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CEOMT - Centro de Estudo da Obra do Mestre Tibetano


Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudos 026 a 050


Estudo 026

Propósito Protetor do Corpo Etérico (Da página 124 à 128 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Após a extensa elucidação anterior, deixaremos as coisas cósmicas e de difícil entendimento, para entrarmos no que se refere à evolução. Estudaremos a matéria do corpo etérico do homem e o dano que lhe pode ocasionar, se não preenche (por ter sido quebrada a lei) sua função protetora.

Antes de mais nada vejamos quais são essas funções protetoras:

Primeiro - A trama etérica atua como separadora e divisória entre o corpo astral e o físico denso.

Segundo - Permite a circulação ou afluência da vitalidade ou fluido prânico, ação que é realizada em 3 etapas.

Na primeira etapa são recebidos o fluido prânico e as radiações solares, que circulando 3 vezes pelo triângulo prânico e sendo distribuídos deste ao corpo denso através do corpo etérico, animam e vitalizam todos os órgãos físicos, o que permite que o corpo denso atue automática ou subconscientemente.

Quando o corpo etérico desempenha perfeitamente sua função, protege das enfermidades. O homem que absorve e distribui o prana corretamente, desconhece as doenças da carne. Os médicos devem ter isto em conta, porque, quando chegar a ser devidamente compreendido, trará mudanças fundamentais na medicina e ela, em vez de ser curativa, será preventiva.

Na segunda etapa os fluidos prânicos começam a fundir-se com o fogo da base da coluna vertebral (a bolsa de kundalini tríplice) e a impelir tal fogo lentamente para cima, transferindo seu calor (fogo por fricção , sob ação do aspecto Brahma ou terceiro raio ou aspecto Inteligência Ativa) dos centros situados abaixo do plexo solar aos 3 centros superiores, cardíaco, laríngeo e coronário.

Lembro aqui o que já foi explicado em estudo anterior. O fogo por fricção ou da matéria que se encontra na bolsa de kundalini é tríplice: reação nervosa (a parte elétrica, responsável por toda a atividade cerebral, nervosa e neuronial, sendo por isso do primeiro sub-raio), emanação prânica (responsável pela coesão celular e pelo trabalho coordenado de todas as células e órgãos em prol do eficiente funcionamento do organismo como um todo, sendo por isso do segundo sub-raio) e calor corpóreo (a parte por fricção ou da matéria pura, responsável pelo calor da célula e sua atividade rotacional e forma esférica, sendo por isso do terceiro sub-raio).

Essa interação na realidade se dá entre 3 tipos de fogo: reação nervosa, emanação prânica e calor corpóreo, localizados na bolsa de kundalini, na base da coluna vertebral etérica, de um lado, e eletricidade do sol (que chamam de fohat), raios de luz de aspecto prânico (que chamam de prana) e akasha (que chamam de kundalini), que recebemos do sol. Esta fusão se processa nos 3 pares: fohat/reação nervosa, prana/emanação prânica, akasha (kundalini do sol)/calor corpóreo. Como kundalini provoca o movimento de rotação, sua penetração nos chacras, que são vórtices rotacionais, faz com que a rotação dos chacras aumente, com a grande vantagem da presença do prana, que induz os chacras a se coordenarem melhor com seus correspondentes astrais, ao mesmo tempo que a dinamização, pelo calor, da tela etérica (que separa o chacra etérico do astral), permite um melhor contato com o mundo astral (função transcendente), além do grande aumento da função puramente orgânica do chacra junto ao organismo denso.

Simultaneamente a fusão de fohat/reação nervosa atua fortemente no sistema nervoso e no cérebro, intensificando os neurônios, isso além dos efeitos nos chacras, pois fohat, por ser energia do primeiro sub-raio, é essencialmente a energia de vida.

Dessa ação tripla (fohat, prana e kundalini, reflexo na matéria da fusão dos primeiro, segundo e terceiro raios) resultam:

melhor saúde física;

melhor fluxo de algumas energias superiores, que veremos já, com novos resultados altamente benéficos;

aumento da capacidade de contato com o mundo astral, sem prejuízo da consciência cerebral física.

Este é um processo largo e lento, quando é deixado unicamente a cargo das forças da natureza. Todavia, na atual estágio da humanidade é permitido em alguns casos acelerar o processo, para melhor equipar o mecanismo físico daqueles que trabalham para a humanidade. É o objetivo que persegue todo verdadeiro treinamento ocultista. Este aspecto do tema será tratado mais adiante, quando estudaremos o tópico que trata de kundalini e da coluna vertebral.

Na terceira etapa os 3 pares (fohat/reação nervosa, prana solar/emanação prânica e akasha do sol/calor corpóreo), já fundidos, sintonizados e sincronizados,melhor dizendo, os átomos portadores de cada tipo de energia sintonizados par a par, inicia-se a sintonização dos 3 pares entre si. Poeticamente falando, diríamos que os 3 pares de átomos portadores iniciam uma dança altamente dinâmica e sincronizada, em grande velocidade, provocando na matéria etérica oscilações que se manifestam como luzes de cores de uma beleza inimaginável. Isto resulta em certos efeitos, que veremos em seguida.

Produz a aceleração da vibração normal do corpo denso (suas células), para que responda com mais rapidez à nota superior do Ego. Este aumento da nota (frequência vibratória) do corpo denso advém do aumento da nota do corpo etérico. Com isto prossegue a elevação dos 3 fogos (reação nervosa, emanação prânica e calor corpóreo) através do tríplice canal da coluna vertebral etérica (sushuma, pingala e ida) , prosseguindo a fusão dos 3 pares.

Quando estes 3 fogos fundidos chegam a um chacra situado na parte inferior das omoplatas (que faz parte do triângulo prânico), ocorre sua total fusão.

Aí então a evolução é altamente acelerada, o que ocorre definidamente na primeira Iniciação, quando a polarização se fixa em qualquer dos 3 chacras superiores, dependendo do raio a que pertence o homem.

Como consequência dessa fusão e sintonia, tem lugar uma mudança na ação dos chacras, que se convertem em " rodas que giram sobre si mesmas" e seu movimento exclusivamente giratório transforma-se em atividade quadridimensional, com 4 direções simultâneas de movimento: linear (1 dimensão), na superfície (2 dimensões), no espaço (3 dimensões) e a rotação do conjunto todo sendo a quarta dimensão. Passam a ser centros giratórios irradiantes de fogo vivo.

Os 3 chacras principais da cabeça (a ordem consecutiva varia de acordo com o raio do homem) entram em atividade, desenvolvendo-se entre eles um processo semelhante ao efetuado no triângulo prânico.

Aí os chacras da cabeça deixam de reagir fracamente um ao outro, mas iniciam uma fase de intensa percepção e captação do calor e do ritmo dos outros, embora de forma separada. Então o fogo passa a saltar de um chacra para outro, ficando os 3 cada vez mais ligados por uma cadeia de fogo, até formar um triângulo ígneo, pelo qual os 3 fogos vão oscilando para trás e para frente, em vez de circular.

O fogo kundalínico produz o calor do chacra, assim como seu intenso fulgor e brilho, enquanto que o fogo prânico emanante produz crescente atividade e rotação, ao mesmo tempo em que fohat intensifica os dois.

À medida em que transcorre o tempo, entre as primeira e quarta iniciações, o corpo etérico e o tríplice canal da coluna vertebral ficam limpos e purificados gradualmente, graças à ação do fogo, até que (como dizem os cristãos) se queima toda a "escória" e nada mais impede o avanço desta chama.

Conforme os 3 fogos continuam sua tarefa e o canal vai ficando limpo, os chacras tornam-se mais ativos e o corpo se purifica, então, a chama do Espírito (a Mônada) ou o fogo proveniente do Ego desce com mais energia, até que emana da cúspide da cabeça uma chama resplandecente, surgindo para cima e através dos corpos, em direção à sua fonte de origem, o corpo causal. Lembrem-se de que até agora lidamos com os fogos da matéria, portanto os fogos da Alma só podem se manifestar, quando os fogos da matéria estão plenamente ativos e sintonizados ou fundidos.

Com a ativação simultânea dos fogos da matéria e do Ego, os da mente ou manas ardem com maior intensidade.

Estes são os fogos conferidos na individualização. São nutridos continuamente pelos fogos da matéria e seu calor aumenta devido ao fogo solar emanante, que tem sua origem nos níveis cósmicos da mente.

Este aspecto do fogo manásico se desenvolve como instinto, memória animal e recordação ativa, tão evidentes no homem pouco evoluído.

Com o passar do tempo, o fogo da mente arde com mais brilho, até que começa a queimar e transpassar a trama etérica - nessa parte da trama que resguarda o chacra situado na cúspide da cabeça (coronário), permitindo assim a entrada do fogo do Espírito (fogo elétrico).

Assim produz-se o seguinte:

A mente ou o aspecto vontade, desde o plano mental, dirige e regula conscientemente o fogo da matéria. Pelo poder mental do homem, mesclam-se os 3 fogos da matéria, primeiro entre si e depois com o fogo da mente.

Esta fusão destrói (por Lei e ordem) a trama etérica, trazendo a consequente continuidade de consciência, permitindo que penetre na vida pessoal do homem (em sua consciência cerebral física e em seu corpo físico), a "Vida mais abundante", o terceiro fogo do Espírito, fogo elétrico.

A precipitação do Espírito e a subida dos fogos internos da matéria (regulados e dirigidos pela ação consciente do fogo da mente) produzem os correspondentes resultados nos mesmos níveis dos corpos astral e mental, produzindo assim um contato paralelo e prosseguindo em forma ordenada a grande tarefa de liberação.

As 3 primeiras Iniciações aperfeiçoam e conduzem à quarta, quando a intensidade e unidade destes fogos consomem e destroem totalmente as barreiras, liberando o Espírito de sua tríplice envoltura inferior, mediante o esforço conscientemente dirigido.

O homem terá concluído assim, conscientemente, sua própria liberação.

Estes resultados são autoinduzidos pelo homem ao emancipar-se nos 3 mundos inferiores, sendo ele quem destrói a roda dos renascimentos, em vez de ser destruído por ela.

Pelo exposto, é evidente a grande importância que tem o veículo etérico ao atuar como fator separador dos fogos. Isto põe de manifesto os perigos a que está exposto quem trata de manipular ignorante, imprudente e caprichosamente estes fogos.

Se alguém, valendo-se do poder da vontade ou pelo desenvolvimento excessivo do aspecto mental do seu temperamento, adquire o poder de fundir e ativar os 3 fogos da matéria, corre perigo de obsessão, loucura, morte física ou de que uma terrível enfermidade ataque alguma parte do seu corpo; também corre o risco de que a força ativa suba de forma desordenada, forçando sua irradiação para chacras indesejados.

A razão disso está no fato de que a matéria do seu corpo não está suficientemente purificada, para resistir à união dos fogos e o canal ascendente da coluna vertebral encontra-se obstruído ou bloqueado e portanto atua como uma barreira, fazendo com que o fogo retroceda para baixo; este fogo (soma dos fogos produzidos pelo poder da mente, sem a simultânea descida do poder desde o plano do Espírito, ao queimar a tela etérica, permite a entrada de forças, correntes e até entidades estranhas e indesejáveis, que destroem, rasgam e deterioram o que restar do veículo etérico, dos tecidos do cérebro e até do próprio físico denso.

O homem desprevenido, que não sabe qual o seu raio e portanto não sabe a exata forma geométrica triangular do correto sistema de circulação entre um chacra e outro, fará o avanço dos fogos de forma errada, queimando assim os tecidos; isto terá como resultado (se não ocorrer algo pior) atrasar em várias vidas o relógio do progresso evolutivo, porque terá que dedicar muito tempo a reconstruir o destruído e a recapitular corretamente o trabalho que deve efetuar.

Se o homem persiste durante encarnações sucessivas nessa linha de ação, descuidando seu desenvolvimento espiritual e concentrando seu esforço intelectual na manipulação dos fogos da matéria para fins egoístas e se, apesar das advertências do seu eu interior e daqueles que vigiam, continua com esse comportamento durante um extenso período de tempo, pode provocar a própria destruição, que significa o fim do seu manvantara ou ciclo. Também, a união desses fogos, da matéria e da dupla expressão do fogo mental, pode chegar a destruir totalmente o átomo físico permanente e com isso cortar a conexão com o eu superior por hinos de tempo, o que quer dizer, por rondas ou cadeias (milhões de anos ou mais).

Helena Petrovna Blavatsky referiu-se a algo semelhante a isso, quando falou das "almas perdidas" aqui devemos enfatizara gravidade deste terrível desastre e advertir sobre os perigos que ameaçam aqueles que tratam de manipular os fogos da matéria. A fusão desses fogos deve ser o resultado do conhecimento espiritualizado, dirigida unicamente pela Luz do Espírito, que é amor e atua por meio do amor e busca a unificação e a fusão total, não do ponto de vista dos sentidos ou da satisfação material, mas com o objetivo de obter a liberação e a purificação e estabelecer a união superior com o Logos; tal união não deve ser desejada para fins egoístas, porque constitui a meta da perfeição grupal, cuja finalidade é prestar um maior serviço à raça.

Por hoje vamos encerrar nosso estudo. Como esse assunto é sumamente importante, não só para a saúde como para o processo evolutivo e iniciático, daremos maiores esclarecimentos no próximo estudo.

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Estudo 027

Esclarecimentos sobre o Propósito Protetor do Corpo Etérico (Da página 124 à 128 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Iremos hoje tecer alguns esclarecimentos sobre o que o Mestre Tibetano ensinou sobre o propósito protetor do corpo etérico.

Primeiramente Ele falou sobre a ação de filtragem da tela etérica (parte do corpo etérico), que filtra o que pode passar do corpo astral para o corpo etérico e daí para o cérebro físico, sede da consciência do homem encarnado.

Sem entrar no mérito da constituição da tela etérica, assunto que será estudado numa etapa mais avançada, informamos que essa tela fica situada entre os chacras etérico e astral, conforme o desenho abaixo:

Ao chacra astral chegam muitas energias contendo informações na forma de oscilações (chamadas vibrações comumente), energias essas que afetam o corpo astral, induzindo estados emocionais qualificados, que passam pela tela etérica, chegando ao chacra etérico e são conscientizadas pelo cérebro físico como emoções e sentimentos. Logicamente nesse processo físico são empregados neurotransmissores e ativados determinados hormônios, ou seja, ocorre uma ação bioquímica, como consequência.

Mas aquilo que os sentidos astrais percebem do meio exterior astral, com a visão, a audição, o tato astral (psicometria) e outros, não conseguem passar pela tela, devido à sua faixa vibratória limitada, uma vez que ela é sintonizada somente para aquilo que a consciência do homem pode suportar e lhe é útil para sua evolução.

É essa tela que começa a ser alterada em termos de resposta de frequência, quando os fogos, na fusão e dinamizados, sobem para os chacras acima do diafragma.

Quando os fogos chegam, por exemplo, ao chacra cardíaco etérico na primeira Iniciação, a rotação e oscilação dos vórtices (pétalas) aumentam de velocidade, frequência e amplitude.

Com isso a tela é afetada e também aumenta sua frequência, permitindo que mais energias e informações astrais passem para o chacra etérico (já apto para responder à maior frequência) e chegam à consciência cerebral. Não vamos agora entrar no mérito da natureza da informação que passa do chacra astral para o etérico.

Esse aumento de velocidade e frequência da tela e dos chacras vai num crescendo, até sua desintegração total (que o Mestre chama de queima), na quarta Iniciação, porque ela deixa de ser necessária.

Também não vamos tratar dos casos de ruptura e frouxidão da tela, que explicam muitas doenças mentais e físicas. Esse assunto é muito vasto e requer uma série de estudos especiais orientados para a cura.

Quanto à função de receptor, qualificador e distribuidor de prana, há muita coisa a ser esclarecida.

Mestre Tibetano, quando fala do fogo por fricção tríplice, que chega até nós proveniente do sol, classifica-os em 3 tipos: eletricidade (chamada fohat), raios de luz de aspecto prânico (chamado prana) e akasha (chamado kundalini). No planeta Ele define também 3 tipos: fluido elétrico (eletricidade terrestre), prana planetário e substância produtiva (kundalini terrestre). No homem Ele ainda menciona 3 tipos: reação nervosa (eletricidade do homem), emanação prânica e calor corpóreo (kundalini do homem), que permanecem armazenados na chamada bolsa de kundalini e são utilizados para a sobrevivência do homem.

Fica óbvio que para sobrevivermos temos de captar os 3 fogos do sol e os 3 fogos da terra, utilizá-los no nosso organismo e guardar o que sobrar em nossa bolsa de kundalini.

No útero da mãe, a criança utiliza os fogos da mãe. No processo de captação e qualificação dos 6 fogos (3 do sol e 3 da terra) para produzirmos o nosso, a fusão e sintonia deles 2 a 2 (elétrico do sol com elétrico da terra, prana do sol com prana da terra e kundalini do sol com kundalini da terra) não é perfeita no início da evolução.

Temos de sintonizá-los 2 a 2, para, numa etapa posterior, sintonizar os 3 pares sintonizados, o que ocorre no chacra entre as omoplatas do triângulo prânico.

É essa fusão e sintonia, que somente cada um pode fazer, que acelera nosso processo evolutivo e permitirá aos Hierofantes das Iniciações (Senhor Cristo ou Maitreya, nas primeira e segunda Iniciações e o Senhor do Mundo, Sanat Kumara, da terceira Iniciação em diante) elevar os fogos, após a abertura dos filtros nos canais, para os chacras superiores.

As moléculas do quarto éter tornam-se mais dinâmicas e com a purificação do corpo (duplamente, física e emocional, pela polarização mental), os terceiro e segundo éteres ativam-se até o atômico.

Com isso ocorre um grande ganho em capacidade intelectual com a intensificação do fogo chamado reação nervosa, que atua nos neurônios. Isso é necessário, porque a partir da segunda Iniciação o discípulo inicia imediatamente sua preparação para a terceira, a Transfiguração, sendo seu corpo mental altamente incrementado, o que exige um cérebro físico adequado para expressar todo o poder do corpo mental.

Mestre Jesus deixou isso bem claro, quando fez a simulação dessa Iniciação, ao subir ao monte Tabor, com João, Pedro e Tiago e seu rosto ficou resplandecente e emitia intensa luz, tendo aparecido a seu lado Elias e Moisés. Tal era o bem estar irradiado que os apóstolos propuseram fazer uma tenda e lá permanecerem.

Com a ativação dos 3 chacras da cabeça, após a sintonização ou fusão dos 3 fogos da matéria no chacra entre as omoplatas, o fogo solar da Alma ou Ego, que atua no corpo mental, também de forma tríplice, passa a atuar no fogo tríplice do corpo astral, melhorando o desempenho dos chacras do corpo astral e busca a sintonia com o fogo tríplice, já sintonizado, do corpo físico.

Com essa nova sintonia, à medida em que ela se aperfeiçoa, o fogo elétrico tríplice da Mônada é atraído, uma vez que os fogos tríplices inferiores já estão sendo preparados e, nessa fase, rapidamente começa então a fusão e sintonia do fogo elétrico tríplice da Mônada com o fogo solar tríplice da Alma e com o fogo por fricção tríplice do corpo físico.

Observem que quando o fogo solar tríplice da Alma se sintoniza e se funde com o fogo por fricção tríplice do corpo físico, ocorre a fusão plena da Alma com a personalidade (na terceira Iniciação).

Rapidamente o Iniciado chega à fusão e sintonia total entre os 3 fogos tríplices, elétrico da Mônada, solar da Alma e por fricção da personalidade, na quarta Iniciação, quando se dá a grande libertação dos mundos inferiores.

Mestre Tibetano diz: "Com a ativação dos fogos da matéria e do Ego, os da mente ou manas ardem com mais intensidade.

Estes são os fogos conferidos na individualização. São nutridos continuamente pelos fogos da matéria e seu calor aumenta devido ao fogo solar emanante, que tem sua origem nos níveis cósmicos da mente."

Percebemos nessas palavras uma nítida diferença entre o fogo solar do Ego e o fogo de manas.

O fogo tríplice de manas surge no processo de individualização. Na realidade é o fogo da matéria do corpo mental, que para a Mônada e a Alma é matéria, sutil mas é matéria.

O fogo solar do Ego ou Alma tem sua origem nos níveis cósmicos da mente, porque a essência do corpo causal (sede da Alma) é o Loto Egoico. O Loto Egoico é constituído pela substância de uma Entidade Dévica elevadíssima, chamada Anjo Solar, que se afasta voluntariamente do plano mental cósmico, onde reside, para construir o Loto Egoico, conferir ao homem a autoconsciência e velar pela evolução da Alma humana, ficando com ela até a quarta Iniciação, quando é liberado do seu sacrifício.

Falaremos em detalhes mais tarde do Anjo Solar e do Loto Egoico, todavia, considerando a sequencia dos assuntos do Tratado sobre Fogo Cósmico, falta muito tempo ainda para chegarmos lá.

Apresentamos a seguir um quadro visualizando o processo de fusão dos 3 fogos.

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Estudo 028

A Morte e o Corpo Etérico (Da página 128 à 132 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Não temos o propósito de expor fatos para que a ciência os verifique, nem indicar a direção do novo passo que devem dar os investigadores científicos; se isso acontecer, será casual e secundário.

Nosso propósito especial é assinalar o desenvolvimento e as analogias da tríplice totalidade (o Logos Solar), que faz do nosso sistema solar ser o que é - o veículo pelo qual uma grande Entidade cósmica, o Logos Solar, manifesta inteligência ativa com o propósito de demonstrar perfeitamente o aspecto amor da sua natureza.

Atrás desse desígnio existe um propósito, posterior e esotérico, oculto na Consciência Vontade do Ser Supremo, propósito que necessariamente manifestar-se-á quando tenha conseguido o atual propósito.

As alternâncias entre a manifestação objetiva e o obscurecimento subjetivo, a periódica exalação, seguida da inalação de tudo aquilo que foi levado a cabo e conquistado pela evolução, personifica, no sistema, uma das vibrações cósmicas fundamentais e a tônica dessa Entidade Cósmica da qual somos o corpo.

As batidas do coração do Logos Solar (se podemos nos expressar dessa forma tão inadequada) são a fonte de toda a evolução cíclica; daí a importância que se atribui a esse aspecto do desenvolvimento, denominado do "coração" ou do "amor" e o interesse que desperta o estudo do ritmo.

Isto não só é verdade, cósmica e macrocosmicamente, como também quando se estuda o ente humano. Subjacentes em todas as sensações físicas produzidas pelo ritmo (vibrações ou oscilações), pelos ciclos e pelas batidas do coração (que são ritmadas), encontram-se as analogias subjetivas - amor, sentimento, emoção, desejo, harmonia, síntese e ordem consecutiva - e atrás destas analogias encontramos a origem de tudo, a identidade desse Ser Supremo que assim se expressa.

Portanto, o estudo do pralaya, a extração ou retirada da vida do veículo etérico, não será diferente, seja que se estude a extração do duplo etérico humano, a do duplo etérico planetário ou do duplo etérico do sistema solar. O efeito é o mesmo e as consequências são semelhantes.

Qual é o resultado desta extração, ou melhor dizendo, o que causa esse algo que chamamos morte ou pralaya ? Devido a que temos adotado o estilo de um livro de texto, continuaremos neste tratado com nossos métodos de classificação.

A extração do duplo etérico do homem, de um planeta ou de um sistema, deve-se às seguintes causas:

a. Cessação do desejo - Deveria ser o resultado de todo processo evolutivo. A verdadeira morte, de acordo com a lei, é produzida por ter sido alcançado o objetivo e pela cessação da aspiração. Isso acontece quando o ciclo perfeito chega a seu fim, com respeito ao ser humano individual, ao Homem Celestial (o Logos Planetário) e ao Logos Solar mesmo.

b. Consecução da vibração adequada e a realização do trabalho para a redução e cessação gradual do ritmo cíclico. Quando a vibração ou nota é sentida ou emitida com perfeição, é produzida (no ponto onde se sintetiza com outras vibrações) a total desintegração das formas.

O movimento caracteriza-se como sabemos por 3 qualidades:

1. Inércia

2. Mobilidade

3. Ritmo

Essas 3 qualidades são experimentadas sucessivamente na ordem indicada e pressupõem um período de atividade lenta, seguido por outro de máximo movimento. Neste período intermediário (quando se buscam a nota e o grau de vibração exatos), ocorrem períodos de caos, de experimentação (tentativa e erro) e de compreensão (análise e entendimento).

Em continuação a estes dois tipos de movimento ( que caracterizam o átomo, o homem, o Homem Celestial ou grupo e o Logos Solar ou a Totalidade) vem um período de ritmo ou estabilização, em que se alcança o ponto de equilíbrio. O pralaya (ou a morte, outro nome) é a consequência inevitável da força equilibradora, que equilibra os pares de opostos.

c. Separação do corpo físico do corpo sutil, nos planos internos, mediante a desintegração da trama etérica. Isto provoca um tríplice efeito:

Primeiro - A vida que animou a forma física (tanto densa como etérica) e que partindo do átomo físico permanente "compenetrou o ativo e o estático" (o que se encontra em Deus, no Homem Celestial, no ser humano e no átomo da matéria), recolhe-se totalmente dentro do átomo no plano de abstração. Este "plano de abstração" é distinto para cada um dos entes implicados:

1. Para o átomo físico permanente é a esfera atômica.

2. Para o homem é o veículo causal.

3. Para o Homem Celestial é o plano monádico, onde habita.

4. Para o Logos Solar é o plano adi.

Estes pontos indicam onde desaparece a unidade no pralaya. Devemos ter presente na mente que sempre é pralaya observado de baixo. Desde a visão superior, que percebe o mais sutil pairando sobre e observando constantemente o denso, quando não está em manifestação objetiva, pralaya é simplesmente subjetividade, aquilo que é esotérico, não aquilo "que não é".

Segundo - O duplo etérico do homem, o do Logos Planetário, assim como o do Logos Solar, quando se desintegra, já não se polariza com seu morador interno e por isso pode evadir-se. Já não é (para expressar com outras palavras) fonte de atração nem ponto focal magnético. Converte-se em não magnético, cessando de ser regido pela grande Lei de Atração, por isso a desintegração é a condição imediata da forma. O Ego já não é mais atraído pela sua forma no plano físico e, mediante a inalação, retira sua vida da envoltura. O ciclo chega a seu fim, já foi levado a cabo o experimento, foi alcançado o objetivo - o qual é relativo em cada vida e em cada encarnação - então já não se deseja nada.

O Ego ou ente pensante perde seu interesse pela forma e dirige sua atenção internamente. Muda sua polarização e, com o tempo, abandona o corpo físico.

Semelhantemente, o Logos Planetário, durante seu ciclo maior (a síntese ou o conglomerado dos minúsculos ciclos das células de Seu corpo) segue o mesmo curso; deixa de ser atraído para baixo ou para fora e dirige seu olhar para dentro; recolhe internamente o conglomerado de pequenas vidas dentro de seu corpo, o planeta e corta a conexão. A atração pelo externo desaparece e tudo gravita para o centro, em vez de dispersar-se para a periferia de Seu corpo.

No sistema, o Logos Solar segue o mesmo processo; desde seu elevado lugar de abstração já não é atraído pelo seu corpo de manifestação, porque este deixou de interessar-lhe e os dois pares de opostos, o espírito e a matéria do veículo, se separam. Com esta separação, o sistema solar, o "Filho da necessidade" ou do desejo, deixa de ser e sai de sua existência objetiva.

Terceiro - Finalmente produz-se a dispersão dos átomos do corpo etérico, que retornam à sua condição primitiva. Retira-se a vida subjetiva, ativa-se a síntese da vontade e do amor. A sociedade é desfeita. Então a forma se desintegra, porque o magnetismo que a mantinha coerente e coesa já não está presente e a dispersão é total. Persiste a matéria, mas não a forma.

O trabalho do segundo Logos terminou e a divina encarnação do Filho chega a seu fim. Porém a faculdade ou qualidade, inerente à matéria, persiste e no fim de cada período de manifestação a matéria (embora volte ao seu estado primitivo) torna-se matéria inteligente ativa, incorporando o adquirido durante a objetividade e a acrescentada atividade latente e irradiante conseguida através da experiência.

Vamos dar um exemplo: a matéria indiferenciada do sistema solar foi matéria inteligente ativa e isto é tudo o que se pode afirmar dela. Tal matéria inteligente ativa era matéria qualificada por uma experiência anterior e colorida em uma encarnação anterior (sistema solar anterior). Agora esta matéria tem forma, o sistema solar não se encontra em pralaya, mas em objetividade; esta objetividade tem por meta agregar outra qualidade ao conteúdo logoico, a qualidade amor-sabedoria. Por conseguinte, no próximo pralaya solar no final dos cem anos de Brahma (311 trilhões e 40 bilhões de anos terrestres), a matéria do sistema solar estará colorida pela inteligência e pelo amor ativos, o que significa que sua cor será diferente da atual.

Isto quer dizer, textualmente, que o conjunto de matéria atômica solar vibrará, com o tempo, a um ritmo distinto do que era no alvorecer da manifestação, ou, segundo os físicos, no início do big bang.

