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CEOMT - Centro de Estudo da Obra do Mestre Tibetano


Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudos 326 a 350

Estudo 326

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - Os Agnichaitas - Os Devas e o Plano Físico - Grupo A - Os Agnichaitas - Páginas 529, 530, 531, 532 e 533.

"Temos visto que, em todos os planos, os grupos de devas podem ser divididos em 3 grupos principais, embora usualmente estuda-se a capacidade dual de unidades de forças involutiva e evolutiva. Falando em geral, estes grupos podem ser considerados como:

a. Representando o aspecto positivo ou fenômenos elétricos positivos.
b. Representando o aspecto negativo.
c. Constituindo - em tempo e espaço - a união dos 2 aspectos e, durante a evolução, manifestando o 3o. tipo de fenômeno elétrico.

Pode ser feita outra agrupação desta triplicidade que os alinhará na ordem de manifestação, tal como tem sido exposto na antiga cosmogonia, seguida ao enumerar os grupos dos Agnichaitas.

Grupo A. Corresponde às manifestações da existência como se observam no plano superior, esse aspecto compreendido pelo termo Agni.

Grupo B. Corresponde ao aspecto Vishnu-Surya.

Grupo C. Corresponde ao aspecto Brahma ou Logo criador.

A recapitulação foi feita desta maneira, porque o conceito deve estar claramente definido.

Já temos considerado os 2 grupos inferiores de devas. Agora devemos tratar o Grupo A, o mais importante do plano físico desde o ponto de vista da criação e da objetividade, pois constitui a vida da matéria mesma e a inteligência que anima as formas de tudo o que existe no plano físico do sistema, não constituindo uma inteligência autoconsciente, apenas a consciência tal como a compreende o ocultista.

Cada um dos subplanos atômicos no sistema solar está estreitamente inter-relacionado com os demais; os 7 subplanos atômicos de todos os planos formam uma unidade e são essencialmente o plano físico cósmico, tal como se compreende esotericamente o termo. Os subplanos dos quais este grupo é a fonte de origem, tem com eles a mesma relação que o 6o. princípio com o 7o. Portanto, os Devas do Grupo A são a força criadora concentrada dos subplanos, a origem do aspecto objetivo da manifestação física e a fonte dos 7 Alentos do Logos criador no plano físico. Porém deve ser recordado que, em cada esquema, Quem constitui o impulso ou vontade criadora é o Logos planetário do esquema, que cria Seu corpo físico de manifestação de acordo com a Lei (seu planeta físico denso), assim como o homem - regido pela mesma lei - cria seu corpo físico, ou como o Logos solar (em outro extremo da escala) cria Seu corpo, um sistema solar.

Isto exerce uma influência definida e esotérica sobre o tema em discussão, e as diferenças essenciais, que existem entre os Homens celestiais que tratam de se manifestar, serão apreciadas em Seus esquemas e, portanto, nos distintos tipos de devas por meio dos quais atuam e com cuja essência está feita Sua forma.

Isto poderia expressar-se da seguinte maneira: Assim como cada homem tem um corpo que, por sua forma e características principais, se parece com outros corpos, embora sua qualidade e traços distintivos pessoais sejam únicos, do mesmo modo cada um dos Homens celestiais constrói um corpo de substância dévica ou Espírito-matéria da mesma natureza que o de Seus irmãos e, sem embargo, distinto, matizado por Seu peculiar colorido, vibrando a seu ritmo particular e demonstrando Sua própria e singular qualidade. Isto se produz por meio de um tipo peculiar de essência dévica que Ele elege, ou (explicando-o com palavras quiçá mais ocultas) envolve a resposta de certos grupos peculiares de devas à Sua própria nota. Contêm em si mesmos exatamente as partes componentes que Ele necessita para construir Seu corpo ou esquema. Portanto, será reconhecido que os devas do Grupo A, sendo o que poderíamos chamar os devas-chave, são de primordial importância e, desde nosso ponto de vista atual, devem permanecer abstratos e esotéricos. Se considerarmos isto de acordo com a Lei de Analogia e estudarmos a natureza essencialmente esotérica do plano do Logos (o 1o. plano, chamado Adi) ficará evidenciada a razão disto. Se os homens evoluídos reconhecessem ou tão somente estabelecessem contato com os devas do Grupo A, o estudo de sua natureza, coloração e tom revelaria à humanidade desprevenida a cor e o tom de nosso particular Logos planetário. A raça não está todavia preparada para este conhecimento. Revelaria também, estudando a Lei de Ação e Reação, quais dos Egos encarnantes pertencem ao raio deste Logos; as deduções resultantes poderiam conduzir os homens a zonas perigosas e poriam o poder em mãos dos que não estão ainda preparados para manejá-lo com inteligência.

Em consequência, o Grupo A de Agnichaitas deve permanecer sendo totalmente esotérico, e sua verdadeira natureza pode ser revelada só ao Adepto da grande Lei.

É por isso que só se permite dar muito poucas indicações, as que tratam simplesmente das relações do homem com ditas entidades; este vincula-se principalmente com elas porque seu átomo físico permanente está diretamente energizado pelas mesmas, pois é parte de sua natureza e ocupa um lugar em sua forma. Será evidente, para qualquer estudante, que, se os átomos permanentes do homem encontram-se dentro da periferia causal, os devas dos 3 mundos, nos subplanos atômicos, têm de trabalhar na mais estreita colaboração, devendo existir unidade de propósito e de plano.

Os devas dos níveis atômicos de todos os planos de nosso esquema trabalham em estreita associação:

a. Entre si, formando deste modo, 7 grupos, soma total do aspecto Brahma de nosso Logos planetário.
b. Com os 7 grupos que constituem a matéria atômica do esquema, nosso polo oposto.
c. Com o grupo particular desse esquema que constitui um dos vértices do triângulo do sistema do qual nosso esquema, conjuntamente com o oposto, constituem os outros 2 vértices.
d. Com os correspondentes grupos, em menor grau, em todos os esquemas do sistema.
e. Com o esquema que corresponde ao 1o. aspecto ou plano de Adi.
f. Com esses devas que formam a substância-espírito da manifestação desse Rishi particular da Ursa Maior, protótipo de nosso particular Logos planetário.
g. Com os devas que formam a substância de uma dessas existências esotéricas às quais se refere A Doutrina Secreta (10) como "As esposas dos sete Rishis" ou as sete irmãs, as Plêiades. Uma destas 7 irmãs tem uma estreita relação com nosso Homem celestial e, portanto, temos a interessante interação cósmica seguinte:

1. Um dos 7 Rishis da Ursa Maior.
2. Uma das 7 Irmãs, uma Plêiade.
3. O Homem celestial de nosso esquema.

Dita interação será tríplice e, no que a nós concerne, justamente agora envolverá a transmissão da força vital que circula na substância dévica através da matéria atômica de nossos planos. Isto afetará materialmente alguns seres humanos mais que outros, de acordo com seu raio e natureza, e este efeito demonstrar-se-á na vivificação das espiras dos átomos permanentes e dos centros."

"(10) - D. S. IV, 116-119."

Comentários.

O Mestre Djwal Khul trata agora do Grupo mais importante e poderoso dos Agnichaitas, o que é óbvio, porque, como o Mestre já explicou anteriormente, todo fenômeno tem origem no subplano atômico, propagando-se em seguida nos subplanos mais densos, conforme a natureza do fenômeno. Em virtude disso, esses Agnichaitas do Grupo A dão origem a todos os fenômenos que ocorrem no nosso mundo físico.

Sempre devemos manter em mente a atividade dual dos devas, ou seja, ação involutiva (os que estão indo para o mais denso, o reino mineral), e ação evolutiva (os que já iniciaram a ida para o mais sutil e dinâmico. Logicamente os que estão na linha involutiva são receptores das energias dos que estão na linha evolutiva.

Uma outra forma de analisar a atividade dos devas é a seguinte:

a. os que constituem o aspecto positivo (os transmissores ou emissores) dos fenômenos elétricos;
b. os que constituem o aspecto negativo (os receptores);
c. a ação resultante - em tempo e espaço - da união dos 2 aspectos, o que é, durante a evolução, a manifestação do 3o. tipo de fenômeno elétrico.

Pelo item c percebemos claramente que existe um 3o. tipo de fenômeno elétrico, que pode se manifestar em diversas áreas de expressão da Vida divina, macro e microcósmica, ao longo do espaço e do tempo, ou seja, no desenrolar do processo evolutivo.

Analisando os fenômenos elétricos, vemos fenômenos nos quais são os devas da linha involutiva que se movimentam energizados pelos devas da linha evolutiva, ou seja, o negativo acionado pelo positivo, não significando isso união ou sintonia.

Mas há fenômenos elétricos ocorrendo totalmente na linha evolutiva, ou seja, devas evolutivos negativos sendo energizados por devas evolutivos positivos, não constituindo também união ou sintonia.

Para tornar mais claro nosso pensamento, analisemos um fenômeno elétrico conhecido de todos, a luz gerada numa lâmpada elétrica incandescente. Nessa lâmpada há um filamento feito de tungstênio, que é ligado aos 2 polos da fonte de energia elétrica, o positivo e o negativo. Embora a corrente elétrica da rede doméstica seja alternada, ou seja, mude de polaridade 60 vezes por segundo (60 Hz), sempre a corrente fluirá do polo negativo para o positivo, em outras palavras, os elétrons (de carga negativa) fluem atraídos (energizados) pelos prótons (carga positiva), que estão no polo positivo do gerador. No trajeto pelo filamento de tungstênio da lâmpada os elétrons energizados interagem com os elétrons dos átomos de tungstênio, resultando luz e calor dessa interação. Temos aí um fenômeno elétrico resultante da ação direta dos Agnichaitas negativos, embora energizados pelos Agnichaitas positivos.

No fenômeno do raio atmosférico, resultante do fogo elétrico oriundo do Sol, fogo esse constituído por Agnichaitas positivos, interagindo com os elétrons da Terra, Agnichaitas negativos, há uma fase do fenômeno em que os Agnichaitas positivos (o fogo elétrico do Sol) atuam na atmosfera sem os elétrons, quando se dá a descarga em direção à Terra, em altitudes mais elevadas, ocorrendo o encontro com os elétrons da Terra em altitude mais baixa, quando surge a luz do relâmpago. Esse fogo elétrico do Sol (Agnichaitas positivos), na fase sem contato com os elétrons da Terra (Agnichaitas negativos), devem energizar outros Agnichaitas negativos (que não os elétrons). Temos aí um fenômeno elétrico em que é mais evidente a ação dos Agnichaitas positivos (o fogo elétrico do Sol).

Pesquisas e estudos profundos estão sendo feitos por grupos de cientistas, no mundo inteiro, no campo dos raios atmosféricos.

Esse 3o. tipo de fenômeno elétrico citado pelo Mestre, resultante da fusão ou sintonia dos Agnichaitas positivos com os negativos, que deve ocorrer ao longo do tempo e do espaço, é um vasto campo para reflexão e pesquisa para o verdadeiro ocultista, que é um cientista, como diz o Mestre.

Levando essa reflexão para a área do fenômeno elétrico, que é o homem, por exemplo, na área do Loto Egoico, poderemos inferir informações e ensinamentos valiosíssimos, no sentido de como será o futuro do homem, em termos de vida mais plena, futuro esse que pode ser antecipado, se o devido esforço e empenho forem feitos.

Na Física temos a fusão do elétron com o pósitron (partículas de cargas elétricas opostas e de mesma massa), os quais desaparecem após a fusão. Na câmara de bolha foi comprovado o aparecimento do par elétron-pósitron a partir de uma partícula única, como também a fusão e o conseqüente desaparecimento. A pergunta que podemos fazer é a seguinte: que fenômeno essa partícula fusão do elétron com o pósitron produz na natureza?

Quando o Mestre diz que em cada esquema o impulso ou vontade criadora vem do Logos planetário do esquema, o Qual cria Seu próprio corpo físico de manifestação de acordo com a Lei (Seu planeta físico denso), assim como o homem - regido pela mesma Lei - cria seu corpo físico, o mesmo ocorrendo com o Logos solar em relação ao Seu sistema solar, podemos claramente deduzir que a matéria energizada pelos devas, nesse processo de negativo e positivo, tem de ser comandada pela vontade das entidades criadoras, para o surgimento do mundo fenomênico, palco de evolução de muitos Seres.

Quanto ao fato de o Mestre não dar muitas informações sobre os Agnichaitas do Grupo A, por constituírem uma chave e essas informações levarem à descoberta do Raio do nosso Logos planetário e dos Egos encarnados pertencentes a este raio, o que resultaria em grande perigo, por colocar o poder em mãos dos que ainda não estão preparados para tal, a explicação que vemos é que esses Egos do mesmo raio do nosso Logos planetário teriam forte comando sobre os Agnichaitas constituintes da natureza, porque teriam em seus corpos substância dévica idêntica à do Logos planetário e não estando devidamente preparados iriam ser um desastre para o Plano divino.

De fato é perfeitamente compreensível que os 3 constituintes da Tríade inferior humana: a unidade mental permanente, o átomo astral permanente e o átomo físico permanente, em torno dos quais são construídos os corpos mental inferior, astral e físico, pelos quais a Mônada adquire experiência dos mundos densos, via Ego ou Alma, e evolui, tenham a mais perfeita coordenação, para que o propósito e o plano divinos se desenvolvam de forma equilibrada e uníssona, e para tal é necessário e imprescindível que os componentes da Tríade inferior se comuniquem diretamente, o que é conseguido através da comunicação direta entre os subplanos atômicos, e, estando a Tríade inferior dentro do campo de força do Loto Egoico, os ditames da Mônada são transmitidos a ela.

No macrocosmos, ou seja, na área do Logos solar, temos uma linha direta de comunicação para que haja a mais perfeita coordenação, colaboração e unidade, dentro do propósito e do plano do Logos solar. Tal linha está na comunicação direta entre os subplanos atômicos:

- do plano búdico cósmico, onde está o Rishi da Ursa Maior ligado ao nosso Logos planetário,
- do plano mental cósmico, onde estão as 9 pétalas do Loto Egoico logoico solar e que são influenciadas pela Plêiade ligada ao nosso Logos planetário, em comunicação direta com o Rishi que está no plano búdico cósmico,
- do plano astral cósmico.

A partir dessa linha o que deve ser feito chega à Tríade inferior logoica planetária, composta da unidade mental permanente, de matéria mental cósmica, do átomo astral permanente, de matéria astral cósmica e do átomo físico permanente, de matéria física cósmica (matéria Adi). Assim o nosso Logos planetário trabalha, age e evolui de forma coordenada com o Propósito do nosso Logos solar.

Tal circulação de energias afeta os subplanos atômicos dos nossos 7 planos e assim afeta todos os seres humanos em evolução, atingindo os componentes das Tríades inferiores humanas, produzindo efeitos nas espiras dos átomos permanentes e nos centros, de acordo com o raio e a natureza de cada um, e também de acordo com o nível de evolução de cada um.

Como vemos claramente, são inúmeras as energias que influenciam o ser humano, pois, além dessas citadas, temos as energias das 12 constelações do Zodíaco e dos planetas, sem contar as provenientes de outros sistemas solares que só provocam resposta naqueles que já estão no processo iniciático.

Mais uma vez constatamos a beleza da lógica do processo cósmico da manifestação da nossa Divindade, o nosso Logos solar, processo no qual todos nós estamos inseridos e que o Mestre Djwal Khul nos apresenta. A descrição da Divindade apresentada pelas religiões é completamente sem lógica e irracional, pois passa uma visão de um Deus cheio de defeitos humanos, como a ira e que necessita de eterna bajulação.

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Estudo 327

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - Agnisuryas - Devas do Plano Astral - Páginas 533, 534, 535 e 536.

"Iniciamos aqui o estudo desses grupos de devas que constituem a substância do plano astral, os Agnisuryas. Poderiam ser considerados da seguinte maneira e, empregando termos sinônimos, obter-se uma ideia geral de sua função, antes de iniciar sua diferenciação em grupos e estudar sua relação com:

1. As diversas entidades, a alma dos diversos reinos ou grupos, como sejam os reinos animal e humano e esses superiores ao homem na escala da consciência - o Logos.
2. O homem mesmo.
3. O plano em sua totalidade.

Devemos considerar estes devas:

Primeiro, como substância do plano astral em seus 7 graus.

Segundo, como esse aspecto da manifestação logoica que corresponde ao subplano líquido no plano físico do sistema.

Terceiro, como o veículo do senhor deva Varuna.

Quarto, como as vidas animadoras dessa matéria involutiva do plano astral que chamamos essência elemental e como a vitalidade que energiza os elementais do desejo que existe em todo o sensível. Considerados sob este aspecto, especialmente em relação com o homem, constituem a analogia no plano astral dos "devas das sombras", pois o corpo de desejo de todos os seres humanos está composto de matéria dos segundo, terceiro e quarto subplanos do plano astral. Isto é algo que deve ser cuidadosamente considerado e será iluminador estabelecer a analogia entre o corpo etérico ou o veículo de prana, que vitaliza o físico denso e o corpo astral do homem, ademais do método que se emprega para vitalizá-lo.

Quinto, desde o ponto de vista do plano físico, como soma total da atividade material (embora subjetiva) que produz o tangível e o objetivo. Assim como o sistema solar é um "Filho da necessidade" ou do desejo, assim o corpo físico de tudo o que existe é o produto do desejo de uma entidade superior ou inferior, dentro do sistema.

Seria oportuno assinalar aqui as linhas através das quais a energia - seja manásica, prânica ou astral - penetra no sistema e chega até um plano determinado, encontrando assim seu caminho até todas as unidades de consciência, desde um átomo até um Logos solar.

O plano físico denso está energizado por meio de

a. o plano etérico planetário,
b. o plano mental, ou o subplano gasoso cósmico,
c. o plano átmico, ou o 3o. éter cósmico,
d. o plano adi, ou o 1o. éter cósmico,
e, como consequência (por meio do átomo permanente logoico), penetra uma afluência similar de força desde os níveis cósmicos.

O plano astral é energizado por meio de

a. o plano búdico, o 4o. éter cósmico,
b. o plano monádico, o 2o. éter cósmico,
c. o plano astral cósmico, chegando assim ao Coração de todo Ser.

O plano mental é energizado por meio de

a. o plano átmico, o 3o. éter cósmico,
b. o plano adi, o 1o. éter cósmico,
c. o plano mental cósmico, sendo desnecessário para nós ir mais além deste.

