Navegação

Página Inicial
Livros de Alice Bailey

Cartas sobre Meditação Ocultista


Carta IX
FUTURAS ESCOLAS DE MEDITAÇÃO

26 de setembro de 1920.

1 - A Escola Una.
2 - Suas Subdivisões Nacionais.
3 - A Localização, o Pessoal, e as Construções da Escola.
4 - Os Graus e as Classes.

Consideraremos, hoje, outra das séries de cartas sobre meditação ocultista, a relativa às "Futuras Escolas de Meditação". Nesta carta tentarei demonstrar, de algum modo, como o treinamento e o desenvolvimento indicados nas outras cartas serão empregados e tratarei um pouco de profecias, destacando o que, um dia, será possível e presente, e não o que é, por enquanto, de algum modo acessível. É necessário ter, sempre, ideais superiores, e a mente humana sempre salta adiante para alguma meta designada. Se aqui destaco o que pode parecer uma impossibilidade visionária, é apenas porque procuro elevar tal ideal e dar à raça um objetivo bem merecedor de seu mais alto esforço.

Comentários Preliminares

Façamos uma pausa, por um momento, para expor certos postulados concernentes ao presente e que (por assim dizer) limparão o terreno para ação futura.

O valor da meditação está sendo admitido em todos os lugares.
Escolas para concentração e métodos de desenvolvimento mental são comumente anunciados nos jornais diários.

A verdadeira meditação é ainda pouco compreendida. A concentração é apenas o alicerce sobre o qual o trabalho futuro estará baseado.

Por enquanto, a futura estrutura não pode ser erguida devido a duas causas principais:

a) A incapacidade inerente ao homem, a esta altura, de alcançar o nível causal e a consciência do nível causal.
b) A ausência da presença física de um Mestre apto e equipado para ensinar o verdadeiro desenvolvimento científico, que é a meta da meditação genuína.

A condição conturbada do mundo, no presente, é barreira suficiente para qualquer aceitação geral de treinamento e do desenvolvimento científico dos veículos,

Estas premissas são postas aqui como ponto de partida. Que alguns indivíduos, aqui e ali, atingem a meta, que algumas pessoas dominam o sistema da Meditação Oculta e fazem o progresso desejado, é inegável, mas são apenas uns poucos em número, e esse número é desprezível, quando comparado com o vasto volume de seres humanos em encarnação na mesma época. Eles o alcançam por direito de esforços vindos de longa data e porque, em vidas anteriores, palmilharam o Caminho ou se aproximaram do portal da iniciação. Mas até o homem de inteligência comum de hoje - o produto, por exemplo, da civilização ocidental - está longe de estar preparado para o treinamento oculto. Experimentos estão sendo feitos agora, desconhecidos, amiúde, dos próprios indivíduos, para ver quão rapidamente um homem pode ser levado a completar uma experiência e a uma aceleração geral do processo evolutivo, até uma posição onde será seguro treiná-lo mais além. As pessoas, em muitos países civilizados, estão sob supervisão, e está sendo aplicado um método de estimulação e intensificação que trará ao conhecimento dos Grandes Seres uma massa de informações que poderá servir como guia para Seus esforços futuros em prol da raça. Especialmente pessoas na América, Austrália, Índia, Rússia, Escócia e Grécia estão sendo consideradas. Uns poucos na Bélgica, Suécia e Áustria estão igualmente sob observação e, vindo a resposta esperada, elas formarão um núcleo para maior expansão.

Futuras Escolas de Meditação

Ao tratar deste assunto, poderemos, como de costume, dividir a exposição da matéria sob diferentes títulos:

1 - A Escola una.
2 - Sua subdivisões nacionais.
3 - Localização, pessoal e construções da Escola.
4 - Os graus e as classes.

Agora salientaria, enfaticamente, o fato de ser, tudo o que revelo, parte de um plano experimental que tem em vista acelerar a evolução da mente superior e pôr sob controle os corpos dos homens, através do poder do Deus interno. Este plano foi traçado à vista da necessidade imperiosa de um mundo no qual o equipamento mental dos homens está se desenvolvendo fora de qualquer proporção, quanto ao seu equilíbrio emocional e ao seu equipamento físico. O rápido avanço do conhecimento, a expansão do sistema educacional que traz o produto de muitas mentes ao ambiente dos muito pobres, a capacidade de todos lerem e escreverem, em um país como os Estados Unidos, ou entre as outras raças anglo-saxônicas, têm sido a causa de um problema bem real (eu poderia dizer, inesperado), surgindo para desafiar os Grandes Seres.

Um desenvolvimento mental paralelo à estabilidade emocional e um corpo saudável e forte é a meta de todos. Mas tendes agora um desenvolvimento mental correspondendo a um astral instável e a um físico fraco, subnutrido, mal educado. Daí, a perturbação, a falta de equilíbrio, o obscurecimento da visão e a discussão desproporcional. A mente inferior, em lugar de ser um meio para um fim e uma arma para usar, é bem uma maneira de ser um dirigente e um tirano, impedindo a atuação da intuição e vedando a mente abstrata.

Por isso, os Mestres, se de algum modo isso puder ser conseguido, visam a um movimento que tenha em vista o serviço ativo da mente inferior através dos próprios homens. Com este propósito em vista, Eles planejam utilizar o entrante Raio da Lei Cerimonial ou da Organização e o período imediatamente coincidente ou seguinte à chegada do Grande Senhor, para dar início a essas escolas (de uma maneira imperceptível, a princípio) e trazer à consciência dos homens, em todos os lugares, os quatro fundamentos seguintes:

a) A história evolutiva do homem, a partir dolado mental.
b) A constituição setenária do macrocosmo e do microcosmo.
c) As leis que governam a existência do homem.
d) O método do desenvolvimento oculto.

Um começo já foi feito... através das várias escolas existentes no presente... Todas estas são o começo do plano. Quando estiverem firmemente fundamentadas; quando estiverem agindo suavemente e com reconhecimento público; quando o mundo dos homens esteja sendo, de certo modo, colorido por elas e por sua ênfase subjetiva; quando estiverem produzindo estudiosos e trabalhadores políticos e cientistas e líderes educacionais que deixem sua marca no ambiente; então, talvez, chegue o tempo para a fundação, à maneira exotérica, da verdadeira escola ocultista. Com isso quero dizer que, se as primeiras escolas e faculdades fizerem seu trabalho satisfatoriamente, terão mostrado aos homens do mundo que o subjetivo é a verdadeira realidade e que o inferior não é senão o degrau para o superior. Essa realidade subjetiva, se universalmente admitida, permitirá, então, a reunião de escolas esotéricas... que serão publicamente reconhecidas. Isso não dispensará, jamais, a necessidade de sempre haver uma seção esotérica e secreta, pois haverá sempre certas verdades e fatos de significação perigosa para o não-iniciado; mas o que procuro destacar é que os mistérios serão, finalmente, admitidos como fatos de reconhecimento universal e de aspiração e objetivo universais. Serão preparados para, e farão parte de escolas que se encarregarão, sob orientação experiente, de treinar neófitos para os mistérios.