Podemos aplicar este mesmo raciocínio ao Logos Planetário e à unidade humana, pois a analogia é perfeita. Em pequena escala, temos a analogia no fato de que em cada período da vida humana o homem ocupa um corpo físico mais evoluído e de maior sensibilidade, sintonizado em uma vibração mais alta, mais refinada e vibrando a um ritmo diferente. Estes três conceitos contêm muita informação, se forem estudados e ampliados.

d. A transmutação da cor violeta em azul. Sobre isto não podemos nos estender. Simplesmente vamos expô-lo, deixando sua elucidação aos estudantes cujo carma o permita e sua intuição esteja suficientemente desenvolvida. Se analisarmos o que o Mestre disse acima a respeito da coloração da matéria do atual sistema solar pela qualidade do amor-sabedoria em cima da qualidade da inteligência ativa, do sistema anterior e que cor é o resultado de vibração (oscilações cuja frequência determina a cor), entenderemos claramente o significado dessa informação. Quando o atual sistema solar começou, o Logos Solar, ao se apropriar da matéria virgem para formá-lo, imprimiu nela a vibração que estava armazenada em seu átomo físico cósmico permanente, vibração essa oriunda do aperfeiçoamento da qualidade inteligência ativa, que foi seu objetivo no sistema anterior. Ora, vibração tem frequência e a cor associada a essa frequência era o violeta.

Logo, quando o sistema atual começou, a cor que predominava era o violeta. Ao longo do processo de aperfeiçoamento da qualidade amor-sabedoria, objetivo atual do Logos Solar, a matéria foi respondendo a essa qualidade, melhorando sua frequência e forma de onda e, em consequência, a cor violeta foi se transformando lentamente, passando para a cor azul, a cor do amor-sabedoria. Por isso o nosso sistema solar na época do pralaya estará totalmente na cor azul-índigo, que é realmente a cor do amor-sabedoria.

O próximo sistema solar iniciará com a cor índigo, que será transmutada para uma outra cor coerente com a frequência que será imposta à sua matéria pela qualidade Vontade amorosa e inteligente, que será a nova meta do Logos Solar.

e. Mediante a extração da vida, a forma dissipar-se-á gradualmente. Resulta interessante observar a ação reflexa, pois os Construtores e Devas superiores, agentes ativos durante a manifestação, que mantêm a forma como um conjunto coerente, transmutam, aplicam e fazem circular as emanações solares, no pralaya não são mais atraídos pela matéria da forma e dirigem sua atenção a outra coisa.

No caminho da exalação (seja humano, planetário ou solar) estes Devas construtores (que estão no mesmo raio ou num complementar ao do ente que deseja se manifestar) são atraídos pela sua vontade ou desejo e executam sua tarefa de construção.

No caminho de inalação (humano, planetário ou solar) já não são atraídos e a forma começa a dissipar-se. Perdem seu interesse e as forças (entidades), agentes de destruição, efetuam o trabalho necessário de destruir a forma; dispersam-na (como se diz no ocultismo) aos "quatro ventos do céu" ou às regiões dos quatro alentos -quádrupla separação e distribuição. Aqui há uma sugestão que merece um estudo detido e atento.

Essa dispersão aos quatro alentos, citada pelo Mestre, significa a cessação da atividade conjunta na matéria da forma dos quatro tattvas, Pritivi (terra), Apas (água), Agni (fogo) e Vayu (ar). Quando a forma está integrada pela vida da Mônada, humana, Planetária ou Solar, os quatro tattvas atuam coordenadamente. Quando essa vida se retira, cada tattva vai agir separadamente em suas respectivas partículas. São os quatro elementos, muito citados, mas muito pouco compreendidos.

Embora não tenham sido descritas, como era de esperar, as cenas desenroladas no leito de morte, nem a dramática evasão do palpitante corpo etérico através do chacra coronário, mesmo assim foram dadas algumas das regras e propósitos que regem essa evasão.

Vimos que o objetivo de cada vida (humana, planetária ou solar) consiste em realizar e levar avante um propósito definido. Propósito que envolve o desenvolvimento de uma forma mais adequada para uso do Espírito (Mônada); uma vez isto conseguido, o Morador interno dirige sua atenção a outra parte e a forma de desintegra, depois de ter preenchido seu papel.

Isto nem sempre ocorre em cada encarnação humana ou planetária. O mistério da cadeia lunar é o mistério do fracasso. Conduz, uma vez compreendido, a levar uma vida digna, oferecendo-nos um objetivo que merece nossos melhores esforços. Tão pronto este aspecto da verdade seja reconhecido universalmente e o será, se a inteligência da raça se desenvolver suficientemente, então a evolução avançará com certeza e os fracassos diminuirão. Mais informações sobre o assunto morte serão encontradas no livro Cura Esotérica, do Mestre Djwal Khul (Mestre Tibetano), pela Sra. Alice Ann Bailey.

Ante esses ensinamentos tão sábios e úteis do Mestre Tibetano, só podemos concluir que o medo apavorante que a maioria da humanidade tem da morte é irracional, como é sem lógica a perseguição frenética da vida física eterna. A forma física só tem um objetivo: a aquisição de qualidades e capacitação para modalidades de vida de muitíssimo maior intensidade, impossíveis de serem vivenciadas numa forma densa, aprisionadora e fortemente limitante. O nosso amado Bodisattva, o Senhor Maitreya, o Cristo, que nos deu o exemplo, expressou muito bem essa vida mais plena, quando disse, através do Mestre Jesus: " Abandonai as falsas riquezas terrenas, que a traça e a ferrugem corroem e buscai a vida mais plena e os tesouros do Reino de meu Pai." Ele é de fato o caminho e ninguém vai ao Pai se não por Ele, porque Ele é o Iniciador nas primeira e segunda Iniciações e só na terceira Iniciação é que estaremos diante do Pai, Sanat Kumara, o Benditor Senhor do Mundo, a encarnação do Logos Planetário.

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Estudo 029

O Kundalini e a Coluna Vertebral - Introdução (Páginas 133 e 134 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Como a manipulação de kundalini em suas três modalidades é de alta periculosidade para aqueles não preparados e não possuidores do devido conhecimento, nossa passagem sobre esse assunto será breve.

Inicialmente devemos ressaltar que se trata da coluna vertebral etérica e não da estrutura óssea, comumente conhecida como espinha dorsal ou coluna vertebral.

Também lembramos que, quando se fala de coluna vertebral etérica, temos de separar a estrutura etérica que envolve e interpenetra a estrutura óssea e os três nadis, sushuma, ida e pingala, que serpenteiam pela coluna etérica.

Esses três canais principais passam pelo centro das vértebras e são na realidade condutores.

A contraparte etérica da estrutura óssea atua nessa e seu conhecimento é de grande utilidade na solução de problemas da coluna vertebral física, tão em voga atualmente. Todavia o nosso estudo não versará sobre esse assunto, mas sobre os canais pelos quais circula o fogo tríplice da matéria. É óbvio que o fogo, ao subir pelos canais, em virtude do campo de força que desenvolve em torno, atua na contraparte etérica e pode ser utilizado para resolver problemas da coluna física, mas para tal é necessário saber manipular esse campo de força, mas, como já disse, isso não é assunto para o momento.

Por conseguinte trataremos estritamente de:

a. o canal etérico,

b. o fogo tríplice que sobe por ele,

c. a fusão ou conjunção deste fogo tríplice no ponto situado entre as omoplatas,

d. a subida conjunta para a cabeça,

e. sua fusão oportuna com o fogo de manas, que eletrifica os três centros localizados na cabeça.

Com referência ao fogo de manas, lembramos que ele também é tríplice e é ativado pelo fogo solar da Alma, como também é estimulado pelo contato com o fogo da matéria, quando isso se dá em seu devido momento, dependendo unicamente do esforço e empenho de cada um em acelerar seu processo evolutivo. É muito importante não esquecer que as condições reinantes hoje em dia não são as mesmas do passado. Para o processo iniciático que ocorre no atual estágio da humanidade, em virtude do tremendo avanço da ciência e do aperfeiçoamento dos meios de comunicação e divulgação, como a internet, as exigências foram acrescidas.

É por isso que o Mestre Tibetano enfatiza a necessidade da polarização mental, com a saída da puramente devocional, que na maioria das pessoas é puramente astral. Nunca esquecer que o objetivo da quinta raça-raiz, a atual, é desenvolver a mente ou manas.

Cabe ainda lembrar que o fogo de manas nada mais é que o fogo da matéria mental.

Na antiga Índia os ascetas em busca da iluminação recolhiam-se em grutas ou matas, isolando-se assim da humanidade. O grande Senhor Buda demonstrou com a sua vida que não era assim que se conseguia a iluminação, mas no meio da humanidade e com ela convivendo e repartindo os conhecimentos adquiridos e as experiências vividas, para dar sua contribuição no sentido de acelerar a evolução dos outros, para que a meta da nossa cadeia seja atingida, que pelos menos 2/3 da humanidade recebam a quinta Iniciação planetária.

Como o Mestre dará a continuação (O kundalini e os três triângulos) informações que, entre outras coisas, envolvem o centro alta maior, necessário se faz tecermos alguns comentários sobre esse centro ou chacra.

Esse chacra está localizado na parte posterior da cabeça, um pouco acima da nuca. Ele foi desativado pela Hierarquia na raça atlantiana, em virtude do mau uso da clarividência astral.

Os atlantianos possuíam a clarividência astral de nascença. Eles não sabiam usar a mente analítica como a quinta raça-raiz o faz, pois sua meta era desenvolver a parte emocional, para consolidar o corpo astral. Todavia, por terem a clarividência astral, viam os seres da natureza efetuarem suas ações ao produzirem os fenômenos naturais.

Também viam as pessoas continuarem vivas após a morte física e livres das dores do corpo físico, bem como podiam se comunicar com elas.

Em consequência disso, incorreram em dois erros graves. Passaram a cometer o suicídio ante qualquer dor, pois sabiam que, mortos, iriam continuar vivos em outro tipo de matéria e livres da dor.

O outro erro foi mais grave. Por poderem observar os seres da natureza em seu trabalho normal, aprenderam por imitação a atuar também e a produzir fenômenos para se livrarem de inimigos, o que os levou à magia negra. Sabiam manipular o fogo por fricção elétrico proveniente do sol através de cristais e o utilizavam para matar seus inimigos. A situação tornou-se tão grave, a ponto de comprometer o Plano Divino, que a Hierarquia não teve outro jeito que não desativar o chacra alta maior ou carótido, desligando-o dos três canais principais que envolvem a coluna vertebral etérica. Com isso eles perderam a clarividência astral. O afundamento da Atlântida também foi uma consequência desse desvio do Plano Divino.

A religação desse chacra aos canais principais é tarefa do homem da quinta raça-raiz. Quando o homem se intelectualiza, inconscientemente ele começa a fazer essa religação. Por intelectualizar queremos dizer usar a mente analítica. Com a aquisição de mais conhecimentos, a prática da meditação ocultista e a purificação e o domínio dos veículos, esse chacra liga-se definitivamente aos canais principais, o que é acelerado pela fusão dos fogos no chacra entre as omoplatas, pois o salto se dá daí para o alta maior.

O chacra alta maior ou carótido tem relação com o bulbo raquidiano e com o plexo carotídeo. Constitui o chamado triângulo da cabeça, juntamente com os chacras coronário (ligado à glândula pineal) e frontal (ligado à glândula hipófise ou pituitária). O chacra frontal é o regente da personalidade e o coronário é o principal mecanismo pelo qual a Alma exerce seu domínio sobre o corpo físico. Por isso há uma íntima ligação entre o coronário e o frontal. Quando o alta maior está construído, o fogo tríplice unificado no chacra entre as omoplatas passa para ele e aí inicia-se a triangulação desse fogo tríplice em fusão com o fogo solar da Alma e o de manas, triangulação essa entre o alta maior, coronário e frontal. Com isso os sete chacras da cabeça e seus correspondentes centros no cérebro são despertados e iniciam um processo de dinamização, que prossegue num ritmo cada vez mais acelerado, dependendo muito do mecanismo disponível pelo discípulo.

Para esclarecer a relação do chacra alta maior ou carótido com a clarividência, apresentamos um esquema do livro Neuro anatomia funcional, de Ângelo Machado, da editora Atheneu, página 144.

Observem que o plexo carotídeo interno e o nervo carotídeo interno estão na área de atuação do chacra carótido (região da nuca), pertencem ao sistema simpático e se conectam (linhas vermelhas tracejadas no esquema) ao globo ocular. Não vamos entrar em detalhes funcionais do processo, porque não cabem neste estudo, que visa demonstrar a íntima relação entre o esoterismo e a neuro anatomia.

O esquema está ampliado para que vejam com detalhes essa importantíssima relação.

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Estudo 030

O Kundalini e os Três Triângulos (Da página 134 à 137 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Existe uma analogia muito interessante entre o triângulo da cabeça e o prânico, sendo aquele refletido no triângulo inferior, assentado na base da coluna vertebral. Temos pois três triângulos de suma importância no corpo humano:

a. na cabeça: a glândula pineal, a glândula pituitária ou hipófise e o centro alta maior;

b. no corpo médio: o baço, o centro acima do diafragma e o centro entre as omoplatas, formando o chamado triângulo prânico;

c. na base da coluna vertebral: o ponto na base da coluna vertebral e os dois órgãos sexuais (dois testículos no homem e dois ovários na mulher).

A relação entre esses órgãos físicos e os chacras é a seguinte: glândula pineal? chacra coronário - glândula pituitária? chacra frontal - centro alta maior (região do bulbo, incluindo o corpo carotídeo)? chacra alta maior; ponto na base da coluna vertebral? chacra básico; órgãos sexuais? chacra sacro.

O aspecto sexual não será tratado aqui, porque esse assunto não deve interessar muito ao verdadeiro ocultista, mas cabe enfatizar que na transferência dos fogos do triângulo inferior para os superiores está a redenção do homem.

A fusão ou sintonia dos fogos sintonizados da matéria com os da mente tem como resultado a energização de todos os átomos de matéria que compõem o corpo físico etérico. Como isto ocorre em termos fisiológicos?

Quando se dá a fusão ou sintonia máxima entre o calor corpóreo (kundalini propriamente dito), a emanação prânica e o reação nervosa (o fogo elétrico da matéria, que sustenta toda a atividade cerebral e nervosa), no chacra entre as omoplatas, o fogo solar da Alma e o fogo tríplice de manas são atraídos para o chacra alta maior, provocando o salto do fogo tríplice sintonizado do chacra entre as omoplatas para o alta maior. Inicia-se então a sintonia com os fogos solar e de manas. Disso resulta uma intensa dinamização dos fogos da matéria, ou seja, o homem passa a dispor de um calor corpóreo muito mais forte e dinâmico, de uma emanação prânica também muito mais forte e de um reação nervosa também muitíssimo mais forte. Como consequência o homem terá um metabolismo mais intenso (calor corpóreo), um excelente funcionamento dos órgãos (emanação prânica) e uma atividade cerebral e nervosa altamente eficientes (reação nervosa), resumindo, a sua saúde tornar-se-á muitíssimo melhor e sua resistência ao cansaço e às doenças aumentará imensamente.

Não explicarei no momento o mecanismo operacional dessa intensificação e difusão dos fogos, que agem através de átomos, em virtude de sua complexidade, como também é complexo o mecanismo de operação das pétalas dos chacras, ao exercerem suas ações nos órgãos do corpo denso. Esta explicação requer uma série de estudos. Em época oportuna tratarei disso.

Este é o segredo da enorme resistência que possuem os grandes pensadores e trabalhadores da raça (humanidade). Também são estimulados com a fusão os três centros superiores do corpo: - cabeça, coração e laringe - , considerando os três centros da cabeça como sendo um centro, ficando esta região do corpo eletrificada (não esquecer a ação elétrica do reação nervosa).

Cabe aqui explicar que a transferência dos fogos da matéria do chacra umbilical para o cardíaco ocorre na primeira Iniciação, após o aspirante ter feito a transferência do triângulo inferior (básico e sacro - dois órgãos sexuais) para o umbilical. A transferência do cardíaco para o laríngeo se dá na segunda Iniciação.

Vemos pois que duas ações se desenvolvem simultaneamente: de um lado o trabalho do homem em captar e processar os fogos tríplices por fricção do sol em seu triângulo prânico e os da terra, qualificando-os e armazenando-os em sua bolsa de kundalini (regida pelo chacra básico), para em seguida intensificá-los e sintonizá-los no chacra entre as omoplatas.

De outro lado, o trabalho para transferir os fogos do triângulo inferior para o superior. A ação no triângulo prânico afeta todos os chacras, uma vez que sua energia é distribuída por todos eles. Vemos portanto duas ações paralelas que se realimentam. Essa ação é intensificada, quando ocorre o salto dos fogos fundidos e sintonizados do chacra entre as omoplatas para o alta maior.

Quando o fogo solar da Alma juntamente com o fogo de manas passa a circular no triângulo da cabeça (alta maior, pineal e pituitária), em processo de fusão com o fogo já sintonizado da matéria, o fogo elétrico tríplice da Mônada é atraído. Melhor dizendo, a Mônada (o Pai nos céus), vendo que seu reflexo está preparado, decide com grande vontade tomar posse definitiva dele.

Esse fogo elétrico tríplice da Mônada ou fogo do Espírito penetra no corpo físico pelo chacra coronário.

Também nessa fase existe uma intensa movimentação de átomos, transportando o fogo elétrico tríplice da Mônada, todavia a explicação desse fenômeno ficará para mais tarde.

Também nessa fase o Loto Egoico já está com as pétalas da primeira fileira totalmente abertas (as pétalas do conhecimento) e em coordenação as da segunda fileira (do Amor-Sabedoria-Razão Pura). Esse assunto, como já disse, será explicado mais tarde, mas desde já asseguro que é da máxima importância nos tempos atuais.

Com a penetração do fogo elétrico tríplice da Mônada no chacra coronário, suas pétalas (48x2x10+12=972) passam a girar em altíssima velocidade, ao mesmo tempo em que aumentam seu campo de giro, ou seja, alargam-se. Este chacra é o sintetizador, pois controla todos os outros chacras e deles recebe informações.

O estímulo aplicado aos chacras do corpo etérico é duplicado em consequência dessa vivificação do chacra coronário, por ser ele o ponto de fusão ou sintonização dos três fogos - da matéria, da Alma e da Mônada.

A penetração do fogo elétrico da Mônada é iniciada a partir da segunda Iniciação, a partir da terceira Iniciação ela se intensifica. Aí a energização resultante é tão forte que começa o processo de combustão, ou melhor dizendo, de desintegração.

Essa combustão deve ser encarada da seguinte forma: quando um átomo químico atinge uma massa muito grande, como o urânio ou o rádio, ele se torna radioativo, emitindo partículas e energia, porque está com excesso dela e não consegue retê-la. Igualmente quando os átomos do corpo físico ficam repletos dessas energias, fogo por fricção, fogo solar e fogo elétrico, todos os três em perfeita sintonia, harmonia e em perfeita fase, com o consequente rendimento máximo, o movimento é tão forte que a desintegração se inicia. Isso vai num crescendo, até que na quarta Iniciação tudo se desintegra, ocorrendo a combustão final, como ocorre numa supernova. Não devemos esquecer que esse processo de dinamização pela ação conjunta dos três fogos ocorre nos corpos astral, mental inferior e mental superior ou causal. Devemos ter sempre em mente que existe o fogo por fricção da matéria astral, da mental inferior e da causal.

A fusão dos fogos da matéria é o resultado do crescimento evolutivo, quando a ação do tempo permite um desenvolvimento lento e normal. A conjunção de ambos os fogos (fogo por fricção/por fricção e fogo por fricção/solar) vem efetuando-se desde os começos da história do homem e produz essa vigorosa saúde de que goza aquele que leva uma vida pura e possui ideias elevadas.

Uma vez que os fogos da matéria tenham subido (unidos) algo mais pelo canal etérico da coluna vertebral, põem-se em contato com o fogo de manas à medida em que é irradiado do chacra laríngeo. Aí o homem começa a trabalhar com mais intensidade seu fogo por fricção/elétrico, o chamado reação nervosa, aumentando sua atividade intelectual.

Aqui é essencial pensar com claridade, pois é necessário esclarecer um pouco este tema tão complexo.

1. Os três centros maiores da cabeça (desde o ponto de vista físico) são:

a. alta maior;

b. a glândula pineal;

c. a glândula pituitária.

2. Formam um triângulo manásico, após a união de seus fogos com os dos dois triângulos inferiores, como por exemplo ao sintetizarem-se estes dois no chacra entre as omoplatas. Não esquecer que na realidade são os mesmos fogos (calor corpóreo, emanação prânica e reação nervosa), que são transferidos do triângulo do básico para o triângulo prânico, ao mesmo tempo em que são transferidos para o chacra umbilical, daí prosseguindo para o cardíaco, mas aqui é outra história, ou seja, o trajeto umbilical - cardíaco - laríngeo.

3. Porém o triângulo puramente manásico, antes dessa fusão, está formado por:

a. o centro laríngeo (o chacra alta maior ainda não está ativado;

b. a glândula pineal;

c. a glândula pituitária.

Isto ocorre durante o período em que o ente humano possui aspirações em forma consciente e aplica a vontade no aspecto evolutivo, dando assim um caráter construtivo à sua vida.

O outro fogo, o da matéria (o fogo tríplice), é atraído para cima, misturando-se com o fogo de manas ou mente, ao efetuar-se a união no centro alta maior. Este centro ou chacra está situado na base do crânio, existindo uma pequena separação entre este centro e o ponto no canal da coluna vertebral etérica donde surgem os fogos da matéria. Parte do trabalho do homem que está desenvolvendo seu poder mental consiste em construir um canal provisório com matéria etérica, para eliminar essa separação. Esse canal é o reflexo do Antakarana no corpo físico, ponte que o Ego (sinônimo de Alma) tem de construir entre o mental inferior e o superior - entre o veículo causal no terceiro subplano do plano mental e o átomo manásico ou mental permanente no primeiro subplano, para em seguida conectar com a unidade mental, para ser estabelecido o canal de comunicação com a Tríade Superior - Atma-Budi-Manas.

Tal é o trabalho que estão realizando inconscientemente os pensadores avançados. Uma vez construída esta ponte, os corpos físico e astral do homem se coordenam com o corpo mental e fundem-se os fogos da matéria física, da matéria astral e da matéria mental, sob o comando do fogo solar da Alma, pois o Antakarana permite a passagem do fogo elétrico da Mônada para os veículos inferiores.

Segundo o Mestre Tibetano, o Antakarana deve ser construído conscientemente pelo homem. No livro Los Rayos y Las Iniciaciones, o Mestre ensina as regras para a sua construção científica, na página 364, sob o título La Ciencia del Antakarana, até a página 436.

Isto completa o aperfeiçoamento da vida da personalidade. Como foi dito anteriormente, este aperfeiçoamento leva o homem ao portal da Iniciação - o que é o sinal de que o trabalho foi realizado e marca o fim de um ciclo de menor desenvolvimento e o começo da transferência de todo o trabalho a uma espiral mais elevada.

Devemos recordar que os fogos da base da coluna vertebral e o triângulo do baço são fogos da matéria. Isto não deve ser esquecido nunca, tão pouco devemos confundi-los. Não têm efeito espiritual e concernem unicamente à matéria onde estão situados os centros de força.

Tais centros são dirigidos pela mente ou manas, ou pelo consciente esforço do ente imanente, o Ego; porém este não pode realizar seu intento até que os veículos (pelos quais trata de expressar-se) e os centros diretores e energizantes respondam adequadamente.

Somente durante o transcurso da evolução e uma vez que a matéria desses veículos esteja suficientemente energizada pelos seus próprios fogos latentes, poderá o ente realizar este tão ansiado propósito. Daí também a necessidade de que o fogo da matéria suba a seu próprio lugar e ressuscite de seu largo enterro e aparente envilecimento, antes de poder unir-se com seu Pai no Céu, o Terceiro Logos, A Inteligência da matéria mesma. Aqui a analogia também é exata. Incluso o átomo do plano físico tem sua meta, suas iniciações e seu triunfo final.

Mais adiante, na duas partes imediatas, trataremos de outras facetas deste tema, tais como as relações dos centros e do fogo do Espírito (fogo elétrico) com manas e a eventual fusão dos três fogos. Nesta seção nos limitamos a estudar a matéria e o fogo e não devemos nos desviar do tema, para evitar confusões.

Para melhor esclarecimento apresentamos o desenho abaixo, no qual são visualizadas as condições dos triângulos do homem, nas suas três fases principais, homem comum, aspirante já no caminho e Iniciado já com as primeira e segunda Iniciações.

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Estudo 031

O Despertar de Kundalini (Páginas 137 e 138 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Vamos hoje dar informações sobre um assunto de suma importância não só sob o ponto de vista de saúde, como de evolução. Todo o conhecimento já passado, através dos estudos anteriores, deve estar bem assimilado e consolidado, para um bom entendimento do que vai ser dito agora.

O corpo etérico do homem tem três canais principais, nos quais estão fixados os chacras principais, chamados sagrados, bem como os demais, por derivações. Esses três canais são denominados ida, pingala e sushuma (o central). Ida é para a circulação do fogo por fricção/por fricção, denominado comumente kundalini ou calor corpóreo. Pingala é para a circulação do fogo por fricção/solar, chamado emanação prânica. Sushuma é para a circulação do fogo por fricção/elétrico, denominado reação nervosa, isto sob o ponto de vista da matéria.

A fusão do calor corpóreo com a emanação prânica já está feita na raça atual, pelo processo evolutivo normal, não sendo portanto motivo de preocupação. Mas esses dois fogos fundidos só circulam livremente por um canal, ida. Pelos outros dois canais a circulação é somente para manter a vida física: emanação prânica por pingala e reação nervosa por sushuma. É necessário que se faça uma segunda fusão, com o reação nervosa, para ocorrer uma livre circulação por pingala e posteriormente por sushuma. Com essa segunda fusão e limpeza de pingala, os fogos fundidos circularão livremente por ida e pingala.

Quando essa fase é atingida, o fogo de manas é atraído a partir do chacra laríngeo, conforme vimos no último estudo. O fogo reação nervosa (que é fogo da matéria e por si só apenas produz ação fisiológica no sistema nervoso e no cérebro) tem especial atração para o fogo de manas, devido à sua função de atuar no cérebro, sede da expressão material do Pensador ou Ego.

Inicia-se então uma estimulação do fogo reação nervosa pela ação do fogo de manas. Essa dinamização da reação nervosa juntamente com o fogo de manas limpa o sushuma, ao mesmo tempo em que é acelerada a fusão dos três fogos da matéria, calor corpóreo, emanação prânica e reação nervosa no chacra entre as omoplatas.

Conforme já vimos, o triângulo prânico é interligado por três canais, cada um para um tipo de fogo da matéria. Com essa dinamização, o calor gerado em termos de energização é tão forte, que não só toda a sujeira existente nos três canais é queimada, como eles começam a se unir, terminando por se transformarem num canal único.

Quando isso ocorre, dá-se o salto dos fogos fundidos do chacra entre as omoplatas e o alta maior ou carótido, iniciando-se a fusão deles com os fogos de manas e o solar do Ego.

Quando ocorre o salto do chacra entre as omoplatas e o alta maior, a ligação entre esses dois chacras permanece, o que leva a um novo estágio circulatório, ou seja, passam a circular pelos canais unidos do triângulo prânico e por ida, pingala e sushuma os três fogos fundidos da matéria mais os fogos de manas e solar, do Ego, ao mesmo tempo em que a triangulação na cabeça começa a atrair o fogo elétrico da Mônada para o chacra coronário, que rege a glândula pineal.

Neste estágio, a energização nos canais ida, pingala e sushuma é tão forte, que eles começam a se unir, acabando por se transformarem num canal único. Na linguagem da eletrônica diríamos que a voltagem torna-se tão elevada, que é vencida a tensão de ruptura do isolante entre os três canais e ocorre um curto-circuito e o calor gerado provoca a fusão dos três condutores, o que na realidade são os canais. Mas isso é apenas uma analogia, na realidade o que ocorre é o seguinte: pelos três canais ou condutores passam os fogos transportados por átomos físicos primordiais; como os átomos físicos têm associado um campo de força formado por uma nuvem de moléculas astrais em ângulo de noventa graus, à medida em que os fogos aumentam de intensidade pela fusão e pelo uso adequado pelo Pensador, esse campo também aumenta não só de intensidade como de raio, ou seja, expande-se; assim, paulatinamente, os campos dos três condutores se aproximam e começam a interagir, entrando em sintonia e com isso iniciam uma atração entre si; com essa atração e essa sintonia os três condutores entram em perfeita harmonia e passam a ser um único condutor, de muito maior condutância (termo usado na eletrônica e que significa capacidade de conduzir corrente elétrica).

Com isso a alta energia conquistada pelo homem pode circular livremente, sem perdas, por um canal único e com resistência zero. Esse fenômeno é semelhante ao da física, em que na temperatura próxima do zero grau Kelvin (-273,1º C) a resistência do condutor cai a zero ohm e a corrente elétrica fica circulando perpetuamente, ou seja, os elétrons portadores de carga ficam circulando no condutor continuamente, sem nenhuma perda, sendo gerado um campo magnético muito forte, contrapondo-se à força gravitacional, na experiência de levitação. São os chamados supercondutores. A experiência é feita da seguinte forma: colocando-se um prato de chumbo num banho de hélio liquefeito (-269ºC) , o prato de chumbo converte-se num supercondutor. Pondo-se uma pequena barra imantada nas suas proximidades, ela induz uma corrente elétrica no prato de chumbo. Não encontrando resistência, a corrente elétrica transforma o chumbo num poderoso eletroimã, que faz a barra flutuar.

