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CEOMT - Centro de Estudo da Obra do Mestre Tibetano


Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudos 401 a 425


Estudo 401

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d) Avatares, sua natureza e trabalho. Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "d. Os Avatares, sua natureza e trabalho. Na exposição precedente...", na página 580, até "...Podemos subdividir estes grupos a fim de clarear mais nossas ideias.", na página 581.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul entra num tema de crucial importância para o entendimento do processo de evolução do nosso Logos solar e dos Logos planetários (dentro do nível de entendimento de cada um), como também do ser humano, uma vez que a evolução dos Logos solar e planetários influencia a evolução dos seres humanos.

O entendimento da evolução dos Logos solar e planetários varia em função do nível de evolução do homem. Se já é um iniciado que já passou pelo 2º Portal (da 2ª iniciação planetária) e portanto está intensamente enfocado no mundo mental superior ou abstrato, com penetrações no mundo búdico, seu entendimento do processo de evolução dos Logos é muito mais claro que o do iniciado da 1ª iniciação e o deste mais claro que o do aspirante.

O Mestre enfatiza a vinculação do fenômeno da individualização das Mônadas humanas com a apropriação pelos Logos solar e planetários de Seus corpos físicos densos e a aquisição de autoconsciência através desses corpos. Assim fica bem evidente, sem a menor dúvida, que nos, Mônadas humanas encarnadas, somos importantes para os Logos. A conscientização dessa evidência é altamente relevante para todos, pois ela nos convence racionalmente da nossa divindade.

Como diz o Mestre, o assunto Avatar é bastante complexo. Mas pelo entendimento do processo de evolução dos Logos e pelas informações que o Mestre nos dá sobre os Avatares, é perfeitamente possível entender cada vez com mais clareza o trabalho e a natureza dos Avatares, sendo necessário, é óbvio, o devido esforço intelectual.

Sobre o processo de evolução dos Logos o Mestre, ao longo do Tratado sobre Fogo Cósmico, nos dá valiosíssimas informações, as quais, uma vez reunidas e correlacionadas, formam um sistema no qual percebemos o processo de evolução dos Logos, percepção essa que se expande cada vez mais, quando há o devido empenho em aprender.

Outro tópico importante que o Mestre enfatiza é que o ocidental ainda não compreendeu racionalmente a reencarnação, o que é verdade.

Como um Avatar é uma Mônada altamente evoluída manifestando a energia de outra Mônada de evolução incomensuravelmente mais elevada, portanto uma fonte puramente espiritual, um avatar pode ser considerado um Raio emanado dessa fonte.

Essa expressão usada pelo Mestre: "fonte puramente espiritual", para a fonte do avatar, significa que a Mônada ou Espírito que é fonte de energia do avatar está muito acima do plano ou mundo físico cósmico, portanto distante da matéria ao nosso alcance, distância essa que depende da categoria do avatar. Daí a explicação para a expressão "fonte puramente espiritual".

O grau de autoconsciência do avatar tem de ser muito elevado e pode exercer essa função porque conseguiu realizar o que era necessário para conquistar várias metas numa série de vidas anteriores.

Os Avatares são classificados em 5 categorias:

1. Avatares cósmicos.
2. Avatares solares.
3. Avatares interplanetários.
4. Avatares planetários.
5. Avatares humanos.

Para executar seu trabalho e servir, a Mônada Avatar se reveste de matéria, para poder manifestar a energia da sua Fonte. Essa matéria depende da categoria do avatar e do seu trabalho.

Todos os avatares sâo Mônadas liberadas, com graus diferentes de liberação:

1. Os Avatares cósmicos e solares liberaram-se dos 2 planos ou mundos cósmicos inferiores: astral e físico.
2. Os Avatares interplanetários e planetários liberaram-se do plano ou mundo físico cósmico.
3. Os Avatares humanos liberaram-se dos planos ou mundos átmico, búdico, mental, astral e físico, que constituem os mundos do esforço humano.

Um Mestre encarnado fisicamente é um Avatar, um Avatar humano, uma Mônada liberada dos 5 planos ou mundos inferiores, uma vez que para ser um Mestre tem de ser um Adepto, por ter conquistado a 5ª iniciação planetária, a 3ª solar, e decide encarnar com um propósito específico.O Mestre Djwal Khul não se ocupará deste.

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Estudo 402

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d) Avatares, sua natureza e trabalho - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "1. Avatares cósmicos: representam a força personificada proveniente, entre outros,...", na página 581, até "...em levar à mente do estudante a realidade de nossa inter-relação cósmica.", na página 582.

Considerações.

Os Avatares cósmicos personificam a força proveniente dos três centros cósmicos seguintes, embora existam outros:

a. Sirius.

b. Uma das sete estrelas da Ursa Maior (Dubhe, Merak, Phekda, Megres, Alioth, Mizar e Benethnash, respectivamente as alfa, beta, gama, delta, epsilon, dzeta e eta, as quais formam a chamada cauda da Ursa). Elas constituem os sete centros da cabeça no corpo do Logos Cósmico e portanto estão ligadas ao Seu chacra Coronário. O Rishi envolvido é animado pelo Senhor arquetípico de nosso terceiro Raio principal, o Raio da Inteligência Ativa.

c. Nosso centro cósmico.

Essas elevadíssimas Entidades está tão distantes da consciência do Homem, como o homem está distante da consciência do átomo da matéria. Elas passaram pela etapa humana há milhares dos grandes ciclos logoicos chamados "cem anos de Brahma". "Cem anos de Brahma", uma duração de um sistema solar, ou seja, a duração de uma encarnação física cósmica de um Logos solar, são equivalentes a 311.040.000.000.000 (trezentos e onze trilhões e quarenta bilhões) de anos terrestres. Isto significa que essas Entidades foram seres humanos há milhares de sistemas solares anteriores. Após esse inimaginável tempo Elas aprenderam tudo o que era necessário, dentro de sistemas solares e fora deles, para exercer atualmente essa função no corpo físico cósmico de um Logos solar, expressando a energia e o propósito de um Ser superior ao Logos solar, com o objetivo de ajudar o Logos solar em Sua evolução. Realizaram tudo o que o homem pode conceber e realizar, como transcender a vontade, o amor e a inteligência, ou seja, os três aspectos logoicos que o homem pode expressar, e acrescentaram a esta tríplice síntese qualidades e vibrações impossíveis de serem descritas por nos, uma vez que nem os nossos adeptos mais elevados (que já passaram da quinta iniciação planetária, a terceira solar e portanto conquistaram a meta humana) podem visualizá-las.

Aparecem raramente num sistema solar e só são identificados nos dois planos ou mundos superiores, o adi e o monádico. Todavia, considerando que as matérias adi e monádica constituem respectivamente os éteres cósmicos primeiro e segundo e portanto são matéria, o aparecimento de um Avatar cósmico constitui literalmente o aparecimento em forma física de um Ser espiritual com plena consciência.

Os Avatares cósmicos provenientes de Sirius aparecem quando o Logos solar recebe uma iniciação. Estão vinculados particularmente com os cinco Kumaras, que são os Senhores dos Raios terceiro, quarto, quinto, sexto e sétimo, dentro do sistema solar, respectivamente os Logos planetários de Saturno, Mercúrio, Vênus, Netuno e Urano. Por meio deles, como pontos focais de força, vinculam-se com o departamento do Mahachohan (o Senhor da Civilização) em todas as Hierarquias ocultas nos esquemas planetários.

Somente uma vez, durante a existência em nosso sistema solar dos cinco Filhos de Brahma nascidos da mente (os cinco Senhores de Raio citados acima), um Ser dessa magnitude visitou nosso sistema solar. A visita de um Avatar como o de Sirius produz um efeito que consiste na culminação da civilização e da cultura, do ponto de vista de todo o sistema, num lampejo de tempo.

Quando chegar o momento da "morte" física do Logos solar, ou seja, o pralaya solar, aparecerá um avatar desde o nosso centro cósmico. É o segador cósmico, pertencente ao grupo que personifica a energia abstrativa do cosmos, existindo uma fraca analogia entre a ação desse segador cósmico e as forças que provocam a morte física e a desintegração do corpo físico do homem. Há mais detalhes sobre esse assunto, os quais podem ser pesquisados por meio da reflexão, mas o objetivo do Mestre é estimular na mente do estudante a realidade da nossa inter-relação cósmica, ou seja, que somos influenciados em âmbito cósmico e da mesma forma pela qual tudo o que existe dentro do nosso sistema solar constitui uma unidade por meio do inter-relacionamento entre todas as partes, igualmente o inter-relacionamento entre as partes cósmicas de um todo cósmico maior produz uma unidade num nível cósmico mais elevado..

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Estudo 403

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d) Avatares, sua natureza e trabalho - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "2. Avatares solares: São de três tipos, embora em realidade existam muitos mais.", na página 582, até "..., e lograr resultados antecipados.", na página 583.

Considerações.

O assunto tratado pelo Mestre Djwal Khul neste trecho é sumamente importante e esclarecedor para que possamos entender o comportamento atual das forças vivas da natureza, afetando intensamente a humanidade. O Mestre deixa bem claro que não estamos sozinhos dentro do sistema solar. Há Seres cósmicos provenientes de regiões fora do nosso sistema solar, com conhecimentos e poderes para vigiar qualquer esquema planetário e nele atuar.

Os avatares solares são de três tipos principais, embora existam em número bem maior. Eles vêm de regiões cósmicas fora do nosso sistema solar, portando energias qualificadas de Seres cósmicos superiores ao nosso Logos solar.

O Seu trabalho é executar determinados processos dentro do sistema solar, sendo um deles a aplicação da Lei de causa e efeito, a Lei de Karma. Conhecem o karma gerado em encarnações passadas pelo nosso Logos solar e se incumbem de dar o impulso inicial nos processos de ajuste, expiação e reconhecimento no atual sistema como um todo.

Uma Entidade deste porte, o "Avatar Kármico", entrou no nosso sistema solar, o corpo físico cósmico do nosso Logos solar, quando o Logos produziu a segunda vibração, o segundo Alento logoico, que energizou a matéria monádica (o 2º éter cósmico) do corpo logoico, sendo impelido por essa energia.

Permanecerá no sistema, vigiando todos os Logos planetários, além do próprio Logos solar, no cumprimento do karma logoico, até que todos os esquemas planetários tenham entrado em sua 5ª ronda e estejam próximos de seu "Dia do Juízo". Quando esse "Dia" ocorrer, o Avatar Kármico poderá se retirar, deixando que os Logos planetários cumpram Seus próprios karmas sem serem vigiados. O princípio búdico estará então, após o "Dia do Juízo", tão firmemente estabelecido, com tamanha intensidade e com uma compreensão tão conscientemente vívida por todos, que nada poderá deter a marcha dos acontecimentos planejados.

O Avatar Kármico comanda um determinado número de entidades cósmicas que podem transpor o "círculo não se passa solar", ou seja, sair a vontade do sistema solar e nele entrar. Mas essas entidades não são avatares (são os lipikas), pois Elas mesmas evoluem e aprendem aplicando a Lei do Karma. Um Avatar nada aprende no lugar onde aparece, consistindo seu trabalho em aplicar certo tipo de eletricidade à matéria em qualquer de seus graus e obter resultados antecipados.

Relacionemos a ação desse Avatar solar com o que está acontecendo atualmente na Terra. Nos, do esquema terrestre, estamos na 4ª ronda da 4ª cadeia, na 5ª raça-raiz. A próxima ronda será a quinta, na qual ocorrerá o "Dia do Juízo" para o nosso Logos planetário. O "Dia do Juízo" significa a separação das Mônadas humanas que irão permanecer no esquema das que serão expulsas para outro esquema planetário, por não estarem capacitadas para aqui ficarem, em virtude das novas condições que serão implantadas no esquema terrestre.

Ora, isto faz parte da execução do karma do nosso Logos planetário. Logo, o Avatar Kármico está atualmente atento à Terra na aplicação do karma, que prevê separação. Portanto a energia elétrica que o Avatar Kármico está aplicando às matérias que envolvem a Terra está provocando os fenômenos naturais que estão produzindo desencarnes coletivos, que são separações.

Estamos realmente passando por uma prévia do "Dia do Juízo", o que é justificado pelo fato de que o nosso Logos planetário irá receber uma Iniciação brevemente, nesta atual ronda.

As condições interiores fundamentais para escapar do expurgo são:

- saber usar a mente;
- ser bom inteligentemente na prestação do serviço;
- praticar corretas relações humanas;
- buscar o conhecimento, como recomendou o Senhor BUDA;
- desenvolver o CRISTO interno, ou seja, o princípio búdico, que não é sentimentalismo nem essa atitude devocional tão em voga atualmente.

Portanto preparemo-nos para os eventos que irão ocorrer.

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Estudo 404

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d) Avatares, sua natureza e trabalho - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "Outro tipo de Avatar solar que aparece nos esquemas...", na página 583, até "Produz a fusão das cores e a síntese das unidades de seus grupos.", na página 583.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul descreve o trabalho de dois Avatares solares, com informações muitíssimo importantes e esclarecedoras sobre o processo evolutivo dos Logos planetários e consequentemente sobre o nosso também, após a devida adequação ao nosso nível evolutivo e esfera de ação, ou seja, os cinco mundos do esforço humano: físico, astral, mental, búdico e átmico.