Tais escolas já existiram antes e, na volta da roda, estarão outra vez em manifestação.

Quando?, perguntais. Isso depende da própria humanidade e de todos vós que trabalhais com fé e aspiração nos primórdios do plano.

H. P. B. lançou a pedra fundamental da primeira escola neste particular ciclo menor (que é, sem dúvida, um ciclo relativamente importante, sendo um resultado da quinta raça-raiz, a florescência do quinto-princípio). Esta é a pedra angular. O trabalho prossegue, como foi dito anteriormente, na fundação das várias escolas, e a ciência mental tem seu lugar. Avançará de acordo com o desejado, se cada um que está agora em treinamento ocultista mantiver alerta cada nervo e envidar todo esforço para o trabalho em curso. Se tudo que é possível fazer for feito, quando o Grande Senhor vier com Seus Mestres, o trabalho receberá um ímpeto ainda maior e se expandirá gradualmente, e crescerá até que se torne um poder no mundo. Chegará, então, o dia em que as escolas ocultistas treinarão os homens, definitivamente, para a iniciação.

27 de setembro de 1920.

Devemos tratar hoje do primeiro ponto, pois é somente quando lançamos acertadamente que a superestrutura iguala-se às exigências.

1 - A Escola Fundamental Una

É imprescindível, por isso, que a ênfase seja posta no fato de que, não importa quais os ramos, a escola básica de ocultismo é aquela que tem sua raiz no centro sagrado do planeta, Shamballa. Nesse lugar, diretamente sob os olhos do Próprio Iniciador Uno, Que - embora poucas vezes percebido - é a expressão máxima do Raio de Instrução na Terra, encontra-se o que poderia ser chamado de departamento central para o trabalho de treinamento disciplinar educacional da Hierarquia. Lá será encontrado o Chohan Que é diretamente responsável pelas várias tentativas, e a Quem devem direta obediência os Mestres Que admitem discípulos e os dirigentes das várias escolas ocultistas.

Tudo segue conforme a lei e a ordem.

Um ponto a que será necessário dar ênfase aqui é que a Fraternidade da Luz, representada pelos Mestres do Himalaia, tem seus outros representantes alhures, que levam avante trabalho específico sob supervisão conveniente e adequada. Os teosofistas ficam muito inclinados a pensar que somente eles são os repositórios da religião sábia. Não é assim. Neste momento (tendo em vista o desenvolvimento e o aparecimento da oportunidade para a quinta sub-raça) a Fraternidade Himalaia é o principal canal de esforço, poder e luz. Mas o trabalho com outras raças prossegue simultaneamente e numerosos outros projetos, todos procedendo do departamento central em Shamballa, assemelham-se ao trabalho do Himalaia. Guardai isso claro na mente, pois é ponto importante. As Escolas e a Loja Himalaias são as que dizem respeito principalmente ao ocidente e a única escola, sem nenhuma exceção, que deverá controlar o trabalho e a produção dos estudantes ocultistas no Ocidente. Ela não aceita nenhum rival, nem trabalho contemporâneo com seus discípulos, não em benefício de seus próprios instrutores, mas para assegurar a segurança de seus alunos. O perigo espreita o caminho do estudante ocultista, e os Adeptos do Himalaia sabem corretamente como proteger seus discípulos, desde que esses discípulos permaneçam na periferia de Suas auras unidas e não se desviem para outras escolas. Todas as verdadeiras escolas ocultistas exigem isso de seus discípulos, e todos os Mestres verdadeiros esperam que Seus discípulos evitem receber outras instruções ocultistas ao mesmo tempo que recebem as Suas. Não dizem: "Nosso método é o único certo e verdadeiro." Dizem: "Enquanto estiverem recebendo instruções Nossas, faz parte da sabedoria e da segurança evitar receber treinamento ocultista de outra escola e de outro Mestre." Se um discípulo assim o desejar, estará completamente livre para buscar outras escolas e outros instrutores, mas deverá primeiro romper sua conexão com a antiga.

A escola fundamental una pode ser reconhecida por certas características notáveis:

Pelo caráter básico das verdades ensinadas, agrupadas nos postulados seguintes:

a) A unidade de toda a vida.

b) Os passos graduais de desenvolvimento reconhecidos no homem, e pelos passos graduais de seu currículo, que o conduzem de uma expansão de consciência a outra, até que tenha alcançado aquilo que chamamos perfeição.

c) A relação entre o microcosmo e o macrocosmo e sua aplicação sétupla.

d) O método deste desenvolvimento e o lugar do microcosmo dentro do macrocosmo, revelados através do estudo da periodicidade de toda manifestação e da lei básica de causa e efeito.

Pela ênfase posta na elaboração do caráter e do desenvolvimento espiritual, como um alicerce para o desenvolvimento de todas as faculdades inerentes ao microcosmo.

Pela exigência, imposta sem exceção a todos os discípulos filiados, de que uma vida de desabrochar e de desenvolvimento internos seja mantida em paralelo com uma vida de trabalho exotérico.

Pelas graduais expansões de consciência, que são o resultado do treinamento proporcionado, elas conduzem um homem adiante, passo a passo, até que ele contate seu eu superior, seu Mestre, seu grupo egoico, o Primeiro Iniciador, O Iniciador Supremo, até que tenha contatado o Senhor do seu Raio e tenha penetrado no Intimo do seu "Pai Que está no Céu".

Estas são as características notáveis, descritivas da verdadeira Escola fundamental.

Esta Escola Fundamental possui três ramos principais e um quarto que está em processo de formação, o qual completará os quatro desta quarta ronda. Esses ramos são como se segue:

1 - Ramo Trans-himalaio.
2 - Ramos da Índia do Sul. (Esses são ramos arianos)
3 - Um ramo que trabalha com a quarta raça-raiz e tem dois adeptos da quarta raça- raiz a dirigi-lo.
4 - Um ramo em processo de formação, que terá seu quartel general no ocidente, em algum lugar ainda não revelado. Tem como objetivo principal a instrução dos relacionados com a futura sexta raça-raiz.

Estes ramos estão e estarão intimamente inter-relacionados e trabalharão na mais Intima cooperação, estando todos sob o foco e sob o controle do Chohan em Shamballa. Os dirigentes de cada um dos quatro ramos comunicam-se frequentemente uns com os outros e são, realmente, como o corpo docente de uma estupenda universidade, as quatro escolas sendo como os vários departamentos maiores dos estabelecimentos - como colégios subsidiários. O objetivo de todos é a evolução da raça, o seu propósito é levar todos até o ponto de se colocarem diante do Iniciador Uno, e os métodos são fundamentalmente os mesmos, apesar de variarem em detalhes, devido às características raciais e aos tipos tratados, e ao fato de certas escolas trabalharem predominantemente umas com um raio, e outras, com outro.

A escola Trans-himalaia tem seus adeptos conhecidos por vós, e outros cujos Nomes não são conhecidos.