Citei esse fenômeno da física no atual contexto para mostrar uma analogia muito interessante. Assim como a zero grau Kelvin cessa toda a resistência do condutor, permitindo a levitação pelo campo magnético associado ao elétron, da mesma forma quando o homem consegue eliminar toda resistência existente em seus condutores do corpo etérico (os canais), ele consegue a liberação final, ou seja, a levitação, cessação de qualquer atração pelos mundos materiais. Nessa analogia o zero grau Kelvin da física equivale ao completo autodomínio da Mônada sobre seus veículos inferiores, via Ego, que faz cessar qualquer movimento de resistência, permitindo assim que os fogos superiores fluam livremente e executem seu trabalho de adequar os veículos à perfeita expressão das qualidades da Mônada.

A dinamização, estimulação e fusão dos fogos deve ser conseguida pela disciplina, meditação, vida pura em todos os sentidos, pelos atos, palavras, pensamentos, emoções, no corpo físico, pela higiene normal, alimentação adequada, sem carne, exercícios físicos corretos, descanso suficiente, tranquilidade, prestação de serviço dentro do alcance, uso contínuo da mente analítica (não a mente julgadora e separatista, mas a mente que analisa para entender e melhor servir e ajudar), pelo estudo, pela aquisição de conhecimentos, enfim procurando ver o real por detrás do aparente e, acima de tudo, pelo autoconhecimento.

Não há perigo em usar os fogos da matéria para obter saúde, mas para isto é necessário muito conhecimento de si mesmo e dos mecanismos do corpo etérico e entender perfeitamente o significado de cada tipo de fogo. Sem esses conhecimentos, aliados a um grande domínio de si mesmo, o que significa uma forte VONTADE, torna-se perigosíssimo qualquer manipulação dos fogos.

Conforme diz o Mestre Tibetano, quando o Cristo menino nasce na caverna do coração, então o Hóspede Divino pode controlar consciente e eficientemente os corpos inferiores, através da mente consagrada. A expressão " O Cristo menino nasce na caverna do coração" significa a primeira Iniciação, quando os fogos são transferidos do chacra umbilical para o cardíaco. Cabe aqui lembrar o episódio da vida do Mestre Jesus, quando Ele, aos 12 anos, foi para o Templo em Jerusalém e assombrou os sacerdotes com a sua sabedoria e conhecimento. O fato de Ele ter 12 anos e serem 12 as pétalas do chacra cardíaco, para o qual os fogos são transferidos na primeira Iniciação é muito significativo, pois o Mestre rememorou simbolicamente as três Iniciações que já tinha: a primeira, o nascimento, nesse episódio, a segunda, no Batismo no Rio Jordão e a terceira, na Transfiguração no Monte Tabor.

Somente quando Budi (Amor-Sabedoria-Razão Pura) assuma fortemente o controle da personalidade (os três veículos inferiores), por meio do corpo mental (daí a necessidade de construir o Antakarana), a personalidade responderá ao que está acima e os fogos inferiores subirão e fundir-se-ão com os superiores.

Unicamente quando o Espírito (a Mônada), pelo poder do pensamento, controla os veículos materiais, a vida subjetiva assume o lugar que lhe corresponde. O DEUS interno brilha e resplandece até que a forma se perde de vista e " o caminho do justo brilhe cada vez mais até que o dia esteja com conosco. "

Apresentamos a seguir um desenho, mostrando as diversas fases do despertar dos fogos da matéria.



O iniciado com a segunda iniciação, em preparação para a terceira, com os três canais em adiantada fusão, os Chacras da cabeça bem unidos, com os Fogos fundidos circulando intensamente entre eles, os sete Chacras da cabeça bastante ativados, havendo também circulação de fogos entre eles, o triângulo Prânico em perfeito funcionamento e os Chacras Cardíaco e Laríngeo grandemente expandidos, já girando em quatro dimensões, apresentando ao clarividente uma visão de esplêndida beleza. Acima de tudo destaca-se pela grandiosidade o Antakarana, emitindo em toda a Glória as vibrações inerentes aos raios da Mônada (o principal) e do Ego (secundário), na forma de belíssimas cores.

O fim do grande ciclo da Mônada (o ciclo do Ego), aproxima-se. A forma está quase pronta para expressar a glória da Jóia no Loto (o Ego). Brevemente o iniciado estará face a face com o Senhor do Mundo (nosso Logus Planetário em encarnação, portanto nosso Deus ao alcance imediato, para logo a seguir receber a quarta iniciação, da renuncia, quando ver-se-á totalmente liberto da roda encarnatória dos mundos inferiores, para iniciar um novo grande ciclo de glórias muito maiores, usando apenas a Tríade Superior, a partir do plano Búdico, tudo isso está ao alcance de todos, desde que façam o esforço necessário.

Por hoje encerramos nosso estudo, para voltarmos com o tema O Movimento nos Planos Físico e Astral - Considerações Preliminares - O Tríplice Objetivo, A Tríplice Função e A Tríplice Atividade, da página 139 à 143 do Tratado sobre Fuego Cósmico. Como veem, a palavra Movimento deve ser tomada ao pé da letra, pois trata-se realmente de movimento, como ensina o Mestre Tibetano, uma vez que todo o mundo fenomênico, quer o físico, quer o emocional (astral), resulta do movimento de partículas, tudo como consequência da lei que impera no plano Adi, a Lei da Vibração, e vibração é movimento de partículas e, em consequência desse movimento de partículas, tudo o que é composto de partículas se movimenta. Então, conhecendo-se as leis básicas que regem os movimentos das partículas, poderemos conhecer os movimentos de tudo o que é constituído por elas, incluindo nossos veículos, nossas sensações e nossas emoções e assim saber controlá-los.

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Estudo 032

O Movimento nos Planos Físico e Astral - Considerações Preliminares - O Tríplice Objetivo, A Tríplice Função e A Tríplice Atividade. (Da página 139 à 142 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Hoje entraremos na seção E da Primeira Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico. Esta é a penúltima seção da Primeira Parte deste valiosíssimo livro científico, que esclarece dentro de uma perfeita lógica não só o universo visível como o invisível aos nossos olhos físicos e aparelhos científicos, universo invisível esse que a ciência atualmente denomina de matéria e energia escuras, constituindo aproximadamente 95% do total calculado para haver coerência entre as velocidades dos corpos celestes e as leis de Newton que regem a dinâmica celeste.

Nessa primeira parte o Mestre Tibetano explica os fogos internos, que alimentam a matéria física, astral e mental. Na segunda parte Ele analisará o Fogo da Mente ou Manas e o Fogo Solar, descendo a detalhes científicos de uma importância tão grande, que a maioria da humanidade nem pode imaginar. Brevemente chegaremos lá.

Iniciando o Mestre adverte e enfatiza que o movimento que vai considerar é produzido pelo fogo latente da própria matéria.

Este movimento é a característica principal e a qualidade básica do Raio Primordial de Inteligência Ativa, ou seja, a faculdade de maior realce do Terceiro Aspecto do Logos Solar, chamado Terceiro Logos (Brahma na linguagem oriental), considerado como Criador.

Essa faculdade é o produto de um sistema solar anterior. Vamos relembrar um pouco o passado do nosso Logos Solar. Um sistema solar é a encarnação física cósmica de um Logos Solar. Esse sistema compõe-se de sete estruturas, que se interpenetram, na realidade na forma de esferas, como veremos em continuidade aos nossos estudos. Essas esferas ou estruturas são: os planos adi, monádico, átmico, búdico, mental, astral e físico, que em conjunto constituem o físico cósmico.

No sistema anterior o nosso Logos Solar empenhou-se em desenvolver ao máximo a faculdade Inteligência Ativa, que é a atividade da matéria. Esse objetivo Ele conseguiu. Agora, no atual sistema, Ele se propôs desenvolver ao máximo a faculdade Amor-Sabedoria-Razão Pura, servindo-se da Inteligência Ativa como ferramenta, ou seja, Ele quer expressar na maior perfeição possível o Amor-Sabedoria-Razão Pura através da matéria que Ele aperfeiçoou no outro sistema. É como o artista que quer colocar na sua criação toda a beleza que consegue criar em seu interior, quer seja um pintor, um escultor, um compositor, um poeta ou qualquer pessoa que busca a perfeição em algum campo e quer exteriorizar essa perfeição.

Os três Aspectos do Logos estão em manifestação simultânea e personificados nos três Logos que aparecem no plano Adi (Mar de Fogo), no V diagrama da página 296, Evolução de um Logos Solar, do Tratado sobre Fogo Cósmico.

Para um melhor entendimento desses três Logos que personificam os três aspectos do Logos Solar no plano adi, façamos uma analogia com o homem. Quando o homem pensa, ele utiliza seus neurônios e os neuro transmissores. Ora, o que acontece nos neurônios, troca de íons transportando carga elétrica, é o movimento e a atividade de pequenas vidas, que adquirem experiência através dessa atividade, o mesmo acontecendo com os neuro transmissores, que saem das vesículas sinápticas para o outro neurônio, para ocorrer a devida comunicação entre eles. Portanto o pensamento do homem é executado por essas microscópicas vidas, para as quais o homem é o Deus ou o Logos. Com isso o Jiva encarnado aprende, desenvolve qualidades e ajuda outras vidas a evoluírem.

Da mesma forma, quando o Logos Solar pensa, são os três Logos no plano adi que executam o pensamento do Logos em seu corpo físico cósmico, fazendo um trabalho semelhante ao dos neurônios e neuro transmissores. É óbvio que a diferença dessa atividade é incomensurável, havendo apenas uma semelhança de função.

Cada Logos personifica e põe em atividade os três aspectos do Logos Solar, porém cada um vivencia em muito maior intensidade um determinado aspecto. No atual sistema solar o Logos que expressa a Inteligência Ativa é o mais desenvolvido, em virtude de ter sido o mais utilizado no sistema solar anterior. Mas Ele trabalha em perfeita harmonia com seu irmão, o Logos do Amor-Sabedoria-Razão Pura, porque o Logos Solar, atualmente, pensa intensamente em Amor-Sabedoria-Razão Pura.

De modo análogo, cada Jiva encarnado, o homem, tem sempre uma determinada qualidade que o caracteriza em relação aos demais Jivas, embora apresente outras qualidades. Essa questão de qualidades do Jiva encarnado está muito bem expressa nos 12 trabalhos de Hércules.

Uma vez bem esclarecida essa questão, vamos para os movimentos resultantes da ação dos três Logos, considerando a tríplice meta, a tríplice função e a tríplice atividade.

O Terceiro Logos, Inteligência Ativa - Atua por movimento rotatório ou rotação compassada da matéria do sistema; primeiro põe em movimento todo o material circunscrito dentro do "círculo não se passa" solar; segundo diferencia-o de acordo com os sete graus vibratórios ou ritmos dos sete planos.

Isto é levado a cabo em cada plano, gerando os sete subplanos, havendo portanto para cada plano a totalidade do plano e as sete diferenciações, os sete subplanos.

Esta diferenciação da matéria é consequência da rotação e está controlada pela Lei de Economia. Havendo diferenças na velocidade de rotação e na frequência de oscilação, é lógico que haverá aproximação entre as partículas de mesma velocidade de rotação e mesma frequência oscilatória, dando origem aos planos e subplanos.

A Lei de Economia é o fator controlador da Vida do Terceiro Logos em toda a sua atividade.

Em consequência temos:

a. Sua meta consiste em lograr uma perfeita sintonização entre Espírito e matéria, melhor dizendo, que a matéria consiga expressar o melhor possível as qualidades do Espírito.

b. Sua função consiste em manipular prakriti ou a matéria, a fim de capacitá-la para atender às demandas e necessidades do Espírito.

c. Seu modo de atuar é pela rotação, melhor dizendo, pela rotação da matéria aumenta a atividade dela e portanto torna-a mais maleável.

Esses três conceitos estão regidos pela Lei de Economia, Lei de Adaptação em tempo e espaço ou linha de menor resistência. Esta linha de menor resistência é a que busca e segue o aspecto material da existência.

Incidentalmente o Terceiro Logos expressa Vontade, mas é vontade de Amar, de adquirir Sabedoria e desenvolver a Razão Pura, que no atual sistema é a linha de menor resistência. Todavia sua principal característica é a adaptabilidade, melhor dizendo, adaptar a matéria para expressar Amor-Sabedoria-Razão Pura.

O Segundo Logos, Amor-Sabedoria-Razão Pura - O Segundo Logos, Vishnu, o Raio Divino de Sabedoria, o grande princípio Budi, cuida de se unir com o princípio Inteligência Ativa e está caracterizado pelo Amor.

Seu movimento é cíclico-espiral. Aproveitando o movimento de rotação dos átomos, acrescenta a eles seu próprio movimento, movimento periódico em espiral e circulando em órbita ou caminho esferoidal (que gira ao redor de um foco central, subindo sempre em espiral) obtém dois resultados:

a. Agrupa os átomos em forma.

b. Mediante estas formas estabelece o contato necessário e desenvolve plena consciência nos cinco planos de desenvolvimento humano, sutilizando e refinando gradualmente as formas, à medida em que o Espírito de Amor ou Chama Divina ascenda, sempre em espiral, na direção da sua meta - meta que é também a fonte de onde procede, ou seja, a Mônada Solar. Esses cinco planos de desenvolvimento humano são os planos físico, astral, mental, búdico e átmico, constituindo a meta a ser alcançada. Todavia nada impede que aqueles que querem ir depressa ultrapassem essa meta, passando a dominar planos superiores, como o monádico, o adi e até entrando nos subplanos do plano astral cósmico e mais além, dependendo apenas da vontade de cada um, melhor dizendo, da verdadeira vontade, no sentido de sacrifício, que significa tornar sagrado, pois a palavra sacrifício provém do latim: sacer (sacra, sacrum), sagrado, e facio, torno, portanto torno sagrado, este o verdadeiro significado da vontade.

Estas formas constituem a soma total de todas as esferas ou átomos dentro do sistema solar, o "círculo não se passa" solar, as quais, em suas sete diferenciações maiores, constituem as esferas dos sete Espíritos ou os sete Logos Planetários, ou seja, os corpos físicos cósmicos do Logos Solar, dos Logos Planetários sagrados e não sagrados, como também de outras Entidades Cósmicas com outras funções dentro do corpo do Logos Solar.

Todas as esferas menores, partindo das maiores e em ordem descendente, abarcam todos os graus da manifestação, descendo até a essência elemental do arco involutivo. Devemos recordar que no Caminho de Involução percebe-se principalmente a atividade de Brahma, Inteligência Ativa, buscando a linha de menor resistência.

No Caminho de Evolução sente-se a atividade do Segundo Logos, a qual começa num ponto do tempo e do espaço que oculta o mistério da segunda cadeia, porém tem seu ponto acelerado de vibração (unificação dos dois tipos de manifestação - rotatório-espiral-cíclico) na parte média do que chamamos a terceira cadeia. Isto é, depois de tudo, a fusão da atividade de Brahma com o avanço progressivo de Vishnu. Temos sua analogia nos efeitos produzidos nas segunda e terceira raças-raiz.

Esclareçamos essa última analogia. A segunda raça-raiz, a hiperbórea, era etérica, quando começou fisicamente o movimento de rotação em termos de corpos humanos, mas não havia autoconsciência. Na terceira raça-raiz, a lemuriana, os corpos humanos eram densos, consolidando-se o movimento giratório e iniciando-se o movimento cíclico-espiral, no sentido de aquisição da autoconsciência, na direção do Ego, expressão da Mônada no plano causal. Somente na terceira sub-raça lemuriana é que foi possível ocorrer a sintonia dos dois movimentos, quando, pela ação do Anjo Solar no plano causal e a influência dos Senhores da Chama, de Vênus, no plano físico, a chispa da mente foi implantada no homem, surgindo a autoconsciência. Essa sintonia dos dois movimentos ainda está ocorrendo, em busca da perfeição, pois a consciência deve se expandir cada vez mais.

A atividade do Segundo Logos se desenvolve sob a Lei Cósmica de Atração. A Lei de Economia tem uma lei subsidiária de amplo desenvolvimento, chamada Lei de Repulsão. As Leis Cósmicas de Atração e de Economia são, por conseguinte, a razão de ser (desde certo ponto de vista) da eterna repulsão produzida pelo Espírito ao procurar constantemente liberar-se da forma. O aspecto matéria segue sempre a linha de menor resistência e rechaça toda tendência ao agrupamento, enquanto que o Espírito regido pela Lei de Atração busca sempre separar-se da matéria pelo método de atrair um tipo mais adequado de matéria no processo de distinguir o real do irreal e de passar de uma ilusão a outra, até utilizar plenamente todos os recursos da matéria, assim aprendendo, desenvolvendo qualidades, dominando todos os tipos de matéria e fazendo com que ela também evolua.

Com o tempo o Morador da forma, a Mônada, sente a urgência ou a força atraente de seu próprio Ser. O Jiva reencarnante, por exemplo, perdido num labirinto de ilusões, começa com o tempo a reconhecer, sob a Lei de Atração, a vibração de seu próprio Ego, ou seja, a consciência do Ego (expressão da Mônada) atuando através do cérebro físico identifica sua própria vibração, vibração essa que significa para o Jiva o que o Logos é para seu próprio sistema, sua divindade nos três mundos de experiência.

Mais tarde, quando o corpo egoico e o Loto Egoico são considerados ilusões, é percebida a vibração da Mônada, ou seja, a consciência da Mônada expressando-se pela Tríade Superior identifica sua própria vibração e o Jiva, atuando sob a mesma lei, abre seu caminho de regresso através da matéria que compõe os dois planos da evolução super-humana (os planos monádico e adi), até fundir-se com sua própria essência. A palavra Jiva significa prisioneiro. Quando a Mônada se expressa pela Tríade Superior, Ela está aprisionada nessa Tríade, que é matéria, sutilizada mas matéria. À medida em que a Mônada vai melhorando o desempenho da Tríade Superior, o que significa adequação e aperfeiçoando a exteriorização de suas qualidades, cada vez mais se aproxima da fusão ou sintonia exata, o que é fundir-se com sua própria essência. Uma vez essa fusão conseguida, é iniciada de imediato uma nova espiral, mais elevada e de maior raio, em torno da Mônada Solar, da qual todos somos centelhas, caracterizando assim o movimento cíclico-espiral do Segundo Logos.

Resumindo:

a. A meta do Segundo Logos é obter consciência em colaboração com o Terceiro Logos.

b. Sua função é a construção de formas ou veículos, que lhe servem de instrumento de experiência.

c. Seu modo de atuar é cíclico e em espiral e se encontra nas revoluções da roda da existência em ciclos ordenados para um propósito específico e na progressão das esferas de matéria ao redor de um centro fixo, dentro da periferia solar. Isto observamos no movimento de translação dos planetas em torno do sol, juntamente com o de rotação dos planetas em torno do próprio eixo. Por sua vez o próprio sol, com todo seu sistema, executa uma órbita em torno do centro da galáxia, com duração aproximada de 200 milhões de anos terrestres. Como a nossa galáxia se desloca na direção de um ponto situado na direção da constelação de Lira, temos então um movimento progressivo, formando o movimento cíclico-espiral do sistema solar. O planeta terra tem ainda outros movimentos secundários, de bastante importância para nós, como o de orientação do eixo norte-sul na direção de sete estrelas boreais, que são: Polaris (alfa de Ursa Menor), alfa de Cefeu, alfa de Cisne (Deneb), alfa de Lira (Vega), alfa de Hércules e alfa e beta de Dragão, trazendo eras para a nossa humanidade. No momento a orientação está sendo feita para Polaris, já bem próxima do alinhamento exato, quando ocorrerão eventos importantes para a humanidade.

Estes três conceitos estão regidos pela Lei de Atração, lei que rege a interação ou a ação e a reação entre:

a. o Sol e seus seis irmãos,

b. os sete planos do sistema solar, que giram vertiginosamente, conforme veremos mais adiante,

c. tudo o que existe na matéria de todas as formas, as próprias esferas de matéria e o conjunto dessas esferas incorporadas nas formas de outras esferas maiores.

Aqui vamos encerrar o nosso estudo de hoje, esperando que todos meditem profundamente sobre essas informações e tirem conclusões aplicáveis em si mesmos e no mundo fenomênico, para assim acelerar a evolução e melhor aproveitar a atual fase planetária, muito propícia para o processo iniciático para aqueles que souberem como fazê-lo.

Voltaremos continuando com esse estudo, quando trataremos do modo de atuar do Primeiro Logos, Shiva na linguagem oriental, o Aspecto Vontade.

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Estudo 033

O Movimento nos Planos Físico e Astral - Considerações Preliminares - O Tríplice Objetivo - A Tríplice Função - A Tríplice Atividade (Continuação) (Da página 142 à 145 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

O Primeiro Logos - O Primeiro Logos é o Raio da Vontade Cósmica, que se manifesta no plano mental cósmico e daí tem seu propósito executado pela Entidade Cósmica chamada Primeiro Logos no plano Adi, abrangendo as matérias dos planos abaixo dele, até atingir as do campo inferior de evolução: mental, astral e físico.

Seu modo de atuar consiste literalmente em impulsionar para adiante o "círculo não se passa" solar através do espaço.

É muito oportuno que fique bem claro nas mentes de todos que o sistema solar não é apenas esse conjunto de planetas visíveis em órbita em torno do sol. As informações que vou passar são muito importantes e a época em que elas devem ser divulgadas é chegada.

Embora os cientistas pensem que os planetas originaram-se do sol, esse e os planetas são irmãos, filhos de uma Estrela binária, que com o nosso sol e mais uma outra estrela forma um sistema quaternário.

Essa Estrela binária está mais próxima de nós do que imaginam. Ela é que é realmente o centro do nosso sistema solar. Helena Petrovna Blavatsky, essa Iniciada da Terceira Iniciação, deixou indícios dessa situação.

Nosso Logos Solar é muito mais grandioso do que possam imaginar. Aqueles que tiverem suficiente intuição e já estiverem preparados poderão descobrir que Estrela é essa, ao lerem o que o Mestre Tibetano diz na página 976 do Tratado sobre Fogo Cósmico, ao descrever o II caminho, o do Trabalho Magnético e confrontarem com a Estância XVII, na página 991 do mesmo livro.

Após essa digressão, voltemos ao tema em pauta. O Mestre afirma que no atual sistema solar não podemos conceber o que realmente é o Primeiro Aspecto, Vontade ou Sacrifício ou Poder.

Conhecemo-lo agora como vontade de existir, manifestando-se por meio da matéria de que estão compostas as formas (o Raio Primordial do Raio Divino) e também como aquilo que, de forma desconhecida, vincula o sistema com seu centro cósmico.

De maneira inconcebível para nós, o Primeiro Logos traz a influência de outras constelações.

Quando se entender melhor este Primeiro Aspecto, no próximo mahavantara (o próximo sistema solar), compreender-se-á também o trabalho dos sete Rishis da Ursa Maior e a suprema influência da estrela Sírius.

Na presente manifestação do Filho ou aspecto Vishnu (o atual sistema solar), nos afetam mais intimamente as Plêiades e a influência que exercem através do Sol e, sobre a Terra, por meio de Vênus.

O tema do Primeiro Logos, o qual se manifesta unicamente quando está se relacionando com os outros dois Logos do sistema, é um profundo mistério, que ainda não foi compreendido plenamente nem sequer por aqueles que já receberam a sétima Iniciação.

O Primeiro Logos personifica a "vontade de viver". Por sua mediação os Manasaputras (as Mônadas humanas e dévicas) vieram à existência objetiva, constituindo as hierarquias humana e dévica.

No atual sistema a fusão do Raio Divino de Sabedoria (Amor-Sabedoria-Razão Pura e fogo solar na atuação na matéria) com o Raio Primordial da matéria inteligente (fogo por fricção na atuação na matéria) forma a grande evolução dual. Por detrás de ambas Entidades Cósmicas existe outra Entidade que personifica a Vontade e utiliza as formas - unicamente as formas dos grandes Devas Construtores e das hierarquias humanas em tempo e espaço.

Ela é o princípio animante, o aspecto vontade de viver das sete Hierarquias Criadoras.

Não obstante, como disse H. P. Blavatsky, essas sete Hierarquias constituem o sétuplo raio de Sabedoria, o dragão em suas sete formas, sendo isto um profundo mistério. Cada Hierarquia Criadora tem a sua função, mas todas estão sob o propósito do Logos Solar de desenvolver o Amor-Sabedoria-Razão Pura, portanto são sete funções ou modalidades de ação diferentes, constituindo sete sub-raios de Sabedoria, o sétuplo raio de Sabedoria.

Somente uma pista pode achar o homem na atualidade, contemplando sua própria natureza nos três mundos em que se manifesta.

Assim como nosso Logos Solar procura objetivar-se por meio do seu sistema solar de forma tríplice - o sistema atual é a segunda forma - o homem procura objetivar-se por meio dos seus três corpos: físico, astral e mental.

Atualmente o homem encontra-se polarizado em seu corpo astral, que é seu segundo aspecto, da mesma forma que o Logos indiferenciado está polarizado em seu segundo aspecto.

Em tempo e espaço, tal como o concebemos agora, a quase totalidade dos Jivas está regida pelo sentimento, a emoção e o desejo, não pela vontade, somente alguns que já passaram pelo portal da segunda Iniciação já estão se polarizando pela vontade. Sem embargo, o aspecto vontade rege ao mesmo tempo a manifestação, pois o Ego, fonte da personalidade, manifesta a vontade de amar.

A Mônada é vontade (fogo elétrico), sendo que no atual sistema Ela quer desenvolver o Amor-Sabedoria-Razão Pura, portanto o Ego, expressão da Mônada no plano causal, manifesta a vontade de amar, que se expressa no corpo astral como desejo.

A raiz da dificuldade está na incapacidade da mente finita do homem para compreender o significado desta tríplice manifestação; porém refletindo profundamente sobre a personalidade e sua relação com o Ego que, embora sendo o aspecto Amor, no que respeita à manifestação nos três mundos inferiores, também é o aspecto Vontade, lançar-se-á um pouco de luz sobre os mesmos problemas elevados à Divindade ou amplificados desde a esfera microscópica até a macroscópica.

O aspecto Mahadeva (Vontade, Primeiro Logos), que personifica a Vontade Cósmica, está controlado pela Lei de Síntese, que rege unicamente a tendência para a unificação. Porém neste caso não é a unificação da matéria com o Espírito, mas a unificação dos sete nos três e dos três no um.

Isto significa que a Entidade, quer o Jiva quer o Logos tem de aprender a expressar as sete modalidades de ser (os sete raios) simultaneamente, em perfeita harmonia e no mais alto grau.

Estas três modalidades de manifestação são primordialmente o Espírito, a qualidade e o princípio e não especialmente a matéria que, embora inspirada pelo Espírito, adota qualquer forma.

A Lei de Síntese tem relação direta com Aquele que é superior ao nosso Logos Solar, sendo a Lei controladora que Ele aplica ao Logos do nosso sistema.

Esta relação espiritual busca a abstração ou síntese dos elementos espirituais (as Mônadas), cujo resultado será o retorno consciente (a finalidade de tudo está enraizada na palavra consciente) a seu ponto cósmico de síntese ou a unificação com sua fonte de origem.

Esta fonte, como já vimos anteriormente, é AQUELE SOBRE QUEM NADA SE PODE DIZER.

Este raciocínio do Mestre é lógico e óbvio. O Logos Cósmico se manifesta através de sete Logos Solares Sagrados, dos quais o nosso é um. Cada Logos Solar é a expressão de um raio emanado do Logos Cósmico. No final da encarnação, o Logos Cósmico recolhe em si mesmo os frutos colhidos pelos sete Logos Solares, sintetizando-os em um. Isto implica no retorno dos sete Logos Solares à sua fonte, o Logos Cósmico.

Porém esse retorno e abstração não significa perda de identidade. Como cessou a objetividade (a dualidade não-eu eu), cessa também a consciência, que é o resultado do relacionamento não-eu eu. Todavia um novo estado de ser é adotado, que podemos chamar identificação, sendo conservadas as qualidades e os poderes adquiridos, mesmo sem objetividade, não existindo portanto aniquilação, o que seria ilógico.

Resumindo, podemos dizer em relação ao Primeiro Logos:

a. sua meta é sintetizar os Espíritos (as Mônadas), que estão adquirindo consciência por meio da manifestação ou objetividade e qualidades e poderes mediante a experiência na matéria;

b. sua função é reter os Espíritos na manifestação por meio da vontade, durante o período desejado e logo abstraí-los e fundi-los novamente com sua fonte espiritual de origem. Fundir não significa perder a identidade. Esse processo de abstração e unificação é análogo ao que ocorre na Química, quando se estuda o fenômeno da solução, que pode ser homogênea ou heterogênea, conforme as fases. No petróleo existem várias substâncias diferentes, com diferentes qualidades e propriedades, todas juntas e unidas. Para se ter uma compreensão mais clara do que ocorre com as Mônadas ou Espíritos humanos e Dévicos no pralaya ou abstração, quando o sistema solar, na desintegração, chega à totalidade das matérias dos sete planos, do físico ao adi, passando a consciência do Logos Solar a viver no plano astral cósmico, assim como o homem, ao morrer fisicamente, passa a viver no plano astral do sistema, a melhor analogia é um oceano.

