontade de Deus aos ouvidos atentos. Então, em verdade, a humanidade sairá do deserto, abandonará os mares e saberá que Deus é Fogo. (Os Raios e as Iniciações – 83)

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REFERÊNCIAS – LIVROS

1. INICIAÇÃO HUMANA E SOLAR
2. CARTAS SOBRE MEDITAÇÃO OCULTISTA
3. UM TRATADO SOBRE FOGO CÓSMICO
4. UM TRATADO SOBRE MAGIA BRANCA ou O Caminho do Discípulo
5. DISCIPULADO NA NOVA ERA — Volume I
6. DISCIPULADO NA NOVA ERA — Volume II
7. OS PROBLEMAS DA HUMANIDADE
8. O REAPARECIMENTO DO CRISTO
9. O DESTINO DAS NAÇÕES
10. GLAMOUR: Um Problema Mundial
11. TELEPATIA E O VEÍCULO ETÉRICO
12. A EDUCAÇÃO NA NOVA ERA
13. A EXTERIORIZAÇÃO DA HIERARQUIA

Tratado sobre os Sete Raios
14. Volume I: PSICOLOGIA ESOTÉRICA
15. Volume II: PSICOLOGIA ESOTÉRICA
16. Volume III: ASTROLOGIA ESOTÉRICA
17. Volume IV: CURA ESOTÉRICA
18. Volume V: OS RAIOS E AS INICIAÇÕES

19. A CONSCIÊNCIA DO ÁTOMO
20. A ALMA E SEU MECANISMO
21. DO INTELECTO À INTUIÇÃO
22. DE BELÉM AO CALVÁRIO
23. A LUZ DA ALMA
24. AUTOBIOGRAFIA INCONCLUSA

Esta obra é uma compilação dos ensinamentos do Mestre Tibetano sobre o “Novo Grupo de Servidores do Mundo”, conforme expostos nos “livros azuis” de Alice A. Bailey, escritos na primeira metade do Século XX.

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