O estudante cuidadoso observará que ditos planos poderiam ser considerados, no que respeita aos 3 mundos, como que manifestam 2 tipos de força, primeiro, uma força que tende para a diferenciação tal como no plano mental (o plano da inerente separação); e no plano físico (o plano da verdadeira separação); segundo, uma força que tende para a unidade, como acontece no plano astral e no plano da fundamental harmonia, o búdico. Deve ser recordado que estamos considerando a força quando aflui através de ou compenetra a substância dévica. Uma sugestão da verdade reside no fato de que, na atualidade, o corpo astral é positivo no que respeita ao plano físico, negativo no que concerne ao mental e positivo com respeito ao plano búdico. A medida que a evolução continua o corpo astral chegará a transformar-se em positivo com respeito ao mental, demonstrando assim que é invulnerável às influências das correntes mentais e aos processos separatistas de dito plano; negativo com respeito ao plano búdico ou receptivo às forças desse plano. Quando tiver sido conseguido o equilíbrio e as forças estiverem equitativamente balanceadas, o corpo astral converter-se-á em transmissor desde o plano búdico ou o 4o. éter cósmico, por intermédio do gasoso, até o físico denso. Este conceito deve ser estudado em conexão com a consumação por meio do fogo da trama etérica do planeta, assim poderá obter-se o esclarecimento. No plano astral não existe textualmente uma divisão tal como a encontramos nos planos mental ou físico. Ambos se dividem em dois; o mental se dividiu em superior e inferior, rupa e arupa, concreto e abstrato, e o físico em níveis etéricos e subplanos densos.

Por conseguinte existe uma analogia entre ambos. A razão de que exista uma aparente divisão (considerando aparte a questão dos estados de consciência do ser humano) deve-se à etapa de desenvolvimento dos grandes devas que personificam e animam o plano, os quais se manifestam através deste como um homem se manifesta por meio de seu corpo. Varuna, o Senhor do plano astral, tem realizado um controle consciente mais unificado que Seus irmãos dos planos mental e físico. Vem à manifestação vinculado a um dos Homens celestiais, o Senhor de um Raio maior. Os outros dois estão vinculados com os Senhores de um Raio menor. Esta informação contém um indício sugestivo para os estudantes. Poderíamos justificadamente perguntar se isto é assim, porque aparentemente se manifesta em forma tão desastrosa com respeito ao homem ? Há várias razões que o justificam, uma delas fundamenta-se no fato de que a força que flui através do veículo do grande deva, o plano, é mais forte que nos outros dois casos, devido à Sua etapa mais avançada de desenvolvimento, e também a que o Logos Mesmo está polarizado em Seu corpo astral. A outra razão consiste em que tem um vínculo particular com o Regente do reino animal e, como o ser humano não se dissociou de sua natureza animal nem aprendeu a controlá-la, também está influenciado por esta tremenda força. Há outras razões ocultas no karma de nosso Homem celestial, porém bastam as mencionadas."

Comentários.

O Mestre Djwal Khul inicia agora o estudo dos devas mais profunda e intensamente relacionados com a atual humanidade, fortemente centrada nas e dominada pelas emoções. Para a grande maioria da atual humanidade viver significa unicamente sentir emoções, não interessa de que natureza. Pensar com isenção de emoção é uma tarefa praticamente impossível, em outras palavras, o comportamento é de manas totalmente dominado por kama, o desejo. Por isso nessa grande maioria a mente concreta pouco se desenvolve, uma vez que para a mente concreta ou inferior se desenvolver plenamente, ela necessita se desvencilhar de kama e passar a ser influenciada pela mente abstrata ou superior. Por isso, o atual estudo é de suma importância, não só para o autoentendimento, como para entender o comportamento dessa humanidade, em particular no tocante a essa religiosidade sem fundamentação racional. Se Deus nos deu inteligência, é porque Ele quer que a usemos e desenvolvamos, inclusive no que diz respeito a Ele mesmo, para que cada vez mais entendamos a Sua Gloria, Beleza e Inteligência infinitas e assim nos aproximemos cada vez mais dEle, sendo assim que Ele expressa Seu infinito Amor para com a humanidade, que na realidade é Ele, uma vez que nada existe fora de Deus, por ser Ele Infinito.

O estudo será feito dentro da ótica das atividades desses devas como mecanismos e processos de expressão de Seres que constituem no todo os reinos animal e humano, ou seja, as totalidades dos animais e dos homens em conjunto, abrangendo a manifestação do Logos planetário.

No tocante ao reino animal, há uma particularidade muito interessante no que diz respeito ao comportamento social e sexual dos bonobos, comportamento esse que envolve os devas do plano astral. Os bonobos compartilham em 98% do DNA humano e têm uma contraparte astral bem ativa. Em conjunto os bonobos constituem o corpo de expressão de uma Entidade ligada ao Regente do reino animal, a qual é fortemente ligada ao Senhor Varuna, o grande Regente do plano astral, ou seja, o Senhor Varuna se expressa através de toda a matéria astral do nosso esquema.

Conforme a ótica sob a qual analisamos esses devas, podemos tirar muitas conclusões esclarecedoras desse mundo fenomênico no qual estamos inseridos.

Essas óticas são as seguintes:

1. Como substância vitalizada dos 7 subplanos do plano astral.
2. Como a parte líquida, no sentido cósmico, de toda a matéria física cósmica contida no nosso sistema solar.
3. Como corpo de expressão do senhor Varuna.
4. Como vidas vitalizadoras da chamada essência elemental astral, que está no ciclo de descida para o mais denso, ou seja, o reino mineral. Essa essência alimenta os desejos, humanos e animais, estando em todos os corpos astrais, constituindo esses próprios desejos.

Há também devas no ciclo de subida alimentando desejos. Eles também tornam possível a sensibilidade.

Pela analogia entre os devas das sombras e os devas astrais que trabalham nos sub-planos 2o., 3o. e 4o. astrais, podemos deduzir o processo de vitalização do corpo astral.

Os devas das sombras são os Agnichaitas do Grupo B, trabalhando nos 2o., 3o. e 4o. éteres, sendo, entre outras coisas, encarregados do processo de captação de prana e da devida vitalização do corpo denso humano. Assim podemos deduzir que há devas astrais (Agnisuryas) encarregados do processo de captação de prana astral e da vitalização do corpo astral humano. Isto esclarece em muito o conhecimento do mundo astral, sendo de grande utilidade a reflexão e a pesquisa desse assunto, no tocante à saúde do corpo astral, o qual energiza o corpo físico.

5. Como causas de toda a atividade material física (o tangível e o objetivo), atuando essas causas subjetivamente, ou seja, são desejos que necessitam de matéria física para se expressarem. É lógico que esses desejos são resultantes de uma atividade superior, ou seja, da Mônada (humana ou Logoica), que quer conhecer e adquirir experiência de mundos inferiores àquele no qual se encontra.

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Estudo 328

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - Os Devas do Plano Astral - Comentários - Páginas 533, 534, 535 e 536.

Comentários.

Estudemos o fluxo das energias que energizam e vitalizam os nossos 3 mundos inferiores, ou seja, os chamados planos físico, astral e mental, em outras palavras, o processo de transferência dos fogos por ação dos devas, mas comandados pela grande Mônada logoica solar, pois estamos tratando do nosso sistema solar, Seu corpo de expressão física. Tais energias ou fogos chegam até todos nós, unidades de consciência, dotados de autoconsciência, como também as demais unidades dotadas apenas de consciência. Este estudo é de grande utilidade, pois nos dá uma excelente visão do mecanismo que nos permite evoluir.

Comecemos pelo plano ou mundo físico. Sempre partiremos do mundo mais sutil para o mais denso, permanecendo dentro dos corpos cósmicos do nosso Logos solar, não tecendo comentários sobre as fontes energéticas fora deles.

Plano ou mundo físico denso:

1. Fonte primária: Átomo físico permanente cósmico logoico solar, energizador do corpo físico cósmico do nosso Logos solar.
2. Plano adi, 1o. éter cósmico.
3. Plano átmico, 3o. éter cósmico.
4. Plano mental, subplano gasoso cósmico.
5. Corpo etérico planetário, os subplanos etéricos do físico.
6. Subplanos gasoso, líquido e sólido.

O átomo físico permanente cósmico logoico solar é energizado de níveis mais elevados.

Plano ou mundo astral:

1. Átomo astral permanente cósmico logoico solar, energizador do corpo astral cósmico do nosso Logos solar, sendo energizado por sua vez de níveis mais elevados.
2. Plano monádico, 2o. éter cósmico.
3. Plano búdico, 4o. éter cósmico.
4. Plano astral, subplano líquido cósmico.

Plano ou mundo mental:

1. Unidade mental permanente cósmica logoica solar, energizadora do corpo mental inferior cósmico do nosso Logos solar, sendo por sua vez energizada de níveis mais elevados.
2. Plano adi, 1o. éter cósmico.
3. Plano átmico, 3o. éter cósmico.
4. Plano mental, subplano gasoso cósmico.

Como o Mestre diz, é desnecessário citar fontes sutis mais elevadas, como os átomos cósmicos permanentes da Tríade superior do nosso Logos solar, bastando por enquanto as informações dadas.

Em todos estes planos ou mundos trabalham os devas, no processo dual de transmissores (positivos) e receptores (negativos), operando os átomos e as moléculas constituintes dos planos, em todos os organismos existentes neles, e executam a transferência dos fogos de um plano para outro até chegar aos nossos 3 mundos inferiores. Essa ação dos devas permite às Mônadas adquirirem corpos de expressão, para entrarem em contato com as diversas matérias e evoluírem, resultando desses contatos conhecimento e força, pois as Mônadas têm de dominar todas as matérias, advindo a força desse domínio. Dentro deste contexto evolutivo estão todos os reinos.

O Mestre diz que estas energias produzem nos 3 mundos inferiores 2 efeitos fundamentais: diferenciação, que se manifesta como separação ou discriminação (originada no plano mental e efetivada no plano físico) e coesão, que leva à unidade (originada no plano búdico, o plano da harmonia por excelência, o plano do controle magnético e surgindo no plano astral como desejo, que chamam de amor, mas tende imperfeitamente à unidade).

No atual período, na grande maioria da humanidade, o corpo astral é transmissor para o corpo físico, receptor para o corpo mental e transmissor (não receptivo) para o corpo búdico (em relação à sua qualidade fundamental, a harmonia) . Isto significa que o corpo astral recebe a discriminação ou separatividade do corpo mental, rejeita a coesão ou harmonia do corpo búdico e aplica a discriminação no corpo físico, ou seja, faz com que este corpo a manifeste.

Mais tarde, pelo processo evolutivo, o corpo astral tornar-se-á receptivo totalmente ao corpo búdico e transmissor (não receptivo) para o corpo mental (em relação à separação), começando a expressar o verdadeiro amor e a harmonia, transmitindo essas 2 qualidades ao corpo físico e também expressando-as por meio dele.

Após a fase de ajustamento e equilíbrio, o corpo mental será completamente receptivo ao corpo búdico, o corpo astral completamente receptivo aos corpos mental e búdico, e transmissor para o corpo físico. O corpo mental torna-se receptivo ao corpo búdico, quando a mente concreta ou inferior se funde com a mente abstrata ou superior. Isto já acontece com aqueles que passaram pelo 2o. Portal Iniciático, ou seja, conquistaram a 2a. iniciação planetária e ficaram face a face com o Senhor Cristo por 2 vezes.

Como sabemos, o plano mental se divide em 2: mental concreto ou inferior, rupa e mental abstrato ou superior, arupa. É a mente inferior que discrimina, enquanto a mente superior tende à síntese e está mais conectada ao corpo búdico. Com o despertar da mente abstrata e sua imposição sobre a mente concreta e a consequente atuação do corpo búdico, a visão separatista desaparece, surgindo a visão do UNO nos muitos, ou seja, o homem continua percebendo as diferenças, todavia vê sempre a Divindade em todas as diferenças.

Quando a grande maioria da humanidade tiver conquistado este estado de ser, o fogo tríplice do plano búdico irá atuar fortemente no fogo tríplice do plano físico, passando pelos planos mental e astral. Isto levará o fogo do plano físico a uma tal atividade e intensidade, que resultará em fortíssimas movimentação e vibração dos átomos e moléculas do plano físico, gerando, na linguagem da Física, grande "calor", o que, literalmente, queimará e consumirá a trama etérica do planeta, sendo então estabelecida a comunicação direta entre os planos astral e físico.

Quando isto acontecer, a humanidade estará pronta para receber de volta Aquele que esteve entre nós há mais ou menos 2.000 anos através do Mestre Jesus, o Senhor Cristo. Seu grande Irmão, Senhor Buda, também surgirá entre nós, completando Seu Trabalho. Aí então os 2 excelsos Seres estarão livres para seguirem Seus destinos: o Senhor Buda para Sirius e o Senhor Cristo assumir o cargo de Buda. O Senhor Buda em Sirius irá se preparar para ocupar um elevado cargo no plano astral cósmico. Futuramente, o Senhor Cristo, após passar o cargo de Buda ao Mestre Kuthumi, seguirá um dos 7 caminhos, que na realidade são treinamentos para cargos nos planos cósmicos acima do físico cósmico.

O Mestre dá um grande esclarecimento sobre o enorme astralismo que domina a grande maioria da humanidade, ao explicar que o Senhor Deva Varuna, regente do plano astral, é mais avançado que os regentes dos planos mental e físico e conseguiu um controle consciente mais unificado do plano astral, tornando este plano mais atuante e dinâmico. Além disso, o Senhor Varuna veio à manifestação ligado a um Homem celestial Senhor de um Raio maior. Ora, sabemos que o plano astral é regido pelo 6o. Raio, sendo o 6o. raio um raio menor; todavia sabemos que os 4 raios menores (7o., 6o., 5o. e 4o.) são derivados do 3o., sendo este um raio maior e no qual os raios menores irão se fundir. Assim deduzimos que esta ligação do Senhor Varuna é com o Logos planetário de Saturno, Senhor do 3o. Raio, um raio maior.

Acresce a tudo isto o grande vínculo do Senhor Varuna com o Regente do reino animal, e o fato de o homem, na grande maioria, ainda estar fortemente dominado pelos instintos animais e, portanto, ligado ao reino animal. Temos ainda a polarização do nosso Logos planetário em Seu corpo astral.

Tudo isto induz o homem a uma fortíssima polarização no corpo astral e explica o comportamento predominante na grande maioria da humanidade, ainda muito distante da polarização mental, que é a meta da nossa 5a. raça-raiz. Daí, entre outras coisas, o forte fervor religioso, totalmente astralino, completamente afastado de qualquer análise racional, como deveria ser, religião e ciência unidas. Cabe aqui lembrar que o Mestre Jesus está trabalhando no plano astral simultaneamente com devas do 6o. Raio, na área dos religiosos, inspirando-os a serem mais cientistas e menos devotos, e com devas do 5o. Raio, na área dos cientistas, inspirando-os a serem menos céticos e pesquisarem o comportamento religioso, com o objetivo de enxergarem Deus através da ciência. Atualmente já podemos observar entre alguns cientistas sinais de conclusão de que existe um Ser que governa toda a natureza, não sendo esta mera consequência do acaso. Logicamente esse Ser não é esse Deus dos religiosos, com defeitos humanos e que impede que o homem use o que Ele lhe deu, a inteligência para entendê-Lo. Só assim a verdadeira religião universal, planejada pela Hierarquia, irá ser estabelecida na Terra. O Senhor Cristo também está trabalhando neste sentido.

O Mestre cita ainda, para o atual astralismo da humanidade, razões ocultas no karma do nosso Homem celestial. Cremos que essas razões remontam à catástrofe da cadeia lunar. Como o Mestre já explicou em páginas anteriores do Tratado (página 350), a cadeia lunar não foi até o fim previsto, tendo sido desintegrada antes, por causa de uma atitude do nosso Logos planetário, que afetou a entidade chamada Espírito planetário (que está no ciclo anterior à individualização no nível cósmico) que provocou o desvio de toda a humanidade lunar. Tal atitude do nosso Logos planetário está relacionada com o Logos de um sistema solar ao qual está ligado, dentro do corpo do nosso Logos cósmico. Como sabemos, os Logos que se expressam pelas 7 Plêiades estão relacionados com os nossos Logos planetários e o nosso a um particular. A humanidade que veio da cadeia lunar ingressou na Terra na raça atlante. A nossa atual raça-raiz, a 5a., originou-se da 4a. Portanto, há muitos Egos originários da cadeia lunar e dentro do karma gerado na catástrofe da cadeia lunar.

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Estudo 329

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - Os Devas do Plano Astral - 1. As Funções dos Agnisuryas - Páginas 536, 537, 538 e 539.

1. As Funções dos Agnisuryas. Os devas do plano astral estão especialmente vinculados ao homem na atualidade devido à polarização astral e ao papel que desempenha o desejo e o sentimento na evolução. A consciência se expande por meio do contato e pela compreensão do que há de ser conseguido por meio de um contato específico. Aquilo com que tem de ser feito contato depende da vibração recíproca e, em consequência, o desejo (a busca de sensações) e o sentimento (o reflexo desse desejo) é de real importância, pondo constantemente o homem em contato - embora ele não se dê conta - com a substância dévica de qualquer tipo. Embora o homem tenha alcançado uma etapa evolutiva relativamente elevada, a expressão dessa etapa de realização é observada no tipo de não-eu com o qual faz contato; unicamente quando é um iniciado começa a chegar perto de e a conhecer o significado da unidade essencial que reside no coração do Ser e a compreender a unidade da Alma Universal e a Unidade dessa Vida subjetiva que se oculta detrás de cada forma. Deve ser recordado que o aspecto matéria encotra-se em todos os planos; sem embargo, as formas existirão até transcender o "círculo não se passa" solar e evadir o Logos Sua atual limitação. Por isso os devas do plano astral assumem um lugar muito importante nos 3 mundos.

Anteriormente os temos considerado num aspecto quíntuplo, dividindo-os em 5 grupos. A esta altura do estudo, limitar-nos-emos a considerar a relação que existe entre os entes autoconscientes tais como o Homem e o Logos planetário e dita substância dévica. Existe uma grande diferença entre o homem e seu protótipo, um Homem celestial.

O plano astral desempenha uma parte muito real na evolução do homem, tendo uma estreita relação com um de seus princípios. Matéria e vibração astral são um dos fatores que controlam a vida da maioria da gente. Para o Homem celestial a matéria astral corresponde à parte líquida do corpo físico do homem, portanto não constitui para Ele um princípio.

O plano astral é para o homem o principal campo de batalha e a zona mais intensa de seu campo de sensação - a sensação mental esotericamente compreendida, é por ora só uma possibilidade. O corpo astral é o lugar da vibração mais violenta do homem e as vibrações constituem a causa poderosa de sua atividade no plano físico. O homem deveria compreender, na atualidade, que os devas do plano astral controlam quase totalmente o que faz e diz, e que a meta de sua evolução, a meta imediata, consiste em liberar-se de seu controle, a fim de que ele, o verdadeiro Ego ou Pensador, possa converter-se em uma influência predominante. Para ser mais explícito e a fim de ilustrar isto, direi que as pequenas vidas elementais que formam o corpo emocional e a vida positiva de qualquer deva evolutivo vinculado (devido a vibrações similares) a um homem determinado lhe proporcionam um corpo astral de poder coerente e positivo, que todavia controla praticamente a maioria. O homem geralmente faz o que seus desejos e instintos lhe sugerem. Se este deva evolutivo é de ordem elevada e os desejos e instintos, em consequência, bons e exotericamente corretos. Sem embargo, se o homem se deixa controlar por eles, é porque permanece sob a influência dévica e deve liberar-se. Se a vida dévica é de ordem inferior, o homem demonstrará instintos baixos e viciosos e desejos vis.