Imaginemos o oceano Atlântico. Ele é constituído de água, na qual encontram-se dissolvidas várias substâncias como cloreto de sódio, cálcio, manganês e potássio, prevalecendo cloreto de sódio. Vamos acompanhar a trajetória de uma molécula de água, quando, pela ação do calor (fogo por fricção), adquire maior velocidade de rotação e se libera do oceano, subindo para a atmosfera. A água (H²O) é a união de dois elementos que, coesos pela ação do fogo por fricção no seu aspecto fogo elétrico, passam a evoluir unidos. Essa molécula, ao atingir a atmosfera, fica exposta a diversas situações e forças. Citemos apenas algumas para não nos alongarmos em demasia, pois eu poderia escrever um livro contando as experiências dessa molécula de água nesse grande ciclo até seu retorno ao oceano.

O deslocamento em decorrência da variação de temperatura e pressão, as forças ascendentes e descendentes quando é colocada em uma nuvem Cúmulo-nimbo (a nuvem de trovoada), a grande velocidade de rotação ao fazer parte de um furacão ou tornado, sua agregação em torno da chamada partícula higroscópica, para transformá-la em gota d'água na nuvem, as forças elétricas que nela atuam na descarga do raio. Todas essas situações atuam nessa molécula d'água, que sente esses impactos, responde a eles, memoriza e melhora sua capacidade de reação.

Ao se encaminhar para o continente, levada pelas correntes aéreas e pelas frentes (frias ou quentes), precipita-se na forma de chuva, caindo ao solo, podendo abastecer um manancial de água potável e indo parar no organismo de um ser humano, no qual vive novas experiências, até ser eliminada na forma de suor ou urina. Pode em seguida cair em um rio, retornando ao mesmo oceano de onde partiu, o Atlântico. Quando nele chega, essa molécula d'água volta a constituir a massa do oceano e funde-se com ela. Todavia ela não é a mesma de quando partiu, pois adquiriu novas qualidades e poderes, decorrentes das experiências pelas quais passou ao longo de todo seu ciclo fora do oceano. Embora dentro da massa do oceano, ela conserva sua identidade. Quando ela iniciar um novo ciclo, fá-lo-á a partir de uma situação mais elevada.

De forma análoga, quando as Mônadas retornam ao seio da Mônada Solar, que é o seu oceano, analogicamente falando, após o grande ciclo solar de experiências, elas se fundem naquele oceano, todavia conservam todas suas qualidades e poderes adquiridos, sua memória e sua individualidade e mesmo sem o não-eu, pois não há objetividade, elas tem um modo de ser muito acima do que nos chamamos consciência, que, conforme já disse, podemos chamar identificação. Quando o Logos iniciar um novo mahavantara (um novo sistema solar, um novo grande ciclo), as Mônadas começarão de um patamar muito mais elevado, conforme veremos no decorrer de nossos estudos do Tratado sobre Fogo Cósmico.

Daí a necessidade de recordar que, fundamentalmente, o Primeiro Logos controla as Entidades Cósmicas ou Seres que existem fora do sistema, melhor dizendo, que atuam acima do plano físico cósmico (lembro aqui que atuar acima do plano físico cósmico significa relacionar-se conscientemente com a matéria astral cósmica, utilizando um veículo adequado, com seus mecanismos de captação de informações, jnanaindryas, e de ação, carmaindryas, o mesmo acontecendo com a matéria mental cósmica etc.); o Segundo Logos controla as Entidades Solares, ou seja, as que atuam no plano físico cósmico; o Terceiro Logos controla as Entidades Lunares e suas energias, em qualquer parte do sistema; por entidades lunares queremos dizer aquelas que energizam a matéria através do fogo por fricção.

Esta regra não deve ser interpretada ao pé da letra, enquanto a mente humana possua o atual calibre. O mistério está em compreender que tudo se leva a cabo com a colaboração divina, cuja base se encontra fora do sistema. Daí também que se chame o Primeiro Logos o destruidor, que visto de baixo para cima é abstração ou retirada. Seu trabalho consiste em sintetizar o Espírito com o Espírito, em sua eventual abstração ou retirada da matéria e em sua unificação com sua fonte cósmica. Por isso Ele produz o Pralaya ou a desintegração da forma da qual Ele extraiu o Espírito.

Essa visão tão lógica e nítida que o Mestre Tibetano nos proporciona com referência ao tão temido pralaya, que nós chamamos morte, elimina de uma vez por todas o terror que a imensa maioria da humanidade sente, quando pensa ou ouve falar essa palavra.

Mesmo nos pequenos pralayas, como a morte física, aquele que ao longo de sua vida física adquiriu e entendeu os verdadeiros conhecimentos esotéricos e os colocou em prática, não fica em desespero, mas permanece inalterado, pois para ele tanto faz atuar aprisionado num corpo físico, como livre dele. O que ele realmente quer é se ver livre o mais rápido possível da prisão da matéria. Para tanto ele se esforça em dominar todos os seus veículos, para prestar um melhor serviço à Hierarquia. Aqui cabe lembrar que após a terceira Iniciação (a primeira solar) o Iniciado recebe instruções de como construir o maiavirupa, que significa corpo ilusório.

Foi por esse poder que Santo Antônio de Pádua, estando em Coimbra pronunciando a homilia, apareceu numa cidade próxima, num tribunal, para defender o pai, inocente, mas que seria condenado, se não fosse o testemunho do Santo, sendo este feito chamado milagre da bilocação pela igreja católica (bilocação quer dizer estar em dois lugares ao mesmo tempo). A explicação científica para o fato é a seguinte: o Ego de Sto. Antônio deixou os corpos físico e astral na igreja onde estava pronunciando a homilia, foi em corpo mental até o tribunal, construiu corpos astral e físico ilusórios (maiavirupa) e fez a defesa do pai, uma vez que ele tinha a capacidade de coordenar simultaneamente a permanência dos corpos na igreja e a ação do maiavirupa no tribunal. Cabe aqui lembrar que Santo Antônio de Pádua era natural de Lisboa, mas, a pedido de São Francisco de Assis (cuja Mônada atualmente é o chamado Mestre Kutumi, Choan do segundo Raio e futuro Bodisattwa, quando o Senhor Maitreya ou Cristo assumir o cargo de Buda), foi para Pádua, na Itália, para ensinar os irmãos da recém fundada ordem dos franciscanos, pois Santo António era muito inteligente.

Por hoje vamos encerrar o nosso estudo, para continuar dentro ainda desse tema, que é de muita importância e utilidade, uma vez que nos proporciona uma visão racional da constituição, organização e direção dos nossos mundos de evolução e, com essa visão, a eliminação do maia e da miragem.

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Estudo 034

O Movimento nos Planos Físico e Astral - Considerações Preliminares - O Tríplice Objetivo - A Tríplice Função - A Tríplice Atividade (O Primeiro Logos - Final - Da página 145 à 147 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Continuando nossas considerações preliminares sobre o movimento nos planos físico e astral, vamos aplicar mais uma vez a analogia à ação do Primeiro Logos, comparando-a com a ação do Ego, o microcosmos. O Ego (que é para o homem no plano físico o que o Logos é para seu sistema) é analogicamente a vontade animadora, o destruidor de formas, o produtor de pralaya e quem extrai de seu tríplice corpo o homem espiritual interno, atraindo-o para si, ao centro de seu pequeno sistema.

Vamos esclarecer essa expressão "extrai de seu tríplice corpo o homem espiritual interno, atraindo-o para si, ao centro de seu pequeno sistema". Primeiramente lembremos que o Ego é um mecanismo construído com átomos mentais, pelo qual a Mônada se manifesta no plano mental, relaciona-se com a matéria mental, nos três subplanos mais sutis e se serve de um outro mecanismo importantíssimo, denominado Loto Egoico, que é análogo ao disco rígido de um computador em termos de armazenar informações.

O Ego vive experiências no plano mental concreto por meio do corpo mental, o mesmo fazendo no plano astral através do corpo astral e no plano físico pelo corpo físico.

Quando encarnado, a consciência se manifesta pelo cérebro físico, embora atuando simultaneamente nos corpos astral, mental e causal.

Após a morte física, a consciência é transferida para o corpo astral, quando então o Ego vive simultaneamente experiências nos planos astral, mental e causal.

Após a morte astral, é feita a transferência da consciência para o corpo mental, passando o Ego a viver simultaneamente experiências nos subplanos inferiores e superiores do plano mental.

Após a morte mental, a consciência passa para o plano causal, ou seja, o Ego passa a viver exclusivamente em seu habitat natural. Nessa fase Ele inicia o processo de consolidar em seu Loto Egoico as memórias das essências das experiências vivenciadas na última encarnação, abrangendo os três planos inferiores, transformando-as em qualidades, que irão brotar na próxima encarnação. Consequentemente o chamado "homem espiritual interno" é o conjunto dessas essências citadas, que serão armazenadas no Loto Egoico, sendo que na quarta Iniciação todo o conteúdo do Loto é absorvido pela Tríade Superior, ocorrendo então a desintegração do Loto, uma vez que não é mais necessário.

O Ego é extracósmico no que concerne ao ser humano no plano físico, o que é o mesmo que dizer: o Ego atuando através do corpo físico (cérebro físico) interpreta a si mesmo atuante no corpo causal como um ser extracósmico. Se essa conceituação for bem entendida, ficará elucidado o verdadeiro problema cósmico que envolve o Logos e os "Espíritos aprisionados", como diz o cristão.

c. Seu modo de atuar consiste em impelir para adiante; Sua é a Vontade que está subjacente ao desenvolvimento evolutivo e é o que impulsiona o Espírito através da matéria, até que com o tempo consegue surgir dela, depois de ter realizado duas coisas:

Primeiro - Ter acrescentado qualidade à qualidade, em consequência, surge com a faculdade adquirida, engendrada por essa experiência.

Segundo -Ter aumentado o grau de vibração da matéria por meio de sua própria energia, de maneira que a matéria, no momento do pralaya e da obscuração, terá duas características principais - atividade, resultado da Lei de Economia e magnetismo dual, resultado da Lei de Atração.

Tais conceitos estão regidos pela Lei de Síntese, lei da coerente vontade de ser, que persiste não só em tempo e espaço, como também durante um ciclo maior.

Estas observações preliminares têm por objeto apresentar uma síntese do conjunto. As palavras limitam e obscurecem as ideias; textualmente velam e ocultam o pensamento, tirando clareza ao expressar de forma confusa. A tarefa que desempenham os Segundo e Terceiro Logos (objetivar o Espírito essencial) é compreendida mais facilmente por meio de uma ampla descrição, que a tarefa mais esotérica efetuada pelo Primeiro Logos, a vontade animadora.

Em termos de fogo, talvez possamos esclarecer outro ponto de vista.

O Terceiro Logos é fogo da matéria. Arde por fricção, adquire velocidade e acelera a vibração ou frequência devido à rotação das esferas, cuja interação produz fricção.

O Segundo Logos é fogo solar, a fusão ou sintonia do fogo da matéria com o fogo elétrico do Espírito, que em tempo e espaço produz esse fogo chamado solar. Em outras palavras podemos dizer o seguinte: quando o Imanifestado (que não é nem Espírito nem matéria) sai do seu estado original para ingressar na manifestação, surgem os dois fogos, elétrico e da matéria e da relação (contato) entre os dois, é gerado o fogo solar, o que leva a concluir que para a matéria evoluir, o que só é possível pela incrementação do fogo da matéria, é necessário a atuação do fogo solar. Resumindo temos: o fogo solar só existe para relacionar o fogo elétrico com o fogo da matéria e o fogo da matéria só pode evoluir pela ação do fogo solar animado pelo fogo elétrico, por outro lado, o fogo elétrico, atuando no fogo solar e por meio deste no fogo da matéria, adquire experiência e também evolui. Assim é no atual sistema solar, no próximo será diferente. Apenas podemos fazer uma conjectura com base na informação do Mestre Tibetano de que a meta do atual sistema solar é expressar Budi através de Manas, o que em termos de fogo significa o fogo da matéria sintonizar-se perfeitamente com o fogo solar. Então o próximo sistema solar começará com a matéria muitíssimo mais refinada e com uma muito maior capacidade de vibrar, o que, obviamente, permitirá uma aproximação muito mais íntima entre o fogo elétrico e o da matéria, reduzindo em muito a necessidade do fogo solar.

Voltemos ao fogo do Segundo Logos. Constitui a qualidade da chama ou chama essencial, produzida pela fusão. O fogo elétrico atuando por meio do fogo solar no fogo da matéria, leva este a expressar a qualidade essencial do primeiro (um outro significado de fusão), a resposta do fogo da matéria ao fogo solar é realimentada a este, fazendo então com que ele se torne na qualidade da chama, que é o fogo elétrico.

Podemos ver essa analogia no fogo irradiante da matéria e na emanação, por exemplo, do Sol central, de um planeta ou de um ser humano, denominada magnetismo (não é o magnetismo da física) neste último. A emanação ou vibração característica do homem é o resultado da fusão do Espírito (a Mônada) com a matéria e da relativa adaptação da matéria ou forma à vida interna (a qualidade da Mônada). Em outras palavras, a Mônada, fogo elétrico, por meio do Ego, fogo solar, impõe sua qualidade à forma, seus corpos inferiores, fogo da matéria.

O sistema solar objetivo ou Sol manifestado, é o resultado da fusão do Espírito (fogo elétrico) com a matéria (fogo por fricção); as emanações do Filho (fogo solar) dependem em tempo e espaço do grau de adequação da matéria e da forma à vida interna.

O Primeiro Logos é fogo elétrico, fogo do Espírito puro. Todavia, na manifestação é o Filho, porque ao unir-se com a matéria (a mãe), o Filho é criado por Aquele que O conhece. Na linguagem comum, o Filho é a imagem do Pai. "Eu e meu Pai somos Um" é a afirmação mais esotérica da Bíblia cristã, que não só se refere à união do homem com sua fonte, a Mônada, por conduto do Ego, mas também à união de toda vida com sua fonte, o aspecto Vontade, o Primeiro Logos.

Vamos agora procurar nos manter estritamente dentro do tema do fogo da matéria e seu efeito ativo sobre as envolturas, das quais é o fator animador e sobre os centros que estão primordialmente sob seu controle.

Conforme já foi dito e geralmente aceito, o efeito do calor na matéria produz a atividade denominada giratória ou rotatória das esferas. Certos livros antigos, alguns dos quais não são acessíveis no Ocidente, ensinam que toda a abóbada celeste é uma vasta esfera que, ao girar lentamente, arrasta, qual imensa roda, esse número sem fim de constelações e universos nela contidos.

Esta é uma afirmação impossível de ser comprovada pela mente finita do homem em sua condição atual ou com os elementos e instrumentos científicos de que dispõe, porém, da mesma forma que toda afirmação ocultista, traz em si a semente da ideia, o germe da verdade e um indício para descobrir o mistério do universo.

É suficiente dizer aqui que a rotação das esferas dentro da periferia solar é um fato esotérico aceito e a ciência já tem provas de que o "circulo não se passa solar", nosso sistema solar, gira também entre as constelações no lugar designado, o giro em torno do centro da galáxia, numa duração de 200 milhões de anos.

Recentemente foi formulada mais uma teoria sobre a forma do universo, a de um dodecaedro, um sólido com 12 faces, finito, havendo reflexão de sistemas. Ainda não temos o modelo matemático dessa teoria, todavia cremos que ainda é uma visão de sob o véu de maia, a grande ilusão provocada pela grande limitação dos sentidos e pela ausência de mais informações.

Porém não vamos tratar agora deste aspecto do tema, mas estudaremos a ação giratória das esferas do sistema e seu conteúdo - as esferas menores que pertencem a todos os graus - lembrando sempre que tratamos unicamente das características inerentes à matéria mesma e não da matéria em colaboração com seu oposto, o Espírito, cuja colaboração produz o movimento cíclico-espiral, ou seja, não vamos estudar ainda o aspecto consciência, contudo poderemos usar a mente analítica e efetuar deduções sobre os efeitos dos movimentos na consciência, que é fogo solar. É isto que o Mestre Tibetano tanto recomenda, que cruzemos suas informações, façamos analogias, usemos bastante a mente discriminadora, tirando conclusões, abstraiamos a essência do conhecimento (mente abstrata), utilizemos as informações da ciência humana e assim consigamos a expansão de nossa consciência, melhor dizendo, alarguemos nosso "círculo não se passa".

A seguir apresentamos um desenho no qual expressamos a nossa concepção da geração e atuação dos três Logos e dos três fogos, configurando a Santíssima Trindade, com base nos ensinamentos do Mestre Tibetano:




Do Dois surge o Três - A Santíssima Trindade - Segundo Logus - Aquele que relaciona o espírito com a matéria, o filho, o crucificado entre o espírito e a matéria, a consciência, o Ego crucificado, porque ao mesmo tempo está em contato com o espírito e é prisioneiro da matéria, a qual deve subjugar, para se libertar da Cruz, após adquirir experiências na matéria, conhecê-la profundamente, dominá-la, expressar-se através dela, adaptando-a às suas qualidades e passar a essência dessas experiências e desses conhecimentos para o espírito - só pode existir em presença do espírito e da matéria

Por hoje vamos encerrar nosso estudo, e ao voltar abordaremos o assunto Efeitos do Movimento de Rotação, da página 147 à 149, item 3 exclusive, do Tratado sobre Fogo Cósmico.

Aproveitamos o ensejo para comunicar a todos que estamos preparando um livro sobre todo o conteúdo até agora divulgado neste site, com referência ao Tratado sobre Fogo Cósmico, abrangendo os assuntos desde Postulados de Introdução, página 33 até Kundalini e a Coluna Vertebral, Seção D da Primeira Parte, página 133. É nosso propósito continuar escrevendo livros em continuação aos assuntos aqui tratados. É oportuno lembrar na atual época as palavras do Mestre Tibetano:

"Los iniciados del mundo vendrán a la encarnación en esta época y leerán mis palabras al final de este siglo, con gran comprensión." - Página 494 de Los Rayos y Las Iniciaciones. Tradução: Os iniciados do mundo virão à encarnação nesta época e lerão minhas palavras no final deste século, com grande compreensão. Ora, o livro foi escrito em meados do século passado, quando os citados iniciados estavam nascendo e agora estamos no início de um novo século.

"En el próximo siglo, a principios del mesmo, vendrá un iniciado que impartirá su ensenanza, haciéndolo bajo la misma "égida", pues mi tarea no ha terminado todavia y esta serie de tratados que vinculan el conocimiento materialista del hombre con la ciencia de los iniciados, tiene aún otra faz que recorrer." - Página 363 de Astrologia Esotérica. Tradução: No próximo século, no princípio do mesmo, virá um iniciado que divulgará seus ensinamentos, fazendo-o sob a mesma "égide", pois minha tarefa ainda não terminou e esta série de tratados que vinculam o conhecimento materialista do homem com a ciência dos iniciados, tem ainda outra face que percorrer.

"Uno de los resultados de este alineamiento y adaptación jerárquicos será el establecimiento, por primera vez, de una interacción y movimiento fluídico, entre los tres centros planetarios. Actualmente, los Chohanes salen de la Jerarquia y entran en la Câmara del Concilio del Señor del Mundo, o en uno de los Siete Senderos; los Maestros mayores, a cargo de Ashramas, están recibiendo grados superiores de iniciación y ascendiendo al grado de Chohanes; iniciados que pasaron del tercer grado están recibiendo rápidamente la cuarta y quinta iniciaciones, convirtiéndose en Maestros (recibiendo ambas iniciaciones en una sola vida), y sus puestos están siendo ocupados por iniciados menores, que a su vez, estuvieron entrenando a discípulos que los reemplazarán hasta que en este processo de sustituir y reemplazar lleguemos a la puerta que simbólicamente se halla entre la humanidad y la Jerarquia y ahora está ampliamente abierta, y así los discípulos aceptados recibirán la iniciación, los discípulos comprometidos serán aceptados y los discípulos en aceptación prestarán juramento." Página 439 de La Exteriorización de la Jerarquia. Tradução: Um dos resultados deste alinhamento e adaptação hierárquicos será o estabelecimento, por primeira vez, de uma interação e movimento fluídico entre os três centros planetários. Atualmente, os Choans saem da Hierarquia e entram na Câmara do Concílio do Senhor do Mundo, ou em um dos Sete Caminhos; os Mestres maiores, a cargo de Ashrams, estão recebendo graus superiores de iniciação e ascendendo ao grau de Choans; iniciados que passaram do terceiro grau estão recebendo rapidamente as quarta e quinta iniciações, convertendo-se em Mestres (recebendo ambas iniciações em uma só vida), e seus postos estão sendo ocupados por iniciados menores, que, por sua vez, estiveram treinando discípulos que os substituirão, até que neste processo de substituir e remanejar cheguemos à porta que simbolicamente se acha entre a humanidade e a Hierarquia e agora está amplamente aberta, e assim os discípulos aceitos receberão a iniciação, os discípulos comprometidos serão aceitos e os discípulos em aceitação prestarão juramento.

Citamos estas palavras textuais do Mestre Tibetano para enfatizar que estamos vivendo o momento das oportunidades, que todos devem aproveitar e que em seguida virá o momento do expurgo e da seleção.

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Estudo 035

Efeitos do Movimento de Rotação - Separação (Páginas 147 e 148 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Iremos estudar agora os efeitos do movimento de rotação, que são: separação, impulso, fricção e absorção. Nesta semana iremos tratar somente da separação.

Toda esfera gira no corpo macrocósmico. Esta rotação produz certos efeitos, que podemos enumerar da seguinte maneira:

1. Separação. Esta ação provoca a diferenciação das esferas, formando como sabemos as seguintes unidades atômicas:

a. O sistema solar, reconhecido como átomo cósmico; todos os átomos dentro da sua periferia são considerados moleculares.

b. Os sete planos, considerados como sete vastas esferas, que giram latitudinalmente dentro da periferia solar.

c. Os sete raios, considerados como as sete formas que ocultam os Espíritos, são bandas esferoidais de cor, que giram longitudinalmente e formam (com referencia aos sete planos) uma vasta rede entrelaçada. Estas duas séries de esferas (planos e raios) constituem a totalidade do sistema solar e produzem sua própria forma esférica.

Deixemos por ora de lado a Consciência que anima estas esferas e concentremos nossa atenção no fato de que cada plano é uma vasta esfera de matéria, ativada pelo calor latente, que gira em determinada direção. Cada raio de luz, não importa a cor, é igualmente uma esfera de matéria de máxima tenuidade, que gira perpendicularmente à direção dos planos, ou seja, formando um ângulo de noventa graus com a direção de rotação dos planos.

Estes raios produzem, em virtude de sua ação mútua, um efeito irradiante entre si, ou seja, um influencia o outro através do campo de força que cada partícula de matéria portadora da qualidade de um raio gera em torno de si e que atinge a partícula portadora da qualidade de outro raio. Explicaremos essa interferência mútua mais adiante.

Assim pela rotação das esferas, pela aproximação do calor latente das esferas e pela interação desse calor, é produzida essa totalidade chamada "fogo por fricção".

Com referência a estes dois tipos de esferas, poder-se-ia dizer, à maneira de ilustração e para maior claridade, que:

a. os planos giram de este a oeste e

b. os raios giram de norte a sul.

Vamos deixar bem claro que não nos referimos aqui a pontos no espaço; simplesmente estabelecemos tal orientação empregando palavras que tornam mais inteligível esta ideia abstrusa.

Do ponto de vista dos raios e dos planos, não existem norte nem sul, este nem oeste.

Aqui temos uma analogia e um ponto muito interessante, embora muito complexo. Graças a esta mesma interação torna-se possível o trabalho dos quatro Maharajás ou Senhores do Carma; o quaternário e todo o quádruplo poderão ser vistos como uma das combinações fundamentais da matéria, produzidas pelas revoluções duais de planos e raios.

Os sete planos e igualmente os átomos giram em torno de seu próprio eixo e se adaptam àquilo que se exige de todas as vidas atômicas.

As sete esferas de cada plano, denominadas subplanos, correspondem também ao sistema; cada subplano tem suas sete rodas giratórias ou planos que giram por sua própria capacidade inata, devido ao calor latente - o calor da matéria de que estão formados.

As esferas ou átomos de qualquer forma, desde a forma logoica (à qual nos temos referido sumariamente) até o último átomo físico e a matéria molecular que entra na construção do corpo físico, demonstram correspondências e analogias similares.

Todas estas esferas se ajustam a certas regras, preenchem certas condições e estão caracterizadas pelas mesmas qualidades fundamentais. Mais adiante consideraremos estas condições; por agora devemos continuar estudando os efeitos da ação giratória.

Interpretemos essas informações do Mestre Tibetano, de forma a que fiquem mais claras nas mentes de todos e assim possam ter uma visão mais inteligível e nítida das diversas áreas do mundo fenomênico, em particular da área do comportamento humano (devido à ação dos raios), não só individual como coletivo (grupos, nações e humanidade).

Estabeleçamos um ponto de vista inicial. Será a visão do sistema solar como um todo, desde o plano adi até o físico, que constituem em conjunto o físico cósmico. Nesta fase devemos esquecer as estrelas (quatro), os planetas e asteroides que constituem nosso sistema solar, a atual expressão física cósmica do nosso Logos Solar. Não esqueçamos que esse sol que nós vemos nascer e se por todos os dias e os planetas visíveis e invisíveis que circulam ao seu redor, constituem uma parte do sistema verdadeiro do nosso Logos Solar.

Vamos nos colocar mentalmente fora desse sistema, olhando-o de uma posição no mesmo nível em que ele está no espaço. Admitamos que tenhamos a visão das matérias de todos os planos, desde o adi até a etérica, com a habilidade de, à vontade, ver todas as matérias simultânea e isoladamente, ou seja, poderemos ver apenas as partículas da matéria adi, ou somente as partículas da matéria monádica e assim por diante, ou todas elas ao mesmo tempo. Obviamente a nossa consciência terá a amplitude suficiente para abarcar, em termos de visão, toda a imensidão desse sistema.

O que vamos fazer não é devaneio irracional, uma vez que vamos trabalhar com os conceitos que o Mestre Tibetano nos passou.

Primeiramente concentremos nossa atenção apenas na visão mais elevada, a da matéria adi. O que veremos ? Veremos uma esfera com uma depressão no centro da parte superior. Para tanto já devemos ter um referencial para discernir o que está acima, abaixo, à esquerda, à direita etc, podendo ser esse referencial um outro sistema ou um conjunto de sistemas. Em contraposição a essa depressão no centro da parte superior, veremos um ponto no centro da parte inferior. Esses dois pontos poderemos chamar de polo norte para a depressão superior e polo sul o ponto em contraposição na parte inferior, em analogia com a nossa geografia. A região à nossa esquerda vamos chamar de oeste e aquela à nossa direita de este. Assim conseguimos determinar quatro pontos cardeais para nossa orientação.

Essa esfera é constituída de um número quase infinito de partículas infinitesimais, que circulam em velocidade muitíssimo maior que a da luz (300.000 km/segundo é a velocidade da luz, aproximada), em torno do eixo central da esfera, de este para oeste, ao mesmo tempo em que executam muitos outros movimentos. São os átomos adi.

Essas partículas preenchem todas as regiões da esfera, não havendo um ponto em que elas não estejam.

Agucemos a nossa visão adi para enxergarmos as moléculas adi, constituídas de associações de átomos adi. Veremos então seis tipos de partículas, que diferem entre si pelo tamanho, pela velocidade e pela habilidade de movimentos simultâneos. Todas elas também circulam em torno do eixo central e preenchem todos os pontos da esfera. Quanto maior a molécula, menor a velocidade e a capacidade de oscilar. Esses seis tipos de partículas ou moléculas formam os seis subplanos do plano adi e juntamente com os átomos são os sete subplanos adi. Dentro de cada subplano há também sete diferenciações, que vamos esquecer por enquanto para não complicar as coisas.

De uma forma sintética, veremos sete esferas, uma dentro da outra, girando em velocidades diferentes, conforme o grau de tenuidade ou sutileza (tamanho da partícula), ou seja, quanto mais sutil e menor, maior a velocidade, todas as esferas cheias de suas partículas respectivas, sendo que as partículas menores podem passar por entre os espaços existentes dentro das partículas maiores constituídas de átomos, à semelhança dos neutrinos que nos atravessam da cabeça aos pés, sem que sintamos.

Adaptemos agora nossa visão para vermos matéria um pouco mais densa que a do plano adi. Veremos um número ainda quase infinito, porém um pouco menor do que de partículas adi, de maior tamanho e menor velocidade, circulando de este para oeste, por entre o oceano de partículas adi, com suas sete diferenciações, como no plano adi. Essa é a matéria monádica. Lembrem-se de que não estamos considerando as qualidades e propriedades de cada matéria, pois esse assunto não é para agora.

Passemos a seguir nossa visão para a matéria átmica ou espiritual. Novamente veremos partículas em número muito grande, porém um pouco menor que o anterior, de maior tamanho e menor velocidade, preenchendo a esfera até o centro, também com sete diferenciações, continuando a cair a velocidade em função do aumento do tamanho da partícula.

Prosseguindo com a transferência da visão de um tipo de matéria para outro, chegaremos aos subplanos etéricos, esquecendo a matéria física densa, constituída de partículas etéricas associadas, quando continuaremos a ver mais esferas dentro de esferas, cada esfera circulando em velocidades diferentes, conforme o tamanho da partícula.