Um deles atua no centro cardíaco de um Logos planetário. Esse Avatar surge nos mundos superiores (nunca abaixo do búdico), quando a atividade do centro cardíaco do Logos planetário começa a ser sentida, ou seja, a produzir efeitos em Seu corpo físico cósmico, o que afeta os reinos em evolução sob a guarda do Logos planetário, em particular o reino humano.

Os efeitos principais são os seguintes, no nível dos Logos planetários:

a. Expansão de consciência.
b. Aumento da luz e do brilho espirituais.
c. Radioatividade planetária.

Os Logos planetários estão em processo de evolução em nível cósmico, já tendo passado pela etapa humana em épocas tão remotas que a consciência do homem comum não tem a menor capacidade de concepção, como o Mestre costuma dizer, em kalpas muito remotos. Eles têm de sair do Seu "círculo não se passa planetário" e atuar conscientemente no plano astral cósmico, o que significa expansão de consciência.
O Ego logoico planetário tem de se manifestar sempre com maiores intensidade e plenitude por meio do Seu corpo físico cósmico, o que significa aumento da luz e do brilho espirituais. Isto se reflete em todos os reinos em evolução em Seu esquema planetário, que é Seu corpo físico cósmico; em particular se reflete no reino humano.

Esse aumento da luz e do brilho espirituais, consequente da intensificação da vida interior, leva ao estado radioativo do esquema planetário, como acontece com a radioatividade dos elementos pesados da tabela periódica dos elementos, como o rádio, urânio, plutônio e outros.

Essa radioatividade planetária faz com que um esquema influencie outros com maior intensidade. Nas conhecidas triangulações planetárias essa radioatividade intensifica a influência do esquema radioativo.

Nos seres humanos esses efeitos também ocorrem, em seu devido nível e processos apropriados. É óbvio que a resposta a essas energias desse Avatar solar depende do nível de evolução e dos conhecimentos do homem sobre o assunto. Uma das consequências da ação dessas energias é estimular o homem para, por esforço próprio, chegar ao Portal da Iniciação.

Esses Avatares não trabalham vinculados com uma Hierarquia específica, mas com o sistema solar como um todo. Como diz o Mestre, Eles produzem a fusão das cores e a síntese das unidades de seus grupos. Em se tratando de grupos de Egos, temos a seguinte explicação. Cada Ego, como unidade, tem sua própria frequência que se manifesta como uma cor específica. Assim, observando-se um grupo de Egos (os Egos são organizados em grupos egoicos), são percebidas várias cores. Os Egos têm de ser sintonizados (o que é fusão), significando que suas frequências individuais (suas cores individuais) têm de ficar exatamente em fase, resultando uma frequência contendo todas as frequências individuais, a qual será a frequência do grupo egoico, sua cor. Finalmente as frequências (cores) dos diversos grupos egoicos têm de ser sintonizadas, para surgir uma frequência única (uma cor única) no sistema solar, contendo as frequências de todos os grupos egoicos do sistema solar.

Assim esse Avatar solar, trabalhando nas matérias que constituem o corpo físico cósmico do nosso Logos solar, produz a fusão dos grupos egoicos dentro do sistema solar, entre muitas outras coisas. Ocorre também a fusão ou sintonia das Mônadas nos mundos ou planos búdico, átmico, monádico e adi, sob a ação desse Avatar solar.

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Estudo 405

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d) Avatares, sua natureza e trabalho - Continuação a partir de "Quando um Logos planetário recebe a iniciação...", na página 583, até "....em corpo denso, de um Logos planetário e de um Logos solar.", na página 586.

"Quando um Logos planetário recebe a iniciação pode aparecer um avatar, no sétimo globo de Seu esquema, proveniente dessa estrela ou centro cósmico animado pelo Rishi particular que (na constelação da Ursa Maior) é Seu protótipo cósmico. Para a Entidade implicada isto significa tomar uma forma física, pois nossos planos superiores somente constituem matéria desde Seu ponto de vista. Temos insistido frequentemente sobre isto pois seu significado ainda não foi captado suficientemente. Devido à aparição desse avatar, no sétimo globo, o Logos planetário pode manter a continuidade de consciência cósmica, embora se encontre em encarnação física; o avatar solar desempenha a mesma função para o Logos planetário que o Guru para Seu discípulo. Possibilita certos acontecimentos por meio do estímulo e a proteção de Sua aura, e atua como transmissor de energia elétrica desde o centro cósmico. Devemos ter cuidado de não ajustarmos demasiado a analogia, pois o verdadeiro trabalho que realiza não pode ser compreendido pelo homem. Dito avatar tem logicamente um efeito direto sobre os centros do Homem celestial, em consequência, embora só indiretamente, sobre os entes ou mônadas humanas e sobre a Mônada em seu próprio plano. Tal influência obtém pouca resposta da Mônada até depois da terceira Iniciação, quando sua vida consciente se faz tão forte que se aferra novamente a sua expressão egoica em uma só direção, despertando à realização planetária em outra. Este tipo de avatar aparece só no momento da iniciação de um Logos planetário. Este recebe no atual sistema de duas a quatro iniciações.

3.Avatares interplanetários. Temos aqui um grupo interessante de avatares. Ocupam-se principalmente de três coisas: primeiro, de supervisionar a transferência de unidades de força ou grupos egoicos de um esquema a outro (não de entes individuais de uma cadeia a outra). Aparecem geralmente duas vezes na história de um esquema e embora não possam tomar corpos físicos de matéria mais grosseira que a das substâncias átmica e búdica, trabalham com os impulsos efetuados sobre a matéria mental, realizando estas transferências grupais. Subdividem-se em três grupos:

a. Aqueles que efetuam a transferência dos esquemas menores ou manifestações de Raio, no terceiro Raio; ocupando-se dos resultados obtidos pela fusão dos polos opostos dos quatro esquemas menores, até que só reste um, transferindo logo a vida e a qualidade do que resta, ao terceiro Raio.
b. Aqueles que se ocupam da transferência e interação das forças vitais entre os três Raios maiores.
c. Aqueles que produzem a última transferência do sistema ao finalizar a era.

Segundo, certos avatares provenientes da quarta Hierarquia criadora, por razões esotéricas inexplicáveis, abandonam Sua própria Hierarquia e aparecem em uma das Hierarquias dévicas. Isto só acontece uma vez na história de cada esquema; ocorre no momento em que é mais densa a aparência física e tem relação com a transferência do impulso dévico de um esquema a outro, vinculando-se assim com a aparição dos entes autoconscientes, pois são a primordial personificação da latente autoconsciência do átomo da substância dévica e estabelecem o tipo de devas em qualquer esquema determinado.

Terceiro, só uma vez na história de cada esquema aparece em níveis mentais um avatar da constelação de Capricórnio. Este é o nível mais baixo no qual se exteriorizam ditas divindades interplanetárias. Nada mais pode ser dito sobre esta questão. Aqui reside oculto "o mistério da cabra". Este avatar faz sua aparição na terceira ronda da terceira cadeia e desaparece na quinta ronda da quarta cadeia.

Ditos avatares interplanetários vêm como resultado de kalpas muito remotos, quando as condições do sistema estão suficientemente refinadas como para permitir sua aparição. São os nirmanakayas de um ciclo solar anterior que agora aproveitam a oportunidade para efetuar (ativamente e por meio da manifestação física) certo trabalho inconcluso.

4. Avatares planetários. Emanam do Logos planetário central de um esquema e personificam Sua vontade e propósito. São de dois tipos. O primeiro constitui uma manifestação, em níveis físicos etéricos, do Logos planetário mesmo durante um lapso específico. Significa que um dos Kumaras toma definitivamente um corpo físico. Pode dizer-se que Sanat Kumara é um destes avatares que, com os outros três Kumaras, personifica os quatro princípios quaternários planetários. Em um sentido muito real Sanat Kumara é a encarnação do Senhor do Raio Mesmo; é o Observador Silencioso, o grande Sacrifício para a humanidade. (38)

Em segundo lugar, como indiquei no parágrafo anterior, temos três Entidades que personificam os princípios planetários. São (falando desde o ponto de vista atual) a energia dinâmica que mantém unidos cada um dos três reinos inferiores, considerados como unidades e não como diferenciações. Estas unidades estão estreitamente relacionadas com o aspecto energia das três cadeias anteriores e só foi necessário o trabalho de um avatar interplanetário que lhes permitiria (quando se formou o triângulo que deu por resultado o período de individualização nos dias lemurianos) tomar corpos etéricos e encarnar entre os homens. Atuam como pontos focais para a energia do Logos Planetário em Seu próprio plano. Em sentido misterioso, o primeiro Kumara é a energia que produz a autoconsciência na família humana. Os outros três Kumaras ou os três Budas de Atividade, atuam como pontos focais similares para a energia que anima os três reinos inferiores e produz seus diferentes graus de consciência. Não é possível expressar este grande mistério com mais claridade, porém se o estudante agrega estas poucas insinuações às dadas anteriormente na Doutrina Secreta, o mistério dos "Quatro Santificados" pode ser parcialmente esclarecido desde o ponto de vista da energia e da evolução.

As épocas e momentos de sua aparição variam de acordo com o karma particular do Senhor de Raio e o que está vinculado a estes grandes ciclos e períodos de encarnação não pode ser revelado a profanos e neófitos.

5. Avatares humanos. Já foram considerados totalmente por H. P. B. e nada mais pode ser acrescentado a sua informação, pois o momento não é propício. (39) O mencionado tem cabimento aqui, porque concerne ao mistério da força e da consciência; detrás do efeito e aparição destes distintos avatares encontra-se oculta a máxima manifestação, em corpo físico denso, de um Logos planetário e de um Logos solar."

(38) D. S. II, 58-59, 113-114, 308-309.
(39) D. S. VI, Seção XLI; V, 308.

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Estudo 406

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d) Avatares, sua natureza e trabalho - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "Quando um Logos planetário recebe a iniciação...", na página 583, até "Este recebe no atual sistema de duas a quatro iniciações.", na página 584.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul, continuando Sua explanação sobre o trabalho dos Avatares, dá informações sobre um Avatar solar que no atual período está atuando fortemente sobre o corpo físico do nosso Logos planetário e consequentemente sobre a Terra e os reinos nela em evolução.

Estas informações são de relevantes valor e importância para o entendimento do processo de evolução do nosso Logos planetário e da humanidade, como parte do corpo do Logos, como também ajuda a esclarecer o que atualmente está acontecendo na natureza do nosso planeta.

O nosso Logos planetário está prestes a receber uma Iniciação menor, preparatória para uma Iniciação maior na próxima ronda, a quinta ronda, quando ocorrerá o "Dia do Juízo".

Nessa ocasião manifesta-se um Avatar solar no sétimo globo do esquema do Logos planetário. No esquema do nosso Logos planetário o sétimo globo, também chamado globo G, tem como matéria mais densa a mental inferior, não possuindo matérias astral e física, sendo portanto o globo mais elevado, por ser o sétimo e por ser feito de matéria mental inferior como a mais densa. Nesse sétimo globo o Avatar solar assume uma forma, cuja matéria mais densa é a búdica. É dessa matéria búdica que Ele atua sobre todos os globos do esquema, em particular sobre a Terra.

Esse Avatar solar vem de uma estrela da constelação de Ursa Maior, dentre as sete que formam a chamada cauda da Ursa, as quais são: Dubhe (a alfa), Merak (a beta), Phekda (a gama), Megres (a delta), Alioth (a épsilon), Mizar (a dzeta) e Benethnash (a eta). Essas sete estrelas são corpos de expressão de sete Rishis (Seres cósmicos) que executam no corpo do Logos cósmico as funções análogas aos sete centros da cabeça do homem. O Rishi da estrela da qual esse Avatar solar vem é o protótipo do Logos planetário sagrado ao qual nosso Logos planetário está ligado, pois Ele não é sagrado, sendo esse Logos planetário sagrado o do esquema de Saturno.

Para o Avatar solar, assumir uma forma de matéria búdica é encarnar fisicamente, uma vez que a matéria búdica é o quarto éter cósmico, portanto matéria física cósmica. Isto deve ficar bem claro.

Esse Avatar é portador de um tipo de eletricidade cósmica que Ele injeta no esquema planetário onde atua. Essa eletricidade cósmica estimula e protege a aura do esquema, que é o corpo do Logos planetário, produzindo efeitos em todo o esquema e seu conteúdo.

O principal efeito é nos centros do Logos planetário, em particular no centro a ser estimulado na Iniciação. Nessa atuação nos centros logoicos, uma das consequências é fazer com que o Logos planetário mantenha continuidade de consciência cósmica, embora esteja encarnado fisicamente. Ter continuidade de consciência cósmica significa ter consciência física, embora limitada, dos mundos cósmicos astral e mental.

Esse Avatar solar se comporta como Guru ou Instrutor para o nosso Logos planetário, na preparação para a Iniciação.