Se estas observações são corretamente interpretadas, compreender-se-á algo do que se quer significar quando se fala da evolução dévica como "evolução paralela" à do homem. Nos 3 mundos as 2 linhas de evolução são paralelas, porém conscientemente não devem ser uma só. Nos planos da Tríade são conhecidas como unidade que produz o divino Hermafrodita ou Homem celestial - os entes humanos autoconscientes personificam os 3 aspectos da divindade, enquanto que as unidades dévicas conscientes personificam os atributos divinos. Ambos, fundidos, formam o corpo de manifestação, os centros e a substância do Homem celestial. Grande é o mistério, e enquanto o homem não conhecer seu lugar dentro do todo consciente, deve reservar sua opinião quanto a seu significado. Portanto será evidente que, em vista da relação existente entre o plano astral, e seu trabalho unificado, e o plano búdico, com a consciente harmonia que ali se experimenta, o corpo astral do homem clama por um estudo e compreensão mais estreitos. Por seu intermédio será encontrado um vínculo com o plano búdico e será produzida uma atividade harmoniosa no plano físico. Com respeito a isto, o estudante de ocultismo deverá estudar cuidadosamente:

a. O sol físico e sua relação com o prana e o corpo etérico.
b. O sol subjetivo e sua relação com o plano astral, com o princípio kama-manásico e o corpo astral.
c. O sol central espiritual e sua relação com o Espírito ou atma do homem. (11)
d. O coração do sol e sua relação com os corpos mentais, inferior e superior, que produzem essa manifestação peculiar denominada corpo causal. A este respeito há de ser recordado que a força que flui desde o coração do sol atua através de um triângulo formado pelo esquema venusiano, a Terra e o Sol. Era de se esperar, de acordo com a lei, que se formasse outro triângulo envolvendo os 2 planetas; os triângulos variam de acordo com o esquema implicado.

Cosmicamente, existe uma série muito interessante de triângulos que será descoberta por quem estude a astronomia esotérica e os ciclos ocultos. Tais triângulos originam-se no sol central de nosso grupo particular de sistemas solares, cuja série envolve as Plêiades. Esta realidade não será conhecida até a última década do século atual nem a reconhecerá a ciência até o momento em que certas linhas de conhecimento e investigação levem os cientistas a uma compreensão de que existe um terceiro tipo de eletricidade que sempre equilibra e forma o ápice do triângulo, porém o momento ainda não chegou todavia.

Tudo o que se diz aqui está expressado em termos de grupos dévicos e forças dévicas que formam (em seu conjunto) uma substância que responde a uma vibração análoga. Certos nomes definidos o expressam esotericamente. Portanto, é possível transmitir sem nenhum perigo, informação de caráter incompreensível para o profano em uma frase como a seguinte: "O triângulo de.......de......e do Grupo ......dos Agnisuryas formou-se e no girar da Roda foi produzido o terceiro." Isto demanda à mente do ocultista o conhecimento de que na afluência de força desde uma constelação particular, completamente forânea a nosso sistema, por meio de um esquema planetário específico e através do corpo astral do Logos planetário, foi produzida certa condição que trouxe o aparecimento do 3o. reino da natureza, o sensitivo e consciente reino animal. Frases similares encerram também o significado da relação dévica que existe com a individualização do homem, porém não é de nenhum valor revelá-las; o anterior só é mencionado a fim de lograr 3 coisas:

1. Demonstrar parcialmente a natureza e extensão das forças que fluem através de nosso sistema.
2. Mostrar o estreito vínculo que temos com a evolução dévica.
3. Destacar a natureza triangular e a inter-relação de tudo o que acontece.

Seria conveniente fazer ressaltar um ponto relacionado com os devas dos planos inferiores (com os quais o homem está peculiarmente vinculado). Podem ser divididos em certos grupos, que indicam o lugar que lhes corresponde na escala da consciência. Quiçá seja perguntado porque nos ocupamos unicamente dos grupos de devas que se encontram nos 3 mundos. Esotericamente compreendido, ditos devas (do tipo que estamos considerando) encontram-se só no corpo físico denso do Logos - a substância dos 3 subplanos inferiores do físico cósmico. O Antigo Comentário diz o seguinte a esse respeito:

"As esferas de fogo tratam de se localizar nos 3 inferiores. Originam-se por meio da quinta, sem embargo fundem-se nos planos da yoga. Quando as essências ígneas compenetram tudo, então já não existem a quinta, a sexta nem a sétima, senão unicamente as três que brilham por meio do quarto."

Portanto, para os propósitos deste estudo, os devas só se encontram nos 3 mundos. Mais além destes 3 planos, temos os 3 aspectos dos 3 maiores que se manifestam por intermédio do quarto e, em consequência, as esferas dos Logos planetários no plano búdico. Sintetizam tudo o que foi se desenvolvendo por meio da manifestação densa. Desde o ponto de vista da filosofia esotérica, o plano físico cósmico, no qual todo nosso sistema tem seu lugar, deve ser estudado de 2 maneiras:

1. Desde o ponto de vista dos Homens celestiais que abarcam as evoluções dos 4 planos superiores, os níveis etéricos. Sobre estes praticamente nada podemos saber até depois da iniciação, momento em que a consciência do ser humano é transferida gradualmente aos planos etéricos cósmicos.

2. Desde o ponto de vista do ser humano nos 3 mundos. O homem constitui a evolução culminante nos 3 mundos, assim como os Homens celestiais a constituem nos 4 superiores."

(11) - D. S. III, 236.

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Estudo 330

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - Os Devas do Plano Astral - 1. As Funções dos Agnisuryas - Comentários - Páginas 536 e 537.

Comentários,

Neste trecho o Mestre explica os motivos pelos quais os Agnisuryas, os devas que constituem a substância do plano ou mundo astral, exercem um papel muito importante no atual período da humanidade.

O corpo astral dos homens é onde os desejos e as emoções são geradas. Esses desejos e as necessidades de emoções conduzem o homem a estabelecer contato com aquilo que satisfaz seus desejos e produz suas emoções. Nesse contato com o chamado não-eu ele sempre aprende algo, que expande sua consciência, ou seja, acrescenta algo à sua consciência. Essa expansão deve ocorrer pela apreciação inteligente do objeto de contato e pelo entendimento do que foi conseguido por meio deste contato.

Assim a forte polarização astral da atual humanidade exerce seu papel no processo evolutivo.

O desejo é a busca de sensações e a emoção e o sentimento são o reflexo ou resultado desse desejo satisfeito. Isto sempre põe o homem em contato com substância dévica de variados tipos, existente em seus corpos astral e físico, embora ele não dê conta desse fato.

O grau de evolução do homem é revelado pela natureza do não-eu (o objeto do desejo) como o qual faz contato, ou seja, pela qualidade dos desejos, porque ele sempre procura vibrações recíprocas, coerentes com a substância dévica constituinte de seu corpo astral.

Somente quando o homem já é um iniciado faz esses contatos com plena consciência e, por estar se polarizando mentalmente e com a mente abstrata entrando em atividade e em contato com átomo búdico permanente, percebe em todos os não-eus a unidade da Alma Universal e a Unidade da Vida subjetiva ou oculta atrás de cada forma. Aqui cabe lembrar que a matéria existe em todos os planos, sem embargo as formas materiais existirão até ser transcendido o 'círculo não se passa" solar e o Logos livrar-se de Sua atual limitação.

Quando o Mestre diz que os devas do plano astral assumem um lugar muito importante nos 3 mundos, os mundos físico, astral e mental, é porque, embora eles atuem no mundo astral, todavia produzem efeitos no mundo físico (levando o homem a agir fisicamente, sendo a sensação física um efeito) e no mundo mental inferior pela condução dos pensamentos relacionados com os objetos dos desejos. A humanidade ainda é fortemente kama-manásica, ou seja, a mente dominada pelo desejo ou corpo astral.

O contato do eu com o não-eu ocorre em todos os planos e níveis, para a expansão da consciência. Ele existe nos mundos mental, búdico, átmico, monádico, adi e superiores. Os Logos planetários, quando recebem o impacto de energias provenientes dos Logos que se expressam pelas 7 Plêiades, estão tendo contato com o não-eu, sendo nesse caso o não-eu as Plêiades. Os Logos planetários reagem a esses impactos, identificam-nos, adquirem conhecimento de algo novo e assim expandem Suas consciências. Por sua vez o Logos solar, ao receber, por exemplo, o impacto das energias provenientes do Logos de Sirius, está tendo também contato com o não-eu, sendo o Logo de Sirius o não-eu neste caso. Da mesma forma, em Seu nível, o Logos solar reage a esse impacto, identifica-o, adquire conhecimento novo e assim expande a Sua consciência.

No caso da atual humanidade, as experiências emocionais pelo corpo astral, como resultado dos impulsos dos desejos, levam o homem a aprender alguma coisa. Todavia o homem não deve continuar vivendo as emoções automaticamente, sendo impelido pelas vidas dévicas de seu corpo astral, mas deve agir identificando mentalmente essas emoções, procurando extrair algum ensinamento dessas emoções e não se identificando com elas, mas postando-se como observador. Também deve se esforçar para ter contato com substância dévica mais elevada, do plano mental, e da reação a esse contato, sempre como observador, tirar conclusões. Isto na prática significa polarizar-se mentalmente e não permanecer só no mundo astral. Assim, com o tempo, o homem passa a ter contato com a substância dévica do mundo mental abstrato e mais tarde com a do mundo búdico. Quando isto ocorre, a ação harmonizadora do mundo búdico irá se manifestar nos mundos mental, astral e físico.

O Mestre fala de sensação mental esotericamente compreendida (sensação análoga à sensação física). Sabemos que o corpo mental possui sentidos (jnanaindryias), para receber os impactos vibratórios do meio exterior mental, o não-eu, como também tem mecanismos de ação (karmaindryias), para atuar no meio exterior mental.

Portanto o Mestre tem toda razão quando menciona a sensação mental. Existe também sensação nos corpos búdico e átmico. Mas essas sensações superiores são sentidas e entendidas somente por aqueles que já têm esses corpos organizados, o que implica na plena atividade da Tríade superior. Isto obviamente só ocorre com os iniciados, em seus diversos graus de iniciação.

A questão da liberação por parte do homem do controle dos devas, que o Mestre enfatiza, é muito importante. Há pessoas que são boas, apenas porque os devas, nos 2 ciclos, os elementais e os evolutivos (os devas negativos e os positivos), são de boa índole, agindo a pessoa impelida pelos devas, mas não pela vontade do Ego ou da Alma. A meta imediata para o homem é liberar-se desse controle dévico e agir apenas pela vontade consciente do Ego, ou seja, ser um Ego ou Alma agindo com plena consciência nos mundos inferiores por iniciativa própria, manipulando completamente a substância dévica de seus corpos inferiores e não sendo comandado por ela.

É muito importante o que o Mestre diz, quando afirma que nos 3 mundos inferiores, mental, astral e físico, as 2 evoluções, humana e dévica, em termos de consciência, devem estar separadas. Somente no mundo búdico elas podem prosseguir juntas, personificando os entes humanos autoconscientes os 3 aspectos divinos e as unidades dévicas conscientes os atributos divinos.

Os adjetivos "autoconscientes" e "conscientes", empregados pelo Mestre neste trecho, têm um significado especial, como veremos mais adiante.

É também muito importante a recomendação do Mestre para que o corpo astral do homem seja estudado e compreendido mais profundamente, tendo em vista a relação existente entre o trabalho unificado do plano astral e a consciente harmonia existente no plano búdico, o que levará à descoberta de um vínculo com o plano búdico e à produção de uma atividade harmoniosa no mundo físico.

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Estudo 331

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - Os Devas do Plano Astral - 1. As Funções dos Agnisuryas - Continuação dos Comentários - Página 538.

Comentários (Continuação).

O Mestre sugere um cuidadoso estudo de algumas relações cósmicas, para a percepção inteligente de um vínculo entre os mundos astral e búdico, com o objetivo de ser produzida uma atividade harmoniosa no mundo físico. Inicialmente analisemos essa atividade harmoniosa no mundo físico.

O entendimento dessa conexão energética entre os mundos astral e búdico e o pensar constantemente nessa conexão, estando o processo dessa conexão claro e nítido na mente, irão dinamizar o afluxo de energias do mundo búdico (via corpo búdico em torno do átomo búdico permanente) para o mundo astral (via corpo astral em torno do átomo astral permanente). Como a matéria búdica é harmonizadora por excelência (é regida pelo 4o. Raio, de Harmonia), o resultado é o estabelecimento da harmonia no corpo astral. Como o corpo astral domina o corpo físico, este também entra em harmonia.

Com os corpos físicos de muitos em harmonia, esta será estabelecida no mundo físico.

Vejamos a 1a. relação cósmica citada pelo Mestre:

a. O sol físico e sua relação com o prana e o corpo etérico.

Sabemos que esse sol visível e que nos aquece é fonte irradiadora de 3 manifestações de fogo por fricção (o fogo da matéria): fogo por fricção/elétrico ou fohat, fogo por fricção/solar ou prana e fogo por fricção/por fricção ou kundalini.

Sabemos também que o prana está ligado ao 2o. aspecto e, portanto, seu objetivo é a coesão e o funcionamento harmonioso das células entre si e o mesmo entre os órgãos (é o conservador em ação). Assim, o conhecimento profundo do processo de absorção de prana pelo corpo etérico e sua aplicação constante para manutenção da saúde constituem um dos meios para o estabelecimento da harmonia no mundo físico.

Vejamos a 2a. relação cósmica:

b. O sol subjetivo e sua relação com o plano astral, com o princípio kama-manásico e o corpo astral.

Esse sol subjetivo é a matéria astral que envolve o sol físico. Assim como todos os planetas físicos possuem um envoltório de matéria astral, o sol igualmente tem seu envoltório de matéria astral. Esse envoltório de matéria astral do sol irradia, para todo o sistema solar, fogo por fricção tríplice, semelhantemente ao sol físico e vitaliza a matéria astral de todos os planetas.

Como sabemos, na matéria astral da Terra há seres vivos em evolução, como os seres humanos desencarnados vivendo por meio de seus corpos astrais. Os seres humanos encarnados também possuem corpos astrais, além dos físicos. Esses corpos astrais necessitam de prana para a manutenção da coesão e da harmonia entre suas partículas componentes. Esse prana astral provém do sol astral.

c. O sol central espiritual e sua relação com o Espírito ou atma do homem.

Esse sol central espiritual não é o nosso sol visível, mas uma das estrelas que compõem o sistema estelar que é a alfa da constelação à qual nosso sol pertence. Essa estrela é a expressão física do 1o. aspecto do nosso Logos solar, denominado 1o. Logos pelo Mestre Djwal Khul.

Essa estrela tem seus envoltórios de matérias astral, mental, búdica, átmica, monádica e adi. É a matéria átmica dessa estrela que irradia fogo alimentador dos átomos átmicos permanentes ligados às Mônadas humanas, através dos quais elas expressam sua vontade ou princípio atma.

d. O coração do sol e sua relação com os corpos mentais, inferior e superior, que produzem essa manifestação peculiar denominada corpo causal.

Esse coração é a expressão do 2o. aspecto do nosso Logos solar, o aspecto Budi, denominado 2o. Logos pelo Mestre. Esse aspecto manifesta-se fisicamente pela 2a. estrela do sistema estelar que é a alfa da constelação à qual nosso sol pertence. Essa estrela tem seus envoltórios de matérias astral, mental, búdica, átmica, monádica e adi. Pelo aspecto logoico que ela expressa, as matérias mais importantes são a monádica e a búdica. Mas é a matéria búdica dessa estrela que mais atua na matéria búdica da Terra, irradiando fogo específico, de controle magnético, característica do 2o. aspecto do Logos solar, o aspecto Budi.

Como sabemos, o corpo causal (Loto Egoico) humano surgiu da interação entre as matérias mental inferior e mental superior do homem, por ação da matéria búdica da Terra, por ocasião da individualização. Esse ação persiste.

O Mestre diz que a energia do coração do sol chega à Terra através do triângulo Sol-Vênus-Terra.

Temos portanto, provenientes do Sol, as seguintes energias:

- prana alimentador do corpo etérico;
- prana alimentador do corpo astral;
- prana alimentador do corpo búdico via átomo búdico permanente.

A energia que estimula Atma no homem, proveniente do sol central espiritual, deve também passar por um triângulo do qual o Sol faz parte, totalizando assim 4 energias emanadas a partir do Sol. Essa energia tem a componente prana, específica para o corpo átmico via átomo átmico permanente.

Temos então no prana, fogo de coesão, um vínculo entre o corpo astral e o búdico, uma vez que, sendo o corpo astral vitalizado pelo prana astral, naturalmente ele vai exigir mais energia do corpo búdico via átomo búdico permanente, o que irá impor harmonia no corpo astral.

O corpo etérico, por sua vez, sendo dinamizado pelo prana físico, irá exigir mais energia do corpo astral, sendo então beneficiado pela harmonia implantada no corpo astral pelo prana búdico.

O átomo átmico permanente dinamizado pelo prana emanado do sol central espiritual irá vitalizar o átomo búdico permanente, aumentando seu poder harmonizador.

Portanto, podemos concluir, dentro de um raciocínio lógico, que o prana é um agente vinculador entre os corpos astral e búdico, estabelecendo uma atividade harmoniosa no mundo físico, como afirma o Mestre.

Esse assunto requer mais aprofundamento, que deixaremos para mais adiante.

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Estudo 332

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Continuação dos Comentários - Páginas 538 e 539.

Continuemos o estudo dos ensinamentos do Mestre Djwal Khul nas páginas 538 e 539 do Tratado. Ele fala de triângulos cósmicos, astronomia esotérica e ciclos ocultos.

Por triângulo neste contexto entendemos aquele que é a fonte da qual emana determinada energia, aquele que recebe essa energia e a adapta para um terceiro que deve recebê-la e utilizá-la.

Por astronomia esotérica entendemos o estudo da astronomia sob o ponto de vista de corpos de expressão de Logos solares e cósmicos e as relações existentes entre eles. Por exemplo, conhecer as constelações que são centros de força (chacras) no corpo do Logos cósmico, do qual o nosso sistema solar é um centro.

Por ciclos ocultos entendemos os períodos de tempo durante os quais determinados triângulos cósmicos se formam e perduram, para a realização de específicas atividades no corpo do Logos receptor, com vistas a desenvolver definida qualidade. Na realidade a atividade ocorre nos 3 componentes do triângulo e no corpo do Logos cósmico.