A escola Indiana do sul tem um trabalho especial com a evolução dévica e com a segunda e terceira sub-raças da raça Ariana.

A escola Himalaia trabalha com a primeira, quarta e quinta sub-raças.

O ramo da quarta raça-raiz trabalha sob o Manu daquela raça e seu irmão do Raio de Ensino. Seu centro de operações é a China.

O Mestre R. e um dos Mestres Ingleses estão se relacionando com a fundação gradual do quarto ramo da escola, com a assistência do Mestre Hilarion.

Ponderai sobre esses fatos revelados, pois o significado é de profunda importância. Amanhã, trataremos do futuro. Hoje, somente divulguei fatos atualmente em manifestação.

28 de setembro de 1920.

Hoje trago à consideração o nosso segundo ponto e, para elucidá-lo, entraremos no reino da profecia. Aqui, Eu destacaria que o que é indicado como existente no futuro nem sempre se concretizará em detalhe, como previsto. Procuro apenas apresentar-vos o plano geral em seu esboço. O resultado no futuro dependerá da intuição ou da alta percepção dos pensadores da raça e da habilidade dos jivas encarnados de aproveitarem as oportunidades e cumprirem seu destino.

Consideramos, ontem, a escola fundamental com seus quatro ramos. Hoje, ocupar-me-ei de:

2 - As Subdivisões Nacionais da Escola Una

De início, destacaria que nem todas as nações do mundo terão sua escola ocultista. Somente à medida que o corpo causal do grupo nacional tenha alcançado certa intensidade vibratória, será possível fundar e instituir essas escolas. Somente quando o trabalho educacional da nação tenha atingido certa altura, será possível usar o equipamento mental da nação como um ponto de apoio, para expansão ulterior e usá- lo como base para a escola ocultista. E, curiosamente, somente àquelas nações que primitivamente tiveram uma escola de treinamento para os mistérios (com três exceções) será permitido outra vez, durante os primeiros estágios, ter escolas nacionais. Essas exceções são:

1 - Grã-Bretanha.
2 - Canadá e Estados Unidos.
3 - Austrália.

E mesmo essas exceções deverão ser consideradas uma somente, o caso da Austrália, pois as outras duas tiveram, nos dias atlantes, suas fundações ocultistas, quando formavam parte do continente anterior. No girar da roda, a própria Terra reencarna; lugares passam a pralaya e emergem em manifestação, guardando em si as sementes que resultarão em vibração similar e trarão à existência, outra vez, modos similares de expressão e formas semelhantes.

Será verificado mais adiante, ao serem fundadas as Escolas Ocultistas, que elas estarão situadas onde algum velho magnetismo ainda perdura e onde, em alguns casos, certos velhos talismãs estiverem guardados pela Fraternidade com esse exato objetivo em vista.

Ramos filiados a uma das quatro divisões centrais de uma fundação ocultista serão encontrados nos seguintes países:

1 - Egito. Esta será uma das últimas escolas fundadas, será profundamente ocultista e uma escola adiantada, em comunicação direta com os graus interiores. Isso será tratado mais adiante.

2 - Os Estados Unidos terão uma escola preparatória em algum lugar da parte sul do Meio Oeste e um extenso colégio ocultista na Califórnia, num local a ser revelado mais tarde. Esta escola será uma das primeiras iniciadas quando o Grande Senhor começar Sua carreira terrena, e durante os cinco próximos anos as sementes serão lançadas, se os estudantes apreenderem corretamente o trabalho a ser feito.

3 - Haverá uma escola para os países latinos, provavelmente na Itália ou Sul da França, mas muito depende do trabalho político e educacional dos próximos dez anos.

4 - Grã-Bretanha. Em um dos sítios magnetizados, na Escócia ou no País de Gales, começará muito em breve um ramo para treinamento ocultista que lançará o alicerce e compreenderá o currículo para os graus iniciantes. Depois de estar em existência por alguns anos e haver provado a eficiência de seu treinamento, e depois que a conturbada Irlanda tenha resolvido seus problemas internos, uma escola para graus avançados e para preparação definitiva para os mistérios será iniciada naquela região, em um dos lugares magnetizados a serem lá encontrados. Essa será decididamente uma escola onde a preparação para uma iniciação maior poderá ser feita e estará sob as vistas do Bodhisattva, preparando o discípulo para a iniciação do segundo raio. A primeira escola, no Egito, será para aqueles que receberem a iniciação do primeiro raio no ocidente.

Aqueles que recebem iniciação na linha do Mahachohan, ou do terceiro raio, recebê-la-ão na escola ocultista avançada na Itália. Dessa maneira, o ocidente terá seu centro onde a instrução ativa poderá ser dada de acordo com as três linhas de aproximação, para preparação nos mistérios interiores.

5 - Uma escola ocultista preparatória adiantada será encontrada, também, na Suécia, para os das raças nórdica e germânica que buscam o Caminho e, quando já tiver existido por algum tempo, a Rússia talvez esteja em posição de alojar a sede da escola mais adiantada, ligada àquela preparatória da Suécia. Em conexão com a escola adiantada egípcia, haverá uma preparatória na Grécia ou na Síria.

Tendes, assim, as escolas seguintes tal como foram planejadas, e deveis ter em mente que as escolas nas quais o trabalho preparatório e os graus primários são encontrados estarão em primeiro lugar em termos de tempo, e estão agora em processo de fundação ou serão fundadas durante o período imediatamente antecedente à Vinda do Grande Senhor. A fundação de outras será, decididamente, o resultado de Seu trabalho e dos Seus Mestres, e dependerá de Sua decisão, conforme o êxito do esforço anterior.

Graus Preparatórios Escola Adiantada
1 - Grécia ou Síria, levando ao Egito
2 - Meio Oeste, USA Califórnia
3 - Sul da França Itália
4 - Escócia ou País de Gales Irlanda
5 - Suécia Rússia
6 - Nova Zelândia Austrália

Está, também, planejada uma escola preparatória para os egos adiantados da quarta raça-raiz. Essa estará sob a direção do Manu daquela raça e será situada no Japão, com o seu ramo mais esotérico na China ocidental. Essa é a sétima, no grupo das escolas descritas.

Não estão ainda previstos ramos na África do Sul ou na América do Sul. O seu dia ainda não chegou, mas virá no próximo ciclo.

Agora, chamaria seriamente vossa atenção para o fato de que as escolas farão apenas pequenos começos e serão lançadas de uma maneira que aparecerão, a princípio, como deveras sem importância para serem notadas. Um começo será feito com membros das diversas escolas ocultistas, tais como as seções esotéricas do movimento Teosófico, e outros. O trabalho na Grã-Bretanha, América e Austrália já está em vias de ser iniciado, enquanto que na Suécia estará, breve, em andamento. As outras seguir-se-ão ligeiramente mais tarde.

