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Quatorze Regras para Iniciação Grupal


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Parte Um
Quatorze Regras para Iniciação Grupal

REGRA TREZE - O Mistério Oculto

Vamos agora descer para pensamentos mais práticos e dentro do escopo da compreensão, e considerar em detalhe a décima terceira regra, que diz o seguinte:

Regra XIII.

Que o grupo se prepare para revelar o mistério oculto. Que o grupo demonstre o significado mais elevado das lições aprendidas, as quais são quatro e ainda assim apenas uma. Que o grupo entenda a Lei de Síntese, de unidade e de fusão; que o tríplice modo de trabalhar com aquilo que è dinâmico leve o grupo todo na direção dos Três Superiores onde a Vontade de Deus governa; que a Transfiguração siga a Transformação, e possa a Transmutação desaparecer. Que o O. M. seja ouvido bem no centro do grupo, proclamando que Deus é Tudo. 

A chave para o significado e pista para o segredo desta regra encontram-se na regra preparatória dada aos solicitantes no livro anterior Iniciação Humana e Solar. Ela está incluída aqui para que possam recorrer a ela à medida que estudem a regra superior correspondente dada aos iniciados e discípulos avançados.

Regra XIII. Para Solicitantes. Quatro coisas precisa o discípulo aprender e compreender antes que possa ser-lhe mostrado o mistério mais íntimo; primeiro, as leis daquilo que irradia; os cinco significados da magnetização compõem a segunda; a terceira é a transmutação ou o segredo perdido da alquimia; por último, a primeira letra da Palavra que foi transmitida, ou o nome egoico oculto.

Nesta regra, diz-se ao discípulo que antes que ele possa avançar para os mistérios que lhe serão revelados sequencialmente à medida que ele se adianta no Caminho da Iniciação, há quatro coisas que ele precisa aprender e compreender. São elas:

1.As leis daquilo que irradia. Chamo a atenção para o fato de que isto não se refere às leis da irradiação. Aquilo que irradia está sob suas próprias leis, que são diferentes daqueles que produzem a irradiação. Os estudantes precisam ler com crescente cuidado à medida que avançam no caminho oculto que conduz ao Caminho da Evolução Superior.

2. Ele precisa estudar os cinco significados da magnetização. Isto refere-se aos cinco modos em que a Lei de Magnetização trabalha; este é um outro nome para a Lei de Atração.

3. Ele precisa compreender o que é transmutação e em que consiste a arte secreta (agora perdida juntamente com a Palavra Perdida) da Alquimia. Esotericamente falando, transmutação é o modo pelo qual a força é transmutada em energia. Isto significa, no que diz respeito ao discípulo, a transmutação ou mudança ou um passo acima da força da personalidade para energia egoica.

4. Ele precisa conhecer o "nome egoico oculto" ou a primeira letra da Palavra comunicada. Duas coisas devemos observar aqui. A Palavra aqui não se refere à Palavra Sagrada, mas sim ao nome do Logos Planetário, o nome oculto de Sanat Kumara, Que é a alma do mundo em todas as suas fases, o Ego em manifestação do Logos no plano mental cósmico. Somente é permitida a expressão da primeira letra daquele “inefável nome” aos iniciados na quarta iniciação. Vocês podem ver, pois, a vastidão do campo que esta Regra XIII cobre.

As correspondências superiores desses quatro requisitos estão expressas nos seguintes termos:

1. Que o grupo compreenda a Lei da Síntese. (Esta é a lei que governa o pensamento daquelas grandes Vidas Que formam o Conselho de Sanat Kumara em Shamballa).

2. Que o tríplice modo de trabalhar com aquilo que é dinâmico leve todo o grupo em direção aos Três Superiores onde a Vontade de Deus comanda.

3. Que a Transfiguração siga a Transformação e possa a Transmutação desaparecer.

4. Que o O. M. seja ouvido bem no centro do grupo, proclamando que Deus é Tudo.

Vocês podem deduzir do que foi exposto acima a imensidão do campo da verdade esotérica coberto aqui e quão abstruso é o tema para o comum dos estudantes. Novamente quero lembrar que o real significado será percebido apenas pelo iniciado treinado e que o que digo aqui está necessariamente velado e mesmo sem significado para o não-iniciado, embora seja radiantemente claro para aqueles que realmente sabem. Quero lembrar mais uma vez que estou escrevendo esta particular seção de Um Tratado sobre os Sete Raios inteiramente para iniciados, e que aspirantes que ainda não fizeram a iniciação não podem compreender ou apreciar devidamente o significado interno destas quatorze regras.

Não vai aqui qualquer razão para desencorajamento, ou qualquer sugestão que aqueles com consciência iniciática devam tentar explicar mesmo se desejassem fazê-lo por compaixão ou pelo desejo de estimular a abordagem aos mistérios. Um verdadeiro iniciado não se sentiria tentado a isso, pois ele compreenderia que isso seria não apenas impossível mas também porque há a necessidade vital de que o discípulo alcance os significados por meio de sua própria experiência de vida e chegue à compreensão por meio da experiência direta. Então não surgirá qualquer questionamento e o conhecimento seguro toma seu lugar. Não há questões de qualquer espécie na consciência daqueles que formam a Hierarquia. A analítica mente concreta inferior que questiona e separa isto daquilo já foi completamente controlada e ultrapassada; toma lugar a resposta à atividade grupal indicada. Os estudantes precisam compreender mais concretamente que a consciência grupal, a percepção universal e, portanto, o esforço sintético, a compreensão sintética e atividade sintética são possíveis para um Mestre ou um iniciado de graus superiores. Isso envolve a nota-chave deste sistema solar, particularmente dentro deste planeta, a Terra; isto será seguido, no próximo sistema solar, por um tipo de atividade de vida que, por enquanto, só é conhecido em Shamballa.

Aqui, gostaria de fazer uma pequena pausa e interpolar alguns comentários.

Há certas fases de ensino e conhecimento que tenho dado ao mundo que são relativamente novas - novas para o esoterista moderno e o estudante ocultista, embora não para discípulos e iniciados. Seria útil aqui se eu mencionasse um ou dois desses novos aspectos da Verdade fundamental que têm sido dados por mim ao público. Se estas novas fases do ensinamento foram depois dadas a público por outros grupos ocultistas, terá sido porque a informação foi obtida por aqueles que leram os livros que A. A. B. publicou para mim ou aqueles que estão direta e conscientemente em contato com meu Ashram.

Um exemplo disto é o livro de C. W. Leadbeater, “Os Mestres e o Caminho”, que foi publicado depois do meu livro “Iniciação Humana e Solar”. Se as datas de publicação forem comparadas, ver-se-á que este é anterior àquele. Digo isto sem o menor interesse em qualquer controvérsia entre grupos ocultistas ou entre o público interessado, mas como simples declaração de um fato e como uma proteção para este particular trabalho da Hierarquia. Quero lembrar-lhes que as instruções dadas por mim, como por exemplo, as que se encontram em Um Tratado sobre Magia Branca e Um Tratado sobre os Sete Raios, foram dadas sequencialmente ao longo de um período de anos anteriores à publicação dos livros. O mesmo fator tempo prevaleceu na publicação dos primeiros livros - todos eles foram escritos durante um longo período de anos antes de serem publicados. Tudo que aparece do mesmo tipo de informação sob outras assinaturas remonta a esses livros. Mesmo que isso seja negado pelos seus escritores, uma comparação das datas de publicação com as datas originais do aparecimento das instruções, na forma de bateria de textos mensalmente oferecidos para leitura e estudo na Escola Arcana, ou com os livros publicados antes da formação, em 1925, do Grau de Discípulos da Escola Arcana, provará isto conclusivamente. Tenham em mente este fator das datas. A. A. B. escreve à máquina, em espaço simples, uma média de sete a doze páginas daquilo que eu lhe dito; mas, devido às exigências do meu trabalho, não posso ditar todos os dias, embora saiba que ela alegremente tomaria meu ditado diariamente se eu assim o desejasse; passam-se semanas, às vezes, entre um ditado e outro. Escrevo estes parágrafos para a proteção do trabalho hierárquico nos anos vindouros e para a proteção de A. A. B. e minha....

Quais são algumas destas mais novas verdades pelas quais sou responsável como agente transmissor para o mundo dos estudantes ocultistas? Vou brevemente mencioná-las pela ordem de sua relativa importância: 

1. O ensinamento sobre Shamballa. Pouca coisa fora antes dada sobre este assunto. Apenas o nome era conhecido. Este ensinamento inclui:

a. Informação quanto à natureza do aspecto vontade.
b. Indicações quanto aos propósitos subjacentes de Sanat Kumara.
c. Instruções quanto à construção do antahkarana, que é o primeiro passo para alcançar a consciência monádica, e pois o primeiro passo para a Caminho da Evolução Superior.

2. O Ensinamento sobre o Novo Discipulado. Isto foi revolucionário no que concerne às antigas escolas de ocultismo. O ensinamento inclui:

a. A apresentação da nova atitude dos Mestres em relação aos Seus discípulos, devido ao rápido desdobramento do princípio da mente e o crescimento do princípio do “livre arbítrio”. Esta nova técnica nega as velhas atitudes, como as que são apresentadas na literatura teosófica, e foi um reconhecimento das dificuldades em corrigir a errônea impressão dada que levou H. P. B. em um de seus comunicados à Seção Esotérica de sua época, a lamentar jamais ter mencionado Seus nomes. Aquela anterior apresentação foi útil, mas já serviu ao seu propósito. A menos que as escolas baseadas nos velhos métodos mudem suas técnicas e sua abordagem à verdade, elas desaparecerão.

b. Informação quanto à constituição da Hierarquia e dos vários Ashrams que a compõem. Eu apresentei a Hierarquia como o Ashram de Sanat Kumara em sua forma sétupla, ligando assim a vontade e o amor.

c. Uma apresentação de um novo tipo de meditação, com ênfase sobre a visualização e o uso da imaginação criativa. Apresentei um sistema de meditação que eliminou a atenção até então dada aos problemas pessoais e o intenso foco anterior sobre a relação do discípulo e o Mestre. A nota-chave da fusão grupal e do serviço caracteriza a nova forma de meditação, e não esta poderosa ênfase sobre a relação pessoal do discípulo e Mestre e a conquista do aspirante individual. Isto degenerou em uma forma de egoísmo espiritual e separatividade. 

