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PROBLEMAS DA HUMANIDADE


PROBLEMAS DA HUMANIDADE
Estabelecendo Corretas Relações Humanas
1 - Apresentação e Instruções

1 – APRESENTAÇÃO E INSTRUÇÕES

Enunciados Chaves
Pensamento-semente para a Meditação
Introdução
A Mudança de Valores
Perspectivas do Futuro
A Ciência e a Unidade da Vida
Da Era de Peixes à Era de Aquário
O Serviço e o Servidor
A Resposta do Coração
A Correta Utilização da Mente
O Plano
O Correto Enfoque Espiritual
Aceitar a Responsabilidade
Meditação
Perguntas para Reflexão ou Discussão

ENUNCIADOS CHAVES

É essencial que todas as pessoas reflexivas dediquem seu tempo e pensamento à consideração dos principais problemas mundiais que nós enfrentamos hoje.

Os erros e enganos dos séculos passados que culminaram na guerra mundial e nossos problemas atuais, são a soma de erros e enganos da humanidade toda. Este reconhecimento nos conduzirá ao estabelecimento do princípio de compartilhamento, tão necessário no mundo atual.

Não há problemas nem condições que não podem ser resolvidos pela vontade para o bem. A boa vontade alimenta o espírito de compreensão e fomenta o aparecimento do princípio de cooperação. Este espírito de cooperação é o segredo de todas as relações humanas e o inimigo da competitividade.

Há uma relação de sangue entre as pessoas que, quando reconhecida, dissolve todas as barreiras e acaba com o espírito separatista e de ódio. A paz e a felicidade de cada um concerne, portanto, a todos. Isto desenvolve o princípio de responsabilidade e coloca as bases para a correta ação corporativa.

Peço-lhes que abandonem seus antagonismos e antipatias, seus ódios e suas diferenças raciais e que intentem pensar em termos da Família Una, Vida Una e Humanidade Una. (Alice A. Bailey)

PENSAMENTO-SEMENTE PARA A MEDITAÇÃO

A unidade e as corretas relações humanas: individuais, comunitárias, nacionais e internacionais podem ser conseguidas mediante a ação unida dos homens e mulheres de boa vontade em todos os países.

INTRODUÇÃO

Este curso de estudos está baseado no livro “Problemas da Humanidade” de Alice A. Bailey. É oferecido a todos os homens e mulheres de boa vontade como meio de compartilhar um serviço definitivo ao mundo.

O curso consta de sete partes baseadas nos seguintes problemas fundamentais que subjazem na situação mundial atual:

ESTUDO 1 – Apresentação e Instruções
ESTUDO 2 – Reabilitação Psicológica das Nações
ESTUDO 3 – O Problema das Crianças, dos Jovens e sua Educação
ESTUDO 4 – Capital, Trabalho e Emprego
ESTUDO 5 – O Problema das Minorias Raciais
ESTUDO 6 – O Problema das Igrejas
ESTUDO 7 – Os Problemas da Unidade Internacional

Esses problemas não são os de nenhuma nação ou raça isolada, mas são, cada um deles, os problemas gerais com os quais a totalidade da humanidade está hoje ansiosamente preocupada. De maneira geral, formam parte do pensamento de todos, e são tema de discussão entre as pessoas inteligentes de todos os países, nos jornais, no rádio e na televisão. Agora, mais do que nunca, o futuro da raça humana depende de que as pessoas de boa vontade tenham um papel positivo e destacado nesta reflexão, aportando compreensão espiritual ao debate global.

O Curso sobre Os Problemas da Humanidade busca aprofundar o compromisso do estudante na solução desses problemas. Fomenta uma participação plena no desafio mais significativo que enfrenta a família humana: o de estabelecer as Corretas Relações Humanas entre povos e nações.

Os dois requisitos essenciais para uma contribuição efetiva ao trabalho proposto são uma atitude de boa vontade para com todos e uma mente aberta. A avaliação e expressão desses problemas não deverão resultar polêmicas, se forem enfocadas com espírito de boa vontade. O curso é utilizado por grupos e indivíduos de muitas diversas raças, nações e religiões e, como resultado, as atitudes para com os problemas estudados serão significativamente diferentes. Estas diferenças são de extrema importância para efeito do nosso trabalho na consciência humana.

Todos nós temos o direito de ter o nosso próprio ponto de vista, sempre que estiver baseado numa reflexão atenta e inteligente e que não seja o resultado de prejulgamentos ou de uma aceitação vaga e geral das coisas, tal e como estão. Entretanto, nenhum de nós tem direito a crer ou sentir que nossas idéias são necessariamente as únicas corretas e as que deveriam ser, de modo geral, aceitas. É de esperar que, ao longo deste curso, cada um de nós realize suas próprias reflexões e estude inteligente e intuitivamente cada um dos problemas. Estaremos, então, capacitados para formular nossas próprias idéias. Essas idéias poderiam ser de três categorias:

1 – Idéias relativas às causas responsáveis pelos problemas que estão sendo considerados.
2 – Idéias relativas aos passos que deveriam ser dados para resolver os problemas.
3 – Idéias relativas à responsabilidade individual de cada um a respeito dos problemas.

Não se espera nem se crê que a solução desses problemas mundiais possa ser encontrada por nenhum de nós. Podemos, sem embargo, chegar a uma melhor compreensão das ações passadas, das condições atuais e das possibilidades futuras. Podemos encontrar a escola de pensamento que nos pareça mais construtiva e prática; podemos nos treinar para aceitar um novo esforço espiritual e, compreendendo o que isso representa, podemos escolher empreender este novo empenho espiritual. Este novo “esforço” pode tornar-se complexo. Pode ser complicado de ser realizado, já que o trabalho exigirá o sacrifício e a reorganização do nosso tempo e do nosso plano diário. Mas, a correta realização desta maneira demonstrará ser frutífero e recompensador; produzirá uma nova expansão da consciência, evocará uma crescente compaixão e uma nova compreensão dos problemas da agitada humanidade.

O curso foi organizado com a esperança de que conduzirá a dois resultados importantes:

1 – Ajudar-nos-á a encontrar nosso adequado campo de serviço no mundo (se ainda não o encontramos).

2 – Ajudará na criação de uma “forma de pensamento de solução” na consciência humana que contribuirá para conseguir as Corretas Relações Humanas. Para que as qualidades do amor e da unidade condicionem os assuntos mundiais (a essência das corretas relações humanas) necessitam-se novas formas de pensar e uma nova visão. O pensamento correto dos homens e mulheres de boa vontade do mundo a respeito desses problemas cruciais, cria um corpo de pensamento dinâmico, magnético e penetrante que influi poderosamente nos corações e nas mentes das pessoas em todas as partes.

Neste trabalho é essencial que rechacemos uma interpretação superficial dos fatos e busquemos, em vez disso, as causas subjacentes. Isso requererá certa habilidade para penetrar no mundo dos significados e transmitir a iluminada compreensão e direção da alma, por meio da mente, à nossa consciência diária.

A consideração reflexiva e a atitude meditativa de milhares de pessoas sinceras, que se esforçam por encontrar uma solução para os problemas da humanidade, com base nas Corretas Relações Humanas, provê um “veículo de enlace”, subjetivamente, entre a humanidade e sua fonte espiritual. Isso abre a mente e a impressão espiritual, trazendo consigo clareza, perspicácia e compreensão.

Sugere-se que o estudante experimente com a meditação, para ajudar mais efetivamente na construção desta ponte. No final de cada parte do estudo inclui-se uma proposta de esquema de meditação (se o preferir, idealize a sua própria). Acompanhando cada lição há um “pensamento-semente” para incluir no trabalho de meditação. Cada pensamento semente faz referência a um problema e à nossa atitude para com ele. Se o pensamento semente apropriado é considerado em relação à lição estudada e é empregado no trabalho diário de meditação, converte-se, literalmente, numa “semente” que pode germinar, crescer e florescer com idéias criativas.

O livro Problemas da Humanidade de Alice A. Bailey é uma leitura recomendada para este curso. Este livro foi escrito em 1947 e uma terceira edição revisada foi publicada em 1964. Embora os problemas, neste intervalo, mudaram até certo grau em detalhes ou ênfase, este livro é importante porque os princípios para as soluções se mantêm iguais.

Alice Bailey não propõe uma resposta política para os problemas da humanidade. Nem sugere a forma da ordem social externa que a humanidade deveria impor-se a si mesma. Nem tampouco sugere a forma de uma nova religião mundial. O livro e este curso apresentam uma perspectiva espiritual em relação a problemas específicos e a respeito da situação mundial na sua totalidade. A luz desta visão inclusiva revela a crise de atitudes e valores equivocados que existe no fundo de todo problema. A cobiça, a ignorância, o egoísmo e o interesse, por si sós, são a origem da distorção nas relações humanas que se manifesta na pobreza, na corrida armamentista, no racismo ou em qualquer outro de nossos males sociais críticos. A liberação do espírito humano depende do despertar dos reconhecimentos que se centralizam no coração: os reconhecimentos da humanidade Una, do mundo Uno e da vida Una; o reconhecimento dos valores que estão emergindo atualmente e qualificando a consciência humana: a boa vontade, a justiça, a liberdade, a responsabilidade de cada um a respeito de todos, a capacidade de compartilhar e a cooperação, as corretas relações internacionais. É uma responsabilidade direta do coletivo da humanidade criar algumas condições mundiais de justiça, unidade e paz. Estes são os temas desenvolvidos no livro Problemas da Humanidade.