Controlando a nossa visão e a nossa consciência para vermos simultaneamente todas as esferas em circulação, presenciaríamos o belíssimo espetáculo de quarenta e nove esferas, uma dentro da outra, cada uma com suas respectivas partículas até o centro comum (esqueçamos as sete subdivisões dos subplanos), girando em velocidades diferentes, sendo a mais veloz a mais sutil e a mais lenta a mais densa.

As partículas mais sutis passando em maior velocidade por dentro das partículas mais densas. Devido a essa diferença de velocidade e capacidade de oscilar, cada plano conserva a sua identidade, juntamente com seus habitantes, que podem ter ou não consciência dos habitantes dos outros planos. Há interferência de um plano em outro, mas ela é regulada por leis.

Olhemos agora para a depressão no centro da parte superior. Veremos um fluxo contínuo de partículas mais sutis que os átomos adi, penetrando na esfera por essa depressão e prosseguindo na direção do polo sul. Este fluxo de partículas sutis, em seu trajeto do polo norte ao sul, seguindo a curvatura da esfera em todo o seu espaço interno, adquire a aparência de uma esfera que gira num ângulo de noventa graus (ângulo reto) com a direção de rotação das matérias dos planos e forma a rede entrelaçada.

Este fluxo é o resultado da atuação de entidades cósmicas chamadas Senhores de Raio. Eles se manifestam através das sete estrelas principais da constelação de Ursa Maior. Como são sete as cores do espectro luminoso, Mestre Tibetano usa a expressão "bandas esferoidais de cor".

As partículas portadoras das energias e informações referentes às qualidades dos Senhores de Raio têm comportamentos diferentes, sendo específicas para cada Raio. Por isso é possível identificar essas "esferas longitudinais" dos Raios, que giram simultaneamente. É bom recordar que estamos estudando o sistema solar como um todo, no seu aspecto movimento, logo não cabe um aprofundamento do assunto Raios.

Pelo processo de penetração de uma partícula sutil em outra mais densa ocorre a atuação de um raio em outro, não cabendo aqui o detalhamento técnico dessa operação, pois é um assunto bastante complexo. Todas as matérias de todas as esferas são influenciadas e qualificadas por essas energias de Raios.

Vamos agora procurar interpretar o que o Mestre Tibetano quis dizer quanto ao trabalho dos quatro Maharajás. Se analisarmos bem os movimentos ortogonais (em ângulo reto) dos dois conjuntos de esferas (planos e Raios), considerando os objetivos dos dois conjuntos (experiências materiais e qualidades), perceberemos nitidamente quatro setores de esfera. Se cortarmos uma esfera nos sentidos vertical e horizontal em ângulo reto, teremos os quatro setores. Como as esferas estão em rotação horizontal (experiências materiais) e vertical (qualidades), os quatro Maharajás ou Senhores do Carma têm seus setores para aplicação do carma, uma vez que podem dispor de matérias e qualidades diferenciadas para a execução do carma.

Como prova da lógica do que o Mestre Tibetano diz, é suficiente lembrar o fato, tão do conhecimento da Astronomia, do alinhamento do eixo norte-sul da Terra com as sete estrelas boreais, provocando a inclinação desse eixo em relação com a eclíptica, que é no momento de 23 graus aproximadamente. O alinhamento atual é com a estrela Polaris, a alfa de Ursa Menor. Essa estrela tão brilhante, só visível acima de 70 graus norte, é na realidade um sistema de cinco estrelas, um binário em torno do qual giram três estrelas. Há uma grande particularidade em relação a essa estrela sob o ponto de vista esotérico. Ela está alinhada com as estrelas Dubhe e Merak, respectivamente as alfa e beta de Ursa Maior e serve de filtro para as energias de primeiro e segundo raios de Dubhe e Merak respectivamente. Merak (segundo raio) está mais próxima da Terra. Consequentemente as energias de primeiro raio de Dubhe são atenuadas pelas de segundo raio de Merak e atenuadas e adequadas por Polaris às condições da Terra.

Aqui encerramos nosso estudo. Voltaremos continuando com esse assunto, quando estudaremos o impulso e a fricção, nas páginas 148 e 149 do Tratado sobre Fogo Cósmico. A absorção ficará para a outra semana, por ser um assunto mais complexo, exigindo mais explicações.

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Estudo 036

Efeitos do Movimento de Rotação - Impulso e Fricção (Páginas 148 e 149 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Impulso - Esse impulso aqui é consequência da repulsão provocada pelo movimento de rotação. Quando dois átomos, girando cada um em torno de seus próprios eixos no mesmo sentido, aproximam-se, tendem à repulsão, porque no lado da aproximação os movimentos são opostos, conforme se vê no desenho abaixo:

Esta é a lei de Repulsão, subsidiária da grande Lei de Economia, que rege a matéria.

Temos um exemplo da aplicação do movimento de rotação no lançamento de sondas espaciais, quando a força gravitacional é aproveitada para acelerar a sonda, conforme se vê no desenho abaixo:

É a força de repulsão que mantém os planetas e asteroides afastados entre si e em seus lugares, como também faz com que estrelas mantenham-se em seus locais determinados, formando sistemas estelares e sistemas estelares formem galáxias e assim por diante. É a Lei de Repulsão que permite aos planos e subplanos conservarem suas identidades materiais.

Observem que estamos considerando a repulsão. Todavia o que mantém os astros ligados, apesar da repulsão, formando sistemas ? É a energia do Espírito ou Primeiro Logos, através do Filho, Segundo Logos, que atrai e sustenta os sistemas. Não podemos esquecer que os sistemas são formas, pelas quais os Seres Cósmicos se expressam e evoluem.

Vemos então de um lado o Espírito, por meio do seu segundo aspecto e do fogo solar, atuando para construir e estabilizar sua forma, de outro lado a matéria opondo-se à união. Essa luta caracteriza a manifestação, é o que chamam luta entre o bem e o mal. Contudo, é por intermédio dessa luta que o Espírito desenvolve sua força, torna ativas suas potencialidades, descobre os segredos da matéria neste atual sistema solar, no qual as condições reinantes são outras e a matéria está mais forte do que no sistema solar anterior, pois nele a meta foi desenvolver ao máximo a matéria (terceiro aspecto).

Mas o Espírito, cada vez mais, impõe sua força atrativa (fogo solar) e, lentamente, vai subjugando a matéria, vencendo sua repulsão e construindo formas melhores, que expressam com crescente fidelidade suas qualidades, que assim se aprimoram, agigantam-se, traduzem atividades e responsabilidades que nunca foram imaginadas, mas sabemos que existem, por um raciocínio lógico, quando consideramos as funções de unidades menores dentro de unidades maiores.

Vamos esclarecer o acima dito. O reino humano constitui o chacra laríngeo do nosso Logos Planetário. Como a maioria da humanidade ainda não está num bom nível evolutivo para essa função, somente os Iniciados planetários trabalham efetivamente nas pétalas do chacra laríngeo do Logos. Essa atividade é exercida na matéria búdica e acima. A descrição dessa atividade não cabe neste estudo, apenas podemos afirmar com convicção e certeza lógicas que não é o "dolce far niente" (doce não fazer nada) ou a eterna adoração a Deus, defendidas a unhas e dentes pelos religiosos, ainda fortemente dominados pelas energias da era de Peixes (6º Raio) e resistindo fortemente às energias de Aquário (7º Raio).

De época em época o conflito Espírito/matéria continua e a matéria cada vez perde poder. Lentamente (tanto que quase não se percebe do plano físico) o poder de atração do Espírito vai enfraquecendo a resistência da matéria, até que no final dos ciclos solares maiores produzir-se-á a chamada destruição e a Lei de Repulsão será dominada pela Lei de Atração. Constitui a destruição da forma e não da matéria, pois esta é indestrutível. Podemos ver isso agora na vida microcósmica, no processo de desintegração da forma, a qual se mantém como unidade separada ao empregar o mesmo método de rechaçar de todas as outras formas.

Esta situação gradual e imperceptível pode ver-se no que respeita à Lua, a qual já não é rechaçada pela Terra, uma vez que dá ao nosso planeta sua própria substância. H. P. Blavatsky insinua isto na Doutrina Secreta, quando diz que a Lua cessou sua rotação.

Fricção - Primeiramente vamos procurar entender melhor o que seja fricção. Sabemos que na física a fricção ou atrito gera calor, produz eletricidade estática e gera desgaste. Sabemos ainda que um campo magnético, ao cortar um condutor, produz nele uma corrente elétrica, sendo que podemos considerar o corte como sendo uma fricção. Quando um campo de força atua em outro ou em qualquer objeto, podemos considerar essa atuação como um atrito ou fricção. Em decorrência dessa linha de raciocínio, podemos concluir que a fricção é a atuação de uma unidade de matéria em outra, ou seja, é o resultado da convivência das unidades de matéria, que assim aprendem a viver juntas, a se entenderem, a se ajudarem, a se harmonizarem e, unindo-se, formarem unidades maiores e mais complexas. Isso é adaptação, um das leis subsidiárias da Lei de Economia. Daí a importância do fogo por fricção no processo evolutivo. Isto posto, vamos estudar os resultados da fricção:

a. vitalidade do átomo. Na transferência de energia de um átomo para outro, o receptor é vitalizado;

b. ao ser vitalizado, receber e dar energia e ao agir de acordo com o propósito da unidade maior da qual faz parte (uma forma), o átomo aprende a agir coerentemente;

c. em toda essa atividade o átomo aprende a atuar e ser útil;

d. fazendo parte de uma forma (unidade maior), o átomo contribui para o aumento da energia e calor dessa forma, quer seja dentro de uma célula na forma microcósmica, quer seja um planeta girando dentro de um sistema solar, ou vários sistemas solares girando no corpo de uma galáxia;

e. finalmente, quando um determinado grau de perfeição é alcançado, ocorre a desintegração da forma, o que supõe a fusão dos fogos. É este o segredo da obscuração final e do pralaya. Sempre os três fogos estão envolvidos: elétrico, solar e por fricção, em diversos níveis.

Vamos concluir nosso estudo, analisando uma situação que choca muitas pessoas, à luz dos ensinamentos do Mestre Tibetano, que são perfeitamente lógicos e racionais, afastando-nos das explicações religiosas irracionais.

Uma pessoa morrendo em decorrência de um câncer generalizado. Está ocorrendo a desintegração final ou pralaya para esse pequeno ciclo dessa Alma. Que grau de perfeição foi atingido, ante tanto sofrimento visível ? Que grau de fusão e sintonia foi alcançado pelos fogos ?

Um modo de analisar e entender esse caso particular é à luz da Lei do Carma. Essa lei procura corrigir situações que impeçam a consecução da meta estabelecida para o ciclo maior da entidade. Ora, para a atual cadeia planetária, a meta é a quinta Iniciação planetária. Para essa Iniciação tem de ocorrer antes a fusão dos três fogos. Em determinadas situações cármicas, o antagonismo entre os três fogos é muito grande, não cabendo aqui explicações técnicas detalhadas desse antagonismo. Consequentemente é estabelecida para uma encarnação a eliminação de uma determinada quantidade das energias que provocam o antagonismo e dificultam a fusão dos fogos. Quando essa quantidade a ser eliminada é alcançada, chega o momento do pralaya ou morte, porque aquela Alma ficou um pouco mais próxima da meta, o que quer dizer, em última análise, que a meta transitória (para a encarnação) foi alcançada, ou em outras palavras, foi atingido aquele pequeno "grau de perfeição" para a encarnação.

Sabe-se que o câncer é uma doença que envolve energias do primeiro raio (o sintetizador e o destruidor). Existe um processo pelo qual as células cancerosas desenvolvem os seis superpoderes e passam a trabalhar apenas para si mesmas, esquecendo a unidade maior, o corpo humano. Esses seis superpoderes são: não esperar a autorização para se duplicar, ignorar a ordem de suicídio quando algo sai errado na duplicação, angiogênese ou capacidade de construir vasos sanguíneos, duplicar-se acima do limite previsto (entre 50 e 70 vezes), habilidade para migrarem para outros tecidos e neles se multiplicarem (metástase) e ignorar a ordem de dar uma parada nas duplicações.

Por hoje vamos encerrar nosso estudo. Voltaremos quando estudaremos a absorção, páginas 149, 150 e 151 do Tratado sobre Fogo Cósmico, tema de uma certa complexidade, porque envolve um pouco o processo evolutivo não só do homem, como do Homem Celestial (o Logos Planetário) e do Divino Homem Celestial (o Logos Solar).

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Estudo 037

Efeitos do Movimento de Rotação - Absorção (Páginas 149,150 e 151 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

A absorção é o quarto efeito do movimento de rotação, provocado pelo fogo por fricção. Ele é necessário para que a vida interna que se expressa pelo átomo viva novas experiências, pela recepção de novas energias, de diversas qualificações e fontes, experimente diversas modalidades de movimento de rotação, reaja a essas experiências, que logicamente resultam de relacionamentos com outros átomos e dessa reação sua energia interna seja estimulada.

Assim o átomo evolui no caminho da sua meta, estabelecida para este sistema solar, contribuindo também com a sua cota para a evolução do ser mais elevado do que ele, que pode ser o homem, o Logos Planetário, o Logos Solar e Seres maiores.

A penetração das energias no processo de absorção ocorre num determinado ponto da superfície da esfera atômica e nesse ponto é formada uma depressão, que podemos chamar polo norte, em analogia com o polo norte da Terra. O oposto ao pólo norte é o polo sul, girando o átomo em torno desse eixo norte-sul, assim como a Terra.

O polo norte é o principal local de entrada de energias no átomo, mas existem outros pontos secundários. O polo sul é o principal local de saída de energias do átomo, havendo outros pontos secundários de saída.

Nos livros Principles of Light and Color (Princípios de Luz e Cor) de Edwin D. Babbitt Química Oculta, da dra. Annie Besant, o átomo é descrito de uma forma compreensível, ficando bem nítida a depressão.

Esta depressão é provocada pelas irradiações (partículas menores), que procedem em sentido ortogonal (formando ângulo reto) com o sentido de rotação da esfera e descem do polo norte na direção do polo sul, até um ponto intermediário.

Ali tendem a aumentar o calor latente, a produzir um maior impulso e a introduzir uma qualidade específica, de acordo com a fonte de irradiação. A absorção das emanações que provêm de fora da esfera encerra o segredo da dependência que existe entre uma esfera e outra e tem sua analogia na periodicidade de um raio, que ocorre em qualquer plano das esferas, ou seja, os raios atuam por determinados períodos de tempo, gerando efeitos em todos os reinos, como agora, num nível mais elevado, está saindo de atividade o sexto raio e entrando o sétimo.

Esta penetração de energia de uma esfera para outra ocorre desde um sistema solar, como um átomo macrocósmico, até uma célula do corpo físico. O processo consiste na penetração de partículas menores portadoras das energias em partículas maiores, processo esse que segue uma técnica bem definida, que não cabe aqui explicar, apenas citamos como exemplo a introdução de um fóton em um elétron, aumentando o dinamismo do elétron.

Como o átomo recebe e emite, ele ao mesmo tempo é negativo ou receptivo e positivo ou irradiante, assim sendo influenciado pelo meio ambiente e influenciando-o. Dessa forma fica caracterizada a dependência mútua em todos os campos de evolução, microcósmicos e macrocósmicos.

No nosso sistema solar existe uma interação muito importante, dentro dessa troca de energias, que segue um planejamento no nível do Logos Cósmico, ao qual nosso Logos está ligado intimamente. É lógico que nós, seres humanos, em particular, somos fortemente afetados por essa interação.

A estrela Sírius (binário), as Plêiades (sete) e as sete estrelas principais (Dubhe, Merak, Phekda, Megres, Alioth, Mizar e Benetnash) da Ursa Maior têm fortes relacionamentos com o nosso sistema.

Assim como do sol são emitidos três energias, denominadas eletricidade (fogo por fricção/elétrico, raios de luz de aspecto prânico (fogo por fricção/solar) e akasha (fogo por fricção/por fricção), que mantêm nosso sistema em plena atividade e evoluindo, igualmente desses astros chegam a ele esses fogos, porém em nível cósmico.

Mestre Tibetano esclarece apenas o fogo proveniente das Plêiades, que é o fogo elétrico cósmico, que atua no físico cósmico, sendo por isso fogo por fricção cósmico/elétrico. Quanto aos demais Ele sugere que nós façamos as deduções. Achamos que Sírius nos manda fogo por fricção cósmico/por fricção e a Ursa Maior fogo por fricção cósmico/solar. Observamos que esses astros desenvolvem outras atividades em relação ao nosso sistema, conforme veremos quando entrarmos na segunda parte do livro.

O nosso Logos Solar, com o seu sistema total, que é muito maior do que o sistema planetário aceito pelos astrônomos, é a personificação do aspecto Amor do Logos Cósmico (chacra cardíaco) e portanto irradia essa energia para todo o seu corpo, sendo positivo nesse sentido.

Igualmente, as Plêiades, ao mesmo tempo em que são positivas para nós, irradiando fogo por fricção cósmico/elétrico, são negativas ou receptivas para os sete Rishis da Ursa Maior, conforme vemos na página 296 do livro, no V diagrama, Evolução de um Logos Solar. Quando chegarmos a essa parte, o assunto será mais esclarecido e veremos a grandiosidade imensa dentro da qual estamos inseridos.

Sintetizando o que foi dito sobre os efeitos do movimento de rotação nos planos físico e astral, podemos concluir o seguinte:

1. a separação é o efeito da repulsão;

2. o impulso é o efeito interno;

3. a fricção é o efeito no ambiente;

4. a absorção é o efeito receptivo ou atraente.

Esses resultados ocorrem em todos os átomos, nos planetas, nas estrelas, nas constelações, nas galáxias, nos aglomerados de galáxias, nos aglomerados de aglomerados de galáxias, nas chamadas paredes, que são conjuntos de milhões de aglomerados de aglomerados de galáxias e maiores ainda, como os astrônomos descobrirão, quando possuírem telescópios de maior alcance.

Devemos procurar entender e visualizar essas interações e seus efeitos na matéria astral e deduzir, em termos práticos, o que ocorre no comportamento humano, em sua parte emocional, uma vez que a grande maioria da humanidade está centrada na emoção e muito distante da polarização mental. Enfatizo aqui que a polarização mental não significa de modo algum ausência de sentimento e emoção, mas pelo contrário, eles se tornam muito mais intensos pela ação da mente vigilante, poderosa e em contato com a mente abstrata, conferindo ao homem maior sensação de vida e muito mais capacidade de ser útil à humanidade e à Hierarquia.

Os efeitos do movimento no plano mental serão estudados na segunda parte do livro.

Apresentamos a seguir o V Diagrama da página 296 do Tratado sobre Fogo Cósmico e o átomo do livro do Babbitt.

Voltaremos a seguir quando estudaremos as qualidades do movimento de rotação: inércia, movimento e ritmo, que são as três gunas (tamas, rajas e satwa), nas páginas 151 e 152 do Tratado sobre Fogo Cósmico.

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Estudo 038

Qualidades do Movimento de Rotação (Páginas 151 e 152 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

O movimento de rotação, produzido pela ação do fogo por fricção, confere à matéria de qualquer plano três qualidades fundamentais, chamadas gunas em alguns textos e que são: inércia (tamas), mobilidade (rajas) e ritmo (satwa).

É muito importante que fique bem claro que estudaremos apenas as qualidades da matéria e não da consciência, muito embora elas sejam interpretadas pela consciência como informações, após terem passado por todo o processamento específico para cada veículo. Pelos mecanismos de percepção (Jnanaindryas ou sentidos, existentes em todos os corpos), essas qualidades (que atuam através de oscilações ou vibrações) chegam à consciência, em qualquer veículo, sendo o cérebro físico sua sede quando estamos encarnados fisicamente. Não vamos agora detalhar o processamento que ocorre nos veículos, ficando para mais tarde.

Esclarecemos que o termo inércia é empregado aqui em dois sentidos: ausência de outro movimento que não o de rotação e a resistência a mudar o estado em que se encontra, essa última a definição da física, na parte em que trata da mecânica. Ficará bem claro o sentido, conforme o caso. Comecemos pela inércia.

Inércia - Está presente em todos os átomos, no início de qualquer manifestação, quer seja um ciclo solar ou mahamanvantara (cem anos de Brahma ou um sistema solar), uma cadeia planetária, um globo ou qualquer forma esférica, sem exceção. Abrange a totalidade das formas em manifestação dentro do sistema solar. Nossos veículos ou corpos estão inclusos.

Nessa fase inicial, quando prevalece apenas a energia do Terceiro Logos (a Primeira Emanação) e não existe ainda nenhuma forma, as esferas somente giram em torno do próprio eixo, não havendo ainda atração nem repulsão. As três divisões do fogo por fricção (elétrico, solar e por fricção) estão no interior da esfera ou átomo, latentes, provocando unicamente o giro, sem outro movimento, havendo portanto inércia, no sentido de que as esferas não passam daí, em outras palavras, não há produção nenhuma. É uma quietude relativa, ou seja, não há ainda inter-relacionamento, só movimento individual, que, ao ser atingido um determinado grau de intensidade, estabelece condições para que advenha a Segunda Emanação, do Segundo Logos, para a construção das formas e então surge o:

Movimento - É um movimento diferente do giro. A Segunda Emanação induz nas esferas ou átomos o impulso para a geração das formas, que então se aproximam (outro movimento), trocam energias entre si (irradiação), atraem-se ou repelem-se, nascendo as formas quando há atração.

Começam então as oscilações ou vibrações, tão presentes em nossa vida diária. Vamos dissecar um pouco esse assunto.

Quando a corda de um violino vibra sob a ação do arco do violinista, essa oscilação é mecânica. Quando o cone de papelão de um autofalante oscila sob a ação da corrente elétrica variando na bobina móvel, produzindo o som, temos ainda uma oscilação mecânica. Todavia a corrente elétrica variando na bobina móvel também é uma oscilação, com a diferença de que o que oscila é a intensidade da corrente elétrica. Vamos dar exemplos práticos, para que esses conceitos fiquem bem claros.

Imaginemos um atleta corredor, que fizesse o seguinte treino: o trajeto a ser percorrido por ele seria de 1000 metros. Iniciaria a corrida, aumentando a velocidade gradualmente até 20km/hora (333metros por minuto), ao atingir essa valor, reduziria aos poucos até a parada, para repetir esse ciclo várias vezes até completar os 1000 metros. Por meio do gráfico abaixo, vemos claramente que é uma oscilação, no sentido de que ocorrem re petições ordenadas de procedimentos:

É muito importante que esse conceito de oscilação, tão conhecido pelos físicos e técnicos de eletrônica, fique bem assimilado nas mentes de todos, pois o que ocorre em nossos veículos é exatamente isso.

Vejamos mais um exemplo do que ocorre em nossos aparelhos de televisão:

Neste segundo gráfico, vemos um exemplo de uma onda retangular, onde percebemos nitidamente a oscilação da voltagem da corrente elétrica e a forma dessa oscilação.

Vejamos mais um gráfico de oscilação em que ocorre mudança de polaridade:

Essa onda senoidal é a que alimenta nossas residências de eletricidade, na frequência de 60 Hz, que quer dizer 60 ciclos por segundo. Existem também as ondas eletromagnéticas, já explicadas em estudos anteriores. Essas oscilações, que são movimentos, estão presentes em todos os planos e níveis de evolução, em todos os reinos, em todos os planos, na ação dos raios, nos relacionamentos humanos, planetários, de sistemas solares, de sistemas de sois formando veículos de expressão de Logos Cósmicos, de sistemas de Logos Cósmicos constituindo corpos de manifestação do Parabrahma Cósmico, conforme Mestre Tibetano chama e assim por diante.

No futuro, quando o ocultista for realmente um cientista, ele analisará o que ocorre nos corpos do homem à luz das formas de onda, frequência e intensidade das oscilações das partículas. No momento poucos, muito poucos, têm essa concepção, que está baseada nos ensinamentos do Mestre Tibetano, este Grande Cientista do Ocultismo, que tanto tem ajudado a humanidade na busca do conhecimento verdadeiro e autêntico.

Essa interação de ondas conduz à máxima sintonia, o que leva à terceira qualidade:

Ritmo - É o ponto de equilíbrio, máxima sintonia, máximo alinhamento ou fase das ondas e a consequente estabilidade. A busca desse ponto é longa. Procuremos esclarecer estes conceitos por meio de gráficos.

Abaixo temos 2 esferas oscilando nas mesmas frequência, forma de onda e fase, próximas entre si. Pela Lei de Economia não haverá conflito entre essas esferas, nem perdas ou distorções, dando-se então a máxima transferência de energia, com benefícios mútuos. É um exemplo de atração. Essas esferas estão aptas a constituírem uma forma.

Outro exemplo de sintonia, por fase:

Neste gráfico vemos 3 casos de fase: fora de fase (no exemplo 90 graus), havendo distorção e perda de rendimento; em fase, quando o rendimento é máximo; em oposição total, quando um ciclo de uma onda começa num sentido (polaridade), o ciclo da outra começa em sentido oposto (polaridade oposta). Nesses casos temos de ver também a frequência das 2 ondas. Um exemplo amplamente conhecido de ondas em fase é o laser, no qual as ondas luminosas estão perfeitamente em fase, produzindo os efeitos que todos conhecem.

Esse tipo de análise parece nada ter a ver com o esoterismo, mas tem e muito. Embora tenhamos apenas considerado as qualidades do movimento da matéria, não podemos esquecer nunca que os efeitos dessas qualidades constituem alimentação para a consciência. Usando a linguagem da eletrônica, essas ondas da matéria são o "input" (entrada) para a consciência, na qual provocam alterações, que produzem "output" (saída) não só através dos mecanismos de ação (carmaindryas), como nos próprios veículos. Os efeitos na consciência serão estudados mais tarde, ao longo do Tratado sobre Fogo Cósmico. Logo existe uma correlação entre frequência e forma de onda dos movimentos da matéria dos corpos do homem e sua consciência. Analisando-se pois esses parâmetros, poderemos tirar conclusões sobre o que ocorre na consciência, o que será utilíssimo no trabalho de cura e para acelerar o processo evolutivo.

Quando ocorre o equilíbrio perfeito (que sempre é relativo), são produzidos alguns efeitos específicos, que parecem ser contraditórios e paradoxais, como diz o Mestre Djwal Khul, mas se reflexionarmos profundamente, usando a lei da Analogia, que Ele tanto recomenda e que nós usamos, quando fazemos a comparação com os fenômenos da eletrônica e colocamos os resultados ante a meta da evolução, concluiremos que são perfeitamente lógicos e coerentes.

Esses efeitos são:

a. A desintegração da forma - é evidente, porque se o objetivo foi alcançado, o instrumento (a forma) não é mais necessário.

b. A liberação da essência confinada na forma - é lógico, porque o Espírito ou a Mônada atingiu seu objetivo e não tem mais nada a fazer com a forma.

c. A separação da Mônada e da matéria (forma) - também consequência evidente.

d. O fim de um ciclo, seja humano, planetário, solar ou cósmico.

e. A obscuração e o fim da objetividade ou manifestação, que não significa o término da existência.

f. A reabsorção da essência e novamente a fusão da matéria diferenciada com a raiz da matéria - no caso da desintegração do sistema solar considerando o físico cósmico (os sete planos, do físico sistêmico ao adi), as energias do Logos Solar que constituem as Terceira e Segunda Emanações e que geraram o sistema, são recolhidas por ELE e então cessa a diferenciação, pelo término do movimento, restando apenas a matéria raiz, enriquecida pelas experiências adquiridas e que será utilizada em outro grande ciclo solar (outro sistema solar). Nada se perde.

g. O fim do tempo e do espaço, como os compreendemos. É óbvio, uma vez que os conceitos de tempo e de espaço estão intimamente ligados à matéria.

h. A unificação dos três fogos e a combustão espontânea, se assim podemos expressar -Ocorrendo a sintonia perfeita entre os três fogos, haverá a máxima transferência de energia entre eles, com o máximo de rendimento e ganho, surgindo então um pico de energia, como se diz na linguagem da física, que leva à combustão total.

i. A atividade sintética da matéria nos três tipos de movimento - giratório, em espiral-cíclico e progressivo - cujo movimento unificado será produzido pela interação dos fogos da matéria, da mente e do Espírito - muito claro e explícito, o Mestre já disse tudo, sem necessidade de mais explicações.

Concluindo, podemos afirmar que quando o ponto de equilíbrio ou ritmo é alcançado, por um sistema cósmico, solar, planetário (uma cadeia) no caso do macrocosmos e em qualquer corpo do homem (o microcosmos), então o morador é liberado da prisão; pode retirar-se à sua fonte de origem, abandonando a envoltura que lhe serviu de cárcere e sai do meio ambiente que utilizou para adquirir experiência e foi o campo de batalha entre os pares de opostos (Mônada e matéria). A forma ou envoltura, qualquer que seja a classe, automaticamente se desintegra.

No próximo estudo veremos O Movimento de Rotação e o Simbolismo, nas páginas 152, 153 e 154 do Tratado sobre Fuego Cósmico.