3. O Ensinamento sobre os Sete Raios. O fato dos sete raios era bem conhecido pelos chefes da Sociedade Teosófica, foi mencionado muito abstrata e vagamente na Doutrina Secreta, e formou numa forma elementar algum do ensinamento dado na Seção Esotérica; os nomes dos raios foram dados, e alguma informação quanto às suas qualidades e os Mestres sob esses raios e pouco mais foi discutido. Dei muita informação sobre este assunto e empenhei-me em mostrar a importância deste ensinamento a partir do ângulo psicológico, porque a nova psicologia, está sendo criada. Se o ensinamento esotérico está destinado a ser público em sua apresentação, ele será dado segundo as linhas da psicologia porque o ensinamento esotérico em seu mais pleno e profundo sentido diz respeito ao aspecto consciência do homem e Deus.

4. O Ensinamento sobre a Nova Astrologia. Também este ensinamento foi dado a umas poucas centenas de estudantes antes de sua publicação em livro. Esta nova astrologia foi até agora ignorada por aqueles astrólogos que a leram e pouca importância veem nela, com exceção de quatro astrólogos que a apreciaram intensamente, mas que gostariam que eu fosse mais explícito. Caso o astrólogo de mente aberta pudesse compreender, ele veria que eu dei o suficiente para estabelecer a vindoura astrologia numa base firme; a exatidão do que eu dei será compreendida com o correr do tempo quando os astrólogos que estão lidando com o horóscopo de pessoas adiantadas e discípulos usarão os planetas esotéricos como indicados por mim, e não os planetas ortodoxos comumente usados. A correção de suas deduções dependerá forçosamente de seu próprio ponto de desenvolvimento e também de sua habilidade em reconhecer uma pessoa avançada, um discípulo ou um iniciado quando o encontrarem e fizerem seu horóscopo. Se eles próprios forem discípulos avançados poderão ter a tendência de estabelecer um padrão rígido demais para aqueles que os procuram, e assim deixar de reconhecer um discípulo; se não forem avançados, poderão ver como avançadas, pessoas que estão longe de ser sequer verdadeiros aspirantes. Em ambos os casos faltará precisão ao horóscopo. Não adianta usar os planetas esotéricos em relação ao homem comum.

5. Informação sobre o Novo Grupo de Servidores do Mundo e seu trabalho. Esta informação inclui:

a. O reconhecimento deste grupo como intermediário entre a Hierarquia e a Humanidade.

b. A natureza de seu trabalho à medida que ele influencia a alma humana e à medida que procura, por meio da instrumentalidade de homens e mulheres de boa vontade, determinar o período em que nós vivemos.

c. O trabalho dos Triângulos que inclui duas fases de seu trabalho, isto é, a formação da rede de luz como o canal de comunicação entre a Hierarquia e a Humanidade, e a formação simultaneamente da rede de boa vontade, que é a expressão objetiva da influência subjetiva da luz. Reflitam sobre esta afirmativa.

6. A tentativa para formar um ramo esotérico dos Ashrams internos. Eu fiz isto com um grupo especial de aspirantes e discípulos aceitos cujas instruções, emanadas de meu Ashram foram reunidas no livro Discipulado da Nova Era (Vol. I e II).

7. Ensinamento sobre a nova religião mundial, com sua ênfase sobre os três grandes períodos da Lua Cheia (Áries, Touro e Gêmeos que caem usualmente em abril, maio e junho respectivamente) e as nove, e ocasionalmente dez Luas Cheias menores de cada ano. Isto leva ao estabelecimento de uma consequente relação entre o trabalho do Cristo e do Buda nas mentes das pessoas inclinadas à espiritualidade em toda parte, resultando num grande aumento da aspiração humana. Este é um trabalho ainda em embrião, mas que devia receber crescente atenção. Eventualmente ele se mostrará como a principal unidade de ligação entre o Oriente e o Ocidente, principalmente se Shri Krishna for mostrado como uma encarnação anterior do Senhor do Amor, o Cristo. Desse modo, três grandes religiões mundiais - a cristã, a hinduísta e a budista - ficarão intimamente relacionadas, enquanto se verá que a fé maometana está ligada à fé cristã porque ela incorpora o trabalho do Mestre Jesus à medida que Ele se debruça sobre um de Seus discípulos mais velhos, um iniciado muito avançado, Maomé.

Um cuidadoso estudo do que está dito acima indicará as linhas ao longo das quais eu gostaria de ver o mundo expandir-se nos anos futuros. Eu pediria um cuidadoso estudo destas palavras pois considero isto uma instrução importante que deveria ser considerada como o arcabouço do trabalho que desejo ver realizado. Isto envolverá uma intensificação do trabalho da seção avançada na Escola Arcana, uma ênfase maior sobre os encontros da Lua Cheia, uma cuidadosa organização do trabalho dos Triângulos e do trabalho da Boa Vontade como um esforço adicional para ajudar o trabalho do Novo Grupo de Servidores do Mundo, acrescido de uma tentativa para reconhecer os membros do Novo Grupo sempre e onde sejam eles contatados. Esta não será de modo algum uma tarefa simples, meus irmãos, se vocês procurarem apenas aqueles que pensam e trabalham como vocês, ou que reconhecem a Hierarquia do mesmo modo que vocês a reconhecem, ou se vocês excluírem aqueles que trabalham em relação à religião e outros campos de um modo diferente do seu.

Não se esqueçam, como um exemplo disto, que o grande Movimento Trabalhista no mundo foi iniciado por um dos Mestres e está sendo nesta época implementado pelo Seu Ashram.

Chegamos agora a uma detalhada análise da Regra XIII. Nas páginas precedentes apresentei-lhes certos princípios e delineei um novo aspecto do trabalho que me propus realizar para a humanidade - sob instrução da Hierarquia. O ensinamento dado ali é muito abstruso; de pouca valia será ele para a maioria dos aspirantes, porém, uma ideia geral poderá tomar forma e oferecer os fundamentos para posterior ensinamento. Gostaria que se lembrassem que o ensinamento que eu tenho dado tem sido de natureza intermediária, assim como o ensinamento dado por H. P. B, sob minha instrução, foi preparatório. O ensinamento planejado pela Hierarquia para preceder e condicionar a Nova Era, a Era de Aquário, divide-se em três categorias:

1. Preparatório, dado entre 1875 e 1890... escrito por H. P. B.

2. Intermediário, dado entre 1919 e 1949... escrito por A. A. B.

3. Revelador, emergindo depois de 1975... para ser dado em escala mundial pelo rádio.

No início do próximo século, aparecerá um iniciado que levará adiante este ensinamento que será sob a mesma “impressão”, pois minha tarefa não está ainda completa e esta série de tratados que serve de ponte entre o conhecimento materialista do homem e a ciência dos iniciados tem ainda uma fase a ser percorrida. O restante deste século XX, como lhes disse em O Destino das Nações, pág. 106, precisa ser dedicado à construção do santuário do viver humano, à reconstrução da forma da vida da humanidade, à reconstituição da nova civilização sobre os fundamentos da velha, e à reorganização das estruturas do pensamento e da política mundial, além da redistribuição dos recursos do mundo em conformidade com o propósito divino. Então, e somente então, será possível levar adiante a revelação.

É tendo em mente a sequência acima indicada que eu chego à análise das frases na Regra XIII, começando com a primeira:

1. Que o grupo fique pronto para revelar o mistério oculto

A prontidão aqui referida não tem nada a ver com o preparo pessoal ou com a unidade grupal que tão frequentemente tenho enfatizado. Não se refere à pureza individual ou consagração ou ao desenvolvimento mental ou aos relacionamentos grupais, quando se desenvolvem com harmonia e compreensão. Estou considerando algo muito diferente de todos esses fatos que são considerados como automática e necessariamente presentes. Refiro-me àquilo que é o resultado de todos eles, assim como eles, por sua vez, são o resultado do contato com a alma. Refiro-me a efeitos elaborados no grupo devido à natureza presente e factual do controle monádico que está tendo lugar cada vez mais.

O que isto significa? Significa o fato de que os membros do grupo estão cada um e todos eles no Caminho da Iniciação em qualquer uma de suas etapas e que o grupo como um todo está no processo de fazer a iniciação, pois a iniciação é um processo nesta etapa, e não um acontecimento. Significa que o antahkarana grupal está construído e está sendo usado conscientemente, e que portanto o propósito divino está sendo sentido (ainda que levemente) e que o Plano está sendo obedecido e executado. Significa também que os três fios da “ponte do arco-íris estão agora tão fortes e tão firmemente ancorados que eles não fazem a conexão entre os dois aspectos do equipamento mental, a mente inferior e superior, mas que também já atravessaram os três níveis da consciência da tríade. Significa também que estes três fios estão firmemente ancorados naquilo que nós simbolicamente chamamos a Câmara do Conselho em Shamballa.