Nesta parte de introdução, o enfoque geral se situa sobre as atitudes e valores que vão construir as bases da totalidade do curso. Há estudos sobre a necessidade de mudança de valores, o reconhecimento dos princípios básicos, o papel da ciência moderna na criação da unidade, a transição da era de Peixes para a de Aquário, e a compreensão mais profunda do serviço que se desenvolve como resposta à nova era já conosco. Também inclui-se uma seleção de escritos de personagens que entenderam que a história mundial e os problemas do mundo devem ser contemplados na ampla tecitura da evolução humana. Finalmente, propõe-se um esquema de meditação, algumas perguntas para a reflexão e discussão individual ou de grupo e uma lista de leituras recomendadas. Cada uma das partes ocupa de um problema específico.

Esperamos que este curso de estudos recompense plenamente você, seu grupo de estudo e seu serviço ao mundo.

A MUDANÇA DE VALORES

O destino de homens e nações está determinado pelos valores que governam suas decisões.

Estamos atravessando um período de crise na história da humanidade de uma importância suprema para os povos do mundo. Deveria ser um tempo de reavaliação e exame dos valores com os quais decidimos viver. Um valor é a valia relativa que assinalamos a certos aspectos da vida diária, ou uma excelência ou utilidade intrínseca reconhecida. Isso pode ser considerado questão de opiniões e, portanto, debatível. Mas numerosos valores na vida humana são básicos para o “bem-estar geral de todo o mundo”, transcendendo a labuta diária e a tarefa comum. Devido à sua importância para o bem-estar futuro da raça humana, é necessário identificar esses valores.

De fato, os valores podem ser tanto espirituais como materiais. É o mal emprego dos recursos materiais do mundo, monopolizado para fins de auto abastecimento, o que provoca muitos dos pontos de crise atuais.

Os valores materiais tendem a se confinar num indivíduo, num grupo ou numa nação, dentro de limites determinados pelas formas de vida criadas para servir os interesses dessa unidade. As formas podem mudar, mas se é mantido como motivação, como um auto-interesse mesquinho, não resulta nada de importância para a cultura e a civilização humana. O “novo materialismo” se construirá sobre o uso de substância e recursos materiais para a criação de formas que beneficiem o maior número possível com o máximo bem-estar.
Os valores espirituais estão relacionados com a iluminação, a liberdade e o crescimento criativo da raça humana. Promovem a tendência humana inata para a síntese e a totalidade. Expandem os horizontes da visão e a capacidade humanas. Podem simbolizar-se como uma espiral ascendente de infinita potencialidade.

Os valores espirituais de maior importância bem poderiam ser aqueles que nos elevam fora das nossas preocupações autocentradas. O auto-interesse não beneficia ninguém, incluindo a própria pessoa, de tão interdependente e inter-relacionada como se tornou a sociedade. O separatismo e o egoísmo, destinados hoje a serem transcendidos, são miragens humanas baseadas na ausência de visão e entendimento.

O “sacrifício do egoísmo” liberaria novos valores para a vida nacional e internacional. Acabaria com o armamentismo, atualmente perpetuado por motivos de poder e interesse econômico, e conduziria ao desarmamento mundial e à paz mundial, prevista e assegurada nos estatutos das Nações Unidas.

O sacrifício do egoísmo fomentaria as atitudes mentais inclusivas, permitindo a todos os setores da sociedade compartilhar e contribuir com o crescimento e prosperidade da totalidade. Promoveria a responsabilidade e a preocupação por parte da totalidade em atitudes e ações. Surgiria uma nova perspectiva sobre a vida e os valores verdadeiros.

O sacrifício do egoísmo aumentaria os laços de entendimento entre os povos da Terra, mediante a substituição prática da cooperação internacional, a tolerância mútua e o compartilhamento entre povos e nações. Pode liberar os homens e mulheres de todas as nações de suas limitações e restrições, deixando-os livres do medo e da necessidade, conduzindo-os à liberdade de expressão e de crenças religiosas, deixando-os livres para expandirem-se mental e espiritualmente.

Existe atualmente uma tendência crescente de aspiração para melhores formas de vida para todos os povos de todo o mundo. A consciência humana está se abrindo à impressão espiritual e à compreensão de que existem valores espirituais desejáveis, que podem ser incorporados em cada aspecto da vida, substituindo o materialismo que tem controlado a humanidade durante séculos. Esses valores correspondem a atitudes essenciais de mente e coração que determinam ações e que criam as circunstâncias físicas da vida diária. Portanto, são intensamente práticas.

O objetivo da nova ordem mundial seria, sem dúvida, que toda nação, grande e pequena, perseguisse sua própria cultura individual e procurasse sua própria salvação, mas que todas e cada uma delas desenvolvessem a compreensão de que são partes orgânicas de uma totalidade corporativa que devem, consciente e abnegadamente, contribuir para essa totalidade. Esta compreensão já está presente nos corações de inumeráveis pessoas de todo o mundo e traz em si uma grande responsabilidade. Quando for desenvolvida inteligentemente e manejada com sabedoria, conduzirá às Corretas Relações Humanas; à estabilidade econômica, baseada no espírito de compartilhamento e na cooperação; e a uma nova orientação dos povos e das nações entre si e de todas para esse poder supremo ao qual damos o nome de Deus.

Traduzido a termos nacionais, essas compreensões eliminam o conflito e a competitividade das numerosas facetas da sociedade. Enquanto cada grupo lutar por si mesmo e por seus próprios interesses, não poderá existir harmonia social, nem tranqüilidade, nem segurança ou unidade, nem liberdade ou bem-estar.

O valor humano fundamental que se necessita hoje em dia, como base para uma vida melhor na sociedade em que nos movemos, é a utilização simples e prática da energia da boa vontade. A boa vontade é uma atitude mental inclusiva e cooperativa; é “amor em ação”; fomenta a justiça e a integridade naqueles com influência e autoridade. É, na verdade, a pedra angular de uma sociedade humana que responde aos valores da nova era.

Aqueles que atuam com boa vontade pelo “bem-estar geral de todos os povos” são os construtores da nova ordem mundial, aquilo pelo qual atualmente tantos planejam e trabalham.

VALORES COM OS QUAIS VIVER

Amor à Verdade: Essencial para uma sociedade justa, inclusiva e progressista.

Sentido da Justiça: O reconhecimento dos direitos e necessidades de todos.

Espírito de Cooperação: Baseado na boa vontade ativa e no princípio das Corretas Relações Humanas.

Serviço para o Bem Comum: Por meio do sacrifício do egoísmo. Só aquilo que é bom para todos é bom para cada um.

Estes são valores espirituais que inspiram a consciência e a consciência daqueles que servem para a criação de uma forma de vida melhor.

UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIOS

Um princípio é aquilo que encarna algum aspecto da verdade, sobre o qual este nosso sistema se baseia; é a filtração para a consciência do homem de um pouco da idéia sobre a qual nosso Logos baseia tudo que faz.

Quando se advoga pela linha de ação, no manejo de uma crise, em geral é defendida como a única ação que mantém o “princípio que se defende”. Mas em quase todas as situações de crise existem vários princípios operativos. Os que contemplam a situação a partir de uma perspectiva de benefícios imediatos ou interessados na vantagem de alguma unidade ou grupo particular, discutirão a partir de um conjunto de princípios bastante diferente dos esgrimidos por aqueles que estão interessados em objetivos para mais tarde e no bem da totalidade. Quando se identificam e apóiam princípios distintos, em geral produz-se uma forte divergência de opiniões quanto a ação necessária. Cada uma destas interpretações dos fatos pode ser conseqüente com seus princípios e, dentro de seu contexto, cada uma pode estar certa. Mas existem princípios maiores e menores, direitos maiores e menores.

Os princípios que condicionaram a vida humana ao longo das épocas passadas e, ao fazê-lo, equiparam o indivíduo para funcionar na sociedade, constituem um ato reflexo para as pessoas de boa vontade. Estes princípios são os relacionados com a construção do caráter: as proibições, não cometerás; os mandamentos, ama o teu próximo e perdoa aqueles que te fazem mal. Encarnam as regras comumente aceitas relativas ao viver com dignidade.

Entretanto, a pessoa compassiva e de boa vontade pode responder hoje a uma nova dimensão da verdade. Pode discernir um padrão de relação mais elevado, um padrão com o qual a humanidade está destinada a cooperar. Está baseado nos princípios que estão, essencialmente, relacionados com o maior bem-estar para o maior número. Enquanto que os princípios menores se ocupam do bem do indivíduo ou do grupo separado, esta verdade maior se ocupa do grupo em relação à totalidade: com unidade, síntese e interdependência.

A evolução dos direitos e liberdades humanos universais podem ser observados como um efeito da transmutação do princípio menor, de amar ao próximo, ao princípio maior do amor à totalidade da família humana. E, certamente, os princípios mais elevados estão se expressando em tudo quanto está se fazendo para construir Corretas Relações Humanas e um sentido de comunidade mundial. Como exemplo, as prolongadas negociações para estabelecer a Lei do Tratado do Mar contemplaram como o princípio menor da soberania nacional era desafiado pelo princípio de compartilhamento; compartilhamento planetário de recursos entre todas as nações.

Ao tentar identificar a resposta correta, nas diferentes áreas de crise da vida humana, pode ser muito esclarecedor manter esta questão de princípios à frente de nossos pensamentos. Reconhecer os princípios da alma pode não ser fácil. Requer intuição, discriminação e sabedoria de nossa parte. Também pode resultar difícil transcender velhos padrões de raciocínio que tendem a nos alinhar com as táticas ditadas pelo conhecido princípio menor (especialmente se essas táticas desfrutam de um amplo apoio). Mas desenvolver a receptividade à verdade maior é o caminho para compreender. Quando as pessoas de boa vontade, em número cada vez maior, escolher manterem-se do lado dos princípios mais elevados de unidade e correta relação, esta escolha tornar-se-á mais aceitável e atrativa para a humanidade na sua totalidade.