Quanto à descoberta do 3o. tipo de eletricidade com funções de equilíbrio, por parte da ciência, ela ainda não ocorreu. Todavia a ciência admite uma partícula no interior do núcleo do átomo químico com função de evitar que prótons (de mesma carga elétrica, positiva) se repilam, estando assim no caminho para a descoberta da eletricidade equilibradora. Como em outras atividades grupos dévicos específicos trabalham nessa área, respondendo a uma vibração específica.

O triângulo formado na individualização do homem, nesta 4a. ronda da 4a. cadeia do nosso esquema, na nossa visão, é constituído pelo sistema Sirius (a fonte de Manas), o esquema de Vênus (o equilibrador) e um grupo de Agnishvattas cósmicos constituindo o corpo mental cósmico do nosso Logos planetário. Tal energia manifestou-se na matéria búdica (equilibradora), que é o 4o. éter cósmico no corpo físico cósmico do nosso Logos planetário. Daí a energia manifestou-se na matéria mental, que é a parte gasosa no corpo físico denso cósmico do nosso Logos planetário. Nessa matéria mental uma classe de Agnishvattas chamados Anjos solares efetuou o trabalho de individualização do homem lemuriano, em meados da 3a. sub-raça lemuriana.

Analisemos agora a citação do Antigo Comentário.

"As esferas de fogo tratam de localizar-se nos 3 inferiores." Isto significa que os Agnishvattas começaram a fazer seu trabalho na matéria mental do nosso esquema, os Agnisuryas na matéria astral e os Agnichaitas na matéria física.

"Originam-se por meio da quinta, sem embargo fundem-se nos planos da yoga." Isto significa que esses devas manifestam-se por meio da 5a. Hierarquia criadora (a 10a. na contagem total) e sua fusão ocorre na matéria búdica (os planos da yoga ou união).

"Quando as essências ígneas compenetram tudo, então já não existe a quinta, a sexta nem a sétima, mas unicamente as três que brilham por meio do quarto." Isto significa que quando os Agnishvattas, os Agnisuryas e os Agnichaitas tornarem homogêneas as matérias mental, astral e física, eles deixarão de existir separadamente, mas manifestar-se-ão unidos com grande brilho (grande dinamismo) por meio da matéria búdica. Aqui é bom lembrar que a Hierarquia criadora que se manifesta no 4o. plano ou mundo búdico é a das Mônadas humanas. Embora existam devas trabalhando no mundo búdico, podemos perceber a importância das Mônadas humanas no trabalho de fusão.

O Mestre deixa bem clara a função equilibradora do plano ou mundo búdico na manifestação dos 3 mundos superiores (átmico, monádico e adi) para os 3 mundos inferiores, bem como sua função sintetizadora ou de fusão do que foi conquistado nos 3 mundos inferiores. Isto se dá para o homem e para o Logos planetário. Por isto o Mestre recomenda que o corpo físico cósmico do Logos seja estudado sob o ponto de vista do Logos planetário e do homem, sendo que o ponto de vista do Logos só começa a ser entendido pelo homem quando ele se torna um iniciado, quando sua consciência passa a atuar gradualmente no mundo búdico e acima.

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Estudo 333

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Continuação - Páginas 539 e 540.

"Nos 3 mundos temos as evoluções paralelas, dévica e humana em sua grande variedade de graus, logicamente que a humanidade nos concerne mais intimamente, embora ambas evoluam mediante a interação. Nos 4 mundos superiores temos esta dualidade considerada como unidade, considerando-se só o aspecto da evolução sintética dos Homens celestiais. Seria de grande benefício para nós, se pudéssemos compreender algo do ponto de vista dos grandes devas que colaboram inteligentemente no plano evolutivo. Possuem seu próprio método de expressar estas ideias, que consiste na cor que pode ser ouvida e no som que pode ser visto. O homem inverte o processo, vê as cores e ouve os sons. Aqui há um indício sobre a necessidade de empregar símbolos, porque expressam verdades e instruções cósmicas e podem ser captadas pelos seres avançados de ambas evoluções. Deve ser tido em conta, como já foi indicado anteriormente, que:

a. O homem manifesta os aspectos da divindade. Os devas manifestam os atributos da divindade.

b. O homem está desenvolvendo a visão interna e deve aprender a ver. Os devas estão desenvolvendo a audição interna e devem aprender a ouvir.

c. Ambos são todavia imperfeitos e o resultado é um mundo imperfeito.

d. O homem evolui por meio do contato e da experiência. Expande-se.

Os devas evoluem diminuindo o contato.

A limitação é a lei que os rege.

e. O homem aspira adquirir autocontrole.

Os devas se desenvolvem quando são controlados.

f. O homem é inerentemente Amor, Força que produz coerência. Os devas são inerentemente inteligência, força que produz atividade.

g. O 3o. tipo de força, o da Vontade, o equilíbrio balanceador dos fenômenos elétricos, há de atuar equitativamente em ambas evoluções e através delas, porém em uma se demonstra como autoconsciência e na outra como vibração construtiva.

No Homem celestial estes 2 grandes aspectos da divindade estão equitativamente mesclados e durante o mahamanvantara os Deuses imperfeitos fazem-se perfeitos. Destacam-se estas diferenças amplas e gerais, porque lançam luz sobre a relação entre o Homem e os devas."

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Estudo 334

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Comentários sobre os ensinamentos das páginas 539 e 540.

Analisemos os ensinamentos do Mestre Djwal Khul desde o último parágrafo da página 539 até o penúltimo parágrafo da página 540 do Tratado.

Inicialmente o Mestre diz que nos 3 mundos inferiores, físico, astral e mental, os 2 reinos, humano e dévico, seguem paralelos e separados em termos de consciência, mas interagindo, ou seja, o humano afeta o dévico e este afeta o humano. Pelo visto podemos deduzir, dentro de uma lógica, que os 2 reinos devem se integrar, através da harmonização, o que é confirmado pelas palavras do Mestre logo em seguida, quando Ele diz que nos 4 mundos superiores, búdico, átmico, monádico e adi, os 2 reinos serão uma unidade, olhando-se os Homens celestiais em evolução sintética. Portanto, o reino humano, que tem como meta controlar o reino dévico, deve, através do conhecimento e da prática desse conhecimento, tudo fazer para entender o Plano divino e o Propósito do Logos planetário, estabelecendo já a harmonia nos mundos inferiores, dentro desse Propósito. Só assim o Cristo poderá reaparecer entre nós.

A consolidação da Vontade para o bem, produzindo a boa Vontade, em âmbito mundial, com pleno conhecimento e plena consciência, livremente e não por imposição, trará o Cristo para junto de nós, fisicamente, embora Ele, trabalhando nos mundos elevados, nunca tenha se afastado de nós, como o atesta seu aparecimento no mundo astral todos os anos no Festival de Wesak.

A seguir o Mestre fala da importância para nós do entendimento do modo de ser dos devas, da sua vida interior, do seu comportamento, dos seus métodos de ação, da estrutura dos seus corpos de expressão, enfim, conhecer os devas como o homem conhece seus próprios corpos. Quando isto for possível, então haverá de fato fraternidade entre devas e homens.

Uma informação muito importante e útil que o Mestre nos dá é sobre os sentidos da visão e da audição dos devas. Ele diz que os devas ouvem as cores e veem os sons, ao contrário do homem, que vê as cores e ouve os sons (página 540 do Tratado).

Vejamos definições científicas do som, da luz e das cores.

Som - Sucessão de condensações e rarefações de partículas. Essa condensações e rarefações de partículas seguem determinadas direções e assim formam figuras. A física, em laboratórios de acústica, já comprovou este fato. Segundo o Mestre Djwal Khul, na página 278 do Tratado, o som se propaga no 3o. éter e por repercussão se manifesta nos estados gasoso, líquido e sólido. A física define o som como onda mecânica.

Luz - Podemos interpretar a luz como uma força que cresce a partir do zero até uma intensidade máxima, num determinado sentido e em seguida decai até o zero, numa certa velocidade; após, a força cresce em sentido oposto até o máximo, voltando a cair até o zero. Esses 2 crescimentos da força, em sentidos opostos, chamam-se ciclo, na física. Esses crescimentos se sucedem em definidas direções. A quantidade de ciclos por segundo é denominada frequência.

Cada cor tem sua frequência. A síntese das 7 cores produz a luz branca. Segundo o Mestre, na página 278 do Tratado, as cores, em sentido particular, estão vinculadas ao 4o. éter.

Voltemos ao tema do Tratado. Segundo o Mestre, na página 179 do Tratado, a visão dá a ideia de proporção e permite ajustar os movimentos aos dos outros; a audição dá a ideia de direção relativa e permite fixar a posição e localizar-se no esquema.

A ideia de proporção (visão) leva ao conhecimento daquilo do qual a proporção deve ser sabida, ou seja, implica no conhecimento do plano e da parte que cabe, para que o trabalho a realizar (os movimentos) se ajuste ao dos outros.

A ideia de direção e de posicionamento (audição) leva ao local onde o trabalho deve ser realizado no esquema ou plano específico, implicando em manipulação de matéria.

Apliquemos esses conceitos de visão e audição ao fato de os devas verem os sons e ouvirem as cores, ao contrário do homem, que vê as cores e ouve os sons.

Na página 181 do Tratado o Mestre diz que a audição conduz ao reconhecimento da quádrupla palavra, à atividade da matéria, o 3o. Logos; a visão leva ao reconhecimento da totalidade, à síntese de tudo, à consumação do Uno nos muitos, à Lei de Síntese atuando em todas as formas que o eu ocupa e ao reconhecimento da unidade essencial em toda a manifestação.

Na letra b da página 540 do Tratado o Mestre diz que o homem está desenvolvendo a visão interna e deve aprender a ver; os devas estão desenvolvendo a audição interna e devem aprender a ouvir. Isto significa, quanto aos devas, que aperfeiçoar a audição interna constitui para eles uma meta, sendo portanto seu processo principal. Juntando a isto o fato de que a audição conduz à atividade da matéria (página 181 do Tratado) e mais o que o Mestre diz na letra f da página 540: "Os devas são inerentemente inteligência, força que produz atividade." , fica nitidamente comprovado que aperfeiçoar a audição interna é meta para os devas, sendo sua principal ferramenta de trabalho.

Vejamos agora como os devas executam seu trabalho de construção, ouvindo as cores e vendo os sons.

O mecanismo de audição dos devas é de tal forma construído, que só responde às sucessões de crescimento e decaimento de força, denominadas cores, levando à consciência dévica informações que direcionam o deva e lhe indicam o lugar onde deve ficar para a execução de seu trabalho construtor.

Sabemos que cada plano e subplano têm suas cores específicas, como também os elementos químicos possuem suas próprias cores que os identificam, o que é fato comprovado pela química. Assim, a questão onde devo trabalhar é respondida.

Resta a questão o que devo fazer. O mecanismo de visão dos devas é preparado para só responder às sucessões de condensações e rarefações de partículas denominadas ondas sonoras, levando à consciência dévica informações de proporção referentes á figura gerada pelos sons ou palavra e que lhe indicam o que deve fazer, ou seja, ajustar seus movimentos (seu trabalho) aos dos outros devas, no trabalho coletivo ou grupal.

Dentro do raciocínio acima exposto, podemos demonstrar a veracidade das palavras do Mestre nas letras "d", "e" e "f" da página 540 do Tratado. Sendo o homem inerentemente Amor, ele necessita do contato com o não-eu para expressar e desenvolver esse amor. Já os devas, sendo inerentemente inteligência, têm de abandonar o contato (nos moldes do homem), para se concentrarem na sua atividade construtora.

Nessa atividade está a construção de corpos para o homem. Os devas evoluem sendo controlados, porque por esse controle eles aumentam sua atividade e assim evoluem.

Em ambos os reinos, humano e dévico, a Vontade atua, no homem resultando em autoconsciência e nos devas resultando em atividade ou vibração construtiva (Letra g da página 540).

Como a partir do mundo búdico as 2 evoluções, humana e dévica, trabalham juntas e em harmonia, na parte etérica cósmica do corpo físico cósmico do Homem celestial ou Logos planetário, elas estão equitativamente mescladas.

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Estudo 335

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - a. As Funções dos Agnisuryas - Continuação - Páginas 540, 541, 542 e 543.

"Os devas do plano físico, embora estejam divididos nos grupos A, B e C, correspondem ao grupo dos "Devas de Sétima Ordem". A sétima ordem está peculiarmente ligada aos devas de primeira ordem do primeiro plano. Refletem a mente de Deus, da qual a primeira ordem constitui a expressão e a manifesta a medida que vai sendo desenvolvida desde o plano arquetípico. Ditos devas estão diretamente influenciados pelo sétimo Raio e o Logos planetário desse Raio trabalha em estreita colaboração com o Senhor-Raja do sétimo plano. Devido a que a meta de evolução dos devas é desenvolver a audição interna, compreender-se-á porque os sons mântricos e as modulações rítmicas constituem o método para entrar em contato com eles e produzir os distintos fenômenos. Os trabalhadores do caminho da esquerda empregam estes devas para praticar o vampirismo e a desvitalização de suas vítimas. Atuam sobre os corpos etéricos de seus inimigos e, por meio do som, afetam a substância dévica, produzindo assim os resultados desejados. O mago branco não atua no plano físico com substância física, mas transfere Suas atividades para um nível superior e dali manipula desejos e motivos, trabalhando por intermédio dos devas de sexta ordem.

Os devas de sexta ordem correspondem ao plano astral e estão muito ligados com as forças que produzem os fenômenos que chamamos amor, impulso sexual, instinto ou anelo, e motivo impulsor que se manifesta logo no plano físico como uma atividade determinada. A vibração positiva, iniciada no plano astral, produz resultados no plano físico e é por isso que o Irmão Branco, se acaso trabalha com os devas, o faz só no plano astral e com o aspecto positivo.

Como é de se esperar, estes devas de sexta ordem estão estreitamente vinculados com os de segunda ordem no plano monádico e com o centro cardíaco de determinado Homem celestial a cujo Raio pertençam. Estão ligados também às forças dévicas do plano búdico; nestas 3 grandes ordens de devas temos um poderoso triângulo de força elétrica - os 3 tipos de eletricidade descritos nos livros de ocultismo. Deve ser tido em conta que o tipo de força equilibradora (embora desconhecido na atualidade) flui desde o plano búdico, encontrando-se ali o ápice do triângulo.

Estas 3 ordens são (no atual sistema solar) as mais poderosas, especialmente na presente 4a. ronda. Influenciam particularmente o 4o. reino da natureza e fundamentam a busca do equilíbrio, a fim de lograr a harmonia, a união e o yoga, que caracterizam o homem em todos os níveis; sua manifestação inferior constitui o instinto sexual tal como o conhecemos e a superior o anelo de unir-se a Deus.

Os devas de sexta ordem estão influenciados especialmente pelo Senhor de sexto Raio de Idealismo Abstrato; este vínculo possibilita o desenvolvimento da ideia arquetípica até chegar ao plano físico. A sexta Hierarquia criadora também está especialmente relacionada com esta ordem particular de devas, e através desta influência dual - um tipo de força atua por intermédio da manifestação etérica e outro por intermédio do físico denso.

Isto constitui ainda um mistério insolúvel para o estudante, porém muito poderá ser descoberto no significado que encerram os números. Este ângulo do tema deve ser estudado a fim de desentranhar o verdadeiro significado dos devas de sexta ordem, cujo símbolo é a estrela de 6 pontas, disposta em um ângulo particular e em plena manifestação. A estrela de 6 pontas é o sinal de que um "Filho da necessidade" (seja um Deus ou um homem) desejou encarnar fisicamente. Os devas de sexta ordem, os Agnisuryas, constituem o fator principal para lográ-lo. Na sexta ronda ditos devas começarão a fazer sentir sua presença em forma mais poderosa, porém a força de sua vibração será gradualmente dirigida para cima e não para baixo, ao plano físico. Isto envolverá a transmutação do desejo em aspiração e produzirá, oportunamente, a liberação do Logos planetário, pondo fim a um manvantara ou Seu ciclo de encarnação física. Ao retirar-se a força do desejo também cessa a existência física do homem. O Antigo Comentário expressa esta verdade nas seguintes palavras:

"Os de sexta ordem retiram-se dentro de si mesmos; dirigem-se aos de quinta ordem, deixando sós os de sétima ordem."

Continuando o estudo sobre estas ordens dévicas, devemos assinalar que as 3 ordens inferiores - a quinta, a sexta e a sétima - relacionam-se estreitamente com a lua. São os agentes construtores que (trabalhando na matéria involutiva dos 3 mundos) constroem os 3 corpos inferiores do homem encarnante. Constituem um ramo especial dos Pitris lunares, porém deve ser recordado que funciona em nosso esquema particular e está estreitamente ligado a nosso Logos planetário. Grupos de tais Pitris encontram-se em todos os esquemas onde haja homens encarnados; em outros esquemas diferem algo dos nossos, já que o "Mistério da Lua" está relacionado com uma condição esotérica peculiar que concerne a nosso Logos planetário.

Onde o homem se encontre encarnado, encontrar-se-ão os Construtores de seus corpos, os quais diferirão em:

a. Grau de vibração.
b. Etapa de desenvolvimento.
c. Nível de consciência.
d. Força fohática, magnética e dinâmica.

Ademais há de ser recordado que em cada ronda muda a substância ou evolução dévica; eles também evoluem e, portanto, o tema dos devas, em seu aspecto dual, como substância negativa e positiva que produz objetividade, deve ser estudado em forma tríplice, se queremos chegar a ter um verdadeiro conceito. Por conseguinte, os devas - soma total da substância - devem ser considerados desde o ponto de vista de:

A evolução da ronda.

Um Logos planetário, posto que forma Seu corpo de manifestação, um esquema;

O reino humano.

Si isto não for considerado desde ditos pontos de vista, será obtido um conceito estreito e errôneo. No futuro, como poderá observar-se mediante o estudo da Doutrina Secreta, (12) o Logos em Sua natureza setenária será visto como o Macrocosmos para o Homem, enquanto que o Microcosmos, o Homem mesmo, será visto também como o Macrocosmos para os 3 reinos inferiores. Esta é simplesmente uma maneira de estudar a evolução da Entidade consciente - Deus, o Homem ou a vida interior - por meio da substância dévica; envolve o estudo da interação positiva e negativa."

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Estudo 336

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Comentários sobre os ensinamentos das páginas 540 e 541.

Comentários

Neste trecho do Tratado o Mestre Djwal Khul estabelece o conceito de ordem em relação aos devas, associando a palavra ordem ao plano ou matéria física cósmica; assim os devas ficam classificados quanto à matéria na qual operam, da seguinte forma:

- matéria adi ou divina - 1o. plano...devas de 1a. ordem;
- matéria monádica - 2o. plano...devas de 2a. ordem;
- matéria átmica ou espiritual - 3o. plano...devas de 3a. ordem;
- matéria búdica ou intuicional - 4o. plano...devas de 4a. ordem;
- matéria mental - 5o. plano...devas de 5a. ordem;
- matéria astral ou emocional - 6o. plano...devas de 6a. ordem;
- matéria física - 7o. plano...devas de 7a. ordem.