Esta Câmara do Conselho não é uma localização ou lugar, mas sim um estado de consciência dentro dessa Vida que a tudo abarca. Estes três pontos de ancoragem dentro da esfera da Consciência planetária, ou se preferirem, no cérebro planetário (embora lembrando que estamos falando e pensando em termos de símbolos) encontram sua fraca correspondência nos três pontos de sensibilidade na cabeça de um discípulo ou iniciado, isto é, na região da glândula pineal, no corpo pituitário e no gânglio carotídeo. Estes, como sabem encontram-se dentro das áreas a que damos os nomes de centro da cabeça, centro ajna e centro alta maior. Estas correspondências são bem reais, embora funcionando numa escala diminuta. O iniciado atinge seu desejado “aperfeiçoamento" quando a tríade em sua cabeça está relacionada, e o amor, vontade e inteligência estão funcionando numa síntese. Temos aqui a relação com a Tríade espiritual e os três pontos na Câmara do Conselho que são presididos pelos três Budas de Atividade, e dentro de Cujas exaltadas consciências os três fios do antahkarana se encontram e se tornam ativos num modo incompreensível para vocês. Forçosamente, este grande antahkarana só é construído corretamente por aqueles cujos antahkaranas individuais estão igualmente em processo de construção.

Vejam vocês, portanto, a necessidade de eventualmente se organizar um grupo no mundo que seja de tal forma constituído e tão cuidadosamente escolhido e interiormente relacionado que todos os seus membros sejam iniciados, todos tenham criado sua própria “ponte de arco-íris” com compreensão e precisão, e que possam trabalhar com tão completa unidade que o antahkarana grupal se torne um canal desimpedido de comunicação direta de Shamballa para o grupo porque cada membro do grupo é um membro da Hierarquia. Desta maneira os três centros planetários chegam à necessária relação, e um outro grande triângulo alcança verdadeira atividade funcionante. Quando isto tiver lugar, uma revelação ainda não sonhada manifestar-se-á na Terra; uma nova qualidade divina da qual nada conhecemos hoje, fará sentir sua presença, e o trabalho do Buda e do Cristo e o trabalho do próximo Avatar será ultrapassado por Aquele Que Shamballa e a Hierarquia têm esperado e do Qual a doutrina do Messias e a doutrina dos Avatares têm sido e são hoje somente pálidos e distantes símbolos. Eles preservam este conceito da Grande Revelação na consciência dos homens, na expectativa evidenciada pela Hierarquia e através do “trabalho preparatório” sendo agora realizado em Shamballa.

O grupo, portanto, a que eu dirijo esta instrução não é o grupo ou grupos que primeiro receberão estas páginas. A instrução é dirigida a um grupo que virá mais tarde e que preparará o caminho e do qual alguns dos aspirantes mais avançados poderão fazer parte se eles “caminharem humildemente com seu Deus”. Esta, meu irmão, é uma das mais avançadas injunções em quaisquer das Escrituras mundiais e encontra-se na Bíblia. Não se refere à humildade como geralmente interpretada e compreendida. Significa a habilidade de ver toda a vida com um senso de proporção divina e sob o ângulo da matemática espiritual e - paradoxal como pareça - sem nenhum sentido de dualismo. O significado usual não está correto. Ele envolve a aceitação e compreensão de propósito, e isto de tal maneira que a personalidade consagrada - sob o controle da Mônada, via o antahkarana, e em cooperação com o Deus uno conhecido - percorra os caminhos da Terra como um canal para as três qualidades divinas (amor, vontade e inteligência), mas também como um canal para aquilo que essas três qualidades capacitarão mais tarde a sentir, saber e revelar.

Estas são declarações solenes e importantes. Elas têm em si o elemento da profecia, mas é profecia que não se relaciona de modo algum com a salvação da humanidade. Relaciona-se a uma ativa Aparição que indicará, sob a Lei da Síntese, Aquilo que os três grandes centros planetários da vida divina estão - como um todo - destinados a revelar. Alguma coisa está por trás dos três aspectos divinos de tão grande importância, beleza e força revelatória que os acontecimentos de todos os tempos até a presente emergência da Era Aquariana, foram apenas a preparação inicial e iniciatória.

Nesta regra estão afirmados dois passos preparatórios e quatro importantes empreendimentos ou demonstrações de aptidão, se quiserem chamá-los assim, para o trabalho a ser feito. Estes últimos correspondem às “quatro coisas que o discípulo precisa aprender e compreender antes que lhe possa ser mostrado o mistério mais profundo”, como está dito na Regra para Solicitantes. Há uma definida relação entre os dois conjuntos de regras e que nós notaremos à medida que prosseguirmos. As duas injunções preparatórias simplesmente resumem os efeitos na vida do discípulo que aplicou e aprendeu o significado das Regras para Solicitantes, mas são desta vez demonstradas por um grupo de discípulos que já passaram por certas iniciações e estão funcionando como um grupo unificado. A simplicidade do assunto é grande e contudo está destinada a ser sempre complexa. O solicitante tornou-se consciente da alma, e é portanto um iniciado; lembrem-se sempre que a alma no seu próprio plano é um iniciado de todos os graus. A iniciação é, em última análise, a compreensão, o reconhecimento na consciência cerebral de várias esferas e estados de percepção divina, com uma consequente demonstração na vida deste fato, este eterno fato. Por esta razão, o homem pensa somente em termos de grupo e o faz automaticamente e sem consciência de que está fazendo isso; ele expressa esta integridade grupal simplesmente como uma parte de sua natureza, tal como na etapa de personalidade e durante os eons transcorridos desde sua individualização, ele somente e naturalmente só tem pensado em termos do eu separado.

Enquanto uma pessoa faz um esforço consciente para ter consciência de grupo e tem que treinar e disciplinar-se para trabalhar em formação grupal e como parte de um grupo, ela ainda está centrada na personalidade. A expressão desta personalidade pode ser de elevada ordem e o aspirante ou discípulo pode ser da mais elevada espécie de pessoa altruísta, mas o verdadeiro viver grupal não está ainda presente. A etapa de transição é dificílima e, às vezes, desconcertante; ela apresenta seus próprios problemas baseados numa fase recentemente apresentada de dualística consciência. O discípulo reage às condições e problemas grupais; ele afina-se com facilidade com a consciência daqueles no grupo; ele está consciente das reações e aspirações do grupo, mas ele ainda é ele mesmo; ele está ainda passando por uma etapa de ajustamento interno para um estado de ser e de percepção para o qual nenhum de seus relacionamentos passados o preparara. O grupo e os membros do grupo que são capazes de ajustamento e que podem seguir a Regra XIII para discípulos e iniciados mesclaram-se a tal ponto com a alma (dentro de si mesmos e dentro dos outros eus) que a situação se reverte. Seria agora um esforço para tais pessoas pensar e reagir como personalidades. Apresentei o problema assim para torná-lo claro para vocês, se possível.

Quando esta etapa de centralização é atingida, então o grupo pode começar a revelar o mistério oculto. Tudo que posso dizer-lhes sobre esse mistério é que ele diz respeito ao propósito e a razão pela qual o nosso Logos planetário encarnou e tornou-se a Vida que dá forma ao nosso planeta, a Terra; diz respeito à necessidade, inerente à Sua Própria natureza, de alcançar um ponto na escada cósmica de evolução que O faria - como resultado - a Vida de um planeta sagrado. Não se esqueçam que o nosso planeta ainda não é um planeta sagrado, embora esteja próximo a essa grande transformação. O segredo cósmico deste processo de transformação é o que Sanat Kumara está agora aprendendo, e quando Aquilo que vela sobre Ele durante esta encarnação tiver provocado as necessárias mudanças através de um processo de transformação e transmutação, então uma grande Transfiguração terá lugar e Ele assumirá Seu lugar entre aqueles com poderes para trabalhar por meio de um planeta sagrado.

Este processo é o que implementa o processo evolutivo. A evolução é um efeito deste trabalho oculto, emanando de níveis cósmicos; somente quando a evolução tiver completado o seu curso através de toda a multiplicidade de formas, de ciclos, cadeias e esferas, de rondas e raças e de períodos mundiais, é que saberemos alguma coisa sobre a verdadeira natureza do mistério oculto. Na Câmara do Conselho de Shamballa, ele está sendo levemente sentido. O Buda e o Cristo estão expressando as qualidades que - quando mais universalmente demonstradas - indicarão sua natureza, se assim me posso expressar. Juntos, eles estão mobilizando o equipamento no nosso planeta que tornará inevitável a revelação do mistério. Isto deve dar-lhes uma pista e assunto para pensar. Mais não posso dizer e mesmo isto só será vagamente compreendido. Passaremos agora para o segundo dos passos preliminares.

2. Que o grupo demonstre o significado superior das lições aprendidas, as quais são quatro e contudo são uma.

Os aspirantes, à medida que percorrem o Caminho da Provação, aprendem a ver o significado de suas atividades no plano físico em termos de mundo de desejo, do plano astral. O que eles fazem origina-se naquele plano e dá significado a seus atos. Este é o a. b. c. de ocultismo elementar e de verdadeira psicologia. Mais tarde, eles entram num mundo superior de significados e descobrem que “assim como um homem pensa em seu coração, assim ele é”. Assim, a lição do impulso kama-manásico é lentamente controlado e, no processo do aprendizado, o desejo, incitado pela mente e implementado pela personalidade, perde seu domínio sobre o aspirante. Mais tarde ainda, e à medida que a alma começa a dominar, ele aprende o significado do amor e lentamente e frequentemente através do domínio da dor ele absorve o significado da atividade grupal, da relação grupal, e da iniciação grupal. Ele está, pois, nesta etapa, pronto (como diz a Regra) para aprender o significado superior de quatro lições, processos ou estágios que são em si mesmos, não obstante, uma única lição. As quatro lições que ele aprendeu até este ponto preparam-no para as quatro lições que - como um iniciado e alguém cuja consciência está focalizada na Tríade Espiritual - ele tem que dominar. Em resumo, elas constituem as quatro fases de uma atividade que o levará a um ponto de tensão que indicará a próxima etapa iniciatória possível. Quatro palavras podem ser usadas para expressar estes processos: Radiação. Magnetização. Transmutação. Comunicação. Vou sucintamente indicar alguns dos significados elementares destas palavras para a consciência do iniciado:

1. Radiação. O iniciado é um centro irradiador de luz e amor. Esta radiação tem dois efeitos:

a Tornou-o um fator essencial e vital para a unidade no Ashram do Mestre,
b. Permitiu-lhe reunir ao seu redor seu próprio grupo e assim começar a formar o seu próprio ashram.