A tarefa (do Novo Grupo de Servidores do Mundo) é, por meio da meditação, estabelecer o conhecimento e o funcionamento daquelas leis e princípios que controlarão a era que chega, a nova civilização e a futura cultura mundial. Sua ênfase estará situada sobre:

A Lei das Corretas Relações Humanas........O Princípio de Boa Vontade.
A Lei do Propósito Grupal...........................O Princípio de Unanimidade.
A Lei de Aproximação Espiritual.................O Princípio da Divindade Essencial.

A luta por levar estas leis e princípios à prática pode revolucionar nossa forma de pensar, de amar e de atuar na nossa vida cotidiana imediata e na relação com a Humanidade Una.

PERSPECTIVAS DO FUTURO

“As idéias a respeito do mundo futuro, às vezes chamadas “imagens do futuro”, podem ser de especial importância. As pessoas crêem que suas ações estão baseadas em acontecimentos passados e realidades atuais, mas suas imagens do futuro podem desempenhar um papel ainda mais crítico. As imagens do futuro são os planos que usamos ao construir nossas vidas, e os planos podem ser mais importantes que o material com o qual trabalhamos (nossos corpos, família, recursos econômicos, etc) para determinar o êxito e felicidade.

Assim como um edifício pode ser construído, se cremos que possa, pode também ser construído um mundo desejável se somos capazes de imaginá-lo adequadamente, isto é, se somos capazes de desenvolver um consenso sobre como seria um mundo desejável e como ele poderia ser construído. Para desenvolver um consenso assim... deveriam ser geradas e estudadas sistematicamente idéias a respeito do mundo futuro e isso implica o desenvolvimento do estudo do futuro como uma atividade humana principal”. (Edward Cornish, 1999 The World of Tomorrow )

“Sim! O futuro do homem depende da cultura! Sim! A paz do mundo depende da primazia do espírito! Sim! O futuro da humanidade em paz depende do amor! Na verdade, nosso futuro, nossa própria sobrevivência, está enlaçado na imagem que construiremos do homem. Nosso futuro neste planeta, exposto como está ao aniquilamento nuclear, depende de um só fator: a humanidade deve realizar uma mudança radical na sua postura moral. No atual momento da história, deve haver uma mobilização geral de todos os homens e mulheres de boa vontade. A humanidade está sendo chamada a dar um grande passo adiante, um passo adiante em civilização e cultura. A ausência de civilização, a ignorância dos autênticos valores do homem, aumenta o risco de que a humanidade seja destruída. Devemos nos tornar mais sábios”. (Discurso do Papa João Paulo II na Universidade das Nações Unidas, Tóquio)

“Os velhos filósofos e os novos cientistas (durante tanto tempo divididos pela suposta incompatibilidade das tradições ética e religiosa do homem, e as novas possibilidades gloriosas do progresso humano, racional e material na Terra) estão começando a falar o mesmo idioma, a suplicar a mesma modéstia e preocupação, a advertir a respeito dos perigos morais de uma confiança altaneira, e pedir o oposto: respeito pelas coisas vivas, especialmente pelas menores, e cooperação, não exploração como padrão de vida. Assim, para assegurar que a própria vida sobreviva, advogam o dedicar-se às formas construtivas do trabalho unido e a compreensão mútua e o rechaço unânime da assertiva cega, seja da comunidade ou do ser.

É possível que esta fusão, de novos conhecimentos e sabedoria antiga, possa liberar uma explosão mais potente de energia moral do que qualquer intento anterior de converter a humanidade a respeito dos falsos deuses da cobiça e do poder”. (Barbara Ward, The Home of Man)

“Estamos criando uma nova sociedade. Não uma sociedade modificada. Não uma versão ampliada, de escala superior à real da nossa sociedade atual. Mas uma sociedade nova. Se não entendermos isto, nos destruiremos a nós mesmos, tentando fazer frente ao amanhã. O que está ocorrendo agora não é uma crise do capitalismo, mas da própria sociedade industrial, independentemente de sua expressão política.”

Estamos experimentando simultaneamente uma revolução da juventude, uma revolução sexual, uma revolução racial, uma revolução colonial, uma revolução econômica, e a revolução tecnológica mais rápida e profunda da história. Numa palavra, estamos em plena revolução superindustrial. (Alvin Toffler, Choque do Futuro)

“A conquista do homem, ao longo de seus vários milênios de existência, é que têm estendido progressivamente os horizontes de sua consciência social, modelando-a e adaptando suas instituições para refletir e apoiar sua consciência. O ponto de enfoque da lealdade deslocou-se, com o tempo, da família à tribo, à nação. A identificação com o grupo maior, nas suas relações internas, tem levado à preocupação pelo bem-estar daqueles que compõem o grupo, à uma cooperação mais extensa e um progresso rumo à igualdade. O estado da nação, as instituições de governo participativo e a provisão para o bem-estar público, através de impostos progressivos, são refinamentos deste prolongado movimento evolutivo na história da humanidade.

É um processo que deve continuar e continuará, a não ser que o homem cometa a loucura última de apertar o botão e procurar sua destruição final. No desenvolvimento deste processo devemos hoje reconhecer e responder inteligentemente à realidade da sociedade humana na qual nos convertemos. Não estou falando de um governo mundial, mas, na medida que o conceito do mundo uno chegar a significar claramente uma única entidade humana, mais que uma agressão de estados, compreenderemos melhor a necessidade de reajustar a definição de soberania e fundir nossas lealdades nacionais com nossas responsabilidades globais.

Chegou o momento desta percepção modelar nossa conduta. Os desenvolvimentos nos numerosos campos estão requerendo medidas de gestão global. Na alimentação, na energia, no meio ambiente, na população, na economia, na segurança global, as necessidades mútuas das nações cresceram a tal ponto que já não se deve permitir, para o bem de todos, que os reflexos do nacionalismo atuem como freio numa administração internacional. Devemos agora encontrar a maneira de outorgar reconhecimento prático e expressão institucional a essa lealdade mais ampla que nosso instinto de solidariedade humana nos dita e que nosso progresso tecnológico tem feito, por sua vez, possível e necessária. Não temos tanto tempo, como supõe nossa atitude complacente, para que estas coisas sejam relevantes no futuro”. (Shridath Ramphal, Thomas Callander Memorial Lecture)

“Um novo século se aproxima, e com ele o prospecto de uma nova civilização. Não poderíamos começar a assentar as bases para essa nova comunidade com relações razoáveis entre todas as pessoas e nações e construir um mundo no qual o compartilhamento, a justiça, a liberdade e a paz prevalecessem?” (Willy Brandt, (Common Crisis – Comissão Brandt 1983)

“Se somos capazes de reconhecer que a mudança e a incerteza são princípios básicos, podemos saudar o futuro e a transformação que estamos realizando com a compreensão de que não sabemos o bastante como para sermos pessimistas. Pode ser chamado fé no futuro, ou o reconhecimento de que não estamos no comando e que o planeta não é uma nave espacial que os humanos estão “pilotando” ou “dirigindo”. Esta imagem fora de moda serviu seu propósito, mas fomentou nossa fascinação infantil com os veículos, o transporte, a velocidade e o poder. A compreensão madura, crescendo graças à investigação científica e à sabedoria popular, confirmada pelas tradições das religiões da antiguidade e as tradições místicas, é que somos uma parte consciente da terra (não uma nave espacial mecânica, mas um planeta vivo, um organismo vivo total, ingente, latente: Gaia, a misteriosa, auto-organizada Mãe Terra, que nos nutre, a nós e a toda a vida)”. (Hazel Henderson, The Politics of the Solar Age)

“Se contemplarmos o futuro e compararmos o que esperamos para a humanidade com o que parece ser o estado atual do mundo, compreenderemos, cada vez melhor, quanto depende das atitudes e ações de todos e de cada um de nós”. (Mary Bailey)

A CIÊNCIA E A UNIDADE DA VIDA

A glória da conquista científica e a magnífica evidência da arte criativa... não deixam espaço para questionar a divindade do homem. (Alice A. Bailey)

Nas décadas transcorridas desde a publicação do livro Problemas da Humanidade (no qual estes cadernos estão baseados) os progressos da ciência e da tecnologia transformaram a vida humana.

Esta transformação nem sempre foi a melhor. O uso incorreto das realizações da ciência tem agravado os problemas mundiais, a tal ponto, que a própria sobrevivência da vida, no planeta, encontra-se ameaçada pelo militarismo e a exploração do meio ambiente. A espantosa realidade do mundo atual é que os conhecimentos de mais da metade dos cientistas mundiais estão consagrados à investigação militar. O monopólio das vantagens da ciência e da tecnologia por parte das nações ricas e industrializadas é um fator fundamental na separação crescente entre ricos e pobres. Trata-se de problemas gigantescos.

O Papa João Paulo II, no seu discurso na universidade das Nações Unidas em Tóquio, pôs a descoberto o “grande desafio moral” que enfrenta a comunidade científica e conclamou “a harmonização dos valores da ciência e dos valores da consciência”. Certamente, os problemas no campo da ciência são tão urgentes e importantes para o progresso humano, como qualquer dos temas que estamos considerando neste curso.

Atualmente a ciência se converteu numa influência tão poderosa sobre a civilização que os próprios cientistas não podem considerar seu trabalho de forma privada ou pessoal. O amor pela investigação, a teoria ou o desafio de um imenso problema técnico, já não são as únicas considerações necessárias para justificar o trabalho científico. Agora é preciso que os cientistas considerem o seu trabalho como parte integral da vida humana e do quadro mundial. A diferença entre a maioria dos cientistas dos anos 30 e os homens e mulheres atuais, que empregam seus conhecimentos científicos e técnicos para construir armas nucleares, não deveriam criar ilusões sobre o que estas armas podem fazer. Todos eles têm a profunda obrigação de examinar o seu trabalho à luz dos seus possíveis resultados.