Existe uma particular ligação entre os devas de 1a. ordem e 7a. ordem, ou seja, os Agnichaitas (de 7a. ordem) trabalham em associação com os devas do mundo adi ou divino (devas de 1a. ordem). Esta associação é devida ao fato de que os devas de 1a. ordem conhecem o Plano que o nosso Logos solar estabeleceu para Seu corpo físico cósmico e os devas de 7a. ordem sabem o que deve ser feito para a maior eficácia do contato entre o Espírito ou Mônada e a parte mais densa de Seu corpo físico cósmico, dentro do Plano.

Obviamente o Senhor do 7o. Raio, o Logos de Urano, está vinculado ao Senhor Kshiti, Raja do 7o. plano, o físico.

Quanto ao que o Mestre diz sobre o desenvolvimento da audição interna dos devas e o método de contacto com eles por meio de sons mântricos e modulações rítmicas, para produzir os diferentes fenômenos, é necessário um esclarecimento.

Na página 540 do Tratado o Mestre afirma que os devas ouvem as cores e veem os sons. Como a audição dá a ideia de direção e localização, os devas orientam-se e localizam-se pelas cores. Como a visão dá a ideia de proporção e ajuste ao movimento dos outros, os devas ajustam-se ao trabalho a ser feito em conjunto pelos sons, sendo que as modulações rítmicas indicam pequenas diferenciações dentro das partes do trabalho, assim como nas telecomunicações a modulação da onda portadora contém informações específicas.

Quando os irmãos do caminho do mal (da esquerda) utilizam os sons para atuar sobre os corpos etéricos de seus inimigos, provocando a desvitalização deles, as vibrações sonoras, que são ondas mecânicas, são vistas pelos devas que constituem a substância dos corpos etéricos, e pela visão são induzidos a ajustarem sua ação de acordo com a intenção do irmão do mal. Pelas cores (que são ouvidas pelos devas) o irmão do mal conseguiu chamar a atenção dos devas, orientando-os para o local onde a ação deveria ser feita. Os irmãos do mal trabalham com os devas de 7a. ordem, os Agnichaitas.

O Mestre informa que os irmãos do bem não atuam diretamente na matéria física, mas o fazem a partir da matéria astral, resultando o efeito no mundo físico, ou seja, trabalham com os Agnisuryas, os devas de 6a. ordem.

Estes devas de 6a. ordem, do mundo astral, operam os fenômenos que constituem o que chamam amor (esse amor sob o ponto de vista humano), atividade sexual, anelo ou o motivo que impele o homem comum à ação física. Assim vemos claramente uma vibração positiva do mundo astral atuando na matéria física, negativa em relação à matéria astral.

Os devas de 6a. ordem, os Agnisuryas, do mundo astral, estão fortemente ligados aos devas de 2a. ordem, do mundo monádico e aos devas de 4a. ordem, do mundo búdico, como também ao centro cardíaco do Logos planetário a cujo Raio pertençam, uma vez que os devas são divididos em grupos, cada grupo regido por um Senhor de Raio.

Esta ligação entre os devas de 2a., 4a. e 6a. ordens é devida à conexão existente entre as Leis de Coesão (do mundo monádico), de Controle Magnético (do mundo búdico) e de Amor (do mundo astral), a conexão 2 - 4 - 6.

Nessa conexão, a energia ou o fogo emanado pela matéria dévica monádica (um particular tipo de eletricidade ou fogo elétrico), de 2a. ordem, é adaptado e equilibrado pelos devas de 4a. ordem, do mundo búdico (onde impera a Lei de Controle Magnético) e enviado para os devas que constituem a matéria astral, de 6a. ordem, onde surge como amor, dentro da concepção humana. Esta conexão constitui um poderoso e importante triângulo, com ponto mais importante no mundo búdico. O amor mais elevado (altruísta) se manifesta no mundo búdico e o mais elevado ainda, no mundo monádico.

Como no atual sistema solar o nosso Logos solar está empenhado em desenvolver ao máximo seu 2o. aspecto, Amor-Sabedoria, ou Budi, essas 3 ordens de devas são as mais poderosas e atuantes, em particular na nossa atual 4a. ronda da nossa 4a. cadeia planetária. O reino humano, o quarto, é o mais influenciado por essas ordens dévicas, com o objetivo de levar o home à busca do equilíbrio, da harmonia, da união, que devem caracterizar o homem em todos os níveis. No nível inferior manifesta-se como instinto sexual e amor egoísta, que busca unicamente satisfação e em nível superior como aspiração de unir-se a Deus.

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Estudo 337

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Comentários sobre os ensinamentos das páginas 542 e 543.

O Mestre Djwal Khul diz que os devas de 6a. ordem, os Agnisuryas, estão especialmente influenciados pelo Senhor do 6o. Raio de Idealismo Abstrato, o Logos do esquema de Netuno. A ideia que está registrada no mundo arquetípico, o mundo adi ou divino, ou seja, na matéria adi, melhor dizendo, o que o Logos solar quer expressar e desenvolver por meio do Seu corpo físico cósmico, pode ser desenvolvida no nosso mundo físico, graças a esse vínculo com o 6o. Raio, que estimula no homem a dedicação a um ideal. Nesse trabalho a 6a. Hierarquia criadora exerce uma especial atividade.

Esta 6a. Hierarquia dévica criadora (a 11a. no cômputo total, considerando as 4 já liberadas e 1 em vias de liberação, é a vida da contraparte etérica de todos os objetos tangíveis e ao mesmo tempo atua nos Agnisuryas do mundo astral, levando-os a atuar sobre a 7a. Hierarquia criadora (a 12a. no cômputo total), a qual é a vida positiva no interior dos átomos, produzindo a manifestação física densa. É assim que o corpo astral do homem o conduz à atividade física.

As energias do 6o. Raio (de Idealismo Abstrato) estimulam o homem a agir fisicamente de forma a realizar a parcela do Propósito divino (arquivado no mundo adi) que chega ao mundo físico. É óbvio que com a evolução do homem partes maiores do Propósito divino chegam à sua consciência e então ele age com conhecimento cada vez mais amplo e vai se tornando trabalhador e cooperador mais eficiente e lúcido, expandindo sua consciência em velocidade cada vez maior.

Quanto ao símbolo dos devas de 6a. ordem, a estrela de 6 pontas, disposta num ângulo particular, podemos raciocinar da seguinte forma: as 6 pontas representam o 6o. mundo ou plano, o astral, e o ângulo é tal que 2 pontas estão voltadas para cima, 2 para baixo e 1 ponta para cada lado, representando assim a força dual desses devas (a deles e a da 6a. Hierarquia criadora), fluindo do astral para o físico.

É pela ação dos Agnisuryas que as Mônadas (logoicas e humanas) podem encarnar fisicamente, na fase de Filhos da necessidade, sendo por isso que a estrela de 6 pontas simboliza que um Filho da necessidade deseja encarnar fisicamente.

Na 6a. ronda (vejam a relação numérica) esses devas começarão a intensificar sua ação, porém fá-lo-ão gradualmente para cima e não para baixo, ou seja, para o mundo mental. A posição da estrela de 6 pontas obviamente deverá ser modificada. Com isto o desejo será transmutado em aspiração, o que iniciará o processo de liberação do Logos planetário, terminando um Seu ciclo de encarnação física, ou seja, o término da 4a. cadeia. Isto significa o início da transmutação de Manas em Budi e a manifestação de Budi por meio de Manas aperfeiçoado.

Cessando o desejo, cessa a existência física. As palavras do Antigo Comentário significam o seguinte:

Os de 6a. ordem (os Agnisuryas, do mundo astral) desligam-se do mundo físico (os devas de 7a. ordem) e vinculam-se com os devas de 5a. ordem, do mundo mental. Com isso os devas de 7a. ordem ficam sem a energia positiva e em consequência retiram-se, ocorrendo a morte física. Mas o ciclo de encarnações físicas não se encerra aí, porque em seguida vem um ciclo de encarnações nas quais os devas de 5a. ordem (mundo mental) tornam-se receptivos aos devas de 4a. ordem (mundo búdico), os de 6a. ordem (mundo astral) receptivos aos de 5a. ordem e os de 7a. ordem (mundo físico) aos de 6a. ordem, estabelecendo-se assim uma conexão perfeita e livre entre os corpos búdico, mental, astral e físico, possibilitando a manifestação de Budi através do cérebro físico.

Nessa etapa o homem encarnado fisicamente visa apenas executar a parte do Propósito divino que lhe compete, cessando o apego às coisas materiais e honrarias que muitos tanto almejam.

A ligação dos agentes construtores dos corpos mental, astral e físico do homem com a lua é porque eles operam com a matéria involutiva, os devas negativos, e que são oriundos da cadeia lunar. Mas isso acontece somente no nosso esquema. Com outros esquemas, nos quais haja evolução humana, os agentes construtores dos corpos inferiores do homem trabalham com matéria involutiva diferente e eles mesmos têm natureza distinta da dos nossos, condizente com a natureza do Logos planetário do esquema.

Especificando os parâmetros pelos quais podemos distinguir as diferenças entre esses construtores, temos:

a. Grau de vibração ou a nota básica.
b. Etapa de desenvolvimento.
c. Nível de consciência.
d. Intensidade e grau de fusão dos fogos elétrico, solar e por fricção.

Como tudo evolui, é óbvio que em cada ronda muda a substância ou evolução dévica (a matéria). Em vista disto o estudo dos devas deve se basear em:

- O ponto evolutivo da ronda.
- O Logos planetário do esquema, pois o esquema é o Seu corpo de manifestação.
- O reino humano, se houver.

Sem essas considerações qualquer conceito será estreito e errado.

No futuro, com o avanço do conhecimento humano sobre a verdadeira realidade e não essa distorcida por maia, na qual se inclui a atual visão religiosa, o Logos planetário na Sua natureza setenária será olhado como o Macrocosmos (o modelo maior e abrangente) para o homem, enquanto este será visto como o Macrocosmos para os 3 reinos inferiores: animal, vegetal e mineral.

Este modo de ver é simplesmente um modo de estudar a evolução da Entidade consciente - Deus (o Logos), o Homem ou as vidas inferiores - por meio da substância dévica e da interação positivo - negativo (a polaridade).

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Estudo 338

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Continuação - Páginas 543, 544 e 545.

"Novamente, como diz o Antigo Comentário:

"Quando o Pai se acerca à Mãe, aquele que há de ser toma forma. A união de ambos oculta o verdadeiro mistério do Ser.

Quando os grandes devas se buscam, encontram-se e fundem-se, cumpre-se a promessa da vida.

Quando aquele que vê e conhece permanece entre seus progenitores, então pode ver-se a frutificação do conhecimento e se conhece tudo o que existe nos planos da consciência.

Quando se vê que Anu, o infinitesimal, contém Ishvara sem Seu poder, quando as esferas e ciclos inferiores se expandem no círculo dos céus, então a Unidade essencial será conhecida e plenamente manifestada.

Quando o Uno que contém a vida se transforma no três, atrás do qual oculta-se essa vida; quando o três por rotação converte-se no sete e no dez; quando os trezentos bilhões de vidas dévicas repetem a rotação; quando é alcançado o ponto central e este revela o três, o nove e a JOIA radiante interna, então o círculo de manifestação terá sido consumado e o Uno converte-se novamente no dez, no sete, no três e no ponto."

Aqui reside a chave do matrimônio místico; o estudo destes pares de opostos revelará muito ao estudante de ocultismo - revelar-lhe-á o processo em tempo e espaço, mediante o qual esta união e seu fruto são consumados, observando a criação resultante do divino Hermafrodita em Seu elevado plano.

Devemos recordar sempre com claridade que nesta parte do tratado estamos considerando os devas evolutivos, Vida positiva que anima a matéria involutiva ou substância dévica. Portanto, a analogia do matrimônio místico, Espírito e matéria, pode ser vista atuando na substância dévica, por meio da interação das vidas dévicas positivas e negativas. A substância mesma representa uma dualidade essencial; as formas repetem a mesma dualidade e, quando chegamos ao homem, temos ali uma dualidade mais um terceiro fator. Estas 3 ordens de substância dévica - os quinto, sexto e sétimo inferiores - constituem um grupo muito misterioso no que se refere ao homem. (13) Raras vezes menciona-se na literatura ocultista, porém contém em si o segredo de nossa individualização planetária. Este grupo teve muito que ver com o "pecado dos sem mente" e está muito estreitamente associado com o homem animal. Ao poder e ao controle que exerciam estes pitris pode ser atribuída grande parte dos primeiros acontecimentos desastrosos aos quais se refere a Doutrina Secreta, como o "pecado" mencionado, e também os "fracassos" iniciais ao tentar a construção de veículos apropriados para os Espíritos que desejavam encarnar. Também pode ser encontrada aqui a origem desse enigmático antagonismo denominado "os caminhos da esquerda e direita", cujas condições (dentro do corpo logoico, sendo portanto parte da consciência divina) originaram-se no remoto "espaço de tempo" em que os filhos de Deus buscavam uma forma. Também se relaciona com uma condição especial existente no corpo astral de nosso Logos planetário e com Sua história, oculta na luz astral.

Isto concerne àquilo que o Logos planetário tem de superar e à maioria dos problemas que enfrenta o ocultista, incluso o "pecado dos sem mente", o fracasso da época atlante, e também este misterioso fracasso de Buda (que tem um significado planetário, insinuado na Doutrina Secreta) (14) podem ser atribuídos à condição da substância dévica da qual estão construídos o corpo astral de nosso planeta e os corpos astrais de todas as formas. É um dos Senhores mencionados como senhor de menor grau e mais "apaixonado" que os 3 superiores. Nem sequer completou Seu trabalho, pois ainda não controlou plenamente a substância dévica em seus distintos graus de vida. A evolução dévica tem muito que fazer todavia.

Se este conceito é ampliado até abarcar o sistema solar, será evidenciado que os veículos astrais dos diferentes Logos planetários diferem. Dita diferença depende necessariamente de Sua vida astral cósmica que afeta diretamente o astral do sistema, subplano físico líquido do físico cósmico. Isto é algo muito pouco compreendido. Como já sabemos, o corpo físico denso do Logos planetário tem uma tríplice condição - densa, líquida e gasosa - e o plano cósmico correspondente atua diretamente sobre cada uma. Algum dia saber-se-á que as condições dos distintos planetas físicos dependem deste fato.

Quando a natureza psíquica do Logos planetário for compreendida (conhecimento que se adquire depois da iniciação, pois é parte da Sabedoria) encontrar-se-á que a natureza dos diferentes esquemas, no que se refere a seu aspecto aquoso, por exemplo, está conectada a um estado astral particular. A medida que o iniciado progride em sabedoria, compreende intuitivamente a natureza essencial dos 7 grupos ou do Setenário logoico, o qual se refere à sua cor ou qualidade, o que depende da natureza psíquica de um Logos planetário determinado, podendo estudar o iniciado em certa medida Sua natureza emocional ou de desejo. Isto conduzirá oportunamente a uma consideração científica do efeito que tal natureza produz sobre Seu corpo físico denso e, especialmente, sobre essa parte chamada plano astral, subplano líquido do plano físico cósmico. Um reflexo dele (ou um desenvolvimento posterior, se for preferido este termo) encontra-se nas partes líquidas do planeta físico. "

(13) - "Sankaracharya e Buda. O grande sábio Sankaracharya é conhecido por todos como guia principal do movimento adváitico, iniciado depois da época do grande sábio conhecido como Gautama Buda, guia da doutrina de budi ou budismo. Ambos são grandes Mestres de Compaixão e podem ser concebidos como os dois hemisférios do ardente globo de luz localizado na montanha mental central a fim de distribuir luz a Oriente e Ocidente. Se escutarmos Helena Petrovna Blavatski, estes 2 grandes Mestres estão misticamente vinculados; compreender a natureza destes 2 seres é compreender que a natureza de todo o cosmos é divisível em 2 hemisférios, sendo um a terra donde sai o sol do eterno pensamento, e o outro "o Pilar que se encontra para o Ocidente sobre cuja face o sol nascente do eterno pensamento impele suas ondas mais gloriosas". Para nós (pobres filhos do pó da terra) representam os 2 grandes poderes conhecidos nos Puranas como Shiva e Vishnu, o semeador e o colhedor universais que, por sua interação, é dito, mantém o universo do progresso. Some Thougts on the Gita, paginas 92-93. "

(14) - "As Estâncias da Doutrina Secreta, põem de manifesto estes fracassos. D. S. III, 186-187; IV, 242, 248.

O fracasso de Buda. D. S. VI, 28, 218, 219.

A Doutrina Secreta refere-se aos Deuses imperfeitos em I, 218; II, 121; III, 211; V, 192."

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Estudo 339

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Comentários sobre as palavras do Antigo Comentário na página 543.

Comentários.

Analisemos as palavras do Antigo Comentário sobre o assunto.

"Quando o Pai se acerca à Mãe, aquele que há de ser toma forma. A união de ambos oculta o verdadeiro mistério do Ser." Sob a ótica de manifestação, o Pai é o Logos solar e a Mãe é a matéria física cósmica, da qual o Logos solar se apropria para construir o sistema solar (abrangendo as 7 matérias), Seu corpo físico cósmico, o Filho. Entender o comportamento do sistema solar, o Filho, em decorrência da atuação do Pai, o Logos solar, é descobrir o mistério do Ser, ou seja, o Logos sendo o que é através do seu sistema solar. Podemos ver também no Pai a Alma logoica.

"Quando os 2 grandes devas buscam-se, encontram-se e fundem-se, cumpre-se a promessa da vida." A promessa da vida neste contexto é o domínio da Alma sobre a personalidade, o que é conseguido quando o fogo da mente funde-se com o fogo da matéria. Então os 2 grandes devas, em relação ao Logos solar, são: o regente do fogo físico cósmico, o Senhor Agni e o regente do fogo mental cósmico, que deve ser um Senhor Agni maior.

"Quando aquele que vê e conhece permanece entre seus progenitores, então pode ver-se a frutificação do conhecimento e se conhece tudo o que existe nos planos da consciência." Aquele que vê e conhece é a Alma logoica atuando através do sistema solar e, portanto, permanecendo entre a matéria, a Mãe e a Mônada logoica, o Pai, vai aprendendo por meio das experiências vivenciadas com seu corpo físico cósmico, o sistema solar, expandindo assim sua consciência.