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Estudo 039

O Movimento de Rotação e o Simbolismo (Páginas 152, 153 e 154 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Existe um princípio universal sobre o simbolismo: "Toda esfera giratória de matéria pode ser representada empregando-se os mesmos símbolos gerais cósmicos, que se utilizam para representar a evolução." (Mestre Tibetano)

1. O círculo - Simboliza o "círculo não se passa" da matéria indiferenciada, em outras palavras, os limites impostos pelo Logos Solar, quando define o espaço dentro do qual vai vivenciar e desenvolver mais um grande ciclo de sua escalada evolutiva cósmica, através da quantidade de matéria cósmica selecionada, para Ele formar e construir as muitas combinações, de acordo com o seu propósito e através desse veículo relacionar-se com o mundo cósmico ambiental e os Grandes Seres Cósmicos, não só seus Pares como seus Superiores, melhor dizendo, Os que estão acima d´Ele.

Sob o ponto de vista etérico representa um sistema solar ou o corpo logoico, um planeta ou o corpo de um Homem Celestial (Logos Planetário) ou um corpo humano, no caso da manifestação inicial e uma só célula no corpo humano ou animal, um átomo químico ou físico. Não esquecer que o etérico para o Logos Solar é o conjunto dos planos búdico, átmico, monádico e adi.

2. O círculo com o ponto no centro - Significa o calor latente no coração da matéria; o ponto de fogo, o instante da primeira atividade giratória, o primeiro esforço provocado pelo calor latente, efetuado pelo átomo para chegar à esfera de influência de outro átomo, o que é a primeira irradiação, o primeiro esforço de atração e a consequente repulsão, dando como resultado:

3. A divisão do círculo em duas partes - Marca a rotação ativa e o início do movimento do átomo de matéria (além do movimento de rotação em torno do próprio eixo), expandindo a influência do ponto positivo dentro do átomo de matéria, até que o raio dessa esfera de influência se estenda do centro à periferia. No local em que essa influência (a vida interna manifestando-se como fogo tríplice) toca a periferia, é estabelecido um contato com a influência advinda dos átomos vizinhos; assim inicia-se a irradiação (relação não-eu eu) e surge o ponto de depressão, que caracteriza a afluência (entrada) e a efusão (saída) de força e calor.

Aqui somente é explicado como aplicar os símbolos cósmicos à matéria e nos ocupamos da manifestação, de um ângulo estritamente material. Exemplificando, usamos o símbolo do ponto dentro do círculo para representar a esfera da matéria e o ponto de calor latente. Não tratamos aqui da matéria conformada e qualificada por um ente, que representa para a matéria à qual deu forma um ponto de vida consciente, pois aí surgem infinitos outros movimentos secundários.

Estamos considerando unicamente a matéria, o calor latente e o efeito produzido pelo movimento giratório do calor irradiante e a consequente interação entre os grupos atômicos. Resumindo, estamos estudando apenas o movimento das envolturas, o que faremos também na quinta divisão, O Movimento e os Centros.

4. A divisão do círculo em quatro partes - Este é o verdadeiro círculo da matéria, a cruz de braços iguais do Espírito Santo (O Terceiro Aspecto, Brahma), personificação da matéria inteligente ativa. Este símbolo representa a qualidade quadridimensional da matéria e a penetração do fogo em quatro direções; sua tríplice radiação está simbolizada nos triângulos formados pela quádrupla cruz. De fato os quatro setores do círculo gerados pela cruz dentro do círculo podem ser olhados como quatro triângulos, conforme se vê na figura abaixo:

Não significa que o átomo realize quatro revoluções, mas a qualidade quadridimensional da revolução, que é a meta perseguida. Temos várias maneiras de entender essa quadridimensionalidade. Os movimentos referentes aos três fogos são: rotação - fogo por fricção , espiral-cíclico - fogo solar , progressão - fogo elétrico, somando, temos: rotação + espiral + cíclico + progressão = 4. Um outro modo é: o terceiro aspecto, atividade inteligente da matéria se divide em quatro atributos: harmonia pelo conflito, conhecimento concreto, idealismo devocional e organização/magia cerimonial, que são qualidades. Vejamos os movimentos dos chacras. Primeiro a rotação de cada partícula componente, segundo o movimento que vai do núcleo do chacra à periferia e retorna ao núcleo, terceiro a oscilação das partículas e quarto o giro de todos esses três movimentos simultâneos em torno de um eixo, como um prato girando, conforme se vê no desenho abaixo:

Esses quatro movimentos são expressões na matéria de qualidades essenciais para a evolução não só dela como do Espírito ou Mônada, que a utiliza em seu processo.

Atualmente, na quarta ronda e quarta cadeia, essa meta já começou a ser percebida e entendida, em graus diferentes, é claro, conforme o nível evolutivo de cada um, ou seja, alguns entendem-na em maiores clareza e profundidade, outros de forma ainda distorcida.

À medida que se desenvolve no átomo a quinta espirila ou quinta corrente de força e o homem pode entender o movimento giratório quadridimensional, reconhecer-se-á a exatidão deste símbolo. Constatar-se-á então que todas as envolturas, em sua progressão da inércia ao ritmo, passando pelo movimento, percorrem todas as etapas, sejam as envolturas logoicas, os raios em que se ocultam os Homens Celestiais, os planos que formam os corpos de certas Entidades Solares, o corpo causal (a envoltura do Ego ou Alma no plano mental), a constituição etérica do corpo físico humano ou uma célula desse corpo etérico. Estas formas materiais (que existem em matéria etérica, a verdadeira matéria de todas as formas) são inicialmente ovoides indiferenciados, logo giram ativamente ou manifestam calor latente, em seguida expressam dualidade ou fogo latente e irradiante; a conjunção de ambos dá por resultado a atividade quadrimensional, a roda ou forma que gira sobre si mesma.

5. A suástica - Fogo que se estende não só da periferia ao centro em quatro direções, como também circula e irradia gradualmente desde a periferia e ao redor de toda ela. Isto significa uma atividade total em todos os aspectos da matéria, até que finalmente temos uma roda ígnea e flamejante que gira em todas as direções, com irradiantes canais de fogo, que vão do centro ao "círculo não se passa" - fogo para dentro, para fora e ao redor, até que a roda se consuma e somente resta fogo perfeito. Abaixo um desenho ilustrativo:

Devemos analisar esses movimentos como efeitos de qualidades da Mônada, através da Alma, na matéria. Quando esses movimentos atingem a perfeição estabelecida para o atual grande ciclo, a matéria é redimida e é este o verdadeiro significado da expressão "redenção da matéria". No caso do homem, essa redenção ocorre na quarta Iniciação planetária, a segunda Solar. No caso do Logos Solar, quando Ele recebe a Quarta Iniciação Cósmica.

No próximo estudo trataremos do Movimento e os Centros, páginas 154 e 155 do Tratado sobre Fogo Cósmico.

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Estudo 040

O Movimento e os Centros (Páginas 154 e 155 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

A relação entre o movimento e os centros pode ser estudada sob três óticas. Muito foi dito e escrito e ainda continua sobre os centros ou chacras. Paira um grande mistério sobre o assunto, o que levou muitos a entrar numa área que não lhes compete. Neste estudo serão proporcionadas informações para esclarecer um pouco esse tema e apresentar um novo ponto de vista, para a pesquisa e o entendimento destes complicados tópicos. Em hipótese alguma serão fornecidas instruções para vivificar e ativar os centros.

Cabe aqui uma importante e solene advertência. O homem deve levar uma vida de elevado altruísmo e adotar uma disciplina que controle e refine seus corpos inferiores. Uma vez feito isto e elevada e estabilizada sua vibração, descobrirá que o desenvolvimento e a consequente atividade dos centros efetuaram-se paralelamente e a tarefa prosseguiu na direção certa, sem a sua participação direta. Grande perigo e deploráveis calamidades ameaçam o homem que desperta os centros, empregando métodos ilegítimos e experimentando com os fogos do seu corpo, sem ter o necessário conhecimento técnico. Pelo esforço poderá despertar os fogos e intensificar a atividade dos centros, sofrerá porém o castigo de sua ignorância, destruindo a matéria, queimando os tecidos do corpo ou do cérebro, provocando a demência e abrindo as portas para energias indesejáveis e destruidoras. Não é covardia ser prudente e cuidadoso com referência às questões da vida subjetiva. Em consequência o estudante deve fazer três coisas:

1. Purificar, disciplinar e transmutar sua tríplice natureza inferior (corpos físico, astral e mental).

2. Buscar o conhecimento de si mesmo e equipar o corpo mental; o corpo causal há de ser construído através de bons pensamentos e ações. Isto significa entender a construção e funcionamento de seus três corpos inferiores, físico, astral e mental (inferior e causal), o que pode ser amplamente conseguido pelo estudo profundo do Tratado sobre Fogo Cósmico, do Mestre Djwal Khul e assim acelerar em muito sua evolução.

3. Servir a sua raça com total abnegação, o que inclui passar conhecimentos.

Assim procedendo ele cumpre a Lei, condicionando-se para receber treinamento e capacitar-se para receber a culminante aplicação do Cetro de Iniciação. Dessa forma minimizará os riscos de despertar os fogos. Toda a intenção dessa divulgação de informações é projetar mais luz sobre os centros, demonstrar sua inter-relação e explicar os efeitos produzidos pelo correto desenvolvimento. Para isso, como já foi dito, dividiremos o tema nas seguintes partes:

1. A natureza dos centros.

2. Os centros e os raios.

3. Os centros e o kundalini.

4. Os centros e os sentidos.

5. Os centros e a Iniciação.

Pelo acima exposto vê-se que o assunto não só é amplo como complexo. Isto é devido a que a atual humanidade está obrigada a aceitar as afirmações daqueles que alegam saber (a Hierarquia), porém até que o homem consiga a clarividência, não estará em condições de comprovar o que lhe é dito. Quando ele puder ver e provar por si mesmo, então ser-lhe-á possível verificar estas afirmações; todavia o momento ainda não chegou, exceto para uns poucos (os que já passaram pelo menos pela segunda Iniciação).

Não podemos esquecer nunca que estamos estudando a relação entre o movimento e os centros ou chacras. Como os chacras são constituídos de átomos e moléculas, que efetuam movimentos, podemos entender claramente que, conforme a fonte da energia que atua nos chacras, variarão o movimento e seus efeitos na consciência e no comportamento. São quatro as fontes de energia que podem agir nos chacras, conforme discrimina o Mestre. Nesta etapa iremos estudar esses efeitos, sem descer a muita profundidade, olhando mais o movimento em si.

Podemos concluir, tendo em vista o acima dito, que se pudéssemos ver a forma do movimento executado pelas partículas dos chacras, estaríamos capacitados em diagnosticar o estado de consciência e o comportamento das pessoas, o que seria de grande valia para a compreensão e o trabalho de cura. Essa conclusão é análoga à técnica muito empregada na eletrônica, quando, através de um aparelho chamado osciloscópio, o técnico pode ver as diversas formas de onda presentes em diversos pontos do equipamento (uma televisão, um videocassete etc) e descobrir o defeito, com base nas alterações dessas formas. Formas de onda são movimentos de partículas, no caso elétrons.

Quando a humanidade for dotada de clarividência etérica e astral, ficará comprovado tudo isso. Os que estão indo mais depressa, já têm a certeza. No corpo mental ocorrerá o mesmo, quando surgir a clarividência mental.

O item 4, os centros e os sentidos, é muitíssimo interessante, importante e prático, pois nos dá uma visão de grande amplitude e profundidade em relação aos sentidos, desde o corpo físico até o corpo átmico. Essa visão, proveniente das explicações claras e lógicas do Mestre, permite que entendamos, com crescente clareza, os modos de vida nos diversos planos, do físico ao átmico. A expressão "crescente clareza" significa que, a cada vez em que meditamos sobre o assunto, obtemos mais clareza e percebemos coisas antes não vistas, o que é o mesmo que enxergar os muitos reinos de Deus, os quais teremos de dominar, passo a passo, para prestarmos serviços mais elevados, mais sofisticados, mais importantes e mais úteis ao nosso Logos Planetário, simultaneamente com a maior plenitude de vida. É assim que será compreendida a atividade dos Mestres nesses planos, como, por exemplo, a natureza do trabalho deles e seus discípulos (iniciados) nas pétalas do chacra cardíaco do Logos Planetário. Nós consideramos esse item 4 o mais importante e esclarecedor, por causa dessa visão clara e lógica dos mundos sutis, o que nos levou a um maior esforço no sentido de acelerar conscientemente o nosso processo evolutivo, através de toda a técnica explicada pelo Mestre.

Se todos puderem entender com clareza o que vai ser explicado mais adiante sobre esses tópicos, conseguindo perceber com nitidez como é a ação do Iniciado nesses mundos sutis, com a mesma nitidez com que entendemos a ação aqui no mundo físico, ficará enormemente facilitada a compreensão de tudo o que será tratado na segunda parte do livro. Todos só terão a ganhar, pois, com a convicção oriunda do claro entender, o esforço será muito menor, já que a própria felicidade da vida mais plena estimulará fortemente, assim como já ocorreu em nós e o desapego das coisas materiais será automático, simplesmente pela substituição para metas maiores e mais amplas, que nem a traça nem a ferrugem conseguem destruir. Porém é bom que saibam que, quando um plano sutil é conquistado, o Iniciado não pode ficar preso a ele definitivamente, porque assim que a conquista ocorre, por maior que seja a plenitude de vida, descortina-se um outro plano mais sutil e de maior plenitude a ser conquistado, prosseguindo isso ao infinito, mesmo quando o Iniciado penetra no plano astral cósmico e outros mais elevados.

O próprio Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, ao receber a Nona Iniciação, a Terceira Cósmica e a Sétima Solar, a Grande Negação, terá de renunciar à vida no primeiro subplano do plano astral cósmico, no qual ELE já participa no seu dia a dia da vida emocional do Logos Solar, para ingressar no segundo subplano do astral cósmico, para uma participação muitíssimo mais intensa da vida do Logos.

Concluindo, é de grande importância o estudo detalhado desses tópicos, para que todos saiam do estado mental confuso para o claro e pleno de luz.

Voltaremos com o tópico A Natureza dos Centros, nas páginas 155, 156, 157 e 158 do Tratado sobre Fuego Cósmico.

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Estudo 041

A Natureza dos Centros (Páginas 155, 156,157 e 158 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Não serão aqui tratados todos os centros, mas aqueles mais importantes para a quíntupla evolução do homem. Conforme já foi dito, o homem, ao terminar sua longa peregrinação, terá passado, no regresso à sua origem, pelos cinco reinos da natureza:

1. mineral,
2. vegetal,
3. animal,
4. humano e
5. super-humano ou espiritual (dos Iniciados e da Hierarquia),

e terá desenvolvido plena consciência nos cinco planos:

1. físico,
2. astral ou emocional,
3. mental,
4. búdico ou intuicional e
5. espiritual, átmico ou nirvânico,

por meio dos cinco sentidos e suas analogias nos corpos dos respectivos planos:

1. audição,
2. tato,
3. visão,
4. paladar e
5. olfato.

Quando chegar a quinta ronda (a próxima), três quintos da família humana terão alcançado este desenvolvimento (os que conseguirem, desde que já estejam se esforçando agora)e os cinco sentidos estarão plenamente ativos nos três planos, físico, astral e mental. Os outros dois planos, búdico e átmico, serão dominados nas duas rondas restantes.

Deve ser realçado aqui um fato pouco conhecido. Nesta quíntupla evolução do homem e neste sistema solar, as duas últimas rondas de qualquer ciclo planetário e as sexta e sétima raças raízes de tais ciclos sempre são sintetizadoras. Sua função é reunir, consolidar e sintetizar o realizado nas cinco anteriores. Por exemplo, na atual raça raiz, as sexta e sétima sub-raças sintetizarão e fundirão o que as cinco anteriores produziram. A analogia está no fato de que neste sistema solar os dois planos superiores ( logoico ou divino ou adi e o monádico) são sintetizadores. O logoico é para o Logos, o qual extrai a essência do manifestado e desenvolvido, o monádico é para a Mônada, a qual extrai e recolhe os frutos das experiências vivenciadas durante a objetividade.

O estudo versará sobre os centros relacionados com a evolução dos corpos sutis, a evolução da psique e não os vinculados com a evolução e propagação do corpo físico denso. Tais centros são cinco e sua localização é a seguinte:

1. na base da coluna vertebral, o básico, o único centro estudado que produz efeitos físicos;

2. no plexo solar, o umbilical, o centro mais importante do ponto de vista astral;

3. na laringe, o laríngeo, o mais importante do ponto de vista mental;

4. na área do coração, o cardíaco, que se liga esotericamente com o plano búdico;

5. na parte superior da cabeça, o coronário, vinculado com o plano átmico.

Não serão tratados os centros inferiores da procriação, o sacro, nem o do baço, o esplênico, que se relaciona diretamente com o corpo etérico e é o transmissor de prana. Este último já foi tratado anteriormente.

Os centros ou chacras do homem são produzidos pelos fogos emanados pela sua Mônada, através do canal ou condutor desses fogos, que vai da Mônada à Alma ou Ego e daí para o corpo etérico, por um processo que podemos chamar de reflexão, passando pelos corpos mental e astral. Eles não são órgãos no sentido com que o homem está acostumado, sendo mais usinas geradoras de forças, que alimentam e vitalizam o corpo denso, quando são distribuídas pela rede de condutores ou canais do corpo etérico. São vórtices porque os fogos emanados pela Mônada provocam nas partículas dos diversos corpos esse tipo de movimento. A vinculação com a parte densa ou objetiva é indireta e não direta, sendo pois um efeito. Esses fogos, como ocorre em todo o mundo fenomênico, são transportados por átomos dos diversos planos, à semelhança do fóton que penetra no elétron e o energiza e do elétron ao transporta carga elétrica, como ensina a física.

Vemos portanto que os chacras estão ligados à Mônada, aspecto Vontade, Imortalidade (a Mônada é imortal e todos nós somos realmente Mônadas imortais, que estão sempre evoluindo e crescendo e não somos em hipótese alguma corpos perecíveis), Existência, Vontade de Viver (viver no verdadeiro e amplo sentido e não apenas no mundo físico). Estão os chacras ligados também aos poderes inerentes à Mônada, que é Vida Divina.

Podemos concluir portanto que os chacras estão diretamente ligados às energias da Vida Divina, a imortal Mônada.

Olhando o Macrocosmos, constatamos que por trás dos movimentos giratórios e em vórtice das nebulosas estão os grandes chacras ou centros cósmicos, surgindo a partir desses movimentos os astros de forma esférica. Cada astro é a expressão da "vontade de viver" de alguma Entidade Cósmica e a força atuando em vórtice, construtora, solidificadora e que dá coerência à forma, é a força de algum Ser Cósmico.

Os centros cósmicos que alimentam o nosso sistema solar estão no corpo mental cósmico do nosso Logos Solar e são por assim dizer controlados por Seres Cósmicos das sete Plêiades. Daí por reflexão geram centros correspondentes no corpo astral cósmico do Logos, que por sua vez geram centros na matéria monádica de seu corpo físico cósmico, para por sua vez refletirem-se na matéria búdica (quarto éter cósmico) de seu corpo físico cósmico e finalmente, após passarem pela matéria mental e astral, surgem como centros refletidos na matéria do quarto éter físico, como planetas sagrados. Esta interpretação da atividade de Seres Cósmicos pertencentes a outras estrelas, como é o caso de Alcione, a mais brilhante das Plêiades, dentro do corpo mental cósmico do nosso Logos Solar, requer uma explicação muito mais detalhada, a qual não é possível no momento, uma vez que será necessária uma sólida base de conhecimentos, base essa que demanda um longo tempo para ser passada.

Resumindo, os Homens Celestiais (Logos Planetários) possuem centros em três planos solares:

a. no plano monádico, o plano dos sete raios.

b. no plano búdico, onde os Mestres e seus discípulos constituem os 49 centros dos corpos dos sete Homens Celestiais (Mestres e discípulos dos sete esquemas planetários sagrados, que não incluem o nosso esquema terrestre).

c. no quarto éter físico, o quarto subplano físico, onde se encontram os planetas sagrados, corpos de matéria etérica dos sete Homens Celestiais.

Façamos agora uma analogia com o microcosmos, o homem. Nele os centros estão localizados no plano mental, em seu corpo mental, onde se origina o impulso que leva à existência no plano físico, a vontade de encarnar. Ocorre sua reflexão no plano astral, em seu corpo astral, para em seguida refletirem-se em seu corpo etérico, sustentáculo do corpo denso, provocando assim a objetividade da Mônada humana, analogamente ao que ocorre com os Logos. Observem que analogia não significa que os processos sejam idênticos, pois há uma grande diferença, simplesmente quer dizer que existe uma correspondência de funções. Oportunamente esclareceremos detalhadamente esse assunto.

Podemos afirmar com convicção e certeza científica que os centros estão formados em sua totalidade por correntes de força que partem da Mônada e passam pelo Ego ou Alma. Aí está a explicação para o segredo da aceleração gradual das vibrações dos centros, quando o Ego, pela primeira vez, começa a atuar e controlar a personalidade ou os veículos inferiores. Logo, depois da primeira Iniciação, a Mônada faz o mesmo, com mais intensidade a cada Iniciação, provocando mudanças e aumentando a vitalidade dentro destas esferas de fogo ou força vital pura (os centros ou chacras).

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Estudo 042

A Natureza dos Centros (continuação) (Páginas 158, 159, 160 e 161 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Continuemos o estudo da natureza dos centros. Quando o homem consegue fazer com que seus centros funcionem corretamente, eles passam a constituir literalmente o "corpo de fogo", a verdadeira transmutação, o veículo final para a Mônada e seu Ego, nos planos físico, astral e mental, aproximando-se então o dia da glória, a quarta Iniciação, a total libertação dos mundos inferiores.

É o corpo incorruptível (citado por Paulo de Tarso), o produto da evolução, o resultado final da fusão total dos três fogos, que destroem a forma, que não é mais necessária. Fica somente a chama pura, síntese dos sete centros flamejantes, que ardem com o máximo de intensidade.

Neste fogo trino prevalece o elétrico, o dominante, em perfeita sintonia com os demais, porém sendo o regente supremo. Os dois polos (Espírito e matéria) uniram-se completamente através do filho, a consciência, o fogo solar, a Alma. Por isto foi dito: " Nosso Deus é um fogo consumidor." (a Bíblia, Cor. I, XV, 53)

Três centros são chamados maiores, porque expressam os três aspectos da Mônada: Vontade, Amor-Sabedoria e Inteligência Ativa, os quais são:

1. O centro coronário - representando a Mônada, a Vontade ou o Poder.

2. O centro cardíaco - representando a Alma ou o Ego, o Amor-Sabedoria.

3. O centro laríngeo - representando a Personalidade, a Inteligência Ativa.

Os outros dois, o básico e o umbilical estão relacionados respectivamente com os corpos etérico e astral. Cabe aqui lembrar que são sete os centros sagrados, incluindo o sacro, que não é tratado neste estudo e o frontal (entre as sobrancelhas), que na realidade faz parte do coronário, com o qual se funde totalmente no final do processo evolutivo humano nos planos inferiores.

O centro laríngeo é o sintetizador da vida da personalidade e está claramente vinculado com o plano mental. Como já vimos no último estudo, o homem em consciência cerebral está conectado (no início só potencialmente) com os cinco planos de evolução (físico, astral, mental, búdico e átmico), através dos cinco centros físicos, da seguinte forma: centro básico e sacro (como um só) com o físico, umbilical com o astral, laríngeo com o mental, cardíaco com o búdico e o coronário (abrangendo o frontal) com o átmico. O centro alta maior ou carótido, depois de sua ativação e ligação com a coluna vertebral etérica, tarefa que o homem tem de realizar, une-se ao coronário e é sumamente importante na atividade mental.

Não podemos esquecer que o centro básico é também sintetizador, pois todo ponto situado na região mais baixa é onde tudo se reflete com maior intensidade, em toda a manifestação.

Também é nele que se reflete a fusão dos três fogos da matéria: reação nervosa, emanação prânica e calor corpóreo, para em seguida ocorrer a segunda fusão com o fogo de manas e solar da Alma e por último com o fogo elétrico da Mônada, quando se dá a consumação final. Embora essas fusões se realizem no centro entre as omoplatas, elas são refletidas no básico.

Esses centros, vistos como vórtices de fogo pelo clarividente, estão localizados nas seguintes regiões do corpo etérico:

1. Na base da coluna vertebral, o básico.

2. Entre as costelas, logo abaixo do diafragma, o umbilical.

3. Na zona que abrange o mamilo esquerdo, o cardíaco.

4. No centro da laringe, o laríngeo.

5. Na cabeça, abrangendo o coronário, na cúspide e o frontal entre as sobrancelhas.

Segundo C. W. Leadbeater, no livro Vida Interna, Tomo I,pag. 407-460, as cores e os números de pétalas dos centros são esses:

1. Básico: quatro pétalas em forma de cruz e cor laranja.

2. Umbilical ou plexo solar: dez pétalas e cor rosa mesclado de verde.

3. Cardíaco: doze pétalas e cor dourada resplandecente.

4. Laríngeo: dezesseis pétalas e cor azul prateada, predominando a azul.

5. Coronário, em suas duas partes:


frontal, com dois lóbulos de 48 pétalas cada um, totalizando 96, de cores rosa e amarela um e azul e púrpura o outro;

coronário, com dois vórtices: o interno, com doze pétalas na cor branca ouro (o mais importante e ligado ao cardíaco) e o periférico, com novecentas e sessenta pétalas secundárias dispostas em torno do interno.

Somando todas as pétalas (do frontal e do coronário em seus dois vórtices), obtemos um total de um mil e sessenta e oito pétalas, o que significa trezentas e cinquenta e seis triplicidades: 3 x 356 = 1.068.

Esses números possuem um significado oculto, que não será pesquisado no momento.

À semelhança da Mônada, que tem três aspectos e sintetiza os sete princípios do homem, o centro coronário tem dentro do seu campo de força sete centros, dos quais três são chamados maiores e quatro menores, todos sintetizados por ele.

Esses sete centros estão na cabeça do homem e a cada um corresponde um pequeno órgão no cérebro. Quando estão ativos e unidos, são vistos coroados pelo coronário.

Existem três órgãos físicos no cérebro denominados: glândula pineal, expressão do coronário, glândula pituitária, regida pelo centro frontal e o centro físico chamado alta maior, comandado pelo centro etérico de mesmo nome, que sintetiza quatro centros menores.

Há uma íntima relação entre os centros laríngeo e alta maior, cardíaco e frontal (pituitária), coronário e pineal. Essas relações podem ser muito úteis na meditação, para o aperfeiçoamento consciente e científico do corpo físico-etérico.

Uma informação de grande importância é a sequência de triângulos formados por centros, no processo de intensificação, fusão e transferência dos fogos, ao longo da evolução do homem, servindo esses triângulos como indicadores do nível evolutivo. Essa sequência depende do raio da Mônada.

Temos então:

1. O triângulo prânico: baço - o centro nas costas abaixo do diafragma - centro entre as omoplatas. O homem unicamente material.

2. Básico - umbilical - cardíaco. O homem regido pelo seu corpo astral.

3. Básico - cardíaco - laríngeo. O homem regido pelo seu corpo mental.

4. Cardíaco - laríngeo - os quatro centros menores da cabeça, sintetizados pelo alta maior. O homem parcialmente regido pelo Ego, o homem avançado, o aspirante.

5. Cardíaco - laríngeo - os sete centros da cabeça. O homem espiritual, até a terceira Iniciação.

6. Cardíaco - os sete centros da cabeça - o coronário. O homem espiritual, até a quinta Iniciação.

Quando os fogos estão enfocados em um triângulo, não significa que não circulem em outros, mas sim que naquele a intensidade e o brilho são muito maiores, como também a fusão ocorre a uma velocidade maior.

Pela visão desses triângulos, o Instrutor pode avaliar o progresso do discípulo.

Quando o homem, após a terceira Iniciação, aproxima-se rapidamente da quarta, todos os triângulos estão ativos e brilham intensamente, havendo, é lógico, uma graduação de intensidades.

Como nessa fase cada centro gira sobre si mesmo, como um prato girando em torno do próprio eixo, ele adquire o aspecto de uma esfera de fogo, lançando centelhas para todos os lados. Como são três centros interligados, a aparência do triângulo é de uma grande esfera flamejante, na qual se vêm os fogos circulando entre as esferas menores.

Porém a visão do triângulo da cabeça é a mais impressionante. Do alto do coronário destaca-se um fluxo belíssimo de fogo para cima, com o matiz do raio da Mônada, encontrando-se com outro fluxo, que desce, com o fogo elétrico da Mônada.

Este espetáculo marca a libertação do jugo dos três corpos inferiores, em virtude do total domínio do Iniciado sobre eles e, consequentemente, sobre os três planos inferiores.

É o seu momento de maior glória, pois está pronto para ficar face a face com o Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, a encarnação do Logos Planetário.

Neste estágio, são muitos os movimentos dos centros, sendo por isso que são denominados multidimensionais. Vejamos esses movimentos: rotação dos átomos em torno do próprio eixo, oscilação dos átomos, movimento deles em vórtice, formando as pétalas ou raios, rotação de todo o conjunto em torno do centro, rotação do conjunto em torno do próprio eixo, pulsação do conjunto e outros, simultâneos.

Essa triangulação e esses movimentos ocorrem também nos centros dos corpos astral e mental, o que transforma a visão simultânea dos três corpos em algo muitíssimo mais belo e arrebatador.