Não existem respostas simples para as perguntas que têm surgido a respeito dos aspectos sociais e morais da ciência e da tecnologia. A ciência tem nos dado a tecnologia necessária para resolver a maioria dos problemas do mundo. Mas a tecnologia é somente um instrumento. O que é preciso é vontade e sabedoria para utilizar esta ferramenta a serviço da humanidade. De novo, não são os cientistas quem vão determinar como se usa a tecnologia. Atualmente estas determinações são realizadas, fundamentalmente, pelos governos e as empresas. E o único controle sobre os governos e as empresas são os valores que regem uma sociedade. Isto nos leva, inevitavelmente, de volta ao indivíduo, porque são os valores que escolhemos para viver como indivíduos os que qualificarão os valores de nossa civilização.

Em geral, sem embargo, a ciência moderna realizou uma contribuição extraordinária para a melhoria do nível de vida e para a conquista da unidade humana. O trabalho dos especialistas em genética demonstrou a unidade essencial da humanidade, invalidando a idéia de raças superiores e inferiores. A ciência das comunicações está no meio de uma revolução que promete facilitar novos níveis de inter-relação entre pessoas de todas as partes do mundo. São os cientistas quem estão revelando a imensidão do universo e a interdependência da vida na Terra. Foi também a comunidade científica que produziu a imagem arquetípica da interdependência: a Terra fotografada da Lua. Esta fotografia captura o espírito do Mundo Uno: belo e livre de qualquer indicação dessas divisões e tensões de fabricação humana que o fazem tão vulnerável. Da física subatômica à ecologia, astronomia e biologia, a ciência atual está demonstrando a unidade da vida.

O físico Fritjof Capra, no seu livro Ponto de Mutação, escreve sobre a nova perspectiva holística do mundo que emerge neste campo:

“No século XX... os físicos atravessaram várias revoluções conceituais que revelam claramente as limitações da visão mecanicista do mundo, e conduzem a uma visão orgânica e ecológica do mundo que tem grandes similitudes com as visões dos místicos e tradições de todos os tempos. O universo já não é visto como uma máquina, constituída por uma multidão de objetos separados, mas aparece como um todo harmônico e invisível; uma rede de relações dinâmicas que inclui o observador humano e sua consciência de forma essencial. O fato de que a física moderna, que é a manifestação de uma extrema especialização da mente racional esteja atualmente estabelecendo contatos com o misticismo, com a essência da religião e com a manifestação da mente intuitiva, demonstra com enorme beleza a unidade e a natureza complementar das modalidades racional e intuitiva da consciência; do yang e do ying. Os físicos, portanto, podem prover o pano de fundo científico para as mudanças de atitudes e valores que nossa sociedade necessita com tanta urgência. Se pudermos dotar os nossos argumentos com uma base científica, numa sociedade dominada pela ciência, será mais fácil convencer as nossas instituições sociais de que são necessárias mudanças fundamentais. Isto é o que os físicos podem prover agora. A física moderna pode ensinar às ciências restantes que o pensamento científico não deve ser, necessariamente, reducionista e mecanicista, que as perspectivas holísticas e ecológicas também são sensatas do ponto de vista científico.”

A ciência nos deu as ferramentas necessárias para resolver os problemas físicos da humanidade. Também abriu uma porta para o mundo do espírito. Como utilizar essas ferramentas e se decidimos atravessar essa porta, só depende de nós. Não fracassaremos por falta de conhecimentos, mas poderíamos falhar por falta de valor. Nas palavras de Jacob Bronowski: “Não devemos perecer por causa da distância entre povo e governo, entre povo e poder, porque Babilônia, Egito e Roma fracassaram. Essa distância somente pode desaparecer, somente pode acabar se o conhecimento estiver presente nos lares e nas cabeças do povo, sem nenhuma ambição de controlar os outros, e nem acima, nos isolados tronos do poder”. ( The Ascent of Man, pág. 435)

Os cientistas do mundo têm nos dado muitas dádivas valiosas. Devemos utilizá-las com sabedoria.

(A introdução deste estudo está enfocada nas atitudes e valores necessários para a resolução, com o tempo, dos principais problemas do mundo. As implicações filosóficas do progresso que está se realizando nas fronteiras da investigação científica apóiam os valores de unidade e interdependência, explora a base científica para uma mudança de valores e identifica a convergência da ciência e misticismo.)

DA ERA DE PEIXES À ERA DE AQUÁRIO

A transição da Era de Peixes à Era de Aquário é uma das razões principais da atual agitação mundial.

O fim da Era de Peixes, que trouxe ao ponto de cristalização (e, portanto, de morte) todas aquelas formas através das quais os ideais pisceanos foram moldados. Serviram ao seu fim e realizaram um trabalho grande e necessário. Poderá ser indagado aqui: quais são os maiores ideais pisceanos?

A – A idéia de autoridade. Isto levou à imposição das diferentes formas de paternalismo sobre a raça – paternalismo político, social e religioso. Pode ser tanto o paternalismo benevolente da classe privilegiada para minorar a condição de seus dependentes (e houve muito disso); como o paternalismo das igrejas, das religiões do mundo, expressando-se como autoridade eclesiástica; ou o paternalismo de um processo educacional.

B – A idéia do valor do sofrimento e da dor. No processo de ensinar à raça a imprescindível qualidade do desapego, para que seu desejo e seus planos não mais fossem orientados para a forma vivente, os Guias da raça enfatizaram as virtudes do sofrimento e o valor educativo da dor. Essas virtudes são reais, mas a ênfase foi exagerada pelos orientadores menores da raça, de maneira que a atitude da raça hoje é de sofrida e dolorosa expectativa e uma débil esperança de que alguma recompensa (numa forma geralmente material e cheia de desejo, tal como o céu das várias religiões mundiais) possa acontecer depois da morte e compensar tudo que tenha sido suportado durante a vida. As raças hoje estão embebidas em miséria e numa aquiescência psicológica infeliz, em sofrimento e dor. A clara luz do amor deve varrer tudo isso e a alegria será a nota-chave da vindoura nova era.

C – Ao acima exposto precisa ser associada a idéia de autosacrifício . Esta idéia foi ultimamente transferida do indivíduo e de seu sacrifício para a apresentação grupal. O bem do todo é agora teoricamente considerado de tal suprema importância que o grupo precisa, de boa mente, sacrificar o indivíduo ou grupo de indivíduos. Tais idealistas estão inclinados a esquecer que o único verdadeiro sacrifício é o auto-iniciado e de que quando o sacrifício é forçado (imposto, em última análise) a coerção do indivíduo e sua forçada submissão a uma vontade mais forte.

D – A idéia da satisfação do desejo. Acima de tudo, a Era de Peixes foi a era da produção material e da expansão comercial, do vendedor dos produtos da habilidade humana que o público em geral aprendeu a acreditar serem essenciais para a felicidade. A velha simplicidade e os verdadeiros valores foram temporariamente relegados a segundo plano. Foi permitido que isso continuasse sem interrupção por um longo período de tempo porque a Hierarquia da Sabedoria procurava trazer o povo ao ponto de saturação. A situação mundial é indicativa de que a posse e a multiplicação dos bens materiais constituem um empecilho e não são indicação de que a humanidade tenha encontrado a verdadeira rota da felicidade. A lição está sendo aprendida muito rapidamente e a reviravolta em direção à simplicidade está rapidamente ganhando terreno. O espírito do qual o mercantilismo é indicativo está condenado, apesar de não findo ainda. Este espírito de posse e de apropriação agressiva do que é desejado, mostrou-se amplamente inclusivo e caracteriza a atitude das nações e das raças bem como dos indivíduos. A agressão para possuir tem sido a nota-chave de nossa civilização durante os últimos mil e quinhentos anos.

A vinda à manifestação da Era de Aquário deveria prover as bases para um otimismo convicto e profundo; nada pode impedir o efeito – crescente, estabilizante e final – das novas influências vindouras. Isto condicionará inevitavelmente o futuro, determinará o tipo de cultura e civilização, indicará a forma de governo e produzirá um efeito sobre a humanidade, como o fez a Era de Peixes, ou Cristã, ou o período anterior governado por Áries, o Carneiro ou Capricórnio. A Hierarquia seguramente conta com estas firmes influências emergentes, e os discípulos do mundo devem aprender, da mesma maneira, a apoiar-se nelas. A conscientização do relacionamento universal, da integração subjetiva e da unidade vivenciada e provada serão o tom dominante do período à nossa frente.

No estado mundial vindouro, o cidadão como indivíduo – alegre e deliberadamente, em plena consciência de tudo que está fazendo – subordinará sua personalidade ao bem do todo. O crescimento de irmandades e fraternidades organizadas, de partidos e de grupos, dedicados a alguma causa ou idéia, é outra indicação da atividade das forças vindouras. Algo interessante a observar é que são todas mais expressivas de alguma idéia aprendida do que do plano imposto e determinado por alguma pessoa específica. O homem do tipo pisceano é um idealista na linha de desenvolvimento humano. O tipo aquariano tomará dos novos ideais e das idéias emergentes – em atividade grupal – e as materializará. É com este conceito que a educação do futuro trabalhará. O idealismo do tipo pisceano e sua vida no plano físico foram como duas expressões separadas do homem. Eles estavam, com freqüência, enormemente separados e poucas vezes unidos e harmonizados. O homem aquariano trará à manifestação grandes ideais, porque o canal de contato entre a alma e o cérebro, através da mente, será firmemente estabelecido através da compreensão correta, e a mente será usada de modo crescente na sua atividade dual – como um penetrador no mundo das idéias e como um iluminador da vida no plano físico. Isto produzirá finalmente uma síntese do esforço humano e uma expressão dos verdadeiros valores e das realidades espirituais, como o mundo jamais viu. Tal é, uma vez mais, a meta da educação do futuro.