"Quando se vê que Anu, o infinitesimal, contém Ishvara em Seu poder, quando as esferas e ciclos inferiores se expandem no círculo dos Céus, então a Unidade essencial será conhecida e plenamente manifestada." Anu é o átomo, a ínfima partícula de matéria e a base de todos os mundos. Entender e descobrir o imenso poder existente no átomo (o que já aconteceu com referência ao átomo químico, comprovado pelas bombas nucleares), é o mesmo que ver o 1o. aspecto, Ishvara, no átomo, o que é o início da visão da Unidade essencial, o Uno manifestado no infinitesimal. A expansão das esferas e ciclos inferiores no círculo dos céus significa todo o processo evolutivo do Logos solar, ou seja, a sucessão das cadeias dos Logos planetários, pelas quais Eles, como centros do Logos solar, evoluem e aperfeiçoam-se, o que resulta no aperfeiçoamento dos centros do Logos solar e Sua consequente evolução e Seu aperfeiçoamento, tendo como conclusão a fusão da Alma logoica com a personalidade logoica, manifestando-se assim plenamente a Unidade essencial.

"Quando o Uno que contém a vida se transforma no três, atrás do qual oculta-se essa vida; quando o três por rotação converte-se no sete e no dez; quando os trezentos bilhões de vidas dévicas repetem a rotação; quando é alcançado o ponto central e este revela o três, o nove e a JOIA radiante interna, então o círculo de manifestação terá sido consumado e o Uno converte-se novamente no dez, no sete, no três e no ponto." O Uno que contém a vida é a Mônada logoica, que se manifesta através de Seus 3 aspectos, transformando-se no três; do 3o. aspecto surgem os 4 atributos, totalizando o sete; os 3 fogos resultantes da ação dos 3 aspectos sobre a matéria, sendo esses 3 fogos tríplices, produzem o nove, que juntamente com a manifestação conjunta totaliza o dez. Os trezentos bilhões de vidas dévicas repetem esse processo, porque são eles os agentes executores do Propósito do Logos solar; o ponto central refere-se à JÓIA no Loto Egoico solar, cercada pelas 3 pétalas centrais (o três), as quais são cercadas pelas outras 9 pétalas ( 3 da Vontade, 3 da Sabedoria e 3 do Conhecimento), o nove; quando as pétalas do Loto Egoico solar se abrirem totalmente, revelando a JÓIA no centro do Loto Egoico, então o Logos solar terá se libertado dos 3 mundos inferiores, os mundos cósmicos físico, astral e mental, terminando Seu período de manifestação física obrigatória e tendo sintetizado o dez, (por fusão e síntese dos 3 fogos: elétrico, solar e por fricção cósmicos), o sete (por fusão e síntese dos 4 atributos no 3o. aspecto), o três (por fusão e síntese dos 3o. e 2o. aspectos no 1o.), resultando no final o ponto ou Uno.

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Estudo 340

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Continuação dos comentários sobre os ensinamentos das páginas 543, 544 e 545.

Comentários.

O Mestre fala do matrimônio místico. Esse matrimônio se refere ao casamento entre o Espírito ou Mônada e a matéria. Ora, a matéria é a substância dévica, ou seja, a matéria vivificada pelos devas, para poder ser manipulada pela Mônada em seu processo evolutivo. Estudando-se o trabalho e o modo de operar dos devas ao produzirem a natureza, entenderemos como a evolução se desenvolve no tempo e no espaço. No tempo, no decorrer dos ciclos, maiores e menores. No espaço, nos diversos esquemas existentes no nosso sistema solar. Veremos também que o resultado ou fruto de todo esse processo é a transformação do nosso Logos solar no divino Hermafrodita, com as qualidades masculinas e femininas, pela atuação sobre a matéria (substância dévica), o lado feminino, e seu completo domínio, consumando-se assim o divino casamento: A Mônada logoica, o esposo, fundindo-se com a esposa, a matéria dévica, sendo dois em um.

O casamento repete-se na própria substância dévica. Temos os devas evolutivos, que constituem o aspecto esposo, e a matéria animada pelos devas involutivos, que resulta na chamada substância dévica, a qual é a esposa, que, fecundada pelos devas evolutivos, produz uma segunda esposa, que é fecundada pela Mônada, num segundo casamento.

No homem, constituído pela forma, os corpos, e a Mônada (o Espírito), temos claramente a dualidade e um terceiro fator, a Alma ou o Ego (a consciência), que é o filho do matrimônio da Mônada com a forma.

Os devas que são as substâncias dévicas dos mundos mental, astral e físico, constituem um grupo muito misterioso, no que se refere ao homem. Este assunto raras vezes é mencionado na literatura ocultista, porém encerra o segredo de nossa individualização planetária e está relacionado com o chamado pecado dos sem mente, que Helena Petrovna Blavatsky comenta no volume III - Antropogênese - da Doutrina Secreta, citando a Estância VII, sloka 24. Isto ocorreu no decorrer na raça lemuriana, a terceira da nossa atual 4a. ronda, devido a uma falha no processo de individualização, na construção dos corpos para a encarnação. Estes devas ligados aos 3 mundos inferiores da Terra (mental, astral e físico) tinham um grande poder e perturbaram o processo. São chamados pitris lunares porque são provenientes da cadeia lunar, anterior à nossa. Na cadeia lunar ocorreu uma grande catástrofe, provocada por um desvio tão grande do Plano divino, que o nosso Logos planetário foi obrigado a destruir toda a cadeia antes da época prevista, por determinação do Logos solar. Os pitris que atuaram no período lemuriano ainda continham resquícios da cadeia lunar e por isso provocaram os efeitos perniciosos acima citados.

A separação entre o caminho do bem e o caminho do mal, que ocorreu na raça atlante, também foi devida a esses pitris.

O misterioso fracasso de Buda, que consistiu em Ele ter ensinado mais do que devia e seus seguidores terem distorcido seus ensinamentos, foi também motivado por esse pitris lunares.

Mas os pitris que participaram mais fortemente nesses eventos foram os do mundo astral da Terra, os Agnisuryas.

Seu regente, mencionado como Senhor de menor grau e o mais "apaixonado", ainda não concluiu Seu trabalho, pois não conseguiu controlar plenamente a substância dévica astral em seus diferentes graus de vida. Como os corpos astrais dos homens da Terra são feitos da matéria astral do planeta, a humanidade se ressente das consequências.

Todavia algumas Mônadas conseguem superar essa situação e se livrar do domínio desses devas, conquistando as Iniciações.

O fato de a água constituir cerca de 70 % da Terra, estando a água no estado líquido e a matéria astral ser o subplano líquido cósmico, comprova a natureza emocional do nosso Logos planetário. Todavia Ele já tem consciência disso e está se esforçando para dominar Seu corpo astral cósmico e polarizar-se mentalmente. Quando isto acontecer, a estrutura da Terra será diferente.

Pelo conhecimento da natureza aquosa dos planetas é possível ao iniciado fazer ilações sobre a natureza emocional do Logos que se expressa pelo planeta. A partir daí o iniciado pode adquirir informações a respeito da humanidade sob a guarda desse Logos.

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Estudo 341

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Continuação - Páginas 545 e 546

"O 7o. subplano do plano físico cósmico pode ser subdividido em 7, constituindo nossos 7 subplanos físicos. A posse deste conhecimento permite que o mago realize seu trabalho. Dado certo fenômeno físico - o peso da água em um planeta por exemplo -, um iniciado de grau superior pode fazer deduções, baseando-se nele, sobre a qualidade da excelsa Vida manifestada por intermédio de um plano. Chega a tal conclusão através de um raciocínio que abarca o subplano líquido (o sexto) do plano físico do sistema, dentro da seguinte linha:

a. Subplano líquido do físico cósmico, nosso plano astral do sistema.
b. 4o. éter cósmico, o plano búdico.
c. O 2o. éter cósmico, o plano monádico ou o plano dos 7 Homens celestiais.
d. O plano astral cósmico, entrando assim em contato com a natureza de desejos de Deus.

Logicamente, o método exige um vasto conhecimento da substância dévica e uma compreensão intuitiva de suas ordens e grupos - as notas chaves dessas ordens e dos planos - e também da tríplice natureza da substância e ademais saber como trabalhar com o 3o. tipo de força elétrica, o tipo de energia que põe o homem em contato com os fenômenos forâneos ao sistema. Daí que tal força siga sendo desconhecida e, por ora, só os iniciados superiores podem fazer contato com ela.

Novamente ver-se-á porque os Agnisuryas são de tão suprema importância; personificam uma força que é uma emanação direta do plano astral cósmico, que revela - quando está triplamente fundida - a natureza de desejo de nosso Homem celestial e de qualquer Logos planetário particular. Nos opostos, denominados pelos teólogos "Céu e Inferno", temos 2 destes tipos de força, e neste conceito temos ademais uma das chaves para o plano astral."

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Estudo 342

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 1. As Funções dos Agnisuryas - Comentários sobre os Ensinamentos das páginas 545 e 546.

Comentários.

O Mestre diz que o mago (aquele que sabe operar com as forças vivas da Natureza e tem o poder para tal) utiliza-se do conhecimento da estrutura da matéria dos 7 subplanos do plano físico, para realizar seu trabalho. Conhecendo o grau de densidade da água em um planeta, um iniciado de nível superior pode fazer deduções, com base nessa densidade, a respeito da excelsa Vida em manifestação através de um plano.

Ele consegue chegar a essa conclusão, baseado no fato de que a água, matéria física no estado líquido, o 6o. subplano do plano físico, é reflexo do 6o. subplano do plano físico cósmico, o plano astral. Prosseguindo seu raciocínio dedutivo nessa linha de reflexos:

a. subplano líquido do físico cósmico, nosso plano astral,
b. 4o. éter cósmico, nosso plano búdico, onde estão os centros de força dos Homens celestiais,
c. 2o. éter cósmico, nosso plano monádico, onde estão os Homens celestiais, em consciência física cósmica,
d. o plano astral cósmico, onde ocorrem os desejos dos Homens celestiais,

o iniciado entra em contato com a natureza de desejos do Homem celestial e obtém informações sobre a Vida que se expressa pelo plano.

Exemplifiquemos. Conhecendo as propriedades e a estrutura da água na Terra, o iniciado deduz informações a respeito do nosso Logos planetário quanto às Suas emoções cósmicas e também a respeito de Varuna, que se expressa por meio da matéria astral do nosso esquema.

É óbvio que o iniciado tem de saber de que forma as emoções cósmicas do Logos planetário produzem as propriedades e a estrutura da matéria do subplano líquido no planeta físico pertencente ao esquema desse Logos planetário.

Como matéria é substância dévica, o iniciado deve ter um profundo conhecimento e muita compreensão intuitiva sobre os devas que operam essa matéria no subplano líquido, os grupos e ordens em que se subdividem e suas respectivas notas chave, bem como sobre a natureza dos 3 fogos que atuam na matéria.

Além disso, tem de saber como operar com o 3o. tipo de força elétrica, a eletricidade que atua na matéria astral cósmica, a qual coloca o homem em contato com os fenômenos que ocorrem fora do plano físico cósmico.

É muito evidente que tal força é completamente desconhecida da humanidade e, por enquanto, somente os iniciados superiores conseguem fazer contato com ela.

Mais uma vez torna-se clara a suprema importância dos Agnisuryas. Eles personificam uma força que é emanação direta do plano ou mundo astral cósmico, força essa que revela, quando seus 3 fogos estão fundidos ou sintonizados, a natureza dos desejos do nosso Logos planetário ou qualquer outro Logos planetário particular.

O Mestre diz que nos opostos (estados de consciência), denominados "Céu e Inferno" pelos teólogos, encontram-se 2 destes tipos de força e nesse conceito está uma das chaves para o plano astral. Como sabemos, esses 2 opostos, céu e inferno, são apenas 2 estados de consciência produzidos pela falta de conhecimento dos religiosos, ao se deixarem induzir pelos seus orientadores (também sem conhecimento), dentro da errônea noção de um Deus recompensador para com aqueles que o bajulam e castigador para com aqueles que não o bajulam. Esses estados interiores põem em ação os Agnisuryas ligados ao corpo astral do religioso, os quais produzem o cenário sentido pelo religioso. No caso do céu, são Agnisuryas do 3o. subplano astral, portanto Agnisuryas de 3a. ordem. No caso do inferno, são Agnisuryas do 7o. subplano astral, portanto Agnisuryas de 7a. ordem.

Assim temos dois dos sete tipos da força expressa pelos Agnisuryas, que constituem efetivamente o plano ou mundo astral, força essa emanada diretamente do plano ou mundo astral cósmico.

Sabendo as notas chave desses tipos de força, é possível controlar esses devas, desde que de posse do devido poder. Essas notas chave podem ser analisadas em termos de freqüências, ou seja, no domínio da frequência, na linguagem científica.

O iniciado de nível superior conhece as frequências (notas chave) das substâncias dévicas constituintes das matérias astral, búdica e monádica do nosso esquema, da matéria astral do sistema solar e da matéria astral cósmica constituinte do corpo astral cósmico do nosso Logos planetário. De posse desses conhecimentos ele pode fazer deduções em termos de qualidades e natureza, a partir das propriedades e fenômenos dessas matérias e chegar ao conhecimento da natureza dos desejos do nosso Logos planetário. Pode também fazer deduções sobre os devas que personificam essas substâncias, como Varuna, regente da matéria astral do nosso esquema, o Varuna maior, regente da matéria astral do sistema solar e o Varuna maior ainda, regente da matéria astral cósmica constituinte do corpo astral cósmico do nosso Logos planetário.

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Estudo 343

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 2. Resumo - Páginas 546, 547 e 548.

2. Resumo. Antes de começar a considerar esses devas que se ocupam da construção do corpo causal do homem e são o grupo de enlace entre a Tríade e o Quaternário, tanto no homem como no Logos, enumeraremos brevemente os grupos principais de Agnisuryas que se encontram no plano astral do sistema, pois formam, em sua totalidade, o corpo de manifestação do grande deva ou Senhor Raja do plano correspondente.

Primeiro. O Senhor Raja, grande deva Varuna, Vida central da substância do plano astral do nosso esquema planetário, que por sua vez é a avançada da consciência desse Deva maior que personifica a substância do plano astral solar, o 6o. subplano do plano físico cósmico, quem, por Sua vez, reflete também Seu protótipo, essa grande Entidade cósmica que anima o plano astral cósmico.

Segundo. Os sete grandes devas, força positiva de cada um dos 7 subplanos do plano astral do sistema.

Terceiro. Vários grupos de devas, que realizam diferentes funções, levam a cabo diversas atividades e produzem resultados construtivos. Podem ser enumerados, tendo presente que só tratamos com alguns dos muitos grupos existentes, havendo um sem número deles cujos nomes são absolutamente desconhecidos para o homem e, se fossem mencionados, seriam ininteligíveis:

1. Aqueles devas que formam a substância atômica permanente de todas as mônadas, seja4 em encarnação física ou fora dela. Dividem-se em 7 grupos de acordo com o Raio da Mônada.

2. Aqueles devas que formam o aspecto "líquido" do corpo físico dos Logos planetários e solar. Constituem miríades, e incluem as existências desde as que animam o plano astral e as correntes astrais de natureza religiosa e aspiração devocional superior, até os pequenos espíritos da água, reflexos de tais entidades astrais precipitados na matéria física aquosa.

3. Um grupo de devas que constituem o corpo de desejos dessa grande entidade que anima o reino animal. São a total manifestação kâmica (divorciada da mentalidade) do desejo animal em seu aspecto impulsor e incentivador.

4. Certos devas que - por ser de 3a. ordem - constituem o Céu do cristão ou crente ortodoxo comum de qualquer credo. Outro grupo - de 7a. ordem - constitui o inferno para o mesmo tipo de pensador.

5. Aqueles devas que constituem a vida astral de qualquer forma mental. Ocupar-nos-emos deles mais adiante quando estudarmos a construção de formas mentais.

6. Um misterioso grupo de devas intimamente relacionados na atualidade com a expressão sexual da família humana no plano físico. Grupo que nesta oportunidade tem sido impelido à existência, e personifica o fogo da expressão sexual tal como o compreendemos, impulso ou instinto que se encontra por detrás do desejo sexual físico. Dominou na 4a. raça-raiz, época em que as condições sexuais alcançaram uma etapa de incrível horror desde nosso ponto de vista. Tais devas estão sendo controlados gradualmente e, quando o último lemuriano tiver passado para a 5a. raça-raiz, este grupo, lenta e totalmente, terá desaparecido do sistema solar. Está relacionado com o "fogo" passional do Logos solar e com um de Seus centros em particular; tal centro está paulatinamente entrando no obscurecimento e seu fogo será transferido a um centro mais elevado."

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Estudo 344

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 2. Resumo - Continuação - Páginas 548 e 549.

7. Há também um grupo de devas vinculados à Loja de Mestres, cujo trabalho consiste em construir as distintas formas de aspiração, que pode conseguir o homem comum. Classificam-se em 3 grupos, vinculados com a ciência, a religião e a filosofia, e por intermédio dos grupos de substância dévica, os que dirigem estes 3 setores chegam até os homens. Constituem um de Seus canais para trabalhar. O Mestre Jesus encontra-se especialmente ativo nesta linha, trabalhando na linha científica em colaboração com certos adeptos, que - mediante a desejada união entre a ciência e a religião - tratam de destruir por uma parte o materialismo ocidental e por outra parte a devoção sentimental da maioria dos devotos de todos os credos. Isto é possível agora devido a que está saindo o 6o. Raio e entrando o 7o. Os estudantes devem ter presente, quando estudam os planos - a substância e energia dos planos - , que estes mudam continuamente, pois encontram-se condicionados pelo fluxo e refluxo. A matéria de todos os planos circula e, ciclicamente, certas partes estão mais energizadas que outras; deste modo acha-se submetida a uma tríplice influência ou - empregando outras palavras - a substância dévica está sujeita a um estímulo cíclico triplo:

1. O estímulo de raio, depende do raio que se encontre no poder. É intersistêmico e planetário.
2. O estímulo zodiacal, proveniente de fora do sistema, sendo também cósmico e cíclico.
3. O estímulo solar, impacto de força ou energia que provém diretamente do sol sobre a substância de um plano; emana do "coração do Sol" e é particularmente potente.

Todos os planos encontram-se sujeitos a esta tripla influência, porém, no caso dos planos búdico e astral, a força deste 3o. estímulo é enorme. Os adeptos - trabalhando juntos com os grandes devas - utilizam a oportunidade cíclica para lograr resultados definidamente construtivos.

8. Um grupo de devas estreitamente conectado com os mistérios da iniciação. Constituem o que se chama esotericamente o "Caminho do Coração" e são a ponte entre os planos astral e búdico. De nenhuma maneira estão vinculados com os átomos permanentes do corpo causal, porém estão totalmente associados com a fileira central de pétalas do loto egoico ou com as "pétalas de amor". Por uma parte a força interage entre as 3 pétalas, e por outra sobre os devas que formam o "Caminho do Coração", os quais são a ponte de matéria astral-búdica pela qual os iniciados de certo tipo místico realizam o "grande acercamento".

