O Caminho Real

Caminho de Peregrinação de Ouro Preto a Diamantina
"A vida ou é uma audaciosa aventura, ou é nada." (Helen Keller)

Uma rota de magia, mistérios e de exuberante beleza natural no desenrolar do processo histórico de desbravamento e construção da cultura de parte da nossa história.


Milho Verde

Vivendo dilemas, a vila busca se organizar para desenvolver um turismo com características de preservação natural e cultural.

A vila está localizada nas vertentes da Serra do Espinhaço, na rota entre Serro e Diamantina e foi ocupada inicialmente por garimpeiros atrás de ouro e, posteriormente, de diamantes. Logo, a riqueza das minas da região atraiu a atenção das autoridades.

Numa carta de 2 de fevereiro de 1732, o ouvidor geral do Serro Frio, Antônio Ferreira do Valle e Mello pede ao governador de Minas, dom Lourenço de Almeida, que reconsidere a decisão de proibir a extração de diamantes pelos moradores da região de Milho Verde. O governador, atendendo aos interesses da Coroa portuguesa, ignorou o apelo.

A população de Milho Verde foi obrigada a obedecer as leis impostas pelos governantes ao Distrito Diamantino. A Coroa portuguesa se apodera e passa a organizar a exploração do diamante sem, contudo, coibir o intenso contrabando. A rua do quartel assim se chama porque ali foi instalado um quartel e posto fiscal para abrigar o destacamento que vigiava as entradas e saídas de pessoas e mercadorias da região.

As restrições impostas sobre o Distrito contribuíram para a estagnação do povoado. O lugar ficou esquecido no tempo. No início do século XIX, as visitas do mineralogista José Vieira Couto, do inglês John Mawe e do francês Saint-Hilaire renderam relatos sobre a situação de abandono de Milho Verde. José Vieira descreve a vila como um "lugarejo pequeno, mal arranjado e com muitas casas palhoças".

As minas ainda voltaram a ser exploradas. No século XX, com o auxílio de dragas e bombas, garimpeiros causaram vários danos ecológicos desviando cursos de rios e revirando cascalhos. Atualmente, a mineração no lugar está proibida.

As famílias que ali permaneceram, passaram a se dedicar à pecuária e agricultura de subsistência e, mais tarde, também à colheita de flores sempre-vivas. O local servia também de parada para os tropeiros.

Fonte cidadeshistoricas

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