Qual a síntese a ser produzida mais tarde? Enumeremos alguns fatores sem complexidades:

1 – A fusão das aspirações espirituais diferenciadas do homem, até agora expressas em muitas religiões mundiais, na nova religião mundial. Esta nova religião tomará a forma de uma abordagem grupal, unificada e consciente, dos valores espirituais mundiais, evocando, por sua vez, ação recíproca Daqueles Que são os cidadãos daquele mundo – a Hierarquia planetária e os grupos filiados.

2 – A fusão de um grande número de homens em vários grupos idealistas. Isto acontecerá em todos os reinos do pensamento humano e eles, por sua vez, serão gradualmente absorvidos numa síntese ainda mais ampla. É preciso chamar a atenção para o fato de que se os vários grupos educacionais encontrados hoje no mundo, em todos os países, fossem arrolados, certas tendências subjacentes e análogas apareceriam: sua larga diversificação, sua fundamentação básica em alguma idéia do aprimoramento humano e sua unidade de propósito. Suas muitas ramificações e grupos subsidiários constituem uma vasta rede interligada por todo mundo, e são indicativas de duas coisas:

A – O firme poder crescente do homem comum para pensar em termos de ideais baseados em certas idéias, que foram postas em evidência por algum grande intuitivo.

B – A gradual elevação da consciência aspiracional do homem por essas idéias, seu reconhecimento do idealismo de seus companheiros e seu treinamento conseqüente, no espírito de inclusividade.

Esta tendência crescente em direção ao idealismo e à inclusividade é, em última análise, uma tendência ao amor-sabedoria. O fato de estarem os homens, hoje em dia, aplicando mal esses ideais, rebaixando a visão e distorcendo a verdadeira imagem da meta desejada – e prostituindo o antigo sentido de beleza à satisfação do desejo egoísta, não deveria impedir a percepção de que o espírito de idealismo esteja crescendo no mundo e não esteja, como no passado, confinado a uns poucos grupos adiantados ou a um ou dois grandes intuitivos. Isto costuma ser esquecido e gostaria que ponderassem em suas implicações, e indagassem sobre qual será o resultado final desta agora difundida habilidade da mente humana em pensar em termos do Todo maior e não apenas em termos de interesse pessoal, e aplicar fórmulas de filosofia idealista à vida do dia-a-dia. Hoje, o homem tanto faz uma coisa quanto a outra.

O que, portanto, isto indica? Significa uma tendência, na consciência da humanidade, para a fusão do indivíduo com o todo, sem que perca, ao mesmo tempo, seu senso de individualidade. Faça ele parte de um partido político, ou apóie alguma forma de serviço social, ou se una a algum dos muitos grupos ocupados com formas de filosofia esotérica, ou se torne membro de algum ismo ou culto predominante, estará cada vez mais consciente de uma expansão de consciência e um desejo de identificar seus interesses pessoais com os do grupo que tem como seu objetivo básico a materialização de algum ideal. Através deste processo acredita-se que as condições de vida do ser humano melhorem ou alguma necessidade seja satisfeita.

Este processo prossegue em todas as nações e em todas as partes do mundo, e um senso dos grupos educacionais e dos religiosos mundiais (para mencionar apenas duas das muitas categorias possíveis) mostrará o oscilante número de tais corporações ou filiações. Indicará a diferenciação de pensamento e, ao mesmo tempo, substanciará minha conclusão de que os homens estão se voltando, em toda parte, para a síntese, a fusão, a combinação e a cooperação mútua para certos fins visualizados e específicos. É, para a humanidade, um novo campo de expressão e empreendimento.

Daí os freqüentes maus usos das verdades mais novas, a distorção dos valores aceitos e a perversão da verdade para ajustá-la a objetivos e finalidades individuais. Mas, à medida que o homem tateie seu caminho nesse sentido, e à medida que as muitas idéias e as várias ideologias apresentem-lhe alternativas e indiquem os padrões emergentes de vivência e de relacionamento, ele aprenderá pouco a pouco a pensar com mais clareza, a reconhecer os diferenciados aspectos da verdade como expressões da realidade subjetiva básica e – sem abandonar nenhum aspecto da verdade que o tenha libertado, ou ao seu grupo – aprenderá a incluir também a verdade de seu irmão ao lado da sua própria. (Adaptação de Educação na Nova Era, de Alice A. Bailey)

O SERVIÇO E O SERVIDOR

“O verdadeiro serviço é um fluxo espontâneo de um coração amoroso e uma mente inteligente”.

Atualmente, a urgência da necessidade mundial é tal que toda pessoa de boa vontade é receptiva ao chamado da alma para o serviço: “Que posso fazer para ajudar?” Há, certamente, muito que podemos fazer. Os inumeráveis grupos benfeitores da comunidade; as organizações internacionais como as Nações Unidas ou a Cruz Vermelha; os movimentos a favor da paz e do meio ambiente formam juntos uma rede planetária de doação, compartilhamento e cooperação humanitária, dirigida na sua totalidade à elevação da humanidade e à proteção da Terra. Tão extensa e diversa é esta rede que oferece a todo o mundo a oportunidade de se envolver.

Entretanto, uma nova orientação de serviço apareceu, devido à compreensão de que somente a ação externa não é suficiente. Apesar de um desejo genuíno e sincero de ajudar, o serviço continuará sendo superficial se o indivíduo ou o grupo não desenvolver perspicácia, compreensão, sabedoria e compaixão. Sem discriminação, o tempo e a energia que dedicarmos ao serviço podem se dissipar ou estar mal orientados. Sem humildade, não pode existir uma apreciação da parte que cada um deve desempenhar. Sem o esquecimento de si mesmo (abnegação), aí está a armadilha do egoísmo: meus planos, meu trabalho dominam, sejam ou não estas idéias e planos os que melhor se adequam à necessidade. É o cultivo das qualidades da alma e do coração o que determina que o serviço seja verdadeiramente eficiente. O serviço requer que nosso compromisso com a a ação externa esteja condicionado pela reflexão e o crescimento interior.

Quando colocamos nosso potencial espiritual mais elevado no nosso trabalho de serviço local, contribuímos diretamente até mesmo com a solução dos problemas que parecem mais obstinados. Isso porque colocamos inclusividade, pensamento correto e a radiação da luz do amor no nosso entorno. O trabalho individual e grupal de oração ou meditação possibilita a canalização das energias espirituais e constitui, em si, uma forma dinâmica de ação como resposta aos problemas da humanidade.

Nesta seção do nosso caderno de introdução, centraremos a atenção sobre certos reconhecimentos-chave que estão estruturando a percepção do serviço na Nova Era, e revelando novas vias nas quais podemos participar para solucionar os problemas do mundo.

A RESPOSTA DO CORAÇÃO

Somente do centro do coração podem fluir, realmente, as linhas de energia que unem e enlaçam.

O amor não é um sentimento ou uma emoção, nem o desejo ou um motivo egoísta para atuar corretamente na vida diária. O amor é o manejo da força que guia os mundos e que conduz à integração, à unidade e à inclusividade que impelem a própria Divindade à ação.

Num mundo cuja crise é seu separatismo e sua fragmentação não existe necessidade maior do que espargir o unificador poder do amor. “Pela primeira vez na história, a sobrevivência física da raça humana depende de uma mudança radical no coração humano". Humanistas de todos os campos compartilham este ponto de vista de Erich Fromm. Qual é esta mudança radical? Como podem o indivíduo e o grupo responder, do fundo do coração, ao agitado mundo atual?

De toda a riqueza de vislumbres sobre o caminho do coração, nenhuma é tão importante como a que o Cristo realizou faz dois mil anos: temos que amar uns aos outros. Entretanto, o radical da mudança se encontra na dimensão desta relação de amor. A imensidão da necessidade mundial requer que o coração desperte para o amor à humanidade como totalidade: para o sentido da unidade da vida.

O amor por um setor específico da humanidade, por certas idéias, por uma nação ou por um grupo de nações forma parte da experiência da maioria das pessoas de boa vontade. Amam e servem uma parte concreta do todo e, freqüentemente, com um esforço considerável. Quando existe o propósito de compreender diferentes pontos de vista, de sacrificar interesses e preferências pessoais pelo bem da maioria, quando a lealdade e a responsabilidade aceita são generosamente oferecidas, então é criada, nutrida e sustentada uma relação de amor “localizada”.

Mas, existem limites para nossa capacidade de amar. Os ideais do mundo uno e da humanidade una podem ser inquestionáveis, mas estes ideais ficam, muito geralmente, abstratos e teóricos. Falta-lhes a vitalidade, a maturidade que surge ao se encontrarem ancorados no coração e, como resultado, não são essa força real e absorvente na vida diária que poderiam ser.

Albert Schweitzer pediu um “misticismo novo e ético”, uma “reverência para com a vida” que “permita que a união com o infinito se realize mediante a ação ética”. Os ensinamentos do Agni Ioga descrevem, o sentido de unidade como aprender “a sentir o coração uno, não como o próprio, mas como o universal”. Através desta resposta do coração é como começamos a experimentar nossa pequena contribuição para a elevação da humanidade, como parte do Trabalho Uno de todos os que amam e servem.

Com o despertar do coração vem um novo entendimento do amor:

“O amor não só se expressa através das relações humanas, mas também através da forma na qual as civilizações e as culturas se desenvolvem graças ao esforço humano. A ciência, a política, a economia, os negócios e o comércio, as questões sociais, a educação, a religião; todas as numerosas facetas da vida humana num mundo complexo dependem desse inteligente, intencionado e criativo poder do amor manejado por seu divino Progenitor. Muitos começam a compreender agora que nossos problemas críticos e mundiais, de finais do século vinte, somente poderão ser resolvidos quando compreendermos que a raça humana não está dividida em nações, raças e religiões separadas, cada uma responsável só de si e a respeito de si mesma; nem tampouco se encontram as numerosas facetas da vida humana separadas umas das outras, mas que só podem funcionar corretamente e contribuir para o bem-estar humano se combinar suas forças e interagir entre si. A ciência e a religião; a política, a economia e as questões sociais; o mundo dos negócios, o mercado e os consumidores, são interdependentes. Ninguém pode prosperar à custa dos demais. E a argamassa espiritual que constrói esses numerosos aspectos da vida humana é o subjacente, inerente poder do amor, esse potencial inato em todo coração humano.