A atuação nos centros logoicos atinge as Mônadas humanas, em seu próprio plano, o monádico, e repercute em seus corpos inferiores, os entes humanos. Todavia a resposta a essa atuação é muito fraca, a não ser após a terceira iniciação planetária (a primeira solar), quando a Mônada, pela ação da terceira iniciação, torna-se tão fortemente consciente que se aferra ao seu ego, estabelecendo uma só direção, e pela ação da influência do Avatar orienta seu ego para a realização planetária, ou seja, esforça-se intensamente para ser um trabalhador de grande eficiência no corpo do Logos planetário, o que se manifesta no mundo físico como caminhar numa única direção, ou seja, quando a Mônada está encarnada, seu comportamento é totalmente dedicado a aprender e entender ao máximo os mundos da manifestação, para dominá-los e cooperar inteligentemente para o Propósito do Logos planetário.

A ação desse Avatar solar provoca efeitos na natureza, pois, estando nosso Logos planetário em preparação para uma Iniciação, Ele tem de purificar Seu corpo de expressão, Seu esquema, e a Terra faz parte desse esquema.

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Estudo 407

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d) Avatares, sua natureza e trabalho - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "3. Avatares interplanetários. Temos aqui um grupo interessante de avatares.", na página 584, até " ....para efetuar (ativamente e por meio da manifestação física) certo trabalho inconcluso.", na página 585.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul neste trecho descreve o trabalho dos Avatares interplanetários. Ele considera esses avatares interessantes.
Eles aparecem geralmente duas vezes na história de um esquema. A matéria mais densa que Eles empregam para construir Seus corpos para trabalhar é a búdica, na qual produzem impulsos energéticos que atuam na matéria mental e assim executam Seu trabalho, que é feito na matéria mental.

Dividem-se em três grupos principais:

a. Os que transferem os grupos egoicos (não egos individualmente) dos esquemas menores ou manifestações de Raio para o terceiro Raio. Os grupos egoicos que formam pares de opostos nos esquemas dos Raios quarto, quinto, sexto e sétimo se fundem. Em seguida ocorrem novas fusões até que fique apenas um grupo, que é então transferido para o esquema de terceiro Raio, que é o de Saturno.

b. Os que fazem a interação e a transferência dos grupos egoicos entre os Raios terceiro e segundo, resultando um grupo no segundo Raio, cujo esquema é o de Júpiter e em seguida para o primeiro Raio, cujo esquema é o de Vulcano.

c. Finalmente os que executam a última transferência, ao finalizar o sistema, envolvendo o esquema de Saturno e o Sol como o único Resolvente.

Há também uma outra classe de avatares interplanetários que executam um trabalho muito especial e são provenientes da quarta Hierarquia criadora de um esquema, a Hierarquia de Mônadas humanas.

Para serem avatares interplanetários esses Entes egressos da quarta Hierarquia têm de estar liberados do plano físico cósmico. Eles ingressam em uma Hierarquia dévica de algum esquema, quando o esquema está na sua manifestação mais densa, o que acontece na quarta cadeia. Isto só acontece uma vez na história do esquema. Eles efetuam a transferência do impulso dévico de um esquema para outro e estão ligados ao aparecimento dos entes autoconscientes no esquema, uma vez que personificam primordialmente a latente autoconsciência do átomo de substância dévica e estabelecem o tipo de devas em qualquer esquema. Em virtude de estarem ligados ao aparecimento dos entes autoconscientes e individualização é a aquisição da autoconsciência, o trabalho desses avatares está relacionado com o trabalho dos Anjos solares.

Há um outro Avatar interplanetário que só aparece uma vez na história de cada esquema em níveis mentais e é proveniente da constelação de Capricórnio. O plano mental é o mais baixo no qual Ele pode se manifestar. Ele aparece na terceira ronda da terceira cadeia de um esquema e vai embora na quinta ronda da quarta cadeia do esquema.

O Mestre diz que neste avatar está oculto "o mistério da cabra". Lembrando que o Mestre diz no livro Astrologia Esotérica que a quinta Hierarquia criadora trabalha no plano mental e é responsável pela personalidade humana, sendo regida pelo signo de Capricórnio através de Vênus (quinto Raio) e sua energia é Ichchhashakti, vontade de manifestar-se, podemos concluir que este Avatar estimula fortemente a mente humana. Um outro detalhe muito importante é que o nosso esquema está na quarta ronda da quarta cadeia, antecedendo a quinta ronda da quarta cadeia, quando ocorrerá o "Dia do Juízo" do nosso Logos planetário. Portanto Ele está aqui no nosso esquema atuando fortemente sobre a quinta Hierarquia criadora, também chamada Makara, os Crocodilos e o mistério, pelo Mestre. Portanto, podemos concluir que a Sua atuação é muito forte no processo de seleção para o "Dia do Juízo" e que a salvação do expurgo está no uso correto da mente.

A ação desses avatares interplanetários é resultante de causas originadas em épocas muito remotas e é possível agora, porque as condições do sistema estão suficientemente refinadas para permitir seu aparecimento. São os nirmanakayas de um ciclo solar anterior, os quais aproveitam a oportunidade para realizar certo trabalho não concluído, de uma forma ativa e pela manifestação física.

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Estudo 408

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d) Avatares, sua natureza e trabalho - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "4. Avatares planetários. Emanam do Logos planetário central de um esquema e personificam....", na página 585, até "....e períodos de encarnação não podem ser revelados a profanos e neófitos.", na página 585.

Considerações.

Ao descrever o trabalho dos Avatares planetários o Mestre Djwal Khul, em relação ao nosso esquema planetário, descreve o glorioso e grandioso trabalho do nosso Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, e dos três Kumaras a Ele ligados nesse trabalho.

A expressão usada pelo Mestre: "Logos planetário central de um esquema" dá a entender, por causa do adjetivo "central", que existem Logos subsidiários num esquema. De fato há Entes cósmicos cuidando dos sete globos do esquema, os quais são considerados Logos planetários menores. Assim o Logos planetário central de um esquema é o verdadeiro Homem celestial, Aquele que se expressa através de todos os sete globos do esquema e de Seus sete Logos menores.

Os Avatares planetários são de dois tipos e ambos são emanados do Logos planetário central do esquema, ou seja, são portadores da energia do Logos planetário e constituem Sua vontade e propósito, sendo seus executores.

O primeiro tipo é uma manifestação em matéria física atômica, o primeiro éter, do próprio Logos planetário, durante um período determinado. Portanto esse Avatar planetário, no nosso caso SANAT KUMARA, tomou definitivamente um corpo físico.

Realmente o nosso Senhor do Mundo é a encarnação do nosso Logos planetário e por ser Este a expressão de um Senhor de Raio (uma vez que o nosso esquema não é sagrado), podemos dizer que SANAT KUMARA é a encarnação do Senhor do próprio Raio. É também chamado o Observador Silencioso e o grande Sacrifício para a humanidade. Helena Petrovna Blavatsky, na Doutrina Secreta, volume II, páginas 58-59, 113-114 e 308-309, dá valiosas informações a respeito dos Kumaras.

O segundo tipo de Avatar planetário manifesta e constitui para o nosso planeta Terra os outros três princípios logoicos, os quais, juntamente com o manifestado por SANAT KUMARA, formam os quatro princípios quaternários logoicos inferiores.

Falando desde o ponto de vista atual, Eles (os três Kumaras), pela Sua energia dinâmica, mantêm unidos os membros de cada um dos três reinos inferiores (mineral, vegetal e animal), constituindo unidades e não diferenciações, resultando três unidades.

Estas três unidades (portanto os três reinos inferiores) estão estreitamente relacionadas com o aspecto energia das três cadeias anteriores do nosso esquema, respectivamente a cadeia regida por Netuno (a primeira), a regida por Vênus (a segunda) e a regida por Saturno (a terceira).

Quando se formou o triângulo Terra, Vênus e um outro esquema, foi possível a individualização na raça lemuriana e com o trabalho de um Avatar interplanetário, estes quatro Kumaras, na função de Avatares planetários, puderam tomar corpos etéricos e encarnar entre os homens.

Os demais Kumaras que vieram juntamente com SANAT KUMARA (num total de 108) também assumiram corpos etéricos nessa época, para trabalhar no processo de individualização do homem lemuriano.

É bem claro que os quatro Kumaras acima citados como energizadores dos três reinos inferiores para que funcionassem como unidades, fizeram um duplo trabalho:

1. A individualização do homem lemuriano.
2. A ação sobre os três reinos inferiores para que funcionassem como unidades.

Era necessário para o nosso Logos planetário que os três reinos inferiores funcionassem como unidades.

É evidente que nesse trabalho há um relacionamento com as Entidades que se manifestam através dos três reinos inferiores.

Pela energia de SANAT KUMARA, o primeiro Kumara, foi possível a autoconsciência na família humana.

Os outros três Kumaras, chamados os três Budas de Atividade, constituem pontos focais para a energia que anima os três reinos inferiores e produz os diferentes graus de consciência desses reinos.

Juntando estas informações com as de Blavatsky é possível entender parcialmente o mistério dos "Quatro Santificados" (outro nome dos quatro Kumaras) sob o ponto de vista de energia e evolução.

As épocas e momentos de aparição dos Avatares planetários dependem do karma particular do Logos planetário implicado, sendo segredo iniciático.

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Estudo 409

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - b. A individualização - (d) Avatares, sua natureza e trabalho - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo " 5. Avatares humanos. Já foram considerados totalmente por H. P. B. .....", na página 586, até ".....em corpo físico denso, de um Logos planetário e de um Logos solar." , na página 586.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul diz que os Avatares humanos já foram totalmente considerados por Helena Petrovna Blavatsky, na Doutrina Secreta, VI, Seção XLI e V, 308. Ele não pode acrescentar nada mais ao informado por Blavatsky, porque o momento não é propício.

O que o Mestre informou sobre os Avatares humanos é justificado pelo fato de que serve para explicar o mistério da força e da consciência. Por detrás do efeito e aparecimento dos diversos avatares encontra-se oculta a máxima manifestação, em corpo físico denso, de um Logos planetário e de um Logos solar.

Procuremos esclarecer essa correlação entre o trabalho dos avatares e a máxima manifestação da autoconsciência logoica nas matérias mental, astral e física, as quais constituem a parte densa do corpo físico cósmico logoico, respectivamente as matérias cósmicas gasosa (mental), líquida (astral) e sólida (física).

Analisemos os Avatares humanos. Para ser um Avatar humano o homem tem de ter conquistado a 5ª Iniciação planetária, a 3ª solar, e assim se libertou dos 5 mundos da evolução humana: físico, astral, mental, búdico e átmico.

Pode portanto trabalhar ativa e conscientemente nos centros físicos cósmicos do Logos planetário. Esse Iniciado liberto expandiu imensamente sua autoconsciência, por ter dominado os 5 mundos inferiores e deles ter se libertado. Como sua consciência já está conectada com a do Logos planetário, Este adquire mais consciência de Seu corpo denso através desse Iniciado, quando Ele atua nos 3 mundos inferiores no trabalho de avatar humano, em contato com a humanidade encarnada, a que está nos mundos físico, astral e mental inferior e os Egos que estão no mundo mental superior. É como se o Iniciado liberto, como Avatar humano, fosse neurônios (em analogia com o homem), pelos quais o Logos planetário manifestasse autoconsciência densa em cérebro físico.

Como a ação de todos os Avatares, os cósmicos, solares, interplanetários e planetários, através da matéria física cósmica com a qual se revestem para realizar Seu trabalho, repercute nas matérias cósmicas gasosa (mental, onde estão os Egos), líquida (astral) e sólida (física, onde está a humanidade encarnada), sempre a consciência dos Logos é intensificada em relação à parte densa de Seus corpos físicos cósmicos.

Um dos efeitos do trabalho de um Avatar interplanetário é estimular o homem para conquistar a iniciação e iniciação é expansão de autoconsciência, o que aumenta a consciência do Logos planetário implicado em relação ao Seu corpo denso.

Quando consideramos a consciência como força elétrica atuando na matéria, fica assim bem clara e comprovada a correlação estabelecida pelo Mestre entre o trabalho dos Avatares e a máxima manifestação em corpo físico denso de um Logos planetário e de um Logos solar.

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Estudo 410 - 411

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - (e) A individualização, uma forma de Iniciação - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "e. A individualização, uma forma de Iniciação. Pouco é o que se pode agregar atualmente com respeito à individualização....", na página 586, até "c. Terceiro ciclo......o Caminho que abarca as quarta e quinta Iniciações." , na página 587.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul esclarece o processo evolutivo humano sob o ponto de vista de expressão dos três aspectos do Logos: Vontade (Shiva), Amor-Sabedoria (Vishnu) e Inteligência Ativa (Brahma) e seus três fogos resultantes: fogo elétrico, fogo solar e fogo por fricção. Isto nos dá melhores e mais amplas visão e compreensão do homem em suas etapas de evolução, ao mesmo tempo que permite entender a enorme diferenciação entre os membros da família humana.