Foi permitido publicar tantos detalhes do plano como um incentivo para que todos estudeis com maior aspiração e para trabalhardes com mais perseverante dedicação. Desde que se qualifiquem, fazendo o trabalho necessário, todos e cada um têm seu lugar no plano. Esse trabalho deverá ser:

Um esforço para reconhecer o Divino em cada um. Dessa maneira, a verdadeira obediência ocultista, que é essencial em todo treinamento ocultista, será alimentada e desenvolvida, não sendo baseada, como é frequentemente visto, na personalidade, mas naquela percepção instintiva de um Mestre, e no desejo resultante que vem do reconhecimento de Seus poderes, da pureza de Sua vida e de seus objetivos, e a profundidade de Seu conhecimento.

Um esforço para pensar em termos de grupo e pensar claramente por si mesmo, sem depender da palavra de outros para esclarecimento.

Um esforço para purificar e refinar todos os corpos e torná-los servidores mais dignos de confiança.

Um esforço para equipar inteiramente o veículo mental e armazenar nele os fatos sobre os quais um mais amplo conhecimento possa ser baseado.

Se todas estas coisas forem feitas, grande será o dia da oportunidade.

2 de outubro de 1920.

A perfeição vem de Vossa própria rígida disciplina. Para o discípulo, nada é tão pequeno para se empreender, pois no rígido ajustamento dos detalhes da vida do mundo inferior vem, no final, a consecução da meta. A vida do discípulo não se torna mais fácil à medida que se aproxime do Portal, mas sempre a vigilância precisa ser mais completa, sempre a ação correta precisa ser adotada sem preocupação quanto ao resultado, e sempre cada corpo, em todo seu conjunto de detalhes, precisa ser combatido e subjugado. Somente no total entendimento do axioma "Conhece-te a ti mesmo", virá aquela compreensão que capacita o homem a manejar a lei e conhecer o trabalho interior do sistema, do centro para a periferia. Esforço, empenho, disciplina e servir prazerosa mente sem retribuição, salvo a má compreensão e o abuso daqueles que vêm depois - este é o papel do discípulo.

Hoje, consideraremos nosso terceiro ponto.

3 - A Localização, o Pessoal e a Construção da Escola Ocultista

Aqui, de início, lembrar-vos-ei que muito do que poderia ser dito por mim, nesse assunto, deve permanecer sem ser dito, pela falta de capacidade de compreender. Eu poderia formular certas regras aproximadas e fazer certas sugestões fundamentais que poderiam encontrar seu lugar na elaboração final. Não posso propor nenhuma regra que deva ser cumprida. Tal não é a lei ocultista. No estabelecimento destas escolas ocultistas, em suas duas divisões, preparatória e adiantada, nos diferentes centros designados sob a direção de um dos quatro ramos da una e fundamental Escola de Ocultismo, o trabalho começará de uma maneira imperceptível, e os discípulos e os egos avançados, cujo trabalho é dar o necessário começo, deverão descobrir por si mesmos o método, o lugar, a maneira. Tudo deve ser elaborado na fornalha do esforço e da experimentação, e o preço pago será alto, mas só o que é assim elaborado provê o resíduo, ou núcleo, sobre o qual o trabalho futuro pode ser baseado. Os erros não importam; somente a personalidade transitória sofre. O que conta é a falta de aspiração, é a inabilidade para tentar, e a incapacidade para aprender a lição que o fracasso ensina.

Quando os fracassos são vistos como lições valiosas quando um engano é considerado como um sinal de alerta que desvia do desastre, e quando nenhum tempo é desperdiçado, por um discípulo, em desesperos vãos e em inútil depreciação de si mesmo, então os Instrutores vigilantes da raça sabem que o trabalho que o Ego procura realizar através de cada expressão no plano inferior prossegue como almejada, e que o êxito deve efetuar-se inevitavelmente. Tomaremos aqui, de per si, cada detalhe do nosso assunto, tal como foi enumerado acima.

A localização.

Este é um assunto realmente de muita importância, mas difere de acordo com a necessidade de encontrar-se uma localização onde fundar-se uma escola preparatória ou uma escola avançada. Em geral (uma vez que as necessidades nacionais variam muito), a escola para o trabalho preparatório estará situada a uma distância razoável de algum grande centro ou cidade, enquanto que a escola para os graus avançados estará mais isolada, e não será tão facilmente acessível.

Consideremos isto por um momento. Uma das coisas fundamentais que o noviço tem que aprender é encontrar seu centro dentro de si mesmo, independente das circunstâncias ambientais. O centro deve ser encontrado num grau considerável antes que ele possa alcançar classes mais adiantadas e trabalhar na segunda escola. A escola preparatória, acima de tudo, se concentra no desenvolvimento do homem tríplice inferior e no seu treinamento em serviço. A escola avançada decididamente prepara para a Iniciação, e está ligada à ciência ocultista, à revelação da verdade cósmica, ao desenvolvimento abstrato do discípulo e ao trabalho em níveis causais. Um indivíduo pode se realizar melhor no mundo dos homens e através do contato com o mundo; outro exige, necessariamente, um ambiente de comparativa reclusão e garantia de não interrupção. Podemos expressá-lo assim: - os graus preparatórios lidam com o reino de Deus interior, enquanto que a escola adiantada expande esse treinamento a um ponto que inclui o reino do Deus exterior. Dessa maneira, a primeira estará situada entre os filhos dos homens em atividade; assim, por suas reações e interações em associação com eles, em serviço e luta, o discípulo pode aprender a conhecer-se a si mesmo. A outra será para aqueles que já dominaram essas coisas até certo ponto e estão prontos para aprender mais sobre outras evoluções e sobre o cosmos. Enquanto um homem não for senhor de si mesmo a um grau notável, não poderá trabalhar com segurança, por exemplo, com a evolução dévica, ou angélica, Na escola preparatória, ele aprende esse domínio; assim, na escola mais avançada, pode-lhe ser confiado fazer outros contatos além do humano. Em ambas as escolas, a instrução básica é a meditação em todos os graus. Por que? Porque nas escolas ocultistas, a informação, as instruções claras ou um conglomerado de fatos nunca são dados, nem tampouco empregados os métodos exotéricos de livro texto. Todo o objetivo é, apenas, pôr o estudante no caminho de descobrir por si mesmo o conhecimento necessário. Como? Pelo desenvolvimento da intuição, através da meditação, e pela obtenção daquela medida de controle mental que permitirá à sabedoria da Triada fluir ao cérebro físico, por intermédio do causal. Por isso, na escola preparatória, será dada ênfase à meditação que diga respeito à mente, e o ensinamento englobado neste livro será usado. Isto requer um ambiente no qual muitos e variados contatos humanos sejam feitos, e onde o conhecimento concreto do mundo dos homens esteja facilmente disponível (música, bibliotecas e conferências), pois na preparação do verdadeiro treinamento ocultista, o equipamento astral e mental do estudante será uma das primeiras considerações. Quando isso tiver sido de certa forma alcançado, e quando a direção clarividente da escola perceber que o arredondamento do ovo áurico inferior se aproxima do ponto desejado, então o estudante passará à escola mais avançada, e lhe será ensinado como contatar, a partir de seu centro estável, o centro cósmico, e como expandir na consciência, do ponto dentro de si mesmo, até que toque a periferia do sistema macrocósmico e abarque tudo o que vive - vive, num sentido ocultista. Isto requer, durante o período de treinamento, relativa reclusão, e isso a escola adiantada proverá. Por essa razão, a escola preparatória estará localizada perto de alguma cidade grande, preferivelmente perto do mar ou de alguma grande extensão de água, mas nunca dentro da cidade; estará nos limites dos centros de aprendizagem dentro da cidade e facilmente acessível. A escola adiantada estará longe dos lugares movimentados da terra e, de preferência, numa região montanhosa, pois as montanhas têm um efeito direto no ocultista e conferem-lhe aquela qualidade de força e firmeza que é sua característica predominante e deve ser, também, a do ocultista. O mar, ou a extensão de água, próximo a uma escola preparatória transmitirá à sua mente um lembrete constante da purificação, que é seu trabalho supremo, enquanto as montanhas impregnarão de força cósmica o estudante adiantado e manterão firme, ante ele, o pensamento da Montanha da Iniciação, que almeja palmilhar breve.