Os membros do grupo mundial que revelará o mistério oculto serão todos eles “centros radiantes" em grau maior ou menor. Eles serão, por isso, invocativos e evocativos. Este pensamento guarda a pista para a Lei de Síntese, de unidade e de fusão como se encontra na Regra XIII para iniciados.

2. Magnetização. O iniciado que está irradiando luz e amor está ele próprio sendo magnetizado pelo mais elevado dos aspectos divinos presentemente conhecidos - Vida. Esta expressa-se através da vontade e propósito e é, portanto, de caráter dinâmico. O iniciado é constantemente carregado com vida, e consequentemente pode trabalhar com a impulsionadora Lei da Evolução, a qual (como se encontra na regra em questão) “carregará o grupo todo em direção aos Três Superiores”. Estão vendo como as diferentes fases do ensinamento levam de uma para outra e fornecem uma grande escada de aproximação à realidade? Chamo a atenção para o fato de que nas Quatorze Regras para Solicitantes e nas Quatorze Regras para Discípulos e Iniciados temos os dois grandes cursos fundamentais das vindouras Escolas de Mistérios, para as quais eu preparei o mundo em Cartas sobre Meditação Ocultista.

3. Transmutação. Isto indica aqui uma realização e não um processo; o trabalho de transmutar a natureza inferior na superior e o desejo em amor, de transformar o propósito da personalidade em vida e ser grupais (vivência e existência grupais-nota do editor), levou à completa transfiguração e torna todo o processo de transmutação não mais necessário. Porém - e este é o ponto a ser enfatizado - devido a esta realização, a arte da transmutação é agora o instrumento que o iniciado pode usar e transmutar tudo aquilo que não é ele próprio, e assim, conscientemente e com claro propósito promover os fins da evolução. A transmutação “desaparece” de sua própria vida, mas as forças que foram transmutadas em energia espiritual começam agora a ter um dinâmico efeito transmutador no mundo das formas onde ele agora escolhe trabalhar e servir, de acordo com seu raio e intento ashrâmico.

4. Comunicação. Uma referência a isto é feita no Livro de Revelação, encontrado no Novo Testamento. Nele nos dizem que é dada ao iniciado uma pedra branca onde se encontra escrito “um novo nome”; este é o “nome egoico oculto”. Não sei como expressar o significado superior disto. Esta comunicação marca um ponto de clímax na conquista do ponto de tensão onde o Som pode ser ouvido e não somente a Palavra. Nunca se esqueçam que o O. M. é simplesmente uma palavra simbolicamente soada com a intenção de trazer às mentes daqueles que estão no Caminho aqueles dois grandes pontos de tensão onde:

a. O nome egoico oculto é conferido ao discípulo. Este, no que lhe diz respeito, é a Palavra do raio de sua alma.

b. O Som ouvido, do qual o O. M. é um símbolo. Esta é a primeira letra do Nome sétuplo do Logos Planetário. Nada mais pode ser dito sobre este assunto, e nem eu estou em posição de dizê-lo.

Estas duas injunções preparatórias lhes darão uma ideia de quão abstruso é o ensinamento transmitido nas regras para iniciados. A compreensão e a expressão das quatro regras para solicitantes, como demonstradas pelo discípulo agora funcionando num grupo, podem todas ser resumidas numa palavra: Ser. Tendo dito isto, o que isto significa para vocês? Ser, em si, só pode ser apreendido por aqueles que “estão vivos" monadicamente, que funcionam nos três mundos da Tríade Espiritual com maior positividade até do que a personalidade altamente avançada funciona nos três mundos da evolução humana, e que percebeu alguma coisa do propósito pelo qual Sanata Kumara veio à existência e através de sua direcionada presença está realizando Sua intenção.

Podemos agora tratar das quatro importantes injunções apresentadas ao discípulo iniciado quando ele se prepara para trabalhar sob as Leis do Espírito, como uma alma consciente, e, para propósitos de serviço, através de uma personalidade. Há muitos iniciados trabalhando sem um corpo de contato que a personalidade oferece, porém não vamos tratar deles em nossos estudos. Trataremos só daqueles discípulos que podem trabalhar como um grupo no plano físico, por um lado, cumprindo o intento ashrâmico e, por outro lado, preparando-se para percorrer o Caminho da Evolução Superior. A primeira importante injunção nesta Regra XIII diz o seguinte:

3. Que o grupo compreenda a Lei de Síntese, da unidade e fusão.

A Lei de Síntese, como sabem, é a lei da existência espiritual, e uma das mais importantes leis do nosso sistema solar, assim como do nosso planeta. É uma lei cósmica básica, aplicada a partir de fontes das quais nada sabemos, como as Leis de Atração e de Economia. Estas foram tratadas com alguns detalhes em Um Tratado sobre o Fogo Cósmico, e alguma coisa sobre estas duas leis além do que foi dado muita coisa foi sugerida. Muito pouco posso dizer sobre a Lei da Síntese. É a lei que governa as atividades da Tríade Espiritual, e a lei que condiciona a vida monádica. Ela não trabalha através do uso da energia do amor, nem através da aplicação do princípio de economia. O cumprimento destas leis é necessário e preparatório para uma compreensão da Lei de Síntese, e sob a Lei da Síntese os mundos da ilusão e da miragem são dominados e o controle de maya é anulado; sob a Lei de Atração a natureza do amor é revelada, antes de mais nada através do desejo pela vida da forma, e depois através da atração pela alma e uma consequente resolução das dualidades alma e personalidade. Isto traz uma unidade que - no devido tempo - serve para revelar um dualismo potencial maior - o da alma e do espírito; esta fundamental dualidade precisa também ser resolvida, deixando a essencial, universal dualidade planetária, espírito-matéria, presente no tempo e no espaço.

A Lei de Síntese tem referência a este relacionamento e à natureza factual da grande afirmação de H. P. Blavatsky de que “Matéria é espírito no seu ponto mais baixo de manifestação e espírito é matéria no seu ponto mais alto." É sobre esta síntese que o grupo precisa aprender; é esta relação que eles precisam começar a compreender, e a distinção (pois há uma distinção) entre síntese, unidade e fusão precisa ser dominada no devido tempo.

Para vocês, pode parecer que estas três palavras exprimem a mesma coisa, mas tal não acontece; fusão está sempre relacionada à consciente incorporação de alma e substância até que um ponto de equilíbrio é encontrado; neste ponto, a unidade torna-se possível e o ponto de equilíbrio - tendo sido alcançado um ponto de tensão - é perturbado. Isto tem lugar em três etapas definidas quando a fusão da personalidade e da alma é realizada por meio do esforço autoiniciado do discípulo: primeiramente no Caminho Probatório, depois no Caminho do Discipulado, e finalmente na terceira iniciação, no Caminho da Iniciação. É essencial lembrar sempre que esta terceira iniciação, a Transfiguração, é a primeira grande iniciação sob o ponto de vista da Hierarquia, embora a terceira sob a limitada visão do aspirante. O iniciado, então, começa a aprender o significado de unidade em seu verdadeiro sentido; isto só é possível quando a influência monádica pode ser registrada conscientemente e quando o antahkarana está em processo de ser conscientemente construído. Enfatizo aqui a palavra “conscientemente”; grande parte do trabalho de fusão e de consecução se desenvolve inconscientemente sob a fundamental Lei de Evolução, que é uma lei de Shamballa, corporificando, como o faz, o funcionamento da inescrutável vontade da Deidade. O trabalho agora sendo feito nas três etapas do Caminho tem que ser intencional, e portanto, conscientemente executado e inteligentemente planejado; precisa estar apoiado, primeiro que tudo, na determinação, depois, na vontade espiritual, e finalmente num aspecto do propósito.

Podemos, pois, considerar a fusão como um processo individual de integração espiritual, relacionando - em plena consciência vigil - os três aspectos divinos no homem. A unidade pode ser considerada como a adaptação consciente do discípulo iniciado ao todo maior, como sua absorção no grupo através de sua obediência às leis da alma, e como governando sua atitude para aquilo em que ele vive, move-se e tem sua existência. Isto prossegue até que ele não veja qualquer distinção, não registre diferença alguma e não tenha consciência de qualquer reação separatista, e tudo isto porque o instinto de separação não mais existe nele. Isto refere-se à sua unidade no mundo das energias no qual ele se move, tornando-o um canal desimpedido para a energia e, portanto, uma integral parte funcionante do seu meio total, e, principalmente, do grupo para o qual, automaticamente e sob as leis que governam sua alma, ele foi atraído. Ele aprendeu tudo que pode aprender através dos processos de diferenciação aos quais esteve sujeito durante eons. O princípio da inteligência controla-o e o princípio do amor o motiva, e consequentemente ele alcançou a unidade. Porém, meus irmãos, é a unidade do seu raio, do seu Ashram e do Plano; é a unidade da Hierarquia que existe para propósitos de serviço e trabalho ativo nos seus sete grupos maiores e seus três principais departamentos ou divisões. É de fato consecução e liberação. Porém, ainda mais precisa ser aprendido se quisermos palmilhar o Caminho da Evolução Superior e fazer uma escolha que, curiosamente, não depende do raio, uma vez que todos os raios são encontrados em todos esses caminhos. 