Inicialmente o Mestre diz que pouco há que acrescentar ao já informado sobre a individualização e o exposto não é mais que uma tentativa para expressar fatos profundos e significativos, em termos de pensamento humano, sobre a existência e a manifestação, fazendo uso da linguagem que restringe. Isto significa que devemos fazer um grande esforço para conseguir perceber e captar o que realmente acontece como energia operando na substância ou matéria, o que requer uma grande capacidade de mente abstrata, dominando e iluminando a mente concreta.

Não podemos ficar presos à mente concreta. Temos de usar e desenvolver ao máximo a mente concreta, mas sempre extraindo a essência, o significado, os conceitos e as ideias ocultas no conhecimento concreto. Trabalhando esses conceitos e ideias, correlacionando-os e expandindo-os, por meio da mente abstrata, penetraremos na consciência búdica, uma vez que a mente abstrata é ponte para a consciência búdica.

Sabemos que o antakarana é a comunicação direta entre a unidade mental e o átomo mental permanente, sem passar pela Joia no loto (o Ego ou Alma), a qual tem de construir essa comunicação direta a partir do cérebro físico. Com o tempo e pelo constante e intenso uso, o antakarana funde-se com os três fios que constituem o sutratma: fio da vida, fio da consciência e fio criador, passando a existir um único fio, muito mais potente e amplo, permitindo a chegada ao cérebro físico de muitos conhecimentos adquiridos diretamente pela consciência búdica, ou seja, a consciência atuando diretamente no mundo búdico por meio do átomo búdico permanente, pois o átomo mental permanente está conectado com o átomo búdico permanente e este com o átomo átmico permanente.

Dessa forma conseguiremos enxergar muito mais coisas sobre a existência e a manifestação, acrescentando por nos mesmos mais informações com respeito à individualização. O objetivo do Mestre é que façamos isto.

Considerando que o Homem é Mônada ou Espírito servindo-se de instrumentos e corpos (Tríades superior e inferior, Loto egoico e corpos mental inferior, astral e físico), todos feitos de matéria energizada por vidas dévicas, podemos realmente afirmar que o Homem é um deva, reunindo em si os três aspectos da divindade: o eu, o não-eu e o vínculo inteligente num sentido muito vital.

No eu podemos ver a Vontade de Deus, Shiva, a força elétrica positiva, o fogo elétrico, o Fogo.

No não-eu podemos ver a Mente de Deus, Brahma, a força elétrica negativa, o fogo por fricção, a chama.

No vínculo inteligente podemos ver o Amor de Deus, Vishnu, o meio equilibrador, o fogo solar, a Chispa.

Devemos enfatizar que o homem, em tempo (ao longo do processo evolutivo) e em espaço (nos diversos esquemas planetários), manifesta simultaneamente os três aspectos com grande força e intensidade somente no final do processo de evolução.

Assim como o Logos solar, o Macrocosmos, evidencia primeiramente atividade pela matéria (Brahma), em seguida Ele realça o aspecto intermédio (Vishnu) e finalmente Ele destaca o aspecto vontade (Shiva), igualmente o homem, o microcosmos, segue esse comportamento.

Assim temos no homem o aspecto Brahma predominando através do não-eu materialista, ou seja, a atividade da matéria. Isto ocorre nas etapas subumanas (no período pré-individualização) e nos primeiros ciclos da Vida da Personalidade:

a. Primeiro ciclo estado selvagem.
b. Segundo ciclo homem médio.
c. Terceiro ciclo o triunfante homem intelectual.

Em seguida começa a se destacar e a predominar gradualmente o aspecto Vishnu, amor-sabedoria, servindo-se do aspecto Brahma, manas ou mente. Abrange as etapas finais da vida da personalidade humana e o período de crescimento egoico que inclui as duas Iniciações finais:

a. Primeiro ciclo o Caminho de Provação (aspirante e discípulo em prova).
b. Segundo ciclo o Caminho de Iniciação (até a terceira Iniciação).
c. Terceiro ciclo o Caminho que abrange as quarta e quinta Iniciações.

Vemos claramente que cada um desses dois ciclos maiores está dividido em três ciclos menores como aspectos secundários, dando a entender que o primeiro ciclo menor refere-se a Brahma , o segundo ciclo menor a Vishnu e o terceiro ciclo menor a Shiva. Assim temos:

1. Aspecto Brahma:

a. Primeiro ciclo estado selvagem - Brahma/Brahma: atividade pura.
b. Segundo ciclo homem médio - Brahma/Vishnu: atividade/amor(desejo).
c. Terceiro ciclo o triunfante homem intelectual - Brahma/Vishnu/Shiva: atividade/amor (desejo)/vontade conduzida pelo desejo.

2. Aspecto Vishnu:

a. Primeiro ciclo o Caminho de Provação - Vishnu através de Brahma: amor/atividade.
b. Segundo ciclo o Caminho de Iniciação (até a terceira Iniciação) - Vishnu mais forte através de Brahma: amor mais forte/atividade.
c. Terceiro ciclo o Caminho que abrange as quarta e quinta Iniciações - Vishnu mais forte através de Brahma/Shiva: amor mais forte através de manas e vontade começando a se destacar.

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Estudo 412

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - (e) A individualização, uma forma de Iniciação - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "Esta constitui uma consumação momentânea porém, assim como no reino animal está latente e em estado instintivo a mente humana....", na página 587, até "Podem ter vislumbres e uma ideia do plano geral, porém os detalhes são todavia irreconhecíveis.", na página 588.

Considerações.

Continuando Sua análise do processo evolutivo da Mônada humana sob a ótica dos três aspectos do Logos: Brahma (terceiro aspecto, Inteligência Ativa, Manas), Vishnu (segundo aspecto, Amor-Sabedoria, Budi) e Shiva (primeira aspecto, Vontade, Atma), o Mestre Djwal Khul considera agora o aspecto Vontade (Shiva, Atma).

As duas etapas anteriores, de Brahma e Vishnu, abrangendo desde o homem no estado selvagem até o iniciado da quinta Iniciação planetária (o Adepto), são realizações momentâneas, ou seja, são sucessivas. Assim a terceira etapa tem de ser realizada. Os três aspectos sempre estão presentes, contudo sempre prevalece um aspecto, o que é perfeitamente demonstrado pelas três subdivisões de cada etapa.

Sabemos que no reino animal está latente e embrionária a mente humana e no reino humano o aspecto Budi encontra-se também latente e embrionário. Igualmente o aspecto mais elevado da Mônada, Atma (Vontade), acha-se latente e embrionário na fase final do esforço humano, na fase da quinta Iniciação planetária, quando começa a se manifestar efetivamente, exigindo desenvolvimento e expansão.

A manifestação intensa desses três aspectos é explicada pelo Mestre à luz dos três fogos: por fricção, solar e elétrico. Isto tem a ver com o aperfeiçoamento das formas e sua adequação e capacitação para expressar as qualidades da Mônada ou Espírito.

Quando na etapa de Brahma o fogo por fricção tríplice, o tríplice fogo da matéria: fogo por fricção/por fricção, fogo por fricção/solar e fogo por fricção/elétrico, estão em perfeita sintonia (fundidos) e em intensa atividade, significando que a forma já adquiriu um bom grau de aperfeiçoamento, então o fogo solar (também tríplice) ou fogo da mente, emanado pelo Ego, pode se manifestar e exteriorizar, utilizando-se do fogo da matéria e intensificando-o mais ainda. Até aí o fogo da mente ou solar estava latente na matéria, aguardando sua oportunidade. Esta é a etapa de Vishnu.

Quando na fase final da etapa de Vishnu, a quinta Iniciação planetária, o fogo solar tríplice já está em intensa atividade e em sintonia com o fogo da matéria, produzindo calor e luz, o que significa forte radioatividade, é aí que o fogo elétrico tríplice da Mônada pode atuar com crescente poder, tornando perceptíveis suas qualidades em graus cada vez mais elevados, demonstrando toda sua glória.
Começa então a etapa de Shiva, Atma. O fogo elétrico da Mônada estimula e intensifica os fogos solar e por fricção, ao mesmo tempo que aumenta e incrementa sua atividade e seu poder, forçando a sintonia (fusão) dos três fogos. Neste crescente aumento de poder, chega um momento em que o fogo solar ou da mente, ao estimular o fogo por fricção, faz com que a vibração da matéria atinja um tal grau de amplitude e frequência, que a coesão da forma não pode mais ser mantida. Aí então a matéria da forma é dispersada, desaparecendo o fogo por fricção por não existir mais a matéria da forma. Mas as qualidades desenvolvidas por meio do fogo por fricção são assimiladas pelo fogo solar.

Durante algum tempo ficam juntos o fogo elétrico e o fogo solar, que assimilou o conteúdo do fogo por fricção. Todavia o fogo solar é o elemento de união entre o fogo elétrico e o fogo por fricção e, por isto, não existindo mais o fogo por fricção, cessa a utilidade do fogo solar. O fogo elétrico então assimila as qualidades desenvolvidas pelo fogo solar, o qual já contém as qualidades desenvolvidas pelo fogo por fricção. Quando o fogo elétrico conseguiu assimilar todo o conteúdo do fogo solar, ele, fogo elétrico puro, brilha com toda a sua glória, todo o seu poder e toda a sua radioatividade, marcando o final de um ciclo, mas não sendo o último ciclo, pois um ciclo mais elevado e mais amplo começará.

Tudo o que foi dito acima em termos de fogos deve ser interpretado como o trabalho e o esforço da Mônada, a geradora dos fogos, embora utilizando-se dos fogos inerentes à matéria.

Na quarta Iniciação o Loto Egoico é desintegrado, pela ação estimulante do fogo elétrico da Mônada sobre os fogos já sintonizados solar e por fricção, quando então o fogo por fricção é dispensado, sendo seu conteúdo absorvido pelo fogo solar.

Esta questão de absorção do conteúdo de um fogo por outro fogo mais elevado deve ser esclarecida. O Mestre dá uma ideia deste processo de absorção, quando diz que o fogo do Espírito puro (aumentado e intensificado pela essência gasosa do fogo da matéria ou "fogo por fricção, colorido e feito irradiante" pelo fogo da mente) resplandece em perfeita glória, de maneira que o único que se vê é uma chama vibrante.

Analisemos estas palavras do Mestre. "Fogo por fricção, colorido e feito irradiante pelo fogo da mente" significa que o fogo da mente ou solar atua sobre o fogo por fricção elevando a sua frequência vibratória (feito irradiante) e conferindo-lhe novas qualidades (colorido).

"Aumentado e intensificado pela essência gasosa do fogo da matéria" significa que o fogo da mente ou solar, por ser de maior frequência, abstrai e assimila todas as informações e qualidades do fogo por fricção ou da matéria (essência gasosa).

Assim o fogo do Espírito puro, o fogo elétrico da Mônada, por ser de maior frequência vibratória e de maior energia, sendo o fogo arquetípico para os outros dois fogos, estimula nesses dois fogos (solar e por fricção) as qualidades e informações arquetípicas, faz com que o fogo solar assimile as qualidades e informações do fogo por fricção, o que constitui a essência gasosa do fogo por fricção e finalmente assimila todo o conteúdo de qualidades e informações do fogo solar, tornando-se o único fogo dominante, em toda a sua glória e poder, sintetizador dos outros dois fogos. Passa a ser uma única chama vibrante, como diz o Mestre.

Sabemos pela eletrônica que as ondas eletromagnéticas contêm uma infinidade de informações e todos nos convivemos com essas ondas eletromagnéticas no nosso trato diário com celulares, televisão, rádio, internet etc.

Não vamos entrar em detalhes técnicos a respeito do processo pelo qual a onda eletromagnética armazena informações. É suficiente saber que a chave é a vibração ou oscilação da partícula. É por isso que a Lei de Vibração impera na matéria adi, a divisão arquetípica do físico cósmico.

Por esse processo evolutivo de atuar sobre a matéria por meio dos fogos, a Mônada experimenta, aprende e desenvolve e expande seus poderes, capacitando-se para capacitações mais elevadas.

O Mestre destaca três passos importantes no processo evolutivo das Mônadas, em função dos fogos.

A individualização é o passo de intensificação do fogo por fricção (Manas), ligado a Brahma ou Atividade Inteligente. É o passo da autoconsciência.

A Iniciação é o passo da intensificação do fogo solar (Budi), ligado a Vishnu ou Amor-Sabedoria. É o passo que leva da autoconsciência para a consciência grupal ou coletiva.

A Identificação é o passo de intensificação do fogo elétrico (Atma), ligado a Shiva ou Vontade. É o passo que conduz da consciência grupal ou coletiva para a consciência total de todos os grupos no cumprimento da Vontade do Logos solar. É um tipo de realização completamente inconcebível para o homem comum. É concebível, embora não praticável ainda, para os Mestres da Hierarquia que se encontram agora na Terra, os quais trabalham conscientemente cumprindo a Vontade do Logos planetário na Terra. Todavia ainda estão muito distantes de compreender plenamente a Vontade e o Propósito do Logos solar a medida que atua através do sistema. Eles têm vislumbres e uma ideia do plano geral, porém os detalhes são irreconhecíveis. O iniciado que na atualidade está em preparação para a terceira iniciação planetária, a primeira solar, aceita plenamente essas informações do Mestre Djwal Khul sobre a Identificação, reconhecendo-as como lógicas e perfeitamente de acordo com o processo evolutivo e, por aceitá-las racionalmente, ou seja, por ter passado pelo crivo da sua razão (razão no sentido de Budi), concentra-se no esforço e intensifica-o cada vez mais para captar e entender claramente a parte do Propósito do Logos solar que cabe ao nosso Logos planetário e ir mais além, no âmbito do Sistema Solar, para executar a sua pequena parcela. Embora seja uma tarefa gigantesca, isto não o esmorece, pelo contrário estimula-o.