A aplicação da investigação científica para a melhoria humana; a ação política pelo bem comum; os esforços internacionais por cooperação e por compartilhar os recursos mundiais, por curar e educar, são todos a evidência do amor na escala mundial. Assim é que deixaremos nossa visão e nossos horizontes se expandirem para perceber a realidade do amor puro onde ele existir, e para reconhecer aquelas oportunidades que são exclusivamente nossas como contribuição à evolução do amor em nosso próprio entorno”. (Mary Bailey)

A ENERGIA DA BOA VONTADE: O AMOR EM AÇÃO

A boa vontade é o primeiro intento da humanidade por expressar o amor de Deus. Seu resultado na Terra será a paz.

Existe, atualmente, um crescente reconhecimento de que a reserva de boa vontade entre os povos e nações é o recurso mais precioso da humanidade. Nosso mundo moderno é tão complexo e diversificado que, claramente, a nova ordem de justiça e paz não será construída sobre o marco de nenhuma ideologia, religião ou sistema político. Mas será e está sendo construída ali onde as pessoas transcendem suas diferenças e aprendem a compartilhar e cooperar juntas com espírito de boa vontade.

A energia da boa vontade é a energia espiritual mais potente e abundante neste momento e, só usando-a deliberada e habilmente, a humanidade será capaz de resolver os prementes problemas aos quais enfrenta. O uso criativo e imaginativo da boa vontade compensa o ódio e os prejulgamentos. Cria uma atmosfera na qual as mais sérias dificuldades podem ser resolvidas, já que a boa vontade cura as divisões, estabelecendo a comunicação através dos abismos que separam e dividem. Permite a construção das corretas relações humanas, seja entre indivíduos, grupos ou nações. Esta é a experiência de cada um de nós ao utilizar a boa vontade cada vez mais na nossa vida diária. Graças às nossas próprias experiências, sabemos que uma pessoa que pratica a boa vontade sinceramente numa família ou num grupo pode mudar completamente a atitude destes. De igual maneira, a boa vontade praticada sinceramente entre os diferentes setores de qualquer sociedade e entre nações, pode transformar o mundo.

O caráter prático e dinâmico da boa vontade é manifestado no seu significado mais profundo como “a vontade para aquilo que é bom e que deveria ser bom”. Mobilizar os homens e mulheres de boa vontade do mundo implica envolvê-los ativamente na busca e na consecução “daquilo que é bom e que deveria ser bom”.

A boa vontade é uma energia, e a sua mobilização implica valer-se da energia espiritual mais poderosa a serviço do bem. Se considerarmos a boa vontade desta maneira, podemos avaliar a sua importância na abordagem no movimento a favor de uma mudança construtiva no mundo, que agora está direcionado a criar uma opinião pública iluminada a favor da reforma. A energia da boa vontade, mobilizada em milhões de pessoas, é uma força irresistível.

Esta percepção nos permite, também, valorizar a contribuição do nosso trabalho de boa vontade de forma nova. Ao cultivarmos uma atitude de boa vontade e ao expressarmos esta atitude nas nossas vidas, estamos contribuindo diretamente para a reserva de boa vontade da qual depende o trabalho de renovação.

A CORRETA UTILIZAÇÃO DA MENTE

Ao estudar os problemas do mundo considerados neste estudo, pode-se resultar útil aclarar nossa reflexão em três áreas principais:

1 – Idéias a respeito das causas que são responsáveis pelo problema.

2 – Idéias a respeito dos passos que deveriam ser dados para resolver o problema.

3 – Idéias sobre a responsabilidade de alguém com relação ao problema.
Este trabalho faz uso das características da mente: a capacidade de analisar e raciocinar, e a capacidade de ver qualquer problema concreto como parte de um todo maior. Num enfoque mental correto existe equilíbrio entre estes poderes de análise e de síntese.

O PLANO

Todos os problemas que estudaremos podem ser contemplados, de uma perspectiva mais ampla, como pontos de tensão na emersão do Plano Divino. O Plano é a concretização do propósito e direcionamento divinos para a evolução humana e do mundo. É conhecido sob numerosos nomes diferentes e entendido de diferentes maneiras. Pode, por exemplo, ser considerado como o processo de se conseguir a unidade e irmandade internacionais, ou pode ser conhecido como a expressão na humanidade da luz, do amor e da vontade de Deus. Alice Bailey apresenta o Plano em termos de evolução da consciência. Descreve os três objetivos principais do Plano como: a iluminação da mente; a revelação do amor; a evocação da vontade; e comenta que a história humana reflete nossa resposta a esses objetivos. Embora estudamos os problemas da educação, das relações entre raças, do capitalismo e do trabalhismo, entre outros, recomendamos que esses três objetivos estejam na mente, junto com o objetivo geral de uma nascente capacidade de síntese.

O padrão do Plano aparece com clareza nos escritos dos visionários do século vinte. Alice A. Bailey falou em termos das Corretas Relações Humanas, da humanidade una e da síntese da Vida Una. Teilhard de Chardin descreveu o extraordinário fenômeno de nossos dias como a “marcha permanente de afinidades inter-humanas”. “No futuro”, disse, “a única religião possível para o homem é a religião que lhe ensinará, em primeiríssimo lugar, a reconhecer, amar e servir com paixão o universo do qual faz parte”. Barbara Ward, a economista, escreveu sobre o surgimento de um “sentido de administração compartilhado para o nosso lar planetário comum”. Sir Shiridah Ramphal, o Secretário Geral da Commonwealth, escrevendo sobre nossa “uma inseparável humanidade”, disse que: “Que pode pôr fim ao caos e insegurança que não tem a menor consideração com a vida das pessoas do mundo, salvo a consciência da nossa unidade e da unidade do nosso destino? Afinal, a interdependência humana não é uma questão de dialética, mas de destino”.

Quando se percebe o Plano, experimentamos o mundo de outra maneira. Começamos a ver que tudo o que está sendo realizado para criar a unidade humana e para mudar o mundo para melhor, faz parte da consecução do Plano. Toda ação prática, em qualquer área, que ajuda a estabelecer as Corretas Relações Humanas, está contemplada como parte deste trabalho uno. As Nações Unidas e suas agências, por exemplo, são só simbolizam o objetivo de uma humanidade unida, mas que suas iniciativas estão todas dirigidas a seu propósito de “harmonizar a ação das nações” na promoção da paz e da justiça internacionais. Claramente, trata-se de um trabalho mundial dentro da linha do Plano.

No seu livro The Spiritual Crisis of Man, Paul Brunton coloca as seguintes perguntas: “Qual é o objetivo da sociedade organizada?” “Quais são seus fins últimos?” “Ignorar estas respostas”, continua, “é a principal causa da aflição atual. Até agora produzimos nosso destino às cegas e inconscientemente; devemos evitar ir à deriva espiritualmente”. Este é o desafio que enfrentamos nos nossos esforços por desenvolver a mente. Podemos aprender a buscar sempre o significado por trás dos fatos e a dar prioridade a uma visão de longo prazo. Devemos ser conscientes de que existe um Plano divino e descobrir seu padrão no mundo. Individual e coletivamente podemos aceitar a responsabilidade pela direção das questões mundiais cooperando na realização do Plano: local e globalmente.

Para desenvolver esta perspectiva, mais extensamente, teremos de utilizar todos os componentes do nosso equipamento mental. Precisamos estudar os dados sobre os problemas da humanidade para poder formar perspectivas inteligentes. Também é preciso utilizar nossa imaginação para identificar-nos com diferentes circunstâncias, diferentes culturas. Ao mesmo tempo, deveríamos intentar abrir nossas mentes ao vislumbre intuitivo de futuras possibilidades. Em outras palavras, precisamos conhecer dados, mas não fiquemos estancados neles.

Embora seja importante ser realista sobre a urgência das numerosas crises que a comunidade global enfrenta, deveríamos, por sua vez, ser cautelosos com o pessimismo. Um enfoque otimista e positivo nota e valoriza os conflitos, mas também outorga plena importância às forças de integração, freqüentemente menos óbvias, que estão atuando. As crises deveriam ser olhadas com estabilidade e sem alarme, já que são também oportunidades para crescer. A entrada de novas forças criativas, por exemplo, pode provocar grandes agitações e alterações devido a que o velho combate o novo. Onde há alterações da ordem devemos realizar um cuidadoso escrutínio das causas e ajudar as novas idéias no seu nascimento. As novas idéias podem sofrer retrocesso e se perderem nas mentes inadequadas ou nas mãos equivocadas, mas devemos intentar discriminar e buscar o ouro entre o refugo. Como Rudolph Steiner comenta no seu livro Inner Aspects of the Social Question, “...quão extraordinariamente banal é dizer: Vivemos tempos de transição. Todos os tempos são de transição! A questão não é chamar este ou aquele período um tempo de transição, a questão está em ver o que afeta uma particular mudança ou transição. Essa é a questão essencial; perceber o que está mudando!” E mais, quando percebemos o que está mudando, precisamos cooperar com esta mudança, porque somente desta maneira podemos, de verdade, viver criativamente, para ajudar a conduzir a mudança na direção correta.

Nosso desafio consiste em manter na mente a visão dos guias espirituais da humanidade e o padrão divino refletido por eles, e realizar um firme propósito de examinar os fatos neste contexto, não os tomando como palavra final, mas utilizando a intuição para calibrar a verdade.