Isto só pode ser feito através da síntese.

Esta Lei de Síntese

“trabalha por meio dos Sete que, contudo, são Um; que indica os sete caminhos e, contudo, aqueles que estão nos sete caminhos são um; que inicia o universal nos muitos, mas preserva sua integridade; que dá origem ao plano, mas preserva intacto o propósito; que vê a multiplicidade necessária sob a Lei de Sacrifício, porém subordina essa lei à Lei de Síntese; que exala os muitos Sopros e, contudo, é a própria Vida".

Nesta tentativa de parafrasear uma velha definição da Lei de síntese, disse tudo que posso sobre o tema. Somente quando os discípulos construírem o antahkarana e funcionarem como a Tríade Espiritual no interior da Vida monádica virá a inspiração, exatamente como eles aprenderam a fazer contato com a alma e a funcionar como a personalidade tripla no interior da alma, e então seguiu-se a revelação. Nada será ganho com maiores elucidações. Continuem com o trabalho de construir o antahkarana e a luz brilhará no seu caminho e a revelação acompanhará seus passos.

A segunda grande injunção (embora seja a quarta frase na nossa regra) é:

4. Que o modo tríplice de trabalhar com aquilo que é dinâmico impulsione o grupo todo em direção aos Três Superiores.

Esta injunção contém em si informação que é um tanto nova para o iniciado moderno que está funcionando num corpo físico; é difícil para ele compreender o mínimo que seja, de sua significação. É-me incomparavelmente difícil transmitir mesmo o mais leve indício de seu significado a discípulos como vocês. Tudo que posso fazer é apoiar-me na Lei da Analogia, por meio da qual o microcosmo pode chegar a um vislumbre de entendimento dos aspectos mais óbvios do Macrocosmo.

Primeiro, farei referência às palavras “os Três Superiores”, e vejamos se posso esclarecer um pouco esta complexa ideia. As palavras “Três Superiores” referem-se aos três Budas de Atividade Que ainda permanecem colaborando ativamente com o Senhor do Mundo. Eles estão próximos a Sanat Kumara e vieram com Ele quando Ele decidiu vir à encarnação por meio de nosso planeta, a Terra. É difícil compreender Suas misteriosas e peculiares funções. Eles não pertencem a este sistema solar; Eles passaram pela etapa humana há tanto tempo e em tão remotos ciclos mundiais que a experiência já não faz parte de suas consciências; Eles agem como conselheiros de Sanat Kumara no que tange ao Seu propósito inicial, e esta é a razão pela qual as palavras “a vontade de Deus controla” ocorrem nesta regra. Sua tarefa suprema é providenciar para que, na Câmara do Conselho de Shamballa, esse propósito seja sempre firmemente mantido dentro da “área de preparação" (não sei de que outra maneira me expressar) desse Conselho. Num sentido peculiar, Eles atuam como intermediários de ligação entre o Logos de nosso sistema solar e a Vida que dá forma à constelação de Libra; Eles relacionam estes dois grandes centros de energia com o nosso Logos planetário.

No último sistema solar, Eles foram os Logoi planetários de três planetas nos quais o princípio da mente alcançou o mais alto estágio de desenvolvimento; Eles encarnam em Si Mesmos, de um modo extremamente peculiar, o aspecto sabedoria do segundo raio, ao expressar-se primariamente por meio daquilo que foi chamado no Bhagavad Gita “habilidade em ação”. Daí Seus nomes, os Budas de Atividade.

Sanat Kumara está agora um degrau acima Deles na grande escada cósmica de evolução, pois um aspecto da Lei de Sacrifício Os condicionou. Todavia, dentro da consciência planetária e entre Aqueles Que executam os propósitos divinos, não há nenhum outro Que se aproxime do Jovem Eterno e desses três Budas no ponto de evolução. Eles executam Seus planos - essas quatro Grandes Vidas - por intermédio dos Senhores dos Sete Raios. Sob a Lei de Analogia, Eles são para Sanat Kumara aquilo que os três aspectos da mente no plano mental são para o discípulo e o iniciado. Eles representam em ação:

A mente concreta ou inferior do Logos planetário,
Aquela energia que nós chamamos a alma e que o discípulo chama “o Filho da Mente",
A mente superior ou abstrata,

mas tudo isto a partir de níveis cósmicos e com implicações cósmicas. Foi Sua atividade que (depois da evolução ter seguido seu curso) causou o ato de individualização e assim trouxe à existência o reino humano. Num sentido misterioso, portanto, podemos dizer que os três Budas de Atividade sãos responsáveis:

1. Pelo Ato de Individualização. O trabalho do Buda responsável na época por esta grande atividade, tem estado temporariamente em silêncio desde os dias de Lemúria. Ele trabalha, quando ativo, através do sétimo raio e retira a energia necessária de duas constelações: Câncer e Gêmeos.

2. Pelo Ato de Iniciação. Chamo a atenção para a palavra ato; não me refiro aqui a processo. Seu trabalho somente começa na terceira iniciação, quando o Logos planetário é o Iniciador. Nesta iniciação, o aspecto vontade começa a funcionar. O Buda por trás do processo iniciatório está extremamente ativo nesta época; Ele trabalha por intermédio do Cristo e do Senhor do segundo raio, extraindo a necessária energia das constelações de Capricórnio e Aquário.

3. Pelo Ato de Identificação. Isto envolve aquilo que tem sido chamado “um momento de abertura”, durante o qual o iniciado vê aquilo que está no interior do intento cósmico e começa a funcionar não apenas como uma unidade planetária, mas como um ponto focal cósmico. O Buda de Atividade responsável por este tipo de atividade planetária trabalha com o Senhor do primeiro raio e funciona como um posto avançado da consciência da vida formadora de Áries e de Leão. Seu trabalho somente agora está começando a assumir importância.

Compreendo que esta informação tem pouco significado para vocês e está além do seu entendimento, mas assim também acontece com muita coisa do que lhes dei no Tratado sobre o Fogo Cósmico. Seu único valor para vocês reside na revelação da ligação e interação entre todas as partes do nosso sistema solar, nosso universo e o zodíaco. Através destes três grandes Budas há uma relação básica, estabelecida há eons passados e firmemente mantida entre nosso planeta, três dos sete planetas sagrados, e seis das grandes constelações - os três e os seis que de uma maneira única dizem respeito ao quarto reino da natureza. Outros planetas e outras constelações também estão relacionados à família humana, mas sua relação está mais agressivamente (se posso usar tal palavra) relacionada aos reinos subumanos, mas deles não tratamos aqui. Sua relação com o reino humano foi tratada por mim na seção de astrologia deste Tratado: Um Tratado sobre os Sete Raios, Vol. III (Astrologia Esotérica).

Vocês notarão que indiquei aqui a existência de cinco triângulos:

1. Aquele existente na interação das energias dos três Budas de Atividade Que criam um triângulo estreitamente relacionado com o planeta Saturno.

2. O triângulo dos três raios através dos quais os três Budas trabalham.

3. Os três planetas que estão conectados com os três Senhores dos três raios e por meio dos quais Eles expressam Sua energia impulsionadora.

4 - 5. Dois triângulos entrelaçados criados por seis constelações das quais os três Budas de Atividade extraem Sua energia necessária e com as quais Eles estão, de forma única, relacionados através de Seu carma individual. Esses dois triângulos entrelaçados são a causa da estrela de seis pontas, tão familiar entre os muitos símbolos ocultistas.

A partir da Lei de Analogia, um outro triângulo extremamente importante é encontrado no corpo humano e, considerando-o esotericamente, está relacionado com o assunto em consideração:

1. O centro ajna, encarnando a energia direcionadora daquele corpo de atividade que chamamos a personalidade.

2. O centro da garganta, que está hoje peculiarmente ativo em todos os seres humanos; isto dá testemunho do sucesso do trabalho criativo dos Budas de Atividade. Este centro, por sua vez, tem, ele próprio, um pequeno triângulo simbólico, para o qual chamo a atenção: a glândula tireoide e as paratireoides.

3. O centro da base da espinha, o qual é galvanizado á atividade numa determinada etapa do processo evolutivo, pela energia que emana dos Budas de Atividade Que são menos ativos nesta época particular. É uma energia fluindo para o quarto reino, porém não direcionada a qualquer indivíduo, Estas grandes Vidas trabalham através de grandes grupos. Sua potência é tal que de outra maneira seria destrutiva.

O propósito da Deidade está necessariamente corporificado numa proposição mental; é através desta proposição mental que os três Budas de Atividade implementam Seu trabalho. Não posso exprimir-me mais claramente. Chegará um tempo na experiência de todos os iniciados quando - cada um por si mesmo - uma formulação desta proposição mental será absolutamente necessária. Por meio disto, cada iniciado incorporará sua compreensão individual do propósito divino à medida que o Plano lhe seja revelado.