9. Devas de todo grau e capacidade vibratória, os quais constituem todos os tipos de desejo.

10. Os devas de força transmutadora. Constituem um grupo peculiar de devas que personificam os "fogos de transmutação" e têm vários nomes, como por exemplo:

As fogueiras de purificação.
Os elementos fundidores.
Os deuses do incenso.

Por ora resulta impossível e igualmente inútil enumerar outros: foi considerado conveniente levar ao conhecimento dos estudantes estes inumeráveis tipos de substância dévica, devido à importância primordial que tem o corpo astral nos 3 mundos. Dominando estas vidas dévicas, "transmutando o desejo" em aspiração e por meio dos fogos purificadores do plano astral, o homem oportunamente adquirirá consciência búdica.

O reconhecimento do poder purificador dos fluidos ocultos - água e sangue - fez com que os cristãos (embora erroneamente interpretado) deem tanta importância a ambos."

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Estudo 345

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 2. Resumo - Páginas 546, 547, 548 e 549 - Comentários.

Comentários.

Neste resumo o Mestre Djwal Khul, de uma forma bastante sumária, descreve os principais grupos de Agnisuryas que constituem o corpo de manifestação do grande deva, o Senhor Raja do plano astral do nosso sistema solar, que na realidade é a parte líquida do corpo físico cósmico do nosso Logos solar, num sentido amplo.

Percebemos claramente que alguns trechos referem-se aos Agnisuryas que trabalham na matéria astral do nosso esquema planetário, em particular a que envolve a Terra.

No item primeiro o Mestre mostra as subordinações e conexões existentes entre as matérias astrais pelas quais o nosso Logos solar manifesta Seus desejos e emoções.

Inicialmente temos a matéria astral do nosso esquema planetário, sob a regência do Senhor Varuna. Essa matéria astral envolve a Terra, os 2 globos de matéria etérica do nosso esquema (globos 3 e 5) e constitui a matéria mais densa dos globos 2 e 6 do nosso esquema. Todas essas matérias astrais do nosso esquema fazem parte da matéria astral de todo o nosso sistema solar, que é a parte líquida do corpo físico cósmico do nosso Logos solar. Essa matéria astral do nosso sistema está sob a regência de um Deva mais elevado, ao qual o Senhor Varuna está subordinado e de cuja consciência faz parte, adequando a realização dos desejos e emoções do nosso Logos solar no âmbito do nosso esquema planetário.

Acima do Deva regente da matéria astral do nosso sistema solar está um Deva mais elevado ainda, regente da matéria astral cósmica, que constitui o corpo astral cósmico do nosso Logos solar. É nesse corpo astral cósmico que se desenvolvem os desejos e emoções do nosso Logos solar, repercutindo esses desejos e emoções cósmicas na parte líquida do Seu corpo físico cósmico como sensações densas.

A consciência do Deva regente da matéria astral do nosso sistema solar está dentro da consciência maior desse grande Deva regente da matéria astral do corpo astral cósmico do nosso Logos solar.

Temos assim a seguinte linha de subordinação:

Deva Varuna, regente da matéria astral do nosso esquema planetário - Deva regente da matéria astral do sistema solar - Deva em nível cósmico regente da matéria astral do corpo astral cósmico do nosso Logos solar.

Dentro dessa linha de comunicação os desejos e emoções do nosso Logos solar conseguem sua realização densa, ou seja, realizam-se como sensações físicas.

De forma análoga o homem tem desejos e emoções em seu corpo astral, os quais repercutem em seu corpo físico, em particular na parte líquida, como sensações físicas.

A matéria astral do nosso sistema solar é constituída de partículas em 7 graus de densidade, graus esses chamados subplanos. Não são subplanos como se fossem prateleiras, mas se interpenetram e coexistem no mesmo espaço, havendo, é claro, uma distribuição espacial dessas partículas, ou seja, há regiões nas quais predominam partículas de determinada densidade. Em outras palavras, falar em subplano é o mesmo que falar em grau de densidade.

O que diferencia um subplano de outro ou um grau de densidade de outro é a quantidade de átomos astrais formadores da molécula astral.

Assim temos a seguinte constituição dos subplanos astrais:

1o. : os átomos astrais livres;
2o. : moléculas astrais formadas por uma determinada quantidade de átomos astrais;
3o. : moléculas astrais formadas por uma maior quantidade de átomos astrais, maior que a anterior;
4o. : moléculas astrais formadas por uma quantidade de átomos astrais, maior que a anterior;
5o. : moléculas astrais formadas por uma quantidade de átomos astrais, maior que a anterior;
6o. : moléculas astrais formadas por uma quantidade de átomos astrais, maior que a anterior;
7o. : moléculas astrais formadas por uma quantidade de átomos astrais, maior que a anterior.

A quantidade de moléculas astrais que constituem os subplanos diminui conforme aumenta a densidade. Em consequência, há maior quantidade de átomos astrais livres (1o. subplano) que de moléculas do 2o. subplano e assim sucessivamente.

Cada subplano astral é regido por uma lei, dentro da lei maior que rege o plano ou mundo astral como um todo, a Lei de Amor. Por exemplo, o 1o. subplano, o atômico, é regido pela Lei de Vibração, dentro da Lei maior de Amor.

Lembramos ainda que o 6o. Raio, de Idealismo abstrato e Devoção (devoção no sentido de devotar-se ou dedicar-se e não de louvação) rege o plano ou mundo astral.

Os subplanos podem ser vistos como estados de consciência. Em outras palavras, a consciência do ser humano atuando no plano ou mundo astral depende da capacidade de resposta do seu corpo astral à matéria do subplano astral. Isto implica no aperfeiçoamento dos mecanismos de captação de vibrações ou informações do meio exterior astral (os jnanaindriyas astrais).

Cada subplano astral ou cada conjunto de átomos e moléculas astrais é regido por um grande deva, existindo, portanto, 7 regentes, um para cada subplano, todos subordinados ao deva maior regente de todo o plano astral.

Assim como no nosso plano ou mundo físico existe um ramo da ciência, chamado química, que estuda as leis que regulam as combinações de átomos e moléculas físicas, formando compostos, bem como as reações entre as diversas substâncias físicas, da mesma forma existe o que podemos chamar a química astral, que estuda as diversas associações e interações entre os átomos e moléculas astrais e as reações entre elas.

Essas combinações e reações podem ser interpretadas, entre outras coisas, como emoções e sentimentos, em se tratando da consciência humana. É óbvio que há muitos fenômenos provocados por essas reações astrais.

Futuramente o lado emocional humano e muitos fenômenos físicos (incluindo as doenças) serão estudados e analisados à luz dessa química astral.

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Estudo 346

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 2. Resumo - Páginas 546, 547, 548 e 549 - Comentários sobre o item Terceiro e os subitens 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

Comentários.

No item Terceiro o Mestre Djwal Khul descreve alguns grupos de Agnisuryas e suas funções, grupos esses de mais interesse para a atual humanidade. As atividades diferenciadas dos Agnisuryas são tantas, que sua totalidade não seria compreendida pelo homem comum, dada a complexidade não só de suas funções, como de seus nomes, melhor dizendo, a vibração que expressa sua natureza e atividade.

Sabemos que a matéria astral é positiva em relação à matéria física, ou seja, a matéria astral estimula e energiza a matéria física, dentro do processo de o superior energizar e estimular o inferior. Daí podemos perceber claramente a importância e necessidade de compreender e dominar o corpo astral, o que em muito irá acelerar a nossa evolução.

Os ensinamentos que o Mestre nos dá neste Tratado sobre os devas do mundo astral, os Agnisuryas, são muitíssimo valiosos e úteis para essa compreensão e a partir da compreensão chegarmos ao domínio.

Subitem 1.

Há um grupo de Agnisuryas que constituem os átomos astrais permanentes de todas as Tríades inferiores conectadas às Mônadas humanas, encarnadas e desencarnadas, uma vez que a Tríade inferior é levada após a morte física. Expliquemos melhor o processo de morte física. Com a desintegração do corpo físico-etérico, a Alma (a Mônada expressando-se na matéria mental superior ou causal) carrega consigo a Tríade inferior, composta dos átomos permanentes físico e astral e da unidade mental permanente, passando a viver com a sua consciência relacionada com a matéria astral, embora possa saber o que ocorre no mundo físico. É simplesmente uma etapa do processo evolutivo, que obedece um plano. Essa etapa de vida no mundo astral tem uma duração determinada, chegando a um fim, quando se dá a morte astral, desfazendo-se o corpo astral e a Alma leva consigo a Tríade inferior, com os átomos permanentes físico e astral desativados e passa a viver no mundo mental inferior, com a unidade mental permanente ativada. Todo o conteúdo arquivado nos átomos permanentes físico e astral, com a memória das passagens pelos mundos físico e astral, é conservado, nada se perdendo.

Subitem 2.

Neste grupo temos os Agnisuryas que constituem o chamado aspecto líquido dos Logos solar e planetários. Para essas Entidades cósmicas esse grupo formando o aspecto líquido é análogo a toda a parte líquida dos nossos corpos físicos. Assim como essa parte líquida dos nossos corpos físicos exerce funções fisiológicas úteis e necessárias para a nossa vida física, de forma análoga esse grupo dévico executa, numa amplitude bem mais elevada e maior, funções fisiológicas (no sentido cósmico) úteis e necessárias para as vidas físicas cósmicas dos Logos solar e planetários.

Esses devas animam a matéria astral que gera nas pessoas os impulsos religiosos e a aspiração devocional superior. Os de polaridade positiva organizam grandes formas astrais, que envolvem países, regiões, grupos religiosos e templos religiosos, energizando os devas astrais de polaridade negativa ou receptivos, levando as pessoas sob o domínio desses devas a uma atividade religiosa de forma cega, sem a supervisão da mente, o que conduz aos extremismos fanáticos. Isto dificulta o Plano divino.

Os devas positivos desse grupo têm seus reflexos nos pequenos espíritos das águas, na matéria aquosa em todo o sistema solar, sendo muito conhecidos em nosso planeta. Esta relação, quando analisada cientificamente e não de forma religiosa e devocional, como é vista pela grande maioria da humanidade, propicia um imenso campo para a verdadeira compreensão da natureza e dos meios para com ela cooperar e não destruí-la, como muitos estão fazendo irresponsavelmente.

Subitem 3.

Nesse grupo de Agnisuryas temos os devas que constituem o corpo astral dessa grande Entidade que se manifesta e evolui através de todo o reino animal em nosso esquema.

Nesse corpo astral os desejos e emoções dessa Entidade expressam-se, impulsionando e incentivando, sem o aspecto mente, a atividade física, pela qual esses desejos e emoções materializam-se. Constituem assim a manifestação kámica (separada da mentalidade) do desejo animal em seu aspecto impulsor e incentivador.

Subitem 4.

Há 2 grupos de Agnisuryas que executam atividades muito interessantes. Um grupo que trabalha com a matéria astral do 3o. subplano, ou seja, matéria do 3o. grau de densidade, portanto não muito densa. Esses devas se encarregam de construir o céu dos cristãos ou crentes religiosos comuns de qualquer credo, que só atuam motivados pela emoção devocional e se recusam terminantemente a usar a mente para entender a manifestação de DEUS, ou seja, recusam-se a usar e desenvolver um dom que DEUS deu a todos, a inteligência, para entendê-Lo e dEle se aproximar. Esses devas, com a sua própria substância, constroem simplesmente o que o religioso concebeu de céu durante sua vida física, passando a viver no mundo astral a miragem criada.

O outro grupo trabalha com a matéria astral do 7o. subplano, o mais denso, construindo o inferno desses religiosos, sempre dentro da concepção de inferno que alimentaram em suas vidas físicas. Após a morte física esses religiosos passam a viver a miragem que criaram, quando encarnados.

Ante esses ensinamentos do Mestre Djwal Khul todos devem se esforçar ao máximo para entender a verdadeira realidade do mundo astral e não se deixar dominar por essas miragens pregadas e disseminadas por essas religiões, miragens essas que não passam pelo crivo da razão.

O mundo astral deve ser entendido, dominado e transcendido, começando pelo domínio do próprio corpo astral, ou seja, das próprias emoções e não se deixando escravizar pelos desejos.

Subitem 5.

Há um grupo de Agnisuryas encarregados de operar e constituir a componente astral de qualquer forma mental. Este assunto refere-se à construção de formas mentais, o que faz parte da magia. Será estudado no seu devido tempo.

Subitem 6.

Este grupo é muito peculiar na atualidade e está intimamente relacionado com a sexualidade imperante na humanidade neste período, sendo o fogo alimentador desta sexualidade. Este grupo foi impelido à atividade astral neste ciclo, sendo o instinto que se encontra por detrás da atividade sexual atual reinante na humanidade. Ele dominou na 4a. raça-raiz, a atlante, quando as condições sexuais da humanidade foram incrivelmente horrorosas sob o ponto de vista da Hierarquia.

Lentamente esses devas estão sendo controlados e quando a Alma do último lemuriano tiver passado para a 5a. raça-raiz, eles desaparecerão totalmente do sistema solar.

Este grupo dévico está relacionado com os fogos cósmicos que geram a atividade logoica análoga à atividade que gera as paixões humanas. Está também ligado com o centro logoico sacro, centro esse que está paulatinamente entrando em passividade e seu fogo sendo transferido para o laríngeo logoico.

A resposta da humanidade aos fogos originados dos fogos que energizam o centro sacro logoico é explicada pelas condições dos corpos inferiores da grande maioria da atual humanidade, pois uns poucos seres humanos não respondem da mesma forma que a maioria, porque já transferiram os fogos de seus centros inferiores para os superiores.

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Estudo 347

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e os Elementais da Mente - 2. Os Devas e os Fogos - Os Grandes Construtores - c. Os Devas e os Planos - 2. Resumo - Páginas 456, 457, 458 e 459 - Comentários sobre os subitens 7, 8, 9 e 10 do item Terceiro.

7. Temos um grupo especializado de Agnisuryas com os quais os Mestres trabalham, construindo com a substância dévica definidas formas astrais, que influenciam os homens comuns que se encontram na etapa de transmutação do desejo em aspiração, etapa muito longa, exigindo muitas encarnações e muitas voltas na roda do zodíaco, na cruz móvel, antes de passar para a cruz fixa.

Estas formas astrais envolvem a Terra, tendo localizações em determinadas regiões, levando em conta o nível astralino das pessoas. Dentro dessa regionalidade, há variações dentro de uma mesma forma astral localizada numa determinada região, considerando as diferenças de nível evolutivo das pessoas vivendo na mesma região. É um trabalho altamente técnico e científico executado pelos Mestres, ajudados por adeptos especializados, uma vez que implica no conhecimento profundo e real das qualificações dos 3 corpos inferiores e da situação de abertura e atividade das pétalas do Loto Egoico de cada um.

Esses Agnisuryas estão divididos em 3 grupos: da ciência, da religião e da filosofia.

Quem está especialmente ativo nessa tarefa é o Mestre Jesus, Choan do 6o. Raio, de idealismo abstrato e devoção (devoção no sentido de devotar-se).

Juntamente com os adeptos colaboradores, Mestre Jesus empenha-se em influenciar as pessoas que estão no campo da ciência e da filosofia para dedicarem-se ao estudo e entendimento do processo religioso e assim libertarem-se do materialismo ocidental. Nesta parte do trabalho o Mestre Jesus está tendo resultados visíveis hoje em dia, bastando acompanhar os documentários na televisão sobre o assunto e as revistas científicas. As formas astrais nessa área têm forte tônica do 5o. Raio, de ciência concreta, para poderem provocar resposta nos corpos dos cientistas. Há também uma tônica, de menor intensidade, do 6o. Raio, para provocar a união dos 2 lados, ciência e religião, individualmente e levar à pesquisa.

Como estamos vendo, é um trabalho de elevadíssimo nível científico e técnico. É científico, porque exige um grande conhecimento das leis reguladoras do mundo astral. É técnico, porque requer uma grande habilidade de transformar conhecimento científico em aplicação prática, similarmente ao que ocorre nas nossas ciência e tecnologia.

De outro lado o Mestre Jesus, também usando formas astrais na área das religiões, juntamente com a colaboração de adeptos especializados, trabalha através de formas astrais, influenciando os religiosos devocionais sentimentais, a se interessarem pela aplicação da ciência nas religiões, procurando entender Deus cientificamente e não cega e fanaticamente e hostilizando a ciência, como é observado praticamente em todo o planeta.

Se Deus dotou o homem de inteligência e autoconsciência, é porque Ele quer que o homem O entenda cientifica e inteligentemente.

As formas astrais dessa área têm forte tônica do 6o. Raio, para provocarem resposta nos corpos das pessoas religiosas, com uma tônica de menor intensidade do 5o. Raio, para despertar a curiosidade científica nos religiosos e libertarem-nos desse fanatismo cego, que em alguns casos torna-se destruidor.

Este trabalho do Mestre Jesus enquadra-se na grande Lei dos Ciclos, pois o 6o. Raio está saindo de atividade, pelo término do seu período de 2.160 anos e a entrada do Sol em Aquário, quando as energias desse Excelso Senhor de Aquário irão atuar sobre a humanidade.

Por isto o Mestre Jesus tem de fazer este trabalho desintegrador da grande forma astro-mental de 6o. Raio, que dominou em Seu ciclo e preparar o terreno para que o Mestre Rackosi construa a Sua forma astro-mental de 7o. Raio, que dominará durante o ciclo de Aquário.

Fica evidente que a substância dévica e as energias dos planos variam ciclicamente, sendo estimuladas determinadas qualidades e características, necessárias ao processo evolutivo da humanidade e de todas as vidas do planeta. Assim certos planos ficam mais estimulados que outros ciclicamente, em se tratando da humanidade e das vidas do planeta como um todo.

Essas energias são de 3 naturezas:

- Provenientes de algum raio, dependendo do raio que se encontre no poder. São energias que provêm de fora do sistema solar e dos planetas.
- Provenientes dos Senhores das constelações do zodíaco, também cósmicas.
- Provenientes do chamado Coração do Sol, que expressa fortemente o 2o. aspecto logoico, Amor-Sabedoria.

Esta últimas, provenientes do Coração do Sol, estimulam fortemente as matérias búdica e astral, fazendo com que os adeptos, juntos com os grandes devas, aproveitem a oportunidade para conseguir resultados efetiva e definidamente construtivos.

8. Existe um grupo de devas, altamente especializados, que trabalham no processo de iniciação, constituindo esotericamente o "Caminho do Coração" e são a ponte entre as matérias astral e búdica.

Não estão de modo algum ligados ao átomo astral permanente da Tríade inferior, que se localiza na área do corpo causal. Mas estão totalmente associados à fileira central, as pétalas de Amor-Sabedoria, do Loto Egoico.

De um lado a força atua entre as 3 pétalas dessa fileira e de outro lado sobre esses devas que formam o "Caminho do Coração", sendo eles a ponte feita de matérias astral e búdica conectadas, pela qual os iniciados de certo tipo místico realizam o "grande acercamento", ou seja, conquistam a iniciação.