A importância vital da correta utilização da mente está belamente expressa no Estatuto da UNESCO: “Já que as guerras começam nas mentes dos homens, é nas mentes dos homens onde os instrumentos da paz devem ser construídos”. Aurelio Pecci, Presidente do Clube de Roma, fala sobre a mesma idéia:“É indispensável uma forma essencialmente nova de pensar: um pensamento capaz de salvar a massa da humanidade da era tecnológica de sua crescente aridez, e de fazer de cada um de nós um ser humano totalmente disposto a encarar os desafios à nossa frente e desempenhar o papel que nos cabe, devido à nossa posição de poder e responsabilidade no mundo”.

O CORRETO ENFOQUE ESPIRITUAL

Que entendemos por Espiritual?

A palavra “espiritual” é geralmente utilizada como sinônimo de “religioso”. Entretanto, isto não é o que queremos dizer quando nos referimos ao enfoque espiritual. As definições a seguir apresentam uma compreensão que identifica a dimensão espiritual com todas as áreas da vida:

“A palavra espiritual terá uma conotação muito mais extensa da que se lhe era dado na era antiga que, afortunadamente, estamos deixando para trás. Todas as formas de vida serão contempladas do ângulo do fenômeno espiritual, e então não consideraremos umas atividades como espirituais e outras não. A questão do motivo, propósito e utilidade grupais determinarão a natureza espiritual de uma atividade. Trabalhar para a totalidade, ocupar-se da ajuda ao grupo, ser consciente da Vida Una pulsando através de todas as formas e trabalhar consciente de que todos os homens são iguais; estas são as qualidades iniciais que um cidadão do reino deve mostrar”.

“... A palavra ‘espiritual’ não se refere nem aos assuntos religiosos (assim chamados), nem ao Caminho do discipulado ou o Caminho das grandes ou mais elevadas iniciações, mas às relações em cada nível do plano físico cósmico, com cada nível, desde o mais baixo ao mais elevado. A palavra ‘espiritual’ corresponde às atitudes, às relações, ao progresso de um nível de consciência... ao seguinte; está relacionada com a capacidade de perceber a visão, mesmo se esta visão é materialista quando se contempla do ângulo de uma percepção ou possibilidade mais elevada. A palavra ‘espiritual’ se refere a todo o efeito do processo evolutivo que conduz o homem, progressivamente, de um campo de sensibilidade e receptividade a outro; relaciona-se com a expansão da consciência, de maneira que o desenvolvimento dos órgãos de percepção sensorial no homem primitivo ou o despertar para a vida do recém nascido são, sem dúvida, acontecimentos tão espirituais como a participação num processo de iniciação...”.

“A suposição, por parte dos representantes das igrejas ortodoxas, de que a palavra ‘espiritual’ conota um profundo e eficaz interesse na religião ortodoxa, não está confirmada pelos fatos da vida espiritual... Toda atividade que dirija o ser humano a progredir para alguma forma de desenvolvimento (físico, emocional, intuitivo, e outros...) é essencialmente espiritual na sua grandeza e indicativa da vida da entidade divina interna”.

“É espiritual todo aquele que tende para o entendimento, para a amabilidade, para aquilo que produz beleza e que pode guiar o homem a uma expressão mais plena de suas potencialidades divinas”.

“É espiritual aquele que tem por motivo o estabelecimento do Reino de Deus na Terra e isso não pode acontecer até que sejam produzidas numerosas mudanças nos assuntos e na vida humana”.

“... homens e mulheres nos quais a intuição terá sido despertada à injunção de um intelecto exigente; serão pessoas cujas mentes estarão subordinadas ao bem grupal e tão livres de qualquer sentimento de separatividade que suas mentes não apresentam nenhum empecilho para contatar o mundo da verdade interna. Não serão pessoas que poderiam ser chamadas, necessariamente, de ‘religiosas’, no sentido comum do termo, mas serão homens de boa vontade, de alto calibre mental, com mentes bem providas e equipadas; estarão livres de ambição pessoal e egoísmo, animados pelo amor à humanidade e pelo desejo de ajudar a raça. Tal homem é um homem espiritual”. (Citações dos livros de Alice A. Bailey)

“... verdadeiramente, já não faço distinções entre o espiritual e o prático. Em todas as partes, a gente está despertando para o que chamamos a dimensão espiritual. Sob a realidade diária, que percebemos como concreta, está, constantemente, esta outra dimensão. É a mesma coisa se um cientista consegue um grande avanço nalgum paradigma, como se um indivíduo, meditando, realiza um avanço na compreensão de algum aspecto de uma relação ou problema emocional. Um mistério pulsa sob ambas e o processo de qualquer coisa que desperta para uma nova perspectiva é, em si, um fenômeno espiritual”. (Marylin Ferguson: entrevista à revista One Earth)

Técnica da Meditação

Se aceitamos que por trás da evolução da humanidade se encontra uma mente e um propósito que a guiam, como podemos descobrir este Plano divino? Ao longo do tempo pensadores, escritores, artistas criativos, cientistas, políticos, economistas, sacerdotes e instrutores atestaram a existência de uma percepção supraconsciente e o fato de que esta foi uma fonte de idéias, inspiração e entendimento intuitivo. O supraconsciente da psicologia, esse nível de percepção que se encontra além do nosso alcance normal e que nos esforçamos nos nossos melhores momentos para alcançá-lo, é o “Reino de Deus” dos ensinamentos cristãos e a “nuvem de todo o conhecível” do pensamento indiano.

Ao longo de todos os tempos sempre existiu a idéia de ajuda e intervenção divina nos assuntos humanos. Para a pessoa inteligente moderna, a idéia que Deus vai nos “tirar de apuros”, ao produzirmos um desastre suficientemente grande, é pouco e insuficiente. Mas se existe uma continuidade de estados de consciência no universo, o que se considerou como “intervenção divina” poderia ser contemplada como a inter-relação entre duas áreas de vida consciente e a resposta do estado superior às necessidades do inferior, do reino das almas ao mundo da humanidade. Tal resposta e ajuda não anula nenhuma lei e não ofende a razão já que, inevitavelmente, atuará através daqueles membros da família humana que terão conseguido certa media de relação com o mundo supraconsciente e que poderão, portanto, atuar em certa medida como uma ponte entre os dois.

Deveríamos distinguir o supraconsciente do subconsciente. O subconsciente é o campo de ação da maior parte da investigação psicanalítica; relaciona-se com o passado, é o armazém da memória, tanto consciente como inconsciente e está relacionado com a personalidade humana, com a expressão mental, emocional e instintiva. O supraconsciente encontra-se, sem embargo, no futuro. É impessoal e registra a necessidade do grupo e do indivíduo, mas é totalmente indiferente ao chamado egoísta do interesse pessoal. Pode ser caracterizado pelas qualidades e atributos humanos mais elevados e espirituais, e considerado com propriedade como a fonte de todo o melhor da humanidade. É aquela faculdade que pode transformar dinamicamente para melhor a vida e as relações humanas. O contato com o supraconsciente não é escapar-se da vida; é vida mais abundante.

As técnicas necessárias para um entendimento do supraconsciente e a habilidade para criar uma relação ativa entre estados conscientes e supraconscientes são muito similares às técnicas de meditação, contemplação e desenvolvimento espiritual que encontramos no centro de todas as grandes religiões. Entretanto, existe uma diferença entre a meditação do tipo místico, praticada sobretudo pelos devotos cristãos da época medieval, e a meditação do tipo mental que é necessária neste período da história. Para uma análise profunda das diferenças existentes entre oração, misticismo e meditação, as técnicas requeridas e os resultados esperados, recomendamos a leitura de “Do Intelecto à Intuição”, de Alice A. Bailey. O que se segue é um extrato deste livro:

“A oração, mais um altruísmo disciplinado produz o místico. A meditação com o serviço disciplinado e organizado produz o Conhecedor. O místico ...percebe as divinas realidades e contata ...a visão mística e aspira, incessantemente, a constante repetição do êxtase ao qual a oração, a adoração e a veneração o elevaram. É geralmente incapaz de repetir à vontade esta iniciação... Na meditação ocorre o oposto, e pelo saber e a compreensão, o homem iluminado é capaz de entrar à vontade no domínio da alma e de participar inteligentemente na sua vida e nos seus estados de consciência. Um dos métodos envolve a natureza emocional e baseia-se na de um Deus que pode dar. O outro envolve a natureza mental e baseia-se na crença da divindade do próprio homem, embora não negue as premissas místicas do outro tipo”.

Este tipo de meditação é também conhecido como meditação ocultista.

“A meditação ocultista se baseia em tudo o que a experiência mística pôde aportar, para levar a idéia de meditação a um passo mais longe. O objetivo já não é a iluminação e a inspiração pessoais, mas a utilização correta da técnica de meditação para servir à elevação e transformação do reino humano e do mundo em que vivemos. A meditação ocultista é um método de cooperação no processo da evolução e redenção planetárias”.

“A meditação... envolve toda a expressão vital, subjetiva e objetiva. Concerne ao uso da mente pela alma para iniciar ações alinhadas com o Plano para a humanidade. Como parte desse processo centrado no Plano, a unidade meditativa é estimulada, iluminada e a ela é outorgada a oportunidade adequada de contribuir para a evolução planetária, a riqueza individual que cada um tem em potencial. A verdadeira meditação ocultista é praticada como um serviço à raça humana”.