Amanhã, consideraremos o importante fator do pessoal e do corpo docente da escola, e os tipos de construção.

Pessoal da Escola.

7 de outubro de 1920.

Tratamos hoje daquela parte do nosso terceiro ponto na carta sobre "Futuras Escolas de Meditação", que considera o Pessoal da Escola.

Esse termo inclui tanto aqueles que supervisionam como aqueles que estão sob a supervisão, e o assunto é necessariamente extenso. Como foi dito anteriormente nesta carta, as escolas estarão divididas, onde quer que se situem:

a) Uma escola preparatória para os graus iniciais na Instrução ocultista, situada de preferência próximo a alguma grande extensão de água e perto de alguma cidade central.

b) Uma escola adiantada para os graus posteriores, que preparará, decididamente, o caminho para a iniciação, e treinará discípulos na ciência ocultista.

Como vereis, consequentemente, o pessoal da escola diferirá necessariamente, como também o currículo. Trataremos de cada tipo de escola separadamente e estabeleceremos certos fundamentos que precisam ser procurados nos instrutores e nos que forem instruídos.

A Escola Ocultista Preparatória.

Esta - para o mundo exterior - poderá parecer não muito diferente de um colégio comum. As diferenças não serão percebidas, a princípio, pelo homem do mundo, apesar delas estarem lá e de se mostrarem, no trabalho da escola, aos discípulos e nos planos internos. Os fundamentos, quanto aos instrutores, são como se segue:

O Dirigente da escola será um discípulo aceito; é imprescindível que o Mestre, Que está de volta ao trabalho em alguma escola em particular, esteja em condições de, a qualquer momento, tocar a consciência daquela escola, focalizada através do discípulo. Este Dirigente estará apto para agir como um meio de comunicação entre os estudantes e o Mestre e como um ponto focal para Sua força fluir até eles. Ele precisa ser conscientemente capaz de agir no plano astral à noite e trazer o conhecimento ao cérebro físico, pois parte de seu trabalho será com estudantes no plano astral, guiando-os ao ashram do Mestre, de tempos em tempos, para trabalho especializado. Ele também tem que treiná-los nesse desempenho consciente.

Sob Ele, trabalharão seis instrutores, dos quais um, pelo menos, precisa ser um clarividente consciente, capaz de auxiliar o Dirigente com sua informação quanto ao desenvolvimento áurico dos estudantes; ele deverá ser capaz de avaliar as cores e a expansão dos veículos dos estudantes e de cooperar com o Dirigente no trabalho de expandir e sintonizar esses veículos. Esses instrutores precisam estar no Caminho Probacionário e seriamente devotados ao trabalho de auxílio à evolução, e dedicados ao serviço de algum Mestre. Precisam ser, e serão, cuidadosamente escolhidos para que se suplementem e se complementem uns aos outros, e na escola formarão uma hierarquia em miniatura, mostrando, no plano físico, uma minúscula réplica do protótipo ocultista. Uma vez que seu trabalho será, grandemente, desenvolver a mente inferior do estudante e uni-lo à consciência superior, e como o ponto focal de seu esforço será a rápida construção do corpo causal, eles serão homens de erudição e de saber, fundamentados na câmara do Conhecimento, capazes de ensinar e de competir com os professores treinados nas universidades mundiais.

Em cada colégio, o trabalho desses sete homens treinados será auxiliado pelo de três mulheres escolhidas por sua capacidade para ensinar, por seu desenvolvimento intuitivo e pelo toque espiritual e devocional que trarão às vidas dos estudantes. A esses dez instrutores será confiado o trabalho de firmar os estudantes no essencial, de superintender a aquisição dos rudimentos do conhecimento e da ciência ocultistas, e do seu desenvolvimento no psiquismo superior. Esses dez precisam ser estudantes profundos de meditação, capazes de supervisionar e ensinar aos discípulos os rudimentos da meditação ocultista, como ensinada, por exemplo, neste livro. Fatos ocultistas serão, por eles, revelados a esses discípulos, bem como as leis básicas que - nas escolas adiantadas - serão o assunto de prática precisa pôr parte do provável iniciado. Exercícios em telepatia, comunicação causal, reminiscências do trabalho desenvolvido durante as horas de sono e o recobrar da memória das vidas passadas, através de certos processos mentais, serão ensinados por eles - eles mesmos experientes nessas artes.

Como vereis aqui, todos esses instrutores estarão devotados ao treinamento definido e ao desenvolvimento interno do homem tríplice.

Sob estes, trabalharão vários outros instrutores que irão superintender outros departamentos das vidas dos discípulos. A ciência exotérica será ensinada e praticada por instrutores eficientes, a mente inferior será desenvolvida o mais possível e mantida sob verificação pelos outros dez instrutores, que observam o desenvolvimento proporcional e a aptidão do estudante para a meditação correta.

Juntamente com tudo isso, haverá a vida de serviço ao mundo, rigorosamente exigido de todos e de cada discípulo. Essa vida de serviço será cuidadosamente observada e registrada. Algo a ser notado aqui é que nisso não haverá coação. O discípulo saberá o que é esperado dele e o que ele deverá fazer, se pretender chegar às escolas mais adiantadas. Os gráficos da escola (registrando a condição de seus veículos, o seu progresso e a sua capacidade de servir) estarão todos disponíveis à sua inspeção pessoal, embora para ninguém mais. Ele saberá exatamente em que ponto se acha, o que precisa fazer e o que resta a ser feito, e estará a seu cargo, então, ajudar o trabalho, através da mais estreita cooperação. Certo cuidado será tomado com a admissão de discípulos à escola, para evitar a necessidade de posterior remoção, por inabilidade ou falta de interesse, mas considerarei isso mais adiante, quanto tratar dos graus e das classes.