Obviamente esta última etapa, da Identificação, é conquistada nas iniciações superiores à quinta.

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Estudo 413

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (a). Encarnação cósmica, planetária e humana. Páginas 588 e 589.

"c. A Encarnação.

a. Cósmica, planetária e humana. Tendo considerado a autoconsciência, a medida que se logra por intermédio de um tipo determinado de substância dévica proporcionada pelos Agnishvattas para o corpo do Ego, entraremos agora no estudo da encarnação cósmica, planetária e humana. Um indício a respeito da constituição dos Pitris e Manasadevas solares pode chegar ao estudante que reflita sobre o lugar que ocupa o ente egoico no corpo do Logos planetário e no centro particular do qual é parte componente. Os Manasadevas e os Dhyan Chohans que produzem a autoconsciência no homem, constituem em realidade a energia e a substância do Homem celestial cósmico.

A palavra "encarnação" em seu acepção radical significa expressar a verdade fundamental que implica tomar um corpo físico denso, e tecnicamente deveria ser aplicada somente a esse período de manifestação que concerne aos três subplanos inferiores do

a. plano físico cósmico, em relação com um Logos solar e um Logos planetário;
b. plano físico do sistema, em relação com o homem.

Foi conservado seu significado com respeito às entidades cósmicas, porém quando se considera o homem, o termo se aplica à unificação do duplo etérico com o corpo físico denso, ou à apropriação, por parte do homem, do veículo composto da substância do subplano superior do plano físico cósmico em seus aspectos mais inferiores. Esta diferença tem certo significado e deve ser recordada. Dita apropriação está regida pelas mesmas leis que governaram a apropriação, por parte do Logos, de Seu veículo físico. A fim de ter uma ideia do que é este procedimento, seria de valor considerar os distintos tipos de pralaya e meditar sobre os períodos que transcorrem entre as diferentes encarnações. Desde o ponto de vista de qualquer ente implicado, um pralaya é um período de passividade, de cessação de toda atividade, que envolve objetividade, porém desde o ponto de vista do grande todo, com o qual o ente pode estar implicado, um pralaya poderia ser considerado simplesmente como uma transferência de força de uma parte a outra. Embora o ente possa estar temporariamente desvitalizado no que se refere a sua forma, sem embargo, a Entidade maior persiste e segue ativa.
Consideraremos o tema primeiramente desde o ponto de vista humano e estudaremos o pralaya no que afeta à Mônada em encarnação. (40) Temos cinco tipos de pralaya dos quais podemos muito nos ocupar. Primeiro devemos observar o fato de que esta condição refere-se principalmente às relações entre Espírito e matéria, donde se produz uma condição na substância pela ação do fator energizante, o Espírito. Portanto, tem a ver com a relação existente entre os devas maiores e os devas menores que representam a substância vivente quando realizam a construção da forma regidos pela Lei proveniente da Vontade de Deus. Será evidente para o estudante, que se refere à relação do Espírito Santo com a Mãe. Se as ideias formuladas neste tratado têm sido cuidadosamente seguidas, é óbvio que ao estudar a questão do pralaya estamos estudando a relação que existe (em tempo e espaço) entre a energia positiva do Logos solar, do Logos planetário e do Homem com a substância, única substância pela qual lhe é possível manifestar-se. Devido a esta relação produz-se a existência nos planos objetivos."

(40) "Fundamentalmente existem três classes de Pralaya. D. S. II, 78-79-80.
1. Pralaya solar. Ocorre ao finalizar cem anos de Brahma. Marca a reabsorção dentro da unidade; o fim da manifestação do sistema solar. Concerne ao Logos solar.
2. Pralaya incidental. É posterior aos dias de Brahma. Marca períodos entre manvantaras. A forma temporal cessa porém a dualidade permanece. Concerne a um Logos planetário.
3. Pralaya individual. Logrado por um homem na quinta iniciação. Marca o logro da perfeição. Concerne à Mônada.
Existe também o pralaya vinculado com a evolução humana que chamamos devashânica. Concerne à personalidade."

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Estudo 414

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A encarnação - (a). Cósmica, planetária e humana - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "c. A Encarnação. a. Cósmica, planetária e humana. Tendo considerado a autoconsciência, a medida que se logra....", na página 588, até "Devido a esta relação produz-se a existência nos planos objetivos.", na página 589.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul irá agora entrar no estudo da encarnação, nos níveis cósmico, planetário e humano, após ter explanado profunda e amplamente o processo da autoconsciência, a qual é proporcionada pelos Agnishvattas (Anjos solares), que se doam com Sua substância na construção do Loto egoico, o corpo de expressão do Ego (veículo da Mônada). Pela reflexão sobre o lugar ocupado e a função exercida pelo Ego no corpo e no centro particular do Logos planetário do qual é parte componente, é possível obter indícios sobre a constituição dos Anjos solares.

Quando o Mestre diz que os Manasadevas e os Dhyan Chohans que produzem a autoconsciência no homem (portanto os Anjos solares), constituem em realidade a energia e a substância do Homem celestial cósmico (o Logos solar), Ele está se referindo à totalidade dos Anjos solares nesse trabalho de autoconsciência nos seres humanos, em todos os esquemas planetários do sistema solar, na parte densa do corpo físico cósmico do Logos solar, a qual é composta pelas matérias mental (gasosa cósmica), astral (líquida cósmica) e física (sólida cósmica). Recordamos que o Logos solar toma plena posse de Seu corpo denso, quando as Mônadas humanas se individualizam.

O Mestre destaca que a palavra "encarnação" só deveria ser aplicada à posse de um corpo físico denso, que é o período de manifestação nos três subplanos inferiores do:

a. plano físico cósmico (mental, astral e físico), para o Logos solar e os Logos planetários;
b. físico do sistema, para o homem.

Todavia com referência às entidades cósmicas a palavra "encarnação" significa a manifestação através de um corpo físico cósmico, constituído pelas matérias adi, monádica, átmica, búdica, mental, astral e física.

Cabe destacar que, com referência ao homem, o vocábulo "encarnação" aplica-se à unificação do corpo etérico com o corpo denso. Analisemos as palavras do Mestre neste trecho: "veículo composto de substância do subplano superior do plano físico cósmico em seus aspectos mais inferiores."; o subplano superior do plano físico cósmico é o plano adi, o plano arquetípico para todos os planos inferiores, sendo o plano físico do sistema constituído pelos quatro éteres e pelos três estados da matéria: gasoso, líquido e sólido, a manifestação mais inferior (a mais densa) do plano adi. Recordamos que os átomos de todos os planos do sistema são formados a partir de átomos adi. Assim ficam esclarecidas as palavras do Mestre.
Esta diferença entre a encarnação de uma entidade cósmica e a do homem tem certo significado e deve ser lembrada. A apropriação pelo homem de um veículo físico está regida pelas mesmas leis que regem a apropriação pelo Logos de Seu veículo físico.

O Mestre diz que para termos uma ideia deste procedimento, será muito útil considerar os distintos tipos de pralaya e meditar sobre os períodos entre as diferentes encarnações.
Para qualquer ente um pralaya é um período de cessação de toda atividade objetiva em relação a um tipo de matéria ou plano. Para o grande todo, o Ente maior, com o qual o ente menor possa estar implicado, um pralaya do ente menor é apenas uma transferência de força de uma parte a outra.

Embora o ente menor possa estar temporariamente desvitalizado no que se refere a sua forma, contudo a Entidade maior persiste e segue ativa. Exemplifiquemos. Quando um homem morre, cessa a sua encarnação, ou seja, sua manifestação objetiva no mundo físico, passando esse homem à manifestação objetiva somente no mundo astral, embora ele conserve seu corpo mental inferior (sem considerar o corpo causal). Para o Logos planetário implicado houve somente uma transferência de um núcleo de força da parte sólida para a parte líquida de Seu corpo denso.

Inicialmente será estudado o tema pralaya do ponto de vista humano e no que afeta à Mônada em encarnação. Existem cinco tipos de pralaya que podem muito bem ser estudados.

Primeiramente deve ser observado o fato de que o pralaya está ligado principalmente com as relações entre Espírito (Mônada) e matéria, resultando dessa relação uma condição na substância (matéria) pela ação do fator energizante, a Mônada. Em conseqüência tem a ver com a relação entre os devas maiores e os devas menores que são a substância viva, quando realizam a construção da forma regidos pela Lei proveniente da Vontade de Deus, nosso Logos solar no nosso caso.

Isto, em outras palavras, é a relação do Espírito Santo (os devas) com a Mãe (a matéria não fecundada), produzindo o Filho (a forma) e então a relação do Filho (a forma ocupada pela Mônada) com a Mãe (a matéria fecundada pelos devas).

Assim fica evidente que ao estudarmos o assunto pralaya, estamos estudando a relação existente (em tempo ao longo dos ciclos de encarnação e em espaço nos diversos esquemas planetários) entre a energia positiva do Logos solar, do Logos planetário e do homem, com a substância dévica, única substância pela qual lhes é possível manifestar-se. Por esta relação é produzida a existência nos mundos objetivos.

Temos portanto em manifestação objetiva nos níveis cósmico, planetário e humano, matéria ou substância energizada pelos devas energizada por Mônadas logoicas e humanas. É uma dupla energização, devendo prevalecer a energização monádica.

Isto deve ficar bem claro no estudo dos pralayas e da encarnação.

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Estudo 415

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A natureza do pralaya e 1. O período de pralaya entre duas encarnações - Páginas 589, 590, 591 e 592.

"b. A natureza do pralaya. Podemos considerar o pralaya como o trabalho de "abstração" e o método que põe a forma sob o aspecto Destruidor do Espírito, atuando sempre sob a Lei de Atração, da qual a Lei de Síntese é subsidiária. A lei básica do sistema rege a relação de todos os átomos com o conglomerado de átomos, e do eu com o não-eu. Desde o ponto de vista ocultista é a mais poderosa demonstração de força no sistema e se, de forma inconcebível, a lei cessasse de atuar, instantaneamente o sistema e todas suas formas planetárias, humanas e não humanas deixariam de ser. Por um ato de vontade o sistema É; por um ato de vontade egoica o homem aparece. Quando a Vontade do Logos, do Homem celestial e do Ego divino humano se dedicam a outros fins, a substância de Seus veículos é afetada e sobrevém a desintegração. Os cinco tipos de pralaya que concernem ao ser humano são os seguintes:

1.O período de pralaya entre duas encarnações. É de natureza tríplice e afeta a substância dos três veículos: físico, astral e mental, reduzindo a forma a sua substância primitiva e dissipando sua estrutura atômica. A energia do segundo aspecto (o construtor da forma) retira-se por vontade do Ego, e os átomos que compõem a forma dissociam-se entre si, retornando à fonte de reserva donde voltarão a ser retirados quando chegue o momento. Isto é produzido gradualmente por meio das etapas que já conhecemos:

A primeira etapa consiste em retirar a força vital do veículo etérico do tríplice corpo físico (denso, líquido e gasoso) e a conseguinte "corrupção", sendo "dispersado nos elementos". O homem objetivo desaparece e o olho físico já não o vê embora se ache em seu corpo etérico. Quando a visão etérica estiver desenvolvida, a ideia da morte assumirá proporções muito diferentes. Quando a maioria da raça puder ver um homem atuar em seu corpo físico etérico, o abandono do corpo denso será considerado como uma "liberação".

A seguinte etapa consiste em retirar a força vital do corpo etérico e em desvitalizá-lo. O etérico só é uma extensão de um aspecto do sutratma ou fio, e este fio é tecido pelo Ego dentro do corpo causal em forma similar a como uma aranha tece sua teia. Pode ser encurtado ou esticado a vontade, e quando já foi decidida a duração do período de pralaya, este fio de luz ou de fogo solar (observem a palavra solar) se retira e volta ao subplano atômico onde seguirá vitalizando o átomo permanente, mantendo-se conectado dentro do corpo causal. Então os impulsos de vida, no que se refere ao plano físico, centralizam-se dentro da esfera atômica.

A terceira etapa consiste em retirar a força vital da forma astral para que se desintegre em forma similar e a vida se centralize dentro do átomo astral permanente. Adquiriu uma acrescentada vitalidade por meio da existência no plano físico, e lhe deu cor por meio da experiência astral.

A etapa final para o átomo humano consiste em ser retirado do veículo mental. As forças vitais, depois desta abstração quádrupla, centralizam-se totalmente dentro da esfera egoica; o contato com os três planos inferiores segue sendo possível por meio dos átomos permanentes, centros de força dos três aspectos da personalidade.