Ele somente poderá fazer isso por intermédio da experiência grupal, em cooperação com o seu grupo e quando o grupo - como um todo - tiver chegado a um ponto similar de realização e tenha juntamente tocado as fímbrias da mais alta de todas as revelações para a humanidade. Quando, pela primeira vez, eles conseguirem fazer isso, eles ficarão - como um grupo - sob a emanação direta dos Três Superiores e sob o aspecto da Câmara do Conselho de Shamballa que até então permanecerá desconhecido e não conscientizado. Isto indicará uma elevada etapa de iniciação do grupo e está, com efeito, conectada com a atividade inter- hierárquica. É uma elaboração na consciência dos membros do grupo de um evento que teve lugar dentro do Ashram de Sanat Kumara, a própria Hierarquia. Isto acontece por meio da estimulação de todos os Ashrams numa determinada Lua Cheia, e diz respeito à relação dos Ashrams como um todo e Shamballa, e não à Humanidade.

Poderão apreender alguma coisa daquilo que me estou esforçando para transmitir? Há uma atividade ashrâmica da qual os discípulos nada conhecem em sua consciência cerebral até o momento em que já foi feita a terceira iniciação e os resultados dela advindos são, então, leve mas crescentemente sentidos. Ela está relacionada à interação entre Shamballa e a Hierarquia, mas não entre a Hierarquia e a Humanidade. Ela diz respeito ao propósito e ao plano à medida que este é o instrumento daquele. O evento da realização tem lugar por intermédio da tríade formada por um Mestre e Seus dois discípulos mais velhos, ou formada por três Mestres, todos do mesmo raio, como por exemplo, o Mestre K. H. e seu Ashram, eu mesmo e meu Ashram e um outro Ashram afiliado.

É por esta razão que em todos os grupos esotéricos há sempre um grupo líder e dois outros que são o reflexo ou a correspondência da tríade superior. Esta é uma parte da exteriorização da Hierarquia que se está processando rapidamente nesta época.

A importância de se compreender a função dos triângulos é uma necessidade fundamental. Aqui está um indício para estudantes no reino político, onde cada país, sob diferentes nomes, tem o seu governante escolhido, e seus ministros responsáveis pelos assuntos do interior (ou relações internas), e seu secretário responsável pelas relações exteriores (ou relações exotéricas).

Um outro ponto a respeito dos Budas de Atividade pode ser de interesse aqui. Cada um Deles tem uma relação especial com as três raças que foram ou são estritamente humanas: a terceira, a quarta e a quinta raças-raízes que chamamos a lemuriana, a atlante e a atual ariana (o termo “ariana" não tem o significado que lhe dá a raça alemã). De um modo peculiar, Eles representam em Shamballa a alma de cada uma dessas três raças. Uma coisa complica esta questão para vocês, mas ela é, na realidade, bastante simples. As mesmas almas reencarnam em cada raça, e cada alma, portanto, fica sob a influência de cada um dos três Budas, sendo cada um Deles de qualidade diferente da de seus dois Associados. Eles representam - em Seu aspecto inferior - os três aspectos da mente, como disse antes:

1. A natureza instintiva à medida em que se desenvolve para a natureza da mente e faz uma transição para um caráter subconsciente automático e - ao mesmo tempo - assume algumas de suas qualidades superiores paralelas.

2. A mente concreta inferior em seu estágio mais desenvolvido, à medida que gradualmente assume o controle e supera o instinto na consciência do homem. Os Budas de Atividade presidem aquilo que pode ser chamado (usando um termo técnico ocultista) o princípio ahamkara - a mente enquanto serve aos interesses egoístas do homem e assim lhe permite alcançar um senso de proporção e uma estimativa mais refinada de valores. Não se esqueçam que o egoísmo é uma etapa do desenvolvimento, e uma etapa necessária por meio da qual a humanidade aprende o preço do autointeresse.

3. A mente da personalidade. Esta assume o controle sobre o homem e o leva a provar a natureza do poder e do sucesso e - acima de tudo - da integração. Também esta é uma fase necessária e precede uma etapa de despertar.

Estas três grandes Vidas Que Se associaram ao Senhor do Mundo podem ser consideradas como aspectos constitutivos de Sua personalidade, embora isto não seja tecnicamente assim. O nome Sanat Kumara não é Seu nome verdadeiro; é somente a primeira letra daquele nome que só os Mestres conhecem, enquanto a segunda letra só é conhecida pelos Chohans. A primeira sílaba do Seu nome é conhecida na Câmara do Conselho de Shamballa, mas o resto de Seu nome permanece ainda desconhecido. Os três Budas de Atividade são para o Logos planetário (para dar a vocês uma outra definição) o que a Tríade Espiritual é para a dedicada personalidade do discípulo iniciado, pois tal é o status espiritual do Logos planetário; o Buda que agora está entrando em atividade é Aquele Que trabalha através da vontade espiritual.

Dentro do corpo do Logos planetário a humanidade está lentamente construindo o que chamam o antahkarana; este é, na realidade, o fio que liga o centro da cabeça de Sanat Kumara ao Seu centro do coração. Reflitam sobre estas palavras. Há um mistério aqui envolvido, mas pouco posso fazer para torná-lo mais claro. À medida que a humanidade constrói ou cria os triângulos de luz e de boa vontade, está na verdade invocando uma atividade de resposta de dois dos Budas de Atividade - Aquele Que trabalha através do aspecto vontade e Aquele Que trabalha através do amor na humanidade, inteligentemente aplicado. Não se esqueçam que estes três grandes Budas resumem, num sentido peculiar, a essência transmutada do sistema solar anterior no qual a atividade inteligente foi a meta. Hoje, essa essência subjaz a toda atividade deste sistema solar, mas é motivada pelo amor, o que não era o caso na manifestação anterior. Os Próprios Budas formam um Triângulo profundamente esotérico.

Os dois tipos de triângulos agora sendo criados por um mero punhado de pessoas estão relacionados àquele triângulo básico. Um terceiro tipo de triângulo será construído numa data muito mais tarde, porém só quando estes dois primeiros tipos estiverem bem estabelecidos na consciência da humanidade. Então, a atividade de todos os três Budas estará envolvida e presente, e uma grande integração planetária terá lugar. Isto ê simbolizado no homem quando os três centros na cabeça (o centro ajna, o centro brahmarandra, e o centro alta maior) estão todos funcionando e firmemente relacionados, constituindo assim um triângulo de luz dentro da cabeça.

A partir dos triângulos agora sendo criados e daqueles que, mais tarde, serão estabelecidos, os Budas de Atividade extrairão aquela qualidade essencial (agora muito raramente encontrada) que irá para a construção deste aspecto do antahkarana planetário.

Os triângulos de luz e boa vontade são essencialmente invocativos. Eles constituem o a.b.c. da vindoura Ciência da Invocação. Sua força depende, por um lado, da profundidade do sentimento e, por outro lado, da força da vontade com que eles são criados. Dei aqui àqueles discípulos que estão iniciando este novo projeto que é tão caro ao meu coração uma nova e útil ideia. Este trabalho precisa continuar. Por ser um conceito inteiramente novo e diferente de qualquer coisa até agora projetada é que ele parece impossível de ser alcançado; o projeto dos triângulos tem seu incentivo em fontes tão altamente esotéricas que alguns discípulos consideram o trabalho excessivamente difícil e assim, por seu modo de pensar, complicam sua simplicidade essencial; outros o consideram a coisa mais simples do mundo, e devido à ênfase sobre o ângulo exotérico e organizacional impedem que o verdadeiro tipo de triângulo seja criado. Os discípulos precisam ter consciência do verdadeiro plano proposto e encontrar meios de tornar clara a posição intermediária entre as dificuldades apresentadas e as simplicidades que distorcem.

Talvez eu possa ajudar a esclarecer um pouco as mentes responsáveis pelos passos essenciais neste empreendimento profundamente esotérico. É diferente do trabalho prático intelectual que se pede aos homens e mulheres de boa vontade que façam; não é o que algumas pessoas sinceras consideram como trabalho de boa vontade ou uma fase do trabalho de boa vontade. A formação de triângulos de luz e boa vontade diz respeito ao reservatório de energia no lado interno e etérico da vida que, automaticamente e com um intenso efeito circulatório, permitirá que o trabalho exotérico de homens e mulheres de boa vontade faça progressos. Não é a boa vontade por si mesma, mas a criação de triângulos de energia dentro do corpo etérico do planeta que são deliberadamente qualificados pela boa vontade. As duas fases do trabalho são necessariamente complementares, mas não devem ser consideradas como apenas uma. Os triângulos de luz precisam ser qualificados pela boa vontade ou tornarem-se agentes dela, e os dois grupos estão estreitamente inter-relacionados. Os homens e mulheres de boa vontade nada precisam saber sobre estes triângulos a menos que isso seja aconselhável e que eles sejam individualmente suficientemente avançados para reagir corretamente, mas seu trabalho segundo a linha da boa vontade poderá ser ou não bem sucedido, de acordo com a intensidade do propósito e a profundidade do amor demonstrado pelos dois grupos de membros dos triângulos.

Aqueles que são responsáveis pelo trabalho criativo no campo externo têm de começar com o trabalho esotérico. Estou escrevendo aqui para discípulos, alguns dos quais são membros do meu Ashram, e para o Novo Grupo de Servidores do Mundo. São eles os responsáveis pelo desenvolvimento do trabalho planejado. Os dois grupos de triângulos já formados estão, na realidade, construindo um pensamento-forma sobre este trabalho que evocará resposta dos verdadeiros construtores.

Estará claro para vocês, portanto, que este trabalho criativo, com seus propósitos inteligentes e práticos e sua capacidade, quando em correto funcionamento, de unir os trabalhadores esotéricos e exotéricos num empreendimento espiritual, origina-se em Shamballa e foi apreendido - quanto ao seu intento e propósito - por Mestres do primeiro e segundo raios, embora principalmente o discípulo e Mestre do segundo raio o tenha compreendido mais facilmente. Mais tarde, quando um trabalho constante e sistemático tiver sido feito, e o público estiver mais familiarizado com a ideia, esta atividade formará uma importante parte da religião do novo mundo e será melhor compreendida. Terá seu grupo interno, que trabalhará inteiramente de forma subjetiva, construindo os triângulos de luz e boa vontade, e então trabalhará objetivamente, direcionando as atividades daqueles que estão construindo o aspecto organizacional de triângulos de boa vontade prática na Terra com uma atividade subsidiária efetiva.