Tendes, aí, dez instrutores superintendentes, compostos de sete homens e três mulheres, incluindo um Dirigente, que é um discípulo aceito. Sob eles, trabalhará um grupo de instrutores que lidará grandemente com a mente inferior e com o equipamento físico emocional e mental do discípulo, e com sua promoção à escola adiantada em condições de se beneficiar com as instruções a serem, lá, comunicadas. Assinalo que esbocei o ideal, e que vos descrevi a escola como, finalmente, se espera que venha a ser. Mas como em todo desenvolvimento ocultista, o começo será pequeno e de aparência pouco importante.

Amanhã, consideraremos as regras que dirigem a admissão de estudantes e o pessoal da escola mais adiantada.

16 de outubro de 1920.

...Hoje consideraremos:

O pessoal da escola adiantada e as regras de admissão, tanto da preparatória como da adiantada. Esta última parte será grandemente técnica.

O primeiro ponto que procuro destacar aqui é que estas escolas adiantadas serão numericamente pequenas, e isso ainda por um tempo bem longo, e o pessoal será, correspondentemente, pouco... Na direção de escola será sempre encontrado um Iniciado do primeiro ou segundo grau, sendo o objetivo da escola preparar discípulos para a primeira iniciação. Isso, necessariamente, requer um dirigente Iniciado. Tal dirigente Iniciado será, decididamente, designado pelo Mestre Que tem a escola a seu cargo, e será - dentro dos limites da escola - juiz exclusivo e absoluto. Os riscos do treinamento ocultista são muito grandes para permitirem leviandades, e o que o Dirigente exigir deverá ser obedecido. Mas essa obediência não será compulsória e sim voluntária, pois cada discípulo perceberá a necessidade e prestará obediência em função do reconhecimento espiritual. Como foi dito acima, essas diferentes escolas ocultistas serão praticamente escolas de raios e terão, como docentes, instrutores de algum raio ou do seu raio complementar, com discípulos do mesmo raio ou de raio complementar. Por exemplo, se for uma escola do segundo raio - tal como a da Irlanda está destinada a ser - instrutores e discípulos do segundo, quarto e sexto raios serão nela encontrados. Pelo menos um instrutor do quinto raio será encontrado em cada escola de ocultismo. Se for uma escola do primeiro raio, o corpo docente e os discípulos serão do primeiro, terceiro e sétimo raios, com, novamente, um instrutor do quinto raio entre os demais.

Sob o Dirigente Iniciado, estarão dois outros instrutores que serão discípulos aceitos, e todos os discípulos sob eles deverão ter passado pela escola preparatória e sido graduados nos graus inferiores. Provavelmente, esses três comporão todo o corpo docente, pois seus discípulos serão relativamente poucos em número e o trabalho dos instrutores será mais de supervisão do que didático, uma vez que o ocultista é sempre esotericamente autodidata.

Muito do trabalho feito por esses três será nos planos internos, e eles trabalharão mais na reclusão de seus próprios aposentos do que mesmo na sala de aula com os estudantes: Presume-se que os discípulos estejam prontos para trabalhar por si mesmos e a encontrar sozinhos o caminho para o portal da iniciação. O trabalho dos instrutores será de aconselhamento e eles estarão à disposição para responder perguntas e superintender trabalho inicial pelo próprio discípulo, e não imposto pelo instrutor. Estimular a vibração, alinhar os corpos, superintender o trabalho nos planos internos, e a interpenetração da força com a proteção contra o perigo, através de métodos ocultistas, será, em parte, o trabalho dos Instrutores, acrescido da supervisão da meditação correta e perseverante. De tempos em tempos, eles levarão os discípulos ao Mestre e aconselharão quanto à sua promoção aos diferentes graus do discipulado; informarão periodicamente sobre a qualidade de sua vida de serviço e os auxiliarão a construir o seu veículo búdico, que deve estar em condição embrionária quando a primeira iniciação for recebida. Os instrutores, da mesma maneira, superintendem a colocação em prática das teorias concernentes à outra evolução, a evolução dévica, formuladas nas escolas preparatórias; observam como o discípulo manipula a matéria e demonstra as leis da construção; eles o protegem, quanto possível, no seu contato com as evoluções sub e super-humanas, e o ensinam a manejar a lei e a transcender o carma. Capacitam-no, através de suas instruções, a recobrar o conhecimento das vidas passadas e a ler os registros akásicos, mas, como vereis, o discípulo é aquele que, na escola, inicia e faz o trabalho, supervisionado e vigiado pelos instrutores, e seu progresso e a extensão de sua permanência na escola dependem do seu próprio esforço e de seus poderes iniciais.

As regras para admissão na escola preparatória serão, de certa maneira, como se segue, mas apenas indico probabilidades e não fatos determinados e imutáveis:

1 - O discípulo deve estar livre de carma compulsório e ser capaz de levar avante o curso, sem negligenciar seus outros deveres e seus vínculos familiares.

2 - Não haverá taxas ou valores cobrados, nem transação monetária. O discípulo deverá ser, até certo ponto, independente e capaz de ganhar a vida, enquanto frequentar a escola. As escolas, em suas duas divisões, serão mantidas por contribuição voluntária de pessoas e pela compreensão das leis de oferta e procura, ocultamente interpretadas.

3 - O discípulo deve ser capaz de nivelar-se com os padrões educacionais médios de seu tempo e de sua geração, e precisa mostrar tendência para alguma linha de pensamento.

4 - Deve ser reconhecido, através de clarividência, que ele tem um certo grau de coordenação e alinhamento, e o corpo causal deve ter certa qualidade antes de ser ele admitido. Instrutores de ocultismo não perdem tempo com os que não estão prontos. Somente quando a luz interior brilha, somente quando o corpo causal apresenta certa capacidade, poderá o discípulo aproveitar-se do currículo. Assim, com o Dirigente da escola estará o veredito final quanto à possibilidade do discípulo entrar ou não. Essa palavra será final, e será dada após a devida inspeção do discípulo pelo Dirigente da escola, através de visão clarividente e causal, e após consulta ao próprio Mestre do indivíduo.

5 - Deverá ter demonstrado, num período anterior de serviço, sua capacidade de trabalhar em formação grupal e da pensar em termos dos demais.

6 - Suas encarnações passadas deverão ser, de certa maneira, consultadas, e as indicações obtidas pela sua avaliação guiarão o Dirigente em sua decisão final.

7 - O discípulo deve ter mais de vinte e um e menos de quarenta e dois anos.

8 - Seu corpo etérico precisa estar em boa condição e ser um bom transmissor de prana, e não deve haver nenhuma doença física ou deformidade física embaraçosa.

Essas são as regras fundamentais que, no presente, é possível dar. Haverá outras, e o problema de seleção poderá apresentar dificuldades.

As regras para admissão na escola adiantada são muito mais esotéricas e em menor número. Os discípulos serão escolhidos dentre os da escola preparatória, depois de terem passado pelos cursos avançados. Mas a seleção não dependerá do desenvolvimento mental nem da assimilação do conhecimento concreto, mas da percepção interior e do conhecimento ocultista do discípulo; da qualidade do tom de sua vida, como ressoa no mundo interior; do brilho da luz do morador interno; e do seu poder no serviço.

Isto basta por hoje; amanhã, trataremos da divisão final deste terceiro ponto - a construção da escola.