Em cada encarnação as forças vitais adquirem, por meio do emprego dos veículos,

a. uma atividade acrescentada, armazenada no átomo físico permanente,
b. uma coloração, armazenada no átomo astral permanente,
c. uma qualidade de força ou propósito ativo, armazenada na unidade mental,

atuando como faculdade no Devachan.

O Devachan (41, 42) é um estado de consciência que reflete a vida da Personalidade, esse estado elevado que chamamos consciência nirvânica, logrado pela ação egoica, refletido tenuemente nos entes separados (e, por conseguinte, matizados pelo prazer egoísta e separatista) que se encontram grupalmente em dito estado. Nesse estado elevado de consciência cada ente separado, por meio da autorrealização, participa da realização grupal, residindo ali sua felicidade, não sentindo já a separação senão unicamente união e unidade essenciais. Portanto, como pode naturalmente deduzir-se, não existe devachan para o selvagem ou o homem pouco evoluído, pois não lhes corresponde nem têm mentalidade para compreendê-lo; a isto se deve a rapidez com voltam a encarnar e a brevidade do período do pralaya. Em tais casos o Ego, em seu próprio plano, tem muito pouco que assimilar no resto das encarnações, daí que o princípio vida se retira rapidamente da forma mental, impelindo o Ego a reencarnar quase imediatamente.

Quando a vida da personalidade tem sido plena e rica, porém não tem alcançado a etapa em que o eu pessoal pode colaborar conscientemente com o Ego, a personalidade atravessa períodos nirvânicos cuja duração depende do interesse na vida e da capacidade do homem para refletir sobre suas experiências. Mais tarde, quando o Ego domina a vida da personalidade, o homem se interessa por coisas mais elevadas, e o nirvana da alma converte-se em sua meta. Já não lhe interessa o devachan. Todavia, aqueles que estão no Caminho (seja de provação ou de Iniciação) por regra geral não vão ao devachan, senão que encarnam imediatamente ao girar a roda da vida, o que agora sucede pela colaboração consciente entre o eu pessoal e o Eu divino ou Ego."

(41) "Deva-Chan." (3) Quem vai ao Deva-Chan ? Logicamente o Ego pessoal, porém beatificado, purificado e santificado. Cada Ego - a combinação dos sexto e sétimo princípios que depois do período de gestação voltou inconscientemente a nascer no Deva-Chan, é necessariamente tão inocente e puro como uma criatura recém nascida. Por ter voltado a nascer demonstra-se simplesmente a preponderância do bem sobre o mal em sua antiga personalidade. Enquanto o Karma (do mal) afasta-se momentaneamente a fim de segui-lo em sua futura reencarnação terrena; não leva consigo mais que o Karma de suas boas ações, palavras e pensamentos ao Deva-Chan. "Mal" é um termo relativo para nós - como tem sido dito mais de uma vez - ; a Lei de Retribuição é a única que nunca falha. Por isso, todos os que não tem caído na lama do pecado e da bestialidade irredimíveis vão ao Deva-Chan. Mais adiante, terão que pagar pelos pecados cometidos voluntária ou involuntariamente. Durante tanto são recompensados, recebem os efeitos das causas produzidas por eles.

"Logicamente, é um estado por assim dizer, de intenso egoísmo durante o qual um Ego colhe a recompensa de seu altruísmo na terra. Acha-se totalmente absorvido na felicidade produzida por todos seus afetos pessoais terrenos, preferências e pensamentos, recolhendo o fruto de suas ações meritórias. Nenhuma dor, aflição, nem sequer uma sombra de pena obscurece o luminoso horizonte de sua felicidade absoluta, é um estado de "Maya" perpétuo... Considerando que a percepção consciente da personalidade de um indivíduo sobre a terra só é um sonho que se desvanece, essa sensação será também um sonho no Deva-Chan - só que cem vezes intensificado."
......................................
" "Bardo" é o período entre a morte e o renascimento - e pode durar desde alguns anos até um kalpa. Está dividido em três subperíodos; (1) quando o Ego liberado de seu mortal envoltório penetra no Kama-Loka (a residência dos Elementais); (2) quando entra em "Estado de Gestação" (3) quando volta a nascer no Rupa-Loka do Deva-Chan. O primeiro subperíodo pode durar desde alguns minutos até certo número de anos - se são empregadas as palavras "poucos anos" sem uma explicação anterior confundem e resultam inúteis; o segundo subperíodo é "muito largo", talvez mais largo do que podem imaginar, sem embargo está de acordo com o vigor espiritual do Ego; o terceiro subperíodo dura em proporção ao bom karma, depois do qual a mônada volta a reencarnar."
......................................
".....Cada efeito deve estar em proporção com a causa. Assim como a extensão do período da existência encarnada do homem proporcionalmente é pequena, comparado com os períodos de existência entre nascimentos no ciclo manvantárico, assim os bons pensamentos, palavras e ações de qualquer destas "vidas" num globo, causam efeitos cujo desenvolvimento requer mais tempo que a evolução das causas."

De The Mahatma Letters to A. P. Sinnett, pags. 100-108.

(42) Devachan. Um estado intermédio entre duas vidas terrenas no qual entra o Ego depois de ter se separado de seus aspectos ou envoltórios inferiores.

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Estudo 416A

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A natureza do pralaya - 1. O período de pralaya entre duas encarnações - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo " É de natureza tríplice e afeta a substância dos três veículos: físico, astral e mental, reduzindo a forma....", na página 590, até "....atuando como faculdade no Devachan.", na página 591.

Considerações.

Neste trecho Mestre Djwal Khul explica as experiências do homem nos períodos entre as três "mortes", ou seja, os três pralayas, referentes aos três mundos inferiores: físico, astral e mental inferior. Essas mortes ocorrem pela retirada, por vontade do Ego, da energia construtora de formas do segundo aspecto: Amor-Sabedoria-Razão Pura, levando os átomos que constituem os veículos a se separarem, retornando ao depósito de reserva, para posterior utilização no momento oportuno.

Na primeira morte, a física, primeiramente o corpo etérico é retirado do corpo denso (partes sólida, líquida e gasosa) e por falta do agente vitalizador (o corpo etérico), as partículas do corpo denso perdem a capacidade de atuarem em conjunto, como uma unidade e iniciam uma atividade individual e independente. Conservam apenas os fogos intrínsecos à matéria (o fogo por fricção inerente aos átomos), mas sem os fogos vitalizadores oriundos da Mônada via Ego e assim começa o processo de corrupção ou putrefação do cadáver. É a dispersão nos elementos.

Todavia o homem apenas desaparece aos olhos físicos, saindo da objetividade do mundo físico denso, pois continua vivo e objetivo em relação ao mundo etérico, separado do mundo físico denso. Quando a visão etérica estiver ao alcance de todos, a morte perderá a imagem que tem atualmente, passando a ser uma simples transferência de um veículo para outro, mais sutil e mais dinâmico e de maior liberdade.

Na fase seguinte a força de vida é extraída do corpo etérico por vontade do Ego, ficando as partículas desse corpo apenas com os fogos inerentes à matéria etérica, sem a força de coesão do Ego.

O corpo etérico, com toda a sua trama, é uma extensão do sutratma em seu aspecto coesão, ou seja, do fogo solar, que mantém unidas as partículas etéricas, formando os fios da trama, melhor dizendo, os fios condutores da trama, como um fio de cobre conduz a corrente elétrica em nossas casas. É por isto que o Mestre chama o sutratma de fio de luz ou de fogo solar e pede que observemos a palavra solar.

O sutratma pode ser encurtado e alongado a vontade e a prova disso está no fato de o homem poder se ausentar do corpo físico (denso e etérico) em seu corpo astral durante o sono, retornando ao corpo físico quando termina a viagem astral, ficando o sutratma sempre ligado ao corpo físico, pois, se houver o rompimento do sutratma, ocorrerá a morte física.

A retirada do corpo etérico consiste em recolher essa extensão do sutratma até que ela fique totalmente contida no átomo físico permanente, o qual fica sob o centro do Loto egoico, logo abaixo da Joia no loto, dentro da periferia do corpo causal, juntamente com o átomo astral permanente e a unidade mental. Toda a energia de vida emanada pela Mônada via Ego, no que se aplica ao mundo físico, fica centralizada no átomo físico permanente.

A terceira fase é o recolhimento da energia de vida da Mônada do corpo astral, energia que flui também pelo sutratma, passando pelo átomo astral permanente e, após o recolhimento, essa energia fica centralizada no átomo astral permanente, o qual continua sendo o ponto de contato com o mundo astral.

Pela falta do agente de coesão emanado pela Mônada via sutratma os átomos e moléculas do corpo astral se dispersam, retornando ao depósito central para posterior utilização.

Após essa morte astral o átomo astral permanente fica enriquecido com maior vitalidade, devido às experiências no mundo físico e com maior capacidade vibratória (maior capacidade de gerar cores), devido às experiências no mundo astral. Lembramos que o átomo astral permanente está em permanente comunicação com o átomo físico permanente.

A última etapa é o recolhimento da energia de vida monádica do corpo mental inferior, energia essa que também flui pelo sutratma, passando pela unidade mental. Com esse recolhimento acontece o mesmo que ocorreu com os corpos denso, etérico e astral: a desintegração do corpo mental inferior, com o retorno das moléculas mentais para o depósito central. A energia de vida monádica fica centralizada na unidade mental, a qual é o ponto de contato com o mundo mental inferior.

Resumindo os resultados adquiridos pelas experiências nos mundos físico, astral e mental inferior, após as três mortes, temos o seguinte:

a. O átomo físico permanente aumentou sua capacidade de atividade, ficando em condições de produzir um corpo físico com propriedades e características mais elevadas e refinadas, na próxima encarnação, para a expressão física de novas qualidades.

b. O átomo astral permanente aumentou sua capacidade de vibrar, podendo gerar frequências mais elevadas e com maior amplitude, o que permitirá que o corpo astral na próxima encarnação seja construído com moléculas astrais mais sutis, de subplanos mais elevados, o que ensejará a expressão de emoções mais nobres e elevadas. Em termos de cores, podemos dizer que o corpo astral ficará mais colorido.

c. A unidade mental aumentou seu poder, pela maior dinamização da espira que expressa o quinto princípio, manas, o que fará com que na próxima encarnação o novo corpo mental inferior seja construído com moléculas mentais mais refinadas, tendendo a moléculas do quarto subplano mental, o mais elevado do mental inferior. Isto significa que um propósito ativo de maior qualidade pode ser executado na encarnação seguinte.

Todas essas expansões nos três componentes da Tríade inferior são analisadas pelo Ego (quando o Ego já está bem desperto no mundo causal ou mental superior) e transformadas em faculdade, no chamado Devachan, o mundo causal, sede dos Egos ou Almas.

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Estudo 417

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A natureza do pralaya - 1. O período de pralaya entre duas encarnações - Considerações sobre o conteúdo do parágrafo "O Devachan 41, 42 é um estado de consciência que reflete a vida.....", na página 591, até "....pela colaboração consciente entre o eu pessoal e o Eu divino ou Ego.", na página 592.

Considerações.

Neste trecho o Mestre Djwal Khul dá valiosos ensinamentos a respeito do chamado Devachan, que ocorre no mundo causal ou mental superior. Como sabemos o Ego ou Alma é a manifestação da Mônada através da Joia no loto, dentro do Loto egoico. O Loto egoico é feito de matéria mental superior ou causal, inicialmente do terceiro subplano, sendo substituída por matéria mental dos segundo e primeiro subplanos, a medida que prossegue o processo evolutivo da Mônada. Essa matéria mental do Loto egoico é vitalizada pelo Anjo solar, sendo seu veículo e é o Anjo solar que possibilita ao Ego ter autoconsciência nos mundos mental, astral e físico.

Analisemos profundamente as palavras do Mestre à luz dos ensinamentos que Ele passa ao longo do Seu valioso livro, sobre o Ego e o mundo mental.

Inicialmente vejamos Suas palavras: "O Devachan é um estado de consciência que reflete a vida da Personalidade". Refletir a vida da Personalidade significa que nessa etapa em que os três corpos inferiores: físico, astral e mental inferior, foram desintegrados e a consciência do Ego está centralizada no corpo causal e no Loto egoico, o Ego recapitula a experiência vivenciada na última encarnação. Sabemos que o corpo causal possui sentidos de percepção (jnanaindriyas) e mecanismos de ação (karmaindriyas), pelos quais o Ego interage com o meio exterior do mundo causal. Ora os Lotos egoicos e os Egos têm graus diferentes de desenvolvimento, assim como o homem ao encarnar tem várias etapas de crescimento:bebê, criança, adolescente, adulto, maturidade etc. Assim existem Egos nos quais os sentidos do corpo causal ainda não estão plenamente desenvolvidos e ativos. Os Egos primitivos (dos selvagens), que estão fortemente identificados com o corpo físico, não alcançam o Devachan, porque não têm ainda capacidade de relacionamento com o mundo causal, por causa da precariedade dos jnanaindriyas (os sentidos de percepção), que propiciam informações para a mente, estando pois sonolenta sua consciência nesse mundo.