Há que realçar no processo do "Caminho do Coração" uma característica muito importante, que diferencia estes místicos da grande maioria dos místicos não enquadrados neste caminho.

Estes místicos especiais, motivados pelo grande devotamento (a verdadeira devoção) ao seu Mestre, praticavam uma férrea disciplina sobre seus corpos, assim purificando-os e conquistando as condições para responderem às influências dos Mestres através desse grupo de devas.

Esses místicos não enquadrados neste tipo especial apenas se limitam a venerar e bajular os Mestres, não fazendo o menor esforço para se disciplinarem e conquistarem as condições necessárias para a iniciação. Esperam que os Mestres façam o trabalho que é deles.

Para os místicos do "Caminho do Coração", a complementação da parte de manas é feita de outra forma. Eles deverão ir para o sistema Sirius, quando, na 6a. iniciação planetária, a 4a. solar, tiverem de escolher um dentre 7 caminhos. Em Sirius eles irão aperfeiçoar manas, pois Sirius é a fonte de manas cósmico para o nosso sistema solar. Esses iniciados que fizeram o grande acercamento por via astral constituem o grupo denominado pelo Mestre Djwal Khul Mestres de Compaixão, diferentemente do grupo denominado Mestres de Sabedoria, constituído pelos que seguem o caminho de manas. Isto não significa que os Mestres de Sabedoria não tenham compaixão. Os Mestres de Sabedoria desenvolvem e aperfeiçoam a compaixão diretamente por manas ou mente, percebendo e entendendo a grande fraternidade universal por via da razão pura (budi), que alcançam após o desenvolvimento da mente abstrata. sendo este o caminho normal.

Atualmente o grande acercamento deve ser feito por via de manas, na sequencia: mente concreta, mente abstrata, budi ou razão pura. Assim virá a sabedoria e com ela a compaixão inteligente.

9. Neste grupo temos uma imensa variedade de Agnisuryas, em diversos níveis, para constituírem a grande multiplicidade de desejos e emoções dos seres humanos.

10. Temos neste grupo os Agnisuryas encarregados de alimentar a transmutação dos desejos em aspiração no homem, quando este assim o decide e faz o devido esforço, usando real e efetivamente a vontade.

Seus diversos nomes definem claramente suas atividades e funções:

As fogueiras de purificação.

Os elementos fundidores.

Os deuses do incenso.

O Mestre Djwal Khul listou os grupos de Agnisuryas de maior relevância e importância para a atual humanidade. É óbvio que ainda existem muitos outros grupos.

Devemos dar a máxima importância à recomendação do Mestre e levá-la muito a sério, para dominar estas vidas dévicas, transmutar o desejo em aspiração e, por meio dos fogos purificadores, essencialmente esses Agnisuryas chamados as fogueiras de purificação, adquirir consciência búdica. É óbvio que o homem tem de buscar o conhecimento para conseguir tudo isto.

Como a matéria astral constitui a parte líquida do corpo físico cósmico do Logos solar e ela tem fundamental importância na evolução do homem, no sentido de ser dominada e ser elemento purificador, os cristãos, embora interpretando erroneamente, deram tanta importância à água e ao sangue.

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Estudo 348

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Observações de Introdução - Páginas 549, 550, 551 e 552.

Observações de Introdução.

"Iniciamos aqui o estudo dos Agnishvattas ou devas do Fogo no plano mental, introduzindo-nos assim no maravilhoso tema relacionado com nossa evolução planetária; contém um dos significados mais esotéricos para o homem, pois tais Anjos (15) solares concernem à própria natureza essencial do sol e constituem o poder criador mediante o qual trabalha. Isto é de máximo interesse e importância para todo propósito prático e para elucidar a evolução espiritual do homem, e mereceria ser uma das partes do tratado mais amplamente estudada. O homem sempre se interessa profundamente por si mesmo e, antes de chegar a desenvolver-se devidamente, deve compreender cientificamente as leis de sua própria natureza e a constituição de sua própria "maneira de expressar-se". Também tem de compreender algo da inter-relação dos 3 fogos, a fim de poder "resplandecer" no futuro.

A questão destes Dhyans do Fogo e sua relação com o homem é um mistério muito profundo, e todo o tema está tão entremeado de lendas intricadas, que torna desesperador para os estudantes lograr a desejada e necessária claridade mental. Não será possível todavia dissipar completamente as nuvens que velam o mistério central, porém, talvez por meio da apropriada classificação e síntese e uma precavida amplificação dos dados fornecidos, as ideias do estudante consciente possam ser menos confusas.

Há 2 enunciações na Doutrina Secreta que o leitor ocasional passa por alto, porém se meditarmos devidamente sobre elas, encerram muita informação. Observemos as 2 enunciações:

1. Requerem-se 2 princípios vinculadores. Para isto é necessário o Fogo espiritual vivente do princípio médio proveniente dos estados quinto e terceiro do Pleroma. Dito fogo é propriedade dos Triângulos.

2. Estes Seres são Nirvanas de um Mahamanvantara anterior.

Temos considerado algo com respeito aos devas de tendência evolutiva grosseiramente agrupados e também sobre os Pitris lunares.(16) Estes dividem-se em 4 grupos e ocupam-se da construção do corpo físico dual do homem, de seus corpos astral e mental inferior, energizados pela força dos Pitris através dos átomos permanentes. Porém para os propósitos da natureza subjetiva do homem, devem ser estudados os 3 grupos - etérico, astral e mental inferior. O trabalho dos Agnishvattas (os princípios autoconscientes, os Construtores ou eretores do corpo egoico nos níveis mentais superiores) consiste em unificar os 3 princípios superiores - atma, budi, manas - e os 3 inferiores, e assim chegar a ser em realidade o princípio médio do homem. Eles mesmos têm sua origem no princípio médio logoico. (17) Desta maneira completa-se o Sete esotérico. Como sabemos o corpo físico em sua mais densa manifestação, considerado esotericamente, não é um princípio.

Os devas dos níveis mentais inferiores, no que respeita ao homem, trabalham por intermédio da unidade mental e, generalizando, estão divididos em 4 grupos, sendo, em efeito, a condensação do triplo corpo inferior do homem. Formam parte de seu corpo lunar. Encontram-se diretamente vinculados com as essências espirituais mais elevadas e representam a manifestação de força mais baixa que emana do plano mental cósmico, vinculando-se com a Hierarquia humana por meio das unidades mentais. Constituem os devas gasosos do corpo físico logoico. Não nos ocuparemos deles muito detalhadamente aqui, pois a medida que estudemos o tema do 5o. princípio irão se aclarando certos pontos; serão obtidos mais dados do trabalho que realizam, em conexão com o homem, a medida que prosseguimos. Maior informação somente traria complicações.

Compreendamos com toda clareza o que é que estamos tratando: Vamos considerar:

1. Este quinto estado de consciência chamado plano mental.
2. A substância desse plano tal como existe em seu aspecto dual, rupa e arupa. (18)
3. As vidas que animam a matéria, especialmente em sua relação com o homem.
4. Os Egos ou entes autoconscientes que constituem o ponto médio na manifestação.
5. A construção do corpo causal, a abertura do Loto egoico e a construção desses grupos que chamamos egoicos.
6. A individualidade dessas Existências denominadas

a. Agnishvattas,
b. Manasadevas,
c. Dhyans do Fogo,
d. Anjos solares ou Pitris solares,
e. Asuras,

e muitos outros nomes com que são mencionados nos livros ocultistas."

Observações:

(15) "Portanto, os anjos solares são entidades de ordem espiritual elevada - com uma consciência refinada correspondente à matéria com a qual estão revestidos. A fim de relacionar isto com o já dito, pode-se considerar que os anjos solares formam coletivamente o Senhor Brahma da ilha do loto. São denominados com distintos nomes, espíritos planetários, Asuras, etc., porém a fim de ter uma ideia adequada com respeito à sua natureza, pode-se dizer que a relação que têm com o mundo espiritualmente regenerado e liberado dos Brahmines mundiais ou Nirmanakayas, é a mesma que existe entre eles e a humanidade comum: os anjos foram esses Brahmines, que em Mahamanvantaras anteriores passaram períodos excessivamente extensos, trabalhando e sofrendo com o fim de fomentar a sabedoria no mundo; dali surgiram como anjos da matriz infinita de Aditi sob seu impulso kármico após um período de Mahapralaya. Some Thougts on the Gita, pag. 137."

(16) "Todos os Pitris lunares são Espíritos da Natureza. D. S. III, 109 - 110.

1. Possuem ou contêm o fogo do terceiro aspecto. D. S. III, 87.

2. Seu trabalho precede o dos Anjos solares. D. S. I, 263.

3. Dividem-se em 7 classes, igualmente que os Anjos solares. D. S. III, 99.

a. Três incorpóreas que constituem os 3 reinos elementais da natureza e proporcionam ao homem seus corpos etérico, astral e mental.

b. Quatro corpóreas que constituem as formas dos 4 reinos da natureza. D. S. III, 97.

c. D. S. III, 220 - 221."

(17) D. S. III, 88 - 89.

(18) Para definições de rupa e arupa ver pag. 502.

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Estudo 349

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - Os Devas e Elementais da Mente - 3. OS ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Observações de Introdução - Continuação - Páginas 552 e 553.

"Existe uma grande confusão na mente dos estudantes a respeito da diferença existente entre os Agnishvattas que encarnaram no homem e aqueles que simplesmente foram responsáveis pela implantação da chispa manásica ou mental no homem animal. Isto nos introduz no tema da individualização e da encarnação de certas existências espirituais, as quais - quando possuem corpo - são denominadas Avatares, Buda de Atividade ou manifestações do Logos. Todo o mistério está oculto na relação que existe entre as Mônadas individuais que formam os diversos centros no corpo de um Logos planetário e a Entidade autoconsciente desse Logos planetário. O estudante deve recordar o fato de que o plano mental é o primeiro aspecto do corpo físico denso do Logos planetário, sendo o plano búdico um plano etérico cósmico e onde se encontram os centros etéricos de um Homem celestial.

Desde o plano búdico (em sentido planetário ou solar) provêm a vitalidade e o impulso que energizam o veículo físico denso, a fim de realizar uma atividade coerente e intencionada; por conseguinte, no plano mental é onde primeiro se sente este impulso e se estabelece o contato entre ambos. Há aqui um indício que servirá a um propósito, se a meditação é feita sobre ele. O estudante deve estudar o lugar e o propósito do plano mental e sua relação com o Logos planetário e o Logos solar. A medida que investiga mais estreitamente a natureza de seu próprio corpo etérico, deve ampliar este conhecimento até os níveis superiores, esforçando-se para compreender a constituição da esfera maior da qual é uma parte. Quando a natureza de seus centros e ação efetiva sobre seu próprio corpo físico denso forem melhor captadas, chegará a compreender mais plenamente o correspondente efeito produzido no corpo do Logos.

No plano mental (reflexo nos 3 mundos dos estados terceiro e quinto do Pleroma) é sentida toda a força da vitalidade etérica. Um indício a respeito de seu significado poderá ser achado no fato de que o corpo etérico do homem recebe prana e o transmite diretamente ao corpo físico; a vitalidade da estrutura física há de ser medida em grande parte pela condição e ação do coração. O coração faz circular a vitalidade até as miríades de células que constituem o corpo físico denso; observa-se algo análogo no fato de que estes devas do fogo são "o Coração do corpo Dhyan chohánico", (19) porque sua energia procede do sol espiritual, assim como a energia dos devas prânicos do corpo etérico vem do sol físico. Esta energia dos Agnishvattas manifesta-se no plano mental, o subplano gasoso do físico cósmico, assim como a energia dos centros etéricos do 4o. subplano etérico manifesta-se primeiro e potentemente na matéria gasosa do corpo físico. A isto se deve que os Filhos da Sabedoria, que personificam o princípio búdico, a força da vida ou o aspecto amor, sejam conhecidos no 5o. plano como princípios autoconscientes; budi emprega manas como veículo; os escritores esotéricos frequentemente falam em termos de veículo. O Ego ou a Entidade autoconsciente é em essência e em verdade Amor-Sabedoria, porém manifesta-se principalmente como consciência inteligente.

Devemos estudar cuidadosamente a afirmação concernente a kama-manas que trata das condições que produzem a individualização, permitindo vir a Ser autoconscientemente a essas Mônadas que procuram expressar-se plenamente. A afirmação é a seguinte:

Só quando o centro cardíaco de um Homem celestial (cada um em seu corresponde ciclo e cada um ciclicamente diferente) se vitaliza e alcança certa capacidade vibratória, é possível que as Mônadas, de acordo com a lei, individualizem-se.

Repito, só quando o tríplice corpo físico denso de um Logos planetário (tal como o expressam nossos 3 mundos, os planos mental, astral e físico denso) tenha alcançado a vibração correspondente e repetido o desenvolvimento cíclico do mahamanvantara anterior, produz-se esse contato vibratório que faz com que os grupos egoicos no plano mental resplandeçam. Isto dá lugar à manifestação dos impulsos do coração do Homem celestial e desta maneira impele à objetividade essas Mônadas (energizadas pela vida do Coração) que formam diversos centros. No Antigo Comentário é dito:

"Quando o Coração do Corpo palpita com energia espiritual e quando seu conteúdo sétuplo vibra pelo impulso espiritual, a corrente se estende e circula, e a divina manifestação converte-se em Realidade; o Homem divino encarna."

No plano físico a analogia está no estímulo da vida que é sentida entre o terceiro e quarto mês do período pré-natal, quando o coração da criança vibra com vida e a existência individual converte-se em possibilidade."

(19) "Este nome é dado em D. S. III, 100."

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Estudo 350

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Seção D - II - Os Devas e Elementais da Mente - 3. Os ANJOS SOLARES - OS AGNISHVATTAS - Observações de Introdução - Considerações sobre o conteúdo das páginas 549 e 550.

Considerações.

O Mestre Djwal Khul, ao entrar no tema dos Anjos Solares, os Agnishvattas, realça a enorme importância do assunto. De fato Eles trabalham na matéria mental, o plano mental, que constitui a matéria gasosa do corpo físico cósmico do nosso Logos solar. Essa matéria mental, neste atual sistema solar, é a base sobre a qual o aspecto budi (Amor-Sabedoria-Razão Pura) será desenvolvido e manifestado, em toda a sua glória. Esta é a meta do atual sistema.

Daí a grande importância desses Agnishvattas. Eles são os construtores do corpo egoico, chamado Loto Egoico, por meio do qual a Mônada humana consegue se relacionar autoconscientemente com os 3 mundos inferiores, mental, astral e físico. Nesse relacionamento, nas muitas encarnações, a Mônada vai expandindo sua consciência e, lentamente, num processo de tentativa e erro, vai entendendo e adquirindo domínio sobre a substância dévica.

Esses Anjos Solares têm conexão direta com Devas mais elevados que trabalham no corpo mental cósmico do nosso Logos solar e, por isso, concernem à própria natureza essencial do sol e constituem o poder criador mediante o qual trabalha. Expliquemos a expressão "constituem o poder criador mediante o qual trabalha".

O Ego humano constrói seus 3 corpos inferiores, mental inferior, astral e físico, manipulando substância dévica pelo poder essencial da matéria mental superior, chamada também matéria causal ou plano causal.

Similarmente a Mônada logoica solar, através de Seu Ego, na matéria mental superior cósmica, constrói Seus 3 corpos cósmicos inferiores, mental inferior, astral e físico.

Todo o potencial do homem está em seu Loto Egoico, construído pelos Anjos Solares. Por isso, conhecer a natureza e o trabalho desses devas é sumamente importante para o homem, pois assim ele conhecerá cientificamente as leis da sua própria natureza e a constituição de sua própria "maneira de expressar-se", ou seja, seu comportamento.

Compreendendo a construção, a estrutura e o modo de operar do Loto Egoico, ficará mais fácil entender a inter-relação dos 3 fogos, elétrico, solar e por fricção, e, mediante este entendimento e o consequente domínio deles, evoluir com autoconsciência crescente e "resplandecer" no futuro.

O Mestre é categórico quando diz que estes Anjos Solares e sua relação com o homem constituem um mistério muito profundo, agravado pelo fato de o assunto estar muito entremeado de lendas complicadas. Isto de fato desespera o estudioso do assunto, porque ele tem de separar as lendas, muitas infundadas, e ficar só com o que é real e científico, aceitável por um raciocínio lógico.

O Mestre promete fazer uma classificação apropriada, uma síntese e uma prudente ampliação das informações fornecidas, o que, para o estudioso consciente, tornará o assunto menos nebuloso.

Inicialmente o Mestre cita 2 enunciados da Doutrina Secreta, os quais, se analisados profundamente, fornecem muita informação.

O 1o. enunciado diz que são necessários 2 princípios vinculadores, para ocorrer a autoconsciência da Mônada humana no mundo causal ou mental superior. Para isto é necessário o fogo elétrico vivente do princípio médio proveniente dos estados quinto e terceiro do Pleroma. Tal fogo é propriedade dos Triângulos.

O Pleroma é a manifestação da Mônada logoica solar. Esta manifestação compõe-se da Tríade superior logoica, formada pelos átomos logoicos átmico, búdico e mental, e pela Tríade inferior logoica, constituída pela unidade mental logoica, pelo átomo astral logoico e pelo átomo físico logoico. Estas 2 Tríades são os estados terceiro e quinto do Pleroma. O princípio médio citado é o Ego logoico, pelo qual a Tríade superior logoica (um triângulo) é conectada à Tríade inferior logoica (outro triângulo), o que permite à Mônada logoica evoluir nos 3 mundos cósmicos inferiores: mental inferior, astral e físico.

Portanto, o Fogo espiritual citado é o fogo solar cósmico, emanado pelo Ego logoico.

O 2o. enunciado diz que estes Seres são Nirvanas de um Mahamanvantara anterior. Isto significa que os Anjos Solares que trabalham com o Loto Egoico humano são provenientes do sistema solar anterior e estão conectados com os Anjos Solares mais elevados que trabalham no Loto Egoico solar.

Assim fica bem claro que os Egos humanos estão conectados com o grande Ego solar, muito embora esta conexão não seja clara no cérebro físico. Mesmo no nível do mundo causal, o mundo do Ego humano, esta conexão só se torna clara, quando o Ego atinge um estado avançado de consciência em seu mundo. Quando tal acontece, o Ego manifesta esta consciência em seu cérebro físico, quando encarnado. Mas isto só acontece, quando o homem já é um iniciado, estando na chamada cruz fixa.

Temos aí excelente e valioso material para meditação e reflexão profunda, o que, em muito, irá reforçar a conexão do Ego com o cérebro físico.


Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos. Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.

GN

Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.

É livre a divulgação dos artigos e estudos, desde que seja mencionada a sua fonte e não seja para fins lucrativos - http://www.ceomt.dk.nom.br

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