Os tempos ainda não são chegados. Hoje, temos a criação de um pensamento-forma geral ou a germinação da semente de uma ideia. Mais tarde, quando o verdadeiro trabalho externo começar, sua potência será objetivamente demonstrada, porque os Budas de Atividade gradualmente perceberão a existência do pensamento-forma em sua natureza de luz e sua qualidade de boa vontade. Eles, então, derramarão nele Sua vida segundo surja a necessidade e a emergência o exija. Então, gradualmente, “a vontade de Deus se fará”, como diz nossa injunção. Paralelamente a tudo isto, haverá o trabalho dos homens e mulheres de boa vontade em todo o mundo, mas em si mesmo, inteiramente objetivo e espantosamente útil.

Os discípulos precisam aprender a pensar em termos de síntese grupal. Isto implica que eles alcancem relacionamentos subjetivos aprofundados e maior sensibilidade à impressão superior e à inspiração interna. A vida vertical do espírito e a vida horizontal do relacionamento precisam ser expressas simultaneamente em certa medida, antes que o significado destas Regras possa ser percebido.

Estivemos considerando Shamballa, e eu lhes tenho dado algumas informações (até aqui não comunicadas em palavras) referentes à Câmara do Conselho de Sanat Kumara e Daqueles Que são seus membros. Quero fazer uma pausa aqui para lembrá-lhes de dois fatos:

1. Shamballa é um estado de consciência ou uma fase de percepção sensitiva onde há ajuda e dinâmica resposta ao propósito divino - uma resposta tornada possível pela síntese do propósito e do relacionamento espiritual que existe entre Aqueles Que estão associados a Sanat Kumara.

2. Fraternidade, tal como essencialmente é, constitui um grande mistério; também é um mistério que está apenas em processo de ser resolvido, e isso somente nos dois níveis superiores do plano físico cósmico - aqueles níveis que chamamos logoico e monádico.

Estou ciente de que vocês compreendem fraternidade em termos de Um Pai e Seus filhos. Essa compreensão é, em si mesma, tão limitada e imprecisa que serve principalmente para distorcer a verdade; todavia, tudo que vocês podem compreender por enquanto está incorporado neste conceito. A descrição mais próxima da verdadeira relação pode ser dita da seguinte maneira: Fraternidade é uma expressão da relação que o Logos planetário (no plano mental cósmico) tem com Sua Personalidade enquanto ela se expressa através do planeta com todas as suas formas de vida, no plano físico cósmico; este relacionamento é focalizado através de Sanat Kumara, Que é a Mente individualizada dessa grande Vida. Disto de outra maneira, o Logos planetário em Seu próprio plano é para Sanat Kumara aquilo que a alma é para a personalidade humana no plano físico nos três mundos. A soma total da relação e dos relacionamentos estabelecidos é, portanto, inadequadamente coberta pela palavra "fraternidade”. “Associação", tão frequentemente usada para exprimir uma ideia semelhante, é, na realidade, o modo pelo qual uma fraternidade indistintamente percebida procura fazer sentir sua presença. As palavras “a associação do Cristo” indica a emergência deste conceito subjetivamente no plano mental; com o passar do tempo, isto será seguido pela manifestação concreta no plano físico. Esta é a ideia que está por trás das palavras correntemente usadas “ideia, ideal e ídolo”, e que é também responsável pelo crescente senso de responsabilidade que caracteriza todo o avanço humano no caminho da vida. É esta ideia básica que governa a Câmara do Conselho em Shamballa e que constitui o impulso motivador por trás da expressão planetária de vida. É isto também que caracteriza o ideal que a Hierarquia representa e que implementa o Plano; é este planejamento espiritual que resulta nas crescentes “formas de relacionamento” que parecem estar hoje tomando forma definida na concretização do projeto divino: Corretas Relações Humanas.

Escrevi estes comentários iniciais porque é esta elevada compreensão de fraternidade que condiciona o propósito divino e que conduz ao planejamento espiritual que dará a vocês a chave para a terceira grande injunção de que trataremos agora e que diz o seguinte:

5. Que a Transfiguração siga a Transformação, e que a Transmutação desapareça.

Quero lembrar-lhes que nestas quatorze regras precisamos abordar nosso tema sob o ângulo da consciência do iniciado, e não a da consciência da mescla alma-personalidade. É a abordagem superior que está aqui indicada, o problema do grupo-iniciado e não o do indivíduo dentro do grupo. Daí a grande dificuldade de se pôr em palavras qualquer destes ensinamentos. Para a média dos aspirantes ao discipulado aceito, as três palavras que distinguem esta terceira grande injunção (mas que simbolicamente constitui a quinta injunção na regra) pode ser assim definida: as ideias transmitidas são as de um aspirante aos Mistérios quando ele está diante da iniciação. Vamos abordar essas palavras na ordem dada na Regra XIII.

1. Transfiguração - essa etapa no Caminho da Iniciação quando é alcançada a terceira iniciação, e quando a personalidade é irradiada pela plena luz da alma e os três veículos da personalidade são completamente transcendidos; eles tornam-se simplesmente formas através das quais o amor espiritual pode fluir para o mundo dos homens na tarefa de salvação da criação.

2. Transformação - o processo evolutivo que se desenvolve no Caminho do Discipulado, no qual o discípulo transforma sua “aparência” inferior tríplice ou personalidade e começa a mostrar a “qualidade” divina. Seu corpo físico torna-se obediente aos ditames de sua mente, a qual está tornando-se responsiva à mente superior por intermédio da alma; sua natureza emocional tornar-se o receptáculo de budi ou intuição; a seguir, depois da terceira iniciação, desaparece totalmente e o veículo búdico tornar-se o principal instrumento da sensibilidade ou de capacidade de percepção. A mente, no devido tempo, é também transformada pela impressão vinda da mente superior, à medida que esta se esforça para desenvolver a natureza vontade da Mônada.

3. Transmutação - o método pelo qual aquilo que é inferior é absolvido pelo superior, pelo qual a força é transmutada em energia, pelo qual a energia dos três centros inferiores é levada para os três centros superiores (cabeça, coração e garganta) e que, mais tarde, permite ao iniciado centralizar todas as energias nos três centros diretores na cabeça. Este processo de transmutação adianta-se sob a pressão da experiência da vida diária, sob o efeito magnético do contato da alma, e como o resultado inevitável da própria evolução.

Todos estes três processos de espiritualização são bem conhecidos de todos os aspirantes, pelo menos, em princípio; são expressões da intenção alma-personalidade e de sua efetiva interação; também constituem uma atividade que corre paralela à tarefa de construir o antahkarana, uma vez que modos de alinhamento têm um importante papel no processo de transmutação.

Todavia, não é com essas atitudes, processos e interpretações que o iniciado está preocupado, mas com a significância desses processos em termos do antahkarana completado e do ponto de vista do “ângulo de intenção da Mônada". Em outras palavras: o que a Transfiguração e a Transformação significam para os Membros da Hierarquia quando Eles se voltam para o Caminho da Evolução Superior? O que podem essas palavras significar para Aqueles para Quem a alma, o princípio mediador, não mais tem qualquer significância factual?

Considerem por um momento que o iniciado que já passou pela primeira grande iniciação (a Transfiguração) e as duas iniciações preliminares (o Nascimento e o Batismo dos Mistérios Cristãos) já criou o antahkarana com o fim de estabelecer relação direta entre a Mônada e a personalidade, entre o centro da percepção universal ou identificação e a expressão da forma nos três mundos. O antahkarana está construído e constitui um ativo canal de contato. A alma que durante eras direcionou as muitas e variadas personalidades não mais existe; o corpo causal desapareceu, despedaçado no momento em que o iniciado (na quarta iniciação) brada: “Senhor, Senhor, por que me desamparaste?” O Templo de Salomão, o templo espiritual “não feito por mãos, eterno nos céus", não mais é necessário; ele serviu ao seu propósito, e aquilo que se julgara eterno tem de desaparecer na luz Daquilo para o qual a eternidade é apenas uma fase daquilo que mais tarde será revelado. Tudo que agora resta ao iniciado são os dois pontos de propósito vivo a que damos o nome de espírito-matéria ou vida-aparência. A lição à frente do iniciado é compreender o significado interno (não aquele óbvio e facilmente apreendido significado) que espírito é matéria em seu ponto mais elevado, e matéria é espírito em seu ponto mais baixo. Isto envolve a livre interação de vida-energia, conscientemente aplicada como resultado de processos seculares, e matéria-força, via o antahkarana. A “ponte arco-íris” torna-se um canal para o impacto da energia monádica ou da vida sobre a substância, de modo que a substância, tomando forma sob a intenção cíclica do Logos planetário, possa tornar-se cada vez mais colorida ou qualificada pela energia da universalidade. Podem ver por estas frases complicadas como a linguagem é inadequada para exprimir o entendimento e a intenção da Hierarquia.