Os Egos com o corpo causal mais desenvolvido, mas ainda fortemente identificados com a personalidade, quando chegam a essa etapa de consciência causal, apenas revivem mentalmente a última vida da personalidade. Na realidade vivem um sonho nesse mundo causal, considerando que a matéria mental superior ou causal é sem forma (arupa), no sentido em que vemos as formas nos mundos físico, astral e mental inferior.

Já quando o Ego encarnado percebe a dualidade, ou seja, que Ele, Ego, não é a personalidade, então Ele começa realmente a viver no mundo causal nessa etapa após a morte física e vai gradualmente passando de simples recapitulação da última vida da personalidade para a análise dessa vida, fazendo planos para a próxima encarnação e começa a se interessar pelo mundo causal e a observá-lo, procurando entendê-lo. Aí os sentidos de percepção (jnanaindriyas) e os mecanismos de ação (karmaindriyas) vão se desenvolvendo e o Ego cresce e expande sua consciência.

Quando o Ego já domina sua personalidade, o que significa que já está no caminho iniciático, Ele efetivamente vive o elevado estado que o Mestre denomina "consciência nirvânica", realmente conquistado pela ação egoica, como diz o Mestre. É aí que o Ego consegue produzir reflexos de seu estado de felicidade nos outros Egos de seu grupo. A intensidade desse reflexo depende do grau de evolução dos Egos que recebem o reflexo. Quanto mais sintonizado estiver o Ego que recebe o reflexo com o Ego refletor, maior será a intensidade do reflexo. É óbvio que o Ego que recebe o reflexo sente um prazer egoísta e separatista, se for um Ego que ainda não percebeu e identificou a unidade que deve reinar nos grupos egoicos e entre os grupos egoicos. O Ego de um iniciado, que já está bastante avançado na conquista da autorrealização, sente felicidade em contribuir com a sua autorrealização para a realização do grupo, sendo esta a razão da sua felicidade.

Quando o Ego avançado (iniciado) já conhece plenamente o mundo causal e os três inferiores (mental inferior, astral e físico) e domina totalmente a personalidade, Ele passa a se interessar pelo mundo búdico e dedica fortemente seus esforços para conhecer plenamente esse mundo mais elevado. Por isso Ele perde totalmente o interesse na etapa do Devachan e procura encarnar rapidamente, pois está decidido a se livrar da roda de encarnações, ou seja, a conquistar a quarta iniciação planetária, a segunda solar.

A questão de encarnar com a colaboração consciente entre o eu pessoal e o Eu divino ou Ego é o resultado do domínio total do Ego sobre sua Tríade inferior, da qual é gerada a personalidade.

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Estudo 418

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A natureza do pralaya - 2. O período entre ciclos egoicos - Páginas 592 e 593.

"2. O período entre ciclos egoicos. Aqui se oculta o mistério das 777 encarnações que concerne ao vínculo que existe entre a unidade e seu grupo no plano egoico, antes de se desenvolver a quinta pétala. Corresponde ao período do homem compreendido entre a etapa do selvagem e a do discípulo, quando é um homem comum, mas que todavia se encontra nas duas Aulas. Aqui reside o mistério de todas as raças-raiz; os ciclos egoicos coincidem com a construção das formas e civilizações raciais. Um homem encarnará repetidas vezes nas diferentes sub-raças de uma raça-raiz até ter atravessado determinado ciclo, logo tem de passar por um período pralayaco, até que em uma raça-raiz posterior (e às vezes muito posterior) responderá a seu chamado vibratório, que lhe fará sentir novamente o impulso egoico por encarnar. Como exemplo disso devemos recordar que a atual humanidade mais avançada não encarnou até a quarta raça-raiz. Estes ciclos constituem um dos mistérios da iniciação, embora um dos primitivos que se revelam na segunda iniciação, e permitem ao iniciado compreender sua posição, perceber algo da natureza dos impulsos karmicos e ler seu próprio arquivo à luz astral.

Estes devem ser considerados como os dois períodos pralayacos menores e concernem principalmente à vida nos três mundos."

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Estudo 419

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A natureza do pralaya - Considerações sobre o parágrafo "2. O período entre ciclos egoicos.", na página 592, até "....e concernem principalmente à vida nos três mundos.", na página 593.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul neste trecho dá explicações sobre os ciclos egoicos pelos quais passa o Ego ou Alma nos três mundos inferiores: físico, astral e mental. São períodos de pralaya de menor duração, quando comparados com os pralayas de maior duração, mesmo considerando as 777 encarnações (777 é uma média). Estes ciclos estão ligados ao vínculo existente entre o Ego e seu grupo egoico no mundo causal, antes de desenvolver-se a quinta pétala do Logo egoico, a pétala de Amor/Amor, que é a segunda pétala do segundo círculo de pétalas, o círculo de Amor, o qual é composto das seguintes pétalas: Amor/Conhecimento, Amor/Amor e Amor/Vontade ou Sacrifício.

Em termos de evolução este período abrange a etapa do selvagem, o homem recém individualizado e a do discípulo, quando é um homem comum, porém encontrando-se simultaneamente nas duas Aulas: da Ignorância e do Aprendizado, quando o círculo de Amor do Loto egoico já começou a se abrir.

Estes ciclos egoicos se expressam através das raças-raiz e sub-raças. Em cada raça-raiz e nas sub-raças específicas qualidades são desenvolvidas pelo Ego, com a concomitante abertura de pétalas do Loto egoico. As diversas civilizações têm muito a ver com esse processo. O Ego encarna várias vezes em diferentes sub-raças de uma raça-raiz durante determinado ciclo. Tudo é devidamente planejado. Quando concluiu um ciclo, ou seja, conseguiu desenvolver determinadas qualidades relacionadas com as pétalas do Loto egoico, o Ego passa por um período de pralaya, até que em uma raça posterior, e às vezes muito posterior, ele volta a encarnar. Quando o Ego avança muito rapidamente, ele se adianta em relação à humanidade, e aí então tem de esperar até que a humanidade apresente condições para ele encarnar e desenvolver novas qualidades, prosseguindo sua evolução nos mundos inferiores. Um Ego só pode encarnar quando a humanidade encarnada ofereça a ele condições para ele aprender e expressar suas qualidades conquistadas. Temos um exemplo disso nos Egos provenientes da cadeia lunar, que tiveram de aguardar até o advento da quarta raça-raiz, a atlante, depois da raça lemuriana, na qual esses Egos não poderiam encarnar, dada a rudeza dos corpos. Eles não iriam aprender nada, nem seriam úteis ao homem lemuriano. Como sempre, impera a Lei de Economia, ou seja, o máximo de aproveitamento das oportunidades.

Aos Egos que evoluem muito rapidamente, muito acima da taxa de evolução da humanidade, é dada a oportunidade de prosseguir na sua evolução acelerada através da ronda interna. Eles passam a encarnar nos globos sutis do esquema, nos globos cinco ou E, de matéria etérica, seis ou F, de matéria astral e sete ou G, de matéria mental. Nesses globos esses Egos avançados encontram as condições para prosseguir no desenvolvimento das qualidades que propiciarão a abertura das pétalas do Loto egoico. Assim é a Justiça divina, dando oportunidades àqueles que se esforçam para evoluir rapidamente, não ficando na dependência da lerdeza da humanidade. Em casos mais raros, de muito maior velocidade de evolução, o Ego encarna em esquemas mais adiantados.

Estes ciclos egoicos são um dos mistérios revelados na iniciação, embora um dos primeiros revelados na segunda iniciação, e por isso o iniciado que conquistou a segunda iniciação pode saber sua posição evolutiva, captar informações sobre seus impulsos kármicos e ler seu próprio arquivo à luz astral, ou seja, conhecer seu passado.

Este tema é muito interessante e propicia muita luz a respeito do processo evolutivo, o que permite em muito acelerar esse processo, tendo em vista os conhecimentos e informações adquiridos e aplicados.

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Estudo 420

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A natureza do pralaya - 3. Depois vem o período em que adquire a liberação. Página 593.

"3. Depois vem o período em que adquire a liberação. Nesta etapa, o homem, a alma liberada, logrou de acordo com a lei, "abstrair-se" da matéria dos três mundos. Empregou substância dévica, trabalhou com ela e estabeleceu todos os contatos vibratórios possíveis, adquirindo todos os "conhecimentos" e "revelações" que lhe correspondem; os devas já não podem mantê-lo prisioneiro. É livre até que, consciente e voluntariamente, possa regressar, em outra ronda, como membro de uma Hierarquia, a fim de continuar Seu trabalho de serviço para a humanidade pouco evoluída dessa época distante. Como isto se refere aos sete caminhos de oportunidade que se apresentam ao Mestre, não nos ocuparemos dele. (43) Este é o grande pralaya humano."

(43) "Os sete Caminhos por um dos quais todos devemos passar:
Primeiro Caminho O Caminho de Serviço na Terra.
Segundo Caminho O Caminho do Trabalho Magnético.
Terceiro Caminho O Caminho dos Logos Planetários.
Quarto Caminho O Caminho para Sirius.
Quinto Caminho O Caminho de Raio.
Sexto Caminho O Caminho dos Logos Solares.
Sétimo Caminho O Caminho da Filiação Absoluta."

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Estudo 421

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A natureza do pralaya - Considerações sobre o parágrafo "3. Depois vem o período em que adquire a liberação.", na página 593.

Considerações.

Neste parágrafo o Mestre Djwal Khul dá informações muito preciosas e valiosas, as quais podem ser muito expandidas e inspirar novas informações e concepções sobre o nosso processo evolutivo, se refletirmos e meditarmos profunda e demoradamente sobre elas. É exatamente isto que o Mestre quer que façamos, o que nos levará ao despertar da mente abstrata e em seguida de budi.

Este período começa quando o homem conquista a quinta Iniciação planetária, a terceira solar, a meta da nossa quarta cadeia, ficando assim liberado efetivamente dos cinco mundos do esforço humano: os mundos físico, astral, mental (liberação conquistada na quarta Iniciação planetária), búdico e átmico.

Analisemos as palavras do Mestre.

"Abstrair-se" da matéria dos três mundos." - Significa que experimentou todas as vibrações dos mundos físico, astral e mental; com outras palavras, experimentou todas as sensações físicas (boas e más), o suficiente para conhecê-las, entendê-las e dominá-las e por meio delas conhecer o mundo físico e suas leis; experimentou as emoções e sentimentos (bons e maus), o suficiente para entendê-los, conhecê-los e dominá-los, para conhecer o mundo astral e suas leis; experimentou o mundo da mente, o mental, em suas duas partes, o concreto e o abstrato, pensamentos concretos e pensamentos abstratos, usou e aperfeiçoou os sentidos de percepção (jnanaindriyas) e os mecanismos de ação (karmaindriyas) do corpo mental, vivenciou o que podemos chamar as "sensações" do corpo mental, em ambos os lados, bom e mau, conseguiu dominar o corpo mental e conhecer o mundo mental e suas leis. Por ter conhecido e entendido esses três mundos inferiores, através da própria experiência e ter percebido mundos superiores de muito mais intensidade de vida, desliga-se (abstrai-se) desses mundos inferiores e dedica-se a viver nos mundos superiores: búdico e átmico.

Experimenta tudo o que é possível nesses dois mundos superiores, adquirindo mais conhecimentos, expandindo muito mais sua consciência e seu poder, sente a intensa vida desses mundos , para no final desse ciclo (na quinta Iniciação) abandonar esses mundos, para viver no mundo monádico, onde irá aprender muito mais.

Todas essas vitórias da Mônada humana são domínios sobre os devas que constituem a substância dos veículos dela e dos mundos nos quais Ela evolui. Por isso o Mestre diz que os devas já não podem mantê-lo (o homem ou Mônada humana) prisioneiro.

O aprendizado que a Mônada humana liberada dos cinco mundos inferiores tem pela frente está descrito nos sete caminhos que Ela tem de escolher na sexta Iniciação (da Decisão), os quais são:

1. O Caminho de Serviço na Terra.
2. O Caminho do Trabalho Magnético.
3. O Caminho dos Logos Planetários.
4. O Caminho para Sirius.
5. O Caminho de Raio.
6. O Caminho dos Logos Solares.
7. O Caminho da Filiação Absoluta.

Posteriormente, em outra ronda, poderá voltar, consciente e voluntariamente, como membro de uma Hierarquia, para continuar seu serviço para a humanidade pouco evoluída dessas época distante.

Se considerarmos a atual humanidade ainda muito distante da meta e aquelas Mônadas humanas cujas Tríades inferiores ainda estão no reino animal (os animais domésticos), como também aquelas Tríades inferiores que ainda aguardam o ingresso no reino animal, podemos ter uma ideia da humanidade com a qual esses Iniciados liberados terão de lidar, quando continuarem o Seu serviço. Este período entre a sexta Iniciação e o regresso para este serviço é o grande pralaya humano. Na realidade é pralaya sob nosso ponto de vista, mas sob o ponto de vista desses Iniciados é um período de intensa atividade, pois inclui aprendizado e treinamento num tipo de matéria inconcebível para o homem comum, as matérias cósmicas astral, mental e búdica.

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Estudo 422

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A natureza do pralaya - 4. Pralaya planetário. Páginas 593 e 594.

"4.Pralaya planetário.