17 de outubro de 1920.

Pouco pode ser dito ao tratarmos, hoje, do assunto das construções dos dois tipos de escolas ocultistas, e somente um esquema geral pode ser dado. As condições climáticas e o tamanho desejado das escolas variarão grandemente, e a planta resultante variará igualmente...

As construções para a escola preparatória não diferirão muito das de um colégio comum no mundo exotérico. Uma única regra será imposta - cada estudante precisará ter, por necessidade, sua própria acomodação. O tipo de construção não importa, desde que essas condições sejam preenchidas. Cada acomodação precisa ser incomunicável, exceto com o corredor central, e deve ter três divisões, necessariamente pequenas, porém distintas. Uma divisão será destinada à vida e ao estudo do estudante; outra, ao banho; e a terceira será o lugar de meditação, contendo as gravuras "dos Grandes Seres, devidamente cobertas. Esta terceira divisão será mantida com o único propósito de meditação e conterá pouco, salvo o tapete onde o estudante se sentará, um divã onde repousará seu veículo físico durante certos exercícios estabelecidos, e um banquinho em frente às gravuras do Mestre, no qual será encontrado o recipiente para o incenso e um vaso para tributos florais.

Os instrutores residentes morarão com os estudantes, as mulheres tomando conta das estudantes e os homens residindo com os estudantes. O Dirigente da escola residirá sozinho numa casa separada que contará - além dos cômodos, nos quais viverá sua vida particular - com uma sala de recepção de pequenas proporções para seu trabalho com as pessoas, individualmente, e um cômodo maior para reuniões conjuntas, além de um santuário para a reunião de todo o corpo de discípulos.

As construções para escolas adiantadas, mesmo não nos dizendo respeito de perto, estabelecem, em sua construção, muito do significado oculto para os que têm olhos de ver. A característica principal na escola ocultista adiantada será o templo central, de forma circular, propiciando a cada um dos discípulos (e lembrando-se que não serão muito numerosos), um santuário particular, onde se entrará pela parte posterior, por uma porta cerrada, e tendo uma cortina entre ele e o grande santuário central, onde as reuniões grupais terão lugar.

Este grande santuário central terá um piso onde será traçado o triângulo, e dentro do triângulo sentar-se-á o grupo. Nos três espaços fora do triângulo, haverá mesas onde serão encontrados vários símbolos e alguns dos livros fundamentais sobre símbolos e diversos grandes pergaminhos onde os símbolos cósmicos estarão representados.

A cor deste santuário dependerá do raio que ele representar.

As cortinas que o separam serão também da cor do raio, e cada cortina de santuário particular levará o signo do nascimento do discípulo - seu signo, seu signo ascendente e seus planetas dirigentes. Estas cortinas serão propriedade do discípulo, bem como o tapete no interior do santuário, que levará o símbolo de seus raios, o egoico e o da personalidade.

Na parede da grande passagem circular, serão encontrados os signos do zodíaco, as quatro entradas representando os quatro Maharajas.

Um muro quadrado circundará o conjunto, encerrando um jardim que estará aos cuidados dos próprios discípulos. Haverá apenas uma entrada nesse muro, pelo lado norte. Extramuros, haverá pequenas construções para alojar não mais do que três discípulos, e uma casa onde residirão os três instrutores. O Dirigente Iniciado terá, da mesma maneira, sua residência particular diferenciada por uma torre abobadada, de um lado. Esta torre abobadada serve para duas finalidades: é o lugar para instrução astronômica e astrológica, e terá os mais recentes instrumentos da ciência para o estudo dos planetas e da vida microcósmica, e servirá também como um abrigo seguro para alguns discípulos que puderem, conscientemente, deixar seus corpos físicos e trabalhar alhures no plano físico.

Isto é tudo o que posso dar, por enquanto. Gravai, observai e aguardai a hora em que o ideal se materializará.

29 de outubro de 1920.

Nosso quarto ponto será hoje considerado e, em sua discussão, dar-vos-eí algo concernente à escola ocultista preparatória, embora pouco relativamente à adiantada. Este quarto ponto diz respeito aos graus e às classes.

4 - Os Graus e as Classes

Havíamos tocado, numa carta anterior, no currículo das escolas preparatórias, e vimos que aquele currículo trata bastante do desenvolvimento da mente inferior, da colocação dos alicerces sobre os quais deverá edificar-se o trabalho posterior, e da formulação do estudo e da memorização das teorias e das leis ocultistas em que o verdadeiro ocultista baseará, mais tarde, seu trabalho prático. Vimos também que muito do que era ensinado estava necessária e estreitamente relacionado ao ensino exotérico do mundo, e requeria que a escola estivesse em contato direto com os centros de pensamento moderno. Hoje, procuro destacar certas coisas que serão vistas no plano do trabalho do estudante e mostrar o método pelo qual ele é gradualmente conduzido, até estar apto a ingressar na escola mais adiantada. Dividiremos nosso assunto, como de costume, em três títulos:

a) Os períodos de estudo.
b) Os tipos de trabalho,
c) A transformação da faculdade potencial em poderes ativos, através da prática.

a) Os períodos de estudo.

Todo o trabalho da escola estará baseado no conhecimento ocultista dos períodos e das estações, e duas coisas serão cuidadosamente seguidas: 1 - O ano escolar será dividido em duas metades: a primeira, na qual os discípulos estarão, ativamente, recebendo conhecimento - período esse, em que o sol se move para o norte e corresponde à primeira metade do ano; e uma segunda, separada da anterior por um intervalo de seis semanas - em que assimilarão e porão em prática o que lhes foi revelado anteriormente. Durante os primeiros meses do ano, eles enfrentarão um drástico sistema de aprendizado, de assimilação, de rígido estudo, de acumulação de fatos e de conhecimento concreto. Assistirão palestras, trabalharão com vigor no entendimento de muitos livros, estudarão no laboratório e, com o auxílio do microscópio e do telescópio, ampliarão seu raio de visão e estabelecerão, no seu corpo mental, um vasto armazenamento de informações científicas.

Durante as seis semanas de férias, eles serão aconselhados a descansarem completamente de todo esforço mental, exceto daquele associado com a prática da meditação ocultista revelada. Eles seguem, mentalmente, o ciclo e entram, temporariamente, em pralaya. Ao fim de seis semanas, eles retornarão ao trabalho, tendo em vista sistematizar a massa de informações, aperfeiçoar sua compreensão dos fatos estudados anteriormente, praticar aquela parte admissível, do saber ocultista, com o objetivo de se tornarem competentes e descobrirem seus pontos fracos. Durante o "período escuro" do ano eles terão escrito os temas e ensaios, os livros e panfletos que expressarão o produto da informação assimilada. O melhor desses livros será publicado anualmente pelo colégio, para uso do público. Dessa maneira, eles servem a seu tempo e sua geração, e educam a raça no conhecimento superior. 2 - Exatamente da mesma maneira, seus estudos mensais serão organizados de tal modo que a parte mais difícil (lidar com a mente superior) seja empreendida durante a parte do mês que é chamada a metade brilhante, enquanto que o trabalho da metade escura será mais dedicado às coisas concernentes à mente inferior e ao esforço para manter o ganho das semanas anteriores. Cada dia será, também, dividido em períodos estabelecidos, as primeiras horas sendo aquelas nas quais serão dadas as informações mais abstratas e ocultistas, e as últimas dedicadas ao tipo de trabalho mais prático.