Para o iniciado, portanto, as duas palavras, Transfiguração e Transformação significam algo completamente diferente do que significam para um discípulo, ao passo que Transmutação não tem agora significado para ele, uma vez que nada existe dele que exija ser transmutado. Consequentemente, podemos dizer que:

1. Transmutação diz respeito à expressão da força da vida nos três planos inferiores do viver humano e da evolução.

2. Transformação diz respeito, de modo bastante peculiar, aos três aspectos da mente no plano mental:

a. a mente inferior
b. o filho da mente, a alma
c. a mente superior

3. Transfiguração diz respeito à vida de Tríade Espiritual nos seus próprios três níveis de identificação.

A isto podemos acrescentar o fato que:

1. Os três planos inferiores de transmutação são os subplanos denso, líquido e gasoso do plano cósmico físico.

2. O plano mental é uma localidade única (ou estado de consciência) sobre a qual ou na qual os planos inferiores estão sujeitos à impressão vinda dos três superiores. Os três superiores e os três inferiores estão sujeitos a um processo definitivamente esotérico e misterioso, e é neste plano que o trabalho de transmutação é completado - sob o ângulo do iniciado.

3. Os três planos da Tríade Espiritual são as esferas onde se desenvolve a transformação. Esta transformação nada tem a ver com a transformação da personalidade, mas sim está unicamente relacionada com o trabalho interior da Hierarquia e o efeito desta viva, evolutiva intensidade sobre os Membros da Hierarquia. Cinco planos estão, pois, envolvidos nestas duas fases do trabalho divino.

4. Os dois planos mais elevados (o monádico e o logoico) são os planos de transfiguração, sob o ponto de vista do alto iniciado. A essa altura, os processos de transmutação caíram abaixo do limiar da consciência, e embora o iniciado, trabalhando com formas nos três mundos, tenha seu instrumento no plano físico exterior, seu próprio trabalho e atividade hierárquica é estritamente triádico e monádico, com resposta firmemente crescente ao intento logoico.

Consideremos agora, as fases de transfiguração e transformação até onde possível numa instrução exotérica, e “possa a transmutação desaparecer” para todos os discípulos com o passar do tempo, e isso com rapidez - devido à grande necessidade hoje de trabalhadores hierárquicos.

Pode-se perguntar aqui: Qual é o trabalho realizado pelos Próprios Mestres nos três planos da Tríade Espiritual? Os estudantes estão bem cientes de que muitos dos Mestres estão ocupados com os processos evolutivos dos vários reinos da natureza nos três mundos inferiores, mas esquecem-se que a maioria não está assim ocupada. Já se perguntaram o que leva um Mestre a permanecer trabalhando nos três mundos e com Sua mente focalizada nos seus processos evolutivos? Já levaram em consideração o quê pode tê-Los intrigado e prendido Seu interesse? A atitude autocentrada da humanidade inclina-se a acreditar que a necessidade humana, e incidentalmente, a necessidade dos outros reinos da natureza, é tudo que leva a Hierarquia a prosseguir com seu trabalho de salvação e estimulação. Mas essa é apenas uma estimativa parcial do trabalho que Eles estão fazendo. Nos processos de realizar Seu trabalho, a consciência do Mestre está sendo sistematicamente expandida, e isto devido à natureza de Seu trabalho nos três mundos, o qual se torna necessariamente cada vez mais inclusivo. Esse é o efeito sobre Ele, à medida que Ele trabalha em benefício da humanidade ou em benefício de outros reinos na natureza. Há um efeito definido e evolutivo. Porém, nos três níveis superiores da Tríade Espiritual, um outro tipo de impulso evolutivo está dirigindo Suas atividades. Já lhes disse em outra ocasião que a consciência (como nós a compreendemos) está sendo transcendida, e um novo aspecto de sensibilidade universal está tomando o seu lugar. A este desenvolvimento dei o nome, inadequado, de Identificação. Esta é uma palavra que envolve a consciência, que invoca a vontade, que é dinâmica em sua natureza, inclusiva em contato, e que está também baseada na doutrina da não-separatividade.

Isto, todavia, é somente um começo de uma fase inteiramente nova de desenvolvimento; a consciência eventualmente cai abaixo do nível de percepção. Torna-se tão automática e não-registrada em sua expressão como o instinto animal o é para o ser humano. Ela funciona, mas o homem não está conscientemente sabedor disso. É um mecanismo protetor. O aspecto vontade da Mônada suplanta mas não invalida o amor (que por sua vez, se tornou instintivo); uma agudíssima admissão de identificação toma o lugar da inclusividade até então sentida e praticada. Talvez possa exprimir um pouco melhor o que quero dizer se lhes lembrar que o círculo com um ponto no centro é o símbolo do homem aperfeiçoado, o homem que se arredondou. Ele é inclusivo verticalmente (contato da alma) e horizontalmente (relacionamento humano), porém, permanece no centro de sua consciência e do seu autoimposto círculo-não-se-passa. Dali, ele jamais se move, porém está consciente, todo o tempo, de tudo que prossegue dentro de sua esfera de influência. Aqui está o símbolo do Mestre, sob um específico ponto de realização.

Porém, o Próprio Mestre não está estático. Seu campo de trabalho é claro; Seu reino de contatos - humano, subumano e super-humano - é também claro. Dentro do círculo-não-se-passa e no mundo de sensibilidade e em relação ao mundo da compreensão amorosa, Ele permanece o Mestre.

É neste preciso ponto no tempo e espaço que o trabalho de Transformação começa para o Mestre - uma transformação que é produzida pelo desdobramento e desenvolvimento tornados possíveis nos três níveis da Tríade Espiritual. Quando esta transformação tem lugar, sobrevêm uma nova atividade que, finalmente, capacita o Mestre a atravessar o círculo-não-se-passa planetário, e assim chegar à porta da Evolução Superior.

O que eu tenho agora a dizer pode tornar-se um pouco mais claro por meio do seguinte símbolo. O Mestre agora penetrou num outro nível cósmico, mas está ainda dentro da aura da Vida Una. Agora, o plano astral cósmico Lhe é revelado. Ele vê a razão porque, primeiro que tudo, a sensibilidade teve de ser desenvolvida; porque ela tivera de ser usada e dominada e finalmente tivera de ser completamente invalidada - invalidada de tal maneira que caiu abaixo do limiar da consciência. Não há miragem no plano astral cósmico, e somente aqueles que tenham dominado a reação sensível nos níveis do plano físico cósmico e estão completamente livres dela, podem então - através da vontade iluminada e através do poder dessa misteriosa qualidade (se é que posso chamar assim uma expressão factual) da identificação - dirigir o aspecto inferior do desejo cósmico no plano astral cósmico. Isto necessariamente tem de estar sintonizado com aquilo ao qual está irrevogavelmente relacionado. Esta identificação é, portanto, a mais elevada expressão do propósito divino no plano físico cósmico, mesmo enquanto seja o aspecto mais inferior do desejo astral cósmico. Portanto, meus irmãos, a transformação de que trata esta regra é a transformação da consciência em identificação. Mais do que isto não posso dizer. Não tenho palavras ou símbolos para expressar o verdadeiro significado.

Nesta linha de abordagem através da identificação, o Mestre constrói aquilo do qual a correspondência espiritual é o antahkarana manásico. O antahkarana que está agora emergindo é uma projeção do Ashram de um Mestre; há, portanto, sete caminhos para o Caminho da Evolução Superior. Estes sete caminhos correspondem aos sete Ashrams dos sete Raios; eles estão também relacionados com as sete iniciações, com os sete princípios do homem, e com todos os outros muitos setenatos. É a força da Vontade gerada pelo Mestre, durante o processo de

1. Conquista da quinta iniciação
2. Trabalho nos três mundos de salvação criativa
3. Atingir o propósito ashrâmico e a consequente atividade grupal
4. Manifestação da energia de raio
5. Demonstrar uma faculdade que somente é conhecida pelos iniciados que passaram além da terceira iniciação.

Isto proporciona a intenção focalizada que permite ao Mestre atingir aquilo que chamamos de transformação, e posteriormente, projetar o impulso dinâmico de Sua vontade espiritual de tal maneira que Ele consiga perfurar o círculo-não-se-passa planetário. Então é-Lhe dada a liberdade do mundo, e não apenas a liberdade dos mundos.

É óbvio que estão tratando do assunto da sexta iniciação. Quando esta iniciação é consumada, o Chohan transcende, então, os três mundos da Tríade Espiritual e fica focalizado como um “agente projetor da Vontade Iluminada" à medida que se expressa no plano monádico. Esta etapa de desenvolvimento é, na realidade, a iniciação da Ascensão, cujo verdadeiro significado será revelado por meio da próxima religião mundial.

Como um resultado disto, segue-se então, aquilo que é chamado a verdadeira Transfiguração. Isto permite ao iniciado trabalhar no plano logoico, o mais elevado plano físico cósmico. Isto é chamado, na fraseologia cristã, “sentar-se à mão direita de Deus no Paraíso". É aí que o homem que conquistou esta sétima iniciação é transfigurado. O primeiro contato vem ao longo da linha que ele projetou como resultado da transformação; é feito com Aquilo que sempre esteve pairando sobre Sanat Kumara. O Chohan acabou de receber a sétima iniciação.

6. Que o O. M. seja ouvido no centro do grupo, proclamando, Deus é Tudo.

Não pretendo interpretar esta frase final da Regra XIII. Seu significado está além da sua mais elevada compreensão. Ela diz respeito à transmutação do O. M. em seu SOM originador, trazendo certas transformações básicas e resultando numa transfiguração que se estende por todo o planeta e tem referência com uma certa grande iniciação planetária. Com estes assuntos nós nada temos a ver. Somente alguns dos Mestres mais avançados é que estão relacionados a eles. Portanto, nós esperaremos até que, por meio de resolução, tenhamos resolvido nossos problemas espirituais, transmutado nossa natureza inferior e nos submetido aos aspectos inferiores de ambas as transformações, e estejamos, consequentemente, prontos para a terceira iniciação - a da Transfiguração.

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