O homem, depois destes acontecimentos cíclicos, forma parte consciente de seu grupo e é um ponto vibrante num centro do corpo de um Homem celestial, percebendo conscientemente o lugar que lhe corresponde no grande todo. Isto significa que há de saber de que centro é um ponto de energia, deve conhecer que tipo de força há de transmitir e manipular desde níveis cósmicos e há de estar em relação consciente com os outros seis centros da Vida planetária à qual está associado.

Este período de atividade consciente em substância etérica (da qual está formado o corpo planetário) persiste de acordo com o karma do Senhor planetário, pois o ente está agora conscientemente associado ao karma planetário e ajuda a cumprir a vontade e propósito do Senhor de seu Raio. Nos planos superiores do sistema esta etapa persiste durante a vida de um esquema, à qual segue um período de pralaya que começa antes de finalizar a sétima ronda de qualquer esquema, ou da quinta ronda se a Lei de Persistência de um esquema atua em ciclos quíntuplos. Aqui estou falando em termos amplos e gerais; o karma dos entes difere, e um homem - de acordo com o caminho que elege depois da quinta iniciação - permanece em, e trabalha dentro de seu próprio esquema, porém podem ocorrer alterações ocasionadas pelos seguintes fatores:

a. O karma planetário.
b. A vontade do Senhor de seu Raio.
c. As ordens que emanam do Logos solar e lhe são dadas depois da liberação, via o Logos planetário e por intermédio do Chohan de seu Raio.

Então é "abstraído", de acordo com uma misteriosa lei planetária que só se aplica em níveis etéricos cósmicos, e transferido a seu destino. Se interpretamos o que antecede em termos de energia e de radioatividade, evitando os perigos de fazê-lo em forma material, o significado se esclarecerá."

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Estudo 423

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A natureza do pralaya - 4. Pralaya planetário - Considerações - Páginas 593 e 594.

Considerações sobre o Pralaya planetário.

Quando a Mônada humana recebe a quarta Iniciação, da Renúncia, libera-se dos três mundos inferiores (físico, astral e mental) e passa a se relacionar com o meio exterior através da Tríade superior, composta pelos átomos permanentes mental, búdico e átmico. Sua vida e atividade se desenvolvem nas matérias búdica, átmica, monádica e adi, a medida que conquista as iniciações superiores: quinta, sexta, sétima, oitava e nona.

Nessa etapa já tem plena consciência do grupo a que pertence, sendo um membro ativo e atuante num centro (chacra) do corpo de um Homem celestial, sabendo claramente o lugar que deve ocupar no grande Todo (o Logos planetário) e os detalhes e a natureza do centro logoico no qual agora é um trabalhador ativo e plenamente consciente. Deve conhecer a natureza da força cósmica com a qual irá operar e saber se relacionar consciente e eficientemente com os outros seis centros do Logos planetário ao Qual está ligada, pois sabemos que os centros logoicos se comunicam, igualmente aos centros humanos.

A duração deste período de atividade consciente da Mônada humana na matéria etérica cósmica do corpo físico cósmico do Logos planetário depende do karma do Logos, uma vez que agora o Iniciado está conscientemente associado ao karma do Logos e O ajuda a cumprir Sua vontade e propósito.

Este trabalho nas matérias superiores do corpo físico logoico persiste por toda a vida de um esquema, sendo seguido por um pralaya, que começa antes do final da sétima ronda de qualquer esquema ou da quinta, se, de acordo com a Lei de Persistência, as cadeias são executadas em cinco rondas.

É assim de forma geral. Os karmas dos entes são diferentes e o homem, de acordo com o caminho que escolheu após a quinta Iniciação, permanece trabalhando dentro do esquema ao qual pertence, mas podem ocorrer mudanças, provocadas pelos seguintes fatores:

1. O karma do Logos planetário.
2. A vontade do Senhor de seu Raio.
3. As ordens ditadas pelo Logos solar, que lhe chegam ao conhecimento através de seu Logos planetário e do Chohan de seu Raio.

Quando tal acontece, o iniciado é retirado ("abstraído"), segundo uma misteriosa lei planetária que só se aplica nos níveis etéricos cósmicos, sendo transferido para o seu destino.

Tudo o que acima foi dito deve ser interpretado dentro dos conceitos de energia, evitando os perigos da interpretação materialista. O Iniciado é um operador, que manipula e transforma energias, adequando-as para fins específicos.

Quando o Iniciado escolhe um caminho, na sexta Iniciação, ele aprende e é treinado para manipular e controlar energias definidas com objetivos cósmicos. Quando ele é transferido, é deslocado como uma unidade de energia ativa consciente para uma região central onde imperam as energias nas quais ele se especializou. Citando um exemplo, temos o caso de um iniciado que se especializou na matéria mental cósmica em suas sete diferenciações. Quando ele é transferido, é deslocado para um centro dentro do corpo de um Senhor cósmico, em cujo centro predomina a matéria mental, em cuja diferenciação ele é especialista.

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Estudo 424

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A natureza do pralaya - 5. O grande pralaya - Páginas 594, 595 e 596.

"5. O grande pralaya. Este intervalo ocorre ao finalizar cada cem anos de Brahma, e destrói qualquer tipo de formas - sutis e densas - em todo o sistema. É um período análogo ao que nos ocupamos de elucidar, a retirada do homem de seu veículo etérico e de sua capacidade de atuar no plano astral, dissociado de sua forma física dual. Poderá observar-se que dentro do sistema o homem passa por um processo similar quando retira o corpo etérico do veículo físico denso, ao finalizar o mahamanvantara. Abarcará o período em que os quatro Raios menores se fundem e mesclam, a fim de achar a dualidade e seus polos opostos. Oportunamente os quatro se convertem em dois, sintetizando-se todos no terceiro Raio maior. Porém ainda não chegou o momento, pois faltam incontáveis eons. Ele constitui a primeira aparição do aspecto destruidor vinculado aos esquemas planetários e marca o princípio do período em que "o efervescente calor derreterá" os "Céus" e o Sol se transformará em sete sois. (44)

A analogia microcósmica pode observar-se no processo seguinte. O átomo físico permanente absorve toda a força vital do corpo físico, daí que aumenta seu calor e luz congênitos, até que na quarta iniciação as sete espiras estão completamente vitalizadas e vibrantes. O calor interno do átomo mais o calor externo do corpo egoico, onde o átomo está localizado, produzem aquilo que destrói o átomo permanente. Momentaneamente, e logo antes da destruição, transforma-se num minúsculo sétuplo sol devido à irradiação e à atividade das espiras. O mesmo acontece com o sol físico do sistema; em forma similar se transformará em sete sois quando tenha absorvido a essência vital dos planos totalmente evoluídos e dos esquemas planetários-- que neles existem. A conflagração que se segue é o trabalho final do aspecto Destruidor, o qual assinala o momento do desenvolvimento-- mais elevado da substância dévica no sistema, a consumação do trabalho de Agni e de seus anjos de fogo e a iniciação de Brahma. Então a substância atômica se individualizará (o que, como já sabemos, é a meta para o átomo), e depois do grande pralaya, o próximo sistema solar começará a manifestar-se com o tríplice Espírito, através da substância essencialmente caracterizada pelo amor ativo inteligente. Isto logicamente resulta incompreensível para nossas mentes de quarta ronda.

Temos considerado assim os diversos tipos de pralaya, no que afetam ao ente humano; cada ente encontra oportunamente seu caminho para um dos centros astrais cósmicos dessa determinada Entidade cósmica, o Senhor que corresponde a seu Raio; portanto, durante o grande pralaya, esses entes humanos, que tenham obtido a realização e não passaram a outros centros cósmicos distantes, encontrarão ali seu lugar.

Antes de ocupar-nos dos pralayas planetário e cósmico, poderíamos considerar as relações existentes entre os Agnishvattas (que causaram a individualização do homem animal neste planeta) e outros ciclos anteriores de evolução, e a razão pela qual só os temos tratado desde o ponto de vista de um mahamanvantara e de um kalpa. Não temos considerado especificamente o grupo de Agnishvattas, Kumaras e Rudras relacionados com a Terra, porque temos tratado o tema desde o ponto de vista planetário e não em relação com a família humana. O estudante que procura obter uma informação detalhada com respeito aos Agnishvattas da cadeia terrestre, não tem mais que estudar A Doutrina Secreta. Temos procurado levar o pensamento do estudante mais além de sua pequena esfera própria, até considerar o trabalho dos Manasadevas no sistema solar. Em cada esquema têm Seu lugar, porém em alguns - como no esquema de Júpiter - recentemente estão começando Seu trabalho e em outros - como os esquemas de Vulcano e Vênus - quase O têm terminado. Vênus passa por sua última ronda e quase desenvolveu à perfeição seu quarto reino, ou até onde lhe é possível lográ-lo no sistema. No esquema terrestre estão em pleno trabalho, só na próxima ronda demonstrarão a culminação de Sua atividade. Passam ciclicamente através dos esquemas de acordo com a Lei - Lei do Karma para o Logos planetário, pois ocupam-se essencialmente de Sua vida a medida que ativam Seus centros. Chegam a um esquema numa onda de energia manásica, proveniente do centro coronário do Logos, e ao passar através de seu centro cardíaco ocorrem três coisas:

1. Dividem-se em sete grupos.
2. Dirigem-se como correntes de energia a algum esquema particular.
3. Seu contato com um esquema produz a manifestação da quarta Hierarquia criadora e leva as Mônadas a adquirir forma nos três mundos.

As entidades que Se sacrificam pela Hierarquia humana (devemos observar aqui a veracidade do fato de que emanam do centro coronário logoico ou aspecto vontade), são os verdadeiros Salvadores que oferecem Suas vidas pelo bem da raça. Constituem para a totalidade dos esquemas o que a Hierarquia oculta de qualquer planeta em particular é para o homem do planeta implicado. Durante o pralaya retiram-se (como todos os demais) da manifestação e regressam a um centro cósmico do qual o centro coronário logoico não é mais que um tênue reflexo, retornando enriquecidos pela experiência recolhida.

O Antigo Comentário diz:

"O deva brilha com maior luz quando nele penetrou a virtude da Vontade. Colhe cor, como o segador recolhe o trigo e o armazena para nutrir a multidão. A mística Cabra reina sobre as hostes dévicas. Makara é e não é, sem embargo o vínculo persiste."

As rondas aparecem e desaparecem (exceto desde o ponto de vista de um planeta determinado), os Manasadevas estão sempre presentes, embora sua influência não se faça sentir sempre."

(44) D. S. IV, 264 - 265 - 266.

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Estudo 425

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - c. A Encarnação - (b) A natureza do pralaya - 5. O grande pralaya - Considerações sobre o parágrafo "5. O grande pralaya. Este intervalo ocorre ao finalizar cada cem anos de Brahma, e destrói qualquer tipo de formas - ......", até "Isto logicamente resulta incompreensível para nossas mentes de quarta ronda.", nas páginas 594 e 595.

Considerações.

O grande pralaya é iniciado quando ocorre a morte física cósmica do Logos solar. Uma encarnação física cósmica do Logos solar (os chamados cem anos de Brahma) tem uma duração média de 311 trilhões e 40 bilhões de anos terrestres. Este pralaya é análogo ao pralaya humano , quando o homem abandona seu corpo físico (a morte) e passa a viver no mundo astral servindo-se de seu corpo astral. Igualmente o Logos solar abandona e desintegra Seu sistema solar, começando pelas partes física, astral e mental, respectivamente as partes cósmicas sólida, líquida e gasosa, retirando-se para Seu corpo etérico cósmico, as partes búdica, átmica, monádica e adi, para posterior abandono e desintegração dessas partes etéricas cósmicas. Ele passa então a viver no mundo astral cósmico, por meio do Seu corpo astral cósmico.

Antes os quatro Raios menores, quarto, quinto, sexto e sétimo, fundem-se e mesclam-se, para achar a dualidade e seus polos opostos. Os quatro convertem em dois: quarto/sexto e quinto/sétimo, finalizando na síntese no terceiro Raio maior. Mas falta muito ainda para isto ocorrer.

Quando chegar o momento de o Logos solar exalar Seu "último suspiro" (o grande pralaya), o Sol (esse nosso Sol visível) absorverá as energias vitais (os fogos) das sete matérias totalmente evoluídas (física, astral, mental, búdica, átmica, monádica e adi) e dos esquemas planetários, transformando-se em "sete sois" , por causa das sete matérias, quando se diz que "o efervescente calor derreterá" os "Céus". Para a astrofísica é o momento em que o Sol entrará na fase de expansão, que antecede o colapso final.

É a consumação do Trabalho do Senhor Agni, significando o ápice da evolução dévica para o atual sistema. É a iniciação de Brahma, o terceiro aspecto.

Ocorrerá então a "individualização", em seu nível, da substância atômica, a qual será utilizada no próximo sistema solar como substância cuja essência será o amor ativo inteligente, pelo acréscimo do amor no atual sistema, para a manifestação do tríplice Espírito, prevalecendo o aspecto Vontade.

Tudo isto ocorrerá pela conjunção dos fogos atuantes em todas as matérias do físico cósmico.


Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos. Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.

GN

Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.

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