A base de todo crescimento ocultista é a meditação, ou aqueles períodos de gestação silenciosa na qual a alma cresce em silêncio. Por isso, durante o dia haverá na escola, para cada discípulo, três períodos de meditação - ao amanhecer, ao meio-dia e ao entardecer. Durante a parte inicial da permanência do discípulo na escola, esses períodos serão de trinta minutos cada. Mais tarde, ele dedicará uma hora à prática da meditação ocultista, três vezes ao dia e no seu último ano, espera-se que dedique cinco horas do dia à meditação. Quando ele puder fazer isso e obtiver resultados, estará apto para prosseguir na escola superior. É o grande teste e a marca da prontidão.

As horas da escola começarão com o nascer do Sol e terminarão com o pôr do Sol. Depois que o Sol se ponha, e por uma hora após cada um dos outros dois períodos de meditação, permitir-se-á ao aluno descansar, fazer suas refeições e recrear-se. Todos os discípulos serão solicitados a se retirarem para descansar, às dez horas, depois de trinta minutos de revisão cuidadosa do trabalho do dia e o preenchimento de certos gráficos, que irão completar seu histórico.

A duração da permanência de um discípulo na escola dependerá inteiramente do progresso feito, dos poderes internos de assimilação e da vida externa de serviço. Dependerá, portanto, do ponto da evolução em que entre na escola. Os recém-chegados ao Caminho Probacionário permanecerão lá, cinco a sete anos e, por vezes, até mais; os que forem discípulos antigos e os que tiverem recebido iniciação em existências anteriores, permanecerão lá por apenas um breve período, acelerando o currículo e simplesmente aprendendo a pôr em prática o conhecimento adquirido anteriormente. O período de sua permanência será de um a cinco anos, geralmente cerca de três anos. Seu conhecimento inato será desenvolvido através do encorajamento para ensinarem aos irmãos mais jovens. Um discípulo sai da escola, não como resultado de um exame exotérico, mas simplesmente, pela notificação do Dirigente da Escola, que baseia sua decisão nos resultados esotéricos nos corpos do discípulo, na claridade de suas cores áuricas, e no tom de sua vida, e na chave de sua vibração.

b) Tipos de trabalho.

Primeiramente e acima de tudo, a prática da meditação tal como proposta nestas cartas e como poderá ser compartilhada pelo Dirigente da escola. Uma ou duas vezes ao ano, o Dirigente iniciado da escola à qual a escola preparatória está ligada, passará os discípulos em revista e, de comum acordo com o Dirigente da escola, determinará a meditação específica ajustada a necessidade do discípulo. Uma vez ao ano, o Mestre responsável por ambas as escolas passa-Ias-á igualmente em revista e comunicará ao Dirigente alguma modificação necessária (lembrar-vos-ei, aqui, que o relacionamento de um Mestre com um discípulo é algo particular e, mesmo que Ele possa estar, particularmente, em contato constante com Seu discípulo, isso não altera Sua revisão oficial das auras unidas do grupo na escola).

Em segundo lugar, um estudo científico gradual do microcosmo, incluindo os seguintes assuntos, usando o microscópio quando necessário:

O Microcosmo

a) Anatomia elementar, fisiologia, biologia.
b) Etnologia.
c) Estudo do corpo etérico e seus assuntos correlatos de vitalidade e magnetismo.
d) Estudo da geologia; do reino vegetal ou botânica; e do reino animal.
e) Estudo da história do homem e do desenvolvimento da ciência.
f) f) Estudo das leis do corpo microcósmico.

O Macrocosmo

a) Estudo das leis da eletricidade, de fohat, do prana, e da luz astral.
b) Estudo da astronomia e da astrologia.
c) Estudo da cosmogonia ocultista.
d) Estudo da hierarquia humana.
e) Estudo da evolução dévica.
f) Estudo das leis do sistema solar.
g) Estudo da telepatia, da criação mental, da psicometria.

A Mente

a) O estudo do plano mental.
b) O estudo das leis do fogo.
c) O estudo do corpo causal.
d) O estudo do quinto princípio.
e) O estudo da cor e do som.

Síntese

a) O estudo do espírito-matéria-mente.
b) Estudo dos números e da simbologia.
c) Estudo da matemática superior.
d) Estudo das leis da união.
e) Estudo das leis do sexo.

Desenvolvimento psíquico

a) Estudo do ocultismo prático.
b) Estudo do psiquismo.
c) Estudo da luz astral e dos registros akásicos.
d) Estudo da mediunidade e da inspiração.
e) Estudo das vidas passadas.
f) Estudo dos centros macrocósmico e microcósmico.

Trabalho prático

a) Serviço à raça.
b) Estudo do trabalho grupal.
c) Trabalho de revisão.
d) Trabalho nos corpos mais sutis, com a finalidade de obter-se continuidade de consciência.
e) Estudo da magia.
f) Estudo do sétimo raio.

Vereis, por vós mesmos, que, quando o discípulo tiver completado o currículo acima, ele será um mago em potencial e será um membro em embrião da Fraternidade da Luz. Estará preparado e pronto para ingressar na escola adiantada, onde será treinado no uso do conhecimento já adquirido; onde seus centros serão cientificamente desenvolvidos de maneira que ele se torne um psíquico consciente, do tipo mental; onde será treinado para constatar e controlar as evoluções menores e cooperar com as outras evoluções, tais como a dévica, e onde todos os seus corpos serão de tal maneira alinhados e ajustados que, ao fim de um período - variando de dois a três anos - ele estará pronto para se apresentar ante o Iniciador.

c) Potencialidades tornando-se poderes.

Este terceiro tipo de trabalho é baseado no currículo precedente e trata, diretamente, do desenvolvimento individual. Cobre os seguintes tópicos:

a) O alinhamento dos corpos com vistas ao contato egoico.
b) A construção do antahkarana e o desenvolvimento da mente superior.
c) O desenvolvimento da intuição e o definido despertar espiritual do discípulo.
d) O estudo da vibração, do raio, da cor e do tom do discípulo
e) O refinamento consciente de todos os corpos, começando pelo físico.

Quando esses assuntos tiverem sido corretamente estudados e todo o conhecimento adquirido tiver sido posto em prática, os poderes inerentes da alma tornar-se-ão poderes conscientes. Acima de tudo, a ênfase será posta no fato de ser o mago branco aquele que utiliza todo o poder e conhecimento a serviço da raça. Seu desenvolvimento interior precisa ser expresso em termos de serviço, antes de lhe ser permitido Ingressar na escola adiantada.

Indiquei o bastante para prover assunto suficiente para interessada especulação.

Início