“Atualmente a alma da humanidade está em vias de tomar o controle do modo de vida da personalidade. O longo processo que conduz ao desabrochar da alma da raça foi iniciado. A prática da meditação pode servir agora para acelerar e concluir o processo no planeta como um todo. No passado a cooperação com o ritmo planetário de meditação foi, por um tempo, o serviço reservado a uns poucos pioneiros. Hoje pode ser convertida num modo de vida para muitos”. (Ciência da Meditação – Caderno da Escola Arcana)

Este curso sobre os Problemas da Humanidade e, em particular, o trabalho de meditação incorporado em cada caderno, pode ser considerado com relação à totalidade do processo criativo que está se produzindo no planeta. Na meditação tratamos de despertar e utilizar a intuição e de conectar com a “nuvem de coisas conhecíveis” que corporifica o propósito, a vontade de Deus, o Plano, tal como o contemplamos. Intentamos lançar luz sobre o problema que estamos considerando, buscando os princípios que se escondem por trás da manifestação, a realidade interna e espiritual que produz a forma externa visível. O resultado deverá ser o reconhecimento das corretas idéias e a criação de uma “forma de pensamento da solução” com a qual possamos cooperar.

ACEITAR A RESPONSABILIDADE

Este período da história é abundante de conferências, seminários, grupos de estudo e cursos de educação para adultos. Geralmente, depois de assistir estes cursos, há certa tendência a se sentir inadequado e frustrado ao não saber qual deveria ser o passo seguinte a dar. Todos os estudantes do curso sobre os Problemas da Humanidade podem continuar seus estudos servindo de muitas formas práticas:

1 – Realizando Atos Externos

Podemos nos comprometer a satisfazer as necessidades reais dos demais de alguma forma externa de ação palpável. Podemos escolher apoiar um ou mais grupos, organizações e outras formas de serviço já estabelecidas na nossa comunidade, doando nosso tempo, dinheiro ou conhecimentos. Desta maneira, ancoramos a boa vontade de servir. Nossa compaixão e boa vontade mais íntimas se tornam expressões ativas, criando um canal para sua manifestação no mundo diário.

“Se a intenção coletiva dos homens de boa vontade desce do plano mental (onde a maior parte da boa vontade, desejo, oração e invocação estão “congelados”) e afastada do seu dócil foco na vida de desejo (os pensamentos fantasiosos) do aspirante, a boa vontade torna-se ativa na expressão e nos fatos tangíveis no plano físico”. (Alice A. Bailey)

A boa vontade prática é uma energia destinada ao uso prático diário.

2 – Mediante a Palavra Correta

Se observarmos nossas palavras e a reação dos demais, em seguida podemos verificar que, segundo a ênfase empregada no falar e na atitude, estamos aumentando os problemas ou ajudando a resolvê-los. Se observarmos este aspecto da nossa vida, começaremos a notar as oportunidades que agarramos e as oportunidades que, tão freqüentemente, deixamos passar. No princípio parecerá que, repetidamente, não chegamos a falar ou atuar como queríamos, mas se persistimos na observação, colheremos inevitavelmente os frutos de pensar com clareza. Encontraremos, cada vez mais, mais oportunidade de chegar às mentes dos outros mediante nossa própria clareza de pensamento e nossas palavras corretas. Evitando os prejulgamentos e as idéias fixas, obteremos a clareza de pensamento, a flexibilidade da mente e a correta avaliação dos problemas que nos serão necessários. O cultivo da boa vontade atua como um clarificador e porá cada um de nós em contato com as dificuldades da humanidade, num sentido muito mais profundo do que pode conseguir por si só a percepção intelectual. Quando a inteligência e a boa vontade se combinam, aparece um servidor útil para a ação construtiva.

3 – Buscando Uns aos Outros

Os homens e mulheres de boa vontade necessitam conhecer a força inerente ao esforço cooperativo; necessitam sentir o potente efeito da unidade em serviço. Sua boa vontade e sua capacidade para o serviço devem ser reconhecidas, “mobilizadas” e dirigidas para empreendimentos de grupo. Unidade sem uniformidade é uma abordagem necessária dos problemas do mundo. Ao estudar estes problemas, poderíamos selecionar aquele ou aqueles que mais nos atrai, buscando outras pessoas que estejam trabalhando nesse campo, cooperando com elas e aportando assim mais potência à esse fundo de boa vontade. As perguntas dos apêndices desse estudo poderiam bem ser utilizadas como base para discussões de grupo. As discussões de grupo sempre podem ser úteis, por menor que seja o número de participantes.

4 – Meditando

Pode obter-se mais sobre um problema refletindo sobre ele do que lendo interminavelmente sobre o tema, por mais útil que isso possa ser. Oferecemos-lhes alguns passos de meditação aconselháveis para ajudar nesta reflexão. Assim se constroem as formas de pensamento da solução que constituirão as bases para futuros trabalhos, para nós e para os outros. Mediante a consideração reflexiva e atitude meditativa, as milhares de pessoas sinceras que se esforçam para encontrar uma solução para os problemas da humanidade na forma de Corretas Relações Humanas, provêem um “veículo de enlace”, subjetivamente, entre a família humana e seus líderes espirituais. Esta ponte de comunicação pode despertar a intuição e centrar a atenção sobre aquilo que tem permanecido nublado e obscuro durante incontáveis eras. O mundo do significado pode ser assim revelado.

Encontra-se em cada caderno de estudo um pensamento-semente para ser incluído no trabalho de meditação. Cada pensamento-semente se refere a um dos problemas e à nossa atitude para com ele. O pensamento-semente apropriado pode ser considerado em relação ao problema que se estuda e ser incorporado ao trabalho diário de meditação.

Quando a iluminação estiver concluída, poderá ser contemplada uma nova humanidade ativa sobre a Terra, uma nova raça de homens, devido à sua diferente orientação. (Alice A. Bailey)

MEDITAÇÃO

Pontos Práticos

1 – Sente-se numa posição cômoda, reta, mas não tensa nem forçada. Relaxe-se. Comprove que sua respiração seja regular e tranqüila.

2 – É aconselhável meditar sempre no mesmo lugar.

3 – Sugere-se de 15 a 30 minutos diários. Cinco minutos todos os dias, realizados com regularidade, são muito mais valiosos do que 30 minutos realizados irregularmente.

4 – Se há falta de experiência para meditar, pode haver dificuldades para se concentrar. É necessário perseverar. Havendo distração, traga sua mente de volta ao trabalho que está sendo feito cada vez que distrair. Praticar com paciência produz uma habilidade crescente.

Atitude a Assumir

1 – Recorde que estamos compartilhando nosso esforço com uma dedicada companhia de homens e mulheres de boa vontade.

2 – Compreenda que, essencialmente, você é uma alma e, como tal, está em comunicação telepática com todas as almas.

3 – Seja consciente que a meditação não é uma forma passiva e reflexiva de devoção, mas um uso positivo e criativo da mente, envolvendo ativamente os mundos interno e externo.

4 – Utilize a imaginação criativa para se ver unificado com toda a humanidade e com tudo o que é novo, progressista e espiritual pelo bem-estar da humanidade.

5 – Adote uma atitude de confiança que evoque a iluminação espiritual. Esta atitude de “como se” pode obter resultados mágicos.

Mediante a camaradagem com outros servidores dedicados, podemos acender uma chispa vital que pode resplandecer numa luz de revelação e iluminação, e abrir o pensamento mundial para novos caminhos de esforço cooperativo em benefício da humanidade.

ESBOÇO DA MEDITAÇÃO

Etapa I

1 – Reflita sobre o fato das relações. Você está relacionado com:

Sua Família.
Sua comunidade.
Sua nação.
O mundo das nações
A Humanidade Una, composta de todas as raças e de todas as nações.

2 – Utilize este mantram de unificação:

Os filhos dos homens são um, e eu sou um com eles.
Procuro amar e não odiar;
Procuro servir e não escolher serviço;
Procuro curar, não ferir.

Etapa II

1 – Pense no tema do serviço, os laços que mantém com os grupos de serviço e sobre como, com seus companheiros servidores, você pode ajudar o Plano divino.

2 – Reflita sobre o problema que está estudando e seja consciente que a boa vontade pode trazer soluções. Inclua o seguinte pensamento-semente:

“A unidade e as corretas relações humanas; individuais, comunitárias, nacionais e internacionais; podem ser conseguidas mediante a ação unida dos homens e mulheres de boa vontade em todos os países”.

3 – Invoque a inspiração espiritual ao buscar uma solução para o problema utilizando a estrofe final do mantram de unificação:

Que venham a visão e a percepção internas,
Que o porvir se revele.
Que a união interna se demonstre e acabem as divisões externas
Que o amor prevaleça. Que todos os homens amem.

Etapa III

Entenda que você está contribuindo para construir uma ponte entre o Reino dos Céus e a Terra. Pense sobre esta ponte de comunicação.

Etapa IV

1 – Havendo construído a ponte, visualize luz, amor e bênçãos descendo pela ponte para a humanidade.

2 – Utilize a Grande Invocação. Recite-a com intenção e com um total compromisso com seu significado:

A GRANDE INVOCAÇÃO

Do ponto de Luz na Mente de Deus
Flua luz às mentes dos homens.
Que a Luz desça à Terra.

Do ponto de Amor no Coração de Deus
Flua amor aos corações dos homens.
Que o Cristo volte à Terra.

Do centro onde a vontade de Deus é conhecida
Guie o propósito as pequenas vontades dos homens –
O propósito que os Mestres conhecem e a que servem.

Do centro a que chamamos raça dos homens
Cumpra-se o Plano de Amor e Luz.
E que ele vede a porta onde mora o mal.

Que a Luz o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.

OM OM OM


PERGUNTAS PARA A REFLEXÃO OU DISCUSSÃO

1 – Que novas idéias lhe ocorreram devido a seu trabalho com este estudo e à introdução do livro “Problemas da Humanidade?”

2 – De que maneira a idéia das Corretas Relações Humanas poderia converter-se num ideal universal, e como isto poderia ser estabelecido na prática?

3 – Na introdução de “Problemas da Humanidade” se diz que a “impressão espiritual” foi interrompida. Como Poderia ser restabelecido esse “divino fluxo circulatório”?

4 – Pode você pensar em exemplos que apóiem o argumento de que estamos passando da era de Peixes à era de Aquário?

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