A grandiosidade e a beleza desse espetáculo são indescritíveis e somente aqueles que conseguem captar os significados, através do intenso raciocínio analítico e dedutivo, iluminado pela mente abstrata,estão em condições de percebê-las em sua visão interior. Quando isso acontece com o Iniciado (para essa visão é necessário ter pelo menos a segunda Iniciação), sua certeza e convicção adquirem um tal grau de solidez, que nada pode abalá-las, simplesmente porque ele viu dentro de si.

É nossa firme e indesviável intenção passar para todos, dentro da capacidade de alcance de cada um, o que sabemos e percebemos interiormente, adaptando-o a uma linguagem compreensível, com o único objetivo de que todos consigam acender a chama interior, levantem os véus de maia e da miragem, enxerguem o verdadeiro caminho para a Iniciação, anunciado pelo sr. CRISTO e conquistem a felicidade duradoura, que não depende de fatores externos. Essa nossa intenção é inspirada na do Mestre Tibetano e de toda a Hierarquia.

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Estudo 043

A Natureza dos Centros (continuação) (Páginas 161, 162 e 163 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

Vamos descrever agora a evolução dos centros à luz dos símbolos.

1. O CÍRCULO. Nesta etapa o centro tem a aparência de um pequeno prato de fogo, que o envolve totalmente, porém é muito débil. A rotação é bastante lenta, a tal ponto que é quase imperceptível. É a situação do homem iniciando seu processo evolutivo, o homem lemuriano, quando era mais animal que homem. O cérebro estava sendo preparado para a implantação da chispa da mente pelos Senhores da Chama, os Kumaras, que vieram do esquema de Vênus, liderados por SANAT KUMARA. Ao mesmo tempo o ANJO SOLAR, no plano causal, começava a construção do LOTO EGÓICO.

2. O CÍRCULO COM O PONTO NO CENTRO. Irrompe no ponto central do prato uma intensificação do fogo, que acelera a rotação. É a fase em que a mente inicia sua manifestação pelo homem, no final da raça lemuriana. O trabalho de construção do LOTO EGÓICO por parte do ANJO SOLAR está quase concluído, embora seu sacrifício continue por milhões de anos, pois tem de velar pela sua obra.

3. O CÍRCULO DIVIDIDO EM DOIS. O ponto de fogo no centro do vórtice torna-se mais forte e sua luminosidade aumenta. Pelo incremento da rotação, esse ponto se estende em duas direções opostas, dividindo aparentemente o vórtice em dois semicírculos. Devido à aceleração, a linha de fogo oscila para frente e para trás, o que faz crescer o brilho do centro. É o homem da raça atlantiana.

4. O CENTRO DIVIDIDO EM QUATRO. Nesta situação o ponto de fogo de maior intensidade no meio do centro, além do movimento horizontal, inicia outro movimento vertical, dividindo o centro em quatro quadrantes. Sua atividade fica enormemente incrementada. A roda gira juntamente com a cruz interna, lançando chispas de fogo em todas as direções no plano gerado pela superfície do centro, provocando um espetáculo de grande beleza. Indica que o homem alcançou um alto grau de desenvolvimento mental, correspondente à quinta raça-raiz, a atual. Ele tem conhecimento de suas atividades internas, na parte da personalidade, representada pelo braço horizontal da cruz, bem como com referência à parte espiritual, do Ego, expressada pelo braço vertical. Aproxima-se do caminho probatório. A personalidade ainda atua fortemente.

5. A SUÁSTICA. No final da fase anterior, as centelhas de fogo lançadas pelos braços da cruz começam a dar a forma de suástica ao conjunto, devido à rotação. Inicia-se então um novo movimento de giro em torno do eixo. O centro gira em torno de seu ponto central, ao mesmo tempo em que gira em torno de seu eixo. Assim ele gera uma esfera, que simultaneamente tem duas rotações: longitudinal e vertical. O homem está então no Caminho. Os raios ou pétalas da roda (consequência da evolução da cruz desde o ponto central) se fundem e misturam em um fogo que consome tudo.

Lembramos que, embora tenhamos falado em cruz, que possui apenas quatro raios, ela não se refere às pétalas dos centros. Essas variam conforme o centro e são na realidade vórtices dentro do centro. Os raios (como raios de uma roda), sinônimos de pétalas, citados nesse contexto, nada têm a ver com os sete raios, qualidades da manifestação do Logos.

Mestre Tibetano cita palavras simbólicas referentes ao tema em pauta, afirmando que a meditação sobre o assunto produzirá um efeito definido num dos centros, que deverá ser descoberto por cada um. Nossa interpretação é a seguinte:

"O segredo do Fogo encontra-se oculto na segunda letra da Palavra Sagrada.": a palavra sagrada é AUM, que é uma abreviatura da frase (em sentido vibratório) que o Logos Solar está pronunciando para a realização de seu projeto e propósito. A letra A, a primeira, representa o sistema solar anterior, no qual o Logos desenvolveu o terceiro aspecto. No atual sistema, a letra é a segunda, o U, que expressa seu propósito atual, que é o Amor-Sabedoria-Razão Pura. Portanto o Fogo dominante agora é o Solar, do segundo aspecto ou raio. A forma da letra U traz a ideia de conter, de unir, de fundir.

O mistério da vida acha-se oculto no coração.": como o coração (comandado pelo centro cardíaco) é regido pelo segundo raio, é ele onde a vida está ancorada. No atual sistema solar, a meta é expressar budi por manas, ou seja, expressar a vida do coração pelo centro laríngeo.

Quando vibra o ponto inferior, quando o triângulo sagrado resplandece, quando o ponto, o centro médio e o ápice ardem, então os dois triângulos - o maior e o menor - fundem-se em uma só chama, que consome tudo." : o ponto inferior é o centro básico; o triângulo sagrado é formado pelos centros frontal, coronário e alta maior; o ponto é o básico, o centro médio é o cardíaco e o ápice é o coronário; o triângulo maior é o da cabeça e o menor é o triângulo prânico, do qual o fogo unido salta para o centro alta maior.

"O fogo dentro do fogo menor é fortemente impelido em seu progresso, quando o círculo do móvel e o imóvel, da roda menor dentro da maior, imóvel no tempo, encontra sua dupla saída, então brilha com a glória do duplo Uno e de seu sêxtuplo Irmão. Fohat se precipita através do espaço. Busca seu complemento. O alento do imóvel e o fogo do Uno, que vê o conjunto desde o princípio, apressam-se para unirem-se, e o imóvel transforma-se em uma esfera de atividade." : o fogo menor é o fogo tríplice da matéria (emanação prânica e calor corpóreo, unidos atualmente e reação nervosa), o fogo citado é o solar, da Alma ou Ego; o círculo do móvel é o central do coronário, de doze pétalas, o imóvel é o periférico de novecentas e sessenta pétalas do coronário, o círculo externo, que no começo não gira com muita velocidade; quando os dois, o móvel e o imóvel (o coronário duplo) consegue enviar o fogo solar do Ego para o centro frontal, que tem dois lóbulos, esquerdo e direito, totalizando 48 + 48 = 96 pétalas, é então que começa a brilhar a glória do duplo Uno (o duplo coronário) e de seu sêxtuplo Irmão (os seis centros sagrados), pois eles entram em plena atividade, multidimensional. Lembremos que 960 = 96 x 10. A partir daí o fogo elétrico da Mônada (Fohat) penetra no coronário e atinge os demais centros, iniciando a fusão dos três fogos, buscando seu complemento.

O alento do imóvel (fogo solar da Alma) e o fogo do Uno (aqui o fogo da Mônada, que persegue a fusão dos três fogos desde o início) aceleram a união. Então o coronário (a periferia e a coroa central unificadas) transforma-se em uma esfera de intensa atividade.

Temos pois nas palavras do Mestre Tibetano uma belíssima e poética descrição do que ocorre no ser humano, quando ele decide, usando verdadeiramente seu livre arbítrio, ser o condutor de sua evolução.

No próximo estudo trataremos do importante tema Os Centros e os Raios, iniciando na página 163 do Tratado sobre Fuego Cósmico.

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Estudo 044

Os Centros e os Raios (Páginas 163, 164 e 165 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

O assunto a ser estudado agora é de suma importância, porque o entendimento profundo e claro dos raios irá permitir não só que cada um acelere a própria evolução, como passe a compreender os efeitos provocados na civilização e nos reinos pelas entradas e saídas dos raios, na medida da aquisição de mais conhecimentos, é claro.

O tema é muito amplo, mas dará uma base para reflexão, analogias, deduções e conjecturas inteligentes e racionais. Segundo as próprias palavras do Mestre Tibetano, o único objetivo para essas informações é proporcionar fatos fundamentais, sobre os quais, pelo emprego da imaginação, poderá ser erigida uma estrutura baseada em teorias lógicas, que permitirá duas coisas:

Desenvolver a capacidade de ampliar e estender os conceitos mentais, que são expostos na Tratado sobre Fogo Cósmico e construir o antakarana - a ponte que devem construir, cientificamente e com pleno conhecimento do processo, entre a mente superior e a inferior, aqueles que querem atuar no corpo búdico, o corpo que permite acessar ao conhecimento puro e não distorcido. Daí a necessidade de utilizar a imaginação, sentido do corpo astral, equivalente ao paladar do corpo físico, à discriminação do corpo mental e à intuição do corpo búdico (mais tarde estudaremos as equivalências de todos os sentidos). Logo, pelo uso da imaginação conjuntamente com a discriminação (mente racional ou inferior), a teoria lógica é construída e a reflexão sobre os conceitos subjacentes irá estimular a intuição, que é a imaginação transmutada.

O Mestre ainda continua afirmando que todos os instrutores (como Ele) que aceitam discípulos para treinamento, a fim de utilizá-los no serviço mundial, empregam o mesmo método: expõem um fato (muitas vezes velado em palavras ou oculto em um símbolo), deixando que o discípulo faça sozinho suas próprias deduções. Assim desenvolve-se a capacidade de discriminar, método essencial que libera o Espírito (a Mônada) das ligações da matéria e lhe ensina a discernir entre a ilusão e o que ela vela. É portanto o único modo de vencer maia, a miragem e a ilusão, as três etapas da ilusão geral. Vamos explicar melhor isso. Maia é o engano provocado pela deficiência dos sentidos físicos, em relação ao mundo fenomênico físico. Miragem é o engano gerado pelo corpo astral e ilusão é o engano articulado pelo corpo mental inferior, que só atua nos Iniciados até a segunda Iniciação, sendo que logo após essa Iniciação, ela começa de imediato a ser vencida e eliminada, com uma velocidade que depende exclusivamente da vontade e do esforço do Iniciado, podendo ele até conseguir sua total aniquilação na própria encarnação em que recebeu a segunda Iniciação. É raro acontecer isso, mas não impossível, sendo condição fundamental, sem a qual não, que ele faça uso intenso da mente analítica, buscando sempre os significados e conceitos subjacentes, inclusive sobre os fenômenos devocionais, como os êxtases (samadi) dos místicos.

Como é do conhecimento de todos, o místico (apenas místico) não dá o menor valor à mente analítica e atinge seus arroubos unicamente levado pela devoção. Como existe uma linha de comunicação direta (via subplano atômico) entre o plano astral e o búdico (relação 4-6), ele acessa o búdico, todavia essa linha é incompleta, tanto que ele não consegue explicar nada e por isso desdenha a mente, como fazem muitos deles, chegando ao cúmulo de condenar os que valorizam e defendem o uso dela. Em parte são levados a esse comportamento, porque usar o corpo astral é relativamente fácil, não requerendo muito esforço, é uma linha passiva, mas saber se servir da mente exige muito esforço e disciplina. Uma coisa é certa, a nossa raça-raiz, a quinta, tem como meta o desenvolvimento da mente (quinto raio e quinto plano). Para concluir, os Mestres que seguiram a linha devocional, como o sr. Buda, Jesus e Serápis Bey, escolheram o quarto caminho, por ocasião da sexta Iniciação, a da Decisão, caminho esse que conduz a Sírius, fonte da Inteligência Cósmica (Manas Cósmico) para o nosso sistema solar. Lá irão chegar como aprendizes, para desenvolverem sua capacidade mental em nível cósmico, pois não conseguiram a perfeição relativa necessária nessa área. São Mestres de Compaixão, mas não Dragões de Sabedoria. Isto em hipótese alguma coloca-os em situação inferior. A explicação é que na época deles a humanidade respondia melhor ao estímulo devocional e não ao mental. Por isso Eles escolheram essa linha de evolução, para melhor ajudarem a humanidade. Quando concluírem o treinamento em Sírius, Eles serão Gigantes de Inteligência Cósmica. O Planejamento Divino é sábio e atua de acordo com as necessidades reinantes. Mas na época atual a linha prevista pelo Plano Divino é a mental. A maioria dos seres humanos que conseguirem atingir a meta da cadeia, a quinta Iniciação, a do Adepto, deverão escolher o caminho de Sírius, em virtude dessa tendência devocional. Poucos terão condições e preparo para escolher os outros caminhos. O Senhor Maitreya escolheu o quinto caminho, o de Raio, um dos mais difíceis, o mesmo escolhido por Mãe Maria, que hoje não tem mais essa imagem conhecida. Ela atualmente é um grande Deva, ocupando um altíssimo cargo dentro da administração solar.

Após essa digressão, com o único objetivo de esclarecimento, voltemos ao tema em pauta. Não é possível fornecer muita informação sobre a influência dos raios sobre os centros, porque os mais capacitados, mas sem a devida solidez de caráter, poderiam direcionar os conhecimentos para fins egoístas e antagônicos aos planos da Hierarquia.

A evolução dos centros é um processo gradual e lento, que avança em ciclos ordenados, que variam segundo o raio da Mônada do homem.

Sob o ângulo do desenvolvimento dos centros sob a ação dos raios, podemos dividir a vida da Mônada encarnada em três períodos principais:

1. O período sob a ação do raio da personalidade.

2. O período sob a ação do raio do Ego.

3. O período sob a ação do raio da Mônada.

O primeiro período, como é óbvio, é o mais prolongado e abarca a imensa sucessão dos séculos, durante os quais se desenvolve o aspecto atividade do tríplice eu. As encarnações se sucedem, sendo forjado lentamente o aspecto manas ou mente. O homem é controlado cada vez mais pelo seu intelecto, atuando através de seu cérebro físico.

Analogamente poderemos afirmar que este período corresponde ao primeiro sistema solar, anterior ao atual, no qual o terceiro aspecto do Logos, Brahma, Mente, Inteligência Ativa, alcançou a total culminação.

Em consequência no atual Sistema Solar o aspecto Amor-Sabedoria-Razão Pura começou a fundir-se e a se estruturar por intermédio de Manas ou Mente, o que demonstra clara e cabalmente que a mente é o cimento e o alicerce para a construção do palácio do Amor-Sabedoria-Razão Pura.

Os milênios passam e o homem torna-se mais inteligente e seu campo de ação passa a ser mais adequado para a manifestação do segundo aspecto.

A analogia está na semelhança e não nos detalhes observados em tempo e espaço.

A ação do raio da personalidade sobre os centros abrange o período dos três primeiros triângulos (prânico-básico/umbilical ou plexo solar/cardíaco-laríngeo), já explicados.

Para maior clareza não devemos esquecer que foram estabelecidas diferenças entre os três aspectos e o seu desenvolvimento foi considerado separadamente, todavia isto só é possível em tempo e espaço ou durante o processo evolutivo, porém é impossível do ponto de vista do Eterno Agora ou da Unidade do Eu-Total (inexistência de tempo e espaço). O aspecto Vishnu ou Amor-Sabedoria-Razão Pura está latente no Eu-Total e é parte do conteúdo monádico, mas o aspecto Brahma ou Atividade Inteligente antecede à sua manifestação no tempo. Simbolicamente falando, o Tabernáculo no deserto surgiu antes da construção do Templo de Salomão, como relata o Antigo Testamento. O grão de trigo permanece na escuridão da Mãe Terra, antes de aparecerem as douradas espigas. O loto terá de afundar suas raízes no lodo, antes de manifestar a beleza do seu botão.

O término da influência do raio da personalidade sobre os centros só ocorre depois que o triângulo básico-cardíaco-laríngeo foi bem trabalhado, quando se dá a transferência dos fogos para os quatro centros menores da cabeça, sintetizados pelo Alta Maior ou Carótido. A ação simultânea do cardíaco (emoção sublimada) e do laríngeo (atividade mental) torna o homem mental sem perder a sensibilidade de sentimento, mas com conhecimento e controle das emoções e não escravo delas, ou seja, adquire o amor inteligente. Não podemos esquecer que o chacra cardíaco tem uma conexão interna com a coroa central de 12 pétalas do coronário.

Daí concluímos com certeza lógica e racional que somente usando a mente o homem consegue escapar do domínio da personalidade.

A ação do raio da personalidade sobre os centros pode ser analisada à luz dos movimentos e oscilações de átomos e partículas, o que ocorre em toda a natureza. É por isso que o Mestre Tibetano deu ao assunto o título " O Movimento nos Planos Físico e Astral". Contudo o detalhamento dessa análise requer uma base sólida de conhecimentos sobre a estrutura do átomo, impossível de ser passada aqui.

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Estudo 045

Os Centros e os Raios (Continuação) (Páginas 165, 166, 167 e 168 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

O segundo período, em que domina o raio egoico, não é tão longo quanto o primeiro. É o período em que os quarto e quinto triângulos são vivificados (cardíaco/laríngeo/os quatro centros menores da cabeça, sintetizados pelo Alta Maior e cardíaco/laríngeo/os sete centros da cabeça). É a fase do ciclo evolutivo em que o homem emprega suas forças a favor de sua evolução, submete-se conscientemente a uma disciplina, ingressa no caminho da provação e vai subindo até a terceira Iniciação.

Quando esteve sob o domínio do raio da personalidade, o homem vivenciou as experiências dos cinco raios, os quatro de atributo inicialmente, para depois sintetizá-los no terceiro, aprendendo assim a trabalhar com a mente.

Quando passa para a regência do raio egoico, o homem fica sob a influência de um dos sub-raios de um dos dois raios maiores, o primeiro e o segundo, se não é o terceiro seu raio egoico.

Aqui cabe perguntar se o raio egico tem de ser necessariamente um dos três maiores e se há Mestres e Iniciados em algum raio menor. A resposta é que o raio egoico pode ser um dos sete. Todavia o nosso Logos Solar está cultivando com mais ênfase seu segundo aspecto: Amor-Sabedoria-Razão Pura, nesta sua atual encarnação, o Sistema Solar objetivo. Vishnu, o Filho, o Dragão de Sabedoria está em manifestação, sendo pois sua meta construir a Obra Prima do Amor. Portanto o segundo é o raio sintético e todos os outros são na realidade seus sub-raios.

Em consequência as Entidades Cósmicas que com Ele colaboram são também do segundo raio.

Embora as Mônadas em evolução agora sejam dos três raios, prevalecem as do segundo, assim distribuídas em número:

• Primeiro raio: 5 bilhões
• Segundo raio: 35 bilhões
• Terceiro raio: 20 bilhões

Apesar de existirem Mônadas dos primeiro e terceiro raios, contudo Elas são na realidade dos primeiro e terceiro sub-raios do segundo, uma vez que o nosso Logos Solar está no segundo raio.

As que estão no primeiro sub-raio estão adiantadas e as do terceiro atrasadas.

O conhecimento do sub-raio monádico é adquirido na terceira Iniciação.

O fato de que os Mestres e Iniciados pertençam a todos os raios deve-se aos dois seguintes fatores:

1. Cada raio maior tem sete sub-raios.

2. Muitos dos Guias das raças mudam de raio conforme as necessidades e as exigências do trabalho a ser efetuado. Quando um Mestre ou um Iniciado é transferido, ocorre um total reajuste em termos de raio.

Da mesma forma quando um Mestre deixa de pertencer à Hierarquia do nosso planeta, para trabalhar em outra parte, frequentemente é preciso que seja efetuada uma completa reorganização e a consequente admissão de novos membros na grande Loja Branca. Poucos entendem esses fatos.

Lembramos oportunamente que as informações dadas sobre os raios referem-se a todo o sistema solar e não somente às condições da terra e às Mônadas nela evoluindo. A Terra é um órgão dentro de um organismo. Ainda prevalece entre a maioria dos habitantes deste planeta a crença de que ele é o mais importante do sistema solar.

Sob a supervisão do Ego predomina o raio no qual ele se encontra num dado período. Este raio é simplesmente um reflexo direto da Mônada e depende do aspecto da Tríade Espiritual, que em determinado momento constitui a linha de menor resistência para os veículos inferiores.

Tendo isto em vista, é fácil entender que ora a ênfase está no aspecto átmico (vontade), ora no búdico (amor-sabedoria-razão pura) e em outros períodos no manásico (mental).

A Tríade Espiritual é constituída de três átomos permanentes: átmico, búdico e mental. Cada um desses átomos tem a sua característica principal, mas pode manifestar as qualidades dos outros dois de forma secundária.

Assim temos:

Aspecto átmico:

1. Átmico-átmico
2. Átmico-búdico
3. Átmico-manásico

Aspecto búdico:

1. Búdico-átmico
2. Búdico-búdico
3. Búdico-manásico

Aspecto manásico:

1. Manásico-átmico
2. Manásico-búdico
3. Manásico-manásico

Exemplifiquemos essas subdivisões. Uma Mônada decide desenvolver seu aspecto Vontade (átmico), voltado para a qualidade Amor-Sabedoria-Razão Pura (búdico). Então durante um período Ela estimula seu átomo átmico, dando ênfase à atividade búdica dele. Isto irá fazer com que o Ego ingresse no primeiro raio e gere personalidade do segundo raio.

Se a Mônada quer se exercitar no aspecto búdico orientado para a atividade mental (manas), o Ego será do segundo raio, com personalidade que poderá do terceiro raio ou qualquer dos quatro raios menores, conforme os objetivos da Mônada.

Com essas combinações temos 21 possibilidades. Esse assunto é pouco entendido.

O terceiro período, no qual o raio monádico atua diretamente no plano físico, é o mais curto. É quando o sexto triângulo (cardíaco - os sete centros da cabeça - coronário) está em atividade. É a etapa de realização e liberação. Embora de pequena duração sob o ponto de vista da personalidade, é de relativa permanência para a Mônada. Estabelecendo uma analogia com o Logos Solar, equivale ao tempo que resta dos cem anos de Brahma ou do processo de manifestação.

Há muito material para refletir, meditar e fazer deduções valiosíssimas no estudo dos triângulos relacionados com a ação dos raios.

Cabe advertir que os triângulos de importância são cinco, se levarmos em conta que o prânico está relacionado mais com o físico denso, que não é um princípio. Assim temos:

a. Dois triângulos vivificados pelo raio da personalidade

b. Dois triângulos vivificados pelo raio egoico

c. O triângulo sintetizador da Mônada.

A questão dos períodos dos raios não é tão simples como aparenta, porque os triângulos da personalidade alcançarão plena atividade de acordo com o raio da Mônada. Por isso não se pode estabelecer uma regra fixa para seu desenvolvimento. Uma Mônada do primeiro sub-raio tenderá a evoluir aceleradamente.

Os triângulos egoicos dependem em grande parte de como a força vital da Mônada é refletida sobre a personalidade, ou seja, da capacidade do Ego em transferir a energia da Mônada para ela. Os triângulos egoicos são o ponto intermediário, assim como o corpo causal é o ponto transmissor (quando está construído e suficientemente dotado) entre o superior e o inferior.

Os átomos permanentes da Tríade Inferior estão encerrados dentro da periferia do corpo causal. Contudo este corpo, de relativa permanência, é construído, expandido e transformado em um receptor central e em uma estação transmissora (palavras inadequadas para expressar uma ideia esotérica) pela ação direta dos centros, principalmente por eles. Do mesmo modo pelo qual a força espiritual ou o aspecto vontade construiu o sistema solar, assim o corpo causal é construído no homem. Vemos portanto que os centros ou chacras são de imensa importância.

Quando no Macrocosmos o Espírito e a matéria (Pai-Mãe) entraram em contato e se uniram por um ato de vontade, o Filho, o Sistema Solar objetivo veio à existência. É chamado Filho do desejo, porque é consequência da necessidade do Logos Solar de adquirir experiência física cósmica, sendo sua característica o Amor e sua natureza budi ou Sabedoria Espiritual.

No homem (o microcosmos) a força ou vontade da Mônada faz com que Ela se una à matéria, gerando o mecanismo coerente para efetivar esse contato, o corpo causal, seu sistema objetivo (juntamente com os corpos inferiores). Esse pequeno sistema é também produto do desejo transmutado da Mônada e sua característica (quando manifestada plenamente) será Amor, que com o tempo expressará budi no plano físico.

Assim como o corpo causal é somente o envoltório ou corpo do Ego, da mesma forma a parte da matéria causal cósmica que envolve o nosso sistema solar é somente o envoltório ou corpo do Ego Solar.

Nos dois sistemas, o maior e o menor, existem, como sabemos, centros de força ou chacras, que produzem a objetividade. Podemos afirmar que os chacras dos corpos do homem são reflexos miniaturizados dos que existem nos corpos do Logos Solar.

Será de grande utilidade desenvolver um pouco mais o que acima foi dito, antes de se estudar a relação entre os chacras e kundalini.

Assim vamos passar informações valiosíssimas (para os que têm olhos de ver) sobre os centros, com referência ao Sistema Solar e ao Sistema Cósmico maior, do qual o nosso Logos Solar é um centro sagrado. Tudo o que se diz dos centros do homem é aplicável aos grandes Seres Cósmicos, dos quais os homens são diminutas células.

Alertamos que não será possível informar os triângulos dos sistemas, porque são conhecimentos tão transcendentais, que só podem ser dados de forma muito velada e por isso não teriam utilidade prática intelectualmente, exceto para os que estão bem adiantados no ocultismo e têm desenvolvida a intuição. Todavia coisas interessantes podem ser reveladas.

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Estudo 046

Os Centros e os Raios (continuação) (Páginas 168, 169 e 170 do Tratado sobre Fuego Cósmico)

O Sistema Solar. Pode ser estudado brevemente do ponto de vista dos Homens Celestiais (os Logos Planetários) e do grande Homem dos Céus, o Logos Solar.

a. Os Homens Celestiais. Seus centros encontram-se na matéria búdica e acima e se manifestam como grandes campos de força, dentro dos quais os grupos de Adeptos e seus discípulos atuam, manipulando sua substância.

Cada grupo de Mestres, Iniciados, discípulos e os seres humanos, encarnados ou desencarnados, que se encontram na periferia da consciência do Logos Planetário, constituem um centro de algum tipo ou qualidade especial. Este fato é geralmente aceito, mas é muito importante que os estudantes o correlacionem com as informações dadas sobre os centros do homem, com o que aprenderão muito.

Assim como no homem, tais centros são constituídos de matéria etérica, porém cósmica, o que significa matéria búdica. Os Logos Planetários também possuem chacras ou centros em seus corpos astrais cósmicos, mentais cósmicos e superiores. Nesses corpos a matéria presente em seus centros pode ser dos quatro subplanos superiores (primeiro ou atômico, segundo ou subatômico, terceiro e quarto), dependendo do nível de evolução do Logos.

Igualmente ao que ocorre com o homem, serão vivificados pelo kundalini planetário circulando pelos triângulos desejados. Esse kundalini não é o que alimenta o homem, mas o que atua nas matérias búdica e acima.

Serão dadas duas informações para uma consideração bem conscienciosa e profunda, que fornecerão muitas conclusões de elevadíssima importância e grande aplicação prática para aqueles possuidores de visão intelectual oculta e com capacidade de cruzar informações e usar o potencial da analogia. É muito comum serem encontradas pessoas com formação científica e acadêmica, que só sabem utilizar a mente racional na sua parte concreta, ou seja, elas só conseguem entender o que pode ser demonstrado materialmente e que vêm, não tendo a mínima condição de entender e assimilar conceitos abstratos. Essas informações referem-se a um Logos Planetário, que o Mestre Tibetano não revela.

Existe um triângulo de força formado pelos três seguintes centros:

a. O centro do Manu e seu grupo.

b. O centro do Bodhisattva ou Cristo (sr. Maitreya) e seus discípulos.

c. O centro do Mahachoan e seus discípulos.

Este triângulo ainda não foi totalmente vivificado na atual etapa de desenvolvimento do Logos implicado.

Pela análise e reflexão profunda, não é muito difícil deduzir quem é esse Logos. Também é relativamente fácil inferir quais são esses centros. De posse desses conhecimentos, saberemos a etapa evolutiva do Logos. Como o Mestre Tibetano diz que o nome desse Logos não pode ser revelado publicamente, só resta incentivar os estudantes para que estudem detidamente o assunto, servindo-se bastante da mente abstrata, da analogia e do cruzamento de informações.

A outra informação é que há um outro triângulo, referente ao nosso Logos Planetário, formado pelos sete Kumaras. Os quatro Kumaras exotéricos constituem os quatro centros menores da cabeça e os três maiores (incluindo Sanat Kumara) são os três centros maiores da cabeça. A triangulação é assim disposta: os quatro centros menores são sintetizados pelo Alta Maior, que abrange um centro maior, o que nos dá a configuração na qual um vértice é formado pelos quatro menores e um maior abrangido pelo Alta Maior, o outro vértice é o frontal e o terceiro é o Coronário. Essa sintetização dos quatro centros menores pelo Alta Maior é análoga à sintetização dos quatro raios menores pelo terceiro, o de Manas.

Com referência aos Kumaras, Eles são sete e provenientes do esquema de Vênus, donde vieram há 18 milhões de anos, liderados por Sanat Kumara, num total de 108,para ajudar no processo de individualização e implantação da chispa da mente na raça lemuriana. A maioria já retornou, permanecendo os atuais sete, incluindo Sanat Kumara. Este com mais dois são esotéricos e possuem veículos de matéria mais sutil que a etérica e os outros quatro são exotéricos, com veículos de matéria etérica. Sanat Kumara transmite para a terra a força especializada do nosso Logos Planetário, sendo considerado sua encarnação física, os demais transmitem energias dos outros seis esquemas planetários sagrados. A energia do outro esquema planetário sagrado que falta nos vem por Sanat Kumara, uma vez que o nosso Logos Planetário tem uma ligação muito íntima com um Logos Planetário sagrado.

Existe um outro triângulo planetário muito importante, formado pela Terra, Marte e Mercúrio e que muito nos afeta. Não constitui um triângulo sagrado. Mercúrio, sagrado, expressa o kundalini como atividade inteligente, relacionado pois com Manas e Marte expressa o kundalini latente, voltado para o movimento de rotação e o calor da matéria. Por isso Mercúrio e o chacra básico do homem estão estreitamente vinculados. Nessa circulação triangular do kundalini a Terra é beneficiada e aqueles que possuem o conhecimento necessário podem usufruir dessa energia em muito. A verdade sobre esse triângulo encontra-se oculta nos símbolos astrológicos dos dois planetas, que devem ser devidamente interpretados à luz da mente abstrata. Usando a técnica de elevar para níveis planetários o que ocorre com o kundalini do homem e as relações geométricas entre os três planetas, o segredo é revelado. Mas isto não é assunto para o atual estudo. Este triângulo é citado pelas implicações nos três Logos Planetários, demonstrando que Eles se relacionam e se ajudam reciprocamente, afetando, é óbvio, as humanidades neles evoluindo, incluindo os reinos.

b. O Grande Homem dos Céus. Ele tem como centros principais os sete Logos Planetários sagrados, os quais mantêm com Ele relações idênticas às dos Mestres e seus grupos para com o Logos Planetário.Esses centros são vivificados pelo kundalini do sistema e na atual etapa do desenvolvimento logoico alguns estão mais ativos e estreitamente ligados, o que significa que também formam triângulos, que traduzem o grau de evolução do Logos.

O triângulo citado anteriormente, Terra, Marte e Mercúrio, tem excepcional importância sob o ponto de vista do nosso Logos Planetário. Mestre Tibetano chama-os textualmente de os três planetas etéricos de nossa cadeia, dando a entender à primeira vista que eles formam uma cadeia. Cremos todavia que o Mestre quis se referir às ligações energéticas que Marte e Mercúrio têm com a Terra, conforme pode-se comprovar pelo VI diagrama, à página 317 do Tratado sobre Fogo Cósmico, quando é descrita a Divina Década. Neste diagrama vemos as ligações de dois globos etéricos do esquema da terra com Mercúrio e Marte. Para melhor esclarecimento, apresentamos um desenho com base no diagrama.

Outro triângulo muito interessante é constituído por Vênus, Terra e Saturno, o qual na atualidade está sendo vivificado pelo kundalini do sistema, fazendo com esses centros comecem seus movimentos quadridimensionais. No estudo dos centros do Logos Solar devemos ter sempre em mente que existe uma semelhança entre suas funções e as dos centros dos homens, mas os detalhes dessas funções são diferentes, como deveria ser, considerando a grande diferença entre o homem e o Logos.

Existem outros grandes triângulos no sistema, contudo nada pode ser dito sobre eles. Apenas podemos informar algo sobre dois centros sagrados.

a. Vênus. É o centro cardíaco do corpo do Logos Solar e por isso relaciona-se com os demais centros nos quais predomina o aspecto coração (Amor). Esta afirmação do Mestre requer uma explicação. Em outros trechos Ele diz que Júpiter é o centro cardíaco e Vênus o frontal do Logos. Como o cardíaco se conecta diretamente com o frontal e o coronário, sendo ambos centros da cabeça e portanto superiores ao cardíaco, deduzimos que o que o Mestre quis dizer foi que Vênus tem poder de influenciar centros ligados ao Amor, como Júpiter e Netuno. Esta dedução é comprovada pelo fato de o Mestre afirmar que o esquema de Vênus é o mais adiantado do sistema solar, já tendo começado a entrar em pralaia e alcançado a etapa de expressar budi através de Manas, que é a meta do atual sistema solar. Por isso a Terra e sua humanidade estão sendo fortemente beneficiadas por essa relação. É lógico que aqueles que conhecem esse fato e sabem como se sintonizar com as energias circulantes, serão muito mais beneficiados. Uma coisa é evidente, clara e óbvia: as energias oriundas do esquema de Vênus são da natureza do Amor-Sabedoria-Razão Pura, o que significa a fusão da mente (inferior e superior) com o Amor existente no plano búdico.

b. Saturno. É o centro laríngeo do Logos Solar, portanto estimulador da atividade inteligente criadora do terceiro aspecto. Podemos concluir com certeza, em decorrência da atividade deste triângulo com a terra, que a oportunidade no momento para aqueles que querem ir depressa é para usar ao máximo a mente e buscar conhecimentos, entendo-os claramente, com o objetivo principal de compreender o verdadeiro amor, que é búdico e não astral e torná-lo realidade no dia a dia, ou seja, expressar budi através de manas.

Conforme a evolução do nosso Logos Solar for progredindo, os centros serão dinamizados mais intensamente e os fogos do sistema, em circulação triangular, levá-los-ão a uma atuação e eficiência cada vez maiores, com os consequentes benefícios para as humanidades do sistema. Sem embargo os dois triângulos estudados são de altíssima importância na atualidade.

Em resumo temos três triângulos em atividade: Marte-Terra-Mercúrio e Vênus-Terra-Saturno, sob o ponto de vista do Logos Solar; Terra e os dois planetas ou globos etéricos de seu esquema, ligados a Mercúrio e Marte, sob o ponto de vista do nosso Logos Planetário. De todos os três podemos usufruir imensos benefícios em termos de evolução. É questão de saber aproveitar. Infelizes aqueles que não o fizerem.

Voltaremos, continuando o estudo sob o ponto de vista do Logos Cósmico, do qual o nosso Logos Solar é o centro cardíaco.

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Estudo 047

Os Centros e os Raios (Final) (Página 170 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

O assunto a ser estudado agora é de difícil compreensão, pois envolve estrelas com seus sistemas, executando funções de centros no corpo do Logos Cósmico, no qual o nosso Logos Solar está inserido.

Assim como sete Logos Planetários são centros principais no corpo do Logos Solar, da mesma forma existem estrelas (algumas múltiplas) com atividades semelhantes, em nível bem mais elevado.

Quando contemplamos o céu numa noite limpa e livre de poluição, vemos muitas estrelas, constituindo constelações para o ponto de vista da Terra, mas tendo outra aparência de conjunto, quando vistas de fora do nosso Sistema Solar. Para a nossa visão física, são apenas astros, com diversos graus de brilho. Várias estrelas na realidade são sistemas de estrelas, embora para nossos olhos, sem os recursos de uma luneta ou telescópio, aparentem ser uma única.

São exemplos de estrelas múltiplas: a Centauri, a mais próxima de nós, a 4,3 anos-luz, com 3 estrelas (a Centauri A, B e C), Castor (a de Gêmeos), com 6 estrelas, Polaris (a de Ursa Menor), com 5 estrelas, Sírius (a de Cão Maior), com 2 estrelas, a 8,7 anos-luz de nós e muitas outras.

No verão do hemisfério sul estrelas muito importantes para a Terra são visíveis a olho nu, como Sírius, Betelgeuse, a Centauri e algumas da Ursa Maior. Sírius, Betelgeuse, Rigel e Procyon formam uma cruz muito linda no céu do Rio.

Embora nossos olhos só enxerguem astros luminosos e nada mais, a realidade é muitíssimo diferente. Essas estrelas, com seus sistemas, são corpos de manifestação de Entidades em nível de Logos Solar e acima. Elas se relacionam entre si e colaboram com um Ser mais elevado do que Elas, o Logos Cósmico. Algumas, reconhecidamente, exercem atividades em seu corpo, tais como: nosso Sol, as Plêiades, as sete estrelas principais da Ursa Maior, Polaris, Betelgeuse e Sírius, existindo muitas outras.

Apesar de ser difícil, devemos fazer todo o esforço mental e intelectual para assimilarmos a visão interior desses Excelsos Seres Cósmicos em seus relacionamentos, trocando energias, influenciando-se mutuamente e exercendo funções necessárias para o Logos Cósmico.

Somente a prática de pensar continuamente nesses conceitos, dentro de uma linha lógica e racional, é que desenvolve a capacidade de entendê-los e vê-los com clareza. Daí advém a certeza. Não é uma fé cega e irracional, como pregam as religiões, mas a convicção oriunda da nítida compreensão.

O mecanismo de comunicação entre essas Entidades se processa nas matérias búdica, átmica, monádica e adi, no nível físico cósmico. Mas temos ainda o relacionamento emocional pela matéria astral cósmica e o mental pela matéria mental cósmica. A velocidade de propagação das energias nessas relações é muito maior do que a da luz física.

É óbvio que nessas relações a nossa humanidade é afetada, não obstante a ciência oficial não o aceitar, porque só reconhece o que pode ser detectado por instrumentos, que estão envoltos no véu de maia.

Após essa breve dissertação sobre aspectos macrocósmicos, passemos às poucas informações referentes aos centros do nosso Logos Cósmico.

O nosso Sistema Solar é o centro cardíaco. Dois outros centros são constituídos pelas Plêiades e por uma estrela da Ursa Maior, sendo esse último um centro equivalente ao da cabeça. Esses 3 centros atualmente formam um triângulo de circulação do kundalini cósmico.

Simultaneamente o nosso Sol com as Plêiades e mais 2 outros Sois constituem o quaternário cósmico inferior, com os centros básico, umbilical, cardíaco e laríngeo, que futuramente serão sintetizados pelos sete centros da cabeça, como ocorre com o homem na quarta Iniciação.

Muito além da Ursa Maior existe uma constelação, que é o centro coronário do Logos Cósmico e que sintetizará os 7 centros da cabeça, que são: Dubhe, Merak, Phekda, Megres, Alioth, Mizar e Benetnash, respectivamente α, β, γ, δ, ε, ζ e η de Ursa Maior (formam a cauda da Ursa).

O nome dessa constelação só é revelado ao Iniciado na sétima Iniciação, que é a primeira cósmica e a partir da qual a Mônada inicia a penetração na matéria astral cósmica e já tem a liberdade de sair do Sistema Solar com plena consciência.

Com referência ao quaternário cósmico inferior do Logos Cósmico, identificamos as seguintes estrelas:

• Centro básico - uma de Dragão, talvez a alfa.

• Centro umbilical - Betelgeuse, a de Órion.

• Centro cardíaco - nosso Sol.

• Centro laríngeo - as Plêiades, com ênfase em Alcione, a mais brilhante.

Embora as Plêiades estejam na constelação de Touro (na região do pescoço do Touro), sendo Alcione a η Tauri, elas constituem um aglomerado estelar. No caso especial de Alcione, a relação entre o Ser Cósmico que se expressa por ela e o nosso Logos Solar é muito íntima.

Não obstante o conhecimento intelectual desses relacionamentos entre Entidades Cósmicas não ser de muita utilidade para a grande maioria da humanidade, contudo o esforço para entendê-los por meio da analogia e do pensamento abstrato e conceitual, em muito contribui para expandir a consciência, acelerar a evolução e propiciar uma visão clara da realidade do Espaço como um Ser Vivo.

Aqui encerramos o assunto "Os Centros e os Raios". Voltaremos com o tema "Os Centros e o Kundalini".

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Estudo 048

Os Centros e o Kundalini (Páginas 170, 171 e 172 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Não é permitido passar atualmente muitas informações a respeito do kundalini, que é o fogo por fricção, em sua aplicação aos centros, devido ao meu uso, que pode ter consequências funestas para o incauto que se aventure, sem possuir o devido conhecimento e a capacitação necessária.

Tendo isso em vista, façamos um resumo do que já foi escrito.

O fogo por fricção é tríplice e se acha localizado na base da coluna vertebral, numa região chamada bolsa de kundalini, feita de matéria etérica, portanto não detectável por instrumentos.

Ele é tríplice, sendo assim dividido: fogo por fricção/elétrico (reação nervosa), fogo por fricção/solar (emanação prânica) e fogo por fricção/por fricção (calor corpóreo). Essas funções foram detalhadamente explicadas em estudos anteriores.

No homem comum, esse fogo apenas vitaliza o corpo físico-etérico. Porém, no decorrer de sua evolução, processam-se três unificações ou fusões.

Três centros nas costas do corpo físico se encarregam de captar, qualificar, assimilar e distribuir os fogos por fricção oriundos do Sol e da Terra, transformando-os no fogo individual. A localização desses centros já foi informada num estudo anterior.

Além dessa captação, o centro principal, o localizado entre as omoplatas, exerce uma função de fusão. Na maioria da humanidade, já ocorreu a fusão entre o calor corpóreo e a emanação prânica. A conquista agora é a fusão desses dois com o fogo reação nervosa.

Quando o fogo solar, da mente, começa a circular a partir do centro laríngeo, o reação nervosa passa a ser muito solicitado, quando o homem se torna um intelectual, exigindo explicação para tudo e não aceita a fé cega. Inicia-se então a fusão da reação nervosa com os outros dois já unidos. Essa fusão ocorre no centro entre as omoplatas.

Simultaneamente com essa fusão, o fogo solar, fluindo com intensidade crescente, passa a dominar os outros três,com eles se fundindo e unindo. Isso também ocorre no centro entre as omoplatas, que nessa fase já está se unindo com o centro Alta Maior.

Daí em diante, quando o homem já passou pela segunda Iniciação, o fogo elétrico da Mônada passa a se impor aos outros, circulando pelos sete centros da cabeça, efetuando a síntese paulatinamente, para finalizá-la no centro coronário, na quarta Iniciação.

Cada canal do triângulo prânico, como também os canais sushuma, pingala e ida, têm a função de unificar os fogos. Essa unificação e ativação dos centros ocorre por triangulação. Em cada fase há sempre um triângulo com maior atividade e intensidade, percebendo-se nitidamente o brilho e a luminosidade dos fogos, não só nos centros, como nos condutores (canais) que os ligam.

Ocorre também aumento da dimensionalidade dos centros, em consequência do crescimento da quantidade de movimentos efetuados pelas partículas dos centros. Na fusão do calor corpóreo com a emanação prânica, são três dimensões. Na fusão com o fogo solar, são quatro dimensões. Na terceira Iniciação, pela fusão com o fogo elétrico da Mônada, são seis dimensões.

Nessa crescente dinamização dos fogos e dos centros, todas as partículas dos corpos etérico e denso também são dinamizadas e vitalizadas, o mesmo ocorrendo nos corpos astral e mental, uma vez que essas fusões e dinamizações também são feitas nesses corpos.

Em consequência são produzidos dois efeitos. O aumento de velocidade e de frequência das partículas provoca a expulsão das grosseiras e atrai as mais sutis e refinadas, sintonizadas com o maior padrão vibratório conquistado pelo iniciado.

Como o kundalini ou fogo da matéria é a vida do Terceiro Logos, o iniciado repete em seu nível o que o Logos faz, ao atrair, diferenciar, qualificar e purificar a matéria física cósmica, para o seu sistema solar (seu corpo físico cósmico).

Com referência à trama etérica, que separa o corpo astral do físico, o fogo por fricção é responsável por dois efeitos.

Pelo seu movimento cada vez maior, elimina as escórias purificando assim o corpo etérico e atingindo o corpo denso. Daí o intenso vigor e a grande saúde dos iniciados.

Quando o fogo solar (da mente) passa a atuar com mais intensidade, a intensificação do fogo por fricção destrói a trama etérica, de tal forma que, ao chegar à terceira Iniciação, o homem já tem continuidade de consciência, ou seja, ele passa a viver simultaneamente nos mundos físico, astral e mental, mantendo seu perfeito equilíbrio com respeito à saúde mental, em outras palavras, não se torna um esquizofrênico. Todavia, ele é livre para decidir não ter essa continuidade de consciência,por motivos do trabalho a realizar na encarnação física, quando então faz uso da sua vontade.

Finalizando, percebemos nitidamente o que está reservado ao homem, que, através do conhecimento claro e lúcido, decide trilhar o caminho iniciático, tornando-se realmente livre e tendo acesso ao verdadeiro Poder, outorgado pelo Senhor Maitreya nas primeira e segunda Iniciações e pelo Bendito Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, a partir da terceira Iniciação. Que Glória humana pode ser maior do que estar face a face com o Senhor Maitreya e com o Senhor do Mundo?

Por hoje encerramos o nosso estudo. A seguir entraremos num tema de altíssima importância evolutiva: Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais.

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Estudo 049

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais (Páginas 172,173 e 174 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

É muito importante que certos esclarecimentos sobre os sentidos sejam dados agora, com o objetivo de que o entendimento do que será explicado adiante seja o mais completo possível.

Temos de compreender os sentidos tendo em vista sua definição, sua quantidade, sua relação com a Mônada e os efeitos que eles produzem, sem o que jamais sua grande importância será percebida e não será possível trilhar o caminho do conhecimento.

Os sentidos são os mecanismos de que dispõe a Mônada, o Deus aprisionado, para estabelecer contato com o ambiente exterior, tomar conhecimento do que ocorre nesse ambiente, investigar, pesquisar, vivenciar e adquirir experiências e por meio de tudo isso saber o que precisa aprender, expandir sua consciência e evoluir para níveis cada vez mais elevados.

Estudaremos os cinco sentidos do homem. Os animais também os possuem, mas, pelo fato de não possuírem autoconsciência, sua capacidade de relacionar o "eu" com o "não eu" é muito limitada. Por "eu" queremos dizer a autoconsciência do homem e por "não eu" tudo o que está fora dessa autoconsciência. Os sentidos dos animais constituem uma faculdade grupal, que se manifesta como instinto racial.

O que ocorre nos corpos do homem e chega à sua autoconsciência é considerado como "não eu", daí a necessidade de não se identificar com os corpos, muito embora saibamos identificar essa ocorrência em nossos veículos.

Os sentidos do homem manifestam-se como: realização individual de sua autoconsciência (nem sempre no comando), poder para afirmar esse individualismo, instrumento poderoso para a evolução de sua autoconsciência, fonte de conhecimento e saber e, finalmente, faculdade transmutadora quando se encerra seu processo evolutivo nos três mundos inferiores.

Eles são os seguintes, na ordem de desenvolvimento:

• audição;
• tato;
• visão;
• paladar;
• olfato.

São os tattwas, as vibrações ou oscilações dos átomos, que dão origem aos chamados elementos, os responsáveis pelos sentidos. Não cabe aqui uma explanação detalhada e profunda sobre os tattwas, o que poderá ocorrer em outra oportunidade. Apenas esclareceremos as relações entre eles, os planos e os sentidos.

O tattwa akasha ou éter rege a audição. Seu plano é o átmico. Embora existam os tatwas dos planos adi e monádico, nada será revelado sobre esses dois, pois não é conhecimento para a atual humanidade.

O akasha dá origem ao vahiu, elemento ar, regente do tato, sendo seu plano o búdico.

Tejas ou agni, elemento fogo, é o regente da visão, plano mental.

Apas, elemento água ou líquido, rege o paladar, plano astral.

Prítivi, elemento terra ou sólido, rege o olfato, plano físico.

Deve ficar bem claro que, embora os tattwas relacionem-se intimamente com seus planos específicos, eles atuam em todos eles. Portanto temos akasha, vahiu, tejas, apas e prítivi no plano físico, como no astral, no mental etc. O entendimento claro e profundo dos tattwas requer o domínio intelectual da teoria das oscilações. É um assunto perigoso, porque conduz ao domínio da matéria e sua transformação e transmutação, para o que, como já dissemos, não está preparada a humanidade, bastando lembrar os funestos resultados pela utilização da célebre fórmula de Einstein: energia é igual ao produto da massa pelo quadrado da velocidade da luz.

Tendo em vista a sequência do processo de evolução do homem, físico, astral, mental, búdico e átmico,e o desenvolvimento de seus sentidos, audição, tato, visão, paladar e olfato, existe a seguinte correlação sentido/plano:

audição plano físico
tato plano astral
visão plano mental
paladar plano búdico
olfato plano átmico

Na consideração acima devemos também ter em mente o reflexo entre os planos: o plano átmico se reflete no físico, o búdico no astral, ficando o mental sem reflexo.

Todos os corpos do homem, desde o físico até o átmico, possuem sentidos, chamados jnanaindryas (vias do conhecimento). Os corpos monádico e adi também os possuem, todavia não serão aqui tratados.

No corpo físico a correlação entre os sentidos e os subplanos é a seguinte:

audição quinto subplano, gasoso
tato quarto subplano, primeiro éter
visão terceiro subplano, superetérico
paladar segundo subplano, subatômico
olfato primeiro subplano, atômico

Observem que essa correlação acima é análoga à existente entre os sentidos e os planos, na qual a audição está relacionada ao físico, o mais denso, e o olfato ao mais sutil dos cinco planos, o átmico.

Nos planos físico e astral, os subplanos de conquista do homem são os cinco superiores. Os dois inferiores, o sexto e o sétimo, respectivamente, líquido e sólido, estão simbolicamente debaixo do umbral e são utilizados pelas formas de vida inferiores à humana.

No desenvolvimento das raças-raiz da atual ronda encontramos uma analogia muito interessante. As duas primeiras raças, a adâmica e a hiperbórea, não eram definidamente humanas, sendo a terceira raça, a lemuriana, realmente humana. Conclui-se pois que o terceiro subplano dos planos físico e astral é o marco inicial do esforço humano, devendo o homem conquistar os cinco subplanos superiores.

O mesmo não ocorre no plano mental. Mas esse assunto ficará para o próximo estudo.

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Estudo 050

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais (Continuação) (Páginas 174, 175 e 176 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

O desenvolvimento e a conquista dos sentidos do corpo mental têm maior amplitude do que nos corpos físico e astral. No decorrer da evolução normal humana, os sentidos referentes aos cinco subplanos inferiores devem ser dominados. São eles: audição (clariaudiência superior) - sétimo subplano, tato (psicometria planetária) - sexto subplano, visão (clarividência superior) - quinto subplano, paladar (discriminação) - quarto subplano, todos do corpo mental inferior ou concreto. Quando o homem já é um iniciado e sua consciência está centrada no terceiro subplano (causal), entram em atividade mais três sentidos superiores, que são: olfato (discernimento espiritual) - terceiro subplano, resposta à vibração grupal - segundo subplano e telepatia espiritual - primeiro subplano ou atômico. Este último é o subplano de abstração ou síntese, ou seja, todos os demais sentidos são resumidos e sintetizados nele. O corpo mental é o mais solicitado, porque no atual sistema solar a mente é utilizada para expressar budi, uma vez que ela foi conquista do sistema solar anterior.

Para o Homem Celestial ou o Logos Planetário, ocorre a mesma coisa. Os dois planos superiores, monádico e adi, são os de abstração e síntese das conquistas feitas nos planos inferiores.

Façamos agora uma tabulação comparativa entre os sentidos dos cinco corpos do homem, desde o físico até o átmico, que são metas da humanidade para a atual cadeia, pois a quinta iniciação tem de ser alcançada e ela exige o domínio do corpo átmico.

Os sentidos resposta à vibração grupal e telepatia espiritual, do corpo mental superior ou causal, não têm análogos nos corpos inferiores.

No corpo astral a correspondência entre os sentidos e os subplanos é a mesma do corpo físico.

No corpo búdico a correspondência é a seguinte:

captação sétimo subplano equivale à audição do corpo físico
cura sexto subplano equivale ao tato do corpo físico
visão divina quinto subplano equivale à visão do corpo físico
intuição quarto subplano equivale ao paladar do corpo físico
idealismo terceiro subplano equivale ao olfato do corpo físico

Os sentidos referentes aos subplanos segundo e primeiro (atômico) do corpo búdico são conquistados após a quinta iniciação.

No corpo átmico temos:

beatitude sétimo subplano equivale à audição
serviço ativo sexto subplano equivale ao tato
compreensão quinto subplano equivale à visão
perfeição quarto subplano equivale ao paladar
conhecimento total terceiro subplano equivale ao olfato

Também neste corpo os sentidos referentes aos subplanos segundo e primeiro são conquistados após a quinta iniciação.

A correspondência entre os sentidos dos corpos físico e astral é a seguinte:

audição clariaudiência astral
tato psicometria
visão clarividência astral
paladar imaginação
olfato idealismo emotivo

Um sentido mais elevado incorpora os inferiores. Então no tato existe audição, na visão existem audição e tato, no paladar existem audição, tato e visão e no olfato existem audição, tato, visão e paladar. O paladar e o olfato são sentidos subsidiários do tato e este é o mais importante do atual sistema solar, pois é regido pelo segundo raio, a meta do nosso Logos Solar. Sabemos pela ciência que o paladar e o olfato exigem o contato das moléculas portadoras das respectivas vibrações com as células responsáveis por esses sentidos (papilas gustativas e células olfativas) e que eles interagem entre si.

Quando estudarmos o significado de cada sentido dos corpos, desde o físico até o átmico, comparando-os entre si e utilizando a analogia, obteremos um entendimento bem profundo do modo de vida nos planos. Com esse conhecimento crescerá o estímulo para acelerar o processo evolutivo, pois o caminho ficará claro e todos saberão o que conquistar. A técnica para adquirir o conhecimento do modo de atuação nas matérias dos mundos sutis (astral, mental, búdico, átmico etc) consiste em analisar-se profunda e exaustivamente as percepções dos cinco sentidos do corpo físico, a propagação das informações via rede nervosa até o cérebro e o que ocorre nesse, até chegar à conscientização, fazendo depois as devidas ilações para os corpos sutis.

Vamos dar um exemplo. Na visão, os fótons (partículas de luz), após passarem pela córnea, pupila, cristalino e humor aquoso, chegam à retina, incidindo sobre os cones e bastonetes, onde são transformados em sinais elétricos, os quais seguem pela rede nervosa e chegam ao centro cerebral da visão. Nesse são processados e conscientizados, trazendo então mais informações, o que significa mais conhecimento, não interessa que tipo de conhecimento.

Na audição as ondas sonoras chegam à cóclea, após passarem pelos diversos componentes do aparelho auditivo (tímpano, bigorna, martelo e estribo). Os cílios vibráteis transformam as ondas sonoras em sinais elétricos, os quais são transportados pelo nervos até o centro auditivo cerebral, onde ocorre a conscientização da informação, o que significa mais conhecimento.

De modo semelhante são processadas as informações dos demais sentidos.

Vamos fazer um esforço para explicar o que ocorre com o sentido da audição do corpo astral. Assim como no mundo físico determinados estímulos provocam a formação de ondas sonoras, que são classificadas como ondas mecânicas pela física, embora a origem seja etérica, da mesma forma certos estímulos na matéria astral geram ondas ou oscilações das moléculas astrais. Essas oscilações, ao atingirem o corpo astral, por ele se propagam, sem necessidade de um órgão específico, como o ouvido do corpo físico. Ao chegarem no chacra responsável pelo processamento desse tipo de oscilação, as informações contidas são extraídas e levadas à consciência astral. O corpo astral não é rígido como o corpo denso, mas fluídico, sendo por isso que a audição astral é mais eficiente que a física.

No corpo astral a audição se dá por qualquer parte dele, como também a visão, o tato (psicometria) e os demais sentidos. O que diferencia um sentido astral do outro é o tipo de oscilação e o chacra responsável pelo processamento. Na realidade há muito mais riqueza de informações e detalhes nos sentidos astrais do que nos físicos.

Aquele que consegue continuidade de consciência entre o astral e o físico e, é óbvio, sabe utilizar ao máximo os sentidos astrais, possui uma grande capacidade de adquirir conhecimentos.

Exemplifiquemos o que foi dito acima. Na visão astral é possível reduzir a linha de visão de tal forma que a área a ser examinada seja do tamanho de uma molécula, como se fosse um microscópio. Assim é possível ver com detalhes o funcionamento de uma molécula. Transferindo o que foi percebido pelo corpo astral para o cérebro físico, muitas informações de imensa utilidade poderão ser aplicadas para o bem estar geral dos encarnados. Mas para tal é necessário que a pessoa em consciência cerebral física tenha muitos conhecimentos sobre o mundo astral. Na realidade a grande maioria das pessoas que estão vivendo nesse mundo, após a morte física, não conhecem muito sobre ele. A grande maioria dos encarnados que consegue acessar o mundo astral, é por ruptura da tela etérica do chacra umbilical e não sabe empregar os sentidos astrais, por falta de conhecimento, além da distorção na transferência das informações para o cérebro físico.

Concluímos que quanto mais pudermos aprender sobre os mundos sutis, mais liberdade de atuação adquiriremos.

Continuaremos com esse importante estudo a seguir.


Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos. Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.

GN

Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.

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